Este documento fornece informações sobre uma coletânea de músicas da cantora brasileira Elis Regina. Contém letras de canções populares brasileiras dos anos 1960 e 1962, além de créditos para os compositores, arranjadores e equipe de produção.
4. Dá sorte
Eleu Salvador
Viva a Brotolândia – 1961 Samba feito para mim
Paulo Tito
Dá sorte fazer o que eu digo Viva a Brotolândia – 1961
Dá sorte querer seu amor
Dá sorte cantar comigo Pedi pra fazerem um samba para mim.
Pra desabafar meu coração.
Cante então a canção que eu fiz para ser feliz Tenho tanta coisa pra dizer de mim.
Cante então a canção que eu fiz para ser feliz Como eu gostaria de falar numa canção.
Creio no supremo poder Sei que o mundo é mau, jamais vai entender,
Gosto de quem gosta de mim Que este samba vive de hum sofrer
Serei tudo que quero ser
Tu serás
O tema é meu. Nasceu assim.
Sou feliz, tenho alguem que me quer e que eu quero bem Era preciso fazerem um samba pra mim.
Amei alguém. Fui só de alguém.
Ângela Martignoni/Othon Russo
Viva a Brotolândia – 1961
O mundo não procurou compreender.
Sonhando
Tu serás a vida e o meu destino Então pedi para fazerem um samba assim.
E este samba foi feito todinho pra mim.
(Dream)
Tu serás angústia e tormento
Tu serás a chama que ilumina
O eterno fogo de minha alma
B. de Vorzon/T. Ellis/Vs. Juvenal Fernandes
Viva a Brotolândia – 1961
E na noite escura, minha estrela
Sonho Tu serás… tu serás
Eu sempre sonho Estrela que mostra o meu caminho
Que o amor irei buscar Tu serás… somente tu.
Sigo Vivo para amar-te e adorar-te
Uma alameda Pois és a razão dos meus desejos
E alquém é o meu par E se em ti não penso a todo instante
Não posso acalmar o meu tormento
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Alguém que eu venero
Que tanto quero
Não sei quem é
Sonho
Fala-me de amor
E no meu sonho
Sigo com um certo alguém
(Take me in your arms)
Markus/Rotter/Vs. Max Gold
Viva a Brotolândia – 1961
Murmúrio
Fala-me de amor,
Mesmo que seja pra mentir
Fala-me de amor,
Djalma Ferreira/Luiz Antônio Se vais partir.
Viva a Brotolândia – 1961
Um beijo louco
Vai nesta canção Para lembrar o que passou
Meu último adeus Dura tão pouco
Coração sonha em vão Mesmo que seja o fim
Com os beijos seus Aperta-me assim
E nos braços teus
Foi esta canção Toda magia viverei
Que eu murmurei Beija-me assim
Tu também longe amei Depois adeus!
Murmuraste eu sei.
Eu queria sentir teu beijo
Há neste murmúrio huma saudade Com carinho e emocão
A vontade louca de voltar E guardar este amor tão puro
Ser como era antes mesmo por instantes No fundo do coração
E depois morrer para não chorar
5. Baby face As coisas que eu gosto (My favorite things)
Davis/Asket/Vs. Fred Jorge Hammerstein/Rodgers/Vs. Fernando César
Viva a Brotolândia – 1961 Viva a Brotolândia – 1961
Baby face As coisas que eu gosto eu vou lhe dizer
Esse rostinho lindo São coisas bonitas que vêm de você
Baby face É o céu de um sorriso embriagador
Parece ingênuo E esses seus olhos lembrando o amor
Não é isso não
Baby face Nem sei como pode você ser assim
Que encontrei sorrindo e me deixou sonhando E ter tudo, tudo que é bom para mim
Nem de encomenda eu ia achar
Baby face Outro igual a você para amar
Esse seu modo estranho de olhar pra mim
Mesmo de mentira
Me faz acreditar Os seus olhos
Que você sabe amar Seu sorriso
Mentindo Que bonitos são
Baby Face. Carlos Imperial
Você não existe Viva a Brotolândia – 1961
Na certa sonhei
Quando inventei você Diz mesmo de mentira
Que eu sou tudo pra você
Diz mesmo de mentira
Que ao seu lado eu vou viver
Garoto último tipo
Diz.
