SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
&

SAÚDE

ECONOMIA

08
Ano IV nº 08 | Setembro de 2012

RINITE ALÉRGICA
Resumo
A rinite alérgica é definida como uma inflamação da mucosa nasal, induzida pela
exposição a alérgenos, que pode resultar em sintomas crônicos ou recorrentes como:
rinorréia aquosa (corrimento nasal), prurido nasal (coceira), espirros e sintomas
oculares. A epidemiologia da rinite alérgica é pouco conhecida, mas a doença pode ser
considerada a de maior prevalência entre as doenças respiratórias crônicas.1 Dentre as
opções para o tratamento farmacológico estão: anti-histamínicos sedativos e não sedativos,
corticosteroides, antileucotrienos, descongestionantes nasais e cromoglicato dissódico.
Este Boletim abordará apenas os anti-histamínicos não sedativos. Serão comparados os
custos de tratamento dos seguintes medicamentos representantes desta classe: dicloridrato
de cetirizina, desloratadina, cloridrato de epinastina, cloridrato de fenoxifenadina,
dicloridrato de levocitirizina, rupatadina e bilastina. Não há evidências disponíveis que
apontem superioridade entre eles.

A Doença
A rinite alérgica é a inflamação da
mucosa de revestimento nasal, mediada
por IgE (imunoglobulina E - anticorpos
produzidos pelo próprio organismo,
cujas atividades desempenham um papel
no funcionamento do sistema imune. A
sua alta concentração tem sido associada
com hipersensibilidade alérgica), após
exposição a alérgenos, cujos sintomas
(obstrução nasal, rinorréia aquosa,
espirros e prurido nasal) são reversíveis
espontaneamente ou com tratamento.
De acordo com a frequência das
manifestações clínicas, as rinites alérgicas
podem ser classificadas em: sazonais
(ocorrem em determinados períodos
do ano); perenes (durante todo o ano);
circunstanciais (sintomas esporádicos na
presença dos alérgenos); e ocupacionais
(sintomas presentes nos dias de trabalho,
melhorando em fins de semana e
feriados).2 Segundo recomendações da
iniciativa Allergic Rhinitis and Its Impact
on Asthma (ARIA) e da Organização
Mundial da Saúde (OMS), a classificação
da rinite alérgica deve considerar a
duração e a gravidade dos sintomas,
incluindo aspectos de qualidade de

vida.2 Neste caso, ela pode ser classificada
em intermitente (sintomas < 4 dias por
semana ou < 4 semanas); persistente
(sintomas > 4 dias por semana e > 4
semanas); leve (sono e atividades normais,
sintomas não incomodam); e moderada
(sono e atividades comprometidos,
sintomas não incomodam). 2
De acordo com o Consenso Brasileiro sobre Rinites, de 2006, existem outras formas de renite que podem ser classificadas
com base em critérios clínicos, frequência
e intensidade de sintomas, citologia nasal
e fatores etiológicos (agentes causadores).
Segundo a sua duração, as rinites também podem ser classificadas em: aguda,
subaguda e crônica. A classificação etiológica parece ser a mais adequada, pois está
diretamente relacionada ao tratamento,
conforme Tabela 1.2
A rinite pode reduzir a qualidade de vida,
interferir na assiduidade e performance
na escola e no trabalho, o que resulta
em custos. Tanto as rinites alérgicas
quanto as não alérgicas estão associadas
ao desenvolvimento da asma, portanto,

Tabela 1 - Classificação das rinites
segundo fator etiológico2
- Infecciosa: viral, bacteriana, outros 		
agentes;
- Alérgica;
- Ocupacional (alérgica e não alérgica);
- Induzida por drogas: vasoconstritores
tópicos (rinite medicamentosa), ácido
acetil-salicílico (AAS), anti-hipertensivos,
antipsicóticos, entre outras;
- Hormonal;
- Outras causas: rinite eosinofílica
não alérgica (RENA), irritantes,
alimentos, emocional atrófica, refluxo
gastroesofágico, idiopática, entre outras.
são doenças co-existentes, uma vez que os
sintomas da rinite são encontrados em 75-80%
dos pacientes com asma. Ambas as doenças
geram um custo considerável para os pacientes,
empregadores e sistemas de saúde.3
A rinite alérgica é a forma predominante em
crianças, mas responde por 1/3 dos casos em
adultos.3 Apesar de não estar entre as doenças
respiratórias crônicas de maior gravidade, é
SAÚDE E ECONOMIA | RINITE ALÉRGICA

1
&

SAÚDE

ECONOMIA

um problema de saúde pública, porque
afeta a qualidade de vida dos pacientes
e dificulta o controle da asma. A sua
prevalência provavelmente é subestimada,
pois muitos indivíduos não a reconhecem
como uma doença e não procuram
atendimento médico. Ainda assim, a
rinite alérgica encontra-se entre as dez
razões mais frequentes para a procura de
atendimento primário à saúde.1
Os alérgenos precursores de rinite
alérgica de maior relevância clínica são
os oriundos de ácaros da poeira, baratas,
fungos e de outras fontes alergênicas
(ex: pelos, saliva e urina de animais
domésticos; restos de insetos; alimentos).
A rinite alérgica também pode ser
desencadeada ou agravada pela exposição
a mudanças bruscas de clima, inalação
de irritantes inespecíficos (ex: odores
fortes, gás de cozinha, fumaça de cigarro),
inalação de ar frio e seco e ingestão de
anti-inflamatórios não hormonais, em
indivíduos predispostos.2

Definição de rinite alérgica:
• Inflamação da mucosa nasal
mediada por imunoglobulina E,
caracterizada por:
- Congestão (osbtrução nasal);
- Rinorréia (corrimento nasal);
- Espirros;
- Prurido nasal (coceira).
O estudo colaborativo denominado
International Study on Asthma and
Allergies in Childhood (ISAAC), cuja
primeira fase finalizou-se em 1996 e
a terceira em 2002, mostrou que, no
Brasil, a prevalência média de sintomas
relacionados à rinite alérgica foi 29,6%
entre adolescentes e 25,7% entre crianças
de 6 a 7 anos. Os resultados foram
variáveis e as maiores taxas de prevalência
de rinite foram observadas nos grandes
centros urbanos, sendo que os sintomas
se agravam nos meses mais frios. 1
O diagnóstico de rinite alérgica é basicamente clínico, com associação de vários
dos seguintes sintomas: crise de espirros,
coriza clara abundante, obstrução nasal e
intenso prurido nasal ou no palato e nos

2

SAÚDE E ECONOMIA | RINITE ALÉRGICA

olhos. Inclui também a história clínica
pessoal e familiar de atopia (asma, conjuntivite alérgica e eczema atópico - um
tipo de dermatite), além de exames físicos
e complementares, como o das cavidades
nasais. É importante também saber
acerca dos hábitos de vida do paciente,
por exemplo, se é fumante. Além disso,
é interessante pesquisar as condições
ambientais em que o paciente vive,
observando-se: ventilação, presença de
carpete ou tapete, material e revestimentos de colchão, travesseiros e cobertores,
convívio com animais de pelo e pena,
presença de baratas, exposição a irritantes
inespecíficos (produtos de limpeza), e outras possíveis fontes de agentes alérgenos.
Os sintomas de rinite alérgica podem
ocorrer em qualquer idade, iniciando-se
geralmente na infância.2

Tratamento
A estratégia não medicamentosa é o
controle dos fatores ambientais, com o
objetivo de se evitar o contato com os
alérgenos. Dentre as medidas de controle
ambiental pode-se citar: combate ao
mofo e à umidade; manter ambientes
ventilados; evitar bichos de pelúcia e
animais de pelo e pena.2 A remoção ou
a prevenção do contato com alérgenos
é sempre recomendada, no entanto, o
tratamento farmacológico é geralmente
necessário.1

Aeroalérgenos
(alérgenos presentes no ar):ácaros da poeira;
- fungos;
- animas (cão, gato, hamster);
- pólens ;
- ocupacionais: trigo, poeira de
madeira, detergentes látex;
- Irritantes poluentes:
- Intradomiciliares: fumaça de
cigarro, poluentes ambientais;
- Extra-domiciliares: ozônio,
óxidos de nitrogênio, dióxido de
enxofre.
O objetivo do tratamento farmacológico
da rinite alérgica é promover a prevenção
efetiva ou o alívio dos sintomas. As principais classes de medicamentos utilizadas
são: anti-histamínicos orais, anti-hista-

