Nota: Uma publicação anterior a está está incompleta. Favor desconsiderá-la.
Estes slides trazem uma revisão histórica, epidemiológica e fisiológica da hipertensão arterial, com enfoque nos cuidados de enfermagem, culminando com apresentação dos principais diagnósticos/metas/intervenções de enfermagem.
Em sua maioria, são slides com maior apelo visual e textos sucintos, cabendo ao apresentador buscar um embasamento literário para aprofundamento do tema. Ao final tem-se uma lista bibliográfica para auxílio deste fim.
4. Egito
1600 aC
• O Pulso
Alexandria
Herófilo (300 a.C.)
• Doutrina do pulso
Erasistrato (310 a.C.)
• O coração, fonte
do espírito vital
Veneza
Santorio Santorio
(1561-1636)
O pulsiologium
5. Inglaterra
William Harvey
(1578-1657)
• Estudos sobre
circulação
Inglaterra
Stephen Hales
(1677-1761)
• Primeira aferição
da PA
França
Jean Léonard Marie
Poiseuille (1799-1869)
• O hemodinamômetro
7. Itália
Scipione Riva-Rocci
(1863-1937)
• Novo esfigmomanômetro
Rússia
Nicolai Sergeivich
Korotkoff (1874-
1920)
• PAS/PAD
USA
American Heart
Association (1967)
• Método palpação-
ausculta
8. Brasil
Sociedade Brasileira de Cardiologia
(2011)
• V Diretriz – MAPA
• III Diretriz - MRPA
Brasil
Sociedade Brasileira de Hipertensão
(2010)
• VI Diretriz Brasileira de Hipertensão
9. CONCEITO
• A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma
condição clínica multifatorial caracterizada
por níveis elevados e sustentados de pressão
arterial (PA).
11. EPIDEMIOLOGIA
↑prevalência
↓taxas de controle
Mortalidade por DCV
↔
PA (115/75...)
7,6 milhões de mortes (2001)
Idade entre 45 e 69 anos
308.466 óbitos (Brasil 2007)
91.970 internações (nov. 2009)
R$165.461.644,33
Prevalência de 30%
nos últimos 20 anos
50% entre 60 e 69 anos
70% acima de 70 anos
♂ - 35,8%
♀ - 30%
12. PRESSÃOSANGUÍNEA
• Pressão sanguínea representa a força
exercida pelo sangue contra qualquer
unidade de área da parede vascular.
Fonte:GuytoneHall,Ed.11.2011.
21. COMPLICAÇÕES
• Hipertensão primária
• Hipertensão secundária
• Suspensão medicamentosa anti-hipertensiva súbita
• Interações de inibidores da monoaminoxidase
• Eclampsia
Hipertensão Prolongada
Inflamação e necrose das arteríolas
Estreitamento dos vasos sanguíneos
Restrição do fluxo para órgãos principais
Lesões de órgãos alvos
22. Renais
• ↓Perfusão renal
• Perda progressiva dos
néfrons
• ↓ Capacidade de concentrar
urina
• ↑Níveis de creatinina e
ureia
• ↑ Permeabilidade dos
túbulos renais
• Insuficiência renal
• Uremia
Cardíacas
• ↓Perfusão cardíaca
• DAC
• Angina ou IM
• ↑Carga de trabalho
• Hipertrofia ventricular
esquerda
• Insuficiência cardíaca
Cerebrais
• ↓Perfusão cerebral
• ↑ Pressão das artérias
• Espasmo arterial
• Isquemia
• Enfraquecimentos da
camada íntima dos vasos
• Aneurisma
• Hemorragia
Óbito
23. FATORES DE RISCO
• A HAS em suma é uma doença com fatores de risco modificáveis.
• 14.783 indivíduos (PA < 140/90 mmHg) revelaram baixos níveis de controle
da PA (19,6%).
• Conhecimento (59,1%); Tratamento (13,7%); Controle (26,1%).