Prefiro a mentira
(Puppy Love) Pois a verdade é ruim
Diz mesmo de mentira
Paul Anka/Vs. Fred Jorge Diz que você gosta de mim
Viva a Brotolândia – 1961
Quero viver na ilusão
Hoje eu vi um tal brotinho
Pois afinal não machuca o coração
Que o meu coração
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Se a verdade me faz mal
Foi logo conquistando
Eu não vou fazer da minha vida um carnaval
E eu nem disse não
Mente
Garoto último tipo
É melhor assim
Broto sensação
Diz que você gosta de mim
Não sei porque
Amor, amor
Dei meu coração
Saiu pra rua (Love, love)
Trânsito parou
Dor de Covelo
Bill Caesar/Vs. Carlos Imperial
E pra mim o olhar mandou Viva a Brotolândia – 1961
Que garotinho Amor, amor
Mas que tipão João Roberto Kelly Quero um amor que não tenha fim
E roubou meu coração Viva a Brotolândia – 1961 Amor, amor
Quero um amor pra mim
Beber pra esquecer é teimosia
Hoje muito whisky, muita alegria, Amor, amor
Amanhã ressaca, saco de gelo Quero um amor que me queira bem
O bar não é doutor que cure a dor de cotovelo Amor, amor
Eu reciso amar alguém
A dor pra curar não tem receita
É corcunda que se deita Vivo a sonhar
Sem achar a posição Que estou a beijar
E sentir saudade não faz mal O meu grande amor
Não é no fundo do copo
Que você vai encontrar sua moral Sempre a esperar
Quem me queira amar
Beber pra esquecer...
O meu peito agora diz
Eu preciso de um amor
Só assim serei feliz
6. Poema
Fernando Dias
Poema de Amor – 1962
Poema
É a noite cheia de amargura
Poema
É a luz que brilha lá no céu
Poema
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É ter saudade de alguém
Que a gente quer e que não vem
Poema
É o cantar de um passarinho
Que vive ao leú, perdeu seu ninho
É a esperança de o encontrar
Poema
É a solidão da madrugada
Um ébrio triste na calçada
Querendo a lua namorar
7. Dá-me um beijo
(Kiss me, Kiss me)
Trovajoli/Daniell/Vs. Romeu Nunes
Pororó-Popó
Poema de Amor – 1962
Dá-me um beijo
Um só
João Roberto Kelly Um só
Poema de Amor – 1962
Mata meu desejo
Bate bate bate constante De mim
Meu pequeno mundo de ilusão
Pororó-popó Tem dó
Dançando na festa, beijinho na testa e só
Pois num beijo só você poderá sentir
(My little corner of the world)
Seu telefone eu anotei O que sinto é desejo sim de mim
Cupido me laçou
E apertou o nó Dá-me dá-me um beijo
Poró-poroporó Mais um
Hilliard/Pockriss/Vs. José Mauro Pires
Poema de Amor – 1962
Só um
Todo dia eu discava Ó vem meu doce bem
Poró-poroporó E vamos depois Ao meu pequeno mundo de ilusão
Discava escondida da mamãe e da vovó Os dois São teus os sonhos meus
Os dois No meu pequeno mundo de ilusão
Tudo começou de brincadeira
E eu fiquei brincando a vida inteira Pela vida nos deixando com ardor Só tu então
Serás a inspiração
Para sempre E neste mundo
Sempre Terás meu coração
Amor
E se, meu doce bem,
Vieres aplacar esta paixão
Serão somente teus
Nos teus lábios
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O meu pequeno mundo e a ilusão
Eu sempre quis
Contigo, coração,
Haroldo Eiras/Ataliba Santos
Poema de Amor – 1962 Viver feliz
Em meu mundo de ilusão
Vou comprar
um coração
Nos teus olhos
Vejo a luz com que sempre sonhei
Nos teus lábios
Sinto os beijos que as vezes roubei
Vem de novo
Saudade é recordar
A saudade em meu peito apertar Paulo Tito/Romeu Nunes
E por isso eu canto Poema de Amor – 1962
Nos teus olhos Vou comprar um coração
Renan França/Verinha Falcão
As estrelas refletem o brilhar Para trocar por este meu Poema de Amor – 1962
Dos teus lábios Porque sem ilusão não sei viver
Beijos mil me fazem lembrar E este meu coração cansou de amar De que vale o que tenho
Só tristezas pra contar
Desde então Com um novo coração E tristeza é ter saudade
Não sonho e nem vivo Vou repetir os erros meus Saudade é recordar
Porque, amor, só posso encontrar Fazer oque já fiz
Nos teus lábios e os teus olhos quero olhar. Amar em vão Tu cruzaste o meu caminho
Ser infeliz mais uma vez. Quando eu era a própria dor
Sim os teus olhos quero olhar Hoje deixo o teu carinho
Por amor ao teu amor
8. Confissão Podes voltar
Umberto Silva/Paulo Aguiar/Luiz Maranhão Othon Russo/Nazareno de Brito
Poema de Amor – 1962 Poema de Amor – 1962
Vai nesta cancão Deixa passar a incerteza que te afasta de mim
A confissão
De alguém que hoje é feliz, feliz
Quero pensar que ainda me queres como ontem, e assim
Quero guardar esta ilusão
Vai dizer também Adormecer e contigo sonhar
Que só alguém
Que ninguém mais faz infeliz
Las O que passou, passou
Se tu soubesses que torturas em minha alma sem ti
secretárias
Pepe Luis/Vs. Martha Almeida
Sei que não volta mais
Eis o consolo eneletivo dos meus ais
Pra que lembrança sem esperança?