Ano IV nº 08| Setembro de 2012

mínicos tópicos nasais, corticosteroides
tópicos intranasais, corticosteroides
orais, corticosteroides injetáveis, antileucotrienos, anti-colinérgicos tópicos
nasais, descongestionantes nasais e orais.3
A adoção de medidas simples, como
lavagem nasal com solução salina ou a
adição de anti-histamínico tópico ou oral
associado a uma baixa dose de corticosteroide intranasal, pode ajudar no controle
da rinite alérgica crônica.1
A Tabela 2 resume os efeitos das principais
classes de medicamentos no controle dos
sintomas da rinite alérgica, de acordo com
a descrição apresentada no Guia de Rinite
Alérgica e seu impacto no tratamento da
Asma (ARIA guidelines) e Parâmetros
Práticos da Rinite nos EUA. Várias
versões dessa tabela têm sido publicadas,
inclusive no Consenso Brasileiro sobre
Rinites2, mas a inexistência de estudos
comparativos diretos e o uso de estudos
com diferentes desenhos faz com que ela
seja muito simplificada.3
A histamina é o principal mediador
responsável pelo aparecimento dos sintomas característicos da rinite alérgica. Os
primeiros anti-histamínicos sintetizados
(anti-H1) têm como principal efeito adverso a sonolência e são denominados de
primeira geração. Exemplos: hidroxizina e
a dextroclorfeniramina. Os anti-H1 mais
novos provocam menos efeitos colaterais e
são chamados de segunda geração, dentre
eles: loratadina, cetirizina, levocabastina,
azelastina, epinastina, ebastina, fexofenadina, e outros.1 Assim, os anti-H1 podem
ser divididos em: anti-H1 clássicos, de
primeira geração ou sedativos; e anti-H1
não-clássicos, de segunda geração ou não
sedativos. 3
A ação dos corticosteroides intranasais visa
à redução da inflamação da mucosa nasal,
levando à melhora da obstrução nasal, do
prurido, espirros, bem como da rinorréia.
Apesar do uso tópico, os corticosteroides
intranasais exibem efeitos sistêmicos, que
dependem da dose e formulação utilizadas.2
São exemplos: dipropionato de beclometasona, budesonida, propionato de fluticasona e
furoato de mometasona. Os corticosteroides
nasais são geralmente usados no tratamento
de rinite alérgica persistente.1
&

SAÚDE

ECONOMIA

Ano IV nº 08| Setembro de 2012

Tabela 2: Controle dos sintomas de Rinite alérgica por classe4
Classe

Espirros Rinorréia

pacientes com rinite alérgica persistente.6

Obstrução
nasal

Prurido
nasal

Sintomas
oculares

Inflamação

Anti-histamínicos ++
orais

++

+/-

++

+

+

Anti-histamínicos ++
intranasais

++

+

++

+/-

+

Corticosteróides
intranasais

++

++

++

++

+

++

Dessa forma, após pesquisa na literatura
médica disponível, constatou-se que não
existem estudos e guias para tratamento de
rinite alérgica que apontem superioridade
entre os medicamentos pertencentes à
classe dos anti-H1 orais não sedativos ou
de segunda geração.

Antileucotrienos

+/-

+/-

-

+/-

+/-

+

Custos de tratamento:

Cromonas

+

+

-

+

+

+

Símbolos: ++, benefício substancial; +, benefício modesto; +/-, pouco ou nenhum benefício.

O montelucaste, antileucotrieno disponível no Brasil, é um antagonista seletivo
do receptor do leucotrieno cisteínico tipo
1, encontrado nas vias aéreas de humanos.
Os leucotrienos atuam como mediadores
inflamatórios e têm importante papel na
fisiopatologia da rinite alérgica.1
O cromoglicato dissódico é um estabilizador de mastócitos (células relacionadas
ao processo inflamatório) que pode ser
utilizado para o tratamento da rinite
alérgica e apresenta poucos efeitos colaterais, no entanto, sua eficácia é modesta.
Trata-se de uma opção para os pacientes
que responderam bem ao tratamento com
corticosteroide, mas estão usando a droga
há muito tempo.1
Outras classes de medicamentos também
podem ser utilizadas na terapia da rinite
alérgica, tais como os descongestionantes
nasais do grupo dos estimulantes adrenérgicos, cuja ação principal é vasoconstrição.
Eles são de uso oral ou tópico intra-nasal.
O mais importante exemplo de descongestionante oral é a pseudoefedrina, muito
utilizada em associação a anti- H1. Dentre
os descongestionantes intranasais pode-se
citar: efedrina, fenilefrina, nafazolina e
fenoxazolina.2
Este Boletim apresentará os custos de tratamento para os anti-histamínicos orais não
sedativos ou de segunda geração. A escolha
para tratar dessa classe de medicamentos se
baseou nos seguintes fatos: os medicamentos pertencentes a essa classe possuem perfil
de efeitos adversos diferentes daqueles de
primeira geração; existem muitas opções
disponíveis no mercado; são indicados para
alívio dos sintomas tanto em adultos quanto

em crianças; e, até a conclusão deste Boletim, não foram encontradas evidências científicas de superioridade terapêutica entre os
medicamentos dessa classe para tratamento
dos sintomas de rinite alérgica. Além disso,
após busca em base de dados de evidências
científicas, não foi encontrada nenhuma
revisão sistemática que comparasse todos os
diferentes anti-histamínicos orais.
Em 2009, uma revisão feita por Bechert
teve como objetivo avaliar a eficácia dos
anti- H1 orais de segunda geração desloratadina, fexofenadina e levocitirizina, no
alívio da congestão nasal associada à rinite
alérgica. Foram selecionados 26 estudos,
de acordo com os critérios de inclusão
pré-estabelecidos. A conclusão do estudo
foi que os três medicamentos são eficazes
no alívio da congestão nasal e se mostram
opções apropriadas de tratamento.5
Em 2005, Hore e colaboradores realizaram
uma revisão sistemática com o objetivo de
avaliar a efetividade dos anti- H1 orais no
alívio de obstrução nasal na rinite alérgica
persistente. Foram selecionados 29 estudos
duplo-cegos, randomizados e controlados
com placebo. A metanálise encontrou uma
diferença média ponderada de - 0,52 (95%
intervalo de confiança (IC) - 0.73, - 0.31,
p<0.00001) a favor do tratamento em relação ao placebo. Os autores concluíram que,
em relação à opção de não tratar, os antihistamínicos orais melhoram, significativamente, os sintomas de obstrução nasal em

Com a finalidade de mensurar as diferenças de custo de tratamento mensal, os
anti-histamínicos orais foram separados em
dois grupos, divididos pela indicação, quais
sejam: adultos e crianças. Assim, fez-se um
levantamento de alguns medicamentos
mais caros e mais baratos comercializados
atualmente no Brasil.
Em uma análise por princípio ativo,
verificou-se que a diferença entre o mais
caro (Loralerg) e o mais barato (Histamix)
pode chegar a 140%, no caso das loratadinas para crianças, e a 104%, no caso da
desloratadinas para adultos (desloratadina
genérica x Desalex).
Quando se comparam todos os anti-histamínicos orais disponíveis no mercado,
esta diferença pode chegar a 231%, para
os medicamentos indicados para crianças,
comparando-se a loratadina mais barata
(Histamix) com o medicamento mais
caro (cloridrato de epinastina - Talerc), e
a 229%, para os medicamentos indicados
para adultos, comparando-se a loratadina
mais barata (Histamix) com a desloratadina mais cara (Desalex).
Cabe ressaltar que para efeitos do cálculo do
custo de tratamento mensal foram considerados: as doses previstas em bula para cada
fármaco e os Preços Máximos de Venda ao
Consumidor (PMC) dos medicamentos
analisados, com alíquota de 18% de ICMS.

