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Semana de Arte Moderna - 1922

  I
        nserida nas festivi-
        dades em comemo-
        ração do centenário
da independência do Brasil,
em 1922, a Semana de Arte
Moderna apresenta-se como
a primeira manifestação co-
letiva pública na história cul-
tural brasileira a favor de um
espírito novo e moderno em
oposição à cultura e à arte de
teor conservador, predomi-
nantes no país desde o século
XIX. Entre os dias 13 e 18 de
fevereiro de 1922, realiza-se
no Theatro Municipal de São
Paulo um festival com uma
exposição com cerca de 100
obras e três sessões lítero-
musicais noturnas. Entre os
pintores participam Anita Mal-
fatti (1889 - 1964), Di Caval-
canti (1897 - 1976), Ferrignac
(1892 - 1958), John Graz
(1891 - 1980), Vicente do
Rego Monteiro (1899 - 1970),
Zina Aita , Yan de Almeida
Prado e Antônio Paim Vieira
(1895 - 1988), com dois tra-
balhos feitos a quatro mãos,
e o carioca Alberto Martins
Ribeiro, cujo trabalho não se
desenvolveu depois da Sema-
na de 22. No campo da escul- Capa de Di Cavalcanti para o Catálogo da Exposição
tura, estão Victor Brecheret
(1894 - 1955), Wilhelm Haarberg (1891-1986) e Hil-             programação musical traz
degardo Velloso (1899 - 1966). A arquitetura é repre-          composições de Villa-Lo-
sentada por Antônio Garcia Moya (1891 - ca.1949) e             bos (1887 - 1959) e De-
Georg Przyrembel. Entre os literatos e poetas, tomam           bussy, interpretadas por
parte Graça Aranha (1868 - 1931), Guilherme de Almei-          Guiomar Novaes (1894
da (1890 - 1969), Mário de Andrade (1893 - 1945),              - 1979) e Hernani Braga,
Menotti Del Picchia (1892 - 1988), Oswald de Andrade           entre outros.
(1890 - 1954), Renato de Almeida, Ronald de Carvalho              A Semana de 22 não
(1893 - 1935), Tácito de Almeida, além de Manuel Ban-          foi um fato isolado e sem
                                                               origens. As discussões      1
deira (1884 - 1968) com a leitura do poema Os Sapos. A
em torno da necessidade         vem e ainda desconhecido        ernas no país. Nessa con-
    de renovação das artes          grupo modernista.               ferência, o autor antevê a
    surgem em meados da dé-            Sem programa esté-           importância de temperar
    cada de 1910 em textos de       tico definido, a Semana         o processo de importação
    revistas e em exposições,       desempenha na história da       da estética moderna com o
    como a de Anita Malfatti        arte brasileira muito mais      nativismo, o movimento de
    em 1917. Em 1921 já ex-         uma etapa destrutiva de         voltar-se para as raízes da
    iste, por parte de intelec-     rejeição ao conservadoris-      cultura popular brasileira.
    tuais como Oswald de An-        mo vigente na produção          A dinâmica entre nacional
    drade e Menotti Del Picchia,    literária, musical e visual     e internacional torna-se a
    a intenção de transformar       do que um acontecimento         questão principal desses
    as comemorações do cen-         construtivo de propostas        artistas nos anos subse-
    tenário em momento de           e criação de novas lingua-      qüentes.
