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    Pág. 2
    Tendo em vista a reutilização deste manual, sugere-se que as actividades e exercícios sejam realizados no caderno diário.


                          poio na Internet
                                 www.portoeditora.pt/manuais


    Este projecto dispõe de uma página na Internet que contém um conjunto de materiais auxiliares para utilização ao longo do ano lectivo.



    Pág. 11
    1.
    a. Em oito unidades (numeradas de 0 a 7);
    b. Unidade 0: “Começar de novo”;
                  Unidade 1: “Retratos da escola”;
                  Unidade 2: “Bem me quer, mal me quer…”;
                  Unidade 3: “Era uma vez…”;
                  Unidade 4: “Pequenos grandes prazeres”;
                  Unidade 5: “Aventuras, mistérios, enigmas”;
                  Unidade 6: “Notícias do mundo”;
                  Unidade 7: “Poemas”.

    2. Ulisses (de Maria Alberta Menéres) e O Rei Rique e outras histórias (de Ilse Losa)

    3. Página 190. O pagem não se cala.

    4. Página 193.
    4.1. Resposta possível:
    O Apêndice Gramatical poderá ser-me útil, porque aí encontro informação e exercícios sobre vários conteúdos gramaticais.

    5. Por ordem alfabética.

    6. a. Cinco;
       b. A secção “Fiquei a saber?”

    7. “Fiquei a saber?” ➔ verificar conhecimentos (auto-avaliação).

    8.



    ➔ quando surge junto do título de um texto, indica que ele se encontra gravado em CD áudio; quando surge junto de uma actividade, significa que, para a
    sua realização, há uma gravação em CD áudio.


                 ➔
  Ap
ê n dic e




                 p. 193
            ra
     g




                 ma
                      ti c a l


    ➔ indica a página do Apêndice Gramatical onde se encontra informação e exercícios sobre determinado conteúdo.




    Págs. 12 e 13
            1 Texto gravado:
                           O sapo e a raposa
      O sapo e a raposa resolveram e acordaram fazer uma sementeira a meias.
      Fizeram a sementeira, debulharam-na e arranjaram um belo monte de trigo e outro de palha. Depois de tudo arranjado foram deitar-se nas suas
    camas. Logo de manhã ergueu-se a raposa e foi estar com o seu vizinho e compadre sapo e disse-lhe:
      – Compadre e amigo, venho fazer-lhe uma proposta vantajosa.
      – Diga lá.
      – Vamos ambos ao mesmo tempo até à eira, e o que lá chegar primeiro fica com o trigo todo.
      – Olhe, minha comadre, fiz umas juras de nunca aceitar propostas sem ouvir os conselhos de um meu colega. Volte a comadre daqui a uma hora.
      A raposa afastou-se e o sapo foi estar com outro sapo e expôs-lhe a proposta da raposa.
      – A coisa arranja-se e a raposa há-de cair, apesar da sua malícia – respondeu-lhe o colega consultado.
      – De que modo?
      – Somos ambos iguais e tão semelhantes que a raposa já não é capaz de nos diferençar. Eu parto já para a eira e trato de ensacar o trigo. Tu vais
    estar com a raposa e, depois de longa discussão, aceitas a proposta. Não dês, porém, sinal de partida, enquanto eu não estiver na eira. Quanto à
    palha, podemos dar-lha toda; no entanto, vou esconder-lhe dentro um cão para bem a receber quando ela for tomar posse da palha.
      O sapo ficou satisfeito com a lembrança do colega e foi para sua casa esperar a raposa. Esta não se demorou muito.
      Discutiram ambos por algum tempo e no final o sapo fingiu que cedia. À hora marcada a raposa dirigiu-se para a eira de corrida. Quando chegou
    ali, já o sapo tinha o trigo metido nos sacos.
      – Mas como andou o meu compadre tão depressa? – observou a raposa, despeitada.

                                                                                 1
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  – Fiz das pernas coração, comadre – respondeu o sapo –, mas como sou muito seu amigo, cedo-lhe de boa vontade toda a palha, embora esta não
entrasse no contrato.
  A raposa, de bico caído, aceitou a proposta e dirigiu-se para o monte de palha a experimentar se estava bem moída. Salta de lá o cão e deu-lhe
tamanha corrida que a raposa morreu arrebentada.
                                                                      José António Gomes (sel.), Fiz das Pernas Coração – contos tradicionais portugueses, Ed. Caminho, 2000
 1. b.              6. a.
 2. a.              7. c.
 3. b.              8. b.
 4. c.              9. b.
 5. b.             10. a.

Esta actividade pretendeu avaliar a compreensão oral.



Págs. 14 a 17
 2

1.

           3                 2


           6                 1


           5                 4


2.
c. Chama-se Adrian Popa, é condutor de um táxi, vive na Roménia, é honesto.

Esta actividade pretendeu avaliar a compreensão escrita.



 3
Esta actividade pretendeu avaliar a expressão escrita.



 4
     Quando a mãe viu o filho com a roupa completamente suja, disse-lhe:
     – Vens num lindo estado da escola, Abel! O que foi que te aconteceu?
     – Caí na lama – explicou o filho.
     – Com os calções novos? – perguntou a mãe.
     – Não tive tempo de os tirar…

Esta actividade pretendeu avaliar conhecimentos sobre a pontuação.



 5
  Aquele dia foi um desastre! Mal chegou à escola, deram-lhe um empurrão por trás e ele caiu desamparado. Foi para a sala de aula, mas o braço
doía-lhe horrivelmente. Por azar, a professora começou a fazer-lhe perguntas:
  – Manuel, diz o pretérito perfeito do indicativo do verbo “fazer”.
  Sabia lá!… Ele só queria era desaparecer! Se tivesse feito o que o pai lhe dissera, agora saberia responder.
  – Então, Manuel, não estudaste os tempos verbais? Da próxima vez, vou ter de comunicar aos teus pais que não andas a estudar.
  Felizmente a professora dera-lhe outra oportunidade. Mas as coisas realmente iam ter de mudar…

Esta actividade pretendeu avaliar conhecimentos sobre ortografia.



 6
1. c.
2. b.
3. a.
4. c.
5. c.
6. b.
7. c.

Esta actividade pretendeu avaliar conhecimentos sobre o funcionamento da língua.


                                                                            2
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Pág. 20
Sugestão de exploração do separador da Unidade 1 [págs. 18-19]
   As imagens que surgem nestas páginas pretendem “retratar” algumas situações que se vivem nas escolas:
   – na página 18, apresenta-se fundamentalmente um retrato positivo – a alegria, a amizade, a brincadeira; o rapaz esmagado pelo peso da mochila
(da responsabilidade?) introduz o “lado sério” da escola;
   – na página 19, retratam-se diferentes situações que são o ponto de partida para uma troca de impressões/debate sobre algumas atitudes e com-
portamentos a valorizar/a rejeitar na vida escolar.
   A partir das ilustrações destas páginas poderá, ainda, ser construída e registada uma área vocabular sobre a palavra escola.


Antes de Ler
a. Exemplos: bancada [linha 1]; estrado [linha 3]; mestre [linha 14]; cana-da-índia [linha 15]; palmatoada [linha 34]; chamadas à pedra [linha 37].




Págs. 21 e 22
LER ❦ COMPREENDER
1. a. tossia
  b. teimosia
  c. pancada
  d. incríveis
  e. desejado

2.1.
a. “Havia em todos, pequenos e grandes (…)” [linha 6]; “Os da primeira (…) e quem já sabia contas (…)” [linha 12]; “(…) um explosivo ruído de alívio de
toda a escola.” [linha 33]
b. “De tarde a coisa piorava, por causa das chamadas à pedra.” [linha 37]
c. “(…) ordenava em tom solene:” [linha 4]; “(…) era caqueirada de meia-noite.” [linha 28]; “Começava então a emenda, com a sua palmatoada, os seus
puxões de orelha (…)” [linha 34]

3. O narrador é alguém que recorda o tempo em que frequentou aquela escola. Poderá ser oportuno pedir aos alunos que façam o seguinte exercí-
cio: sublinhar as formas verbais do primeiro parágrafo e identificar o tempo em que se encontram – pretérito imperfeito do indicativo (sentava-me,
estava, erguia-se, descia, ordenava); ler o primeiro parágrafo, colocando as formas verbais no presente do indicativo (sento-me, estou, ergue-se,
desce, ordena). O emprego deste tempo permitiria concluir que o narrador narra factos do presente, sendo, portanto, uma criança; já o pretérito
imperfeito designa um facto passado, encerrando uma ideia de continuidade.


FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
1. Em alternativa, poder-se-á fazer um ditado à turma, com este ou outro excerto do texto. Parece-nos igualmente oportuno que se aproveite para rever
os diferentes sinais gráficos, estabelecendo (e registando) a distinção entre os acentos – agudo, grave e circunflexo – e outros sinais auxiliares da
escrita – cedilha, hífen, til e apóstrofo.

2. caçador • maçã • maciço • poço • açúcar
2.1. Coloca-se na letra c, antes das vogais a, o, u, para representar o som [s].

3. “Sentava-me” [linha 1] ➔ o hífen une o pronome me ao verbo; “cana-da-índia” [linha 15] ➔ o hífen liga os elementos da palavra (no texto seguinte,
propõe-se precisamente o estudo dos processos de formação de palavras; os alunos poderão, então, verificar que, geralmente, as palavras compos-
tas por justaposição apresentam os elementos que as constituem unidos por hífen); “Fí-si-cos” [linha 17] ➔ o hífen assinala a forma como o professor
pronunciou esta palavra – sílaba a sílaba; “conse-” [linha 29] ➔ o hífen assinala a partição da palavra, no fim da linha.




Pág. 23


DIVERTE-TE!

  O carácter lúdico desta secção poderá ajudar a:
  – desenvolver um conjunto de capacidades relativas a diferentes domínios da língua;
  – aumentar o vocabulário dos alunos;
  – treinar o conhecimento reflectido de regras de funcionamento da língua.
  A realização destas actividades poderá ocorrer em diferentes situações e com diferentes objectivos:
  • na sala de aula, como forma de ocupar os alunos que concluíram mais depressa uma tarefa que outros estão ainda a realizar;
  • como forma de introduzir alguns momentos de pausa/descontracção nas aulas de 90 minutos;
  • como trabalho de casa;
  • como exemplo para a construção (individual, em grupos ou colectiva) de outros jogos.
1. escutar; escultor; escola; esperto; escrever; estudante

                                                                                     3
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um verbo por dia
  Em todos os textos das unidades 1 a 6, introduzimos esta secção – Um verbo por dia – de forma a permitir o treino sistemático da conjugação de ver-
bos irregulares de uso frequente (de acordo, aliás, com o que o Programa determina). Poder-se-á pedir aos alunos que registem os exercícios propos-
tos numa secção reservada para o efeito no caderno diário, à qual poderão dar o título “Verbos irregulares”.
a. Com o senhor Botelho não se podia/pode fazer batota.
b. Ontem eu pude ver o filme até ao fim.
c. Só o Nuno faltou, porque não pôde chegar a horas.
d. É provável que nós possamos ir à vossa festa.




Págs. 26 a 28
LER ❦ COMPREENDER
1. Nicholas; quinto ano (“Mas agora Nick estava no quinto ano…” [linhas 14-15])
2. No início do ano lectivo: “Mas agora Nick estava no quinto ano e a primeira aula de língua com a senhora Granger estava quase a terminar” [linhas 14-16]
4. A professora percebeu a intenção de Nick: “(…) todos os que se encontravam na sala sabiam o que ele estava a fazer. Infelizmente, a senhora Granger
também sabia.” [linhas 31-33]
5. Virar o feitiço contra o feiticeiro. – virar-se o mal contra quem o praticou.
                                                                      (Guilherme Augusto Simões, Dicionário de Expressões Populares Portuguesas, 1.a ed., Publ. Dom Quixote, 1994)

6. Vergonha, humilhação: “(…) ele sentiu-se pequeno, mesmo muito pequeno. As suas orelhas estavam vermelhas como tomates.” [linhas 52-53]
7.1. “buuumm!!!” [linha 29] ➔ o som provocado pela “explosão” da “granada dialéctica”.
8. “Algumas crianças sorriram e outras olharam para o relógio. Nick era famoso por isto e todos os que se encontravam na sala sabiam o que ele estava a
fazer.” [linhas 30-32]
9. Eu quase nem ouvi o que ela disse a seguir. O meu coração batia com força e eu senti-me pequeno, mesmo muito pequeno. As minhas orelhas estavam verme-
   lhas como tomates. Tinha sido um desastre absoluto; tudo o que [eu] conseguira fora uma tarefa extra.



FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
  Sobre a formação de palavras por composição, leia-se a seguinte informação:
  “A composição consiste em formar uma nova palavra pela união de dois ou mais radicais. A palavra composta representa sempre uma ideia única e
autónoma, muitas vezes dissociada das noções expressas pelos seus componentes. Assim, criado-mudo é o nome de um móvel; mil-folhas, o de um
doce; vitória-régia, o de uma planta; pé-de-galinha, o de uma ruga no canto externo dos olhos.
Tipos de composição
1. Quanto à forma, os elementos de uma palavra podem estar:
a) simplesmente justapostos, conservando cada qual a sua integridade: beija-flor; bem-me-quer; madrepérola; segunda-feira; chapéu-de-sol; passatempo;
b) intimamente unidos, por se ter perdido a ideia da composição, caso em que se subordinam a um único acento tónico e sofrem perda da sua integri-
dade silábica:
• aguardente (água + ardente)
• pernalta (perna + alta)
• embora (em + boa + hora)
• viandante (via + andante)
  Daí distinguir-se a composição por justaposição da composição por aglutinação, diferença que a escrita procura reflectir, pois que na justaposi-
ção os elementos componentes vêm em geral ligados por hífen, ao passo que na aglutinação eles se juntam num só vocábulo gráfico.
Observação:
Reitere-se que o emprego do hífen é uma simples convenção ortográfica. Nem sempre os elementos justapostos vêm ligados por ele. Há os que se
escrevem unidos: passatempo, varapau, etc.; como há outros que conservam a sua autonomia gráfica: pai de família, fim-de-semana, Idade Média, etc.”
                                                                Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, 1.a ed., João Sá da Costa Ed., 1984, págs. 106-107

1.1. enganaprofs = engana + profs [professores]; queimatempo = queima + tempo
1.2. Palavras compostas por justaposição. Este é um dos casos em que os elementos justapostos não se ligam por hífen, escrevendo-se unidos. É tam-
bém o caso da palavra passatempo que surge na linha 13 do texto. A este propósito, leia-se a observação de Celso Cunha e Lindley Cintra que reprodu-
zimos acima.
2. a. verdade b. visto c. cinza d. desastre e. manhã f. suficiente
2.1.
                      Palavras derivadas
                  por        por    por sufixação
               sufixação prefixação e prefixação
verdadeira         X
previsto                      X
cinzento           X
desastroso         X
amanhecer                                 X
insuficiente                  X



                                                                                   4
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3. impossível • desorganizado • indisciplinado • desmotivado • ilimitado
3.1. Todos os prefixos contêm a ideia de negação. Sugerimos que os alunos vão registando os prefixos e os sufixos mais frequentes e os respecti-
vos significados. Ex.:
significado prefixo          exemplos
negação     in-       infeliz, invisível,
                      indisciplinado
            im-       impossível, imprudente,
                      impermeável
            i-        ilimitado, ilegal, ilógico
negação,    des-      destapar, desfazer,
acção                 desmotivado
contrária

4. “camponês” [linha 18]
4.1. Exemplos: campismo, campista, campina, campino, campal, campear, campeiro, campesino, campícola, campo de batalha, campo de concentração,
campo-santo...



ESCREVER
1. O João aproximou-se da professora e perguntou:
   – Professora, alguém pode ser castigado por uma coisa que não fez?
   – Claro que não – respondeu a professora.
   – Óptimo! – exclamou o João. – É que eu não fiz os trabalhos de casa.




DIVERTE-TE!
1. A pergunta insolente, resposta valente.
Para pergunta apressada, resposta pousada.
Qual pergunta farás, tal resposta terás.

 um verbo por dia
1. 1.d; 2.c; 3.a; 4.e; 5.b.




Pág. 29
Antes de Ler
a. A observação da mancha gráfica permite identificar alguns parágrafos que começam por travessão, o que aponta para a existência de diálogo
entre personagens; a resposta correcta será, pois, a primeira: “É um texto narrativo cujo tema se relaciona com a escola.”




Pág. 30
LER ❦ COMPREENDER

1.1. Autora: Maria Isabel Mendonça Soares; título da obra: Verde é Esperança.
1.2. Um narrador ausente (não participante).
1.3. Três colegas de turma: Vasco, Vera e Viviana.
1.3.1. Eram os únicos alunos da turma com nomes começados pela letra V.
1.3.2. “Estavam os três sentados no muro do pátio.” [linha 1]
1.3.3. “Eram inseparáveis.” [linha 18]

1.4. Poderá deduzir-se que a acção decorre no segundo ou terceiro período do ano lectivo a partir da seguinte frase: “Tinha havido uma Vanda, mas
essa antes do Natal fora-se embora (…)” [linhas 19-20]

1.5. A realização de um trabalho de grupo de que tinham sido encarregados pela professora Paula.


2. Os parênteses empregaram-se para intercalar no texto “uma reflexão, um comentário à margem do que se afirma”.
                                                                (Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, João Sá da Costa Ed., 1984, pág. 660)



3. A preparação da leitura expressiva parece-nos fundamental. Os passos propostos permitem rever as seguintes noções:
• distinção das intervenções do narrador e das personagens;
• diálogo / discurso directo;
• pontuação do diálogo (será oportuno chamar a atenção dos alunos para a utilização do travessão para assinalar o diálogo entre os três amigos
[parágrafos 2, 3, 4, 5 e 6] e das aspas para assinalar a transcrição das palavras de uma personagem [último parágrafo];
• verbos introdutores do diálogo (comentou, contestou, disse, acrescentou, desdenhou, repontou, dissera).

                                                                               5
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Págs. 31 e 32
FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1.1. Grupo 1: Ana, António, Bacelar
Grupo 2: Carlos, Carlota, Carolina
Grupo 3: Cátia, Filomena, Flávio
Grupo 4: Graça, Guilherme, Heitor
Grupo 5: Horácio, Inês, Ivo
Grupo 6: Jaime, Laura, Leonel
Grupo 7: Mafalda, Raul, Vasco

1.2.
 Grupo dos      Grupo dos     Grupo dos
 “agudos”        “graves”    “esdrúxulos”
 Bacelar,     Ana, Carlos,   António,
  Heitor,        Carlota,     Cátia,
   Inês,        Carolina,     Flávio,
 Leonel,       Filomena,     Horácio
   Raul          Graça,
             Guilherme, Ivo,
             Jaime, Laura,
                Mafalda,
                  Vasco



INVESTIGAR
  Trata-se de uma actividade de leitura, em que se exige que o aluno pesquise informação. Para além da Internet, eis algumas obras que poderão ser
indicadas aos grupos:
• Guilherme Augusto Simões, Dicionário de Expressões Populares Portuguesas, Publ. Dom Quixote;
• José Viale Moutinho, Adivinhas Populares Portuguesas, Ed. Notícias [procura a partir das soluções];
• Dicionário de Provérbios, Porto Editora;
• Dicionário dos Símbolos, de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, Ed. Teorema, 1982
• Prontuários (para consulta de nomes de pessoas e locais).

1. Exemplo com branco:
• expressões populares – “branco como a cal da parede”: diz-se de pessoa que fica muito assustada e perde a cor; “em branco”: diz-se de quem
desconhece totalmente um dado assunto.
• provérbios – “Branca geada, mensageira de água.”; “Mais vale morena engraçada que branca desconsolada.”
• adivinhas – “Branco é, galinha o põe.” [resposta: o ovo]; “Qual é a cor do cavalo branco de Napoleão?” [resposta: branca].
• pessoas/personagens conhecidas – escritores: Camilo Castelo Branco, Branquinho da Fonseca; actor: Óscar Branco; cantor/músico: José Mário
Branco, Luís de Freitas Branco; personagem: Branca de Neve.
• locais – Castelo Branco, Casa Branca (no Alentejo); Rio Branco (Brasil).
• títulos de livros – “Em Branco” de Teresa Guedes.
• simbologia – simboliza inocência, pureza e verdade; no Ocidente, o branco é a cor da paz; na China, é a cor do luto.
• poema
Versos brancos
  Fui para um teste em branco, pálido e aflito.
  Para não deixar a folha em branco, escrevi
  No verso dela estes versos brancos.
  Mas a professora só devia gostar de poemas rimados:
  Por isso na pauta apareceu um zero, ali, bem preto no branco.
                                            Teresa Guedes, Em Branco, Ed. Caminho




DIVERTE-TE!
1.
                      ➤




          1.           R I M O S
 2. G E N R            O
          3.           X A I L E
 4. P L A N            O


um verbo por dia
1. eram – pretérito imperfeito do modo indicativo, 3.a pessoa do plural;
fosse – pretérito imperfeito do modo conjuntivo, 3.a pessoa do singular;
seriam – modo condicional, 3.a pessoa do plural.


                                                                               6
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Págs. 34 e 35
LER ❦ COMPREENDER
1.1. As personagens são quatro professores e alguns alunos de uma escola. A personagem principal é o professor Branquinho.
1.2. A acção decorre em três espaços distintos: nos corredores da escola (duas primeiras vinhetas da primeira tira – é um local de passagem das per-
sonagens que se dirigem à sala dos professores ou a salas de aula); na sala dos professores (segunda e terceira tiras – veja-se a indicação afixada na
porta que se abre, na terceira vinheta); na sala onde decorre uma aula do professor Branquinho (última tira – são vários os elementos que identificam
este espaço: posição do professor e dos alunos, quadro preto, secretária, mesas e cadeiras…).
1.3. Geralmente, na banda desenhada, as imagens substituem o narrador – elas “mostram” as personagens, os espaços e mesmo o momento em que
decorrem as acções, não sendo necessárias as palavras.
2. Os alunos elogiam-no entre si e vão mesmo chamá-lo à sala dos professores mal ouvem o toque de entrada.
3. Os dois colegas masculinos sentem irritação e inveja; um deles curiosidade; a colega sente incompreensão, surpresa.
4. Ele transforma as suas aulas em concursos televisivos, onde, inclusivamente, há lugar a prémios. Veja-se a forma como ele se dirige aos seus alu-
nos: “Caro público”.


FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
1. DRRIIINN: som da campainha; TAP TAP TAP: som das folhas de papel a baterem na mesa.
“As onomatopeias são palavras imitativas, isto é, palavras que procuram reproduzir aproximadamente certos sons ou certos ruídos: tique-taque; zás-trás;
zunzum
  Em geral, os verbos e os substantivos denotadores de vozes de animais têm origem onomatopeica.
Assim:
ciciar cicio (da cigarra)
chilrear chilreio (dos pássaros)
coaxar coaxo (da rã, do sapo)”
                                                                                                               Celso Cunha e Lindley Cintra, ob. cit., pág. 116

2.1. Eh (EHEHEHEH…) Esta interjeição exprime satisfação.

Observação:
  Será oportuno referir que, na escrita, as interjeições vêm de regra acompanhadas do ponto de exclamação. Com efeito, as interjeições equivalem a
frases exclamativas ou imperativas. Exemplos:
Ai! = Que dor eu sinto!
Caluda! = Estejam calados!
  Lindley Cintra e Celso Cunha não incluem a interjeição entre as classes de palavras por a considerarem um “vocábulo-frase”.