• Idade
• Gênero e etnia
• Excesso de peso e obesidade*
• Ingestão de sal*
• Ingestão de álcool*
• Sedentarismo*
• Fatores socioeconômicos*
• Genética
• Outros fatores de risco cardiovascular
25. DIAGNÓSTICO
Medidas seriada PA
Exame de urina - proteinuria, cilindros, hemácias e lucócitos;
glucose; catecolaminas
Exame de sangue - ureia, creatinine; hipocalemia; policitemia
Perfil lipídico (DAC)
Radiografia - cardiomegalia
Ecocardiograma – hipertrofia ventricular esquerda
26. TRATAMENTO
Não medicamentosos
• Perda de peso
• Restrição de Na+ na dieta
• Atividade física
• Mudança de hábitos alimentares
• Moderação no consume de álcool
29. Fonte: Cintra do Prado; Jairo Ramos; Ribeiro do Valle. Editoria – Borges e Rothschild/2001
Droga preferida Evitar Contra-indicação
IECA
IC.
Hipertrofia ventr. esq.
Pós-infarto.
Diabete.
Gravidez.
Estenose renal
bilateral
Negros.
BLOQS. De CÁLCIO
Angina.
Doença vasc. perif..
Hipertensão sist..
Intolerância à glicose.
Negros.
Gravidez. ICC. (verapamil)
Bloqueio AV.
TRATAMENTOSMEDICAMENTOSOS
30. Fonte: Cintra do Prado; Jairo Ramos; Ribeiro do Valle. Editoria – Borges e Rothschild/2001
Droga preferida Evitar Contraindicação
BLOQS. ALFA
Hipertrofia prostática.
Intolerância à glicose.
Hipotensão ortostática.
TRATAMENTOSMEDICAMENTOSOS
31. HAS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS
Afrodescendentes e Miscigenados:
• ↓Resposta à monoterapia com betabloqueadores, IECA e BRA do que aos
diuréticos e ACC dihidropiridínicos.
• Terapia não-medicamentosa – melhor resultados do que em brancos.
Idosos:
• Hipertensão “fisiológica”.
• Terapia não-medicamentosa.
• Observar outros fatores de risco e comorbidades.
32. HAS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS
Crianças e Adolescentes:
• Investigação de Hipertensão secundária (doenças renais).
• Abuso de drogas/hormônios.
• Terapia não-medicamentosa.
Mulheres:
• Contraceptivos orais/gestação/menopausa.
• Terapia não-medicamentosa.
• Uso de TRH?.
33. Cuidado de Enfermagem em doenças crônicas com foco na vigilância e assistência: Hipertensão Arterial
PROCESSO DE ENFERMAGEM
35. ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO
• Conhecer os aspectos fisiopatológicos da HAS.
• Reconhecer os fatores de risco e agravos da HAS.
• Estar inteirado sobre as normas técnicas de aferição da PA.
• Realizar busca ativa a cada consulta de enfermagem.
• Desenvolver o processo de enfermagem coerente à doença.
• Desenvolver senso crítico – prescrições de cuidados/estratégias profiláticas
individuais e coletivas.
36. Identificação do paciente
Atenção as queixas
Atenção aos fatores de risco
Questionamento objetivo (auto-relato; padrão
ouro)
Uso de questionários validados (Brief Medication
Questionnare; Teste de Morisky-Green)
HISTÓRICODEENFERAMGEM
38. Altura, peso, circunferência abdominal e IMC.
Pressão arterial com a pessoa sentada e deitada.
Frequência cardíaca e respiratória.
Pulso radial e carotídeo.
Alterações de visão.
Pele, Membros superiores e inferiores.
Tórax (ausculta cardiopulmonar) e abdômen.
EXAMEFÍSICO
39. AFERINDO A PA
Quando medir a pressão arterial no consultório, deve ter estes cuidados:
• Repouso de 3 à 5 min., sentado.
• 2 aferições (intervalo de 1 à 2 min.), se ≠, novas aferições; media das PA.
• Arritmias: medições repetidas.
• Adequar braçadeiras.
• Braço à altura do coração.
• Uso das fases I e V dos sons de Korotkoff para registro da PAS e PAD.
• 1a consulta, aferir ambos os braços.
• Suspeitos de hipotensão ortostática: aferir imediatamente quando o pct ficar de
pé.
• Aferir FC (30 seg.) após segunda medida.