    emancipação artística. No       gens. Pois, se existe um           Com a distância de mais
    entanto, é no salão do          elo de união entre seus tão     de 80 anos, sabe-se que,
    mecenas Paulo Prado, em         diversos artífices, este é,     com respeito à elabora-
    fins desse ano, que a idéia     segundo seus dois princi-       ção e à apresentação de
    de um festival com dura-        pais ideólogos, Mário e Os-     uma linguagem verdadei-
    ção de uma semana, tra-         wald de Andrade, a nega-        ramente moderna, a Sem-
    zendo manifestações artís-      ção de todo e qualquer          ana de 22 não representa
    ticas diversas, toma forma      “passadismo”: a recusa à        um rompimento profundo
    inspirado na Semaine de         literatura e à arte importa-    na história da arte brasile-
    Fêtes de Deauville, cidade      das com os traços de uma        ira. Pois no conjunto de
    francesa. Nota-se que sem       civilização cada vez mais       qualidade    irregular   de
    o empenho desse mecenas         superada, no espaço e no        obras expostas não se
    o projeto não sairia do pa-     tempo.     Em geral todos       identifica uma unidade de
    pel. Paulo Prado, homem         clamam em seus discursos        expressão, ou algo como
    influente e de prestígio na     por liberdade de expressão      uma estética radical do
    sociedade paulistana, con-      e pelo fim de regras na         modernismo. No entanto,
    segue que outros barões         arte. Faz-se presente tam-      há de se reconhecer que,
    do café e nomes de peso         bém certo ideário futuris-      a despeito de todos os an-
    patrocinem, mediante do-        ta, que exige a deposição       tagonismos, esse evento
    ações, o aluguel do teatro      dos temas tradicionalistas      configura-se como um
    para a realização do even-      em nome da sociedade da         fato cultural fundamental
    to. Também é fundamen-          eletricidade, da máquina e      para a compreensão do
    tal seu papel na adesão de      da velocidade. Na palestra      desenvolvimento da arte
    Graça Aranha à causa dos        proferida por Mário de An-      moderna no Brasil, e isso
    artistas “revolucionários”.     drade na tarde do dia 15,       sobretudo pelos debates
    Recém-chegado da Europa         posteriormente publicada        públicos mobilizados (cer-
    como romancista aclama-         como o ensaio A Escrava         cados por reações negati-
    do, a presença de Aranha        que Não É Isaura (1925),        vas ou de apoio) e riqueza
    serve     estrategicamente      ocorre uma das primeiras        de seus desdobramentos
    para legitimar a seriedade      tentativas de formulação        na obra de alguns de seus
    das reivindicações do jo-       de idéias estéticas mod-        realizadores. ■
      Semana de arte moderna. Disponível em: http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/
     enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=marcos_texto&cd_verbete=344&lst_palavras=&cd_
     idioma=28555&cd_item=10 Acesso em: 17 dez. 2008.
2    Diagramação: Juliana Gomes de Souza Dias - juliana.gsouza@gmail.com
Sacudindo as estruturas da arte tupiniquim

                                                               Independência e sorte
                                                                  Esse era o ano em
                                                               que o país comemorava
                                                               o primeiro centenário da
                                                               Independência e os jo-
                                                               vens modernistas preten-
                                                               diam redescobrir o Brasil,
                                                               libertando-o das amar-
                                                               ras que o prendiam aos
                                                               padrões estrangeiros.
                                                                  Seria, então, um movi-
                                                               mento pela independên-
                                                               cia artística do Brasil.
                                                                  Os jovens modernistas
                                                               da Semana negavam, an-
                                                               tes de mais nada, o aca-
                                                               demicismo nas artes. A
                                                               essa altura, estavam já
                                                               influenciados      estetica-
                                                               mente por tendências e
                                                               movimentos como o Cub-
                                                               ismo, o Expressionismo
                                                               e diversas ramificações
                                                               pós-impressionistas.
                                                                  Até aí, nenhuma novi-
                                                               dade nem renovação.
                                                               Mas, partindo desse pon-
                                                               to, pretendiam utilizar
Um dos cartazes da «Semana», satirizando os grandes nomes da
                                                               tais modelos europeus,
música, da literatura e da pintura
                                                               de    forma     consciente,
                                                               para uma renovação da
   A Semana de Arte Mod-          música e literatura sob o    arte nacional, preocupa-
erna de 22, realizada en-         ponto de vista rigorosa-     dos em realizar uma arte
tre 11 e 18 de fevereiro de       mente atual”, como infor-    nitidamente      brasileira,
1922 no Teatro Municipal          mava o Correio Paulistano    sem complexos de inferi-
de São Paulo, contou com          a 29 de janeiro de 1922.     oridade em relação à arte
a participação de escri-             A produção de uma arte    produzida na Europa.