2.2
decl. – Vou já…
excl. – Estamos prontos!
int. – Então, stôr? / Vem ou não vem?
imp. – Vá lá, stôr… / Depressa!




DIVERTE-TE!

1. Solução: Gosto de ti.
ACETATO 1
 NA PONTA DA LÍNGUA                                                                          ACETATO 1

 Língua Portuguesa • 6.° ano                                                                 n
                                                                                                       90732



                       CÓDIGO INTERNACIONAL DE SINAIS




    O Código Internacional de Sinais – CIS – serve para quem anda
    no mar. É publicado em vários países desde o início do século XIX.
         o mais usado pela Mari-     As bandeiras são reconhecidas
    É    nha Portuguesa quando
    falha a comunicação por rádio,
                                     mesmo estando um pouco
                                     cobertas. Por baixo de cada
    para situações relacionadas      bandeira é indicada a palavra
    com a segurança da navegação.    usada nas comunicações rádio.




                                                                     in Visão Júnior, n.º 6, Novembro 2004




Poderá ser projectado um exemplo de um outro alfabeto, que utiliza bandeiras. Solução da palavra “escrita” em código: ALFEITE

um verbo por dia

1. digo, disse, dizia, dissera, direi
2. A única forma regular é a do pretérito imperfeito, pois o radical diz- não sofre alteração.

                                                                                                                                                                  7
PLIN6EP_Bala

Págs. 36 e 37
Antes de Ler

ACETATO 2
 NA PONTA DA LÍNGUA                                                                         ACETATO 2

 Língua Portuguesa • 6.° ano                                                                n
                                                                                                   90732



                               LER UM CARTOON




                                                            Pari Mohmmd Nabi (Irão), sem título,
                               in III Porto Cartoon, Ed. Museu Nacional da Imprensa, Porto 2001




a. Uma interpretação possível: através da palavra impressa (livros, jornais, revistas…, aqui representados pela figura de Gutenberg), os povos de todo
o mundo (repare-se nas diferentes figuras humanas) podem partilhar alegrias, sonhos, tristezas… Os livros apresentam-se como um factor de (re)união
e de comunicação entre línguas, povos e civilizações tão distantes e tão diferentes (observe-se que todos se “abrigam” debaixo do mesmo “manto”).
Os livros permitem formar como que um “dominó do mundo” (sugerido pela “peça” visível no canto inferior direito), em que as peças são as línguas/os
povos que o habitam.
b. Poema gravado:

                Um livro
Levou-me um livro em viagem,
não sei por onde é que andei.
Corri o Alasca, o deserto,
andei com o sultão no Brunei?
P’ra falar verdade, não sei.
Com um livro cruzei o mar,
não sei com quem naveguei.
Com marinheiros, corsários,
tremendo de febres e medo?
P’ra falar verdade, não sei.
Um livro levou-me p’ra longe,
não sei por onde é que andei.
Por cidades devastadas,
no meio da fome e da guerra?
P’ra falar verdade, não sei.
Um livro levou-me com ele
até ao coração de alguém,
e aí me enamorei –
de uns olhos ou de uns cabelos?
P’ra falar verdade, não sei.
Um livro num passe de mágica
tocou-me com o seu feitiço:
deu-me a paz e deu-me a guerra,
mostrou-me as faces do homem
– porque um livro é tudo isso.
Levou-me um livro com ele
pelo mundo a passear,
não me perdi nem me achei
– porque um livro é afinal…
um pouco da vida, bem sei.
                                                                           João Pedro Mésseder, O g é um gato enroscado, Ed. Caminho, 2003



LER ❦ COMPREENDER

1.
a. F ➔ “O Joel atendeu, com uma voz sonolenta:” [linha 1]
b. F ➔ Ele queria conversar sobre algo que tinha acabado de ver na televisão. [linha 3]
c. IS ➔ Sabe-se apenas que era “um livro de mistério”. [linha 11]
d. V
e. V
f. F ➔ “Ele também via televisão e tinha um mega-drive e um computador. E apreciava isso tudo.” [linha 21]
g. IS ➔ Sabe-se apenas que tinha um computador.
h. F ➔ “As histórias que mais o impressionaram e entusiasmaram não tinham sido filmes mas livros:” [linha 23]
i. F ➔ “Isto para não falar dos livros do pai que ele surripiava à noite (…).” [linha 27]


                                                                                                                                             8
PLIN6EP_Bala

Pág. 38
FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
1.1.
a. sujeito ➔ O Joel;
predicado ➔ gostava de ler.
b. sujeito subentendido ➔ [O Joel / Ele];
predicado ➔ Lia muitos livros do pai.
2. Os travessões que iniciam todos os parágrafos à excepção do primeiro, do décimo e do último.


OUVIR

      Diálogo gravado:
– Estou? Queria falar com o Joel.
– E quem fala, por favor?
– É o Jorge.
– Ah! És tu, Jorge! Estás bom?
– Estou, obrigado. Posso falar com o Joel?
– Estás com azar, pá: ele foi a casa da avó, mas não demora.
– Oh! Que pena! Queria mesmo dizer-lhe uma coisa…
– Olha, se quiseres, o mais que posso fazer é dar-lhe o teu recado.
– Hum… Não, obrigado. Ou antes: por favor, diga-lhe que aquele indivíduo que andamos a investigar apareceu na televisão.
– Só isso?
– Já agora, podia pedir-lhe que me telefone para minha casa mal chegue. Hum… Não, para minha casa não. Eu vou a casa da Joana. Ele que telefone
para lá, pode ser?
– Ok, está sossegado que eu dou-lhe o recado.
– Está, obrigado.
– De nada! Dá cumprimentos meus aos teus pais.
– Está bem. E mais uma vez obrigado.
– Adeus, Jorge.

1.1.1. Algumas propostas:
– Boa noite. Fala o Jorge, o colega do Joel. Ele está?
– Daqui fala um amigo do Joel. Seria possível falar com ele?
– Boa noite. Eu desejava falar com o Joel. É possível? Por favor, diga-lhe que é o Jorge.




Pág. 39
ESCREVER
1. O Programa propõe a elaboração de fichas de registo de livros ou de leitura. Um dos acordos a estabelecer com os alunos nas primeiras aulas pode-
rá ser precisamente a obrigatoriedade da leitura de um número determinado de obras (por mês/período/ano) e do preenchimento das respectivas fichas
de leitura.




DIVERTE-TE!
1.
• Moby Dick ➔ Herman Melville ➔ norte-americano
• As Aventuras de Alice no País das Maravilhas ➔ Lewis Carroll ➔ inglês
• O Principezinho ➔ Antoine de Saint-Exupéry ➔ francês
• A Ilha do Tesouro ➔ Robert L. Stevenson ➔ escocês
• A História Interminável ➔ Michael Ende ➔ alemão
• As Aventuras de Tom Sawyer ➔ Mark Twain ➔ norte-americano


um verbo por dia
1.
a.   estamos
b.   estivemos
c.   estivéramos
d.   estejamos
e.   estivéssemos
f.   estaríamos


                                                                           9
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Págs. 40 e 41
Fiquei a saber?
  Os conteúdos abordados ao longo da unidade são aqui testados através de actividades que exigem respostas objectivas e que, por isso, podem ser cor-
rigidas pelo próprio aluno, se o professor assim o entender. Com esse objectivo, apresentamos, nas páginas finais do manual, a resposta a cada uma das
perguntas (e que aqui reproduzimos para facilitar a consulta).
Conteúdos testados nesta ficha:
Texto narrativo:
• obra; autor; narrador
Funcionamento da língua:
• discurso directo;
• verbo introdutor do diálogo: identificação e posição;
• parágrafo e período;
• sinónimos e antónimos;
• ordem alfabética;
• classificação das palavras quanto à acentuação;
• acentos gráficos;
• tipos de frase;
• formação de palavras;
• funções sintácticas: sujeito e predicado;
• verbos irregulares (poder, fazer, ser, dizer, estar).
1.1. Autora: Alice Vieira; obra: Águas de Verão.
1.2. Narrador presente (ou participante), visto que participa nos acontecimentos que narra. Veja-se a utilização da primeira pessoa: nosso [linha 2],
nos [linha 6], crescíamos [linha 6].
1.3. O discurso directo está presente no segundo parágrafo.
1.3.1. “se lamentava” [linha 10].
1.3.2.
     – Pois é, vocês encheram os livros todos com bonecos e risquinhos, e agora já não tenho espaço para fazer mais boneco nenhum… – lamentava-se ela.

2. “Mas antes delas havia que passar nos exames.”

3. tardavam: demoravam; resolvidos: solucionados, feitos; lamentava: queixava, lastimava.

4. começava: terminava, acabava, findava; saber: ignorar, desconhecer; sorte: azar.

5.1. casacos • exames • férias • livros • mãos • medida • morangos • páginas • pregão • problemas • servir • trabalho • vestidos
5.2. pregão, morangos, férias, páginas, servir e vestidos.
5.2.1. Palavras agudas: pregão, servir; palavras graves: morangos, vestidos; palavras esdrúxulas: férias, páginas.

6.
  O livro de História era o mais engraçado de todos: não havia rei, príncipe ou ministro que não tivesse artísticos bigodes, óculos ou vendas nos olhos
como o pirata da perna de pau. Foi um sarilho para convencer a Bé que o marquês de Pombal era mesmo aquele homem de pedra com um leão ao lado,
tal como na estátua. Sempre que passava lá à beira, a Bé olhava bem para o alto, e perguntava:
  – Mas onde é que estão as tranças e os óculos?
6.1. interrogativa

7.
a. sujeito ➔ A Bé; predicado ➔ era a irmã mais nova
b. sujeito subentendido ➔ A Bé / Ela; predicado ➔ tinha muita sorte
c. sujeito ➔ Os livros dela; predicado ➔ tinham os exercícios resolvidos

8. engraçado (en + graça + ado) ➔ palavra derivada por prefixação e sufixação; desfazer (des + fazer) ➔ palavra derivada por prefixação; inseguro
(in + seguro) ➔ palavra derivada por prefixação; bigodão (bigode + ão) ➔ palavra derivada por sufixação.

9. palavras derivadas ➔ ventoso; enevoado; chuvoso; aguaceiros
palavras compostas ➔ fim-de-semana; Ribatejo; Trás-os-Montes

10.
a. pude; fez.
b. fôssemos; faríamos.
c. esteja.
d. dito.




Pág. 44
Antes de Ler
b. Um dos meninos é branco e o outro é negro; ambos se encontram na rua, de pé; junto de cada um, encontram-se o pai e a mãe; a pomba voa sobre
os dois miúdos.


                                                                           10
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Págs. 45 a 47
LER ❦ COMPREENDER
1. A cor da pele. Na parte final do texto, quando os meninos se despedem: “(…) disseram adeus um ao outro: e a mão de um era branca, e a mão do outro era
negra.” [linha 14]
2. Os pais:
• reacções ➔ pararam, interrogaram os filhos por duas vezes e com as mesmas palavras.
Os meninos:
• reacções e gestos ➔ ambos se olharam, pararam, hesitaram, se abraçaram, sorriram e acenaram.
• sentimentos ➔ ambos se sentiram “maravilhados”, extasiados, felizes.
2.1. A repetição de:
• palavras no princípio de várias frases seguidas [anáfora*] ➔“Hesitavam na palavra, hesitavam no gesto, hesitavam no riso.” [linhas 8-9];
• frases inteiras ➔ segundo, terceiro, quinto e sexto parágrafos; frases construídas de um modo semelhante [paralelismo*] : “e a mão de um era branca, e a mão
do outro era negra.” [linhas 14-15].
*Observação:
  A anáfora e o paralelismo surgem apenas no Programa do 3.o Ciclo. Os alunos poderão, no entanto, identificar estes recursos sob a designação geral de
repetição.
4.1.1. Uma leitura possível: a atitude dos dois garotos simboliza a harmonia, a pureza e a simplicidade que deveriam reger as relações humanas. A
pomba surge a “abençoar” / louvar / proteger este encontro.
5.2. Uma leitura possível: para os dois meninos, também a cor da pele de cada um não era importante.
6. Algumas hipóteses:
   • Descoberta
   • O encontro
   • O abraço


FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
1.1. Exemplos:
a. Eu sei a tabuada de cor.
b. Em que país* viveste?

*Observação:
  É importante esclarecer os alunos que o acento (agudo, grave ou circunflexo) não altera a grafia da palavra. Os acentos agudo e circunflexo marcam a
sílaba tónica; o acento grave assinala as contracções da preposição a com o artigo a e com os pronomes demonstrativos a, aquele, aqueloutro, aquilo.

2. Exemplos:
a. Os reis viviam no paço (= palácio, corte).
b. Há três anos que não te via. / Ah! Finalmente chegaste…
Outras palavras homógrafas:
• sabia (conhecia); sábia (conhecedora); sabiá (pássaro)
• selo (é – ponho um selo); selo (ê – estampilha)
• pôr (verbo); por (preposição)
• copia (pres. ind. de copiar); cópia (reprodução de um texto)
• pelo (contracção de por + o); pêlo (cabelo)
• molho (ó – pres. ind. de molhar / feixe, braçada); molho (ô – termo culinário)
• secretaria (repartição ou escritório); secretária (profissão/móvel de escritório)
• para (preposição); pára (imperativo de parar)
• acordo (ó – pres. ind. de acordar); acordo (ô – combinação)
• colher (utensílio usado para comer); colher (apanhar, recolher)
• sede (ê – vontade de beber); sede (é – lugar onde funciona um clube, um governo…)
Outras palavras homófonas:
• coser (costurar); cozer (cozinhar)
• conselho (opinião); concelho (município)
• sinto (pres. ind. de sentir); cinto (do vestido, das calças…)
• roído (part. de roer); ruído (barulho)
• assento (banco, cadeira/anoto, escrevo); acento (sinal gráfico)
• nós (pronome); noz (fruto)
• vês (pres. ind. de ver); vez (ocasião)
• concerto (espectáculo musical); conserto (reparação, arranjo)
• ouve (pres. ind. de ouvir); houve (pret. perf. ind. de haver)
• trás (preposição); traz (pres. ind. de trazer)
• aço (metal); asso (pres. ind. de assar)
• sem (preposição); cem (número)

                                                                             11
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ACETATO 3
 NA PONTA DA LÍNGUA                                         ACETATO 3

 Língua Portuguesa • 6.° ano                                n
                                                                  90732



                               PALAVRAS HOMÓFONAS
  Descobre as palavras homófonas escondidas nos desenhos:




Solução:
Palavras homófonas ➔ concerto /conserto; coser/cozer; cela/sela; peão/pião; soar/suar; roído/ruído


LER MAIS
1.           noite , vou ;
            azeitona , fera ;
            rio , navio ;
            moreninha , sou .




DIVERTE-TE!
1. Nome (aumentativo) ➔ amigalhaço / amigalhão / amigão
Nome (diminutivo) ➔ amiguinho / amiguito
Nome composto ➔ amigo-da-onça*
Antónimo ➔ inimigo
Adjectivo ➔ amigável
Verbo ➔ amigar
*amigo-da-onça: falso amigo ou amigo interesseiro. A expressão nasce da história de um caçador mentiroso que referiu que sem armas fora acometido por uma
onça e que escapara por ter dado um tão grande grito que a onça fugiu apavorada. Um circunstante afirmou que isso não podia ser e, se fosse verdade, ele teria
sido devorado. O mentiroso, indignado, perguntou: “Mas afinal você é meu amigo ou amigo da onça?” (Guilherme Augusto Simões, in ob. cit.)


um verbo por dia
a. há; b. haja; c. havia; d. Há; havia



Págs. 49 a 51
LER ❦ COMPREENDER

1.1. Versos 1 a 9.
1.2.              X            uma ideia de contraste.
1.3. personificação ➔ são atribuídos à boneca alguns sentimentos: tristeza e amargura; a utilização de maiúsculas nas palavras “Boneca” [verso 21] e
“Ela” [verso 25] reforça as características humanas da boneca; comparação ➔ “E um sorriso combalido / Como flor que vai murchar.” [versos 8-9]
2. Na montra (vitrine) de uma capelista.
3. Indiferença, desprezo.
4.1. O sujeito poético, ao longo da sua mocidade até à idade adulta (até ao presente): “Passaram anos. – Com eles, / Foi-se a minha mocidade / E cres-
ce a minha tristeza.” [versos 18-20] (observe-se o emprego do presente do indicativo – cresce).
5. Os dois últimos versos: “– Quem dá por Ela? Ninguém. / E quantas almas assim!” [versos 25-26]
6. Uma explicação possível: trata-se de uma história breve, porque sobre a vida daquela boneca não há nada para contar. As acções, as peripécias da
sua vida resumem-se à sua permanência, anos a fio, na montra de uma loja.


FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
1. “Ninguém via o seu sorriso!” ➔ o: determinante artigo definido; seu: determinante possessivo.
2. da ➔ de + det. artigo definido a; daquela ➔ de + det. demonstrativo aquela; na ➔ em + det. artigo definido a.
3.
a. Esta é a história duma boneca de trapos.
b. Naquela manhã, saltei da cama com alegria.
c. Na opinião dalgumas pessoas, o melhor livro desse escritor foi o primeiro.
d. Ele seguiu pelo caminho mais curto.
e. Telefonaste às tuas tias?


                                                                             12
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4. Exemplo:
A minha irmã Rita nasceu há oito dias. Como diz a avó Laura, a família aumentou. Os meus primos vieram visitar-nos e trouxeram alguns brin-
quedos. No entanto, a Rita não pareceu apreciar aqueles presentes: chorou e só quis um urso de peluche que já tinha sido meu.




DIVERTE-TE!
1.
a.   hospitalizar
b.   analisar
c.   modernizar
d.   tranquilizar
e.   realizar
f.   improvisar
g.   avisar
Observação: Poderá ser oportuno chamar a atenção para as terminações em -izar e -isar. No primeiro caso, trata-se do sufixo verbal -izar:
hospitalizar = hospital + izar
modernizar = moderno + izar
tranquilizar = tranquilo + izar
realizar = real + izar
No segundo caso, a palavra primitiva escreve-se com s:
pesquisa = pesquisa + ar
analisar = análise + ar
improvisar = improviso + ar
avisar = aviso + ar


um verbo por dia

1.
a. demos
b. dou-te
c. Dê-me
d. dêem
e. dão




Pág. 52
Antes de Ler
a. Palavras e expressões retiradas pela ordem em que surgem: que • Depois • Como • mas • Quando • porque • Pouco depois • Por fim • Assim
• Daí por diante




Pág. 54
LER ❦ COMPREENDER
1. Eles conheceram-se em Porto Covo. Pedro desafiou Tóino para jogar a bola, atirando-lha.
1.1. É o Pedro. Será interessante fazer observar a presença dos tempos do presente e do passado nos dois primeiros parágrafos, que revelam que Pedro
narra no presente (“Eu sou o Pedro. O meu pai é engenheiro. Ele é o Tóino e o pai dele é trabalhador.”) um acontecimento passado (“Disse-me…”; “… o
que me atraiu… Tinha… atirei-lha. Aparou-a, sorriu e devolveu-ma.”; etc.).
3.
Retrato físico: musculoso • forte • baixo
Retrato psicológico: corajoso • modesto
4. Porque entendia que eles eram de “condições diferentes”, não sendo, portanto, correcto o tratamento por tu.
5. “Daí por diante, o Tóino ora me tratava por tu, ora não.” [último parágrafo]




Pág. 55
FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
1. O Pedro disse ao Tóino que só não se tinha afogado/afogara, porque ele o tinha ajudado/ajudara. O amigo recomendou-lhe que fugisse sempre daque-
las bandas, porque/pois havia por ali remoinhos.
2. Há várias hipóteses, visto que as frases assinaladas a azul poderão ser colocadas antes, depois ou no meio das falas das personagens. Exemplos:
  O Pedro perguntou ao Tóino:
  – Por que razão não me tratas por tu? [– perguntou o Pedro ao Tóino.]
  – Nós somos de condições diferentes – explicou o Tóino. – O meu pai é trabalhador e o seu é rico. [– explicou o Tóino.]

                                                                                  13
PLIN6EP_Bala

ESCREVER
1. Proposta de correcção:
   O Pedro propôs ao Tóino que fossem nadar. Este concordou e ambos mergulharam nas ondas do mar. Em breve o Tóino se distanciou e o Pedro quis
imitá-lo. No entanto, teve de chamar pelo Tóino, porque se viu atrapalhado. Felizmente, o Tóino nadava bem e conseguiu dar-lhe uma ajuda e trazê-lo
até à praia.




DIVERTE-TE!
1. a. homem
   b. familiar
   c. televisão


um verbo por dia

1. Ela lê. Eles lêem.
2. presente do indicativo ➔ eu leio / tu lês / ele lê / nós lemos / vós ledes / eles lêem
   presente do conjuntivo ➔ eu leia / tu leias / ele leia / nós leiamos / vós leiais / eles leiam



Pág. 56
Antes de Ler
a. São sobretudo três as qualidades que se associam ao cão: lealdade, fidelidade, companheirismo.




Págs. 57 a 61
LER ❦ COMPREENDER
1.1. Primeira parte: linhas 1 a 15; segunda parte: linha 16 até ao fim.
3. “inteligente” e “afectuoso” [linha 1]; brincalhão e paciente [“(…) infatigável companheiro dos brinquedos das crianças da quinta.”; “Esta brincadeira
recomeçava vinte vezes sem cansar nunca a paciência do Piloto.”]; fiel, trabalhador e responsável [“(…) o assobio do criado da quinta chamava o fiel ani-
mal às suas obrigações; partia, então, como um raio (…)”; “(…) era o Piloto o guarda da carroça; e muito atrevido seria quem saltasse à noite a parede da
quinta.”]; sagaz [“(…) uma extraordinária sagacidade:”]; confiante [“(…) correu para ele sem desconfiança;”]; corajoso [“(…) o corajoso Piloto (…)”]; gene-
roso [salvou o jornaleiro, mesmo depois de este o ter tentado matar].


FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
1. inteligente e afectuoso ➔ grau superlativo relativo de superioridade;
infatigável ➔ grau normal.
2. cães, hortelãos [ou hortelões], ladrões.
2.1. Os nomes terminados em -ão formam o plural em -ães, -ãos ou -ões.
Poderão ser registados outros exemplos num quadro como este:
           Plural dos nomes em -ão
    -ões              ães          -ãos
ladrões         cães          cidadãos
posições        alemães       cristãos
balões          capelães      irmãos
canções         capitães      acórdãos
confissões      escrivães     órfãos
corações        pães          órgãos
estações        sacristães    sótãos

3.1. Esta ➔ determinante demonstrativo; vinte ➔ determinante numeral cardinal; a ➔ determinante artigo definido; do [= de + o] ➔ contracção da preposi-
ção de com o determinante artigo definido o.