Noites inteiras a pensar que havia outra qualquer
Mas mesmo assim haja o que houver
Podes voltar outra vez para mim
Poema de Amor – 1962
Se um é pouco, dois é bom, três é demais
Pizzicato
Pizzicati
Cha Cha Cha
Para o secretário
Cha Cha Cha
Canção
Para estenodatilografar
Cha Cha Cha
Para o secretário
Cha Cha Cha
de enganar
despedida
Cha Cha Cha
Como é bom bailar Stern/Marnay/Vs. Fred Jorge
Poema de Amor – 1962
Quando eu ouvi tocar um doce pizzicati
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Necessito secretário competente
Quase desandou
Com experiência e boa apresentação
e quase parou
Solicito homem jovem e bonito
O pobre coração que só palpita por ti
E com carta de recomendação
Walter/Joluz E sempre te adorou
Que domine o idioma Italiano Poema de Amor – 1962
Teu olhar Em doce pizzicato o coração pulsou
O Francês e o Inglês com perfeição
Meu olhar E alegre saltou
Nao me importa seja loiro ou moreno
Nosso olhar E alegre cantou
Mas que tenha bem alegre o coração
E como um violino doido a suspirar
Tuas mãos Sonhou… sonhou… sonhou…
Quando formos de manhã para o trabalho
Minhas mãos
E a tarde na hora de regressar
A emoção Plum plum plum
Que beleza eu e o meu secretário
Que delicioso
Caminhando e cantando o cha cha cha
A noite a se perder nos faz, Plum plum plum
Meu amor, Maravilhoso
Outra vez
Amar Minha cancão de amor nasceu no meu coração
Sonhar Só para ti
Minha paixão
É manhã Em doce pizzicato eu vou levar-te a emoção
Na manhã do adeus O meu amor sem fim
Repousa A canção que eu canto
Teus lábios nos meus É por ti meu bem
É um doce pizzicato
Um beijo irá fazer Sempre a saltitar
Teu olhar
Meu olhar Plum plum plum
Outra vez
Amar
Chorar
9. A Virgem de
Macareña
(La Virgen de la Macareña)
Dengosa
Tango italiano
B. B. Munterde/Calero/A. Bourget
Elis Regina – 1963 Castro Perret
Elis Regina – 1963
À noite quando me deito
Eu sou dengosa
Eu rezo à Virgem de Macareña Malgoni/Baretta/Palessi/Romeo Nunes Gosto de carinho
Assim sozinho em meu quarto Elis Regina – 1963 Amor pra mim
Falo à Virgem Santa todo o meu tormento
Tem que ter denguinho
Um tango italiano
É de coração que eu peço O nosso tango Eu sou assim
Que alguém um dia me queira Quero um dia dançar Dengosa para amar
Que me abraçe com ternura E sonhar novamente Procuro aguém dengoso
E me beije com doçura
Para ser meu par
Um tango italiano
Ó Virgem Santa Um terno tango Amar com dengo
Ó Virgem Santa porque sofro tanto Como aquele que viu começar Dá gosto da gente amar
Ouvi o que pede Nosso amor tão distante Beijar com dengo
Ouvi o que pede a angústia do meu pranto
Dá gosto de se beijar
E nos teus braços
Porque, ó Santa querida, Rodando ao compasso do tango a recordar Amor com dengo
Não encontro na vida alguém para meu amor?
Torna mais gostoso o carinho
Nosso passado Mas para amar com dengo
Porque, ó Santa querida, E o amor esquecido veremos retornar É preciso ter jeitinho
Não encontro na vida alguém para meu amor?
Alguém que seja ternura Um tango italano
E viva comigo os sonhos que sonhei E os teus braços
O meu corpo de novo estreitar
É de coração que eu peço E teus olhos de novo encontrar
Que alguém um dia me queira
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Que me abraçe com ternura E no céu de teus olhos buscar
E me beije com doçura A aventura perdida
Ouvi o que pede
Ouvi o que pede minha alma aflita
Minha Virgem Santa
Outra vez (Again)
Cochran/Newman
Minha Virgem Santa de Macareña
Tristeza de carnaval
Elis Regina – 1963
Jamais
O meu amor tu terás
Bidú/Mutinho Não te darei novamente
Elis Regina – 1963 A boca ardente, oh, não!
O carnaval Verás
Sempre faz feliz alguém Que o sonho que se desfaz
Formiguinha triste
As vezes traz tristeza Nem deixa rastro na alma
E a alegria foge E acalma a ilusão de um coração
Tudo é quarta-feira Eu não quero
Joãozinho Tudo é sempre cinza De novo sofrer
Elis Regina – 1963
Pra quem amou foi muito bom Tal como eu já sofri
Pra quem perdeu chorou demais
Era uma vez uma triste formiguinha
Depois voltou o carnaval Eu não quero de novo viver
Que vivia tão sozinha tocando seu violão
Na fantasia de sol No amargor em que já vivi
Tão simplezinha era sua morada
E a esperança de encontrar
Mas existia lugar pra mais alguém
Um novo amor O sonho que se desfez
No carnaval Não deixou rastro em minha alma
Mas certo dia, como diz a lenda,
No carnaval Não sonharei outra vez
Tudo lá no quintal se iluminou
No carnaval
Formiguinha encontrou outra
Inverno sozinha não passou
10. Silêncio À noite
Berstein/Roberto Côrte Real
Túlio Paiva Elis Regina – 1963
Elis Regina – 1963
balançou
1, 2, 3,
Silêncio!