tores, artistas plásticos,        brasileira, afinada com as
arquitetos e músicos.             tendências vanguardistas     Um grupo importante
   Seu objetivo era reno-         da Europa, sem contudo       de renovadores
var o ambiente artístico          perder o caráter nacional,
e cultural da cidade com          era uma das grandes as-         De acordo com o ca-
“a perfeita demonstração          pirações que a Semana        tálogo da mostra, par-
do que há em nosso meio           tinha em divulgar.           ticipavam da Semana os
em escultura, arquitetura,                                     seguintes artistas: Anita      3
Malfatti, Di Cavalcanti, Zina Aita, Vicente   uma próspera cidade, que recebia grande
    do Rego Monteiro, Ferrignac (Inácio da        número de imigrantes europeus e mod-
    Costa Ferreira), Yan de Almeida Prado,        ernizava-se rapidamente, com a implan-
    John Graz, Alberto Martins Ribeiro e Os-      tação de indústrias e reurbanização.
    waldo Goeldi, com pinturas e desenhos;          Era, enfim, uma cidade favorável a
       Marcavam presença, ainda, Victor           ser transformada num centro cultural da
    Brecheret, Hildegardo Leão Velloso e Wil-     época, abrigando vários jovens artistas.
    helm Haarberg, com esculturas; Antonio          Ao contrário, o Rio de Janeiro, outro
    Garcia Moya e Georg Przyrembel, com           polo artístico, se achava impregnado pelas
    projetos de arquitetura.                      idéias da Escola Nacional de Belas-Artes,
       Além disso, havia escritores como          que, por muitos anos ainda, defenderia,
    Mário de Andrade, Oswald de Andrade,          com unhas e dentes, o academicismo.
    Menotti del Picchia, Sérgio Milliet, Plínio     Claro que existiam no Rio artistas dis-
    Salgado, Ronald de Carvalho, Álvaro Mor-      postos a renovar, mas o ambiente não
    eira, Renato de Almeida, Ribeiro Couto e      lhes era propício, sendo-lhes mais fácil
    Guilherme de Almeida.                         aderir a um movimento que partisse da
       Na música, estiveram presentes nomes       capital paulista.
    consagrados, como Villa-Lobos, Guiomar
    Novais, Ernâni Braga e Frutuoso Viana.        Os primórdios da arte moderna no
                                                  Brasil
    Uma cidade na medida certa para o
    evento                                           Em 1913, estivera no Brasil, vindo da
                                                  Alemanha, o pintor Lasar Segall. Reali-
      São Paulo dos anos 20 era a cidade          zou uma exposição em São Paulo e outra
    que melhor apresentava condições para         em Campinas, ambas recebidas com uma
    a realização de tal evento. Tratava-se de     fria polidez. Desanimado, Segall seguiu
                                                  de volta à Alemanha, só retornando ao
                                                  Brasil dez anos depois, quando os ventos
                                                  sopravam mais a favor.
                                                     A exposição de Anita Malfatti em 1917,
                                                  recém chegada dos Estados Unidos e da
                                                  Europa, foi outro marco para o Modern-
                                                  ismo brasileiro.
                                                     Todavia, as obras da pintora, então afi-
                                                  nadas com as tendências vanguardistas
                                                  do exterior, chocaram grande parte do
                                                  público, causando violentas reações da
                                                  crítica conservadora.
                                                     A exposição, entretanto, marcou o iní-
                                                  cio de uma luta, reunindo ao redor dela
                                                  jovens despertos para uma necessidade
                                                  de renovação da arte brasileira.
                                                     Além disso, traços dos ideais que a Se-
                                                  mana propunha já podiam ser notados
                                                  em trabalhos de artistas que dela partici-
    Um dos cartazes colocados no Teatro Mu-
                                                  param (além de outros que foram excluí-
    nicipal de São Paulo, anunciando a Sema-
4                                                 dos do evento).
    na de Arte Moderna
Desde a exposição de Malfatti, havia       estrutura, tinha como seu líder o escritor
dado tempo para que os artistas de pen-      Coelho Neto (1864-1934). Os dois nor-
samentos semelhantes se agrupassem.          destinos, os dois maranhenses, os dois
  Em 1920, por exemplo, Oswald de An-        com uma força tremenda junto a seus
drade já falava de amplas manifestações      pares. Eram conterrâneos ilustres, que
de ruptura, com debates abertos.             agora não se entendiam, e que preten-
                                             diam levar suas posições até as últimas
Revolução em marcha                          conseqüências.