OUVIR ❦ FALAR [pág. 59]
1. Conto gravado:
    O cão
   Uma das muitas províncias da China chama-se Mongólia Interior. “Interior” porque dali não se vê o mar. Terra entre montanhas. Por isso os habitan-
tes dessa terra são pastores e na Primavera lá vão com as vacas e as ovelhas e os grandes cães de guarda. E onde chegam armam tendas e pastam
os rebanhos. Só no Outono é que voltam a casa porque principia a cair neve.
   Pois esta é a história de uma menina que há muitos séculos andava pelos montes da Mongólia com os pais e o gado, durante o bom tempo. Uma
menina que ia à escola apenas no Inverno. Ia à escola com um casaco forrado de pele de cordeiro, por causa do frio, e os livros atados num lenço de
algodão azul.
   Ora, num desses invernos, a professora contou que havia várias raças de cães pelo mundo fora: cães pequenos e leves, mesmo depois de cresci-
dos, os donos pegavam-lhes ao colo, passeavam-nos pela cidade; e cães artistas que faziam habilidades e divertiam o público. E, desde aí, a menina
não pensou noutra coisa senão em ter um cãozinho assim. Os cães que ela conhecia eram todos pesados, fortes, bravos, atiravam-se aos lobos de
noite para defender os rebanhos, puxavam o carrinho da família pela neve, e debaixo de um chicote, como se fossem cavalos.

                                                                              14
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   Essa menina, portanto, foi crescendo, e quando se tornou mulher emigrou para a capital da China. E, aí, ei-la que um dia se junta a um grupo de palha-
ços e funda o primeiro circo mongol. Um circo com cãezinhos a caminhar em dois pés, como as pessoas, a saltar o arco, a bailar ao som da música.
   Cães de pêlo encarapinhado e cara redondinha de boneca, cães chineses que não ladram e têm a língua preta. Cães de um palmo de altura e orelhas
como asas de borboleta.
   E o povo que nunca tal tinha visto... Ursos e macacos, sim, davam espectáculo pelas feiras, às cambalhotas, mas não serviam para mais nada.
   Espantado, o povo. Como é que o cão, animal tão útil ao homem, sabia também distraí-lo? Para mais cão tão pequenino e assim tão habilidoso!
   Certo é que, daí em diante, a palavra “cão” tomou nesse país um novo sentido. Os próprios imperadores mongóis acrescentaram ao seu nome o nome de Cão.
Gengiscão, por exemplo, um rei tão guerreiro que conquistou quase toda a Ásia, fazendo da China a metade do mundo, assim o seu neto Kublai-cão. Que a pala-
vra “cão”, na língua mongol, significa o esplêndido, o mais inteligente, o maior de todos.
                                                                                                  Maria Ondina Braga, O Jantar Chinês e Outros Contos, Ed. Caminho, 2004


a. numa província da China chamada Mongólia.
b. que andava com os pais e o gado nos montes, durante o bom tempo.
c. nem todos os cães eram grandes e pesados e desejou ter um cãozinho.
d. fundou o primeiro circo mongol.
e. porque os cães do circo eram pequenos e faziam habilidades.
f. a palavra “cão” ganhou um novo sentido na China.
g. o esplêndido, o mais inteligente, o maior de todos.

2. Eis alguns argumentos:
A favor:
• São animais úteis: resgatam pessoas enterradas debaixo da neve, guiam pessoas cegas, fazem companhia a pessoas que estão sozinhas, ajudam na
caça…
• São uma boa companhia.
• Podem ser um bom negócio; há pessoas que criam cães de raça.
• São uma boa maneira de fazer exercício; como os cães precisam de correr, os donos correm com o cão.
• Permitem estabelecer relações com outros donos de cães, nos parques, jardins, ruas.
• Alguns povos comem-nos.

Contra:
• À noite, ladram a gente inofensiva ou a outros cães.
• Alguns tornam-se agressivos e podem chegar a matar pessoas.
• São uma despesa: alimentação, veterinário, vacinas, licenças…
• Os animais não são brinquedos: muitas pessoas compram cachorros, mas, quando eles crescem, abandonam-nos.
• Há que levá-los à rua, faça sol ou faça chuva.
• São uma desculpa para não conviver com outras pessoas.

LER MAIS
1.
O cão e a trela
(...)
Acontece é que o Pimpão
tal era o nome do cão
é que não gostava nada
mas mesmo nadinha dela.
E à medida que crescia
maior era a rebeldia
por ter que sair à rua
sempre puxado pela trela.
Até que um dia o Pimpão
farto daquela prisão
vai dá um grande esticão
rebenta com aquela trela
e correndo a bom correr
refugiou-se num monte
para onde foi viver
(...)




DIVERTE-TE!
1. Provérbios:
Cão bom não ladra em falso.
Pelo cão se teme o patrão.

                                                                           15
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ACETATO 4
 NA PONTA DA LÍNGUA                                     ACETATO 4

 Língua Portuguesa • 6.° ano                            n
                                                              90732



                               PROVÉRBIOS EM CHARADAS




Neste acetato, os alunos poderão decifrar colectivamente mais dois provérbios onde há referências a animais.
Soluções: Burro velho não aprende línguas.
          Quem não tem cão, caça com gato.


um verbo por dia
1. Eu ponho/Tu pões/Ele põe/Nós pomos/Vós pondes/Eles põem
2. a. púnhamos; b. pusemos; c. puséramos; d. poremos; e. puséssemos; f. pusermos.




Págs. 62 e 63
Fiquei a saber?
Conteúdos testados nesta ficha:
Funcionamento da língua:
• classes de palavras: nome, determinante, adjectivo e verbo;
• palavras homógrafas e homófonas;
• família de palavras;
• discurso directo e discurso indirecto;
• verbos irregulares (haver, dar, fazer, ler, pôr).
Recursos expressivos:
• a personificação.

1.1. Exemplos:
• regato insignificante / pequeno / fraco / suplicante / desesperado
• lago altivo / egoísta / antipático / cruel / convencido
• mar grande / generoso / altruísta / simpático / acolhedor

2.1.
• O ➔ determinante artigo definido, masculino, singular
• desesperado ➔ adjectivo no grau normal, masculino, singular
• regato ➔ nome comum, masculino, singular
• continuou ➔ forma do verbo continuar, no pretérito perfeito do modo indicativo, 3.a pessoa do singular
• o ➔ determinante artigo definido, masculino, singular
• seu ➔ determinante possessivo, masculino, singular
• caminho ➔ nome comum, masculino, singular

3.
a. Meu ➔ determinante possessivo
b. Todos ➔ determinante indefinido; os ➔ determinante artigo definido; teus ➔ determinante possessivo
c. Os ➔ determinante artigo definido; dois ➔ determinante numeral cardinal
d. Aquele ➔ determinante demonstrativo; qualquer ➔ determinante indefinido
e. Algumas ➔ determinante indefinido; este ➔ determinante demonstrativo; os ➔ determinante artigo definido; outras ➔ determinante indefinido; o ➔ deter-
minante artigo definido; da ➔ determinante artigo definido (contracção da preposição de com o determinante artigo definido a); nossa ➔ determinante pos-
sessivo.

4.1. Exemplos:
• O rei recebeu os visitantes no paço. / Em Lisboa, visitei o Terreiro do Paço.
• Ah! Que água quentinha!… / Há tanto tempo que não via o mar!

5. Exemplos:
Eu como todos os dias um iogurte. / Ele sabia que tu ias aparecer. / Por favor, vai pôr esta roupa no cesto.

6. mar ➔ amarar, marítimo, marinho, marisco, marear, maremoto, maré, maré-cheia, maresia, marejar…


                                                                              16
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7.1. O travessão.
7.2. A personificação.
7.3. • segundo parágrafo: Um ribeirinho implorou ao seu irmão Lago que tomasse conta dele (de si).
• quarto parágrafo: O lago disse (respondeu/ordenou) ao fio de água que se pusesse a andar (se fosse embora), porque (pois) não necessitavam ali
de miseráveis como ele.

8.
a. havia
b. dêem; façam
c. lêem; líamos
d. põe




Pág. 66
Sugestão de exploração do separador da Unidade 3 [págs. 64-65]
Descobre os erros:...
 1 – A Gata Borralheira foge do baile à meia-noite e não às 9 horas.
 2 – Um príncipe (e não uma rã) beija a Bela Adormecida.
 3 – São três os porquinhos.
 4 – O Capuchinho Vermelho oferece a cesta ao lobo disfarçado e não à avó.
 5 – A tartaruga é que corta a meta, não a lebre.
 6 – O Gato das Botas calça umas botas.
 7 – A Pequena Sereia não faz surf.
 8 – A Branca de Neve come uma maçã, não uma banana.
 9 – Ao contrário: o leão está preso numa rede, que o rato rói.




Págs. 67 e 68
Texto A
Obra indicada no Programa.

Outra versão, em prosa, da mesma fábula:

O galo e a raposa
  Era uma vez um galo que, fugindo de uma raposa, conseguiu empoleirar-se no ramo de uma árvore. A raposa, achando que ele poderia dar um bom
almoço, arranjou logo uma manha:
  – Ó amigo galo, já sabes que saiu uma ordem para os animais serem amigos uns dos outros?
  – Não acredito!
  – É verdade verdadinha, por isso podes descer desse ramo…
  – Ah, se soubesses o que daqui se vê!
  – Então o que é?
  – Vêm aí uns caçadores com espingardas e cães!
  – De que lado?
  – Dali, do lado do rio!
  E a raposa desatou a fugir para o bosque.
  E do lado do seu ramo, o galo gritava:
  – Mostra-lhes a ordem! Mostra-lhes a ordem!
                                                                                                                                                          Minho
                                                                                                      José Viale Moutinho, 365 Histórias, 1.a ed., Ed. ASA, 2002




LER ❦ COMPREENDER

1.
a. astuto
b. agradável
c. conflito
d. novidade
e. replica
f. acontecimento
g. num instante
h. patife


                                                                       17
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2. A raposa veio anunciar que já não havia guerra entre eles os dois, pois tinha sido decretada a paz no mundo inteiro.
2.1. A raposa pretendia que o galo descesse da árvore, para poder devorá-lo.

3. Anunciou a chegada de dois lebréus com os quais poderiam festejar a paz. Como a raposa os temia, fugiu.

4. galo: “velho, arteiro e matreiro” [verso 2]; raposa: manhosa, dissimulada, enganadora, lisonjeadora, “magana” [verso 31].
4.1. Ambos são matreiros. Veja-se o significado de matreiro: que tenta enganar os outros através de processos hábeis de manha; o mesmo que finó-
rio, manhoso, sabido. Atente-se ainda nesta expressão corrente: raposa velha – pessoa muito sabida.

5. “Que é prazer a dobrar enganar quem engana.” [último verso]

6. Quem ri por último, ri melhor.


FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
1.1. a. A raposa ➔ sujeito; encontrou um galo ➔ predicado; um galo ➔ complemento directo; num ramo de uma árvore ➔ complemento circunstan-
cial de lugar.
b. Naquele dia ➔ complemento circunstancial de tempo; ela ➔ sujeito; mentiu ao galo ➔ predicado; ao galo ➔ complemento indirecto.
2. Exemplo:
Naquela noite, a avó contou uma fábula ao neto, na sala.
3. As crianças ouviam histórias.
Observação: Poderá ser oportuno chamar a atenção para a existência de mais do que um complemento circunstancial de tempo na mesma frase: Naquele tempo
e à noitinha.



Pág. 69
FALAR
1.
ACETATO 5
 NA PONTA DA LÍNGUA                                   ACETATO 5

 Língua Portuguesa • 6.° ano                          n
                                                            90732



                               A RAPOSA E A CEGONHA




DIVERTE-TE!
1.
a. camponesa
b. campeã
c. lento/vagaroso
d. deselegante
e. adiantar


um verbo por dia
1.
a. Eu sempre soube que tu virias.
b. Se nós soubéssemos a matéria, não estaríamos preocupados.
c. Os fãs saberão da data do concerto pelos jornais.
d. Oxalá saibas responder a todas as perguntas.




Pág. 70
Antes de Ler
Obra indicada no Programa.
a. Semelhança: Pela observação da mancha gráfica, verificamos que as duas fábulas estão escritas em verso.
Diferença: Pelos títulos, ficamos a saber que, na primeira fábula, as personagens são animais; nesta, são elementos da natureza personificados.


                                                                         18
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Pág. 71
Sugere-se o ditado de algumas frases para verificar o emprego de à, há e ah:
a. La Fontaine foi um fabulista francês nascido há quatro séculos.
b. Há várias fábulas em que as personagens não são animais, mas sim outros seres que actuam à semelhança dos homens.
c. Numa fábula, geralmente, há uma moralidade.
d. Esta fábula mostra que devemos preferir a brandura à violência.
e. Ah! Como eu gosto de ler boas histórias, à noitinha!




Pág. 72
LER ❦ COMPREENDER
1.1.
 Parte                 Título           Quadras
          Apresentação do problema
     I                                  1
          surgido entre o Sol e o Vento
     II   Diálogo entre o Sol e o Vento 2 a 6
     III Actuação do Vento              7 a 13
     IV Actuação do Sol                 14 a 17
     V    Moralidade                     18


1.2. O travessão.

2.
• com reservas, desconfiadamente: “de pé atrás” [estrofe 3]
• dou-me por vencido, admito o erro: “dou a mão à palmatória” [estrofe 6]
• num rebuliço, de pernas para o ar: “num virote” [estrofe 8]

3. Provocou o caos e a destruição à sua volta (“entre ruínas tais”), não tendo, no entanto, conseguido arrancar o manto/capote ao homem.

4.1. Personificação e comparação.
4.2. Foi aumentando a intensidade do seu calor, até que o homem sentiu necessidade de tirar “a capa que, pouco antes,/apertava contra o peito…”
[versos 67-68].




Pág. 73
FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
1. Vento ➔ nome próprio (chame-se a atenção para o facto de este nome surgir escrito com maiúscula, uma vez que o vento aparece aqui personifi-
cado);
irado ➔ adjectivo;
as ➔ determinante artigo definido;
aumentando ➔ verbo “aumentar”, no gerúndio;
ais ➔ nome comum.

1.1. Exemplos:
• Ai! Assustaste-me! [susto]
• O rapaz gritava: “Ai! Ai! O meu braço…” [dor]

2.
a. complemento indirecto
b. sujeito
c. complemento directo
Observação: Este exercício parece-nos importante para fazer observar que uma mesma palavra ou expressão pode desempenhar diferentes funções
sintácticas, conforme a posição que ocupa na frase. Pode-se exemplificar com outras palavras/expressões. Exemplo:
O João está em casa. [sujeito]
A avó telefonou ao João. [compl. indirecto]
A professora castigou o João. [compl. directo]

2.1. Exemplos:
• Naquele dia, o Sol fez uma proposta ao Vento.
• Certo dia, o Sol fez uma proposta ao Vento.




                                                                            19
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Pág. 74


DIVERTE-TE!

1. - “O velho, o rapaz e o burro”
   - “O leão e o rato”
   - “O pescador e o peixinho”


um verbo por dia

1.
a. Vinde ➔ modo imperativo, segunda pessoa do plural.
b. viestes ➔ pretérito perfeito do modo indicativo, segunda pessoa do plural.
c. vêm ➔ presente do modo indicativo, terceira pessoa do plural.
d. venham ➔ presente do modo conjuntivo, terceira pessoa do plural.

Observação: “Por este verbo se conjugam todos os seus derivados, como advir, avir, convir, desavir, intervir, provir e sobrevir.”
                                                                                                                                 Celso Cunha e Lindley Cintra, ob. cit., pág. 439




Pág. 75
Texto C
Obra indicada no Programa.

Antes de Ler
a. Algumas definições de lenda:
“Tradição oral ou narrativa escrita de acções praticadas por santos ou heróis, segundo a fantasia e a imaginação populares.”
                                                                            (Luís Amaro de Oliveira, Antologia de Peças Dramáticas, Contos, Lendas e Narrativas, Porto Editora)

“Narrativa escrita ou tradição de sucessos duvidosos, fantásticos ou inverosímeis.”
                                                                                                                          (Dicionário da Língua Portuguesa 2003, Porto Editora)

“As lendas são narrações tradicionalmente fantásticas, essencialmente alegóricas e geralmente localizadas em pessoas, épocas e locais determinados.”
                                                                                       (Garcia de Diego, citado por Gentil Marques, Lendas de Portugal, Ed. Círculo de Leitores)

“Etimologicamente, o conceito mais antigo e natural da palavra Lenda – derivada directamente do termo latino “legenda” ou seja “leitura” – indica as
lendas como leituras que deviam ser feitas e contadas depois aos outros… Aos poucos, (…) começaram a destacar-se as leituras de vidas e feitos de
excepção, em que existia sempre algo de maravilhoso. Por isso mesmo, as lendas passaram a ter o maravilhoso como principal característica.”
                                                                                                                   (Gentil Marques, Lendas de Portugal, Ed. Círculo de Leitores)




Págs. 77 a 79
LER ❦ COMPREENDER
1.
• mareantes [linha 6]
• alvoroço [linha 21]
• cataratas [linha 23]
• lobrigar [linha 26]
• calafrio [linha 41]
• alterosas [linha 43]
• saciavam [linha 55]

2.
a. “(…) ninguém, como os Marinhos, conhecia os segredos do oceano. Em terra alguma, fora possível encontrar quem sobre as ondas guiasse com
mais destreza e a salvo, numa longa derrota, a vela duma barca.” [linhas 1-4]
b. “(…) eram tidos e havidos pelos melhores mareantes do seu tempo.” [linhas 5-6]
c. “Ora um dos Marinhos, o mais novo (…)” [linha 7]
d. “(…) concebeu dentro de si um ardente desejo de ir à busca delas.” [linhas 12-13]
e. “E havendo carregado a sua boa barca de mantimentos e de aparelhos necessários, o Machico partiu.” [linhas 14-15]
f. “(…) viram no horizonte nuvens ou névoas que pousavam sobre o mar, sinal certo de alguma ilha ou terra próxima.” [linhas 18-20]
g. “E ao passo que se aproximava, vinham aos seus ouvidos estrondos furiosos (…)” [linhas 21-23]
h. “E tamanho temor entrou com eles (…)” [linha 31]
i. “(…) Machico bradou-lhes com palavras de valoroso incitamento:” [linhas 35-36]
j. “(…) pelos marinheiros passou um calafrio e alguns ajoelharam de pasmo (…)” [linhas 41-42]
l. “(…) aqueles homens saciavam a fome na polpa saborosa de frutos nunca vistos.” [linhas 55-56]
m. “(…) Machico se convenceu ter aportado àquele mesmo lugar do Paraíso (…)” [linhas 64-65]


                                                                            20
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3.1.
a. sensações visuais: “viram no horizonte nuvens ou névoas que pousavam sobre o mar”
b. sensações auditivas: “vinham aos seus ouvidos estrondos furiosos”
c. sensações visuais: “névoa… tão densa”
d. sensações auditivas: “ouviam-se distintamente… violentos baques e ribombos”
e. sensações visuais: “alevantavam-se rochas alterosas a prumo sobre as ondas; selvas de árvores frondosíssimas vinham de escarpa abaixo até
a água… cerros de macia curva… a perder de vista!”
f. sensações tácteis: “o ar era morno e suavíssimo.”
g. sensações gustativas: “polpa saborosa de frutos”
h. sensações olfactivas: “florestas… tão rescendentes”

3.2. sensações auditivas: ondas de cantos; sensações visuais: ondas de cores; sensações olfactivas: ondas de perfumes.

4.1.
• “(…) a névoa começou a descerrar-se como se invisíveis mãos apartassem uma cortina para os lados.” [linhas 39-40]
• “Era uma das ilhas encantadas que se erguia para o Céu, como um altar de serras e arvoredos (…)” [linhas 46-47]
• “(…) os alcantis de rocha viva, que semelhavam monstros, palácios ou torres e pontes levadiças de castelos (…)” [linhas 57-59]
•“(…) florestas virgens, tão rescendentes e viçosas, como enormes cavernas de ramos e de flores (…)” [linhas 60-61]


5. surpresa/espanto: “(...) ajoelharam de pasmo (...)” [linha 42]


ESCREVER

Observação: A realização desta actividade em pequenos grupos permitirá que a avaliação final recaia apenas em cinco ou seis trabalhos. Poderá
seleccionar-se um deles para correcção/aperfeiçoamento colectivo.




Pág. 80


DIVERTE-TE!
1.
A ➔ a baleia
B ➔ o caranguejo


um verbo por dia
1. a.
• forma do verbo ir no pretérito perfeito do modo indicativo, terceira pessoa do singular;
• forma do verbo ser no pretérito perfeito do modo indicativo, terceira pessoa do singular;

b.
• forma do verbo ser no pretérito imperfeito do modo conjuntivo, segunda pessoa do singular;
• forma do verbo ir no pretérito imperfeito do modo conjuntivo, segunda pessoa do singular.




Pág. 81
Texto D
Obra indicada no Programa.

Romanceiro
  O romance popular de Portugal e Espanha, breve poema épico destinado ao canto e transmitido e reelaborado por tradição oral, é a modalidade
peninsular da balada europeia. O conjunto destes breves poemas tradicionais constitui o Romanceiro.
  (…) Dado o carácter oral da poesia romancística, o Romanceiro forma um tesouro poético de riqueza inesgotável, de que só conhecemos algumas
amostras (mais ou menos numerosas) salvas ocasionalmente do olvido por um ou outro colector que as regista por escrito. Daí que a história do
Romanceiro se confunda em boa parte com a do labor da colheita.
  Enquanto em Castela a descoberta do caudal romancístico entesourado até hoje na tradição oral se fez muito tarde, em Portugal o achado e valori-
zação do Romanceiro popular é bastante anterior: remonta à primeira geração romântica.
  Almeida Garrett, primeiro com as suas refundições de temas romancísticos recolhidos da tradição oral (Adozinda e Bernal Francês, de 1828), depois
com o seu Romanceiro (1843 e 1850), lança os alicerces para o edifício do Romanceiro português.
                                                                                               in Dicionário de Literatura, dir. de Jacinto Prado Coelho, Figueirinhas Ed.


                                                                           21
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Pág. 83
LER ❦ COMPREENDER
1.1. A Infanta e o capitão.
1.2. O travessão.
1.3. São marido e mulher.
1.3.1. Penúltimo verso:
“Deus te perdoe, marido,”

2.
• ouro e prata fina;
• os seus três moinhos;
• as telhas de ouro e marfim do seu telhado;
• as suas três filhas.

3.1. Propõe-lhe que ela se ofereça (se dê) a si própria.
3.2. Fica indignada e ameaça punir o capitão. Para tal, chama pelos seus vassalos.
3.3. Sim, porque de imediato revela a sua identidade.

4. Provavelmente queria verificar se, ao fim de tantos anos (veja-se o verso 79: “– Tantos anos que chorei,”), a Infanta se lhe mantinha fiel.

5. Desde logo, a data da recolha deste romance popular (ver Antes de Ler), sendo que a sua produção é muito anterior. Por outro lado, o vocabulário
remete para uma época remota (período dos Descobrimentos?): infanta; nobre armada; cavaleiro; a cruz de Cristo; cravo, canela, gerzeli (especiarias);
el-rei; vassalos... Observe-se, ainda, que se trata de um tempo em que as filhas (damas) podiam ser “dadas” em casamento pelos pais.



Pág. 84
FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
1.
nela ➔ (n)a armada
a ➔ a armada
(Viu vir uma nobre armada;
Capitão que na armada vinha,
Muito bem que governava a armada.)

