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Baixar para ler offline
Elis
Regina
Todas as letras
Pesquisa, organização e diagramação:
           Vladimir Araújo

          Projeto gráfico:
 Juliana Mesquita e Juliana Palezi
Elis
Regina
Todas as letras
Dá sorte
                                                   Eleu Salvador
                                          Viva a Brotolândia – 1961                                                 Samba feito para mim
                                                                                                                                           Paulo Tito
                               Dá sorte fazer o que eu digo                                                                         Viva a Brotolândia – 1961
                                 Dá sorte querer seu amor
                                   Dá sorte cantar comigo                                                                 Pedi pra fazerem um samba para mim.
                                                                                                                               Pra desabafar meu coração.
               Cante então a canção que eu fiz para ser feliz                                                              Tenho tanta coisa pra dizer de mim.
               Cante então a canção que eu fiz para ser feliz                                                            Como eu gostaria de falar numa canção.

                                  Creio no supremo poder                                                                Sei que o mundo é mau, jamais vai entender,
                              Gosto de quem gosta de mim                                                                     Que este samba vive de hum sofrer
                                  Serei tudo que quero ser


                                                                                 Tu serás
                                                                                                                               O tema é meu. Nasceu assim.
    Sou feliz, tenho alguem que me quer e que eu quero bem                                                                Era preciso fazerem um samba pra mim.

                                                                                                                            Amei alguém. Fui só de alguém.
                                                                                 Ângela Martignoni/Othon Russo
                                                                                 Viva a Brotolândia – 1961
                                                                                                                          O mundo não procurou compreender.



                                   Sonhando
                                                                                 Tu serás a vida e o meu destino         Então pedi para fazerem um samba assim.
                                                                                                                          E este samba foi feito todinho pra mim.
                                                                      (Dream)
                                                                                 Tu serás angústia e tormento
                                                                                 Tu serás a chama que ilumina
                                                                                 O eterno fogo de minha alma
                                   B. de Vorzon/T. Ellis/Vs. Juvenal Fernandes
                                   Viva a Brotolândia – 1961
                                                                                 E na noite escura, minha estrela
                                   Sonho                                         Tu serás… tu serás
                                   Eu sempre sonho                               Estrela que mostra o meu caminho
                                   Que o amor irei buscar                        Tu serás… somente tu.

                                   Sigo                                          Vivo para amar-te e adorar-te
                                   Uma alameda                                   Pois és a razão dos meus desejos
                                   E alquém é o meu par                          E se em ti não penso a todo instante
                                                                                 Não posso acalmar o meu tormento
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                                   Alguém que eu venero
                                   Que tanto quero
                                   Não sei quem é

                                   Sonho



                                                                                 Fala-me de amor
                                   E no meu sonho
                                   Sigo com um certo alguém
                                                                                                                          (Take me in your arms)
                                                                                 Markus/Rotter/Vs. Max Gold
                                                                                 Viva a Brotolândia – 1961




                                    Murmúrio
                                                                                 Fala-me de amor,
                                                                                 Mesmo que seja pra mentir
                                                                                 Fala-me de amor,
                                 Djalma Ferreira/Luiz Antônio                    Se vais partir.
                                         Viva a Brotolândia – 1961
                                                                                 Um beijo louco
                                           Vai nesta canção                      Para lembrar o que passou
                                         Meu último adeus                        Dura tão pouco
                                     Coração sonha em vão                        Mesmo que seja o fim
                                        Com os beijos seus                       Aperta-me assim
                                                                                 E nos braços teus
                                             Foi esta canção                     Toda magia viverei
                                           Que eu murmurei                       Beija-me assim
                                      Tu também longe amei                       Depois adeus!
                                         Murmuraste eu sei.
                                                                                 Eu queria sentir teu beijo
                         Há neste murmúrio huma saudade                          Com carinho e emocão
                                 A vontade louca de voltar                       E guardar este amor tão puro
                   Ser como era antes mesmo por instantes                        No fundo do coração
                          E depois morrer para não chorar
Baby face As coisas que eu gosto                                                          (My favorite things)
                        Davis/Asket/Vs. Fred Jorge       Hammerstein/Rodgers/Vs. Fernando César
                             Viva a Brotolândia – 1961   Viva a Brotolândia – 1961

                                    Baby face            As coisas que eu gosto eu vou lhe dizer
                          Esse rostinho lindo            São coisas bonitas que vêm de você
                                    Baby face            É o céu de um sorriso embriagador
                              Parece ingênuo             E esses seus olhos lembrando o amor
                              Não é isso não
                                    Baby face            Nem sei como pode você ser assim
Que encontrei sorrindo e me deixou sonhando              E ter tudo, tudo que é bom para mim
                                                         Nem de encomenda eu ia achar
                                   Baby face             Outro igual a você para amar
    Esse seu modo estranho de olhar pra mim


                                                                                            Mesmo de mentira
                            Me faz acreditar             Os seus olhos
                        Que você sabe amar               Seu sorriso
                                   Mentindo              Que bonitos são
                                  Baby Face.                                                                                Carlos Imperial
                                                         Você não existe                                             Viva a Brotolândia – 1961
                                                         Na certa sonhei
                                                         Quando inventei você                                   Diz mesmo de mentira
                                                                                                             Que eu sou tudo pra você
                                                                                                                Diz mesmo de mentira
                                                                                                           Que ao seu lado eu vou viver




     Garoto último tipo
                                                                                                                                    Diz.
                                                                                                                       Prefiro a mentira
                                                           (Puppy Love)                                           Pois a verdade é ruim
                                                                                                                 Diz mesmo de mentira
     Paul Anka/Vs. Fred Jorge                                                                                Diz que você gosta de mim
     Viva a Brotolândia – 1961

                                                                                                                    Quero viver na ilusão
     Hoje eu vi um tal brotinho
                                                                                                      Pois afinal não machuca o coração
     Que o meu coração




                                                                                                                                                                                                  3
                                                                                                                 Se a verdade me faz mal
     Foi logo conquistando
                                                                                             Eu não vou fazer da minha vida um carnaval
     E eu nem disse não
                                                                                                                                 Mente
     Garoto último tipo
                                                                                                                        É melhor assim
     Broto sensação
                                                                                                             Diz que você gosta de mim
     Não sei porque


                                                                                                                                                 Amor, amor
     Dei meu coração

     Saiu pra rua                                                                                                                                                                  (Love, love)
     Trânsito parou


                                                         Dor de Covelo
                                                                                                                                                 Bill Caesar/Vs. Carlos Imperial
     E pra mim o olhar mandou                                                                                                                    Viva a Brotolândia – 1961

     Que garotinho                                                                                                                               Amor, amor
     Mas que tipão                                               João Roberto Kelly                                                              Quero um amor que não tenha fim
     E roubou meu coração                                       Viva a Brotolândia – 1961                                                        Amor, amor
                                                                                                                                                 Quero um amor pra mim
                                                        Beber pra esquecer é teimosia
                                                       Hoje muito whisky, muita alegria,                                                         Amor, amor
                                                        Amanhã ressaca, saco de gelo                                                             Quero um amor que me queira bem
                                                O bar não é doutor que cure a dor de cotovelo                                                    Amor, amor
                                                                                                                                                 Eu reciso amar alguém
                                                         A dor pra curar não tem receita
                                                             É corcunda que se deita                                                             Vivo a sonhar
                                                               Sem achar a posição                                                               Que estou a beijar
                                                           E sentir saudade não faz mal                                                          O meu grande amor
                                                             Não é no fundo do copo
                                                         Que você vai encontrar sua moral                                                        Sempre a esperar
                                                                                                                                                 Quem me queira amar
                                                               Beber pra esquecer...
                                                                                                                                                 O meu peito agora diz
                                                                                                                                                 Eu preciso de um amor
                                                                                                                                                 Só assim serei feliz
Poema
    Fernando Dias
    Poema de Amor – 1962




             Poema
    É a noite cheia de amargura
     Poema
       É a luz que brilha lá no céu
       Poema
4




     É ter saudade de alguém
          Que a gente quer e que não vem
        Poema
             É o cantar de um passarinho
      Que vive ao leú, perdeu seu ninho
    É a esperança de o encontrar
      Poema
     É a solidão da madrugada
       Um ébrio triste na calçada
    Querendo a lua namorar
Dá-me um beijo
                                                             (Kiss me, Kiss me)
                                                         Trovajoli/Daniell/Vs. Romeu Nunes



       Pororó-Popó
                                                                         Poema de Amor – 1962

                                                                           Dá-me um beijo
                                                                                  Um só
             João Roberto Kelly                                                   Um só
             Poema de Amor – 1962
                                                                          Mata meu desejo
       Bate bate bate constante                                                  De mim


                                                                                                Meu pequeno mundo de ilusão
             Pororó-popó                                                          Tem dó
 Dançando na festa, beijinho na testa e só
                                                    Pois num beijo só você poderá sentir
                                                                                                (My little corner of the world)
          Seu telefone eu anotei                        O que sinto é desejo sim de mim
            Cupido me laçou
             E apertou o nó                                        Dá-me dá-me um beijo
             Poró-poroporó                                                     Mais um
                                                                                                Hilliard/Pockriss/Vs. José Mauro Pires
                                                                                                Poema de Amor – 1962
                                                                                 Só um
            Todo dia eu discava                                                           Ó vem meu doce bem
              Poró-poroporó                                                E vamos depois Ao meu pequeno mundo de ilusão
  Discava escondida da mamãe e da vovó                                           Os dois São teus os sonhos meus
                                                                                 Os dois No meu pequeno mundo de ilusão
      Tudo começou de brincadeira
    E eu fiquei brincando a vida inteira               Pela vida nos deixando com ardor Só tu então
                                                                                        Serás a inspiração
                                                                            Para sempre E neste mundo
                                                                                 Sempre Terás meu coração
                                                                                  Amor
                                                                                        E se, meu doce bem,
                                                                                        Vieres aplacar esta paixão
                                                                                        Serão somente teus


   Nos teus lábios




                                                                                                                                         5
                                                                                        O meu pequeno mundo e a ilusão

                                                                                                Eu sempre quis
                                                                                                Contigo, coração,
        Haroldo Eiras/Ataliba Santos
            Poema de Amor – 1962                                                                Viver feliz
                                                                                                Em meu mundo de ilusão



                                               Vou comprar
                                               um coração
              Nos teus olhos
    Vejo a luz com que sempre sonhei
              Nos teus lábios
    Sinto os beijos que as vezes roubei

              Vem de novo


                                                                                                          Saudade é recordar
     A saudade em meu peito apertar            Paulo Tito/Romeu Nunes
           E por isso eu canto                 Poema de Amor – 1962