                                                Então, numa histórica sessão da Aca-
   Entretanto, parece ter cabido a Di Cav-   demia, no ano de 1924, deu-se o con-
alcanti a sugestão de “uma semana de         fronto fatal. Após discursos inflamados e
escândalos literários e artísticos, de me-   uma discussão áspera entre ambos, di-
ter os estribos na barriga da burguesiaz-    ante de uma platéia numerosa, um grupo
inha paulistana.”                            de jovens carregou Coelho Neto nas cos-
   Artistas e intelectuais de São Paulo,     tas, enquanto outro grupo fazia o mesmo
com Di Cavalcanti, e do Rio de Janeiro,      com Graça Aranha. (Paulo Victorino, em
tendo Graça Aranha à frente, organiza-       “Cícero Dias”)
vam a Semana, prevista para se realizar         Mário de Andrade, com suas conferên-
em fevereiro de 1922.                        cias, leituras de poemas e publicações em
   Uma exposição de artes plásticas - or-    jornais foi uma das personalidades mais
ganizada por Di Cavalcanti e Rubens Bor-     ativas da Semana.
ba de Morais, com a colaboração de Ron-         Oswald de Andrade talvez fosse um
ald de Carvalho, no Rio - acompanharia       dos artistas que melhor representavam o
as demais atividades previstas.              clima de ruptura que o evento procurava
   Graça Aranha, sob aplausos e vaias        criar.
abriu o evento, com sua conferência in-         Manuel Bandeira, mesmo distante, pro-
augural “A Emoção Estética na Arte Mod-      vocou inúmeras reações de agrado e de
erna”.                                       ódio devido a seu poema “Os Sapos”, que
   Anunciava “coleções de disparates”        fazia uma sátira do Parnasianismo, poe-
como “aquele Gênio supliciado, aquele        ma esse que foi lido durante o evento.
homem amarelo, aquele carnaval aluci-
nante, aquela paisagem invertida” (te-       A imprensa, controlada, ignorou o
mas da exposição plástica da semana),        “escândalo”
além de “uma poesia liberta, uma música
extravagante, mas transcendente” que            Entretanto, acredita-se que a Semana
iriam “revoltar aqueles que reagem movi-     de Arte Moderna não tenha tido original-
dos pelas forças do Passado.”                mente o alcance e amplitude que poste-
   Em 1922, o escritor Graça Aranha          riormente foram atribuídos ao evento.
(1868-1931) aderiu abertamente à Sem-           A exposição de arte, por exemplo,
ana da Arte Moderna, criando uma cisão       parece não ter sido coberta pela imp-
na quase monolítica Academia Brasileira      rensa da época. Somente teve nota pub-
de Letras e gerando nela uma polêmica        licada por participantes da Semana que
como há muito tempo não se via.              trabalhavam em jornais como Mário de
   Dois grupos de imortais se engalfinha-    Andrade, Menotti del Picchia e Graça Ara-
vam, um deles liderado por Graça Ara-        nha (justamente os três conferencistas,
nha, que pretendia romper com o passa-       cujas idéias causaram grande alarde na
do. O outro, mais sedimentado na velha       imprensa).                                   5
Yan de Almeida Prado, em 72, chegou        A dispersão
    mesmo a declarar que” a Semana de Arte
    Moderna pouca ou nenhuma ação desen-             Logo após a realização da Semana, al-
    volveu no mundo das artes e da litera-       guns artistas fundamentais que dela par-
    tura”, atribuindo a fama dos sete dias aos   ticiparam acabam voltando para a Europa
    esforços de Mário e Oswald de Andrade.       (ou indo lá pela primeira vez, no caso de
                                                 Di Cavalcanti), dificultando a continui-
    Bem intencionados, mas ainda                 dade do processo que se iniciara.
    confusos                                        Por outro lado, outros artistas igual-
                                                 mente importantes chegavam após estu-
       Além disso, discute-se o “modernis-       dos no continente, como Tarsila do Amar-
    mo” das obras de artes plásticas, por        al, um dos grandes pilares do Modernismo
    exemplo, que apresentavam várias             Brasileiro.
    tendências distintas e talvez não tives-        Não resta dúvida, porem, que a Se-
    sem tantos elementos de ruptura quan-        mana integrou grandes personalidades
    to seus autores e os idealizadores da        da cultura na época e pode ser consid-
    Semana pretendiam.                           erada importante marco do Modernismo
       Houve ainda bastante confusão estilís-    Brasileiro, com sua intenção nitidamente
    tica e estrangeirismos contrários aos ide-   anti-acadêmica e introdução do país nas
    ais da amostra, como demonstram títulos      questões do século.