Consulte seu médico e sempre confira os
preços dos medicamentos no site da Anvisa.
Acesse: http://anvisa.gov.br>Regulação de Mercado>
Listas de Preços de Medicamentos> Preços de
Medicamentos
(Preço Fábrica e Preço Máximo ao Consumidor)
SAÚDE E ECONOMIA | RINITE ALÉRGICA

3
&

SAÚDE

ECONOMIA

Ano IV nº 08| Setembro de 2012

Custos de tratamento
Uso Adulto
0

20

40

60

80

90

100

110

R$/mês
R$ 40,50
HISTAMIX
(LORATADINA)

R$ 59,42

R$ 63,81

R$ 64,91

DICLORIDRATO DICLORIDRATO DE
DE CETIRIZINA LEVOCETIRIZINA

ALEKTOS
(BILASTINA)

R$78,48

R$ 65,51

R$ 82,17

DESLORATADINA CLORIDRATO DE
FEXOFENADINA

HISTAMIX (LORATADINA)

R$ 89,57

R$ 98,19

R$ 120,90

R$ 129,60 R$ 133,38

ALLEGRA
DESALEX
RUPAFIN
(CLORIDRATO DE (FUMARATO DE (DESLORATADINA)
FEXOFENADINA) RUPATADINA)

ALLEGRA(CLORIDRATO DE FEXOFENADINA)

CLORIDRATO DE FEXOFENADINA

•	Apresentação: COMPR. 10 MG CX. C/ 12
•	PMC: R$ 16,20

R$ 104,15

LORALERG
TALERC
CETRIZIN
ZYXEM
(LORATADINA) (CLORIDRATO DE (LEVOCETIRIZINA) (DICLORIDRATO
EPINASTINA)
DE CETIRIZINA)

•	Apresentação: 120 MG COM REV CT BL AL PLAS INC

•	Apresentação: 120 MG COM REV CT 1 BL AL PLAS

X 10

OPC X 10

•	PMC: R$ 26,16
LORALERG (LORATADINA)

DICLORIDRATO DE CETIRIZINA

•	Apresentação: 10 MG COM REV CT BL AL

•	PMC: R$ 40,30
RUPAFIN (FUMARATO DE RUPATADINA)

PLAS INC X 14
•	PMC: R$ 27,73

DICLORIDRATO DE LEVOCETIRIZINA

TALERC (CLORIDRATO DE EPINASTINA)

BL AL/AL X 10
•	PMC: R$ 21,27

•	Apresentação: 10 MG COM CT BL AL

•	Apresentação: 10 MG COM CT BL AL PLAS INC X 10
•	PMC: R$ 27,39

ZYXEM (LEVOCETIRIZINA)

PLAS INC X 6

•	PMC: R$ 25,92
DESALEX (DESLORATADINA)

•	Apresentação: 10 MG COM REV CT BL AL/AL X 30
•	PMC: R$ 89,57

•	Apresentação: 5 MG COM REV CT

•	Apresentação: 5 MG COM REV CT BL AL PLAS X 10
•	PMC: R$ 44,46

•	Apresentação: 5,0 MG COM REV CT BL AL/AL X 10
•	PMC: R$ 32,73

ALEKTOS (BILASTINA)

•	Apresentação: 20 MG COM CT BL AL/AL X 8
•	PMC: R$ 17,31

CETRIZIN (DICLORIDRATO DE CETIRIZINA)

•	Apresentação: 10 MG COM REV CT BL

DESLORATADINA

AL PLAS INC X 6

•	Apresentação: 5 MG COM REV CT BL AL PLAS

•	PMC: R$ 20,83

OPC X 30

•	PMC: R$ 65,51
Cloridrato de Fexofenadina x Allegra: 54%

PERCENTUAIS DE DIFERENÇA DOS
CUSTOS DE TRATAMENTO ENTRE
O MEDICAMENTO DE MARCA, O
GENÉRICO E O SIMILAR

Dicloridrato de Levocetirizina x Zyxen: 54%
Dicloridrato de Cetirizina x Cetrizin: 75%
Histamix x Loralerg: 103%
Desloratadina x Desalex: 104%

Uso Infantil
0

20

40

60

80

90

100

110

R$/mês
R$ 41,78
HISTAMIX
(LORATADINA)

R$ 54,03

R$ 54,62

R$ 58,26

R$ 88,95

R$ 90,85

R$ 94,60

R$ 100,10

LORALERG
ALETIR
ZYXEM
DESALEX
ALLEGRA PEDIÁTRICO
DICLORIDRATO DESLORATADINA
(LEVOCETIRIZINA)(DESLORATADINA) (CLORIDRATO DE (DICLORIDRATO (LORATADINA)
DE CETIRIZINA
FEXOFENADINA) DE CETIRIZINA)

HISTAMIX (LORATADINA)

DESALEX (DESLORATADINA)

AMB X 120 M
•	PMC: R$ 16,71

ML + DOSADOR
•	PMC: R$ 59,30

•	Apresentação: 1 MG/ML XPE CT FR VD
DICLORIDRATO DE CETIRIZINA

•	Apresentação: 11 MG/ML SOL OR CT FR VD
AMB X 120 ML + CP MED

•	PMC: R$ 21,61

DESLORATADINA

•	Apresentação: 0,5MG/ML XPE CT FR VD
AMB X 100ML + SER DOSAD
•	PMC: R$ 36,41

•	Apresentação: 0,5 MG/ML XPE CT FR VD AMB X 100

R$ 138,30
TALERC
(CLORIDRATO DE
EPINASTINA)

TALERC (CLORIDRATO DE EPINASTINA)

•	Apresentação: 2 MG/ML XPE CT FR VD AMB X
50 ML PMC: R$ 46,10

ALLEGRA PEDIÁTRICO
(CLORIDRATO DE FEXOFENADINA)

•	Apresentação: 6 MG/ML SUS OR CT FR PLAS

AMB X 60 ML + SER DOSAD SABOR FRAMBOESA
•	PMC: R$ 18,17

ALETIR (DICLORIDRATO DE CETIRIZINA)

PERCENTUAIS DE DIFERENÇA DOS CUSTOS DE
TRATAMENTO PARA CRIANÇAS ENTRE O
MEDICAMENTO DE MARCA, O GENÉRICO E O
SIMILAR

•	Apresentação: 1 MG/ML SOL OR CT FR VD AMB X

Desloratadina x Desalex: 63%

•	PMC: R$ 23,65

Dicloridrato de Cetirizina x Aletir: 75%

75 ML

ZYXEN (LEVOCETIRIZINA)

LORALERG (LORATADINA)

CTG X 20 ML
•	PMC: R$ 38,84

60 ML
•	PMC: R$ 20,02

•	Apresentação: 5 MG/ML SOL OR CT FR VD AMB +

•	Apresentação: 1 MG/ML XPE CT FR VD AMB X

Histamix x Loralerg: 140%

Referências Bibliográficas e cartas
As referências bibliográficas referentes a este boletim podem ser encontradas no site http://anvisa.gov.br>>Regulação Econômica>>Boletim
Saúde e Economia
Saúde e Economia
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
NUREM - Núcleo de Assessoramento Econômico em Regulação
GERAE - Gerência de Avaliação Econômica de Novas Tecnologias
Endereço: SIA, Trecho 5, Área Especial 57, 71.205-050, Brasília/DF
saude.economia@anvisa.gov.br

4

Texto e pesquisa: Giselle Silva Pereira Calais e Gustavo Cunha Garcia.
Revisão do texto: Gabrielle Troncoso, Misani Akiko Kanamota Ronchini, Symone Oliveira
Lima e Telma Rodrigues Caldeira.
Coordenação: Symone Oliveira Lima
&

SAÚDE

ECONOMIA

Agência Nacional de
Vigilância Sanitária | Anvisa
Ano IV nº 08 | Setembro de 2012

Referências bibliográficas
1. IBIAPINA, Cássio da Cunha et al . Rinite alérgica: aspectos epidemiológicos, diagnósticos e terapêuticos. J. bras. pneumol., São Paulo,
v. 34, n. 4, Abr. 2008. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132008000400008&lng=en&
nrm=iso>. Acesso em: 14 março 2012.
2. SOLÉ, Dirceu; DE MELLO JR., João Ferreira; ROSÁRIO FILHO, Nelson. (coord.) II Consenso Brasileiro sobre Rinites. Rev Bras
Alerg Imunopatol. São Paulo, v. 29 n. 1, 2006, pp. 29-59. Disponível em: <http://www.asbai.org.br/revistas/Vol291/consenso.pdf>.
Acesso em: 14 março 2012.
3. BSACI guidelines for the management of allergic and non-allergic rhinitis. Scadding GK, Durham SR, Mirakian R, Jones NS, Leech
SC, Farooque S, Ryan D, Walker SM, Clark AT, Dixon TA, Jolles SR, Siddique N, Cullinan P, Howarth PH, Nasser SM; British Society
for Allergy and Clinical Immunology. Clin Exp Allergy. 2008 Jan;38(1):19-42.
4. Evaluating approved medications to treat allergic rhinitis in the United States: an evidence-based review of efficacy for nasal symptoms
by class. Benninger M, Farrar JR, Blaiss M, Chipps B, Ferguson B, Krouse J, Marple B, Storms W, Kaliner M. Ann Allergy Asthma
Immunol. 2010 Jan;104(1):13-29.
5. A review of the efficacy of desloratadine, fexofenadine, and levocetirizine in the treatment of nasal congestion in patients with allergic
rhinitis. Bachert C. Clin Ther. 2009 May;31(5):921-44.
6. Oral antihistamines for the symptom of nasal obstruction in persistent allergic rhinitis--a systematic review of randomized controlled
trials. Hore I, Georgalas C, Scadding G. Clin Exp Allergy. 2005 Feb;35(2):207-12.