              Nos teus olhos                   Vou comprar um coração
                                                                                                          Renan França/Verinha Falcão
       As estrelas refletem o brilhar          Para trocar por este meu                                   Poema de Amor – 1962
              Dos teus lábios                  Porque sem ilusão não sei viver
       Beijos mil me fazem lembrar             E este meu coração cansou de amar                          De que vale o que tenho
                                                                                                          Só tristezas pra contar
               Desde então                     Com um novo coração                                        E tristeza é ter saudade
          Não sonho e nem vivo                 Vou repetir os erros meus                                  Saudade é recordar
    Porque, amor, só posso encontrar           Fazer oque já fiz
Nos teus lábios e os teus olhos quero olhar.   Amar em vão                                                Tu cruzaste o meu caminho
                                               Ser infeliz mais uma vez.                                  Quando eu era a própria dor
       Sim os teus olhos quero olhar                                                                      Hoje deixo o teu carinho
                                                                                                          Por amor ao teu amor
Confissão                                                        Podes voltar
                                                 Umberto Silva/Paulo Aguiar/Luiz Maranhão                                   Othon Russo/Nazareno de Brito
                                                 Poema de Amor – 1962                                                                   Poema de Amor – 1962

                                                 Vai nesta cancão                                    Deixa passar a incerteza que te afasta de mim
                                                 A confissão
                                                 De alguém que hoje é feliz, feliz
                                                                                            Quero pensar que ainda me queres como ontem, e assim
                                                                                                                         Quero guardar esta ilusão
                                                 Vai dizer também                                                      Adormecer e contigo sonhar
                                                 Que só alguém
                                                 Que ninguém mais faz infeliz

    Las                                          O que passou, passou
                                                                                               Se tu soubesses que torturas em minha alma sem ti

    secretárias
    Pepe Luis/Vs. Martha Almeida
                                                 Sei que não volta mais
                                                 Eis o consolo eneletivo dos meus ais

                                                 Pra que lembrança sem esperança?
                                                                                                 Noites inteiras a pensar que havia outra qualquer
                                                                                                              Mas mesmo assim haja o que houver
                                                                                                                   Podes voltar outra vez para mim
    Poema de Amor – 1962
                                                 Se um é pouco, dois é bom, três é demais




                                                                                              Pizzicato
                                                                                              Pizzicati
        Cha Cha Cha
        Para o secretário
        Cha Cha Cha




                                                          Canção
        Para estenodatilografar
        Cha Cha Cha
        Para o secretário
        Cha Cha Cha



                                                              de enganar
                                                       despedida
        Cha Cha Cha
        Como é bom bailar                                                                     Stern/Marnay/Vs. Fred Jorge
                                                                                              Poema de Amor – 1962

                                                                                                  Quando eu ouvi tocar um doce pizzicati
6




        Necessito secretário competente
                                                                                                            Quase desandou
        Com experiência e boa apresentação
                                                                                                             e quase parou
        Solicito homem jovem e bonito
                                                                                                  O pobre coração que só palpita por ti
        E com carta de recomendação
                                                       Walter/Joluz                                       E sempre te adorou
        Que domine o idioma Italiano                   Poema de Amor – 1962

                                                                     Teu olhar                      Em doce pizzicato o coração pulsou
        O Francês e o Inglês com perfeição

                                                                     Meu olhar                               E alegre saltou
        Nao me importa seja loiro ou moreno

                                                                    Nosso olhar                              E alegre cantou
        Mas que tenha bem alegre o coração
                                                                                                    E como um violino doido a suspirar
                                                                     Tuas mãos                        Sonhou… sonhou… sonhou…
        Quando formos de manhã para o trabalho

                                                                    Minhas mãos
        E a tarde na hora de regressar

                                                                     A emoção                                  Plum plum plum
        Que beleza eu e o meu secretário
                                                                                                                Que delicioso
        Caminhando e cantando o cha cha cha

                                                            A noite a se perder nos faz,                       Plum plum plum
                                                                    Meu amor,                                    Maravilhoso
                                                                     Outra vez
                                                                       Amar                    Minha cancão de amor nasceu no meu coração
                                                                      Sonhar                                    Só para ti
                                                                                                               Minha paixão
                                                                    É manhã                     Em doce pizzicato eu vou levar-te a emoção
                                                                Na manhã do adeus                         O meu amor sem fim

                                                                      Repousa                              A canção que eu canto
                                                               Teus lábios nos meus                          É por ti meu bem
                                                                                                            É um doce pizzicato
                                                                 Um beijo irá fazer                           Sempre a saltitar
                                                                    Teu olhar
                                                                   Meu olhar                                   Plum plum plum
                                                                    Outra vez
                                                                      Amar
                                                                     Chorar
A Virgem de
           Macareña
    (La Virgen de la Macareña)
                                                                                                 Dengosa
                                                           Tango italiano
              B. B. Munterde/Calero/A. Bourget
                                Elis Regina – 1963                                               Castro Perret
                                                                                                 Elis Regina – 1963

                    À noite quando me deito
                                                                                                 Eu sou dengosa
               Eu rezo à Virgem de Macareña              Malgoni/Baretta/Palessi/Romeo Nunes     Gosto de carinho
               Assim sozinho em meu quarto                        Elis Regina – 1963             Amor pra mim
   Falo à Virgem Santa todo o meu tormento
                                                                                                 Tem que ter denguinho
                                                                 Um tango italiano
                  É de coração que eu peço                         O nosso tango                 Eu sou assim
               Que alguém um dia me queira                      Quero um dia dançar              Dengosa para amar
                Que me abraçe com ternura                       E sonhar novamente               Procuro aguém dengoso
                     E me beije com doçura
                                                                                                 Para ser meu par
                                                                Um tango italiano
                             Ó Virgem Santa                      Um terno tango                  Amar com dengo
          Ó Virgem Santa porque sofro tanto                 Como aquele que viu começar          Dá gosto da gente amar
                            Ouvi o que pede                   Nosso amor tão distante            Beijar com dengo
   Ouvi o que pede a angústia do meu pranto
                                                                                                 Dá gosto de se beijar
                                                                  E nos teus braços
                    Porque, ó Santa querida,           Rodando ao compasso do tango a recordar   Amor com dengo
Não encontro na vida alguém para meu amor?
                                                                                                 Torna mais gostoso o carinho
                                                                   Nosso passado                 Mas para amar com dengo
                    Porque, ó Santa querida,             E o amor esquecido veremos retornar     É preciso ter jeitinho
Não encontro na vida alguém para meu amor?
                    Alguém que seja ternura                        Um tango italano
        E viva comigo os sonhos que sonhei                          E os teus braços
                                                            O meu corpo de novo estreitar
                  É de coração que eu peço                  E teus olhos de novo encontrar
               Que alguém um dia me queira




                                                                                                                                      7
                Que me abraçe com ternura                   E no céu de teus olhos buscar
                     E me beije com doçura                       A aventura perdida

                           Ouvi o que pede
           Ouvi o que pede minha alma aflita
                        Minha Virgem Santa
                                                                                                 Outra vez                  (Again)
                                                                                                 Cochran/Newman
            Minha Virgem Santa de Macareña


                                                       Tristeza de carnaval
                                                                                                 Elis Regina – 1963

                                                                                                 Jamais
                                                                                                 O meu amor tu terás
                                                                      Bidú/Mutinho               Não te darei novamente
                                                                      Elis Regina – 1963         A boca ardente, oh, não!

                                                                       O carnaval                Verás
                                                                 Sempre faz feliz alguém         Que o sonho que se desfaz


  Formiguinha triste
                                                                  As vezes traz tristeza         Nem deixa rastro na alma
                                                                     E a alegria foge            E acalma a ilusão de um coração

                                                                    Tudo é quarta-feira          Eu não quero
                                         Joãozinho                 Tudo é sempre cinza           De novo sofrer
                                  Elis Regina – 1963
                                                              Pra quem amou foi muito bom        Tal como eu já sofri
                                                             Pra quem perdeu chorou demais
         Era uma vez uma triste formiguinha
                                                                 Depois voltou o carnaval        Eu não quero de novo viver
     Que vivia tão sozinha tocando seu violão
                                                                     Na fantasia de sol          No amargor em que já vivi
             Tão simplezinha era sua morada
                                                               E a esperança de encontrar
            Mas existia lugar pra mais alguém
                                                                      Um novo amor               O sonho que se desfez
                                                                       No carnaval               Não deixou rastro em minha alma
             Mas certo dia, como diz a lenda,
                                                                       No carnaval               Não sonharei outra vez
              Tudo lá no quintal se iluminou
                                                                       No carnaval
               Formiguinha encontrou outra
                 Inverno sozinha não passou
Silêncio                                                                                                                       À noite
                                                                                                                                         Berstein/Roberto Côrte Real
                   Túlio Paiva                                                                                                            Elis Regina – 1963
                Elis Regina – 1963




                                                                          balançou
                                                                                      1, 2, 3,
                  Silêncio!
                                                                                                                                            À noite, amor
                  Atenção!                                                                                                                   Vou ver o meu amor
       O samba já tem outra marcação                                                                                                          A lua há de brilhar
                                                                                                                                              Pra nós dois
      O pandeiro já não faz o que fazia
      Violão só é na base da harmonia
                                                                          Nazareno de Brito/Alcyr Pires Vermelho                                À noite, amor
                                                                                     Elis Regina – 1963
                  Silêncio!                                                                                                                     Vou ver o meu amor
                  Atenção!                                                             1, 2, 3, balançou
                                                                            1, 2, 3, o meu samba quero assim
                                                                                                                                                E pra nós as estrelas virão
                                                                                  Requebra e vai por mim
    Porque o samba já tem outra marcação

                                                                                     1, 2, 3, vai não vai
     A roda do mundo sempre vai girando                                                                                                       E o sol que sabe que eu espero
            Vai girando sem parar                                            1, 2, 3, ouve o prato a marcar                                   Que só a noite eu quero
          Tudo nessa vida se renova                                                 O nosso balançar
                                                                                                                                             Compreende e já se vai
                                                                             Faz um passo todo figurado
     A bossa velha deu lugar à bossa nova
                                                                                 E segue o rebolado
       O samba já tem outra marcação                                        A onda do balanço me enrolou                                  Ó Deus, fazei
           E essa é nova marcação
                                                                                  Eu não posso parar
                                                                                                                                         Fazei que a noite seja
                                                                          Vejo o tempo correr sem me cansar                             Sem fim pra mim
                                                                                   Você pode notar
8




                                                                           Batam palmas para quem gostou
                                                                          Do meu samba que a ninguem negou



                Ressurreicão                                                                                                     Adeus amor
                                                                                   De todo coração
                                                                              Sensação enquanto balançou

                        Marino Pinto/Pernambuco                                                                            Almeida Rêgo/Newton Ramalho
                                Elis Regina – 1963                                                                      Elis Regina – 1963

           Ressurreição, meu amor do passado                                                                         Adeus amor
                  Tu és a razão do meu porvir                                                                       Eu tenho de partir
     Eu sonho em vão por que sonho acordada                                                                        Eu sei que vou sentir
                Quisera saber o que há de vir                                                                      Uma saudade imensa de você

                         A chama que se apaga                                                                      Que vai ficar