À noite, amor
Atenção! Vou ver o meu amor
O samba já tem outra marcação A lua há de brilhar
Pra nós dois
O pandeiro já não faz o que fazia
Violão só é na base da harmonia
Nazareno de Brito/Alcyr Pires Vermelho À noite, amor
Elis Regina – 1963
Silêncio! Vou ver o meu amor
Atenção! 1, 2, 3, balançou
1, 2, 3, o meu samba quero assim
E pra nós as estrelas virão
Requebra e vai por mim
Porque o samba já tem outra marcação
1, 2, 3, vai não vai
A roda do mundo sempre vai girando E o sol que sabe que eu espero
Vai girando sem parar 1, 2, 3, ouve o prato a marcar Que só a noite eu quero
Tudo nessa vida se renova O nosso balançar
Compreende e já se vai
Faz um passo todo figurado
A bossa velha deu lugar à bossa nova
E segue o rebolado
O samba já tem outra marcação A onda do balanço me enrolou Ó Deus, fazei
E essa é nova marcação
Eu não posso parar
Fazei que a noite seja
Vejo o tempo correr sem me cansar Sem fim pra mim
Você pode notar
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Batam palmas para quem gostou
Do meu samba que a ninguem negou
Ressurreicão Adeus amor
De todo coração
Sensação enquanto balançou
Marino Pinto/Pernambuco Almeida Rêgo/Newton Ramalho
Elis Regina – 1963 Elis Regina – 1963
Ressurreição, meu amor do passado Adeus amor
Tu és a razão do meu porvir Eu tenho de partir
Eu sonho em vão por que sonho acordada Eu sei que vou sentir
Quisera saber o que há de vir Uma saudade imensa de você
A chama que se apaga Que vai ficar
Flertei
Sempre mata a esperença Sozinho como eu
Minha chama de esperar-te A remoer lembranças do passado
Não se cansa
Meu Deus como é que eu vou ficar
Ressurreição, me levou ao passado Castro Perret Sem ter você pra me abraçar?
E curou de uma vez a minha dor Elis Regina – 1963 Sem ter aqueles beijos que são meus?
Milagre do amor Só meus
Agora sim estou certinha com um só
Tanto brinquei que Cupido me acertou Adeus amor
Eu tive tantos mas a nenhum eu amei Eu voltarei, querido,
E, no entanto, sem querer, gamei pra recomeçar a nossa vida
Veja você, eu que nunca pensei em amar
Eu que flertava apenas para brincar
Mas fui brincar de amor quem soube entender meu coracão
E o flerte transformou-se em gamação
11. Alô saudade
Paulo Aguiar/Umberto Silva
O Bem do Amor – 1963
carinho
Saudade e
Telefonei para a saudade
Dizendo a ela o que sentia
Como ela trouxe a solução
Meu coração logo esqueceu toda a paixão
Acreditei no que me foi prescrito
E em tudo o que eu não acreditava Renan Franca/Verinha Maranhão
O Bem do Amor – 1963
Sem teu amor
Depois do tempo em que levei sofrendo assim
Felicidade voltou pra mim
Saudade e carinho
Ai que vontade de amar!
Todo amor tem o seu ninho
Luiz Mauro
O meu amor, onde andará?
O Bem do Amor – 1963
Meu coração não pode mais viver assim Tantos amores eu já tive
Se você quiser
Sem teu amor Quantos amores mais terei?
Meu coracão vive chorando triste assim Nenhum, porém, comigo vive
Sem teu amor Sozinha sempre viverei
Baden Powell/Mario Telles
Tudo acabou
O Bem do Amor – 1963
Fiquei sozinha
Você quer que eu te conte o que é o amor, Sem teu querer
Feito para dois amar,
Manhã de
Feito de sorriso e flor? Tudo mudou
E, sem carinho,
AMOR
Você quer. Não sei viver
Mas será que você quer?
Caminhar neste luar para eu te mostrar. Meu coracão hoje só vive de ansiedade
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Vem. Por você
Espero em vão o fim de toda essa saudade Sergio Malta/Joluz
Você quer ver na luz do meu olhar, De você O Bem do Amor – 1963
Como eu te quero bem,
Como eu te quero amar? Vou esperar É manhã
Ó, meu querido, Vem o sol
Eu não sei. Volte pr favor Vem trazer o calor
Eu não sei se você quer. Que aquece a emoção
Eu posso te dar amor, Meu coracão De um olhar
Se vocie quiser. Não vai viver toda esta vida De um aperto de mão
Sem teu amor
Vem a chuva também
Vem chorar a alegria
Do retorno de alguém
De um amor
Numa terna ilusão
E se faz lá no céu
O enlace da chuva e do sol
Mania de gostar A natureza sorri
É tão lindo o matiz do arrebol
Luis Mauro
O Bem do Amor – 1963
Já se fez a manhã do amor
Já se pôs o arco-iris além
Vem a chuva
Mania boba é essa da gente de gostar de alguém. Alguém que nos faz um pouquinho feliz quando vem.