SAÚDE E ECONOMIA | RINITE ALÉRGICA

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (16)

DoençAs RespiratóRias
DoençAs RespiratóRiasDoençAs RespiratóRias
DoençAs RespiratóRias
 
Gripe e resfriado
Gripe e resfriadoGripe e resfriado
Gripe e resfriado
 
Gripes e Resfriados
Gripes e ResfriadosGripes e Resfriados
Gripes e Resfriados
 
Choque anafilatico
Choque anafilaticoChoque anafilatico
Choque anafilatico
 
Ciências morfofuncionais ii
Ciências morfofuncionais iiCiências morfofuncionais ii
Ciências morfofuncionais ii
 
PES 3.3 Rinossinusite
PES 3.3 RinossinusitePES 3.3 Rinossinusite
PES 3.3 Rinossinusite
 
Gripe e resfriado
Gripe e resfriadoGripe e resfriado
Gripe e resfriado
 
Asma CiêNcias
Asma   CiêNciasAsma   CiêNcias
Asma CiêNcias
 
Gripe
GripeGripe
Gripe
 
Anoidetite
AnoidetiteAnoidetite
Anoidetite
 
Influenza (manual ms,2013)
Influenza (manual ms,2013)Influenza (manual ms,2013)
Influenza (manual ms,2013)
 
Amigladalite
AmigladaliteAmigladalite
Amigladalite
 
Aula 12 doencas do sistema respiratorio
Aula 12  doencas do sistema respiratorioAula 12  doencas do sistema respiratorio
Aula 12 doencas do sistema respiratorio
 
Doenças Respiratórias (Breve trabalho/Resumo)
Doenças Respiratórias (Breve trabalho/Resumo)Doenças Respiratórias (Breve trabalho/Resumo)
Doenças Respiratórias (Breve trabalho/Resumo)
 
Alergias
Alergias Alergias
Alergias
 
Gripe
GripeGripe
Gripe
 

Destaque (20)

Apresentação rinite alérgica
Apresentação rinite alérgicaApresentação rinite alérgica
Apresentação rinite alérgica
 
Apresentação Acadêmica e Profissional
Apresentação Acadêmica e ProfissionalApresentação Acadêmica e Profissional
Apresentação Acadêmica e Profissional
 
Sintomas da riniti - Saúde Humana 6B 08
Sintomas da riniti - Saúde Humana  6B 08Sintomas da riniti - Saúde Humana  6B 08
Sintomas da riniti - Saúde Humana 6B 08
 
Rinite alérgica
Rinite alérgicaRinite alérgica
Rinite alérgica
 
Choque aula-med-de-urgc3aancia
Choque aula-med-de-urgc3aanciaChoque aula-med-de-urgc3aancia
Choque aula-med-de-urgc3aancia
 
Slides Tcc2606
Slides Tcc2606Slides Tcc2606
Slides Tcc2606
 
Slidshare
SlidshareSlidshare
Slidshare
 
O Sangue
O SangueO Sangue
O Sangue
 
Aprende a buscar en el Portal BVS - tutorial
Aprende a buscar en el Portal BVS - tutorialAprende a buscar en el Portal BVS - tutorial
Aprende a buscar en el Portal BVS - tutorial
 
Alergias oculares
Alergias ocularesAlergias oculares
Alergias oculares
 
Fibromialgia slds off
Fibromialgia slds offFibromialgia slds off
Fibromialgia slds off
 
AnsiolíTicos E HipnóTicos
AnsiolíTicos E HipnóTicosAnsiolíTicos E HipnóTicos
AnsiolíTicos E HipnóTicos
 
Antihistamínicos
AntihistamínicosAntihistamínicos
Antihistamínicos
 
Hipersensibilidade
HipersensibilidadeHipersensibilidade
Hipersensibilidade
 
Citoquinas
CitoquinasCitoquinas
Citoquinas
 
Antihistaminicos
AntihistaminicosAntihistaminicos
Antihistaminicos
 
Rinite E Sinusite
Rinite E SinusiteRinite E Sinusite
Rinite E Sinusite
 
2014916 195915 inflamação+aguda+e+crônica
2014916 195915 inflamação+aguda+e+crônica2014916 195915 inflamação+aguda+e+crônica
2014916 195915 inflamação+aguda+e+crônica
 
Hipersensibilidade tipo I
Hipersensibilidade tipo IHipersensibilidade tipo I
Hipersensibilidade tipo I
 
Tecido sanguineo
Tecido sanguineoTecido sanguineo
Tecido sanguineo
 

Semelhante a Rinite alérgica: tratamento e custos de anti-histamínicos não sedativos

Asma ocupacional geral
Asma ocupacional   geralAsma ocupacional   geral
Asma ocupacional geraladrianomedico
 
Asma e rinite ocupacionais – visão imunoalérgica
Asma e rinite ocupacionais – visão imunoalérgicaAsma e rinite ocupacionais – visão imunoalérgica
Asma e rinite ocupacionais – visão imunoalérgicaadrianomedico
 
Aula 12 doencas do sistema respiratorio
Aula 12  doencas do sistema respiratorioAula 12  doencas do sistema respiratorio
Aula 12 doencas do sistema respiratorioVanessa Maia
 
Aula 07 doenças obstrutivas asma v1
Aula 07   doenças obstrutivas asma v1Aula 07   doenças obstrutivas asma v1
Aula 07 doenças obstrutivas asma v1alcindoneto
 
Tratamento crise asma_pronto_socorro
Tratamento crise asma_pronto_socorroTratamento crise asma_pronto_socorro
Tratamento crise asma_pronto_socorrocuidadoaoadulto
 
Asma de difícil controle
Asma de difícil controleAsma de difícil controle
Asma de difícil controleFlávia Salame
 
Assistência de enfermagem ao paciente portador de anemia falciforme e asma m...
Assistência de enfermagem ao paciente portador de anemia falciforme e asma  m...Assistência de enfermagem ao paciente portador de anemia falciforme e asma  m...
Assistência de enfermagem ao paciente portador de anemia falciforme e asma m...cuidadoaoadulto
 
Asma de dificil controle
Asma de dificil controleAsma de dificil controle
Asma de dificil controleFlávia Salame
 

Semelhante a Rinite alérgica: tratamento e custos de anti-histamínicos não sedativos (20)

Clinica medica em Enfermagem
Clinica medica em EnfermagemClinica medica em Enfermagem
Clinica medica em Enfermagem
 
Consenso asma 2006
Consenso asma 2006Consenso asma 2006
Consenso asma 2006
 
Iv Diretrizes Asma
Iv Diretrizes AsmaIv Diretrizes Asma
Iv Diretrizes Asma
 
Nocoes sobre a asma
Nocoes sobre a asmaNocoes sobre a asma
Nocoes sobre a asma
 
Asma ocupacional geral
Asma ocupacional   geralAsma ocupacional   geral
Asma ocupacional geral
 
Aula de tosse
Aula de tosseAula de tosse
Aula de tosse
 
Asma e rinite ocupacionais – visão imunoalérgica
Asma e rinite ocupacionais – visão imunoalérgicaAsma e rinite ocupacionais – visão imunoalérgica
Asma e rinite ocupacionais – visão imunoalérgica
 
Asma Brônquica
Asma BrônquicaAsma Brônquica
Asma Brônquica
 
Dermatite Atópica Documento de Consenso Portugués
Dermatite Atópica Documento de Consenso PortuguésDermatite Atópica Documento de Consenso Portugués
Dermatite Atópica Documento de Consenso Portugués
 