                                                     Flertei
                      Sempre mata a esperença                                                                      Sozinho como eu
                     Minha chama de esperar-te                                                                     A remoer lembranças do passado
                                 Não se cansa
                                                                                                                    Meu Deus como é que eu vou ficar
             Ressurreição, me levou ao passado       Castro Perret                                                  Sem ter você pra me abraçar?
              E curou de uma vez a minha dor         Elis Regina – 1963                                              Sem ter aqueles beijos que são meus?
                               Milagre do amor                                                                        Só meus
                                                     Agora sim estou certinha com um só
                                                     Tanto brinquei que Cupido me acertou                                 Adeus amor
                                                     Eu tive tantos mas a nenhum eu amei                                    Eu voltarei, querido,
                                                     E, no entanto, sem querer, gamei                                          pra recomeçar a nossa vida
                                                     Veja você, eu que nunca pensei em amar
                                                     Eu que flertava apenas para brincar
                                                     Mas fui brincar de amor quem soube entender meu coracão
                                                     E o flerte transformou-se em gamação
Alô saudade
                                 Paulo Aguiar/Umberto Silva
                                         O Bem do Amor – 1963




                                                                                                       carinho
                                                                                                       Saudade e
                                  Telefonei para a saudade
                                Dizendo a ela o que sentia
                               Como ela trouxe a solução
                  Meu coração logo esqueceu toda a paixão

                        Acreditei no que me foi prescrito
                       E em tudo o que eu não acreditava                                               Renan Franca/Verinha Maranhão
                                                                                                       O Bem do Amor – 1963



                                                            Sem teu amor
            Depois do tempo em que levei sofrendo assim
                               Felicidade voltou pra mim
                                                                                                       Saudade e carinho
                                                                                                       Ai que vontade de amar!
                                                                                                       Todo amor tem o seu ninho
                                                            Luiz Mauro
                                                                                                       O meu amor, onde andará?
                                                            O Bem do Amor – 1963

                                                            Meu coração não pode mais viver assim      Tantos amores eu já tive



     Se você quiser
                                                            Sem teu amor                               Quantos amores mais terei?
                                                            Meu coracão vive chorando triste assim     Nenhum, porém, comigo vive
                                                            Sem teu amor                               Sozinha sempre viverei

          Baden Powell/Mario Telles
                                                            Tudo acabou
             O Bem do Amor – 1963
                                                            Fiquei sozinha
Você quer que eu te conte o que é o amor,                   Sem teu querer
          Feito para dois amar,


                                                                                                                      Manhã de
         Feito de sorriso e flor?                           Tudo mudou
                                                            E, sem carinho,



                                                                                                                                       AMOR
               Você quer.                                   Não sei viver
        Mas será que você quer?
  Caminhar neste luar para eu te mostrar.                   Meu coracão hoje só vive de ansiedade




                                                                                                                                                             9
                   Vem.                                     Por você
                                                            Espero em vão o fim de toda essa saudade                          Sergio Malta/Joluz
     Você quer ver na luz do meu olhar,                     De você                                                           O Bem do Amor – 1963
          Como eu te quero bem,
         Como eu te quero amar?                             Vou esperar                                               É manhã
                                                            Ó, meu querido,                                           Vem o sol
                 Eu não sei.                                Volte pr favor                                            Vem trazer o calor
           Eu não sei se você quer.                                                                                   Que aquece a emoção
            Eu posso te dar amor,                           Meu coracão                                               De um olhar
               Se vocie quiser.                             Não vai viver toda esta vida                              De um aperto de mão
                                                            Sem teu amor
                                                                                                                                    Vem a chuva também
                                                                                                                                     Vem chorar a alegria
                                                                                                                                   Do retorno de alguém
                                                                                                                                           De um amor
                                                                                                                                       Numa terna ilusão

                                                                                                                      E se faz lá no céu
                                                                                                                      O enlace da chuva e do sol
Mania de gostar                                                                                                       A natureza sorri
                                                                                                                      É tão lindo o matiz do arrebol
Luis Mauro
O Bem do Amor – 1963
                                                                                                                              Já se fez a manhã do amor
                                                                                                                                Já se pôs o arco-iris além
                                                                                                                                             Vem a chuva
Mania boba é essa da gente de gostar de alguém. Alguém que nos faz um pouquinho feliz quando vem.
Alguém que quando vai não diz pra onde nem porque. Parte deixando saudade. Fazendo a gente sofrer.                                             Vem o sol
                                                                                                                                     Com eles, meu bem.
Não vai outra vez meu amor, não vá pra longe de mim. Esse negócio de saudade não foi feito pra mim.
Com você aqui bem perto. Juntinho do meu coração. Não viverei mais nesta solidão.
Há uma história triste
                                                                    Othon Russo/Niquinho
                                                                     O Bem do Amor – 1963

                                                                Há uma história triste pelo ar
                                                            História que não tem “era uma vez…”
                                                              Há uma história triste pra contar
                                                              História que começa com “talvez”

                                                                Foi, talvez, amor que acabou
                                                              Foi, talvez, um sonho que apagou
                                                              Restos de lembrança e amargura
                                                               Rugas de saudade e de ternura




     Retorno                                                                                        Meus olhos
     Aécio Kauffmann                                                                                                 Sergio Napp
     O Bem do Amor – 1963                                                                                     O Bem do Amor – 1963

     Meu bem eu agora voltarei                                                                                     Meus olhos
     Bem sei que estarás a me esperar                                                                    Saudades que eu trago
                                                                                                             Do amor de você
     Deixei meu coração cheio de amor juntinho ao teu
     E só me acompanhou a saudade em seu lugar                                                                      Meus olhos
                                                                                                            Silêncios na espera
     Agora voltarei novamente aos braços teus                                                          De alguém que não vem
     E tu sempre estarás eternamente nos braços meus
                                                                                                        Ah, se você entendesse
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     Na estrada desta vida                                                                                    A beleza de amar
     Nunca mais                                                                                         Que eles trazem em si
     Nunca mais sozinha
     Longe amor                                                                                     Ah, se você compreendesse
     Dos teus carinhos                                                                             O que escondem meus olhos
                                                                                                               Voltaria pra mim




                                                        Domingo em Copacabana
                                                                  Roberto Faissal/Paulo Tito
                                                                     O Bem do Amor – 1963

                                                                      Copacabana cheia
                                                                   Bom é domingo mesmo
                                                            Dias de sol vem alegrar o nosso amor

                                                                         Mar azul
                                                                        Onda azul
                                                                  Vem beijar meus amores

                                                                     Copacabana bela
                                                                     Lua de luz acesa
                                                               Ando calçada cheia sem pensar

                                                                    Ai, rio até sozinha
                                                                   Da beleza do meu Rio

                                                                  Da TV Rio até o Forte
                                                              Gente que passa sem ter norte
                                                            Copacabana eu vou sonhar junto de ti
O bem do amor
         Rildo Hora/Clóvis Mello
            O Bem do Amor – 1963


           Se você pensava
         Bem no amor achar
      O bem no amor encontrará
         E quando você quiser

         Vá buscar ternura
         No amor que existe
       Num lugar feito pra dois
          Sim, vá buscar

     Tem perfume a flor que nasce
          No jardim ao sol

     De ver tanto encanto na flor
    Fui pedir a rosa viva e multicor
             Perfume e cor
            Fiz nosso amor
        E o mundo prá nós dois




                                       11
       É pra frente que se anda
    Caminhando sem olhar pra trás
       É pra frente que se anda
    Caminhando sem olhar pra trás

       É como a roda da história
         Que nunca pode parar
      Há um turbilhão de anseios
        Despertando a nossa voz

      Há um mundo de esperança
            Esperando,
          Esperado por nós

        E a gente vai seguindo
        Olhando só pra frente
        Sem se voltar pra trás




Mundo de paz
       Procurando nosso mundo
            Mundo de paz
                Túlio Paiva
            O Bem do Amor – 1963
O MORRO NÃO TEM VEZ                                                                                  DIZ QUE FUI POR AÍ
                 (Tom Jobim/Vinícius de Morais)                                                                           (Zé Keti/H. Rocha)

                   O morro não tem vez                                                                             Se alguém perguntar por mim
               E o que ele fez já foi demais                                                                             Diz que fui por aí




                                                      Pout Pourri
     Mas olhem bem voces, quando derem vez ao morro                                                              Levando o violão debaixo do braco
                 Toda a cidade vai cantar                                                                          Em qualquer esquina eu paro
                                                                                                                  Em qualquer botequim eu entro
                                                                                                         E se houver motivo, é mais um samba que eu faço
                   ESSE MUNDO É MEU                                                                         Se quiserem saber se eu volto, diga que sim
                  (Sérgio Ricardo/Ruy Guerra)                                                             Mas só depois que a saudade se afastar de mim
                                                                                                          Mas só depois que a saudade se afastar de mim
             Escravo no mundo em que sou
             Escravo no reino em que estou
                                                           Dois na Bossa 1 – 1963 (Com Jair Rodrigues)
           Mas acorrentado ninguém pode amar                                                                          ACENDER AS VELAS
           Mas acorrentado ninguém pode amar                                                                                  (Zé Keti)

                                                                                                                Acender as velas, já é profissão
                   FEIO NAO É BONITO                                                                          Quando nao tem samba, tem desilusão
              (Carlos Lyra/Gianfrancesco Guarnieri)                                                             Acender as velas, já é profissão
                                                                  ESSE MUNDO É MEU                              Quando nao sou eu, é Nara Leão
                      Feio, nao é bonito                         (Sérgio Ricardo/Ruy Guerra)
          O morro existe mas pede pra se acabar
                  Canta, mas canta triste              Saravá, Ogum, mandinga da gente continua
                                                               Cade o despacho pra acabá                               A VOZ DO MORRO
         Porque tristeza é só o que tem pra cantar                                                                            (Zé Keti)
                  Chora, mas chora rindo                       Santo guerrero na floresta
         Porque é valente e nunca se deixa quebrar       Se você nao vem eu mesma vou brigá                              Eu sou o samba
                     Ama, o morro ama                    Se voce nao vem eu mesma vou brigá                 A voz do morro sou eu mesmo, sim senhor
                 Amor bonito, amor aflito                                                                   Quero mostrar ao mundo que tenho valor
                  Que pede outra história                                                                            Eu sou o rei do terreiro
12




                                                                       A FELICIDADE                                      Eu sou o samba
                                                                (Tom Jobim/Vinícius de Morais)                 Sou natural daqui do Rio de Janeiro
                  SAMBA DO CARIOCA                             A felicidade é como a pluma                          Sou eu quem leva alegria
                (Carlos Lyra/Vinícius de Morais)
                                                             Que o vento vai levando pelo ar                   Para milhões de corações brasileiros
                     Vamos, carioca,                      Brilha tão leve, mas tem a vida breve
                sai do teu sono devagar                    Precisa que haja vento sem parar
                                                                                                                    O MORRO NAO TEM VEZ
                  O dia já vem vindo aí                                                                             (Tom Jobim/Vinícius de Morais)
                    E o sol já vai raiar
                Sao Jorge, teu padrinho,                           SAMBA DE NEGRO                                      O morro não tem vez
                  te dê cana pra tomar                           (Roberto Correa/Sylvio Son)                       E o que ele fez já foi demais
                   Xango, teu pai, te dê                                                                              Mas olhem bem voces
               muitas mulheres para amar                      Subi lá no morro só pra ver                          Quando derem vez ao morro
                                                                   O que o nêgo tem                                  Toda a cidade vai cantar
                                                               Pra cantar assim gostoso                               Vai cantar, vai cantar
                                                             E fazer samba como ninguém                               Vai cantar, vai cantar