2.
Pronomes:
pessoais: me; eu; te (3); Ela; lhe; contigo
possessivos: tuas
demonstrativos: a outra
indefinidos: todas
interrogativos: que
2.1.
Ela ➔ sujeito
respondeu-lhe ➔ predicado
lhe ➔ complemento indirecto



Pág. 85
LER MAIS
1. Versos retirados pela ordem correcta:
• de olfacto bem apurado
• Cravo Vermelho seu noivo
• um ramo de erva cidreira.
• violetas, suas aias,
• para pôr no seu jantar.
• a canela e o coco
• que belo jeito me dá.
• se mais perfumes deseja.”



DIVERTE-TE!
1.
a. marisco
b. maremoto
c. maré
d. marinha


                                                                          22
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um verbo por dia
1. ver; segunda conjugação
2.
a. vêem
b. veja
c. Vê

Observações:
“1.a [Como ver] Assim se conjugam antever, entrever, prever e rever.
2.a Prover, embora formado de ver, é regular no pretérito perfeito do indicativo e nas formas dele derivadas: provi, proveste, proveu, etc.; provera, pro-
veras, provera, etc.; provesse, provesses, provesse, etc.; prover, proveres, prover, etc. O particípio é provido, também regular.
Por prover conjuga-se o seu derivado desprover.”
                                                                                                                     Celso Cunha e Lindley Cintra, ob. cit., pág. 435




Págs. 86 e 87
Fiquei a saber?
Conteúdos testados nesta ficha:
Narrativa:
• ordenação dos acontecimentos.
Funcionamento da língua:
• transformação de discurso indirecto em discurso directo;
• classes de palavras: nome, determinante, adjectivo, verbo e pronome;
• subclasses do pronome;
• funções sintácticas: sujeito, predicado, complemento directo, complemento indirecto, complementos circunstanciais de lugar e de tempo;
• distinção à, há e ah;
• verbos irregulares (saber, ir, ver, vir).

1.1.
introdução ➔ primeiro parágrafo;
desenvolvimento ➔ segundo, terceiro e quarto parágrafos;
conclusão ➔ último parágrafo.

2.1. Surgiu-lhe de repente D. Dinis que lhe perguntou:
     – O que levas aí escondido?

3.1.
o ➔ determinante artigo definido, masculino, singular
nosso ➔ determinante possessivo, masculino, singular
via ➔ forma do verbo “ver”, no pretérito imperfeito do modo indicativo, na terceira pessoa do singular
bons ➔ adjectivo, grau normal, masculino, plural
pobres ➔ nome comum, masculino, plural
3.2. Exemplo: Ela ofereceu brinquedos às crianças pobres. [adjectivo]
3.3. Porém, a nossa rainha, apesar de poetisa/poeta, não via com bons olhos os gastos do marido com os pobres.

4.1. Pronome pessoal.
4.2. lhe = ao rei / a D. Dinis / ao marido.
4.3. Complemento indirecto.

5.
Pronomes:
pessoais: Ela; lhes; a; as
possessivos: minhas
demonstrativos: esta; isto
indefinidos: Ninguém; Nada
interrogativos: Que

6.
sujeito ➔ a rainha
predicado ➔ levava pães e dinheiro a uma família pobre
complemento directo ➔ pães e dinheiro
complemento indirecto ➔ a uma família pobre
complemento circunstancial de tempo ➔ Num dia de Janeiro
complemento circunstancial de lugar ➔ no seu manto


                                                                             23
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7.
a. Esta lenda já se conta há muitos, muitos anos.
b. “Ah, como é possível rosas em Janeiro!?”, exclamou o rei.
c. Nem o rei nem a rainha estavam à espera de um milagre.

8.
a. soubéssemos
b. vêem
c. venham
d. vai




Pág. 90
Antes de Ler
a. Algumas sugestões:
  • A leitura eleva-nos.
  • Os livros permitem-nos ver mais longe.
  • Do alto de um livro, eu alcanço o universo.
  • Através das páginas dos livros, viajamos pelo mundo.
  • Quando abro um livro, chegam-me amigos de todo o lado.
  • Página a página, vamos crescendo com os livros.

Renate Welsh – escritora nascida em Viena, em 1937. As suas mais de sessenta obras para crianças e jovens repartem-se pelo livro ilustrado, pela bio-
grafia e pela narrativa fantástica ou de fundo histórico. Muitos desses livros abordam temas sociais e espelham o interesse da autora pelos mais des-
favorecidos, sejam eles trabalhadores, emigrantes, toxicodependentes ou deficientes (A Casa nas Árvores, 1993; O Rosto no Espelho, 1997; A Visita
que Veio do Passado, 1999, etc.). Traduzida em diversas línguas, obteve, em 1992, o Prémio de Honra Austríaco de Literatura para Crianças e Jovens.



Pág. 92
Ler ❦ Compreender
1. Ordem das frases:

 5
 8
 1
12
 4
 7
 3
13
 9
 6
11
 2
10
Texto ordenado:
Havia uma menina que vivia sozinha num jardim.
Ela não podia sair dali, porque o jardim estava rodeado de uma alta muralha.
A menina bem procurou uma saída, mas, como não encontrou, sentou-se debaixo de uma árvore.
Subitamente, apareceu um livro ao seu lado e a menina aprendeu a ler.
E muitos outros livros foram surgindo.
Através deles, a menina conheceu muitos locais e muitas crianças.
Mas, quando queria tocar algum menino, percebia que continuava só e sentia-se triste.
De repente, a menina lembrou-se de construir uma escada com os livros para poder olhar para fora da muralha.
E, quando espreitou, descobriu um jardim onde se encontrava um menino.
Ela chamou-o e ele estendeu as mãos.
Então a menina atirou vários livros para o outro lado da muralha.
Com eles, o rapazinho construiu uma escada, por onde subiu.
Os dois meninos deram então as mãos e, felizes, sentaram-se juntos na muralha.

2. companhia • viagem • conhecimento • aventura


                                                                        24
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Pág. 93
FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
Observação 1:
Há outros casos de alteração da ordem dos elementos da oração que poderão ser exemplificados:
a) o complemento directo no início da oração:
Muitos aplausos recebeu ele! = Ele recebeu muitos aplausos!
b) o complemento indirecto no início da oração:
Aos pais dedicou o atleta a vitória. = O atleta dedicou a vitória aos pais.
1.1. “Em algum lugar deve haver uma porta na muralha” [linha 6]; “Eh! Estás a ouvir?” [linha 38]; “Aí vão!” [linha 44].
1.2. As aspas.
1.2.1. O travessão.
– Aí vão! – gritou a menina deixando cair um livro após outro.
1.3.
ACETATO 6
 NA PONTA DA LÍNGUA                                                                                  ACETATO 6

 Língua Portuguesa • 6.° ano                                                                         n
                                                                                                               90732



                DIVERTIMENTO COM SINAIS ORTOGRÁFICOS




              Quando estou maldisposta
              (e estou-o muitas vezes...)
              mudo o sentido às frases,                        Quem nos dera bem juntos
              complico tudo...                                 sem grandes apartes metidos entre nós!




          Em aberto, em suspenso
          fica tudo o que digo.

          E também o que faço é reticente...                  Que nos separa, Amor, um traço de união?...




         Serás capaz                                                    Introduzimos, por vezes,
         de responder a tudo o que pergunto?                            frases nada agradáveis...

                Alexandre O’Neill, Poesias Completas (1951/1986), 3.a ed., Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1995




2.1. sujeito ➔ a menina; predicado ➔ estava só
2.2. A menina estava só.
(= Estava só, a menina.)
Observação 2:
Geralmente, o sujeito precede o predicado. No entanto, os alunos deverão ser capazes de reconhecer os elementos essenciais da oração em situa-
ções em que o predicado surge antes do sujeito ou nele “encaixado”. Poderá ser útil a construção e o registo de esquemas semelhantes a estes:
 Estava só a menina. = A menina estava só.
 predicado                                     sujeito

Estava a menina sozinha = A menina
        sujeito         estava sozinha.

                               predicado




Págs. 94 e 95
LER MAIS




  Trata-se de uma actividade de leitura, em que se exige que o aluno pesquise informação. Poderá ser proveitoso distribuir os dados a pesquisar por
diferentes grupos, indicando dois caminhos para a procura da informação: uma enciclopédia e a Internet.
1.1. a. quatro personagens: Ulisses; Zorro; Conde d’Abranhos; Dom Quixote;
b. três escritores: Fernando Pessoa; Gil Vicente; António Aleixo;
c. três romances: O Conde d’Abranhos; A Ilha do Tesouro; Dom Quixote.

1.2.
a. Ulisses ➔ Odisseia; Conde d’Abranhos ➔ O Conde d’Abranhos; Dom Quixote ➔ Dom Quixote; Zorro ➔ “nasceu” em 9 de Agosto de 1919, nas páginas da revis-
ta All Story Weekly.
b. Fernando Pessoa ➔ 1888-1935, poesia; Gil Vicente ➔ 1465-1537, teatro; António Aleixo ➔ 1899-1949, poesia.
c. O Conde d’Abranhos ➔ Eça de Queirós, português (1845-1900); A Ilha do Tesouro ➔ Robert L. Stevenson, escocês (1850-1894); Dom Quixote ➔
Miguel de Cervantes, espanhol (1547-1616).

                                                                                                                       25
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DIVERTE-TE!
1. Nome e apelido da escritora: Ilse Losa
  a.   T   Í   T   U   L   O
  b.   A   L   U   N   O   S
  c.   E   S   C   U   S   O
  d.   T   E   C   L   A   S


 um verbo por dia
1. Eu ouço*
     Tu ouves
     Ele ouve
     Nós ouvimos
     Vós ouvis
     Eles ouvem

1.1. Apenas a primeira pessoa do singular é uma forma irregular, pois o radical – ouv – foi alterado. Poderá ser oportuno remeter os alunos para a con-
sulta da ficha informativa relativa ao estudo do verbo (página 240).

*Observação:
“Em Portugal, ao lado de ouço, há oiço para a 1.a pessoa do singular do presente do indicativo. Esta dualidade fonética estende-se a todo o presente
do conjuntivo e às pessoas do imperativo dele derivadas: ouça ou oiça, ouças ou oiças, etc.”
                                                                                                                   Celso Cunha e Lindley Cintra, ob. cit., pág. 438




Pág. 96
Antes de Ler
a. Palavras trocadas:
[linha 14]:        Adorava ➔ Detestava
[linha 25]:        levantava-se ➔ sentava-se
[linha 43]:        Ria ➔ Chorava
[linha 43]:        chorava ➔ ria
[linha 48]:        trazê-lo ➔levá-lo




Págs. 97 e 98
LER ❦ COMPREENDER
1.1. • logo pela manhã: ligava a televisão e comia, vestia-se e lavava-se sempre de olhos na televisão;
• a caminho da escola: tudo o que observava lhe recordava algo visto na televisão;
• na escola: nem a professora, nem os colegas, nem as actividades lhe agradavam, porque não se assemelhavam ao que ele via na televisão;
• no regresso a casa: estabelecia comparações entre as proezas que os automóveis realizam nos filmes e a realidade;
• ao fim do dia: sentava-se em frente à televisão e recusava o convívio com pessoas reais.

2. “Vivia só para a televisão.” [linha 45]

3. desadaptado; dependente; obsessivo

4. O aparelho de televisão avariou.
4.1. Sentiu-se “desesperado”.



LER MAIS
1.
a. Essas crianças aumentam em quase 30% as probabilidades de serem gordas.
b. Um grupo de investigadores suíços que acompanharam 872 crianças que viam ou jogavam computador.
c. Essas crianças têm apenas 6% de probabilidades de serem gordas.
d. Os pais devem limitar o tempo passado a ver televisão ou a jogar computador.
e. Devem ser proporcionadas às crianças actividades diferentes e a prática de desporto.

2. Ambos dedicam todo o seu tempo a uma única actividade: o computador e a televisão, respectivamente.


                                                                          26
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Pág. 99


DIVERTE-TE!
ACETATO 7
NA PONTA DA LÍNGUA                                                                               ACETATO 7

Língua Portuguesa • 6.° ano                                                                      n
                                                                                                       90732



                              VICIADA EM TELEVISÃO




                                                                  ?
                              Sergio Salma, Nathalie – Tu te fiches du monde!, Ed. Casterman, 2001




um verbo por dia
1. e 2. eu tenho ➔ presente do modo indicativo;
tu tiveste ➔ pretérito perfeito do modo indicativo;
ele tem ➔ presente do modo indicativo;
nós tínhamos ➔ pretérito imperfeito do modo indicativo.
vós tivestes ➔ pretérito perfeito do modo indicativo;
eles têm ➔ presente do modo indicativo;
Observação:
Por serem erros comuns, será importante chamar a atenção para a distinção entre a 3.a pessoa do singular e do plural do presente do indicativo (tem / têm)
e para a 2.a pessoa do singular e do plural do pretérito perfeito (tiveste / tivestes).
Em relação ao primeiro caso, poderão ser registados exemplos dos verbos derivados de ter:
ele mantém* ➔ eles mantêm
ele contém* ➔ eles contêm
ele detém* ➔ eles detêm
ele retém* ➔ eles retêm
ele obtém* ➔ eles obtêm
…
Relativamente ao segundo caso, outros exemplos (das três conjugações) poderão ser registados:
tu comeste ➔ vós comestes
(e nunca: tu comestes)
tu andaste ➔ vós andastes
tu foste ➔ vós fostes
…
*De acordo com as regras da acentuação das palavras agudas, acentuam-se os dissílabos e os polissílabos terminados em -em ou -ens (ninguém,
armazéns).




Pág. 100
Antes de Ler
a. Palavra intrusa: “Não percebi grande coisa, mas senti-me tão feliz que passei a jogar como se não estivesse sozinho em campo.” [linhas 28-29]




Págs. 101 a 103
LER ❦ COMPREENDER
2. A utilização da primeira pessoa do singular no pronome pessoal “Eu” e na forma verbal “sei”.

3.1. Um jogo de futebol.
3.2. Era a primeira vez que ele ia jogar com a sua equipa: “(…) é a minha estreia na nossa equipa.” [linha 8]
3.3. Linhas 1 a 13 ➔ véspera do jogo: o narrador anuncia que “amanhã” [linha 8] é a sua estreia na equipa. Refere ainda o que fez o pai “Antes de ir para
a cama” [linha 11].
Linhas 14 até ao fim ➔ dia do jogo: o narrador explica como passou “Esta noite” [linha 14] e o que aconteceu durante o jogo.

4.1. “Não posso correr o risco de ver no campo a família toda!” [linha 13]


                                                                                                               27
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5.1.
             Título               Parágrafo(s)
                                               o
Uma noite mal passada                    6.
                                               o
Consequências do treino                  2.
                                               o
O equipamento                            3.
                                                   o
Opinião                                 12.
                                               o
Treino intensivo                         1.
                                  o    o       o           o
Descrição e resultado do jogo 8. , 9. , 10. e 11.
                                               o
Reflexões                                7.
                                           o           o
Atitude da família perante o jogo    4. e 5.


6.1. É uma frase exclamativa.
6.2. Satisfação, alegria, prazer
6.3. A frase exclamativa é mais adequada para a expressão de sentimentos.

Observação:
Poderá chamar-se a atenção dos alunos para o uso de frases de diferentes tipos como um recurso expressivo. Há mais dois exemplos no texto de fra-
ses não declarativas: frase exclamativa ➔ “Não posso correr o risco de ver no campo a família toda!” [linha 13]; frase interrogativa ➔ “E então que
será quando eu me casar?” [linha 21]


FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
1.
                Lugar          Tempo           Modo
ontem                            X
longamente                                             X
ali               X

             Quantidade/
                         Afirmação Negação
             Intensidade
muito             X
não                                   X
sim                           X


2.1.
                Compl. circ.      Compl. circ.
                 de lugar          de tempo
sempre                                     X
além                  X
aqui                  X
nunca                                      X




ESCREVER
Eis algumas sugestões de palavras a introduzir no saco:
 lápis       borracha           óculos                 chapéu   mesa   lâmpada   luz   balão    sapato   trovão




Pág. 104


DIVERTE-TE!
1. O cadeirão casou com a cadeirinha.
   Nasceu o banco. E o banco disse:
   – Não quero ser cadeirão, não quero ser cadeirinha. Toda a minha intenção é ser banco de cozinha.
   Adeus ó pai cadeirão
   Adeus ó mãe cadeirinha.

2. A ambição cerra o coração.


um verbo por dia

1.
a. trazia
b. trouxer
c. trarão
d. tragam




                                                                                           28
PLIN6EP_Bala

Pág. 105
Antes de Ler
a. Excertos retirados:
• “(...) de corpo comprido, com barbicha penteada, patas altas e fininhas, e olhos cor de carvão.”
• “(...) morava uma velha casa. Toda vestida de musgo e apertada com laçarotes de hera. Ao lado, uma borboleta gigante esperava com impaciên-
cia um sol muito gordo que ainda dormia atrás da serra. Um coelho de orelhas um bocado exageradas comia uma cenoura lilás.”




Págs. 106 e 107
LER ❦ COMPREENDER
1.
a. O Pedro desenhava sempre uma cabra. (ver 1.o parágrafo)
b. Ele não sabia muito bem o motivo por que fazia esses desenhos. (Interrogado sobre o porquê daquele desenho, ele respondeu “– Sei lá…” e “enco-
lheu os ombros”. Adianta, no entanto, uma hipótese de justificação: “(…) gosto muito desses bichos!”
c. A professora motivou-o para fazer um desenho diferente. (Ela tenta convencê-lo a experimentar um novo desenho.)
d. O Pedro fez outro trabalho lentamente. (“E ali ficou tempos e tempos (…)”; “Finalmente acabou.”)
e. Ele desenhou uma paisagem campestre. (Observe-se o desenho.)
f. A professora elogiou o seu trabalho. (São vários os elogios que a professora lhe dirige.)
g. Ele não abandonou o seu tema favorito. (Ainda que não esteja visível, a cabra está presente – “A cabra está dentro da casa a dormir…”)



ESCREVER
1. g. Ver os excertos retirados no guia do professor da página 105.



LER MAIS | FALAR
1. Título do poema: Ovelha.

2. a.


            3            5


        2       1        4


um verbo por dia
1.
a. quis
b. quiseres
c. quisessem




Págs. 108 e 109
Conteúdos testados nesta ficha:
Funcionamento da língua:
• pontuação;
• funções sintácticas;
• classes de palavras: nome, determinante, pronome, verbo, advérbio, interjeição;
• verbo: conjugação; verbos regulares e irregulares;
• diálogo: pontuação; verbos introdutores;
• tipos de frase;
• palavras homófonas.


1.1. a. A vírgula separa o nome (Calvin) que o pai utilizou para chamar o filho (vocativo).
1.2. a. sujeito ➔ eu e o Hobbes; predicado ➔ andamos a apanhar pirilampos; complemento directo ➔ pirilampos.
b. Exemplo: Eu e o Hobbes andamos a apanhar pirilampos, lá fora / no jardim.
1.3. eu ➔ pronome pessoal; o ➔ determinante artigo definido; pirilampos ➔ nome comum; mais ➔ advérbio de quantidade; Ah! ➔ interjeição; não ➔ advérbio
de negação; querias ➔ forma do verbo “querer”; agora ➔ advérbio de tempo; é ➔ forma do verbo “ser”.


                                                                            29
PLIN6EP_Bala

1.4.
apanhar   1.a X   Infinitivo
podemos   2.a   X Pres. do ind., 1.a pes. pl.
ficar*    1.a X   Infinitivo
querias   2.a   X Pret. imp. do ind., 2.a pes. sing.
sair      3.a   X Infinitivo
queres    2.a   X Pres. do ind., 2.a pes. sing.
            a
entrar    1. X    Infinitivo
é         2.a   X Pres. do ind., 3.a pes. sing.
*Irregularidade verbal e discordância gráfica
É necessário não confundir irregularidade verbal com certas discordâncias gráficas que aparecem em formas do mesmo verbo e que visam apenas
indicar-lhes a uniformidade de pronúncia dentro das convenções do nosso sistema de escrita. Assim:
a) os verbos da 1.a conjugação cujos radicais terminem em -c, -ç e -g mudam estas letras, respectivamente, em -qu, -c e -gu sempre que se lhes siga
um -e:
ficar ➔ fiquei
justiçar ➔ justicei
chegar ➔ cheguei
b) os verbos da 2.a e da 3.a conjugação cujos radicais terminem em -c, -g e -gu mudam tais letras, respectivamente, em -ç, -j e -g sempre que se lhes segue
um -o ou um -a:
vencer ➔ venço ➔ vença
tanger ➔ tanjo ➔ tanja
erguer ➔ ergo ➔ erga
restringir ➔ restrinjo ➔ restrinja
extinguir ➔ extingo ➔ extinga
  São, como vemos, simples acomodações gráficas, que não implicam irregularidade do verbo.”
                                                                                                                Celso Cunha e Lindley Cintra, in ob. cit., págs. 411-412

1.5. Exemplo:
    – Mas eu e o Hobbes andamos a apanhar pirilampos. Podemos ficar só mais um bocadinho? – pediu / suplicou Calvin.
    – Ah! Primeiro não querias sair, agora não queres entrar! – exclamou o pai. – Como é?!

2.
a. imperativa;
b. há quatro frases interrogativas;
c. um nome;
d. homófonas;
e. uma interrupção;
f. são irregulares, à excepção de gostar.




Pág. 112
Sugestão de exploração do separador da Unidade 5 [págs. 110-111]
Conheces as histórias?
1 – Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol
2 – Gulliver, de Jonathan Swift
3 – As Aventuras de Robinson Crusoe, de Daniel Defoe
4 – A Volta ao Mundo em 80 Dias, de Júlio Verne
5 – E.T., de Steven Spielberg (filme)
6 – O Livro da Selva, de Rudyard Kipling
7 – Tintim – Rumo à Lua, de Hergé (B.D.)
8 – Harry Potter, de J. K. Rowling
9 – Moby Dick, de Herman Melville




Págs. 114 a 116
LER ❦ COMPREENDER
1.1. A frase termina com um ponto de interrogação combinado com um ponto de exclamação.
 “Nas perguntas que denotam surpresa, ou naquelas que não têm endereço nem resposta, empregam-se por vezes combinados o ponto de interro-
gação e o ponto de exclamação. (…) Quando a entoação é predominantemente interrogativa, o ponto de interrogação antecede o de exclamação [?!];
quando é mais sensível o tom exclamativo, o de exclamação precede o de interrogação [!?].”
                                                                                                                             (Celso Cunha e Lindley Cintra, in ob. cit.)

1.2. Deduz-se que o Vítor esteve em cima de um pessegueiro a observar um ninho de pintassilgo.
2. A mãe julgou que o Vítor poderia estar a pensar em destruir o ninho.
3. “Vítor comeu um prato de sopa sem dar por isso. O seu pensamento voava.” [linhas 20-21]; “Tão absorto estava que teve um estremeção ao ouvir de
novo a voz da mãe (…)” [linhas 26-27].

                                                                           30
PLIN6EP_Bala

4. ansioso; curioso; excitado.
5.1. determinado / decidido / resoluto / impaciente


FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
1.1. É uma forma composta.
1.2. verbo principal: andar
     verbo auxiliar: ter
     tempo: pretérito perfeito composto
     modo: indicativo
2.1. deu / sonhou: pretérito perfeito simples do indicativo, na 3.a pessoa do singular.
tinham nascido / tinham crescido / [tinham] abandonado: pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo, na 3.a pessoa do plural.
poder / ver / apalpar: infinitivo.