Dermatite Atopica
Dermatite AtopicaDermatite Atopica
Dermatite Atopica
 
Asma
AsmaAsma
Asma
 
Asma (Pediatria)
Asma (Pediatria)Asma (Pediatria)
Asma (Pediatria)
 
Aula 12 doencas do sistema respiratorio
Aula 12  doencas do sistema respiratorioAula 12  doencas do sistema respiratorio
Aula 12 doencas do sistema respiratorio
 
Aula 07 doenças obstrutivas asma v1
Aula 07   doenças obstrutivas asma v1Aula 07   doenças obstrutivas asma v1
Aula 07 doenças obstrutivas asma v1
 
Asma
AsmaAsma
Asma
 
Tratamento da crise asmática no pronto socorro
Tratamento da crise asmática no pronto socorroTratamento da crise asmática no pronto socorro
Tratamento da crise asmática no pronto socorro
 
Tratamento crise asma_pronto_socorro
Tratamento crise asma_pronto_socorroTratamento crise asma_pronto_socorro
Tratamento crise asma_pronto_socorro
 
Asma de difícil controle
Asma de difícil controleAsma de difícil controle
Asma de difícil controle
 
Assistência de enfermagem ao paciente portador de anemia falciforme e asma m...
Assistência de enfermagem ao paciente portador de anemia falciforme e asma  m...Assistência de enfermagem ao paciente portador de anemia falciforme e asma  m...
Assistência de enfermagem ao paciente portador de anemia falciforme e asma m...
 
Asma de dificil controle
Asma de dificil controleAsma de dificil controle
Asma de dificil controle
 

Mais de Arquivo-FClinico

Ebola Ministério da Saúde
Ebola Ministério da SaúdeEbola Ministério da Saúde
Ebola Ministério da SaúdeArquivo-FClinico
 
Diretrizes brasileiras de diabetes 2013/2014
Diretrizes brasileiras de diabetes 2013/2014Diretrizes brasileiras de diabetes 2013/2014
Diretrizes brasileiras de diabetes 2013/2014Arquivo-FClinico
 
Armazenamento e descarte de medicamentos e materiais
Armazenamento e descarte de medicamentos e materiaisArmazenamento e descarte de medicamentos e materiais
Armazenamento e descarte de medicamentos e materiaisArquivo-FClinico
 
Farmacovigilância - Hospital Sírio Libanês
Farmacovigilância - Hospital Sírio LibanêsFarmacovigilância - Hospital Sírio Libanês
Farmacovigilância - Hospital Sírio LibanêsArquivo-FClinico
 
Barreiras de segurança no processo de medicação unidade internação
Barreiras de segurança no processo de medicação   unidade internaçãoBarreiras de segurança no processo de medicação   unidade internação
Barreiras de segurança no processo de medicação unidade internaçãoArquivo-FClinico
 
Busca ativa de reações adversas a medicamentos ram
Busca ativa de reações adversas a medicamentos   ramBusca ativa de reações adversas a medicamentos   ram
Busca ativa de reações adversas a medicamentos ramArquivo-FClinico
 
Avaliação de prescrição e protocolos de tratamento oncológico
Avaliação de prescrição e protocolos de tratamento oncológicoAvaliação de prescrição e protocolos de tratamento oncológico
Avaliação de prescrição e protocolos de tratamento oncológicoArquivo-FClinico
 
Cristalóides e colóides na prática clínica
Cristalóides e colóides na prática clínicaCristalóides e colóides na prática clínica
Cristalóides e colóides na prática clínicaArquivo-FClinico
 
Medicamentos de atenção especial
Medicamentos de atenção especialMedicamentos de atenção especial
Medicamentos de atenção especialArquivo-FClinico
 
Nomes de medicamentos semelhantes na pronúncia ou na escrita
Nomes de medicamentos semelhantes na pronúncia ou na escritaNomes de medicamentos semelhantes na pronúncia ou na escrita
Nomes de medicamentos semelhantes na pronúncia ou na escritaArquivo-FClinico
 
Fluxo de medicamentos da farmácia oncológica
Fluxo de medicamentos da farmácia oncológicaFluxo de medicamentos da farmácia oncológica
Fluxo de medicamentos da farmácia oncológicaArquivo-FClinico
 
Antidepressivos brats 2012
Antidepressivos brats 2012Antidepressivos brats 2012
Antidepressivos brats 2012Arquivo-FClinico
 
Refluxo gastroesofágico - MS
Refluxo gastroesofágico - MSRefluxo gastroesofágico - MS
Refluxo gastroesofágico - MSArquivo-FClinico
 
Hipertensão arterial - MS
Hipertensão arterial - MSHipertensão arterial - MS
Hipertensão arterial - MSArquivo-FClinico
 
Hipertensão arterial referencias - MS
Hipertensão arterial referencias - MSHipertensão arterial referencias - MS
Hipertensão arterial referencias - MSArquivo-FClinico
 
Epilepsia referencias - MS
Epilepsia referencias - MSEpilepsia referencias - MS
Epilepsia referencias - MSArquivo-FClinico
 

Mais de Arquivo-FClinico (20)

Ebola Ministério da Saúde
Ebola Ministério da SaúdeEbola Ministério da Saúde
Ebola Ministério da Saúde
 
Diretrizes brasileiras de diabetes 2013/2014
Diretrizes brasileiras de diabetes 2013/2014Diretrizes brasileiras de diabetes 2013/2014
Diretrizes brasileiras de diabetes 2013/2014
 
Armazenamento e descarte de medicamentos e materiais
Armazenamento e descarte de medicamentos e materiaisArmazenamento e descarte de medicamentos e materiais
Armazenamento e descarte de medicamentos e materiais
 
Farmacovigilância - Hospital Sírio Libanês
Farmacovigilância - Hospital Sírio LibanêsFarmacovigilância - Hospital Sírio Libanês
Farmacovigilância - Hospital Sírio Libanês
 
Barreiras de segurança no processo de medicação unidade internação
Barreiras de segurança no processo de medicação   unidade internaçãoBarreiras de segurança no processo de medicação   unidade internação
Barreiras de segurança no processo de medicação unidade internação
 
Busca ativa de reações adversas a medicamentos ram
Busca ativa de reações adversas a medicamentos   ramBusca ativa de reações adversas a medicamentos   ram
Busca ativa de reações adversas a medicamentos ram
 
Avaliação de prescrição e protocolos de tratamento oncológico
Avaliação de prescrição e protocolos de tratamento oncológicoAvaliação de prescrição e protocolos de tratamento oncológico
Avaliação de prescrição e protocolos de tratamento oncológico
 
Cristalóides e colóides na prática clínica
Cristalóides e colóides na prática clínicaCristalóides e colóides na prática clínica
Cristalóides e colóides na prática clínica
 
Medicamentos de atenção especial
Medicamentos de atenção especialMedicamentos de atenção especial
Medicamentos de atenção especial
 
Nomes de medicamentos semelhantes na pronúncia ou na escrita
Nomes de medicamentos semelhantes na pronúncia ou na escritaNomes de medicamentos semelhantes na pronúncia ou na escrita
Nomes de medicamentos semelhantes na pronúncia ou na escrita
 
Fluxo de medicamentos da farmácia oncológica
Fluxo de medicamentos da farmácia oncológicaFluxo de medicamentos da farmácia oncológica
Fluxo de medicamentos da farmácia oncológica
 
Antidepressivos brats 2012
Antidepressivos brats 2012Antidepressivos brats 2012
Antidepressivos brats 2012
 
Osteoporose
OsteoporoseOsteoporose
Osteoporose
 
Refluxo gastroesofágico - MS
Refluxo gastroesofágico - MSRefluxo gastroesofágico - MS
Refluxo gastroesofágico - MS
 
Osteoporose -MS
Osteoporose -MSOsteoporose -MS
Osteoporose -MS
 
Hipertensão arterial - MS
Hipertensão arterial - MSHipertensão arterial - MS
Hipertensão arterial - MS
 
Hipertensão arterial referencias - MS
Hipertensão arterial referencias - MSHipertensão arterial referencias - MS
Hipertensão arterial referencias - MS
 