                                                                   VOU ANDAR POR AÍ
                                                                       (Newton Chaves)

                                                           Vou andar por aí, perguntar por aí
                                                                Pra ver se eu encontro
                                                                   A paz que perdi


                                                              O SOL NASCERÁ (A sorrir)
                                                                   (Cartola/Elton Medeiros)

                                                           A sorrir eu pretendo levar a vida
                                                        Pois chorando eu vi a mocidade perdida
Preciso aprender a ser só
Marcos Valle/Paulo Sergio Valle
Dois na Bossa 1 – 1965
Samba eu canto assim – 1965


Ah! se eu te pudesse fazer entender
                                                                                            Arrastão
Sem teu amor eu não posso viver
                                                                                                       Edu Lobo/Vinícius de Morais
                                                                                                           Dois na Bossa 1 – 1965

Que sem nós dois o que resta sou eu
E u    a s s i m     t ã o      s ó                                                          Eh... tem jangada no mar
E eu preciso aprender a ser só                                                            Eh, eh, eh... hoje tem arrastão
Poder dormir sem sentir teu amor                                                              Eh... todo mundo pescar
A ver que foi só um sonho e passou                                                              Chega de sombra João
A h !            o        a m o r
                                                                                  Jovi, olha o arrastão entrando no mar sem fim
Quando é demais ao findar leva a paz                                                 Ê meu irmão me traz Yemanjá pra mim
Me entreguei sem pensar
Que a saudade existe e se vem é tão triste
Vê, meus olhos choram a falta dos teus
                                                                                                 Minha Santa Bárbara
Esses teus olhos que foram tão meus
                                                                                                      Me abençoai
Por Deus, entenda que assim eu não vivo                                                        Quero me casar com Janaína
Eu morro pensando no nosso amor
Por Deus, entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor
                                                                                                Eh... puxa bem devagar




                                                                                                                                                       13
                                                                                          Eh, eh, eh... já vem vindo o arrastão
A h !            o        a m o r                                                              Eh... é a Rainha do Mar
Quando é demais ao findar leva a paz                                                             Vem, vem na rede João
Me entreguei sem pensar                                                                                 Pra mim!
Que a saudade existe e se vem é tão triste
Vê, meus olhos choram a falta dos teus
Esses teus olhos que foram tão meus
                                                                                         Valha-me Deus Nosso Senhor do Bonfim
Por Deus, entenda que assim eu não vivo                                                  Nunca, jamais se viu tanto peixe assim
Eu morro pensando no nosso amor
Por Deus, entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor




Terra de                          Segue nessa marcha triste   Anda.Teu caminho é longo      Pára no final da tarde           Mas...


ninguém
                                  Seu caminho aflito          Cheio de incerteza            Tomba já cansado                 O dia vai chegar
                                  Leva só saudade             Tudo é só pobreza             Cai um nordestino                Que o mundo vai saber
                                  E a injustiça               Tudo é só tristeza            Reza uma oração                  Não se vive sem se dar
                                  Que só lhe foi feita        Tudo é terra morta            Prá voltar um dia                Quem trabalha é que tem
Marcos Valle/Paulo Sergio Valle
                                  Desde que nasceu            Onde a terra é boa            E criar coragem                  Direito de viver
Dois na Bossa 1 – 1965
Saudade do Brasil – 1980          Pelo mundo inteiro          O senhor é dono               Prá poder lutar                  Pois a terra é de
(Com Marcos Valle)                Que nada lhe deu            Não deixa passar              Pelo que é seu                   n i n g u é m
Sem Deus com a família          César Roldão Vieira
                                                                    Dois na Bossa 1 – 1965


                                                             Sapato de pobre é tamanco

     Menino das
                       laranjas
                                                               A vida não tem solução
                                                              Morada da rico é palácio
                                                             E casa de pobre é barracão


                                                                                                                         Reza
     Théo de Barros
     Dois na Bossa 1 – 1965 (Com Jair Rodrigues)           Quem é pobre sempre sofre,
     Samba eu canto assim – 1965
                                                             Vive sempre a trabalhar
     Menino que vai pra feira                                                                                   Edu Lobo/Ruy Guerra
                                                                                                                  Dois na Bossa 1 – 1965
     Vender sua laranja até acabar                            Mas eu sofro só de dia,                        Samba eu canto assim – 1965
     Filho de mãe solteira
     Cuja ignorância tem que sustentar                     De noite eu vivo pra sambar                           Por amor andei já
                                                                                                                 Tanto chão e mar
     É madrugada, vai sentindo frio                                                                              Senhor já nem sei
     Porque se o cesto não voltar vazio                                                                      Se o amor não é mais
     A mãe arranja um outro prá laranja                                                                        Bastante pra vencer
     E esse filho vai ter que apanhar
                                                           A mulher de branco é esposa                    Eu já sei o que vou fazer
                                                                                                                       Meu Senhor
     Compra laranja                                        E a esposa do preto é mulher                                Uma oração
     Menino que vai pra feira
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                                                          Mas minha mulher é só minha,              Vou cantar para ver se vai valer
     É madrugada vai sentindo frio                                                                   Laia ladaia sabadana ave-maria
     Porque se o cesto não voltar vazio                  Do branco eu nem sei se só dele é           Laia ladaia sabadana ave-maria
     A mãe arranja um outro prá laranja
     E esse filho vai ter que apanhar                                                                      Ah! meu santo defensor
                                                                                                                Traga o meu amor
     Compra laranja doutor                                    Branco fica atormentado
     Ainda dou uma de quebra pro senhor                                                              Laia ladaia sabadana ave-maria
                                                           E nem tem tempo pra pensar                Laia ladaia sabadana ave-maria
     Lá no morro a gente acorda cedo
     Que é só trabalhar                                                                                       Se é praga ou oração
     Comida é pouca e muita roupa
                                                           Mas o preto é mais que branco
                                                                                                                 Mil vezes cantarei
     Que a cidade manda pra lavar                            pra mãe d’água Iemanjá
                                                                                                     Laia ladaia sabadana ave-maria
     De madrugada ele menino                                                                         Laia ladaia sabadana ave-maria
     Acorda cedo tentando encontrar
     Um pouco pra comer, viver até crescer
     E a vida melhorar                                      A terra do dono é só dele
     Compra laranja doutor                                 E ali ninguém pode mandar
     Ainda dou uma de quebra pro senhor
                                                          Mas se eu não pegar na enxada
                                                          Não tem ninguém pra plantar

                                                   Eu semeio tanto milho e a colheita é do senhor
                                                   Mas o dia da igualdade tá chegando seu doutor.
Influência do Jazz
                                                                                             Formosa
                                             Carlos Lyra
                                  Elis no Fino da Bossa 1965-1967


                                                                                             Baden Powell/Vinícius de Morais
                                Pobre samba meu                                              Elis no Fino da Bossa 1965-1967 (Com Baden Powell e Ciro Monteiro)
                 Foi se misturando se modernizando, e se perdeu
                        E o rebolado cadê?, não tem mais                                     Formosa, não faz assim
                    Cadê o tal gingado que mexe com a gente                                  Carinho não é ruim
                    Coitado do meu samba mudou de repente                                    Mulher que nega
                                 Influência do jazz                                          Não sabe não
                                                                                             Tem uma coisa de menos
                              Quase que morreu                                               No seu coração
             E acaba morrendo, está quase morrendo, não percebeu
                  Que o samba balança de um lado pro outro                                   A gente nasce, a gente cresce
                     O jazz é diferente, pra frente pra trás                                 A gente quer amar
                    E o samba meio morto ficou meio torto                                    Mulher que nega
                               Influência do jazz                                            Nega o que não é para negar
                                                                                             A gente pega, a gente entrega
                          No afro-cubano, vai complicando                                    A gente quer morrer
                                   Vai pelo cano, vai


                                                                                                                                                           Discussão
                                                                                             Ninguém tem nada de bom
                          Vai entortando, vai sem descanso                                   Sem sofrer
                               Vai, sai, cai... no balanço!                                  Formosa mulher!
                                 Pobre samba meu
                                                                                                                                                           Tom Jobim/Newton Mendonça
                 Volta lá pro morro e pede socorro onde nasceu                                                                                             Elis no Fino da Bossa 1965-1967 (Com pery Ribeiro)
                     Pra não ser um samba com notas demais


                                                                        Samba do avião
                   Não ser um samba torto pra frente pra trás                                                                                              Se você pretende sustentar opinião
                      Vai ter que se virar pra poder se livrar                                                                                             E discutir por discutir
                               Da influência do jazz                                                                                                       Só prá ganhar a discussão
                                                                                             Tom Jobim                                                     Eu lhe asseguro pode crer
                                                                         Elis no Fino da Bossa 1965-1967 (Com lennie Dale)                                 Que quando fala o coração
                                                                                                                                                           As vezes é melhor perder


Vem Balançar
                                                                                         Eparrê,                                                           Do que ganhar, você vai ver




                                                                                                                                                                                                                15
                                                                                  Aroeira beira de mar                                                     Já percebi a confusão
                                                                              Salve Deus e Tiago e Humaitá                                                 Você quer ver prevalecer
                                                                     Eta, costão de pedra dos home brabo do mar                                            A opinião sobre a razão
Walter Santos/Tereza Souza                                                 Eh, Xangô, vê se me ajuda a chegar                                              Não pode ser, não pode ser
Elis no Fino da Bossa 1965-1967
                                                                                                                                                           Prá quê trocar o sim por não
                                                                                    Minha alma canta                                                       Se o resultado é a solidão
Quem vem lá?
                                                                                 Vejo o Rio de Janeiro                                                     Em vez de amor
Quem vem lá?
                                                                             Estou morrendo de saudade                                                     Uma saudade vai dizer quem tem razão
                                                                              Rio, teu mar, praias sem fim
Se é de samba pode se chegar
                                                                              Rio, você foi feito pra mim
No meu samba tem sempre lugar
                                                                                    Cristo Redentor
Prá quem vem balançando