LER MAIS | OUVIR ❦ FALAR
1.1. a. Este caçador, em vez de disparar tiros de espingarda para matar as aves, dispara a sua máquina fotográfica. Assim, em vez de levar aves mor-
tas para casa, leva apenas a imagem das aves vivas.
b. Tal como Vítor, este “caçador de imagens” gosta de observar os pássaros e é incapaz de lhes fazer mal.
2. Algumas semelhanças:
• o primeiro verso – Sei um ninho – e a primeira frase de Vítor – Eu sei dum ninho de pintassilgo!;
• tanto o Vítor como o sujeito poético descobriram um ninho com ovos e estão dispostos a esperar pelos pássaros que hão-de nascer;
• nenhum quer fazer mal aos pássaros.




DIVERTE-TE!
1. As palavras deverão ser colocadas de tal maneira que cada substantivo fica acompanhado de dois adjectivos (um antes e outro depois):
quente ➔ ninho ➔ fofo
fofo ➔ pássaro ➔ veloz
veloz ➔ viatura ➔ pequena
brilhante ➔ estrela ➔ pequena
quente ➔ sol ➔ brilhante

         ninho    fofo   pássaro     veloz
                                             viatura
quente




         sol   brilhante estrela   pequena



 um verbo por dia

1.
a. peçam
b. peço-lhe
c. peçamos
Observação:
“Conjugam-se por pedir, embora dele não sejam derivados, os verbos despedir, expedir e impedir, bem como os que destes se formam: desimpedir,
reexpedir, etc.”
                                                                                                                  Celso Cunha e Lindley Cintra, ob. cit., pág. 437




Pág. 117
Antes de Ler
Observação:
Em alternativa, poderá ser adoptada a seguinte metodologia de trabalho:
a. Leitura dos textos e discussão das soluções em pequenos grupos (cinco ou seis).
b. Eleição de um porta-voz por grupo para apresentação e defesa das soluções propostas.

Solução:
“Roubo no ringue de patinagem”: O Francisco diz que ouviu um ruído vindo do escritório à prova de som quando estava na sala principal, com a músi-
ca barulhenta.

                                                                         31
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Guia do professor na ponta da língua