Glaucoma - MS
Glaucoma - MSGlaucoma - MS
Glaucoma - MS
 
Epilepsia - MS
Epilepsia - MSEpilepsia - MS
Epilepsia - MS
 
Epilepsia referencias - MS
Epilepsia referencias - MSEpilepsia referencias - MS
Epilepsia referencias - MS
 

Rinite alérgica: tratamento e custos de anti-histamínicos não sedativos

  • 1. & SAÚDE ECONOMIA 08 Ano IV nº 08 | Setembro de 2012 RINITE ALÉRGICA Resumo A rinite alérgica é definida como uma inflamação da mucosa nasal, induzida pela exposição a alérgenos, que pode resultar em sintomas crônicos ou recorrentes como: rinorréia aquosa (corrimento nasal), prurido nasal (coceira), espirros e sintomas oculares. A epidemiologia da rinite alérgica é pouco conhecida, mas a doença pode ser considerada a de maior prevalência entre as doenças respiratórias crônicas.1 Dentre as opções para o tratamento farmacológico estão: anti-histamínicos sedativos e não sedativos, corticosteroides, antileucotrienos, descongestionantes nasais e cromoglicato dissódico. Este Boletim abordará apenas os anti-histamínicos não sedativos. Serão comparados os custos de tratamento dos seguintes medicamentos representantes desta classe: dicloridrato de cetirizina, desloratadina, cloridrato de epinastina, cloridrato de fenoxifenadina, dicloridrato de levocitirizina, rupatadina e bilastina. Não há evidências disponíveis que apontem superioridade entre eles. A Doença A rinite alérgica é a inflamação da mucosa de revestimento nasal, mediada por IgE (imunoglobulina E - anticorpos produzidos pelo próprio organismo, cujas atividades desempenham um papel no funcionamento do sistema imune. A sua alta concentração tem sido associada com hipersensibilidade alérgica), após exposição a alérgenos, cujos sintomas (obstrução nasal, rinorréia aquosa, espirros e prurido nasal) são reversíveis espontaneamente ou com tratamento. De acordo com a frequência das manifestações clínicas, as rinites alérgicas podem ser classificadas em: sazonais (ocorrem em determinados períodos do ano); perenes (durante todo o ano); circunstanciais (sintomas esporádicos na presença dos alérgenos); e ocupacionais (sintomas presentes nos dias de trabalho, melhorando em fins de semana e feriados).2 Segundo recomendações da iniciativa Allergic Rhinitis and Its Impact on Asthma (ARIA) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), a classificação da rinite alérgica deve considerar a duração e a gravidade dos sintomas, incluindo aspectos de qualidade de vida.2 Neste caso, ela pode ser classificada em intermitente (sintomas < 4 dias por semana ou < 4 semanas); persistente (sintomas > 4 dias por semana e > 4 semanas); leve (sono e atividades normais, sintomas não incomodam); e moderada (sono e atividades comprometidos, sintomas não incomodam). 2 De acordo com o Consenso Brasileiro sobre Rinites, de 2006, existem outras formas de renite que podem ser classificadas com base em critérios clínicos, frequência e intensidade de sintomas, citologia nasal e fatores etiológicos (agentes causadores). Segundo a sua duração, as rinites também podem ser classificadas em: aguda, subaguda e crônica. A classificação etiológica parece ser a mais adequada, pois está diretamente relacionada ao tratamento, conforme Tabela 1.2 A rinite pode reduzir a qualidade de vida, interferir na assiduidade e performance na escola e no trabalho, o que resulta em custos. Tanto as rinites alérgicas quanto as não alérgicas estão associadas ao desenvolvimento da asma, portanto, Tabela 1 - Classificação das rinites segundo fator etiológico2 - Infecciosa: viral, bacteriana, outros agentes; - Alérgica; - Ocupacional (alérgica e não alérgica); - Induzida por drogas: vasoconstritores tópicos (rinite medicamentosa), ácido acetil-salicílico (AAS), anti-hipertensivos, antipsicóticos, entre outras; - Hormonal; - Outras causas: rinite eosinofílica não alérgica (RENA), irritantes, alimentos, emocional atrófica, refluxo gastroesofágico, idiopática, entre outras. são doenças co-existentes, uma vez que os sintomas da rinite são encontrados em 75-80% dos pacientes com asma. Ambas as doenças geram um custo considerável para os pacientes, empregadores e sistemas de saúde.3 A rinite alérgica é a forma predominante em crianças, mas responde por 1/3 dos casos em adultos.3 Apesar de não estar entre as doenças respiratórias crônicas de maior gravidade, é SAÚDE E ECONOMIA | RINITE ALÉRGICA 1
  • 2. & SAÚDE ECONOMIA um problema de saúde pública, porque afeta a qualidade de vida dos pacientes e dificulta o controle da asma. A sua prevalência provavelmente é subestimada, pois muitos indivíduos não a reconhecem como uma doença e não procuram atendimento médico. Ainda assim, a rinite alérgica encontra-se entre as dez razões mais frequentes para a procura de atendimento primário à saúde.1 Os alérgenos precursores de rinite alérgica de maior relevância clínica são os oriundos de ácaros da poeira, baratas, fungos e de outras fontes alergênicas (ex: pelos, saliva e urina de animais domésticos; restos de insetos; alimentos). A rinite alérgica também pode ser desencadeada ou agravada pela exposição a mudanças bruscas de clima, inalação de irritantes inespecíficos (ex: odores fortes, gás de cozinha, fumaça de cigarro), inalação de ar frio e seco e ingestão de anti-inflamatórios não hormonais, em indivíduos predispostos.2 Definição de rinite alérgica: • Inflamação da mucosa nasal mediada por imunoglobulina E, caracterizada por: - Congestão (osbtrução nasal); - Rinorréia (corrimento nasal); - Espirros; - Prurido nasal (coceira). O estudo colaborativo denominado International Study on Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC), cuja primeira fase finalizou-se em 1996 e a terceira em 2002, mostrou que, no Brasil, a prevalência média de sintomas relacionados à rinite alérgica foi 29,6% entre adolescentes e 25,7% entre crianças de 6 a 7 anos. Os resultados foram variáveis e as maiores taxas de prevalência de rinite foram observadas nos grandes centros urbanos, sendo que os sintomas se agravam nos meses mais frios. 1 O diagnóstico de rinite alérgica é basicamente clínico, com associação de vários dos seguintes sintomas: crise de espirros, coriza clara abundante, obstrução nasal e intenso prurido nasal ou no palato e nos 2 SAÚDE E ECONOMIA | RINITE ALÉRGICA olhos. Inclui também a história clínica pessoal e familiar de atopia (asma, conjuntivite alérgica e eczema atópico - um tipo de dermatite), além de exames físicos e complementares, como o das cavidades nasais. É importante também saber acerca dos hábitos de vida do paciente, por exemplo, se é fumante. Além disso, é interessante pesquisar as condições ambientais em que o paciente vive, observando-se: ventilação, presença de carpete ou tapete, material e revestimentos de colchão, travesseiros e cobertores, convívio com animais de pelo e pena, presença de baratas, exposição a irritantes inespecíficos (produtos de limpeza), e outras possíveis fontes de agentes alérgenos. Os sintomas de rinite alérgica podem ocorrer em qualquer idade, iniciando-se geralmente na infância.2 Tratamento A estratégia não medicamentosa é o controle dos fatores ambientais, com o objetivo de se evitar o contato com os