40. AFERINDO A PA
Monitorização da pressão arterial em casa (pct, familiar ou profissional):
• Aparelhos de pulso (não é o ideal).
• Para avaliação: medir 7 dias, 2x (manhã e tarde).
• Seguir recomendações da técnica de consultório.
• Anotar os valores em um diário.
• Telemonitoramento (avaliação médica).
41. AFERINDO A PA
• Colocar o paciente em posição confortável e explicar o procedimento.
• Localizar a artéria braquial por palpação.
• Colocar o manguito adequado firmemente, cerca de 2 a 3 cm acima da fossa ante
cubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial.
• Manter o braço do paciente na altura do coração.
• Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do
manômetro aneroide.
• Palpar o pulso radial, inflar o manguito até o desaparecimento do pulso e estimar
o nível da pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar 1 minuto antes de
inflar novamente.
43. AFERINDO A PA
• Obter a circunferência aproximadamente no meio do braço.
• Posicionar a campânula do estetoscópio sobre a artéria, na fossa ante cubital.
• Inflar até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica.
• Proceder a deflação na velocidade de 2 a 4 mmHg por segundo.
• Determinar a pressão diastólica no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff).
• Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som (se persistir até o “O”?).
• Informar os valores de pressões arteriais obtidos para o paciente.
• Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço eleito.
46. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
1. Conhecimento deficiente (ou necessidade de aprendizagem)
acerca da condição, do regime terapêutico e das complicações.
Relacionado a:
• Informação errônea ou inexistente
• Interpretação errônea
• Limitação cognitiva
Evidência:
• Expressões de preocupação/dúvida e conceitos errôneos
• Execução imprecisa das instruções
• Falta de controle da PA
47. Resultados esperados/Critérios de avaliação:
• Participará do processo de aprendizagem.
• Reconhecerá as interferências e ações no aprendizado.
• Mostrará maior interesse/assumirá responsabilidade.
• Verbalizará que entende a condição e seu tratamento.
• Identificará a relação entre os S/S e correlacionará com os fatores causadores.
• Executará e explicará as razões das ações.
• Iniciará mudanças no estilo de vida e participara do esquema terapêutico.
1
48. Ações/Intervenções de Enfermagem:
• Avaliar a disposição para aprender e as necessidades individuais de aprendizagem.
Determinar nível de conhecimento e capacidade de aprender (cliente e família).
Identificar rede de apoio.
Ficar atento a sinais de relutância.
• Determinar outros fatores pertinentes ao processo de aprendizagem.
Determinar fatores pessoais
Identificar obstáculos de aprendisagem (clientes e enfermeiro).
• Avaliar motivação do cliente/família.
Identificar fatores que motivam.
Fornecer informações relevantes e reforço positive.
• Estabelecer prioridades junto ao cliente.
1
49. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
2. Adaptação prejudicada.
Relacionado a:
• Modificação do estilo de vida (resistência)
• Alteração do foco de controle
• Ausência de sentimentos/negação da doença
Evidência:
• Verbalização
• Falta de atitude para manter a independência
50. Resultados esperados/Critérios de avaliação:
• Mostrará maior interesse/assumirá responsabilidade.
• Desenvolverá a capacidade de assumir responsabilidades por suas necessidades.
• Reconhecerá as interferências e ações no controle da doença.
• Iniciará mudanças no estilo de vida para adaptação a sua condição.
• Identificará e utilizará a rede de apoio.
2
51. Ações/Intervenções de Enfermagem:
• Avaliar grau de disfunção.
Ouvir o cliente quanto a incapacidade/relutância em adaptar-se.
Identificar recursos utilizáveis e redes de apoio.
• Ajudar o cliente a enfrentar/lidar com a doença.
Reunir equipe multiprofissional e cliente para discutir e planejar soluções.
Ouvir, dar reforço positive e estimular perguntas.
• Promover o bem-estar.
Identificar aspectos favoráveis no presente e reforça-los.
Encaminhar o cliente a outros recursos de assistência a longo prazo.
2
52. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
3. Dor aguda.
Relacionado a:
• Aumento do PA cerebral.
• Redução do aporte de O2 ao músculo cardíaco.