Alguém que quando vai não diz pra onde nem porque. Parte deixando saudade. Fazendo a gente sofrer. Vem o sol
Com eles, meu bem.
Não vai outra vez meu amor, não vá pra longe de mim. Esse negócio de saudade não foi feito pra mim.
Com você aqui bem perto. Juntinho do meu coração. Não viverei mais nesta solidão.
12. Há uma história triste
Othon Russo/Niquinho
O Bem do Amor – 1963
Há uma história triste pelo ar
História que não tem “era uma vez…”
Há uma história triste pra contar
História que começa com “talvez”
Foi, talvez, amor que acabou
Foi, talvez, um sonho que apagou
Restos de lembrança e amargura
Rugas de saudade e de ternura
Retorno Meus olhos
Aécio Kauffmann Sergio Napp
O Bem do Amor – 1963 O Bem do Amor – 1963
Meu bem eu agora voltarei Meus olhos
Bem sei que estarás a me esperar Saudades que eu trago
Do amor de você
Deixei meu coração cheio de amor juntinho ao teu
E só me acompanhou a saudade em seu lugar Meus olhos
Silêncios na espera
Agora voltarei novamente aos braços teus De alguém que não vem
E tu sempre estarás eternamente nos braços meus
Ah, se você entendesse
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Na estrada desta vida A beleza de amar
Nunca mais Que eles trazem em si
Nunca mais sozinha
Longe amor Ah, se você compreendesse
Dos teus carinhos O que escondem meus olhos
Voltaria pra mim
Domingo em Copacabana
Roberto Faissal/Paulo Tito
O Bem do Amor – 1963
Copacabana cheia
Bom é domingo mesmo
Dias de sol vem alegrar o nosso amor
Mar azul
Onda azul
Vem beijar meus amores
Copacabana bela
Lua de luz acesa
Ando calçada cheia sem pensar
Ai, rio até sozinha
Da beleza do meu Rio
Da TV Rio até o Forte
Gente que passa sem ter norte
Copacabana eu vou sonhar junto de ti
13. O bem do amor
Rildo Hora/Clóvis Mello
O Bem do Amor – 1963
Se você pensava
Bem no amor achar
O bem no amor encontrará
E quando você quiser
Vá buscar ternura
No amor que existe
Num lugar feito pra dois
Sim, vá buscar
Tem perfume a flor que nasce
No jardim ao sol
De ver tanto encanto na flor
Fui pedir a rosa viva e multicor
Perfume e cor
Fiz nosso amor
E o mundo prá nós dois
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É pra frente que se anda
Caminhando sem olhar pra trás
É pra frente que se anda
Caminhando sem olhar pra trás
É como a roda da história
Que nunca pode parar
Há um turbilhão de anseios
Despertando a nossa voz
Há um mundo de esperança
Esperando,
Esperado por nós
E a gente vai seguindo
Olhando só pra frente
Sem se voltar pra trás
Mundo de paz
Procurando nosso mundo
Mundo de paz
Túlio Paiva
O Bem do Amor – 1963
14. O MORRO NÃO TEM VEZ DIZ QUE FUI POR AÍ
(Tom Jobim/Vinícius de Morais) (Zé Keti/H. Rocha)
O morro não tem vez Se alguém perguntar por mim
E o que ele fez já foi demais Diz que fui por aí
Pout Pourri
Mas olhem bem voces, quando derem vez ao morro Levando o violão debaixo do braco
Toda a cidade vai cantar Em qualquer esquina eu paro
Em qualquer botequim eu entro
E se houver motivo, é mais um samba que eu faço
ESSE MUNDO É MEU Se quiserem saber se eu volto, diga que sim
(Sérgio Ricardo/Ruy Guerra) Mas só depois que a saudade se afastar de mim
Mas só depois que a saudade se afastar de mim
Escravo no mundo em que sou
Escravo no reino em que estou
Dois na Bossa 1 – 1963 (Com Jair Rodrigues)
Mas acorrentado ninguém pode amar ACENDER AS VELAS
Mas acorrentado ninguém pode amar (Zé Keti)
Acender as velas, já é profissão
FEIO NAO É BONITO Quando nao tem samba, tem desilusão
(Carlos Lyra/Gianfrancesco Guarnieri) Acender as velas, já é profissão