                                                                                                                                                 Devagar com a louça
                                                                          Braços abertos sobre a Guanabara
Querendo sambar
                                                                               Este samba é só porque
                                                                                 Rio, eu gosto de você
Quem vem lá?
                                                                                 A morena vai sambar
Quem vem lá?
                                                                               Seu corpo todo balançar                                           Luiz Reis/Haroldo Barbosa
                                                                              Rio de sol, de céu, de mar                                         Elis no Fino da Bossa 1965-1967 (Com Elza Soares)
Se é de samba pode se chegar
                                                                    Dentro de mais um minuto estaremos no Galeão
No meu samba tem sempre lugar                                                                                                                    Devagar com a louça que eu conheço a moça,
                                                                                     Rio de Janeiro,
Prá quem vem balançando                                                                                                                          vai devagar moçinha, devagar ei.
                                                                                     Rio de Janeiro
Querendo sambar                                                                                                                                  Eu conheço a moça, devagar com a louça,
                                                                                     Rio de Janeiro,
                                                                                     Rio de Janeiro                                              vai devagar, prá não errar.
Pra quem                                                                                                                                         Devagar com a louça que eu conheço a moça,
                                                                                    Cristo Redentor
Traga o samba redondinho,                                                                                                                        vai devagar.
                                                                          Braços abertos sobre a Guanabara
bem certinho assim                                                                                                                               E eu conheço a moça, devagar com a louça.
                                                                               Este samba é só porque
todinho solto                                                                                                                                    Vai, prá não errar.
                                                                                 Rio, eu gosto de você
                                                                                 A morena vai sambar
Mas não venha contando mentira rapaz                                                                                                             Ela é mais enrolada do que linha em carretel,
                                                                               Seu corpo todo balançar
Não ponha no meu samba tão fácil demais                                                                                                          ja viu, mais você nessa jogada, hehe, vira bola de papel.
                                                                             Aperte o cinto, vamos chegar
                                                                         Água brilhando, olha a pista chegando                                   Dê o fora dessa louça, peça logo o seu boné.
                                                                                      E vamos nós                                                Você vai ficar de touca, quem avisa amigo é, pois é..'
                                                                                        Aterrar
Bocochê
                                                           Amor em paz                                                                            Baden Powell/Vinícius de Moraes
                                                                                                                                                  Elis no Fino da Bossa 1965-1967 (Com Baden Powell)
                                                           Tom Jobim/Vinícius de Moraes
                                                           Elis no Fino da Bossa 1965-1967
                                                                                                                                                  Menina bonita, pra onde é "qu'ocê" vai


                        Mulata
                                                                                                                                                  Menina bonita, pra onde é "qu'ocê" vai
                                                           Eu amei
                                                                                                                                                  Vou procurar o meu lindo amor


                     Assanhada
                                                           E amei, ai de mim, muito mais do que devia amar
                                                                                                                                                  No fundo do mar
                                                           E chorei
                                                                                                                                                  Vou procurar o meu lindo amor
                                                           Ao sentir que iria sofrer e me desesperar
                                                                                                                                                  No fundo do mar
                                       Ataulfo Alves       Foi então
                                                                                                                                                  Nhem, nhem, nhem
     Elis no Fino da Bossa 1965-1967 (Com Ataulfo Alves)   Que da minha infinita tristeza aconteceu você
                                                                                                                                                  É onda que vai
                                                           Encontrei
                         Ô, mulata assanhada                                                                                                      Nhem, nhem, nhem
                                                           Em você a razão de viver e de amar em paz
                        Que passa com graça                                                                                                       É onda que vem
                                                           E não sofrer mais
                              Fazendo pirraça                                                                                                     Nhem, nhem, nhem
                                                           Nunca mais
                            Fingindo inocente                                                                                                     Tristeza que vai
                                                           Porque o amor é a coisa mais triste quando se desfaz
                  Tirando o sossego da gente!                                                                                                     Nhem, nhem, nhem
                                                                                                                                                  Tristeza que vem
                                                           O amor é a coisa mais triste quando se desfaz
                    Ah! Mulata se eu pudesse
                      E se meu dinheiro desse                                                                                                     Foi e nunca mais voltou
                        Eu te dava sem pensar                                                                                                     Nunca mais! Nunca mais
                 Esta terra, este céu, este mar                                                                                                   Triste, triste me deixou
                      E ela finge que não sabe
                                                                                                                                                          Nhem, nhem, nhem


                                                                         Agora Ninguém Chora Mais
                    Que tem feitiço no olhar!
                                                                                                                                                          É onda que vai
                  Ai, meu Deus, que bom seria                                                                                                             Nhem, nhem, nhem
                       Se voltasse a escravidão                                                                                                           É a vida que vem
                         Eu pegava a escurinha                                                                                              Jorge Ben Nhem, nhem, nhem
                  E prendia no meu coração!...                                                Elis no Fino da Bossa 1965-1967 (Com Jorge Bem Jor e Zinho) É a vida que vai
                            E depois a pretoria                                                                                                           Nhem, nhem, nhem
16




                             Resolvia aquestão!                                                                              Chorava todo mundo Não volta ninguém
                                                                                                                   Mas agora ninguém chora mais
                                                                                                                           Chora mais, chora mais Menina bonita, não vá para o mar
                                                                                                                             Chorava todo mundo Menina bonita, não vá para o mar
                                                                                                                   Mas agora ninguém chora mais
                                                                                                                                          Chora mais Vou me casar com o meu lindo amor
                                                                                                                                             ô, ô, ô, ô No fundo do mar
                                                                                                                                                          Vou me casar com o meu lindo amor