Evidência:
• Queixas verbais de dor.
• Relutância em mover a cabeça.
• Evitação de luzes e ruídos.
• Tensão muscular exagerada.
• Facie de dor.
53. Resultados esperados/Critérios de avaliação:
• Relatará alívio/controle da dor.
• Seguirá o regime farmacológico prescrito.
• Descreverá medidas que proporcionam alívio.
3
54. Ações/Intervenções de Enfermagem:
• Avaliar etiologia/fatores contribuintes ou desencadeantes.
Realizar avaliação abrangente da dor.
Avaliar atitude do cliente frente a dor, ao uso de fármacos e foco de controle.
• Avaliar resposta do cliente à dor.
Observar e investigar as alterações (agravamento/desenvolvimento de complicações).
Aceitar a descrição da dor pelo cliente*.
Monitorar SS/VV.
• Promover o bem-estar.
Recomendar período de repouso.
Implementar um programa de fisioterapia/exercício que possa ser mantido pelo
cliente (estimular papel ativo)
Reconhecer os S/S e alterações da dor que exigem acompanhamento médico.
2
55. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
4. Risco de DC diminuído. 5. Risco de disfunção sexual.
Fatores de Risco:
• Aumento da pós-carga.
• Desvio de líquidos/hipovolemia.
• Isquemia miocárdica.
• Hipertrofia e rigidez ventricular.
Fatores de Risco:
• Efeitos colaterais dos fármacos
(diuréticos).
56. BIBLIOGRAFIA
• SBC. Caminhos da cardiologia: História da medida da pressão arterial 100 anos do Esfigmomanômetro. Disponível em:
<http://publicacoes.cardiol.br/caminhos/016/>. Acessado em: 13 de maio de 2014.
• Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras
de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51.
• Guyton, A. C.; Hall, J. E. Tratado de fisiologia médica. Rio de Janeiro – RJ, Elsevier Editora Ltda., ed. 11, pg. 161-288. 2007.
• Gomes, I. L.; Moreira, M. C. Fisiopatologia. Rio de Janeiro – RJ, Editora Guanabara Koogan S.A., pg. 171-77. 2007.
• Santos, R. L. et al. Arterial hypertention: influence of sex hormones. In: Arterial hypertention: etiology, pathophysiology and treatment
options. New York – USA, Nova Biomedical. 2013.
• OSUE, Laguardia. Raça, genética & hipertensão: nova genética ou velha eugenia?. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro , v.
12, n. 2, Aug. 2005.
• Maróstica, E. Fármacos anti-hipertensivos. Disponível em: <http://www.uff.br/farmacobiomed/farmacologia_hipertensao.pdf>. Acessado
em: 15 de maio, 2014.
• SPH. Guidelines de 2013 da ESH/ESC para o tratamento da hipertensão arterial. Rev. Port. Hipert. Risc. Cardiov., n. 39, sup., jan-fev.
2014.
• Doenges, M. E.; Moorhouse, M. F.; Murr, A. C. Diagnósticos de enfermagem: intervenções, prioridades, fundamentos. Rio de Janeiro – RJ,
Editora Guanabara Koogan S.A., ed. 10. 2009.
• BEN, Angela Jornada; NEUMANN, Cristina Rolim; MENGUE, Sotero Serrate. Teste de Morisky-Green e Brief Medication Questionnaire
para avaliar adesão a medicamentos. Rev. Saúde Pública, São Paulo , v. 46, n. 2, Apr. 2012 .
• Brasil. Ministério da Saúde. Cadernos de atenção básica: hipertensão arterial sistêmica. Brasilia – DF, Gráfica do MS. 2006.
Notas do Editor
Riva-Rocci escreveu: "do ponto de vista clínico, nós pesquisamos o valor e a variação da pressão sanguínea arterial, por dois enfoques principais: 1º, trata de conhecer o impacto que a PA exerce sobre as paredes dos vasos e tecidos adjacentes, o qual permite julgar o grau de resistência dessas paredes e tecidos e, sobretudo, da maior ou menor probabilidade de ruptura dessa parede; o 2º, por medir a função cardíaca com todas as suas repercussões circulatórias e biológicas