ESSE MUNDO É MEU Quando nao sou eu, é Nara Leão
Feio, nao é bonito (Sérgio Ricardo/Ruy Guerra)
O morro existe mas pede pra se acabar
Canta, mas canta triste Saravá, Ogum, mandinga da gente continua
Cade o despacho pra acabá A VOZ DO MORRO
Porque tristeza é só o que tem pra cantar (Zé Keti)
Chora, mas chora rindo Santo guerrero na floresta
Porque é valente e nunca se deixa quebrar Se você nao vem eu mesma vou brigá Eu sou o samba
Ama, o morro ama Se voce nao vem eu mesma vou brigá A voz do morro sou eu mesmo, sim senhor
Amor bonito, amor aflito Quero mostrar ao mundo que tenho valor
Que pede outra história Eu sou o rei do terreiro
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A FELICIDADE Eu sou o samba
(Tom Jobim/Vinícius de Morais) Sou natural daqui do Rio de Janeiro
SAMBA DO CARIOCA A felicidade é como a pluma Sou eu quem leva alegria
(Carlos Lyra/Vinícius de Morais)
Que o vento vai levando pelo ar Para milhões de corações brasileiros
Vamos, carioca, Brilha tão leve, mas tem a vida breve
sai do teu sono devagar Precisa que haja vento sem parar
O MORRO NAO TEM VEZ
O dia já vem vindo aí (Tom Jobim/Vinícius de Morais)
E o sol já vai raiar
Sao Jorge, teu padrinho, SAMBA DE NEGRO O morro não tem vez
te dê cana pra tomar (Roberto Correa/Sylvio Son) E o que ele fez já foi demais
Xango, teu pai, te dê Mas olhem bem voces
muitas mulheres para amar Subi lá no morro só pra ver Quando derem vez ao morro
O que o nêgo tem Toda a cidade vai cantar
Pra cantar assim gostoso Vai cantar, vai cantar
E fazer samba como ninguém Vai cantar, vai cantar
VOU ANDAR POR AÍ
(Newton Chaves)
Vou andar por aí, perguntar por aí
Pra ver se eu encontro
A paz que perdi
O SOL NASCERÁ (A sorrir)
(Cartola/Elton Medeiros)
A sorrir eu pretendo levar a vida
Pois chorando eu vi a mocidade perdida
15. Preciso aprender a ser só
Marcos Valle/Paulo Sergio Valle
Dois na Bossa 1 – 1965
Samba eu canto assim – 1965
Ah! se eu te pudesse fazer entender
Arrastão
Sem teu amor eu não posso viver
Edu Lobo/Vinícius de Morais
Dois na Bossa 1 – 1965
Que sem nós dois o que resta sou eu
E u a s s i m t ã o s ó Eh... tem jangada no mar
E eu preciso aprender a ser só Eh, eh, eh... hoje tem arrastão
Poder dormir sem sentir teu amor Eh... todo mundo pescar
A ver que foi só um sonho e passou Chega de sombra João
A h ! o a m o r
Jovi, olha o arrastão entrando no mar sem fim
Quando é demais ao findar leva a paz Ê meu irmão me traz Yemanjá pra mim
Me entreguei sem pensar
Que a saudade existe e se vem é tão triste
Vê, meus olhos choram a falta dos teus
Minha Santa Bárbara
Esses teus olhos que foram tão meus
Me abençoai
Por Deus, entenda que assim eu não vivo Quero me casar com Janaína
Eu morro pensando no nosso amor
Por Deus, entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor
Eh... puxa bem devagar
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Eh, eh, eh... já vem vindo o arrastão
A h ! o a m o r Eh... é a Rainha do Mar
Quando é demais ao findar leva a paz Vem, vem na rede João
Me entreguei sem pensar Pra mim!
Que a saudade existe e se vem é tão triste
Vê, meus olhos choram a falta dos teus
Esses teus olhos que foram tão meus
Valha-me Deus Nosso Senhor do Bonfim
Por Deus, entenda que assim eu não vivo Nunca, jamais se viu tanto peixe assim
Eu morro pensando no nosso amor
Por Deus, entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor
Terra de Segue nessa marcha triste Anda.Teu caminho é longo Pára no final da tarde Mas...