    como “Sapho”, de Brecheret, “Café Turco”,       A própria tentativa de estabelecer uma
    de Di Cavalcanti, “Natureza Dadaísta”, de    arte brasileira, livre da mera repetição
    Ferrignac, “Impressão Divisionista”, de      de fórmulas européias foi de extrema
    Malfatti ou “Cubismo” de Vicente do Rego     importância para a cultura nacional e a
    Monteiro.                                    iniciativa da Semana, uma das pioneiras
                                                 nesse sentido.

      Fonte: Enciclopédia Digital Master.




     Semana de arte moderna. Disponível em: http://www.pitoresco.com.br/art_
     data/semana/index.htm Acesso em: 17 dez. 2008.
6    Diagramação: Juliana Gomes de Souza Dias - juliana.gsouza@gmail.com

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Semana de arte moderna

  • 1. Semana de Arte Moderna - 1922 I nserida nas festivi- dades em comemo- ração do centenário da independência do Brasil, em 1922, a Semana de Arte Moderna apresenta-se como a primeira manifestação co- letiva pública na história cul- tural brasileira a favor de um espírito novo e moderno em oposição à cultura e à arte de teor conservador, predomi- nantes no país desde o século XIX. Entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922, realiza-se no Theatro Municipal de São Paulo um festival com uma exposição com cerca de 100 obras e três sessões lítero- musicais noturnas. Entre os pintores participam Anita Mal- fatti (1889 - 1964), Di Caval- canti (1897 - 1976), Ferrignac (1892 - 1958), John Graz (1891 - 1980), Vicente do Rego Monteiro (1899 - 1970), Zina Aita , Yan de Almeida Prado e Antônio Paim Vieira (1895 - 1988), com dois tra- balhos feitos a quatro mãos, e o carioca Alberto Martins Ribeiro, cujo trabalho não se desenvolveu depois da Sema- na de 22. No campo da escul- Capa de Di Cavalcanti para o Catálogo da Exposição tura, estão Victor Brecheret (1894 - 1955), Wilhelm Haarberg (1891-1986) e Hil- programação musical traz degardo Velloso (1899 - 1966). A arquitetura é repre- composições de Villa-Lo- sentada por Antônio Garcia Moya (1891 - ca.1949) e bos (1887 - 1959) e De- Georg Przyrembel. Entre os literatos e poetas, tomam bussy, interpretadas por parte Graça Aranha (1868 - 1931), Guilherme de Almei- Guiomar Novaes (1894 da (1890 - 1969), Mário de Andrade (1893 - 1945), - 1979) e Hernani Braga, Menotti Del Picchia (1892 - 1988), Oswald de Andrade entre outros. (1890 - 1954), Renato de Almeida, Ronald de Carvalho A Semana de 22 não (1893 - 1935), Tácito de Almeida, além de Manuel Ban- foi um fato isolado e sem origens. As discussões 1 deira (1884 - 1968) com a leitura do poema Os Sapos. A
  • 2. em torno da necessidade vem e ainda desconhecido ernas no país. Nessa con- de renovação das artes grupo modernista. ferência, o autor antevê a surgem em meados da dé- Sem programa esté- importância de temperar cada de 1910 em textos de tico definido, a Semana o processo de importação revistas e em exposições, desempenha na história da da estética moderna com o como a de Anita Malfatti arte brasileira muito mais nativismo, o movimento de em 1917. Em 1921 já ex- uma etapa destrutiva de voltar-se para as raízes da iste, por parte de intelec- rejeição ao conservadoris- cultura popular brasileira. tuais como Oswald de An- mo vigente na produção A dinâmica entre nacional drade e Menotti Del Picchia, literária, musical e visual e internacional torna-se a a intenção de transformar do que um acontecimento questão principal desses as comemorações do cen- construtivo de propostas artistas nos anos subse- tenário em momento de e criação de novas lingua- qüentes. emancipação artística. No gens. Pois, se existe um Com a distância de mais entanto, é no salão do elo de união entre seus tão de 80 anos, sabe-se que, mecenas Paulo Prado, em diversos artífices, este é, com respeito à elabora- fins desse ano, que a idéia segundo seus dois princi- ção e à apresentação de de um festival