                        Mas Que Nada
                                                                                                                         Chorava mãe, chorava pai No fundo do mar
                                                                                                                                Na hora da partida
                                                                                                                                Mas era uma beleza Nhem, nhem, nhem
                                                                                                                                 Em vez de tristeza É onda que vai
                                             Jorge Ben
                                 Elis no Fino da Bossa 1965-1967                                                                Mas era uma beleza Nhem, nhem, nhem
                                                                                                                                 Em vez de tristeza É onda que vem
                                     Mas, que nada                                                                                           ô, ô, ô, ô Nhem, nhem, nhem
                                  Sai da minha frente                                                                    Chorava mãe, chorava pai É a vida que vai
                                 Que eu quero passar                                                                         Chorava todo mundo Nhem, nhem, nhem
                              Pois o samba está animado                                                            Mas agora ninguém chora mais Não volta ninguém
                              E o que eu quero é sambar
                                      Este samba                                                                   Mas pois o menino voltou       Menina bonita que foi para o mar
                               Que é misto de maracatu                                                         Voltou homem, voltou doutor        Menina bonita que foi para o mar
                                É samba de preto velho                                                            Menino que é bom não cai        Dorme, meu bem
                                   Samba de preto tu                                                            Pois já nasceu com a estrela      Que você também é Iemanjá
                                     Mas, que nada                                                                      E sempre a mente sã       Dorme, meu bem
                             Um samba como esse tão legal                                                         Menino que é bom não cai        Que você também é Iemanjá
                                  Você não vai querer                                                               Pois é protegido de Iansã
                                Que eu chegue no final
                                                                                                                      Chorava todo mundo
                                                                                                              Mas agora ninguém chora mais
                                                                                                                    Chora mais, chora mais
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  • 2. Pesquisa, organização e diagramação: Vladimir Araújo Projeto gráfico: Juliana Mesquita e Juliana Palezi
  • 4. Dá sorte Eleu Salvador Viva a Brotolândia – 1961 Samba feito para mim Paulo Tito Dá sorte fazer o que eu digo Viva a Brotolândia – 1961 Dá sorte querer seu amor Dá sorte cantar comigo Pedi pra fazerem um samba para mim. Pra desabafar meu coração. Cante então a canção que eu fiz para ser feliz Tenho tanta coisa pra dizer de mim. Cante então a canção que eu fiz para ser feliz Como eu gostaria de falar numa canção. Creio no supremo poder Sei que o mundo é mau, jamais vai entender, Gosto de quem gosta de mim Que este samba vive de hum sofrer Serei tudo que quero ser Tu serás O tema é meu. Nasceu assim. Sou feliz, tenho alguem que me quer e que eu quero bem Era preciso fazerem um samba pra mim. Amei alguém. Fui só de alguém. Ângela Martignoni/Othon Russo Viva a Brotolândia – 1961 O mundo não procurou compreender. Sonhando Tu serás a vida e o meu destino Então pedi para fazerem um samba assim. E este samba foi feito todinho pra mim. (Dream) Tu serás angústia e tormento Tu serás a chama que ilumina O eterno fogo de minha alma B. de Vorzon/T. Ellis/Vs. Juvenal Fernandes Viva a Brotolândia – 1961 E na noite escura, minha estrela Sonho Tu serás… tu serás Eu sempre sonho Estrela que mostra o meu caminho Que o amor irei buscar Tu serás… somente tu. Sigo Vivo para amar-te e adorar-te Uma alameda Pois és a razão dos meus desejos E alquém é o meu par E se em ti não penso a todo instante Não posso acalmar o meu tormento 2 Alguém que eu venero Que tanto quero Não sei quem é Sonho Fala-me de amor E no meu sonho Sigo com um certo alguém (Take me in your arms) Markus/Rotter/Vs. Max Gold Viva a Brotolândia – 1961 Murmúrio Fala-me de amor, Mesmo que seja pra mentir Fala-me de amor, Djalma Ferreira/Luiz Antônio Se vais partir. Viva a Brotolândia – 1961 Um beijo louco Vai nesta canção Para lembrar o que passou Meu último adeus Dura tão pouco Coração sonha em vão Mesmo que seja o fim Com os beijos seus Aperta-me assim E nos braços teus Foi esta canção Toda magia viverei Que eu murmurei Beija-me assim Tu também longe amei Depois adeus! Murmuraste eu sei. Eu queria sentir teu beijo Há neste murmúrio huma saudade Com carinho e emocão A vontade louca de voltar E guardar este amor tão puro Ser como era antes mesmo por instantes No fundo do coração E depois morrer para não chorar
  • 5. Baby face As coisas que eu gosto (My favorite things) Davis/Asket/Vs. Fred Jorge Hammerstein/Rodgers/Vs. Fernando César Viva a Brotolândia – 1961 Viva a Brotolândia – 1961 Baby face As coisas que eu gosto eu vou lhe dizer Esse rostinho lindo São coisas bonitas que vêm de você Baby face É o céu de um sorriso embriagador Parece ingênuo E esses seus olhos lembrando o amor Não é isso não Baby face Nem sei como pode você ser assim Que encontrei sorrindo e me deixou sonhando E ter tudo, tudo que é bom para mim Nem de encomenda eu ia achar Baby face Outro igual a você para amar Esse seu modo estranho de olhar pra mim Mesmo de mentira Me faz acreditar Os seus olhos Que você sabe amar Seu sorriso Mentindo Que bonitos são Baby Face. Carlos Imperial Você não existe Viva a Brotolândia – 1961 Na certa sonhei Quando inventei você Diz mesmo de mentira Que eu sou tudo pra você Diz mesmo de mentira Que ao seu lado eu vou viver Garoto último tipo Diz. Prefiro a mentira (Puppy Love) Pois a verdade é ruim Diz mesmo de mentira Paul Anka/Vs. Fred Jorge Diz que você gosta de mim Viva a Brotolândia – 1961 Quero viver na ilusão Hoje eu vi um tal brotinho Pois afinal não machuca o coração Que o meu coração 3 Se a verdade me faz mal Foi logo conquistando Eu não vou fazer da minha vida um carnaval E eu nem disse não Mente Garoto último tipo É melhor assim Broto sensação Diz que você gosta de mim Não sei porque Amor, amor Dei meu coração Saiu pra rua (Love, love) Trânsito parou Dor de Covelo Bill Caesar/Vs. Carlos Imperial E pra mim o olhar mandou Viva a Brotolândia – 1961 Que garotinho Amor, amor Mas que tipão João Roberto Kelly Quero um amor que não tenha fim E roubou meu coração Viva a Brotolândia – 1961 Amor, amor Quero um amor pra mim Beber pra esquecer é teimosia Hoje muito whisky, muita alegria, Amor, amor Amanhã ressaca, saco de gelo Quero um amor que me queira bem O bar não é doutor que cure a dor de cotovelo Amor, amor Eu reciso amar alguém A dor pra curar não tem receita É corcunda que se deita Vivo a sonhar Sem achar a posição Que estou a beijar E sentir saudade não faz mal O meu grande amor Não é no fundo do copo Que você vai encontrar sua moral Sempre a esperar Quem me queira amar Beber pra esquecer... O meu peito agora diz Eu preciso de um amor Só assim serei feliz
  • 6. Poema Fernando Dias Poema de Amor – 1962 Poema É a noite cheia de amargura Poema É a luz que brilha lá no céu Poema 4 É ter saudade de alguém Que a gente quer e que não vem Poema É o cantar de um passarinho Que vive ao leú, perdeu seu ninho É a esperança de o encontrar Poema É a solidão da madrugada Um ébrio triste na calçada Querendo a lua namorar
  • 7. Dá-me um beijo (Kiss me, Kiss me) Trovajoli/Daniell/Vs. Romeu Nunes Pororó-Popó Poema de Amor – 1962 Dá-me um beijo Um só João Roberto Kelly Um só Poema de Amor – 1962 Mata meu desejo Bate bate bate constante De mim Meu pequeno mundo de ilusão Pororó-popó Tem dó Dançando na festa, beijinho na testa e só Pois num beijo só você poderá sentir (My little corner of the world) Seu telefone eu anotei O que sinto é desejo sim de mim Cupido me laçou E apertou o nó Dá-me dá-me um beijo Poró-poroporó Mais um Hilliard/Pockriss/Vs. José Mauro Pires Poema de Amor – 1962 Só um Todo dia eu discava Ó vem meu doce bem Poró-poroporó E vamos depois Ao meu pequeno mundo de ilusão Discava escondida da mamãe e da vovó Os dois São teus os sonhos meus Os dois No meu pequeno mundo de ilusão Tudo começou de brincadeira E eu fiquei brincando a vida inteira Pela vida nos deixando com ardor Só tu então Serás a inspiração Para sempre E neste mundo Sempre Terás meu coração Amor E se, meu doce bem, Vieres aplacar esta paixão Serão somente teus Nos teus lábios 5 O meu pequeno mundo e a ilusão Eu sempre quis Contigo, coração, Haroldo Eiras/Ataliba Santos Poema de Amor – 1962 Viver feliz Em meu mundo de ilusão Vou comprar um coração Nos teus olhos Vejo a luz com que sempre sonhei Nos teus lábios Sinto os beijos que as vezes roubei Vem de novo Saudade é recordar A saudade em meu peito apertar Paulo Tito/Romeu Nunes E por isso eu canto Poema de Amor – 1962 Nos teus olhos Vou comprar um coração Renan França/Verinha Falcão As estrelas refletem o brilhar Para trocar por este meu Poema de Amor – 1962 Dos teus lábios Porque sem ilusão não sei viver Beijos mil me fazem lembrar E este meu coração cansou de amar De que vale o que tenho Só tristezas pra contar Desde então Com um novo coração E tristeza é ter saudade Não sonho e nem vivo Vou repetir os erros meus Saudade é recordar Porque, amor, só posso encontrar Fazer oque já fiz Nos teus lábios e os teus olhos quero olhar. Amar em vão Tu cruzaste o meu caminho Ser infeliz mais uma vez. Quando eu era a própria dor Sim os teus olhos quero olhar Hoje deixo o teu carinho Por amor ao teu amor
  • 8. Confissão Podes voltar Umberto Silva/Paulo Aguiar/Luiz Maranhão Othon Russo/Nazareno de Brito Poema de Amor – 1962 Poema de Amor – 1962 Vai nesta cancão Deixa passar a incerteza que te afasta de mim A confissão De alguém que hoje é feliz, feliz Quero pensar que ainda me queres como ontem, e assim Quero guardar esta ilusão Vai dizer também Adormecer e contigo sonhar Que só alguém Que ninguém mais faz infeliz Las O que passou, passou Se tu soubesses que torturas em minha alma sem ti secretárias Pepe Luis/Vs. Martha Almeida Sei que não volta mais Eis o consolo eneletivo dos meus ais Pra que lembrança sem esperança? Noites inteiras a pensar que havia outra qualquer Mas mesmo assim haja o que houver Podes voltar outra vez para mim Poema de Amor – 1962 Se um é pouco, dois é bom, três é demais Pizzicato Pizzicati Cha Cha Cha Para o secretário Cha Cha Cha Canção Para estenodatilografar Cha Cha Cha Para o secretário Cha Cha Cha de enganar despedida Cha Cha Cha Como é bom bailar Stern/Marnay/Vs. Fred Jorge Poema de Amor – 1962 Quando eu ouvi tocar um doce pizzicati 6 Necessito secretário competente Quase desandou Com experiência e boa apresentação e quase parou Solicito homem jovem e bonito O pobre coração que só palpita por ti E com carta de recomendação Walter/Joluz E sempre te adorou Que domine o idioma Italiano Poema de Amor – 1962 Teu olhar Em doce pizzicato o coração pulsou O Francês e o Inglês com perfeição Meu olhar E alegre saltou Nao me importa seja loiro ou moreno Nosso olhar E alegre cantou Mas que tenha bem alegre o coração E como um violino doido a suspirar Tuas mãos Sonhou… sonhou… sonhou… Quando formos de manhã para o trabalho Minhas mãos E a tarde na hora de regressar A emoção Plum plum plum Que beleza eu e o meu secretário Que delicioso Caminhando e cantando o cha cha cha A noite a se perder nos faz, Plum plum plum Meu amor, Maravilhoso Outra vez Amar Minha cancão de amor nasceu no meu coração Sonhar Só para ti Minha paixão É manhã Em doce pizzicato eu vou levar-te a emoção Na manhã do adeus O meu amor sem fim Repousa A canção que eu canto Teus lábios nos meus É por ti meu bem É um doce pizzicato Um beijo irá fazer Sempre a saltitar Teu olhar Meu olhar Plum plum plum Outra vez Amar Chorar