ninguém
Seu caminho aflito Cheio de incerteza Tomba já cansado O dia vai chegar
Leva só saudade Tudo é só pobreza Cai um nordestino Que o mundo vai saber
E a injustiça Tudo é só tristeza Reza uma oração Não se vive sem se dar
Que só lhe foi feita Tudo é terra morta Prá voltar um dia Quem trabalha é que tem
Marcos Valle/Paulo Sergio Valle
Desde que nasceu Onde a terra é boa E criar coragem Direito de viver
Dois na Bossa 1 – 1965
Saudade do Brasil – 1980 Pelo mundo inteiro O senhor é dono Prá poder lutar Pois a terra é de
(Com Marcos Valle) Que nada lhe deu Não deixa passar Pelo que é seu n i n g u é m
16. Sem Deus com a família César Roldão Vieira
Dois na Bossa 1 – 1965
Sapato de pobre é tamanco
Menino das
laranjas
A vida não tem solução
Morada da rico é palácio
E casa de pobre é barracão
Reza
Théo de Barros
Dois na Bossa 1 – 1965 (Com Jair Rodrigues) Quem é pobre sempre sofre,
Samba eu canto assim – 1965
Vive sempre a trabalhar
Menino que vai pra feira Edu Lobo/Ruy Guerra
Dois na Bossa 1 – 1965
Vender sua laranja até acabar Mas eu sofro só de dia, Samba eu canto assim – 1965
Filho de mãe solteira
Cuja ignorância tem que sustentar De noite eu vivo pra sambar Por amor andei já
Tanto chão e mar
É madrugada, vai sentindo frio Senhor já nem sei
Porque se o cesto não voltar vazio Se o amor não é mais
A mãe arranja um outro prá laranja Bastante pra vencer
E esse filho vai ter que apanhar
A mulher de branco é esposa Eu já sei o que vou fazer
Meu Senhor
Compra laranja E a esposa do preto é mulher Uma oração
Menino que vai pra feira
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Mas minha mulher é só minha, Vou cantar para ver se vai valer
É madrugada vai sentindo frio Laia ladaia sabadana ave-maria
Porque se o cesto não voltar vazio Do branco eu nem sei se só dele é Laia ladaia sabadana ave-maria
A mãe arranja um outro prá laranja
E esse filho vai ter que apanhar Ah! meu santo defensor
Traga o meu amor
Compra laranja doutor Branco fica atormentado
Ainda dou uma de quebra pro senhor Laia ladaia sabadana ave-maria
E nem tem tempo pra pensar Laia ladaia sabadana ave-maria
Lá no morro a gente acorda cedo
Que é só trabalhar Se é praga ou oração
Comida é pouca e muita roupa
Mas o preto é mais que branco
Mil vezes cantarei
Que a cidade manda pra lavar pra mãe d’água Iemanjá
Laia ladaia sabadana ave-maria
De madrugada ele menino Laia ladaia sabadana ave-maria
Acorda cedo tentando encontrar
Um pouco pra comer, viver até crescer
E a vida melhorar A terra do dono é só dele
Compra laranja doutor E ali ninguém pode mandar
Ainda dou uma de quebra pro senhor
Mas se eu não pegar na enxada
Não tem ninguém pra plantar
Eu semeio tanto milho e a colheita é do senhor
Mas o dia da igualdade tá chegando seu doutor.
17. Influência do Jazz
Formosa
Carlos Lyra
Elis no Fino da Bossa 1965-1967
Baden Powell/Vinícius de Morais
Pobre samba meu Elis no Fino da Bossa 1965-1967 (Com Baden Powell e Ciro Monteiro)
Foi se misturando se modernizando, e se perdeu
E o rebolado cadê?, não tem mais Formosa, não faz assim
Cadê o tal gingado que mexe com a gente Carinho não é ruim
Coitado do meu samba mudou de repente Mulher que nega
Influência do jazz Não sabe não
Tem uma coisa de menos
Quase que morreu No seu coração
E acaba morrendo, está quase morrendo, não percebeu
Que o samba balança de um lado pro outro A gente nasce, a gente cresce
O jazz é diferente, pra frente pra trás A gente quer amar
E o samba meio morto ficou meio torto Mulher que nega
Influência do jazz Nega o que não é para negar
A gente pega, a gente entrega
No afro-cubano, vai complicando A gente quer morrer
Vai pelo cano, vai
Discussão
Ninguém tem nada de bom
Vai entortando, vai sem descanso Sem sofrer
Vai, sai, cai... no balanço! Formosa mulher!
Pobre samba meu
Tom Jobim/Newton Mendonça
Volta lá pro morro e pede socorro onde nasceu Elis no Fino da Bossa 1965-1967 (Com pery Ribeiro)
Pra não ser um samba com notas demais
Samba do avião
Não ser um samba torto pra frente pra trás Se você pretende sustentar opinião
Vai ter que se virar pra poder se livrar E discutir por discutir
Da influência do jazz Só prá ganhar a discussão
Tom Jobim Eu lhe asseguro pode crer
Elis no Fino da Bossa 1965-1967 (Com lennie Dale) Que quando fala o coração
As vezes é melhor perder
Vem Balançar
Eparrê, Do que ganhar, você vai ver
15
Aroeira beira de mar Já percebi a confusão
Salve Deus e Tiago e Humaitá Você quer ver prevalecer
Eta, costão de pedra dos home brabo do mar A opinião sobre a razão
Walter Santos/Tereza Souza Eh, Xangô, vê se me ajuda a chegar Não pode ser, não pode ser
Elis no Fino da Bossa 1965-1967
Prá quê trocar o sim por não
Minha alma canta Se o resultado é a solidão
Quem vem lá?
Vejo o Rio de Janeiro Em vez de amor
Quem vem lá?
Estou morrendo de saudade Uma saudade vai dizer quem tem razão
Rio, teu mar, praias sem fim
Se é de samba pode se chegar
Rio, você foi feito pra mim
No meu samba tem sempre lugar
Cristo Redentor
Prá quem vem balançando
Devagar com a louça
Braços abertos sobre a Guanabara
Querendo sambar
Este samba é só porque
Rio, eu gosto de você
Quem vem lá?
A morena vai sambar
Quem vem lá?