com dura- pais ideólogos, Mário e Os- uma linguagem verdadei- ção de uma semana, tra- wald de Andrade, a nega- ramente moderna, a Sem- zendo manifestações artís- ção de todo e qualquer ana de 22 não representa ticas diversas, toma forma “passadismo”: a recusa à um rompimento profundo inspirado na Semaine de literatura e à arte importa- na história da arte brasile- Fêtes de Deauville, cidade das com os traços de uma ira. Pois no conjunto de francesa. Nota-se que sem civilização cada vez mais qualidade irregular de o empenho desse mecenas superada, no espaço e no obras expostas não se o projeto não sairia do pa- tempo. Em geral todos identifica uma unidade de pel. Paulo Prado, homem clamam em seus discursos expressão, ou algo como influente e de prestígio na por liberdade de expressão uma estética radical do sociedade paulistana, con- e pelo fim de regras na modernismo. No entanto, segue que outros barões arte. Faz-se presente tam- há de se reconhecer que, do café e nomes de peso bém certo ideário futuris- a despeito de todos os an- patrocinem, mediante do- ta, que exige a deposição tagonismos, esse evento ações, o aluguel do teatro dos temas tradicionalistas configura-se como um para a realização do even- em nome da sociedade da fato cultural fundamental to. Também é fundamen- eletricidade, da máquina e para a compreensão do tal seu papel na adesão de da velocidade. Na palestra desenvolvimento da arte Graça Aranha à causa dos proferida por Mário de An- moderna no Brasil, e isso artistas “revolucionários”. drade na tarde do dia 15, sobretudo pelos debates Recém-chegado da Europa posteriormente publicada públicos mobilizados (cer- como romancista aclama- como o ensaio A Escrava cados por reações negati- do, a presença de Aranha que Não É Isaura (1925), vas ou de apoio) e riqueza serve estrategicamente ocorre uma das primeiras de seus desdobramentos para legitimar a seriedade tentativas de formulação na obra de alguns de seus das reivindicações do jo- de idéias estéticas mod- realizadores. ■ Semana de arte moderna. Disponível em: http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/ enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=marcos_texto&cd_verbete=344&lst_palavras=&cd_ idioma=28555&cd_item=10 Acesso em: 17 dez. 2008. 2 Diagramação: Juliana Gomes de Souza Dias - juliana.gsouza@gmail.com
  • 3. Sacudindo as estruturas da arte tupiniquim Independência e sorte Esse era o ano em que o país comemorava o primeiro centenário da Independência e os jo- vens modernistas preten- diam redescobrir o Brasil, libertando-o das amar- ras que o prendiam aos padrões estrangeiros. Seria, então, um movi- mento pela independên- cia artística do Brasil. Os jovens modernistas da Semana negavam, an- tes de mais nada, o aca- demicismo nas artes. A essa altura, estavam já influenciados estetica- mente por tendências e movimentos como o Cub- ismo, o Expressionismo e diversas ramificações pós-impressionistas. Até aí, nenhuma novi- dade nem renovação. Mas, partindo desse pon- to, pretendiam utilizar Um dos cartazes da «Semana», satirizando os grandes nomes da tais modelos europeus, música, da literatura e da pintura de forma consciente, para uma renovação da A Semana de Arte Mod- música e literatura sob o arte nacional, preocupa- erna de 22, realizada en- ponto de vista rigorosa- dos em realizar uma arte tre 11 e 18 de fevereiro de mente atual”, como infor- nitidamente brasileira, 1922 no Teatro Municipal mava o Correio Paulistano sem complexos de inferi- de São Paulo, contou com a 29 de janeiro de 1922. oridade em relação à arte a participação de escri- A produção de uma arte produzida na Europa. tores, artistas plásticos, brasileira, afinada com as arquitetos e músicos. tendências vanguardistas Um grupo importante Seu objetivo era reno- da Europa, sem contudo de renovadores var o ambiente artístico perder o caráter nacional, e cultural da cidade com era uma das grandes as- De acordo com o ca- “a perfeita demonstração pirações que a Semana tálogo da mostra, par- do que há em nosso meio tinha em divulgar. ticipavam da Semana os em escultura, arquitetura, seguintes artistas: Anita 3