  • 9. A Virgem de Macareña (La Virgen de la Macareña) Dengosa Tango italiano B. B. Munterde/Calero/A. Bourget Elis Regina – 1963 Castro Perret Elis Regina – 1963 À noite quando me deito Eu sou dengosa Eu rezo à Virgem de Macareña Malgoni/Baretta/Palessi/Romeo Nunes Gosto de carinho Assim sozinho em meu quarto Elis Regina – 1963 Amor pra mim Falo à Virgem Santa todo o meu tormento Tem que ter denguinho Um tango italiano É de coração que eu peço O nosso tango Eu sou assim Que alguém um dia me queira Quero um dia dançar Dengosa para amar Que me abraçe com ternura E sonhar novamente Procuro aguém dengoso E me beije com doçura Para ser meu par Um tango italiano Ó Virgem Santa Um terno tango Amar com dengo Ó Virgem Santa porque sofro tanto Como aquele que viu começar Dá gosto da gente amar Ouvi o que pede Nosso amor tão distante Beijar com dengo Ouvi o que pede a angústia do meu pranto Dá gosto de se beijar E nos teus braços Porque, ó Santa querida, Rodando ao compasso do tango a recordar Amor com dengo Não encontro na vida alguém para meu amor? Torna mais gostoso o carinho Nosso passado Mas para amar com dengo Porque, ó Santa querida, E o amor esquecido veremos retornar É preciso ter jeitinho Não encontro na vida alguém para meu amor? Alguém que seja ternura Um tango italano E viva comigo os sonhos que sonhei E os teus braços O meu corpo de novo estreitar É de coração que eu peço E teus olhos de novo encontrar Que alguém um dia me queira 7 Que me abraçe com ternura E no céu de teus olhos buscar E me beije com doçura A aventura perdida Ouvi o que pede Ouvi o que pede minha alma aflita Minha Virgem Santa Outra vez (Again) Cochran/Newman Minha Virgem Santa de Macareña Tristeza de carnaval Elis Regina – 1963 Jamais O meu amor tu terás Bidú/Mutinho Não te darei novamente Elis Regina – 1963 A boca ardente, oh, não! O carnaval Verás Sempre faz feliz alguém Que o sonho que se desfaz Formiguinha triste As vezes traz tristeza Nem deixa rastro na alma E a alegria foge E acalma a ilusão de um coração Tudo é quarta-feira Eu não quero Joãozinho Tudo é sempre cinza De novo sofrer Elis Regina – 1963 Pra quem amou foi muito bom Tal como eu já sofri Pra quem perdeu chorou demais Era uma vez uma triste formiguinha Depois voltou o carnaval Eu não quero de novo viver Que vivia tão sozinha tocando seu violão Na fantasia de sol No amargor em que já vivi Tão simplezinha era sua morada E a esperança de encontrar Mas existia lugar pra mais alguém Um novo amor O sonho que se desfez No carnaval Não deixou rastro em minha alma Mas certo dia, como diz a lenda, No carnaval Não sonharei outra vez Tudo lá no quintal se iluminou No carnaval Formiguinha encontrou outra Inverno sozinha não passou
  • 10. Silêncio À noite Berstein/Roberto Côrte Real Túlio Paiva Elis Regina – 1963 Elis Regina – 1963 balançou 1, 2, 3, Silêncio! À noite, amor Atenção! Vou ver o meu amor O samba já tem outra marcação A lua há de brilhar Pra nós dois O pandeiro já não faz o que fazia Violão só é na base da harmonia Nazareno de Brito/Alcyr Pires Vermelho À noite, amor Elis Regina – 1963 Silêncio! Vou ver o meu amor Atenção! 1, 2, 3, balançou 1, 2, 3, o meu samba quero assim E pra nós as estrelas virão Requebra e vai por mim Porque o samba já tem outra marcação 1, 2, 3, vai não vai A roda do mundo sempre vai girando E o sol que sabe que eu espero Vai girando sem parar 1, 2, 3, ouve o prato a marcar Que só a noite eu quero Tudo nessa vida se renova O nosso balançar Compreende e já se vai Faz um passo todo figurado A bossa velha deu lugar à bossa nova E segue o rebolado O samba já tem outra marcação A onda do balanço me enrolou Ó Deus, fazei E essa é nova marcação Eu não posso parar Fazei que a noite seja Vejo o tempo correr sem me cansar Sem fim pra mim Você pode notar 8 Batam palmas para quem gostou Do meu samba que a ninguem negou Ressurreicão Adeus amor De todo coração Sensação enquanto balançou Marino Pinto/Pernambuco Almeida Rêgo/Newton Ramalho Elis Regina – 1963 Elis Regina – 1963 Ressurreição, meu amor do passado Adeus amor Tu és a razão do meu porvir Eu tenho de partir Eu sonho em vão por que sonho acordada Eu sei que vou sentir Quisera saber o que há de vir Uma saudade imensa de você A chama que se apaga Que vai ficar Flertei Sempre mata a esperença Sozinho como eu Minha chama de esperar-te A remoer lembranças do passado Não se cansa Meu Deus como é que eu vou ficar Ressurreição, me levou ao passado Castro Perret Sem ter você pra me abraçar? E curou de uma vez a minha dor Elis Regina – 1963 Sem ter aqueles beijos que são meus? Milagre do amor Só meus Agora sim estou certinha com um só Tanto brinquei que Cupido me acertou Adeus amor Eu tive tantos mas a nenhum eu amei Eu voltarei, querido, E, no entanto, sem querer, gamei pra recomeçar a nossa vida Veja você, eu que nunca pensei em amar Eu que flertava apenas para brincar Mas fui brincar de amor quem soube entender meu coracão E o flerte transformou-se em gamação
  • 11. Alô saudade Paulo Aguiar/Umberto Silva O Bem do Amor – 1963 carinho Saudade e Telefonei para a saudade Dizendo a ela o que sentia Como ela trouxe a solução Meu coração logo esqueceu toda a paixão Acreditei no que me foi prescrito E em tudo o que eu não acreditava Renan Franca/Verinha Maranhão O Bem do Amor – 1963 Sem teu amor Depois do tempo em que levei sofrendo assim Felicidade voltou pra mim Saudade e carinho Ai que vontade de amar! Todo amor tem o seu ninho Luiz Mauro O meu amor, onde andará? O Bem do Amor – 1963 Meu coração não pode mais viver assim Tantos amores eu já tive Se você quiser Sem teu amor Quantos amores mais terei? Meu coracão vive chorando triste assim Nenhum, porém, comigo vive Sem teu amor Sozinha sempre viverei Baden Powell/Mario Telles Tudo acabou O Bem do Amor – 1963 Fiquei sozinha Você quer que eu te conte o que é o amor, Sem teu querer Feito para dois amar, Manhã de Feito de sorriso e flor? Tudo mudou E, sem carinho, AMOR Você quer. Não sei viver Mas será que você quer? Caminhar neste luar para eu te mostrar. Meu coracão hoje só vive de ansiedade 9 Vem. Por você Espero em vão o fim de toda essa saudade Sergio Malta/Joluz Você quer ver na luz do meu olhar, De você O Bem do Amor – 1963 Como eu te quero bem, Como eu te quero amar? Vou esperar É manhã Ó, meu querido, Vem o sol Eu não sei. Volte pr favor Vem trazer o calor Eu não sei se você quer. Que aquece a emoção Eu posso te dar amor, Meu coracão De um olhar Se vocie quiser. Não vai viver toda esta vida De um aperto de mão Sem teu amor Vem a chuva também Vem chorar a alegria Do retorno de alguém De um amor Numa terna ilusão E se faz lá no céu O enlace da chuva e do sol Mania de gostar A natureza sorri É tão lindo o matiz do arrebol Luis Mauro O Bem do Amor – 1963 Já se fez a manhã do amor Já se pôs o arco-iris além Vem a chuva Mania boba é essa da gente de gostar de alguém. Alguém que nos faz um pouquinho feliz quando vem. Alguém que quando vai não diz pra onde nem porque. Parte deixando saudade. Fazendo a gente sofrer. Vem o sol Com eles, meu bem. Não vai outra vez meu amor, não vá pra longe de mim. Esse negócio de saudade não foi feito pra mim. Com você aqui bem perto. Juntinho do meu coração. Não viverei mais nesta solidão.
  • 12. Há uma história triste Othon Russo/Niquinho O Bem do Amor – 1963 Há uma história triste pelo ar História que não tem “era uma vez…” Há uma história triste pra contar História que começa com “talvez” Foi, talvez, amor que acabou Foi, talvez, um sonho que apagou Restos de lembrança e amargura Rugas de saudade e de ternura Retorno Meus olhos Aécio Kauffmann Sergio Napp O Bem do Amor – 1963 O Bem do Amor – 1963 Meu bem eu agora voltarei Meus olhos Bem sei que estarás a me esperar Saudades que eu trago Do amor de você Deixei meu coração cheio de amor juntinho ao teu E só me acompanhou a saudade em seu lugar Meus olhos Silêncios na espera Agora voltarei novamente aos braços teus De alguém que não vem E tu sempre estarás eternamente nos braços meus Ah, se você entendesse 10 Na estrada desta vida A beleza de amar Nunca mais Que eles trazem em si Nunca mais sozinha Longe amor Ah, se você compreendesse Dos teus carinhos O que escondem meus olhos Voltaria pra mim Domingo em Copacabana Roberto Faissal/Paulo Tito O Bem do Amor – 1963 Copacabana cheia Bom é domingo mesmo Dias de sol vem alegrar o nosso amor Mar azul Onda azul Vem beijar meus amores Copacabana bela Lua de luz acesa Ando calçada cheia sem pensar Ai, rio até sozinha Da beleza do meu Rio Da TV Rio até o Forte Gente que passa sem ter norte Copacabana eu vou sonhar junto de ti
  • 13. O bem do amor Rildo Hora/Clóvis Mello O Bem do Amor – 1963 Se você pensava Bem no amor achar O bem no amor encontrará E quando você quiser Vá buscar ternura No amor que existe Num lugar feito pra dois Sim, vá buscar Tem perfume a flor que nasce No jardim ao sol De ver tanto encanto na flor Fui pedir a rosa viva e multicor Perfume e cor Fiz nosso amor E o mundo prá nós dois 11 É pra frente que se anda Caminhando sem olhar pra trás É pra frente que se anda Caminhando sem olhar pra trás É como a roda da história Que nunca pode parar Há um turbilhão de anseios Despertando a nossa voz Há um mundo de esperança Esperando, Esperado por nós E a gente vai seguindo Olhando só pra frente Sem se voltar pra trás Mundo de paz Procurando nosso mundo Mundo de paz Túlio Paiva O Bem do Amor – 1963
  • 14. O MORRO NÃO TEM VEZ DIZ QUE FUI POR AÍ (Tom Jobim/Vinícius de Morais) (Zé Keti/H. Rocha) O morro não tem vez Se alguém perguntar por mim E o que ele fez já foi demais Diz que fui por aí Pout Pourri Mas olhem bem voces, quando derem vez ao morro Levando o violão debaixo do braco Toda a cidade vai cantar Em qualquer esquina eu paro Em qualquer botequim eu entro E se houver motivo, é mais um samba que eu faço ESSE MUNDO É MEU Se quiserem saber se eu volto, diga que sim (Sérgio Ricardo/Ruy Guerra) Mas só depois que a saudade se afastar de mim Mas só depois que a saudade se afastar de mim Escravo no mundo em que sou Escravo no reino em que estou Dois na Bossa 1 – 1963 (Com Jair Rodrigues) Mas acorrentado ninguém pode amar ACENDER AS VELAS Mas acorrentado ninguém pode amar (Zé Keti) Acender as velas, já é profissão FEIO NAO É BONITO Quando nao tem samba, tem desilusão (Carlos Lyra/Gianfrancesco Guarnieri) Acender as velas, já é profissão ESSE MUNDO É MEU Quando nao sou eu, é Nara Leão Feio, nao é bonito (Sérgio Ricardo/Ruy Guerra) O morro existe mas pede pra se acabar Canta, mas canta triste Saravá, Ogum, mandinga da gente continua Cade o despacho pra acabá A VOZ DO MORRO Porque tristeza é só o que tem pra cantar (Zé Keti) Chora, mas chora rindo Santo guerrero na floresta Porque é valente e nunca se deixa quebrar Se você nao vem eu mesma vou brigá Eu sou o samba Ama, o morro ama Se voce nao vem eu mesma vou brigá A voz do morro sou eu mesmo, sim senhor Amor bonito, amor aflito Quero mostrar ao mundo que tenho valor Que pede outra história Eu sou o rei do terreiro 12 A FELICIDADE Eu sou o samba (Tom Jobim/Vinícius de Morais) Sou natural daqui do Rio de Janeiro SAMBA DO CARIOCA A felicidade é como a pluma Sou eu quem leva alegria (Carlos Lyra/Vinícius de Morais) Que o vento vai levando pelo ar Para milhões de corações brasileiros Vamos, carioca, Brilha tão leve, mas tem a vida breve sai do teu sono devagar Precisa que haja vento sem parar O MORRO NAO TEM VEZ O dia já vem vindo aí (Tom Jobim/Vinícius de Morais) E o sol já vai raiar Sao Jorge, teu padrinho, SAMBA DE NEGRO O morro não tem vez te dê cana pra tomar (Roberto Correa/Sylvio Son) E o que ele fez já foi demais Xango, teu pai, te dê Mas olhem bem voces muitas mulheres para amar Subi lá no morro só pra ver Quando derem vez ao morro O que o nêgo tem Toda a cidade vai cantar Pra cantar assim gostoso Vai cantar, vai cantar E fazer samba como ninguém Vai cantar, vai cantar VOU ANDAR POR AÍ (Newton Chaves) Vou andar por aí, perguntar por aí Pra ver se eu encontro A paz que perdi O SOL NASCERÁ (A sorrir) (Cartola/Elton Medeiros) A sorrir eu pretendo levar a vida Pois chorando eu vi a mocidade perdida