  • 1. PLIN6EP_Bala Pág. 2 Tendo em vista a reutilização deste manual, sugere-se que as actividades e exercícios sejam realizados no caderno diário. poio na Internet www.portoeditora.pt/manuais Este projecto dispõe de uma página na Internet que contém um conjunto de materiais auxiliares para utilização ao longo do ano lectivo. Pág. 11 1. a. Em oito unidades (numeradas de 0 a 7); b. Unidade 0: “Começar de novo”; Unidade 1: “Retratos da escola”; Unidade 2: “Bem me quer, mal me quer…”; Unidade 3: “Era uma vez…”; Unidade 4: “Pequenos grandes prazeres”; Unidade 5: “Aventuras, mistérios, enigmas”; Unidade 6: “Notícias do mundo”; Unidade 7: “Poemas”. 2. Ulisses (de Maria Alberta Menéres) e O Rei Rique e outras histórias (de Ilse Losa) 3. Página 190. O pagem não se cala. 4. Página 193. 4.1. Resposta possível: O Apêndice Gramatical poderá ser-me útil, porque aí encontro informação e exercícios sobre vários conteúdos gramaticais. 5. Por ordem alfabética. 6. a. Cinco; b. A secção “Fiquei a saber?” 7. “Fiquei a saber?” ➔ verificar conhecimentos (auto-avaliação). 8. ➔ quando surge junto do título de um texto, indica que ele se encontra gravado em CD áudio; quando surge junto de uma actividade, significa que, para a sua realização, há uma gravação em CD áudio. ➔ Ap ê n dic e p. 193 ra g ma ti c a l ➔ indica a página do Apêndice Gramatical onde se encontra informação e exercícios sobre determinado conteúdo. Págs. 12 e 13 1 Texto gravado: O sapo e a raposa O sapo e a raposa resolveram e acordaram fazer uma sementeira a meias. Fizeram a sementeira, debulharam-na e arranjaram um belo monte de trigo e outro de palha. Depois de tudo arranjado foram deitar-se nas suas camas. Logo de manhã ergueu-se a raposa e foi estar com o seu vizinho e compadre sapo e disse-lhe: – Compadre e amigo, venho fazer-lhe uma proposta vantajosa. – Diga lá. – Vamos ambos ao mesmo tempo até à eira, e o que lá chegar primeiro fica com o trigo todo. – Olhe, minha comadre, fiz umas juras de nunca aceitar propostas sem ouvir os conselhos de um meu colega. Volte a comadre daqui a uma hora. A raposa afastou-se e o sapo foi estar com outro sapo e expôs-lhe a proposta da raposa. – A coisa arranja-se e a raposa há-de cair, apesar da sua malícia – respondeu-lhe o colega consultado. – De que modo? – Somos ambos iguais e tão semelhantes que a raposa já não é capaz de nos diferençar. Eu parto já para a eira e trato de ensacar o trigo. Tu vais estar com a raposa e, depois de longa discussão, aceitas a proposta. Não dês, porém, sinal de partida, enquanto eu não estiver na eira. Quanto à palha, podemos dar-lha toda; no entanto, vou esconder-lhe dentro um cão para bem a receber quando ela for tomar posse da palha. O sapo ficou satisfeito com a lembrança do colega e foi para sua casa esperar a raposa. Esta não se demorou muito. Discutiram ambos por algum tempo e no final o sapo fingiu que cedia. À hora marcada a raposa dirigiu-se para a eira de corrida. Quando chegou ali, já o sapo tinha o trigo metido nos sacos. – Mas como andou o meu compadre tão depressa? – observou a raposa, despeitada. 1
  • 2. PLIN6EP_Bala – Fiz das pernas coração, comadre – respondeu o sapo –, mas como sou muito seu amigo, cedo-lhe de boa vontade toda a palha, embora esta não entrasse no contrato. A raposa, de bico caído, aceitou a proposta e dirigiu-se para o monte de palha a experimentar se estava bem moída. Salta de lá o cão e deu-lhe tamanha corrida que a raposa morreu arrebentada. José António Gomes (sel.), Fiz das Pernas Coração – contos tradicionais portugueses, Ed. Caminho, 2000 1. b. 6. a. 2. a. 7. c. 3. b. 8. b. 4. c. 9. b. 5. b. 10. a. Esta actividade pretendeu avaliar a compreensão oral. Págs. 14 a 17 2 1. 3 2 6 1 5 4 2. c. Chama-se Adrian Popa, é condutor de um táxi, vive na Roménia, é honesto. Esta actividade pretendeu avaliar a compreensão escrita. 3 Esta actividade pretendeu avaliar a expressão escrita. 4 Quando a mãe viu o filho com a roupa completamente suja, disse-lhe: – Vens num lindo estado da escola, Abel! O que foi que te aconteceu? – Caí na lama – explicou o filho. – Com os calções novos? – perguntou a mãe. – Não tive tempo de os tirar… Esta actividade pretendeu avaliar conhecimentos sobre a pontuação. 5 Aquele dia foi um desastre! Mal chegou à escola, deram-lhe um empurrão por trás e ele caiu desamparado. Foi para a sala de aula, mas o braço doía-lhe horrivelmente. Por azar, a professora começou a fazer-lhe perguntas: – Manuel, diz o pretérito perfeito do indicativo do verbo “fazer”. Sabia lá!… Ele só queria era desaparecer! Se tivesse feito o que o pai lhe dissera, agora saberia responder. – Então, Manuel, não estudaste os tempos verbais? Da próxima vez, vou ter de comunicar aos teus pais que não andas a estudar. Felizmente a professora dera-lhe outra oportunidade. Mas as coisas realmente iam ter de mudar… Esta actividade pretendeu avaliar conhecimentos sobre ortografia. 6 1. c. 2. b. 3. a. 4. c. 5. c. 6. b. 7. c. Esta actividade pretendeu avaliar conhecimentos sobre o funcionamento da língua. 2
  • 3. PLIN6EP_Bala Pág. 20 Sugestão de exploração do separador da Unidade 1 [págs. 18-19] As imagens que surgem nestas páginas pretendem “retratar” algumas situações que se vivem nas escolas: – na página 18, apresenta-se fundamentalmente um retrato positivo – a alegria, a amizade, a brincadeira; o rapaz esmagado pelo peso da mochila (da responsabilidade?) introduz o “lado sério” da escola; – na página 19, retratam-se diferentes situações que são o ponto de partida para uma troca de impressões/debate sobre algumas atitudes e com- portamentos a valorizar/a rejeitar na vida escolar. A partir das ilustrações destas páginas poderá, ainda, ser construída e registada uma área vocabular sobre a palavra escola. Antes de Ler a. Exemplos: bancada [linha 1]; estrado [linha 3]; mestre [linha 14]; cana-da-índia [linha 15]; palmatoada [linha 34]; chamadas à pedra [linha 37]. Págs. 21 e 22 LER ❦ COMPREENDER 1. a. tossia b. teimosia c. pancada d. incríveis e. desejado 2.1. a. “Havia em todos, pequenos e grandes (…)” [linha 6]; “Os da primeira (…) e quem já sabia contas (…)” [linha 12]; “(…) um explosivo ruído de alívio de toda a escola.” [linha 33] b. “De tarde a coisa piorava, por causa das chamadas à pedra.” [linha 37] c. “(…) ordenava em tom solene:” [linha 4]; “(…) era caqueirada de meia-noite.” [linha 28]; “Começava então a emenda, com a sua palmatoada, os seus puxões de orelha (…)” [linha 34] 3. O narrador é alguém que recorda o tempo em que frequentou aquela escola. Poderá ser oportuno pedir aos alunos que façam o seguinte exercí- cio: sublinhar as formas verbais do primeiro parágrafo e identificar o tempo em que se encontram – pretérito imperfeito do indicativo (sentava-me, estava, erguia-se, descia, ordenava); ler o primeiro parágrafo, colocando as formas verbais no presente do indicativo (sento-me, estou, ergue-se, desce, ordena). O emprego deste tempo permitiria concluir que o narrador narra factos do presente, sendo, portanto, uma criança; já o pretérito imperfeito designa um facto passado, encerrando uma ideia de continuidade. FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA 1. Em alternativa, poder-se-á fazer um ditado à turma, com este ou outro excerto do texto. Parece-nos igualmente oportuno que se aproveite para rever os diferentes sinais gráficos, estabelecendo (e registando) a distinção entre os acentos – agudo, grave e circunflexo – e outros sinais auxiliares da escrita – cedilha, hífen, til e apóstrofo. 2. caçador • maçã • maciço • poço • açúcar 2.1. Coloca-se na letra c, antes das vogais a, o, u, para representar o som [s]. 3. “Sentava-me” [linha 1] ➔ o hífen une o pronome me ao verbo; “cana-da-índia” [linha 15] ➔ o hífen liga os elementos da palavra (no texto seguinte, propõe-se precisamente o estudo dos processos de formação de palavras; os alunos poderão, então, verificar que, geralmente, as palavras compos- tas por justaposição apresentam os elementos que as constituem unidos por hífen); “Fí-si-cos” [linha 17] ➔ o hífen assinala a forma como o professor pronunciou esta palavra – sílaba a sílaba; “conse-” [linha 29] ➔ o hífen assinala a partição da palavra, no fim da linha. Pág. 23 DIVERTE-TE! O carácter lúdico desta secção poderá ajudar a: – desenvolver um conjunto de capacidades relativas a diferentes domínios da língua; – aumentar o vocabulário dos alunos; – treinar o conhecimento reflectido de regras de funcionamento da língua. A realização destas actividades poderá ocorrer em diferentes situações e com diferentes objectivos: • na sala de aula, como forma de ocupar os alunos que concluíram mais depressa uma tarefa que outros estão ainda a realizar; • como forma de introduzir alguns momentos de pausa/descontracção nas aulas de 90 minutos; • como trabalho de casa; • como exemplo para a construção (individual, em grupos ou colectiva) de outros jogos. 1. escutar; escultor; escola; esperto; escrever; estudante 3
  • 4. PLIN6EP_Bala um verbo por dia Em todos os textos das unidades 1 a 6, introduzimos esta secção – Um verbo por dia – de forma a permitir o treino sistemático da conjugação de ver- bos irregulares de uso frequente (de acordo, aliás, com o que o Programa determina). Poder-se-á pedir aos alunos que registem os exercícios propos- tos numa secção reservada para o efeito no caderno diário, à qual poderão dar o título “Verbos irregulares”. a. Com o senhor Botelho não se podia/pode fazer batota. b. Ontem eu pude ver o filme até ao fim. c. Só o Nuno faltou, porque não pôde chegar a horas. d. É provável que nós possamos ir à vossa festa. Págs. 26 a 28 LER ❦ COMPREENDER 1. Nicholas; quinto ano (“Mas agora Nick estava no quinto ano…” [linhas 14-15]) 2. No início do ano lectivo: “Mas agora Nick estava no quinto ano e a primeira aula de língua com a senhora Granger estava quase a terminar” [linhas 14-16] 4. A professora percebeu a intenção de Nick: “(…) todos os que se encontravam na sala sabiam o que ele estava a fazer. Infelizmente, a senhora Granger também sabia.” [linhas 31-33] 5. Virar o feitiço contra o feiticeiro. – virar-se o mal contra quem o praticou. (Guilherme Augusto Simões, Dicionário de Expressões Populares Portuguesas, 1.a ed., Publ. Dom Quixote, 1994) 6. Vergonha, humilhação: “(…) ele sentiu-se pequeno, mesmo muito pequeno. As suas orelhas estavam vermelhas como tomates.” [linhas 52-53] 7.1. “buuumm!!!” [linha 29] ➔ o som provocado pela “explosão” da “granada dialéctica”. 8. “Algumas crianças sorriram e outras olharam para o relógio. Nick era famoso por isto e todos os que se encontravam na sala sabiam o que ele estava a fazer.” [linhas 30-32] 9. Eu quase nem ouvi o que ela disse a seguir. O meu coração batia com força e eu senti-me pequeno, mesmo muito pequeno. As minhas orelhas estavam verme- lhas como tomates. Tinha sido um desastre absoluto; tudo o que [eu] conseguira fora uma tarefa extra. FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA Sobre a formação de palavras por composição, leia-se a seguinte informação: “A composição consiste em formar uma nova palavra pela união de dois ou mais radicais. A palavra composta representa sempre uma ideia única e autónoma, muitas vezes dissociada das noções expressas pelos seus componentes. Assim, criado-mudo é o nome de um móvel; mil-folhas, o de um doce; vitória-régia, o de uma planta; pé-de-galinha, o de uma ruga no canto externo dos olhos. Tipos de composição 1. Quanto à forma, os elementos de uma palavra podem estar: a) simplesmente justapostos, conservando cada qual a sua integridade: beija-flor; bem-me-quer; madrepérola; segunda-feira; chapéu-de-sol; passatempo; b) intimamente unidos, por se ter perdido a ideia da composição, caso em que se subordinam a um único acento tónico e sofrem perda da sua integri- dade silábica: • aguardente (água + ardente) • pernalta (perna + alta) • embora (em + boa + hora) • viandante (via + andante) Daí distinguir-se a composição por justaposição da composição por aglutinação, diferença que a escrita procura reflectir, pois que na justaposi- ção os elementos componentes vêm em geral ligados por hífen, ao passo que na aglutinação eles se juntam num só vocábulo gráfico. Observação: Reitere-se que o emprego do hífen é uma simples convenção ortográfica. Nem sempre os elementos justapostos vêm ligados por ele. Há os que se escrevem unidos: passatempo, varapau, etc.; como há outros que conservam a sua autonomia gráfica: pai de família, fim-de-semana, Idade Média, etc.” Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, 1.a ed., João Sá da Costa Ed., 1984, págs. 106-107 1.1. enganaprofs = engana + profs [professores]; queimatempo = queima + tempo 1.2. Palavras compostas por justaposição. Este é um dos casos em que os elementos justapostos não se ligam por hífen, escrevendo-se unidos. É tam- bém o caso da palavra passatempo que surge na linha 13 do texto. A este propósito, leia-se a observação de Celso Cunha e Lindley Cintra que reprodu- zimos acima. 2. a. verdade b. visto c. cinza d. desastre e. manhã f. suficiente 2.1. Palavras derivadas por por por sufixação sufixação prefixação e prefixação verdadeira X previsto X cinzento X desastroso X amanhecer X insuficiente X 4
  • 5. PLIN6EP_Bala 3. impossível • desorganizado • indisciplinado • desmotivado • ilimitado 3.1. Todos os prefixos contêm a ideia de negação. Sugerimos que os alunos vão registando os prefixos e os sufixos mais frequentes e os respecti- vos significados. Ex.: significado prefixo exemplos negação in- infeliz, invisível, indisciplinado im- impossível, imprudente, impermeável i- ilimitado, ilegal, ilógico negação, des- destapar, desfazer, acção desmotivado contrária 4. “camponês” [linha 18] 4.1. Exemplos: campismo, campista, campina, campino, campal, campear, campeiro, campesino, campícola, campo de batalha, campo de concentração, campo-santo... ESCREVER 1. O João aproximou-se da professora e perguntou: – Professora, alguém pode ser castigado por uma coisa que não fez? – Claro que não – respondeu a professora. – Óptimo! – exclamou o João. – É que eu não fiz os trabalhos de casa. DIVERTE-TE! 1. A pergunta insolente, resposta valente. Para pergunta apressada, resposta pousada. Qual pergunta farás, tal resposta terás. um verbo por dia 1. 1.d; 2.c; 3.a; 4.e; 5.b. Pág. 29 Antes de Ler a. A observação da mancha gráfica permite identificar alguns parágrafos que começam por travessão, o que aponta para a existência de diálogo entre personagens; a resposta correcta será, pois, a primeira: “É um texto narrativo cujo tema se relaciona com a escola.” Pág. 30 LER ❦ COMPREENDER 1.1. Autora: Maria Isabel Mendonça Soares; título da obra: Verde é Esperança. 1.2. Um narrador ausente (não participante). 1.3. Três colegas de turma: Vasco, Vera e Viviana. 1.3.1. Eram os únicos alunos da turma com nomes começados pela letra V. 1.3.2. “Estavam os três sentados no muro do pátio.” [linha 1] 1.3.3. “Eram inseparáveis.” [linha 18] 1.4. Poderá deduzir-se que a acção decorre no segundo ou terceiro período do ano lectivo a partir da seguinte frase: “Tinha havido uma Vanda, mas essa antes do Natal fora-se embora (…)” [linhas 19-20] 1.5. A realização de um trabalho de grupo de que tinham sido encarregados pela professora Paula. 2. Os parênteses empregaram-se para intercalar no texto “uma reflexão, um comentário à margem do que se afirma”. (Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, João Sá da Costa Ed., 1984, pág. 660) 3. A preparação da leitura expressiva parece-nos fundamental. Os passos propostos permitem rever as seguintes noções: • distinção das intervenções do narrador e das personagens; • diálogo / discurso directo; • pontuação do diálogo (será oportuno chamar a atenção dos alunos para a utilização do travessão para assinalar o diálogo entre os três amigos [parágrafos 2, 3, 4, 5 e 6] e das aspas para assinalar a transcrição das palavras de uma personagem [último parágrafo]; • verbos introdutores do diálogo (comentou, contestou, disse, acrescentou, desdenhou, repontou, dissera). 5
  • 6. PLIN6EP_Bala Págs. 31 e 32 FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA 1.1. Grupo 1: Ana, António, Bacelar Grupo 2: Carlos, Carlota, Carolina Grupo 3: Cátia, Filomena, Flávio Grupo 4: Graça, Guilherme, Heitor Grupo 5: Horácio, Inês, Ivo Grupo 6: Jaime, Laura, Leonel Grupo 7: Mafalda, Raul, Vasco 1.2. Grupo dos Grupo dos Grupo dos “agudos” “graves” “esdrúxulos” Bacelar, Ana, Carlos, António, Heitor, Carlota, Cátia, Inês, Carolina, Flávio, Leonel, Filomena, Horácio Raul Graça, Guilherme, Ivo, Jaime, Laura, Mafalda, Vasco INVESTIGAR Trata-se de uma actividade de leitura, em que se exige que o aluno pesquise informação. Para além da Internet, eis algumas obras que poderão ser indicadas aos grupos: • Guilherme Augusto Simões, Dicionário de Expressões Populares Portuguesas, Publ. Dom Quixote; • José Viale Moutinho, Adivinhas Populares Portuguesas, Ed. Notícias [procura a partir das soluções]; • Dicionário de Provérbios, Porto Editora; • Dicionário dos Símbolos, de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, Ed. Teorema, 1982 • Prontuários (para consulta de nomes de pessoas e locais). 1. Exemplo com branco: • expressões populares – “branco como a cal da parede”: diz-se de pessoa que fica muito assustada e perde a cor; “em branco”: diz-se de quem desconhece totalmente um dado assunto. • provérbios – “Branca geada, mensageira de água.”; “Mais vale morena engraçada que branca desconsolada.” • adivinhas – “Branco é, galinha o põe.” [resposta: o ovo]; “Qual é a cor do cavalo branco de Napoleão?” [resposta: branca]. • pessoas/personagens conhecidas – escritores: Camilo Castelo Branco, Branquinho da Fonseca; actor: Óscar Branco; cantor/músico: José Mário Branco, Luís de Freitas Branco; personagem: Branca de Neve. • locais – Castelo Branco, Casa Branca (no Alentejo); Rio Branco (Brasil). • títulos de livros – “Em Branco” de Teresa Guedes. • simbologia – simboliza inocência, pureza e verdade; no Ocidente, o branco é a cor da paz; na China, é a cor do luto. • poema Versos brancos Fui para um teste em branco, pálido e aflito. Para não deixar a folha em branco, escrevi No verso dela estes versos brancos. Mas a professora só devia gostar de poemas rimados: Por isso na pauta apareceu um zero, ali, bem preto no branco. Teresa Guedes, Em Branco, Ed. Caminho DIVERTE-TE! 1. ➤ 1. R I M O S 2. G E N R O 3. X A I L E 4. P L A N O um verbo por dia 1. eram – pretérito imperfeito do modo indicativo, 3.a pessoa do plural; fosse – pretérito imperfeito do modo conjuntivo, 3.a pessoa do singular; seriam – modo condicional, 3.a pessoa do plural. 6
  • 7. PLIN6EP_Bala Págs. 34 e 35 LER ❦ COMPREENDER 1.1. As personagens são quatro professores e alguns alunos de uma escola. A personagem principal é o professor Branquinho. 1.2. A acção decorre em três espaços distintos: nos corredores da escola (duas primeiras vinhetas da primeira tira – é um local de passagem das per- sonagens que se dirigem à sala dos professores ou a salas de aula); na sala dos professores (segunda e terceira tiras – veja-se a indicação afixada na porta que se abre, na terceira vinheta); na sala onde decorre uma aula do professor Branquinho (última tira – são vários os elementos que identificam este espaço: posição do professor e dos alunos, quadro preto, secretária, mesas e cadeiras…). 1.3. Geralmente, na banda desenhada, as imagens substituem o narrador – elas “mostram” as personagens, os espaços e mesmo o momento em que decorrem as acções, não sendo necessárias as palavras. 2. Os alunos elogiam-no entre si e vão mesmo chamá-lo à sala dos professores mal ouvem o toque de entrada. 3. Os dois colegas masculinos sentem irritação e inveja; um deles curiosidade; a colega sente incompreensão, surpresa. 4. Ele transforma as suas aulas em concursos televisivos, onde, inclusivamente, há lugar a prémios. Veja-se a forma como ele se dirige aos seus alu- nos: “Caro público”. FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA 1. DRRIIINN: som da campainha; TAP TAP TAP: som das folhas de papel a baterem na mesa. “As onomatopeias são palavras imitativas, isto é, palavras que procuram reproduzir aproximadamente certos sons ou certos ruídos: tique-taque; zás-trás; zunzum Em geral, os verbos e os substantivos denotadores de vozes de animais têm origem onomatopeica. Assim: ciciar cicio (da cigarra) chilrear chilreio (dos pássaros) coaxar coaxo (da rã, do sapo)” Celso Cunha e Lindley Cintra, ob. cit., pág. 116 2.1. Eh (EHEHEHEH…) Esta interjeição exprime satisfação. Observação: Será oportuno referir que, na escrita, as interjeições vêm de regra acompanhadas do ponto de exclamação. Com efeito, as interjeições equivalem a frases exclamativas ou imperativas. Exemplos: Ai! = Que dor eu sinto! Caluda! = Estejam calados! Lindley Cintra e Celso Cunha não incluem a interjeição entre as classes de palavras por a considerarem um “vocábulo-frase”. 2.2 decl. – Vou já… excl. – Estamos prontos! int. – Então, stôr? / Vem ou não vem? imp. – Vá lá, stôr… / Depressa! DIVERTE-TE! 1. Solução: Gosto de ti. ACETATO 1 NA PONTA DA LÍNGUA ACETATO 1 Língua Portuguesa • 6.° ano n 90732 CÓDIGO INTERNACIONAL DE SINAIS O Código Internacional de Sinais – CIS – serve para quem anda no mar. É publicado em vários países desde o início do século XIX. o mais usado pela Mari- As bandeiras são reconhecidas É nha Portuguesa quando falha a comunicação por rádio, mesmo estando um pouco cobertas. Por baixo de cada para situações relacionadas bandeira é indicada a palavra com a segurança da navegação. usada nas comunicações rádio. in Visão Júnior, n.º 6, Novembro 2004 Poderá ser projectado um exemplo de um outro alfabeto, que utiliza bandeiras. Solução da palavra “escrita” em código: ALFEITE um verbo por dia 1. digo, disse, dizia, dissera, direi 2. A única forma regular é a do pretérito imperfeito, pois o radical diz- não sofre alteração. 7
  • 8. PLIN6EP_Bala Págs. 36 e 37 Antes de Ler ACETATO 2 NA PONTA DA LÍNGUA ACETATO 2 Língua Portuguesa • 6.° ano n 90732 LER UM CARTOON Pari Mohmmd Nabi (Irão), sem título, in III Porto Cartoon, Ed. Museu Nacional da Imprensa, Porto 2001 a. Uma interpretação possível: através da palavra impressa (livros, jornais, revistas…, aqui representados pela figura de Gutenberg), os povos de todo o mundo (repare-se nas diferentes figuras humanas) podem partilhar alegrias, sonhos, tristezas… Os livros apresentam-se como um factor de (re)união e de comunicação entre línguas, povos e civilizações tão distantes e tão diferentes (observe-se que todos se “abrigam” debaixo do mesmo “manto”). Os livros permitem formar como que um “dominó do mundo” (sugerido pela “peça” visível no canto inferior direito), em que as peças são as línguas/os povos que o habitam. b. Poema gravado: Um livro Levou-me um livro em viagem, não sei por onde é que andei. Corri o Alasca, o deserto, andei com o sultão no Brunei? P’ra falar verdade, não sei. Com um livro cruzei o mar, não sei com quem naveguei. Com marinheiros, corsários, tremendo de febres e medo? P’ra falar verdade, não sei. Um livro levou-me p’ra longe, não sei por onde é que andei. Por cidades devastadas, no meio da fome e da guerra? P’ra falar verdade, não sei. Um livro levou-me com ele até ao coração de alguém, e aí me enamorei – de uns olhos ou de uns cabelos? P’ra falar verdade, não sei. Um livro num passe de mágica tocou-me com o seu feitiço: deu-me a paz e deu-me a guerra, mostrou-me as faces do homem – porque um livro é tudo isso. Levou-me um livro com ele pelo mundo a passear, não me perdi nem me achei – porque um livro é afinal… um pouco da vida, bem sei. João Pedro Mésseder, O g é um gato enroscado, Ed. Caminho, 2003 LER ❦ COMPREENDER 1. a. F ➔ “O Joel atendeu, com uma voz sonolenta:” [linha 1] b. F ➔ Ele queria conversar sobre algo que tinha acabado de ver na televisão. [linha 3] c. IS ➔ Sabe-se apenas que era “um livro de mistério”. [linha 11] d. V e. V f. F ➔ “Ele também via televisão e tinha um mega-drive e um computador. E apreciava isso tudo.” [linha 21] g. IS ➔ Sabe-se apenas que tinha um computador. h. F ➔ “As histórias que mais o impressionaram e entusiasmaram não tinham sido filmes mas livros:” [linha 23] i. F ➔ “Isto para não falar dos livros do pai que ele surripiava à noite (…).” [linha 27] 8
  • 9. PLIN6EP_Bala Pág. 38 FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA 1.1. a. sujeito ➔ O Joel; predicado ➔ gostava de ler. b. sujeito subentendido ➔ [O Joel / Ele]; predicado ➔ Lia muitos livros do pai. 2. Os travessões que iniciam todos os parágrafos à excepção do primeiro, do décimo e do último. OUVIR Diálogo gravado: – Estou? Queria falar com o Joel. – E quem fala, por favor? – É o Jorge. – Ah! És tu, Jorge! Estás bom? – Estou, obrigado. Posso falar com o Joel? – Estás com azar, pá: ele foi a casa da avó, mas não demora. – Oh! Que pena! Queria mesmo dizer-lhe uma coisa… – Olha, se quiseres, o mais que posso fazer é dar-lhe o teu recado. – Hum… Não, obrigado. Ou antes: por favor, diga-lhe que aquele indivíduo que andamos a investigar apareceu na televisão. – Só isso? – Já agora, podia pedir-lhe que me telefone para minha casa mal chegue. Hum… Não, para minha casa não. Eu vou a casa da Joana. Ele que telefone para lá, pode ser? – Ok, está sossegado que eu dou-lhe o recado. – Está, obrigado. – De nada! Dá cumprimentos meus aos teus pais. – Está bem. E mais uma vez obrigado. – Adeus, Jorge. 1.1.1. Algumas propostas: – Boa noite. Fala o Jorge, o colega do Joel. Ele está? – Daqui fala um amigo do Joel. Seria possível falar com ele? – Boa noite. Eu desejava falar com o Joel. É possível? Por favor, diga-lhe que é o Jorge. Pág. 39 ESCREVER 1. O Programa propõe a elaboração de fichas de registo de livros ou de leitura. Um dos acordos a estabelecer com os alunos nas primeiras aulas pode- rá ser precisamente a obrigatoriedade da leitura de um número determinado de obras (por mês/período/ano) e do preenchimento das respectivas fichas de leitura. DIVERTE-TE! 1. • Moby Dick ➔ Herman Melville ➔ norte-americano • As Aventuras de Alice no País das Maravilhas ➔ Lewis Carroll ➔ inglês • O Principezinho ➔ Antoine de Saint-Exupéry ➔ francês • A Ilha do Tesouro ➔ Robert L. Stevenson ➔ escocês • A História Interminável ➔ Michael Ende ➔ alemão • As Aventuras de Tom Sawyer ➔ Mark Twain ➔ norte-americano um verbo por dia 1. a. estamos b. estivemos c. estivéramos d. estejamos e. estivéssemos f. estaríamos 9