  • 4. Malfatti, Di Cavalcanti, Zina Aita, Vicente uma próspera cidade, que recebia grande do Rego Monteiro, Ferrignac (Inácio da número de imigrantes europeus e mod- Costa Ferreira), Yan de Almeida Prado, ernizava-se rapidamente, com a implan- John Graz, Alberto Martins Ribeiro e Os- tação de indústrias e reurbanização. waldo Goeldi, com pinturas e desenhos; Era, enfim, uma cidade favorável a Marcavam presença, ainda, Victor ser transformada num centro cultural da Brecheret, Hildegardo Leão Velloso e Wil- época, abrigando vários jovens artistas. helm Haarberg, com esculturas; Antonio Ao contrário, o Rio de Janeiro, outro Garcia Moya e Georg Przyrembel, com polo artístico, se achava impregnado pelas projetos de arquitetura. idéias da Escola Nacional de Belas-Artes, Além disso, havia escritores como que, por muitos anos ainda, defenderia, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, com unhas e dentes, o academicismo. Menotti del Picchia, Sérgio Milliet, Plínio Claro que existiam no Rio artistas dis- Salgado, Ronald de Carvalho, Álvaro Mor- postos a renovar, mas o ambiente não eira, Renato de Almeida, Ribeiro Couto e lhes era propício, sendo-lhes mais fácil Guilherme de Almeida. aderir a um movimento que partisse da Na música, estiveram presentes nomes capital paulista. consagrados, como Villa-Lobos, Guiomar Novais, Ernâni Braga e Frutuoso Viana. Os primórdios da arte moderna no Brasil Uma cidade na medida certa para o evento Em 1913, estivera no Brasil, vindo da Alemanha, o pintor Lasar Segall. Reali- São Paulo dos anos 20 era a cidade zou uma exposição em São Paulo e outra que melhor apresentava condições para em Campinas, ambas recebidas com uma a realização de tal evento. Tratava-se de fria polidez. Desanimado, Segall seguiu de volta à Alemanha, só retornando ao Brasil dez anos depois, quando os ventos sopravam mais a favor. A exposição de Anita Malfatti em 1917, recém chegada dos Estados Unidos e da Europa, foi outro marco para o Modern- ismo brasileiro. Todavia, as obras da pintora, então afi- nadas com as tendências vanguardistas do exterior, chocaram grande parte do público, causando violentas reações da crítica conservadora. A exposição, entretanto, marcou o iní- cio de uma luta, reunindo ao redor dela jovens despertos para uma necessidade de renovação da arte brasileira. Além disso, traços dos ideais que a Se- mana propunha já podiam ser notados em trabalhos de artistas que dela partici- Um dos cartazes colocados no Teatro Mu- param (além de outros que foram excluí- nicipal de São Paulo, anunciando a Sema- 4 dos do evento). na de Arte Moderna
  • 5. Desde a exposição de Malfatti, havia estrutura, tinha como seu líder o escritor dado tempo para que os artistas de pen- Coelho Neto (1864-1934). Os dois nor- samentos semelhantes se agrupassem. destinos, os dois maranhenses, os dois Em 1920, por exemplo, Oswald de An- com uma força tremenda junto a seus drade já falava de amplas manifestações pares. Eram conterrâneos ilustres, que de ruptura, com debates abertos. agora não se entendiam, e que preten- diam levar suas posições até as últimas Revolução em marcha conseqüências. Então, numa histórica sessão da Aca- Entretanto, parece ter cabido a Di Cav- demia, no ano de 1924, deu-se o con- alcanti a sugestão de “uma semana de fronto fatal. Após discursos inflamados e escândalos literários e artísticos, de me- uma discussão áspera entre ambos, di- ter os estribos na barriga da burguesiaz- ante de uma platéia numerosa, um grupo inha paulistana.” de jovens carregou Coelho Neto nas cos- Artistas e intelectuais de São Paulo, tas, enquanto outro grupo fazia o mesmo com Di Cavalcanti, e do Rio de Janeiro, com Graça Aranha. (Paulo Victorino, em tendo Graça Aranha à frente, organiza- “Cícero Dias”) vam a Semana, prevista