alérgenos. Dentre as medidas de controle ambiental pode-se citar: combate ao mofo e à umidade; manter ambientes ventilados; evitar bichos de pelúcia e animais de pelo e pena.2 A remoção ou a prevenção do contato com alérgenos é sempre recomendada, no entanto, o tratamento farmacológico é geralmente necessário.1 Aeroalérgenos (alérgenos presentes no ar):ácaros da poeira; - fungos; - animas (cão, gato, hamster); - pólens ; - ocupacionais: trigo, poeira de madeira, detergentes látex; - Irritantes poluentes: - Intradomiciliares: fumaça de cigarro, poluentes ambientais; - Extra-domiciliares: ozônio, óxidos de nitrogênio, dióxido de enxofre. O objetivo do tratamento farmacológico da rinite alérgica é promover a prevenção efetiva ou o alívio dos sintomas. As principais classes de medicamentos utilizadas são: anti-histamínicos orais, anti-hista- Ano IV nº 08| Setembro de 2012 mínicos tópicos nasais, corticosteroides tópicos intranasais, corticosteroides orais, corticosteroides injetáveis, antileucotrienos, anti-colinérgicos tópicos nasais, descongestionantes nasais e orais.3 A adoção de medidas simples, como lavagem nasal com solução salina ou a adição de anti-histamínico tópico ou oral associado a uma baixa dose de corticosteroide intranasal, pode ajudar no controle da rinite alérgica crônica.1 A Tabela 2 resume os efeitos das principais classes de medicamentos no controle dos sintomas da rinite alérgica, de acordo com a descrição apresentada no Guia de Rinite Alérgica e seu impacto no tratamento da Asma (ARIA guidelines) e Parâmetros Práticos da Rinite nos EUA. Várias versões dessa tabela têm sido publicadas, inclusive no Consenso Brasileiro sobre Rinites2, mas a inexistência de estudos comparativos diretos e o uso de estudos com diferentes desenhos faz com que ela seja muito simplificada.3 A histamina é o principal mediador responsável pelo aparecimento dos sintomas característicos da rinite alérgica. Os primeiros anti-histamínicos sintetizados (anti-H1) têm como principal efeito adverso a sonolência e são denominados de primeira geração. Exemplos: hidroxizina e a dextroclorfeniramina. Os anti-H1 mais novos provocam menos efeitos colaterais e são chamados de segunda geração, dentre eles: loratadina, cetirizina, levocabastina, azelastina, epinastina, ebastina, fexofenadina, e outros.1 Assim, os anti-H1 podem ser divididos em: anti-H1 clássicos, de primeira geração ou sedativos; e anti-H1 não-clássicos, de segunda geração ou não sedativos. 3 A ação dos corticosteroides intranasais visa à redução da inflamação da mucosa nasal, levando à melhora da obstrução nasal, do prurido, espirros, bem como da rinorréia. Apesar do uso tópico, os corticosteroides intranasais exibem efeitos sistêmicos, que dependem da dose e formulação utilizadas.2 São exemplos: dipropionato de beclometasona, budesonida, propionato de fluticasona e furoato de mometasona. Os corticosteroides nasais são geralmente usados no tratamento de rinite alérgica persistente.1
  • 3. & SAÚDE ECONOMIA Ano IV nº 08| Setembro de 2012 Tabela 2: Controle dos sintomas de Rinite alérgica por classe4 Classe Espirros Rinorréia pacientes com rinite alérgica persistente.6 Obstrução nasal Prurido nasal Sintomas oculares Inflamação Anti-histamínicos ++ orais ++ +/- ++ + + Anti-histamínicos ++ intranasais ++ + ++ +/- + Corticosteróides intranasais ++ ++ ++ ++ + ++ Dessa forma, após pesquisa na literatura médica disponível, constatou-se que não existem estudos e guias para tratamento de rinite alérgica que apontem superioridade entre os medicamentos pertencentes à classe dos anti-H1 orais não sedativos ou de segunda geração. Antileucotrienos +/- +/- - +/- +/- + Custos de tratamento: Cromonas + + - + + + Símbolos: ++, benefício substancial; +, benefício modesto; +/-, pouco ou nenhum benefício. O montelucaste, antileucotrieno disponível no Brasil, é um antagonista seletivo do receptor do leucotrieno cisteínico tipo 1, encontrado nas vias aéreas de humanos. Os leucotrienos atuam como mediadores inflamatórios e têm importante papel na fisiopatologia da rinite alérgica.1 O cromoglicato dissódico é um estabilizador de mastócitos (células relacionadas ao processo inflamatório) que pode ser utilizado para o tratamento da rinite alérgica e apresenta poucos efeitos colaterais, no entanto, sua eficácia é modesta. Trata-se de uma opção para os pacientes que responderam bem ao tratamento com corticosteroide, mas estão usando a droga há muito tempo.1 Outras classes de medicamentos também podem ser utilizadas na terapia da rinite alérgica, tais como os descongestionantes nasais do grupo dos estimulantes adrenérgicos, cuja ação principal é vasoconstrição. Eles são de uso oral ou tópico intra-nasal. O mais importante exemplo de descongestionante oral é a pseudoefedrina, muito utilizada em associação a anti- H1. Dentre os descongestionantes intranasais pode-se citar: efedrina, fenilefrina, nafazolina e fenoxazolina.2 Este Boletim apresentará os custos de tratamento para os anti-histamínicos orais não sedativos ou de segunda geração. A escolha para tratar dessa classe de medicamentos se baseou nos seguintes fatos: os medicamentos pertencentes a essa classe possuem perfil de efeitos adversos diferentes daqueles de primeira geração; existem muitas opções disponíveis no mercado; são indicados para alívio dos sintomas tanto em adultos quanto em crianças; e, até a conclusão deste Boletim, não foram encontradas evidências científicas de superioridade terapêutica entre os medicamentos dessa classe para tratamento dos sintomas de rinite alérgica. Além disso, após busca em base de dados de evidências científicas, não foi encontrada nenhuma revisão sistemática que comparasse todos os diferentes anti-histamínicos orais. Em 2009, uma revisão feita por Bechert teve como objetivo avaliar a eficácia dos anti- H1 orais de segunda geração desloratadina, fexofenadina e levocitirizina, no alívio da congestão nasal associada à rinite alérgica. Foram selecionados 26 estudos, de acordo com os critérios de inclusão pré-estabelecidos. A conclusão do estudo foi que os três medicamentos são eficazes no alívio da congestão nasal e se mostram opções apropriadas de tratamento.5 Em 2005, Hore e colaboradores realizaram uma revisão sistemática com o objetivo de avaliar a efetividade dos anti- H1 orais no alívio de obstrução nasal na rinite alérgica persistente. Foram selecionados 29 estudos duplo-cegos, randomizados e controlados com placebo. A metanálise encontrou uma diferença média ponderada de - 0,52 (95% intervalo de confiança (IC) - 0.73, - 0.31, p<0.00001) a favor do tratamento em relação ao placebo. Os autores concluíram que, em relação à opção de não tratar, os antihistamínicos orais melhoram, significativamente, os sintomas de obstrução nasal em Com a finalidade de mensurar as diferenças de custo de tratamento mensal, os anti-histamínicos orais foram separados em dois grupos, divididos pela indicação, quais sejam: adultos e crianças. Assim, fez-se um levantamento de alguns medicamentos mais caros e mais baratos comercializados atualmente no Brasil. Em uma análise por princípio ativo, verificou-se que a diferença entre o mais caro (Loralerg) e