Seu corpo todo balançar Luiz Reis/Haroldo Barbosa
Rio de sol, de céu, de mar Elis no Fino da Bossa 1965-1967 (Com Elza Soares)
Se é de samba pode se chegar
Dentro de mais um minuto estaremos no Galeão
No meu samba tem sempre lugar Devagar com a louça que eu conheço a moça,
Rio de Janeiro,
Prá quem vem balançando vai devagar moçinha, devagar ei.
Rio de Janeiro
Querendo sambar Eu conheço a moça, devagar com a louça,
Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro vai devagar, prá não errar.
Pra quem Devagar com a louça que eu conheço a moça,
Cristo Redentor
Traga o samba redondinho, vai devagar.
Braços abertos sobre a Guanabara
bem certinho assim E eu conheço a moça, devagar com a louça.
Este samba é só porque
todinho solto Vai, prá não errar.
Rio, eu gosto de você
A morena vai sambar
Mas não venha contando mentira rapaz Ela é mais enrolada do que linha em carretel,
Seu corpo todo balançar
Não ponha no meu samba tão fácil demais ja viu, mais você nessa jogada, hehe, vira bola de papel.
Aperte o cinto, vamos chegar
Água brilhando, olha a pista chegando Dê o fora dessa louça, peça logo o seu boné.
E vamos nós Você vai ficar de touca, quem avisa amigo é, pois é..'
Aterrar
18. Bocochê
Amor em paz Baden Powell/Vinícius de Moraes
Elis no Fino da Bossa 1965-1967 (Com Baden Powell)
Tom Jobim/Vinícius de Moraes
Elis no Fino da Bossa 1965-1967
Menina bonita, pra onde é "qu'ocê" vai
Mulata
Menina bonita, pra onde é "qu'ocê" vai
Eu amei
Vou procurar o meu lindo amor
Assanhada
E amei, ai de mim, muito mais do que devia amar
No fundo do mar
E chorei
Vou procurar o meu lindo amor
Ao sentir que iria sofrer e me desesperar
No fundo do mar
Ataulfo Alves Foi então
Nhem, nhem, nhem
Elis no Fino da Bossa 1965-1967 (Com Ataulfo Alves) Que da minha infinita tristeza aconteceu você
É onda que vai
Encontrei
Ô, mulata assanhada Nhem, nhem, nhem
Em você a razão de viver e de amar em paz
Que passa com graça É onda que vem
E não sofrer mais
Fazendo pirraça Nhem, nhem, nhem
Nunca mais
Fingindo inocente Tristeza que vai
Porque o amor é a coisa mais triste quando se desfaz
Tirando o sossego da gente! Nhem, nhem, nhem
Tristeza que vem
O amor é a coisa mais triste quando se desfaz
Ah! Mulata se eu pudesse
E se meu dinheiro desse Foi e nunca mais voltou
Eu te dava sem pensar Nunca mais! Nunca mais
Esta terra, este céu, este mar Triste, triste me deixou
E ela finge que não sabe
Nhem, nhem, nhem
Agora Ninguém Chora Mais
Que tem feitiço no olhar!
É onda que vai
Ai, meu Deus, que bom seria Nhem, nhem, nhem
Se voltasse a escravidão É a vida que vem
Eu pegava a escurinha Jorge Ben Nhem, nhem, nhem
E prendia no meu coração!... Elis no Fino da Bossa 1965-1967 (Com Jorge Bem Jor e Zinho) É a vida que vai
E depois a pretoria Nhem, nhem, nhem
16
Resolvia aquestão! Chorava todo mundo Não volta ninguém
Mas agora ninguém chora mais
Chora mais, chora mais Menina bonita, não vá para o mar
Chorava todo mundo Menina bonita, não vá para o mar
Mas agora ninguém chora mais
Chora mais Vou me casar com o meu lindo amor
ô, ô, ô, ô No fundo do mar
Vou me casar com o meu lindo amor
Mas Que Nada
Chorava mãe, chorava pai No fundo do mar
Na hora da partida
Mas era uma beleza Nhem, nhem, nhem
Em vez de tristeza É onda que vai
Jorge Ben
Elis no Fino da Bossa 1965-1967 Mas era uma beleza Nhem, nhem, nhem
Em vez de tristeza É onda que vem
Mas, que nada ô, ô, ô, ô Nhem, nhem, nhem
Sai da minha frente Chorava mãe, chorava pai É a vida que vai
Que eu quero passar Chorava todo mundo Nhem, nhem, nhem
Pois o samba está animado Mas agora ninguém chora mais Não volta ninguém
E o que eu quero é sambar
Este samba Mas pois o menino voltou Menina bonita que foi para o mar
Que é misto de maracatu Voltou homem, voltou doutor Menina bonita que foi para o mar
É samba de preto velho Menino que é bom não cai Dorme, meu bem
Samba de preto tu Pois já nasceu com a estrela Que você também é Iemanjá
Mas, que nada E sempre a mente sã Dorme, meu bem
Um samba como esse tão legal Menino que é bom não cai Que você também é Iemanjá
Você não vai querer Pois é protegido de Iansã
Que eu chegue no final
Chorava todo mundo
Mas agora ninguém chora mais
Chora mais, chora mais