para se realizar Mário de Andrade, com suas conferên- em fevereiro de 1922. cias, leituras de poemas e publicações em Uma exposição de artes plásticas - or- jornais foi uma das personalidades mais ganizada por Di Cavalcanti e Rubens Bor- ativas da Semana. ba de Morais, com a colaboração de Ron- Oswald de Andrade talvez fosse um ald de Carvalho, no Rio - acompanharia dos artistas que melhor representavam o as demais atividades previstas. clima de ruptura que o evento procurava Graça Aranha, sob aplausos e vaias criar. abriu o evento, com sua conferência in- Manuel Bandeira, mesmo distante, pro- augural “A Emoção Estética na Arte Mod- vocou inúmeras reações de agrado e de erna”. ódio devido a seu poema “Os Sapos”, que Anunciava “coleções de disparates” fazia uma sátira do Parnasianismo, poe- como “aquele Gênio supliciado, aquele ma esse que foi lido durante o evento. homem amarelo, aquele carnaval aluci- nante, aquela paisagem invertida” (te- A imprensa, controlada, ignorou o mas da exposição plástica da semana), “escândalo” além de “uma poesia liberta, uma música extravagante, mas transcendente” que Entretanto, acredita-se que a Semana iriam “revoltar aqueles que reagem movi- de Arte Moderna não tenha tido original- dos pelas forças do Passado.” mente o alcance e amplitude que poste- Em 1922, o escritor Graça Aranha riormente foram atribuídos ao evento. (1868-1931) aderiu abertamente à Sem- A exposição de arte, por exemplo, ana da Arte Moderna, criando uma cisão parece não ter sido coberta pela imp- na quase monolítica Academia Brasileira rensa da época. Somente teve nota pub- de Letras e gerando nela uma polêmica licada por participantes da Semana que como há muito tempo não se via. trabalhavam em jornais como Mário de Dois grupos de imortais se engalfinha- Andrade, Menotti del Picchia e Graça Ara- vam, um deles liderado por Graça Ara- nha (justamente os três conferencistas, nha, que pretendia romper com o passa- cujas idéias causaram grande alarde na do. O outro, mais sedimentado na velha imprensa). 5
  • 6. Yan de Almeida Prado, em 72, chegou A dispersão mesmo a declarar que” a Semana de Arte Moderna pouca ou nenhuma ação desen- Logo após a realização da Semana, al- volveu no mundo das artes e da litera- guns artistas fundamentais que dela par- tura”, atribuindo a fama dos sete dias aos ticiparam acabam voltando para a Europa esforços de Mário e Oswald de Andrade. (ou indo lá pela primeira vez, no caso de Di Cavalcanti), dificultando a continui- Bem intencionados, mas ainda dade do processo que se iniciara. confusos Por outro lado, outros artistas igual- mente importantes chegavam após estu- Além disso, discute-se o “modernis- dos no continente, como Tarsila do Amar- mo” das obras de artes plásticas, por al, um dos grandes pilares do Modernismo exemplo, que apresentavam várias Brasileiro. tendências distintas e talvez não tives- Não resta dúvida, porem, que a Se- sem tantos elementos de ruptura quan- mana integrou grandes personalidades to seus autores e os idealizadores da da cultura na época e pode ser consid- Semana pretendiam. erada importante marco do Modernismo Houve ainda bastante confusão estilís- Brasileiro, com sua intenção nitidamente tica e estrangeirismos contrários aos ide- anti-acadêmica e introdução do país nas ais da amostra, como demonstram títulos questões do século. como “Sapho”, de Brecheret, “Café Turco”, A própria tentativa de estabelecer uma de Di Cavalcanti, “Natureza Dadaísta”, de arte brasileira, livre da mera repetição Ferrignac, “Impressão Divisionista”, de de fórmulas européias foi de extrema Malfatti ou “Cubismo” de Vicente do Rego importância para a cultura nacional e a Monteiro. iniciativa da Semana, uma das pioneiras nesse sentido. Fonte: Enciclopédia Digital Master. Semana de arte moderna. Disponível em: http://www.pitoresco.com.br/art_ data/semana/index.htm Acesso em: 17 dez. 2008. 6 Diagramação: Juliana Gomes de Souza Dias - juliana.gsouza@gmail.com