  • 10. PLIN6EP_Bala Págs. 40 e 41 Fiquei a saber? Os conteúdos abordados ao longo da unidade são aqui testados através de actividades que exigem respostas objectivas e que, por isso, podem ser cor- rigidas pelo próprio aluno, se o professor assim o entender. Com esse objectivo, apresentamos, nas páginas finais do manual, a resposta a cada uma das perguntas (e que aqui reproduzimos para facilitar a consulta). Conteúdos testados nesta ficha: Texto narrativo: • obra; autor; narrador Funcionamento da língua: • discurso directo; • verbo introdutor do diálogo: identificação e posição; • parágrafo e período; • sinónimos e antónimos; • ordem alfabética; • classificação das palavras quanto à acentuação; • acentos gráficos; • tipos de frase; • formação de palavras; • funções sintácticas: sujeito e predicado; • verbos irregulares (poder, fazer, ser, dizer, estar). 1.1. Autora: Alice Vieira; obra: Águas de Verão. 1.2. Narrador presente (ou participante), visto que participa nos acontecimentos que narra. Veja-se a utilização da primeira pessoa: nosso [linha 2], nos [linha 6], crescíamos [linha 6]. 1.3. O discurso directo está presente no segundo parágrafo. 1.3.1. “se lamentava” [linha 10]. 1.3.2. – Pois é, vocês encheram os livros todos com bonecos e risquinhos, e agora já não tenho espaço para fazer mais boneco nenhum… – lamentava-se ela. 2. “Mas antes delas havia que passar nos exames.” 3. tardavam: demoravam; resolvidos: solucionados, feitos; lamentava: queixava, lastimava. 4. começava: terminava, acabava, findava; saber: ignorar, desconhecer; sorte: azar. 5.1. casacos • exames • férias • livros • mãos • medida • morangos • páginas • pregão • problemas • servir • trabalho • vestidos 5.2. pregão, morangos, férias, páginas, servir e vestidos. 5.2.1. Palavras agudas: pregão, servir; palavras graves: morangos, vestidos; palavras esdrúxulas: férias, páginas. 6. O livro de História era o mais engraçado de todos: não havia rei, príncipe ou ministro que não tivesse artísticos bigodes, óculos ou vendas nos olhos como o pirata da perna de pau. Foi um sarilho para convencer a Bé que o marquês de Pombal era mesmo aquele homem de pedra com um leão ao lado, tal como na estátua. Sempre que passava lá à beira, a Bé olhava bem para o alto, e perguntava: – Mas onde é que estão as tranças e os óculos? 6.1. interrogativa 7. a. sujeito ➔ A Bé; predicado ➔ era a irmã mais nova b. sujeito subentendido ➔ A Bé / Ela; predicado ➔ tinha muita sorte c. sujeito ➔ Os livros dela; predicado ➔ tinham os exercícios resolvidos 8. engraçado (en + graça + ado) ➔ palavra derivada por prefixação e sufixação; desfazer (des + fazer) ➔ palavra derivada por prefixação; inseguro (in + seguro) ➔ palavra derivada por prefixação; bigodão (bigode + ão) ➔ palavra derivada por sufixação. 9. palavras derivadas ➔ ventoso; enevoado; chuvoso; aguaceiros palavras compostas ➔ fim-de-semana; Ribatejo; Trás-os-Montes 10. a. pude; fez. b. fôssemos; faríamos. c. esteja. d. dito. Pág. 44 Antes de Ler b. Um dos meninos é branco e o outro é negro; ambos se encontram na rua, de pé; junto de cada um, encontram-se o pai e a mãe; a pomba voa sobre os dois miúdos. 10
  • 11. PLIN6EP_Bala Págs. 45 a 47 LER ❦ COMPREENDER 1. A cor da pele. Na parte final do texto, quando os meninos se despedem: “(…) disseram adeus um ao outro: e a mão de um era branca, e a mão do outro era negra.” [linha 14] 2. Os pais: • reacções ➔ pararam, interrogaram os filhos por duas vezes e com as mesmas palavras. Os meninos: • reacções e gestos ➔ ambos se olharam, pararam, hesitaram, se abraçaram, sorriram e acenaram. • sentimentos ➔ ambos se sentiram “maravilhados”, extasiados, felizes. 2.1. A repetição de: • palavras no princípio de várias frases seguidas [anáfora*] ➔“Hesitavam na palavra, hesitavam no gesto, hesitavam no riso.” [linhas 8-9]; • frases inteiras ➔ segundo, terceiro, quinto e sexto parágrafos; frases construídas de um modo semelhante [paralelismo*] : “e a mão de um era branca, e a mão do outro era negra.” [linhas 14-15]. *Observação: A anáfora e o paralelismo surgem apenas no Programa do 3.o Ciclo. Os alunos poderão, no entanto, identificar estes recursos sob a designação geral de repetição. 4.1.1. Uma leitura possível: a atitude dos dois garotos simboliza a harmonia, a pureza e a simplicidade que deveriam reger as relações humanas. A pomba surge a “abençoar” / louvar / proteger este encontro. 5.2. Uma leitura possível: para os dois meninos, também a cor da pele de cada um não era importante. 6. Algumas hipóteses: • Descoberta • O encontro • O abraço FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA 1.1. Exemplos: a. Eu sei a tabuada de cor. b. Em que país* viveste? *Observação: É importante esclarecer os alunos que o acento (agudo, grave ou circunflexo) não altera a grafia da palavra. Os acentos agudo e circunflexo marcam a sílaba tónica; o acento grave assinala as contracções da preposição a com o artigo a e com os pronomes demonstrativos a, aquele, aqueloutro, aquilo. 2. Exemplos: a. Os reis viviam no paço (= palácio, corte). b. Há três anos que não te via. / Ah! Finalmente chegaste… Outras palavras homógrafas: • sabia (conhecia); sábia (conhecedora); sabiá (pássaro) • selo (é – ponho um selo); selo (ê – estampilha) • pôr (verbo); por (preposição) • copia (pres. ind. de copiar); cópia (reprodução de um texto) • pelo (contracção de por + o); pêlo (cabelo) • molho (ó – pres. ind. de molhar / feixe, braçada); molho (ô – termo culinário) • secretaria (repartição ou escritório); secretária (profissão/móvel de escritório) • para (preposição); pára (imperativo de parar) • acordo (ó – pres. ind. de acordar); acordo (ô – combinação) • colher (utensílio usado para comer); colher (apanhar, recolher) • sede (ê – vontade de beber); sede (é – lugar onde funciona um clube, um governo…) Outras palavras homófonas: • coser (costurar); cozer (cozinhar) • conselho (opinião); concelho (município) • sinto (pres. ind. de sentir); cinto (do vestido, das calças…) • roído (part. de roer); ruído (barulho) • assento (banco, cadeira/anoto, escrevo); acento (sinal gráfico) • nós (pronome); noz (fruto) • vês (pres. ind. de ver); vez (ocasião) • concerto (espectáculo musical); conserto (reparação, arranjo) • ouve (pres. ind. de ouvir); houve (pret. perf. ind. de haver) • trás (preposição); traz (pres. ind. de trazer) • aço (metal); asso (pres. ind. de assar) • sem (preposição); cem (número) 11
  • 12. PLIN6EP_Bala ACETATO 3 NA PONTA DA LÍNGUA ACETATO 3 Língua Portuguesa • 6.° ano n 90732 PALAVRAS HOMÓFONAS Descobre as palavras homófonas escondidas nos desenhos: Solução: Palavras homófonas ➔ concerto /conserto; coser/cozer; cela/sela; peão/pião; soar/suar; roído/ruído LER MAIS 1. noite , vou ; azeitona , fera ; rio , navio ; moreninha , sou . DIVERTE-TE! 1. Nome (aumentativo) ➔ amigalhaço / amigalhão / amigão Nome (diminutivo) ➔ amiguinho / amiguito Nome composto ➔ amigo-da-onça* Antónimo ➔ inimigo Adjectivo ➔ amigável Verbo ➔ amigar *amigo-da-onça: falso amigo ou amigo interesseiro. A expressão nasce da história de um caçador mentiroso que referiu que sem armas fora acometido por uma onça e que escapara por ter dado um tão grande grito que a onça fugiu apavorada. Um circunstante afirmou que isso não podia ser e, se fosse verdade, ele teria sido devorado. O mentiroso, indignado, perguntou: “Mas afinal você é meu amigo ou amigo da onça?” (Guilherme Augusto Simões, in ob. cit.) um verbo por dia a. há; b. haja; c. havia; d. Há; havia Págs. 49 a 51 LER ❦ COMPREENDER 1.1. Versos 1 a 9. 1.2. X uma ideia de contraste. 1.3. personificação ➔ são atribuídos à boneca alguns sentimentos: tristeza e amargura; a utilização de maiúsculas nas palavras “Boneca” [verso 21] e “Ela” [verso 25] reforça as características humanas da boneca; comparação ➔ “E um sorriso combalido / Como flor que vai murchar.” [versos 8-9] 2. Na montra (vitrine) de uma capelista. 3. Indiferença, desprezo. 4.1. O sujeito poético, ao longo da sua mocidade até à idade adulta (até ao presente): “Passaram anos. – Com eles, / Foi-se a minha mocidade / E cres- ce a minha tristeza.” [versos 18-20] (observe-se o emprego do presente do indicativo – cresce). 5. Os dois últimos versos: “– Quem dá por Ela? Ninguém. / E quantas almas assim!” [versos 25-26] 6. Uma explicação possível: trata-se de uma história breve, porque sobre a vida daquela boneca não há nada para contar. As acções, as peripécias da sua vida resumem-se à sua permanência, anos a fio, na montra de uma loja. FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA 1. “Ninguém via o seu sorriso!” ➔ o: determinante artigo definido; seu: determinante possessivo. 2. da ➔ de + det. artigo definido a; daquela ➔ de + det. demonstrativo aquela; na ➔ em + det. artigo definido a. 3. a. Esta é a história duma boneca de trapos. b. Naquela manhã, saltei da cama com alegria. c. Na opinião dalgumas pessoas, o melhor livro desse escritor foi o primeiro. d. Ele seguiu pelo caminho mais curto. e. Telefonaste às tuas tias? 12
  • 13. PLIN6EP_Bala 4. Exemplo: A minha irmã Rita nasceu há oito dias. Como diz a avó Laura, a família aumentou. Os meus primos vieram visitar-nos e trouxeram alguns brin- quedos. No entanto, a Rita não pareceu apreciar aqueles presentes: chorou e só quis um urso de peluche que já tinha sido meu. DIVERTE-TE! 1. a. hospitalizar b. analisar c. modernizar d. tranquilizar e. realizar f. improvisar g. avisar Observação: Poderá ser oportuno chamar a atenção para as terminações em -izar e -isar. No primeiro caso, trata-se do sufixo verbal -izar: hospitalizar = hospital + izar modernizar = moderno + izar tranquilizar = tranquilo + izar realizar = real + izar No segundo caso, a palavra primitiva escreve-se com s: pesquisa = pesquisa + ar analisar = análise + ar improvisar = improviso + ar avisar = aviso + ar um verbo por dia 1. a. demos b. dou-te c. Dê-me d. dêem e. dão Pág. 52 Antes de Ler a. Palavras e expressões retiradas pela ordem em que surgem: que • Depois • Como • mas • Quando • porque • Pouco depois • Por fim • Assim • Daí por diante Pág. 54 LER ❦ COMPREENDER 1. Eles conheceram-se em Porto Covo. Pedro desafiou Tóino para jogar a bola, atirando-lha. 1.1. É o Pedro. Será interessante fazer observar a presença dos tempos do presente e do passado nos dois primeiros parágrafos, que revelam que Pedro narra no presente (“Eu sou o Pedro. O meu pai é engenheiro. Ele é o Tóino e o pai dele é trabalhador.”) um acontecimento passado (“Disse-me…”; “… o que me atraiu… Tinha… atirei-lha. Aparou-a, sorriu e devolveu-ma.”; etc.). 3. Retrato físico: musculoso • forte • baixo Retrato psicológico: corajoso • modesto 4. Porque entendia que eles eram de “condições diferentes”, não sendo, portanto, correcto o tratamento por tu. 5. “Daí por diante, o Tóino ora me tratava por tu, ora não.” [último parágrafo] Pág. 55 FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA 1. O Pedro disse ao Tóino que só não se tinha afogado/afogara, porque ele o tinha ajudado/ajudara. O amigo recomendou-lhe que fugisse sempre daque- las bandas, porque/pois havia por ali remoinhos. 2. Há várias hipóteses, visto que as frases assinaladas a azul poderão ser colocadas antes, depois ou no meio das falas das personagens. Exemplos: O Pedro perguntou ao Tóino: – Por que razão não me tratas por tu? [– perguntou o Pedro ao Tóino.] – Nós somos de condições diferentes – explicou o Tóino. – O meu pai é trabalhador e o seu é rico. [– explicou o Tóino.] 13
  • 14. PLIN6EP_Bala ESCREVER 1. Proposta de correcção: O Pedro propôs ao Tóino que fossem nadar. Este concordou e ambos mergulharam nas ondas do mar. Em breve o Tóino se distanciou e o Pedro quis imitá-lo. No entanto, teve de chamar pelo Tóino, porque se viu atrapalhado. Felizmente, o Tóino nadava bem e conseguiu dar-lhe uma ajuda e trazê-lo até à praia. DIVERTE-TE! 1. a. homem b. familiar c. televisão um verbo por dia 1. Ela lê. Eles lêem. 2. presente do indicativo ➔ eu leio / tu lês / ele lê / nós lemos / vós ledes / eles lêem presente do conjuntivo ➔ eu leia / tu leias / ele leia / nós leiamos / vós leiais / eles leiam Pág. 56 Antes de Ler a. São sobretudo três as qualidades que se associam ao cão: lealdade, fidelidade, companheirismo. Págs. 57 a 61 LER ❦ COMPREENDER 1.1. Primeira parte: linhas 1 a 15; segunda parte: linha 16 até ao fim. 3. “inteligente” e “afectuoso” [linha 1]; brincalhão e paciente [“(…) infatigável companheiro dos brinquedos das crianças da quinta.”; “Esta brincadeira recomeçava vinte vezes sem cansar nunca a paciência do Piloto.”]; fiel, trabalhador e responsável [“(…) o assobio do criado da quinta chamava o fiel ani- mal às suas obrigações; partia, então, como um raio (…)”; “(…) era o Piloto o guarda da carroça; e muito atrevido seria quem saltasse à noite a parede da quinta.”]; sagaz [“(…) uma extraordinária sagacidade:”]; confiante [“(…) correu para ele sem desconfiança;”]; corajoso [“(…) o corajoso Piloto (…)”]; gene- roso [salvou o jornaleiro, mesmo depois de este o ter tentado matar]. FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA 1. inteligente e afectuoso ➔ grau superlativo relativo de superioridade; infatigável ➔ grau normal. 2. cães, hortelãos [ou hortelões], ladrões. 2.1. Os nomes terminados em -ão formam o plural em -ães, -ãos ou -ões. Poderão ser registados outros exemplos num quadro como este: Plural dos nomes em -ão -ões ães -ãos ladrões cães cidadãos posições alemães cristãos balões capelães irmãos canções capitães acórdãos confissões escrivães órfãos corações pães órgãos estações sacristães sótãos 3.1. Esta ➔ determinante demonstrativo; vinte ➔ determinante numeral cardinal; a ➔ determinante artigo definido; do [= de + o] ➔ contracção da preposi- ção de com o determinante artigo definido o. OUVIR ❦ FALAR [pág. 59] 1. Conto gravado: O cão Uma das muitas províncias da China chama-se Mongólia Interior. “Interior” porque dali não se vê o mar. Terra entre montanhas. Por isso os habitan- tes dessa terra são pastores e na Primavera lá vão com as vacas e as ovelhas e os grandes cães de guarda. E onde chegam armam tendas e pastam os rebanhos. Só no Outono é que voltam a casa porque principia a cair neve. Pois esta é a história de uma menina que há muitos séculos andava pelos montes da Mongólia com os pais e o gado, durante o bom tempo. Uma menina que ia à escola apenas no Inverno. Ia à escola com um casaco forrado de pele de cordeiro, por causa do frio, e os livros atados num lenço de algodão azul. Ora, num desses invernos, a professora contou que havia várias raças de cães pelo mundo fora: cães pequenos e leves, mesmo depois de cresci- dos, os donos pegavam-lhes ao colo, passeavam-nos pela cidade; e cães artistas que faziam habilidades e divertiam o público. E, desde aí, a menina não pensou noutra coisa senão em ter um cãozinho assim. Os cães que ela conhecia eram todos pesados, fortes, bravos, atiravam-se aos lobos de noite para defender os rebanhos, puxavam o carrinho da família pela neve, e debaixo de um chicote, como se fossem cavalos. 14
  • 15. PLIN6EP_Bala Essa menina, portanto, foi crescendo, e quando se tornou mulher emigrou para a capital da China. E, aí, ei-la que um dia se junta a um grupo de palha- ços e funda o primeiro circo mongol. Um circo com cãezinhos a caminhar em dois pés, como as pessoas, a saltar o arco, a bailar ao som da música. Cães de pêlo encarapinhado e cara redondinha de boneca, cães chineses que não ladram e têm a língua preta. Cães de um palmo de altura e orelhas como asas de borboleta. E o povo que nunca tal tinha visto... Ursos e macacos, sim, davam espectáculo pelas feiras, às cambalhotas, mas não serviam para mais nada. Espantado, o povo. Como é que o cão, animal tão útil ao homem, sabia também distraí-lo? Para mais cão tão pequenino e assim tão habilidoso! Certo é que, daí em diante, a palavra “cão” tomou nesse país um novo sentido. Os próprios imperadores mongóis acrescentaram ao seu nome o nome de Cão. Gengiscão, por exemplo, um rei tão guerreiro que conquistou quase toda a Ásia, fazendo da China a metade do mundo, assim o seu neto Kublai-cão. Que a pala- vra “cão”, na língua mongol, significa o esplêndido, o mais inteligente, o maior de todos. Maria Ondina Braga, O Jantar Chinês e Outros Contos, Ed. Caminho, 2004 a. numa província da China chamada Mongólia. b. que andava com os pais e o gado nos montes, durante o bom tempo. c. nem todos os cães eram grandes e pesados e desejou ter um cãozinho. d. fundou o primeiro circo mongol. e. porque os cães do circo eram pequenos e faziam habilidades. f. a palavra “cão” ganhou um novo sentido na China. g. o esplêndido, o mais inteligente, o maior de todos. 2. Eis alguns argumentos: A favor: • São animais úteis: resgatam pessoas enterradas debaixo da neve, guiam pessoas cegas, fazem companhia a pessoas que estão sozinhas, ajudam na caça… • São uma boa companhia. • Podem ser um bom negócio; há pessoas que criam cães de raça. • São uma boa maneira de fazer exercício; como os cães precisam de correr, os donos correm com o cão. • Permitem estabelecer relações com outros donos de cães, nos parques, jardins, ruas. • Alguns povos comem-nos. Contra: • À noite, ladram a gente inofensiva ou a outros cães. • Alguns tornam-se agressivos e podem chegar a matar pessoas. • São uma despesa: alimentação, veterinário, vacinas, licenças… • Os animais não são brinquedos: muitas pessoas compram cachorros, mas, quando eles crescem, abandonam-nos. • Há que levá-los à rua, faça sol ou faça chuva. • São uma desculpa para não conviver com outras pessoas. LER MAIS 1. O cão e a trela (...) Acontece é que o Pimpão tal era o nome do cão é que não gostava nada mas mesmo nadinha dela. E à medida que crescia maior era a rebeldia por ter que sair à rua sempre puxado pela trela. Até que um dia o Pimpão farto daquela prisão vai dá um grande esticão rebenta com aquela trela e correndo a bom correr refugiou-se num monte para onde foi viver (...) DIVERTE-TE! 1. Provérbios: Cão bom não ladra em falso. Pelo cão se teme o patrão. 15
  • 16. PLIN6EP_Bala ACETATO 4 NA PONTA DA LÍNGUA ACETATO 4 Língua Portuguesa • 6.° ano n 90732 PROVÉRBIOS EM CHARADAS Neste acetato, os alunos poderão decifrar colectivamente mais dois provérbios onde há referências a animais. Soluções: Burro velho não aprende línguas. Quem não tem cão, caça com gato. um verbo por dia 1. Eu ponho/Tu pões/Ele põe/Nós pomos/Vós pondes/Eles põem 2. a. púnhamos; b. pusemos; c. puséramos; d. poremos; e. puséssemos; f. pusermos. Págs. 62 e 63 Fiquei a saber? Conteúdos testados nesta ficha: Funcionamento da língua: • classes de palavras: nome, determinante, adjectivo e verbo; • palavras homógrafas e homófonas; • família de palavras; • discurso directo e discurso indirecto; • verbos irregulares (haver, dar, fazer, ler, pôr). Recursos expressivos: • a personificação. 1.1. Exemplos: • regato insignificante / pequeno / fraco / suplicante / desesperado • lago altivo / egoísta / antipático / cruel / convencido • mar grande / generoso / altruísta / simpático / acolhedor 2.1. • O ➔ determinante artigo definido, masculino, singular • desesperado ➔ adjectivo no grau normal, masculino, singular • regato ➔ nome comum, masculino, singular • continuou ➔ forma do verbo continuar, no pretérito perfeito do modo indicativo, 3.a pessoa do singular • o ➔ determinante artigo definido, masculino, singular • seu ➔ determinante possessivo, masculino, singular • caminho ➔ nome comum, masculino, singular 3. a. Meu ➔ determinante possessivo b. Todos ➔ determinante indefinido; os ➔ determinante artigo definido; teus ➔ determinante possessivo c. Os ➔ determinante artigo definido; dois ➔ determinante numeral cardinal d. Aquele ➔ determinante demonstrativo; qualquer ➔ determinante indefinido e. Algumas ➔ determinante indefinido; este ➔ determinante demonstrativo; os ➔ determinante artigo definido; outras ➔ determinante indefinido; o ➔ deter- minante artigo definido; da ➔ determinante artigo definido (contracção da preposição de com o determinante artigo definido a); nossa ➔ determinante pos- sessivo. 4.1. Exemplos: • O rei recebeu os visitantes no paço. / Em Lisboa, visitei o Terreiro do Paço. • Ah! Que água quentinha!… / Há tanto tempo que não via o mar! 5. Exemplos: Eu como todos os dias um iogurte. / Ele sabia que tu ias aparecer. / Por favor, vai pôr esta roupa no cesto. 6. mar ➔ amarar, marítimo, marinho, marisco, marear, maremoto, maré, maré-cheia, maresia, marejar… 16
  • 17. PLIN6EP_Bala 7.1. O travessão. 7.2. A personificação. 7.3. • segundo parágrafo: Um ribeirinho implorou ao seu irmão Lago que tomasse conta dele (de si). • quarto parágrafo: O lago disse (respondeu/ordenou) ao fio de água que se pusesse a andar (se fosse embora), porque (pois) não necessitavam ali de miseráveis como ele. 8. a. havia b. dêem; façam c. lêem; líamos d. põe Pág. 66 Sugestão de exploração do separador da Unidade 3 [págs. 64-65] Descobre os erros:... 1 – A Gata Borralheira foge do baile à meia-noite e não às 9 horas. 2 – Um príncipe (e não uma rã) beija a Bela Adormecida. 3 – São três os porquinhos. 4 – O Capuchinho Vermelho oferece a cesta ao lobo disfarçado e não à avó. 5 – A tartaruga é que corta a meta, não a lebre. 6 – O Gato das Botas calça umas botas. 7 – A Pequena Sereia não faz surf. 8 – A Branca de Neve come uma maçã, não uma banana. 9 – Ao contrário: o leão está preso numa rede, que o rato rói. Págs. 67 e 68 Texto A Obra indicada no Programa. Outra versão, em prosa, da mesma fábula: O galo e a raposa Era uma vez um galo que, fugindo de uma raposa, conseguiu empoleirar-se no ramo de uma árvore. A raposa, achando que ele poderia dar um bom almoço, arranjou logo uma manha: – Ó amigo galo, já sabes que saiu uma ordem para os animais serem amigos uns dos outros? – Não acredito! – É verdade verdadinha, por isso podes descer desse ramo… – Ah, se soubesses o que daqui se vê! – Então o que é? – Vêm aí uns caçadores com espingardas e cães! – De que lado? – Dali, do lado do rio! E a raposa desatou a fugir para o bosque. E do lado do seu ramo, o galo gritava: – Mostra-lhes a ordem! Mostra-lhes a ordem! Minho José Viale Moutinho, 365 Histórias, 1.a ed., Ed. ASA, 2002 LER ❦ COMPREENDER 1. a. astuto b. agradável c. conflito d. novidade e. replica f. acontecimento g. num instante h. patife 17
  • 18. PLIN6EP_Bala 2. A raposa veio anunciar que já não havia guerra entre eles os dois, pois tinha sido decretada a paz no mundo inteiro. 2.1. A raposa pretendia que o galo descesse da árvore, para poder devorá-lo. 3. Anunciou a chegada de dois lebréus com os quais poderiam festejar a paz. Como a raposa os temia, fugiu. 4. galo: “velho, arteiro e matreiro” [verso 2]; raposa: manhosa, dissimulada, enganadora, lisonjeadora, “magana” [verso 31]. 4.1. Ambos são matreiros. Veja-se o significado de matreiro: que tenta enganar os outros através de processos hábeis de manha; o mesmo que finó- rio, manhoso, sabido. Atente-se ainda nesta expressão corrente: raposa velha – pessoa muito sabida. 5. “Que é prazer a dobrar enganar quem engana.” [último verso] 6. Quem ri por último, ri melhor. FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA 1.1. a. A raposa ➔ sujeito; encontrou um galo ➔ predicado; um galo ➔ complemento directo; num ramo de uma árvore ➔ complemento circunstan- cial de lugar. b. Naquele dia ➔ complemento circunstancial de tempo; ela ➔ sujeito; mentiu ao galo ➔ predicado; ao galo ➔ complemento indirecto. 2. Exemplo: Naquela noite, a avó contou uma fábula ao neto, na sala. 3. As crianças ouviam histórias. Observação: Poderá ser oportuno chamar a atenção para a existência de mais do que um complemento circunstancial de tempo na mesma frase: Naquele tempo e à noitinha. Pág. 69 FALAR 1. ACETATO 5 NA PONTA DA LÍNGUA ACETATO 5 Língua Portuguesa • 6.° ano n 90732 A RAPOSA E A CEGONHA DIVERTE-TE! 1. a. camponesa b. campeã c. lento/vagaroso d. deselegante e. adiantar um verbo por dia 1. a. Eu sempre soube que tu virias. b. Se nós soubéssemos a matéria, não estaríamos preocupados. c. Os fãs saberão da data do concerto pelos jornais. d. Oxalá saibas responder a todas as perguntas. Pág. 70 Antes de Ler Obra indicada no Programa. a. Semelhança: Pela observação da mancha gráfica, verificamos que as duas fábulas estão escritas em verso. Diferença: Pelos títulos, ficamos a saber que, na primeira fábula, as personagens são animais; nesta, são elementos da natureza personificados. 18
  • 19. PLIN6EP_Bala Pág. 71 Sugere-se o ditado de algumas frases para verificar o emprego de à, há e ah: a. La Fontaine foi um fabulista francês nascido há quatro séculos. b. Há várias fábulas em que as personagens não são animais, mas sim outros seres que actuam à semelhança dos homens. c. Numa fábula, geralmente, há uma moralidade. d. Esta fábula mostra que devemos preferir a brandura à violência. e. Ah! Como eu gosto de ler boas histórias, à noitinha! Pág. 72 LER ❦ COMPREENDER 1.1. Parte Título Quadras Apresentação do problema I 1 surgido entre o Sol e o Vento II Diálogo entre o Sol e o Vento 2 a 6 III Actuação do Vento 7 a 13 IV Actuação do Sol 14 a 17 V Moralidade 18 1.2. O travessão. 2. • com reservas, desconfiadamente: “de pé atrás” [estrofe 3] • dou-me por vencido, admito o erro: “dou a mão à palmatória” [estrofe 6] • num rebuliço, de pernas para o ar: “num virote” [estrofe 8] 3. Provocou o caos e a destruição à sua volta (“entre ruínas tais”), não tendo, no entanto, conseguido arrancar o manto/capote ao homem. 4.1. Personificação e comparação. 4.2. Foi aumentando a intensidade do seu calor, até que o homem sentiu necessidade de tirar “a capa que, pouco antes,/apertava contra o peito…” [versos 67-68]. Pág. 73 FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA 1. Vento ➔ nome próprio (chame-se a atenção para o facto de este nome surgir escrito com maiúscula, uma vez que o vento aparece aqui personifi- cado); irado ➔ adjectivo; as ➔ determinante artigo definido; aumentando ➔ verbo “aumentar”, no gerúndio; ais ➔ nome comum. 1.1. Exemplos: • Ai! Assustaste-me! [susto] • O rapaz gritava: “Ai! Ai! O meu braço…” [dor] 2. a. complemento indirecto b. sujeito c. complemento directo Observação: Este exercício parece-nos importante para fazer observar que uma mesma palavra ou expressão pode desempenhar diferentes funções sintácticas, conforme a posição que ocupa na frase. Pode-se exemplificar com outras palavras/expressões. Exemplo: O João está em casa. [sujeito] A avó telefonou ao João. [compl. indirecto] A professora castigou o João. [compl. directo] 2.1. Exemplos: • Naquele dia, o Sol fez uma proposta ao Vento. • Certo dia, o Sol fez uma proposta ao Vento. 19