o mais barato (Histamix) pode chegar a 140%, no caso das loratadinas para crianças, e a 104%, no caso da desloratadinas para adultos (desloratadina genérica x Desalex). Quando se comparam todos os anti-histamínicos orais disponíveis no mercado, esta diferença pode chegar a 231%, para os medicamentos indicados para crianças, comparando-se a loratadina mais barata (Histamix) com o medicamento mais caro (cloridrato de epinastina - Talerc), e a 229%, para os medicamentos indicados para adultos, comparando-se a loratadina mais barata (Histamix) com a desloratadina mais cara (Desalex). Cabe ressaltar que para efeitos do cálculo do custo de tratamento mensal foram considerados: as doses previstas em bula para cada fármaco e os Preços Máximos de Venda ao Consumidor (PMC) dos medicamentos analisados, com alíquota de 18% de ICMS. Consulte seu médico e sempre confira os preços dos medicamentos no site da Anvisa. Acesse: http://anvisa.gov.br>Regulação de Mercado> Listas de Preços de Medicamentos> Preços de Medicamentos (Preço Fábrica e Preço Máximo ao Consumidor) SAÚDE E ECONOMIA | RINITE ALÉRGICA 3
  • 4. & SAÚDE ECONOMIA Ano IV nº 08| Setembro de 2012 Custos de tratamento Uso Adulto 0 20 40 60 80 90 100 110 R$/mês R$ 40,50 HISTAMIX (LORATADINA) R$ 59,42 R$ 63,81 R$ 64,91 DICLORIDRATO DICLORIDRATO DE DE CETIRIZINA LEVOCETIRIZINA ALEKTOS (BILASTINA) R$78,48 R$ 65,51 R$ 82,17 DESLORATADINA CLORIDRATO DE FEXOFENADINA HISTAMIX (LORATADINA) R$ 89,57 R$ 98,19 R$ 120,90 R$ 129,60 R$ 133,38 ALLEGRA DESALEX RUPAFIN (CLORIDRATO DE (FUMARATO DE (DESLORATADINA) FEXOFENADINA) RUPATADINA) ALLEGRA(CLORIDRATO DE FEXOFENADINA) CLORIDRATO DE FEXOFENADINA • Apresentação: COMPR. 10 MG CX. C/ 12 • PMC: R$ 16,20 R$ 104,15 LORALERG TALERC CETRIZIN ZYXEM (LORATADINA) (CLORIDRATO DE (LEVOCETIRIZINA) (DICLORIDRATO EPINASTINA) DE CETIRIZINA) • Apresentação: 120 MG COM REV CT BL AL PLAS INC • Apresentação: 120 MG COM REV CT 1 BL AL PLAS X 10 OPC X 10 • PMC: R$ 26,16 LORALERG (LORATADINA) DICLORIDRATO DE CETIRIZINA • Apresentação: 10 MG COM REV CT BL AL • PMC: R$ 40,30 RUPAFIN (FUMARATO DE RUPATADINA) PLAS INC X 14 • PMC: R$ 27,73 DICLORIDRATO DE LEVOCETIRIZINA TALERC (CLORIDRATO DE EPINASTINA) BL AL/AL X 10 • PMC: R$ 21,27 • Apresentação: 10 MG COM CT BL AL • Apresentação: 10 MG COM CT BL AL PLAS INC X 10 • PMC: R$ 27,39 ZYXEM (LEVOCETIRIZINA) PLAS INC X 6 • PMC: R$ 25,92 DESALEX (DESLORATADINA) • Apresentação: 10 MG COM REV CT BL AL/AL X 30 • PMC: R$ 89,57 • Apresentação: 5 MG COM REV CT • Apresentação: 5 MG COM REV CT BL AL PLAS X 10 • PMC: R$ 44,46 • Apresentação: 5,0 MG COM REV CT BL AL/AL X 10 • PMC: R$ 32,73 ALEKTOS (BILASTINA) • Apresentação: 20 MG COM CT BL AL/AL X 8 • PMC: R$ 17,31 CETRIZIN (DICLORIDRATO DE CETIRIZINA) • Apresentação: 10 MG COM REV CT BL DESLORATADINA AL PLAS INC X 6 • Apresentação: 5 MG COM REV CT BL AL PLAS • PMC: R$ 20,83 OPC X 30 • PMC: R$ 65,51 Cloridrato de Fexofenadina x Allegra: 54% PERCENTUAIS DE DIFERENÇA DOS CUSTOS DE TRATAMENTO ENTRE O MEDICAMENTO DE MARCA, O GENÉRICO E O SIMILAR Dicloridrato de Levocetirizina x Zyxen: 54% Dicloridrato de Cetirizina x Cetrizin: 75% Histamix x Loralerg: 103% Desloratadina x Desalex: 104% Uso Infantil 0 20 40 60 80 90 100 110 R$/mês R$ 41,78 HISTAMIX (LORATADINA) R$ 54,03 R$ 54,62 R$ 58,26 R$ 88,95 R$ 90,85 R$ 94,60 R$ 100,10 LORALERG ALETIR ZYXEM DESALEX ALLEGRA PEDIÁTRICO DICLORIDRATO DESLORATADINA (LEVOCETIRIZINA)(DESLORATADINA) (CLORIDRATO DE (DICLORIDRATO (LORATADINA) DE CETIRIZINA FEXOFENADINA) DE CETIRIZINA) HISTAMIX (LORATADINA) DESALEX (DESLORATADINA) AMB X 120 M • PMC: R$ 16,71 ML + DOSADOR • PMC: R$ 59,30 • Apresentação: 1 MG/ML XPE CT FR VD DICLORIDRATO DE CETIRIZINA • Apresentação: 11 MG/ML SOL OR CT FR VD AMB X 120 ML + CP MED • PMC: R$ 21,61 DESLORATADINA • Apresentação: 0,5MG/ML XPE CT FR VD AMB X 100ML + SER DOSAD • PMC: R$ 36,41 • Apresentação: 0,5 MG/ML XPE CT FR VD AMB X 100 R$ 138,30 TALERC (CLORIDRATO DE EPINASTINA) TALERC (CLORIDRATO DE EPINASTINA) • Apresentação: 2 MG/ML XPE CT FR VD AMB X 50 ML PMC: R$ 46,10 ALLEGRA PEDIÁTRICO (CLORIDRATO DE FEXOFENADINA) • Apresentação: 6 MG/ML SUS OR CT FR PLAS AMB X 60 ML + SER DOSAD SABOR FRAMBOESA • PMC: R$ 18,17 ALETIR (DICLORIDRATO DE CETIRIZINA) PERCENTUAIS DE DIFERENÇA DOS CUSTOS DE TRATAMENTO PARA CRIANÇAS ENTRE O MEDICAMENTO DE MARCA, O GENÉRICO E O SIMILAR • Apresentação: 1 MG/ML SOL OR CT FR VD AMB X Desloratadina x Desalex: 63% • PMC: R$ 23,65 Dicloridrato de Cetirizina x Aletir: 75% 75 ML ZYXEN (LEVOCETIRIZINA) LORALERG (LORATADINA) CTG X 20 ML • PMC: R$ 38,84 60 ML • PMC: R$ 20,02 • Apresentação: 5 MG/ML SOL OR CT FR VD AMB + • Apresentação: 1 MG/ML XPE CT FR VD AMB X Histamix x Loralerg: 140% Referências Bibliográficas e cartas As referências bibliográficas referentes a este boletim podem ser encontradas no site http://anvisa.gov.br>>Regulação Econômica>>Boletim Saúde e Economia Saúde e Economia ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária NUREM - Núcleo de Assessoramento Econômico em Regulação GERAE - Gerência de Avaliação Econômica de Novas Tecnologias Endereço: SIA, Trecho 5, Área Especial 57, 71.205-050, Brasília/DF saude.economia@anvisa.gov.br 4 Texto e pesquisa: Giselle Silva Pereira Calais e Gustavo Cunha Garcia. Revisão do texto: Gabrielle Troncoso, Misani Akiko Kanamota Ronchini, Symone Oliveira Lima e Telma Rodrigues Caldeira. Coordenação: Symone Oliveira Lima
  • 5. & SAÚDE ECONOMIA Agência Nacional de Vigilância Sanitária | Anvisa Ano IV nº 08 | Setembro de 2012 Referências bibliográficas 1. IBIAPINA, Cássio da Cunha et al . Rinite alérgica: aspectos epidemiológicos, diagnósticos e terapêuticos. J. bras. pneumol., São Paulo, v. 34, n. 4, Abr. 2008. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132008000400008&lng=en& nrm=iso>. Acesso em: 14 março 2012. 2. SOLÉ, Dirceu; DE MELLO JR., João Ferreira; ROSÁRIO FILHO, Nelson. (coord.) II Consenso Brasileiro sobre Rinites. Rev Bras Alerg Imunopatol. São Paulo, v. 29 n. 1, 2006, pp. 29-59. Disponível em: <http://www.asbai.org.br/revistas/Vol291/consenso.pdf>. Acesso em: 14 março 2012. 3. BSACI guidelines for the management of allergic and non-allergic rhinitis. Scadding GK, Durham SR, Mirakian R, Jones NS, Leech SC, Farooque S, Ryan D, Walker SM, Clark AT, Dixon TA, Jolles SR, Siddique N, Cullinan P, Howarth PH, Nasser SM; British Society for Allergy and Clinical Immunology. Clin Exp Allergy. 2008 Jan;38(1):19-42. 4. Evaluating approved medications to treat allergic rhinitis in the United States: an evidence-based review of efficacy for nasal symptoms by class. Benninger M, Farrar JR, Blaiss M, Chipps B, Ferguson B, Krouse J, Marple B, Storms W, Kaliner M. Ann Allergy Asthma Immunol. 2010 Jan;104(1):13-29. 5. A review of the efficacy of desloratadine, fexofenadine, and levocetirizine in the treatment of nasal congestion in patients with allergic rhinitis. Bachert C. Clin Ther. 2009 May;31(5):921-44. 6. Oral antihistamines for the symptom of nasal obstruction in persistent allergic rhinitis--a systematic review of randomized controlled trials. Hore I, Georgalas C, Scadding G. Clin Exp Allergy. 2005 Feb;35(2):207-12. SAÚDE E ECONOMIA | RINITE ALÉRGICA