  • 15. Preciso aprender a ser só Marcos Valle/Paulo Sergio Valle Dois na Bossa 1 – 1965 Samba eu canto assim – 1965 Ah! se eu te pudesse fazer entender Arrastão Sem teu amor eu não posso viver Edu Lobo/Vinícius de Morais Dois na Bossa 1 – 1965 Que sem nós dois o que resta sou eu E u a s s i m t ã o s ó Eh... tem jangada no mar E eu preciso aprender a ser só Eh, eh, eh... hoje tem arrastão Poder dormir sem sentir teu amor Eh... todo mundo pescar A ver que foi só um sonho e passou Chega de sombra João A h ! o a m o r Jovi, olha o arrastão entrando no mar sem fim Quando é demais ao findar leva a paz Ê meu irmão me traz Yemanjá pra mim Me entreguei sem pensar Que a saudade existe e se vem é tão triste Vê, meus olhos choram a falta dos teus Minha Santa Bárbara Esses teus olhos que foram tão meus Me abençoai Por Deus, entenda que assim eu não vivo Quero me casar com Janaína Eu morro pensando no nosso amor Por Deus, entenda que assim eu não vivo Eu morro pensando no nosso amor Eh... puxa bem devagar 13 Eh, eh, eh... já vem vindo o arrastão A h ! o a m o r Eh... é a Rainha do Mar Quando é demais ao findar leva a paz Vem, vem na rede João Me entreguei sem pensar Pra mim! Que a saudade existe e se vem é tão triste Vê, meus olhos choram a falta dos teus Esses teus olhos que foram tão meus Valha-me Deus Nosso Senhor do Bonfim Por Deus, entenda que assim eu não vivo Nunca, jamais se viu tanto peixe assim Eu morro pensando no nosso amor Por Deus, entenda que assim eu não vivo Eu morro pensando no nosso amor Terra de Segue nessa marcha triste Anda.Teu caminho é longo Pára no final da tarde Mas... ninguém Seu caminho aflito Cheio de incerteza Tomba já cansado O dia vai chegar Leva só saudade Tudo é só pobreza Cai um nordestino Que o mundo vai saber E a injustiça Tudo é só tristeza Reza uma oração Não se vive sem se dar Que só lhe foi feita Tudo é terra morta Prá voltar um dia Quem trabalha é que tem Marcos Valle/Paulo Sergio Valle Desde que nasceu Onde a terra é boa E criar coragem Direito de viver Dois na Bossa 1 – 1965 Saudade do Brasil – 1980 Pelo mundo inteiro O senhor é dono Prá poder lutar Pois a terra é de (Com Marcos Valle) Que nada lhe deu Não deixa passar Pelo que é seu n i n g u é m
  • 16. Sem Deus com a família César Roldão Vieira Dois na Bossa 1 – 1965 Sapato de pobre é tamanco Menino das laranjas A vida não tem solução Morada da rico é palácio E casa de pobre é barracão Reza Théo de Barros Dois na Bossa 1 – 1965 (Com Jair Rodrigues) Quem é pobre sempre sofre, Samba eu canto assim – 1965 Vive sempre a trabalhar Menino que vai pra feira Edu Lobo/Ruy Guerra Dois na Bossa 1 – 1965 Vender sua laranja até acabar Mas eu sofro só de dia, Samba eu canto assim – 1965 Filho de mãe solteira Cuja ignorância tem que sustentar De noite eu vivo pra sambar Por amor andei já Tanto chão e mar É madrugada, vai sentindo frio Senhor já nem sei Porque se o cesto não voltar vazio Se o amor não é mais A mãe arranja um outro prá laranja Bastante pra vencer E esse filho vai ter que apanhar A mulher de branco é esposa Eu já sei o que vou fazer Meu Senhor Compra laranja E a esposa do preto é mulher Uma oração Menino que vai pra feira 14 Mas minha mulher é só minha, Vou cantar para ver se vai valer É madrugada vai sentindo frio Laia ladaia sabadana ave-maria Porque se o cesto não voltar vazio Do branco eu nem sei se só dele é Laia ladaia sabadana ave-maria A mãe arranja um outro prá laranja E esse filho vai ter que apanhar Ah! meu santo defensor Traga o meu amor Compra laranja doutor Branco fica atormentado Ainda dou uma de quebra pro senhor Laia ladaia sabadana ave-maria E nem tem tempo pra pensar Laia ladaia sabadana ave-maria Lá no morro a gente acorda cedo Que é só trabalhar Se é praga ou oração Comida é pouca e muita roupa Mas o preto é mais que branco Mil vezes cantarei Que a cidade manda pra lavar pra mãe d’água Iemanjá Laia ladaia sabadana ave-maria De madrugada ele menino Laia ladaia sabadana ave-maria Acorda cedo tentando encontrar Um pouco pra comer, viver até crescer E a vida melhorar A terra do dono é só dele Compra laranja doutor E ali ninguém pode mandar Ainda dou uma de quebra pro senhor Mas se eu não pegar na enxada Não tem ninguém pra plantar Eu semeio tanto milho e a colheita é do senhor Mas o dia da igualdade tá chegando seu doutor.
  • 17. Influência do Jazz Formosa Carlos Lyra Elis no Fino da Bossa 1965-1967 Baden Powell/Vinícius de Morais Pobre samba meu Elis no Fino da Bossa 1965-1967 (Com Baden Powell e Ciro Monteiro) Foi se misturando se modernizando, e se perdeu E o rebolado cadê?, não tem mais Formosa, não faz assim Cadê o tal gingado que mexe com a gente Carinho não é ruim Coitado do meu samba mudou de repente Mulher que nega Influência do jazz Não sabe não Tem uma coisa de menos Quase que morreu No seu coração E acaba morrendo, está quase morrendo, não percebeu Que o samba balança de um lado pro outro A gente nasce, a gente cresce O jazz é diferente, pra frente pra trás A gente quer amar E o samba meio morto ficou meio torto Mulher que nega Influência do jazz Nega o que não é para negar A gente pega, a gente entrega No afro-cubano, vai complicando A gente quer morrer Vai pelo cano, vai Discussão Ninguém tem nada de bom Vai entortando, vai sem descanso Sem sofrer Vai, sai, cai... no balanço! Formosa mulher! Pobre samba meu Tom Jobim/Newton Mendonça Volta lá pro morro e pede socorro onde nasceu Elis no Fino da Bossa 1965-1967 (Com pery Ribeiro) Pra não ser um samba com notas demais Samba do avião Não ser um samba torto pra frente pra trás Se você pretende sustentar opinião Vai ter que se virar pra poder se livrar E discutir por discutir Da influência do jazz Só prá ganhar a discussão Tom Jobim Eu lhe asseguro pode crer Elis no Fino da Bossa 1965-1967 (Com lennie Dale) Que quando fala o coração As vezes é melhor perder Vem Balançar Eparrê, Do que ganhar, você vai ver 15 Aroeira beira de mar Já percebi a confusão Salve Deus e Tiago e Humaitá Você quer ver prevalecer Eta, costão de pedra dos home brabo do mar A opinião sobre a razão Walter Santos/Tereza Souza Eh, Xangô, vê se me ajuda a chegar Não pode ser, não pode ser Elis no Fino da Bossa 1965-1967 Prá quê trocar o sim por não Minha alma canta Se o resultado é a solidão Quem vem lá? Vejo o Rio de Janeiro Em vez de amor Quem vem lá? Estou morrendo de saudade Uma saudade vai dizer quem tem razão Rio, teu mar, praias sem fim Se é de samba pode se chegar Rio, você foi feito pra mim No meu samba tem sempre lugar Cristo Redentor Prá quem vem balançando Devagar com a louça Braços abertos sobre a Guanabara Querendo sambar Este samba é só porque Rio, eu gosto de você Quem vem lá? A morena vai sambar Quem vem lá? Seu corpo todo balançar Luiz Reis/Haroldo Barbosa Rio de sol, de céu, de mar Elis no Fino da Bossa 1965-1967 (Com Elza Soares) Se é de samba pode se chegar Dentro de mais um minuto estaremos no Galeão No meu samba tem sempre lugar Devagar com a louça que eu conheço a moça, Rio de Janeiro, Prá quem vem balançando vai devagar moçinha, devagar ei. Rio de Janeiro Querendo sambar Eu conheço a moça, devagar com a louça, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro vai devagar, prá não errar. Pra quem Devagar com a louça que eu conheço a moça, Cristo Redentor Traga o samba redondinho, vai devagar. Braços abertos sobre a Guanabara bem certinho assim E eu conheço a moça, devagar com a louça. Este samba é só porque todinho solto Vai, prá não errar. Rio, eu gosto de você A morena vai sambar Mas não venha contando mentira rapaz Ela é mais enrolada do que linha em carretel, Seu corpo todo balançar Não ponha no meu samba tão fácil demais ja viu, mais você nessa jogada, hehe, vira bola de papel. Aperte o cinto, vamos chegar Água brilhando, olha a pista chegando Dê o fora dessa louça, peça logo o seu boné. E vamos nós Você vai ficar de touca, quem avisa amigo é, pois é..' Aterrar
  • 18. Bocochê Amor em paz Baden Powell/Vinícius de Moraes Elis no Fino da Bossa 1965-1967 (Com Baden Powell) Tom Jobim/Vinícius de Moraes Elis no Fino da Bossa 1965-1967 Menina bonita, pra onde é "qu'ocê" vai Mulata Menina bonita, pra onde é "qu'ocê" vai Eu amei Vou procurar o meu lindo amor Assanhada E amei, ai de mim, muito mais do que devia amar No fundo do mar E chorei Vou procurar o meu lindo amor Ao sentir que iria sofrer e me desesperar No fundo do mar Ataulfo Alves Foi então Nhem, nhem, nhem Elis no Fino da Bossa 1965-1967 (Com Ataulfo Alves) Que da minha infinita tristeza aconteceu você É onda que vai Encontrei Ô, mulata assanhada Nhem, nhem, nhem Em você a razão de viver e de amar em paz Que passa com graça É onda que vem E não sofrer mais Fazendo pirraça Nhem, nhem, nhem Nunca mais Fingindo inocente Tristeza que vai Porque o amor é a coisa mais triste quando se desfaz Tirando o sossego da gente! Nhem, nhem, nhem Tristeza que vem O amor é a coisa mais triste quando se desfaz Ah! Mulata se eu pudesse E se meu dinheiro desse Foi e nunca mais voltou Eu te dava sem pensar Nunca mais! Nunca mais Esta terra, este céu, este mar Triste, triste me deixou E ela finge que não sabe Nhem, nhem, nhem Agora Ninguém Chora Mais Que tem feitiço no olhar! É onda que vai Ai, meu Deus, que bom seria Nhem, nhem, nhem Se voltasse a escravidão É a vida que vem Eu pegava a escurinha Jorge Ben Nhem, nhem, nhem E prendia no meu coração!... Elis no Fino da Bossa 1965-1967 (Com Jorge Bem Jor e Zinho) É a vida que vai E depois a pretoria Nhem, nhem, nhem 16 Resolvia aquestão! Chorava todo mundo Não volta ninguém Mas agora ninguém chora mais Chora mais, chora mais Menina bonita, não vá para o mar Chorava todo mundo Menina bonita, não vá para o mar Mas agora ninguém chora mais Chora mais Vou me casar com o meu lindo amor ô, ô, ô, ô No fundo do mar Vou me casar com o meu lindo amor Mas Que Nada Chorava mãe, chorava pai No fundo do mar Na hora da partida Mas era uma beleza Nhem, nhem, nhem Em vez de tristeza É onda que vai Jorge Ben Elis no Fino da Bossa 1965-1967 Mas era uma beleza Nhem, nhem, nhem Em vez de tristeza É onda que vem Mas, que nada ô, ô, ô, ô Nhem, nhem, nhem Sai da minha frente Chorava mãe, chorava pai É a vida que vai Que eu quero passar Chorava todo mundo Nhem, nhem, nhem Pois o samba está animado Mas agora ninguém chora mais Não volta ninguém E o que eu quero é sambar Este samba Mas pois o menino voltou Menina bonita que foi para o mar Que é misto de maracatu Voltou homem, voltou doutor Menina bonita que foi para o mar É samba de preto velho Menino que é bom não cai Dorme, meu bem Samba de preto tu Pois já nasceu com a estrela Que você também é Iemanjá Mas, que nada E sempre a mente sã Dorme, meu bem Um samba como esse tão legal Menino que é bom não cai Que você também é Iemanjá Você não vai querer Pois é protegido de Iansã Que eu chegue no final Chorava todo mundo Mas agora ninguém chora mais Chora mais, chora mais