  • 20. PLIN6EP_Bala Pág. 74 DIVERTE-TE! 1. - “O velho, o rapaz e o burro” - “O leão e o rato” - “O pescador e o peixinho” um verbo por dia 1. a. Vinde ➔ modo imperativo, segunda pessoa do plural. b. viestes ➔ pretérito perfeito do modo indicativo, segunda pessoa do plural. c. vêm ➔ presente do modo indicativo, terceira pessoa do plural. d. venham ➔ presente do modo conjuntivo, terceira pessoa do plural. Observação: “Por este verbo se conjugam todos os seus derivados, como advir, avir, convir, desavir, intervir, provir e sobrevir.” Celso Cunha e Lindley Cintra, ob. cit., pág. 439 Pág. 75 Texto C Obra indicada no Programa. Antes de Ler a. Algumas definições de lenda: “Tradição oral ou narrativa escrita de acções praticadas por santos ou heróis, segundo a fantasia e a imaginação populares.” (Luís Amaro de Oliveira, Antologia de Peças Dramáticas, Contos, Lendas e Narrativas, Porto Editora) “Narrativa escrita ou tradição de sucessos duvidosos, fantásticos ou inverosímeis.” (Dicionário da Língua Portuguesa 2003, Porto Editora) “As lendas são narrações tradicionalmente fantásticas, essencialmente alegóricas e geralmente localizadas em pessoas, épocas e locais determinados.” (Garcia de Diego, citado por Gentil Marques, Lendas de Portugal, Ed. Círculo de Leitores) “Etimologicamente, o conceito mais antigo e natural da palavra Lenda – derivada directamente do termo latino “legenda” ou seja “leitura” – indica as lendas como leituras que deviam ser feitas e contadas depois aos outros… Aos poucos, (…) começaram a destacar-se as leituras de vidas e feitos de excepção, em que existia sempre algo de maravilhoso. Por isso mesmo, as lendas passaram a ter o maravilhoso como principal característica.” (Gentil Marques, Lendas de Portugal, Ed. Círculo de Leitores) Págs. 77 a 79 LER ❦ COMPREENDER 1. • mareantes [linha 6] • alvoroço [linha 21] • cataratas [linha 23] • lobrigar [linha 26] • calafrio [linha 41] • alterosas [linha 43] • saciavam [linha 55] 2. a. “(…) ninguém, como os Marinhos, conhecia os segredos do oceano. Em terra alguma, fora possível encontrar quem sobre as ondas guiasse com mais destreza e a salvo, numa longa derrota, a vela duma barca.” [linhas 1-4] b. “(…) eram tidos e havidos pelos melhores mareantes do seu tempo.” [linhas 5-6] c. “Ora um dos Marinhos, o mais novo (…)” [linha 7] d. “(…) concebeu dentro de si um ardente desejo de ir à busca delas.” [linhas 12-13] e. “E havendo carregado a sua boa barca de mantimentos e de aparelhos necessários, o Machico partiu.” [linhas 14-15] f. “(…) viram no horizonte nuvens ou névoas que pousavam sobre o mar, sinal certo de alguma ilha ou terra próxima.” [linhas 18-20] g. “E ao passo que se aproximava, vinham aos seus ouvidos estrondos furiosos (…)” [linhas 21-23] h. “E tamanho temor entrou com eles (…)” [linha 31] i. “(…) Machico bradou-lhes com palavras de valoroso incitamento:” [linhas 35-36] j. “(…) pelos marinheiros passou um calafrio e alguns ajoelharam de pasmo (…)” [linhas 41-42] l. “(…) aqueles homens saciavam a fome na polpa saborosa de frutos nunca vistos.” [linhas 55-56] m. “(…) Machico se convenceu ter aportado àquele mesmo lugar do Paraíso (…)” [linhas 64-65] 20
  • 21. PLIN6EP_Bala 3.1. a. sensações visuais: “viram no horizonte nuvens ou névoas que pousavam sobre o mar” b. sensações auditivas: “vinham aos seus ouvidos estrondos furiosos” c. sensações visuais: “névoa… tão densa” d. sensações auditivas: “ouviam-se distintamente… violentos baques e ribombos” e. sensações visuais: “alevantavam-se rochas alterosas a prumo sobre as ondas; selvas de árvores frondosíssimas vinham de escarpa abaixo até a água… cerros de macia curva… a perder de vista!” f. sensações tácteis: “o ar era morno e suavíssimo.” g. sensações gustativas: “polpa saborosa de frutos” h. sensações olfactivas: “florestas… tão rescendentes” 3.2. sensações auditivas: ondas de cantos; sensações visuais: ondas de cores; sensações olfactivas: ondas de perfumes. 4.1. • “(…) a névoa começou a descerrar-se como se invisíveis mãos apartassem uma cortina para os lados.” [linhas 39-40] • “Era uma das ilhas encantadas que se erguia para o Céu, como um altar de serras e arvoredos (…)” [linhas 46-47] • “(…) os alcantis de rocha viva, que semelhavam monstros, palácios ou torres e pontes levadiças de castelos (…)” [linhas 57-59] •“(…) florestas virgens, tão rescendentes e viçosas, como enormes cavernas de ramos e de flores (…)” [linhas 60-61] 5. surpresa/espanto: “(...) ajoelharam de pasmo (...)” [linha 42] ESCREVER Observação: A realização desta actividade em pequenos grupos permitirá que a avaliação final recaia apenas em cinco ou seis trabalhos. Poderá seleccionar-se um deles para correcção/aperfeiçoamento colectivo. Pág. 80 DIVERTE-TE! 1. A ➔ a baleia B ➔ o caranguejo um verbo por dia 1. a. • forma do verbo ir no pretérito perfeito do modo indicativo, terceira pessoa do singular; • forma do verbo ser no pretérito perfeito do modo indicativo, terceira pessoa do singular; b. • forma do verbo ser no pretérito imperfeito do modo conjuntivo, segunda pessoa do singular; • forma do verbo ir no pretérito imperfeito do modo conjuntivo, segunda pessoa do singular. Pág. 81 Texto D Obra indicada no Programa. Romanceiro O romance popular de Portugal e Espanha, breve poema épico destinado ao canto e transmitido e reelaborado por tradição oral, é a modalidade peninsular da balada europeia. O conjunto destes breves poemas tradicionais constitui o Romanceiro. (…) Dado o carácter oral da poesia romancística, o Romanceiro forma um tesouro poético de riqueza inesgotável, de que só conhecemos algumas amostras (mais ou menos numerosas) salvas ocasionalmente do olvido por um ou outro colector que as regista por escrito. Daí que a história do Romanceiro se confunda em boa parte com a do labor da colheita. Enquanto em Castela a descoberta do caudal romancístico entesourado até hoje na tradição oral se fez muito tarde, em Portugal o achado e valori- zação do Romanceiro popular é bastante anterior: remonta à primeira geração romântica. Almeida Garrett, primeiro com as suas refundições de temas romancísticos recolhidos da tradição oral (Adozinda e Bernal Francês, de 1828), depois com o seu Romanceiro (1843 e 1850), lança os alicerces para o edifício do Romanceiro português. in Dicionário de Literatura, dir. de Jacinto Prado Coelho, Figueirinhas Ed. 21
  • 22. PLIN6EP_Bala Pág. 83 LER ❦ COMPREENDER 1.1. A Infanta e o capitão. 1.2. O travessão. 1.3. São marido e mulher. 1.3.1. Penúltimo verso: “Deus te perdoe, marido,” 2. • ouro e prata fina; • os seus três moinhos; • as telhas de ouro e marfim do seu telhado; • as suas três filhas. 3.1. Propõe-lhe que ela se ofereça (se dê) a si própria. 3.2. Fica indignada e ameaça punir o capitão. Para tal, chama pelos seus vassalos. 3.3. Sim, porque de imediato revela a sua identidade. 4. Provavelmente queria verificar se, ao fim de tantos anos (veja-se o verso 79: “– Tantos anos que chorei,”), a Infanta se lhe mantinha fiel. 5. Desde logo, a data da recolha deste romance popular (ver Antes de Ler), sendo que a sua produção é muito anterior. Por outro lado, o vocabulário remete para uma época remota (período dos Descobrimentos?): infanta; nobre armada; cavaleiro; a cruz de Cristo; cravo, canela, gerzeli (especiarias); el-rei; vassalos... Observe-se, ainda, que se trata de um tempo em que as filhas (damas) podiam ser “dadas” em casamento pelos pais. Pág. 84 FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA 1. nela ➔ (n)a armada a ➔ a armada (Viu vir uma nobre armada; Capitão que na armada vinha, Muito bem que governava a armada.) 2. Pronomes: pessoais: me; eu; te (3); Ela; lhe; contigo possessivos: tuas demonstrativos: a outra indefinidos: todas interrogativos: que 2.1. Ela ➔ sujeito respondeu-lhe ➔ predicado lhe ➔ complemento indirecto Pág. 85 LER MAIS 1. Versos retirados pela ordem correcta: • de olfacto bem apurado • Cravo Vermelho seu noivo • um ramo de erva cidreira. • violetas, suas aias, • para pôr no seu jantar. • a canela e o coco • que belo jeito me dá. • se mais perfumes deseja.” DIVERTE-TE! 1. a. marisco b. maremoto c. maré d. marinha 22
  • 23. PLIN6EP_Bala um verbo por dia 1. ver; segunda conjugação 2. a. vêem b. veja c. Vê Observações: “1.a [Como ver] Assim se conjugam antever, entrever, prever e rever. 2.a Prover, embora formado de ver, é regular no pretérito perfeito do indicativo e nas formas dele derivadas: provi, proveste, proveu, etc.; provera, pro- veras, provera, etc.; provesse, provesses, provesse, etc.; prover, proveres, prover, etc. O particípio é provido, também regular. Por prover conjuga-se o seu derivado desprover.” Celso Cunha e Lindley Cintra, ob. cit., pág. 435 Págs. 86 e 87 Fiquei a saber? Conteúdos testados nesta ficha: Narrativa: • ordenação dos acontecimentos. Funcionamento da língua: • transformação de discurso indirecto em discurso directo; • classes de palavras: nome, determinante, adjectivo, verbo e pronome; • subclasses do pronome; • funções sintácticas: sujeito, predicado, complemento directo, complemento indirecto, complementos circunstanciais de lugar e de tempo; • distinção à, há e ah; • verbos irregulares (saber, ir, ver, vir). 1.1. introdução ➔ primeiro parágrafo; desenvolvimento ➔ segundo, terceiro e quarto parágrafos; conclusão ➔ último parágrafo. 2.1. Surgiu-lhe de repente D. Dinis que lhe perguntou: – O que levas aí escondido? 3.1. o ➔ determinante artigo definido, masculino, singular nosso ➔ determinante possessivo, masculino, singular via ➔ forma do verbo “ver”, no pretérito imperfeito do modo indicativo, na terceira pessoa do singular bons ➔ adjectivo, grau normal, masculino, plural pobres ➔ nome comum, masculino, plural 3.2. Exemplo: Ela ofereceu brinquedos às crianças pobres. [adjectivo] 3.3. Porém, a nossa rainha, apesar de poetisa/poeta, não via com bons olhos os gastos do marido com os pobres. 4.1. Pronome pessoal. 4.2. lhe = ao rei / a D. Dinis / ao marido. 4.3. Complemento indirecto. 5. Pronomes: pessoais: Ela; lhes; a; as possessivos: minhas demonstrativos: esta; isto indefinidos: Ninguém; Nada interrogativos: Que 6. sujeito ➔ a rainha predicado ➔ levava pães e dinheiro a uma família pobre complemento directo ➔ pães e dinheiro complemento indirecto ➔ a uma família pobre complemento circunstancial de tempo ➔ Num dia de Janeiro complemento circunstancial de lugar ➔ no seu manto 23
  • 24. PLIN6EP_Bala 7. a. Esta lenda já se conta há muitos, muitos anos. b. “Ah, como é possível rosas em Janeiro!?”, exclamou o rei. c. Nem o rei nem a rainha estavam à espera de um milagre. 8. a. soubéssemos b. vêem c. venham d. vai Pág. 90 Antes de Ler a. Algumas sugestões: • A leitura eleva-nos. • Os livros permitem-nos ver mais longe. • Do alto de um livro, eu alcanço o universo. • Através das páginas dos livros, viajamos pelo mundo. • Quando abro um livro, chegam-me amigos de todo o lado. • Página a página, vamos crescendo com os livros. Renate Welsh – escritora nascida em Viena, em 1937. As suas mais de sessenta obras para crianças e jovens repartem-se pelo livro ilustrado, pela bio- grafia e pela narrativa fantástica ou de fundo histórico. Muitos desses livros abordam temas sociais e espelham o interesse da autora pelos mais des- favorecidos, sejam eles trabalhadores, emigrantes, toxicodependentes ou deficientes (A Casa nas Árvores, 1993; O Rosto no Espelho, 1997; A Visita que Veio do Passado, 1999, etc.). Traduzida em diversas línguas, obteve, em 1992, o Prémio de Honra Austríaco de Literatura para Crianças e Jovens. Pág. 92 Ler ❦ Compreender 1. Ordem das frases: 5 8 1 12 4 7 3 13 9 6 11 2 10 Texto ordenado: Havia uma menina que vivia sozinha num jardim. Ela não podia sair dali, porque o jardim estava rodeado de uma alta muralha. A menina bem procurou uma saída, mas, como não encontrou, sentou-se debaixo de uma árvore. Subitamente, apareceu um livro ao seu lado e a menina aprendeu a ler. E muitos outros livros foram surgindo. Através deles, a menina conheceu muitos locais e muitas crianças. Mas, quando queria tocar algum menino, percebia que continuava só e sentia-se triste. De repente, a menina lembrou-se de construir uma escada com os livros para poder olhar para fora da muralha. E, quando espreitou, descobriu um jardim onde se encontrava um menino. Ela chamou-o e ele estendeu as mãos. Então a menina atirou vários livros para o outro lado da muralha. Com eles, o rapazinho construiu uma escada, por onde subiu. Os dois meninos deram então as mãos e, felizes, sentaram-se juntos na muralha. 2. companhia • viagem • conhecimento • aventura 24
  • 25. PLIN6EP_Bala Pág. 93 FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA Observação 1: Há outros casos de alteração da ordem dos elementos da oração que poderão ser exemplificados: a) o complemento directo no início da oração: Muitos aplausos recebeu ele! = Ele recebeu muitos aplausos! b) o complemento indirecto no início da oração: Aos pais dedicou o atleta a vitória. = O atleta dedicou a vitória aos pais. 1.1. “Em algum lugar deve haver uma porta na muralha” [linha 6]; “Eh! Estás a ouvir?” [linha 38]; “Aí vão!” [linha 44]. 1.2. As aspas. 1.2.1. O travessão. – Aí vão! – gritou a menina deixando cair um livro após outro. 1.3. ACETATO 6 NA PONTA DA LÍNGUA ACETATO 6 Língua Portuguesa • 6.° ano n 90732 DIVERTIMENTO COM SINAIS ORTOGRÁFICOS Quando estou maldisposta (e estou-o muitas vezes...) mudo o sentido às frases, Quem nos dera bem juntos complico tudo... sem grandes apartes metidos entre nós! Em aberto, em suspenso fica tudo o que digo. E também o que faço é reticente... Que nos separa, Amor, um traço de união?... Serás capaz Introduzimos, por vezes, de responder a tudo o que pergunto? frases nada agradáveis... Alexandre O’Neill, Poesias Completas (1951/1986), 3.a ed., Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1995 2.1. sujeito ➔ a menina; predicado ➔ estava só 2.2. A menina estava só. (= Estava só, a menina.) Observação 2: Geralmente, o sujeito precede o predicado. No entanto, os alunos deverão ser capazes de reconhecer os elementos essenciais da oração em situa- ções em que o predicado surge antes do sujeito ou nele “encaixado”. Poderá ser útil a construção e o registo de esquemas semelhantes a estes: Estava só a menina. = A menina estava só. predicado sujeito Estava a menina sozinha = A menina sujeito estava sozinha. predicado Págs. 94 e 95 LER MAIS Trata-se de uma actividade de leitura, em que se exige que o aluno pesquise informação. Poderá ser proveitoso distribuir os dados a pesquisar por diferentes grupos, indicando dois caminhos para a procura da informação: uma enciclopédia e a Internet. 1.1. a. quatro personagens: Ulisses; Zorro; Conde d’Abranhos; Dom Quixote; b. três escritores: Fernando Pessoa; Gil Vicente; António Aleixo; c. três romances: O Conde d’Abranhos; A Ilha do Tesouro; Dom Quixote. 1.2. a. Ulisses ➔ Odisseia; Conde d’Abranhos ➔ O Conde d’Abranhos; Dom Quixote ➔ Dom Quixote; Zorro ➔ “nasceu” em 9 de Agosto de 1919, nas páginas da revis- ta All Story Weekly. b. Fernando Pessoa ➔ 1888-1935, poesia; Gil Vicente ➔ 1465-1537, teatro; António Aleixo ➔ 1899-1949, poesia. c. O Conde d’Abranhos ➔ Eça de Queirós, português (1845-1900); A Ilha do Tesouro ➔ Robert L. Stevenson, escocês (1850-1894); Dom Quixote ➔ Miguel de Cervantes, espanhol (1547-1616). 25
  • 26. PLIN6EP_Bala DIVERTE-TE! 1. Nome e apelido da escritora: Ilse Losa a. T Í T U L O b. A L U N O S c. E S C U S O d. T E C L A S um verbo por dia 1. Eu ouço* Tu ouves Ele ouve Nós ouvimos Vós ouvis Eles ouvem 1.1. Apenas a primeira pessoa do singular é uma forma irregular, pois o radical – ouv – foi alterado. Poderá ser oportuno remeter os alunos para a con- sulta da ficha informativa relativa ao estudo do verbo (página 240). *Observação: “Em Portugal, ao lado de ouço, há oiço para a 1.a pessoa do singular do presente do indicativo. Esta dualidade fonética estende-se a todo o presente do conjuntivo e às pessoas do imperativo dele derivadas: ouça ou oiça, ouças ou oiças, etc.” Celso Cunha e Lindley Cintra, ob. cit., pág. 438 Pág. 96 Antes de Ler a. Palavras trocadas: [linha 14]: Adorava ➔ Detestava [linha 25]: levantava-se ➔ sentava-se [linha 43]: Ria ➔ Chorava [linha 43]: chorava ➔ ria [linha 48]: trazê-lo ➔levá-lo Págs. 97 e 98 LER ❦ COMPREENDER 1.1. • logo pela manhã: ligava a televisão e comia, vestia-se e lavava-se sempre de olhos na televisão; • a caminho da escola: tudo o que observava lhe recordava algo visto na televisão; • na escola: nem a professora, nem os colegas, nem as actividades lhe agradavam, porque não se assemelhavam ao que ele via na televisão; • no regresso a casa: estabelecia comparações entre as proezas que os automóveis realizam nos filmes e a realidade; • ao fim do dia: sentava-se em frente à televisão e recusava o convívio com pessoas reais. 2. “Vivia só para a televisão.” [linha 45] 3. desadaptado; dependente; obsessivo 4. O aparelho de televisão avariou. 4.1. Sentiu-se “desesperado”. LER MAIS 1. a. Essas crianças aumentam em quase 30% as probabilidades de serem gordas. b. Um grupo de investigadores suíços que acompanharam 872 crianças que viam ou jogavam computador. c. Essas crianças têm apenas 6% de probabilidades de serem gordas. d. Os pais devem limitar o tempo passado a ver televisão ou a jogar computador. e. Devem ser proporcionadas às crianças actividades diferentes e a prática de desporto. 2. Ambos dedicam todo o seu tempo a uma única actividade: o computador e a televisão, respectivamente. 26
  • 27. PLIN6EP_Bala Pág. 99 DIVERTE-TE! ACETATO 7 NA PONTA DA LÍNGUA ACETATO 7 Língua Portuguesa • 6.° ano n 90732 VICIADA EM TELEVISÃO ? Sergio Salma, Nathalie – Tu te fiches du monde!, Ed. Casterman, 2001 um verbo por dia 1. e 2. eu tenho ➔ presente do modo indicativo; tu tiveste ➔ pretérito perfeito do modo indicativo; ele tem ➔ presente do modo indicativo; nós tínhamos ➔ pretérito imperfeito do modo indicativo. vós tivestes ➔ pretérito perfeito do modo indicativo; eles têm ➔ presente do modo indicativo; Observação: Por serem erros comuns, será importante chamar a atenção para a distinção entre a 3.a pessoa do singular e do plural do presente do indicativo (tem / têm) e para a 2.a pessoa do singular e do plural do pretérito perfeito (tiveste / tivestes). Em relação ao primeiro caso, poderão ser registados exemplos dos verbos derivados de ter: ele mantém* ➔ eles mantêm ele contém* ➔ eles contêm ele detém* ➔ eles detêm ele retém* ➔ eles retêm ele obtém* ➔ eles obtêm … Relativamente ao segundo caso, outros exemplos (das três conjugações) poderão ser registados: tu comeste ➔ vós comestes (e nunca: tu comestes) tu andaste ➔ vós andastes tu foste ➔ vós fostes … *De acordo com as regras da acentuação das palavras agudas, acentuam-se os dissílabos e os polissílabos terminados em -em ou -ens (ninguém, armazéns). Pág. 100 Antes de Ler a. Palavra intrusa: “Não percebi grande coisa, mas senti-me tão feliz que passei a jogar como se não estivesse sozinho em campo.” [linhas 28-29] Págs. 101 a 103 LER ❦ COMPREENDER 2. A utilização da primeira pessoa do singular no pronome pessoal “Eu” e na forma verbal “sei”. 3.1. Um jogo de futebol. 3.2. Era a primeira vez que ele ia jogar com a sua equipa: “(…) é a minha estreia na nossa equipa.” [linha 8] 3.3. Linhas 1 a 13 ➔ véspera do jogo: o narrador anuncia que “amanhã” [linha 8] é a sua estreia na equipa. Refere ainda o que fez o pai “Antes de ir para a cama” [linha 11]. Linhas 14 até ao fim ➔ dia do jogo: o narrador explica como passou “Esta noite” [linha 14] e o que aconteceu durante o jogo. 4.1. “Não posso correr o risco de ver no campo a família toda!” [linha 13] 27
  • 28. PLIN6EP_Bala 5.1. Título Parágrafo(s) o Uma noite mal passada 6. o Consequências do treino 2. o O equipamento 3. o Opinião 12. o Treino intensivo 1. o o o o Descrição e resultado do jogo 8. , 9. , 10. e 11. o Reflexões 7. o o Atitude da família perante o jogo 4. e 5. 6.1. É uma frase exclamativa. 6.2. Satisfação, alegria, prazer 6.3. A frase exclamativa é mais adequada para a expressão de sentimentos. Observação: Poderá chamar-se a atenção dos alunos para o uso de frases de diferentes tipos como um recurso expressivo. Há mais dois exemplos no texto de fra- ses não declarativas: frase exclamativa ➔ “Não posso correr o risco de ver no campo a família toda!” [linha 13]; frase interrogativa ➔ “E então que será quando eu me casar?” [linha 21] FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA 1. Lugar Tempo Modo ontem X longamente X ali X Quantidade/ Afirmação Negação Intensidade muito X não X sim X 2.1. Compl. circ. Compl. circ. de lugar de tempo sempre X além X aqui X nunca X ESCREVER Eis algumas sugestões de palavras a introduzir no saco: lápis borracha óculos chapéu mesa lâmpada luz balão sapato trovão Pág. 104 DIVERTE-TE! 1. O cadeirão casou com a cadeirinha. Nasceu o banco. E o banco disse: – Não quero ser cadeirão, não quero ser cadeirinha. Toda a minha intenção é ser banco de cozinha. Adeus ó pai cadeirão Adeus ó mãe cadeirinha. 2. A ambição cerra o coração. um verbo por dia 1. a. trazia b. trouxer c. trarão d. tragam 28
  • 29. PLIN6EP_Bala Pág. 105 Antes de Ler a. Excertos retirados: • “(...) de corpo comprido, com barbicha penteada, patas altas e fininhas, e olhos cor de carvão.” • “(...) morava uma velha casa. Toda vestida de musgo e apertada com laçarotes de hera. Ao lado, uma borboleta gigante esperava com impaciên- cia um sol muito gordo que ainda dormia atrás da serra. Um coelho de orelhas um bocado exageradas comia uma cenoura lilás.” Págs. 106 e 107 LER ❦ COMPREENDER 1. a. O Pedro desenhava sempre uma cabra. (ver 1.o parágrafo) b. Ele não sabia muito bem o motivo por que fazia esses desenhos. (Interrogado sobre o porquê daquele desenho, ele respondeu “– Sei lá…” e “enco- lheu os ombros”. Adianta, no entanto, uma hipótese de justificação: “(…) gosto muito desses bichos!” c. A professora motivou-o para fazer um desenho diferente. (Ela tenta convencê-lo a experimentar um novo desenho.) d. O Pedro fez outro trabalho lentamente. (“E ali ficou tempos e tempos (…)”; “Finalmente acabou.”) e. Ele desenhou uma paisagem campestre. (Observe-se o desenho.) f. A professora elogiou o seu trabalho. (São vários os elogios que a professora lhe dirige.) g. Ele não abandonou o seu tema favorito. (Ainda que não esteja visível, a cabra está presente – “A cabra está dentro da casa a dormir…”) ESCREVER 1. g. Ver os excertos retirados no guia do professor da página 105. LER MAIS | FALAR 1. Título do poema: Ovelha. 2. a. 3 5 2 1 4 um verbo por dia 1. a. quis b. quiseres c. quisessem Págs. 108 e 109 Conteúdos testados nesta ficha: Funcionamento da língua: • pontuação; • funções sintácticas; • classes de palavras: nome, determinante, pronome, verbo, advérbio, interjeição; • verbo: conjugação; verbos regulares e irregulares; • diálogo: pontuação; verbos introdutores; • tipos de frase; • palavras homófonas. 1.1. a. A vírgula separa o nome (Calvin) que o pai utilizou para chamar o filho (vocativo). 1.2. a. sujeito ➔ eu e o Hobbes; predicado ➔ andamos a apanhar pirilampos; complemento directo ➔ pirilampos. b. Exemplo: Eu e o Hobbes andamos a apanhar pirilampos, lá fora / no jardim. 1.3. eu ➔ pronome pessoal; o ➔ determinante artigo definido; pirilampos ➔ nome comum; mais ➔ advérbio de quantidade; Ah! ➔ interjeição; não ➔ advérbio de negação; querias ➔ forma do verbo “querer”; agora ➔ advérbio de tempo; é ➔ forma do verbo “ser”. 29
  • 30. PLIN6EP_Bala 1.4. apanhar 1.a X Infinitivo podemos 2.a X Pres. do ind., 1.a pes. pl. ficar* 1.a X Infinitivo querias 2.a X Pret. imp. do ind., 2.a pes. sing. sair 3.a X Infinitivo queres 2.a X Pres. do ind., 2.a pes. sing. a entrar 1. X Infinitivo é 2.a X Pres. do ind., 3.a pes. sing. *Irregularidade verbal e discordância gráfica É necessário não confundir irregularidade verbal com certas discordâncias gráficas que aparecem em formas do mesmo verbo e que visam apenas indicar-lhes a uniformidade de pronúncia dentro das convenções do nosso sistema de escrita. Assim: a) os verbos da 1.a conjugação cujos radicais terminem em -c, -ç e -g mudam estas letras, respectivamente, em -qu, -c e -gu sempre que se lhes siga um -e: ficar ➔ fiquei justiçar ➔ justicei chegar ➔ cheguei b) os verbos da 2.a e da 3.a conjugação cujos radicais terminem em -c, -g e -gu mudam tais letras, respectivamente, em -ç, -j e -g sempre que se lhes segue um -o ou um -a: vencer ➔ venço ➔ vença tanger ➔ tanjo ➔ tanja erguer ➔ ergo ➔ erga restringir ➔ restrinjo ➔ restrinja extinguir ➔ extingo ➔ extinga São, como vemos, simples acomodações gráficas, que não implicam irregularidade do verbo.” Celso Cunha e Lindley Cintra, in ob. cit., págs. 411-412 1.5. Exemplo: – Mas eu e o Hobbes andamos a apanhar pirilampos. Podemos ficar só mais um bocadinho? – pediu / suplicou Calvin. – Ah! Primeiro não querias sair, agora não queres entrar! – exclamou o pai. – Como é?! 2. a. imperativa; b. há quatro frases interrogativas; c. um nome; d. homófonas; e. uma interrupção; f. são irregulares, à excepção de gostar. Pág. 112 Sugestão de exploração do separador da Unidade 5 [págs. 110-111] Conheces as histórias? 1 – Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol 2 – Gulliver, de Jonathan Swift 3 – As Aventuras de Robinson Crusoe, de Daniel Defoe 4 – A Volta ao Mundo em 80 Dias, de Júlio Verne 5 – E.T., de Steven Spielberg (filme) 6 – O Livro da Selva, de Rudyard Kipling 7 – Tintim – Rumo à Lua, de Hergé (B.D.) 8 – Harry Potter, de J. K. Rowling 9 – Moby Dick, de Herman Melville Págs. 114 a 116 LER ❦ COMPREENDER 1.1. A frase termina com um ponto de interrogação combinado com um ponto de exclamação. “Nas perguntas que denotam surpresa, ou naquelas que não têm endereço nem resposta, empregam-se por vezes combinados o ponto de interro- gação e o ponto de exclamação. (…) Quando a entoação é predominantemente interrogativa, o ponto de interrogação antecede o de exclamação [?!]; quando é mais sensível o tom exclamativo, o de exclamação precede o de interrogação [!?].” (Celso Cunha e Lindley Cintra, in ob. cit.) 1.2. Deduz-se que o Vítor esteve em cima de um pessegueiro a observar um ninho de pintassilgo. 2. A mãe julgou que o Vítor poderia estar a pensar em destruir o ninho. 3. “Vítor comeu um prato de sopa sem dar por isso. O seu pensamento voava.” [linhas 20-21]; “Tão absorto estava que teve um estremeção ao ouvir de novo a voz da mãe (…)” [linhas 26-27]. 30
  • 31. PLIN6EP_Bala 4. ansioso; curioso; excitado. 5.1. determinado / decidido / resoluto / impaciente FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA 1.1. É uma forma composta. 1.2. verbo principal: andar verbo auxiliar: ter tempo: pretérito perfeito composto modo: indicativo 2.1. deu / sonhou: pretérito perfeito simples do indicativo, na 3.a pessoa do singular. tinham nascido / tinham crescido / [tinham] abandonado: pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo, na 3.a pessoa do plural. poder / ver / apalpar: infinitivo. LER MAIS | OUVIR ❦ FALAR 1.1. a. Este caçador, em vez de disparar tiros de espingarda para matar as aves, dispara a sua máquina fotográfica. Assim, em vez de levar aves mor- tas para casa, leva apenas a imagem das aves vivas. b. Tal como Vítor, este “caçador de imagens” gosta de observar os pássaros e é incapaz de lhes fazer mal. 2. Algumas semelhanças: • o primeiro verso – Sei um ninho – e a primeira frase de Vítor – Eu sei dum ninho de pintassilgo!; • tanto o Vítor como o sujeito poético descobriram um ninho com ovos e estão dispostos a esperar pelos pássaros que hão-de nascer; • nenhum quer fazer mal aos pássaros. DIVERTE-TE! 1. As palavras deverão ser colocadas de tal maneira que cada substantivo fica acompanhado de dois adjectivos (um antes e outro depois): quente ➔ ninho ➔ fofo fofo ➔ pássaro ➔ veloz veloz ➔ viatura ➔ pequena brilhante ➔ estrela ➔ pequena quente ➔ sol ➔ brilhante ninho fofo pássaro veloz viatura quente sol brilhante estrela pequena um verbo por dia 1. a. peçam b. peço-lhe c. peçamos Observação: “Conjugam-se por pedir, embora dele não sejam derivados, os verbos despedir, expedir e impedir, bem como os que destes se formam: desimpedir, reexpedir, etc.” Celso Cunha e Lindley Cintra, ob. cit., pág. 437 Pág. 117 Antes de Ler Observação: Em alternativa, poderá ser adoptada a seguinte metodologia de trabalho: a. Leitura dos textos e discussão das soluções em pequenos grupos (cinco ou seis). b. Eleição de um porta-voz por grupo para apresentação e defesa das soluções propostas. Solução: “Roubo no ringue de patinagem”: O Francisco diz que ouviu um ruído vindo do escritório à prova de som quando estava na sala principal, com a músi- ca barulhenta. 31