Sequência Didática (SD), Os objetivos esperados na SD são:
a) Instrumentalizar os alunos como leitores e escritores proficientes em Língua Portuguesa.
b) Aprender os conteúdos dos seguintes eixos de ensino: distinguir as características da língua oral e da língua escrita; suprimir as marcas da oralidade na língua escrita; desenvolver habilidades no uso do discurso direto, discurso indireto, da concordância verbal, concordância nominal, coesão, coerência e paragrafação textual e desenvolver a capacidade de síntese, no processo de retextualização de um texto a partir da intuição do aluno por meio de sua gramática internalizada construída no processo de aquisição da língua.
1. Prof. Eliorefe Cruz Lima – Língua Portuguesa Prof. Eliorefe Cruz Lima – Língua Portuguesa
EE. Edgard Francisco – tel: 4137-2770 EE. Edgard Francisco – tel: 4137- 2770
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Projeto: “A entrevista: do oral para o escrito”
Roteiro de execução dos trabalhos
1. Problematização
Os motivos de selecionar a esfera jornalista e o gênero
entrevista para compor a Sequência Didática (SD), são
basicamente, dois.
Primeiro: com a popularização da internet, a Tecnologia da
Informação e Comunicação (TIC) está cada vez mais presente e
ao alcance dos alunos. E o gênero entrevista é facilmente
encontrado nesta esfera de comunicação em vários lugares de
circulação/ publicação (Revistas, jornais, sites, blogs, programas
jornalísticos de TV e rádio).
Segundo: o gênero entrevista tem sua origem, geralmente, na
modalidade oral com suas características intrínsecas, passíveis de
hesitações, repetições, marcadores lexicalizados, marcadores não
lexicalizados, truncamentos frasais, etc. Estes elementos são
materiais concretos de trabalho no processo de adequação do
material fônico escrito (texto oral) para a modalidade escrita,
padrão idealizado o mais próximo possível da gramática
normativa, considerando, além disso, o contexto de produção, o
suporte de veiculação do texto e o público alvo.
2 Objetivos
Os objetivos esperados na SD são:
a) Instrumentalizar os alunos como leitores e escritores
proficientes em Língua Portuguesa.
b) Aprender os conteúdos dos seguintes eixos de ensino:
distinguir as características da língua oral e da língua escrita;
suprimir as marcas da oralidade na língua escrita; desenvolver
habilidades no uso do discurso direto, discurso indireto, da
concordância verbal, concordância nominal, coesão, coerência e
paragrafação textual e desenvolver a capacidade de síntese, no
processo de retextualização de um texto a partir da intuição do
aluno por meio de sua gramática internalizada construída no
processo de aquisição da língua.
3. A organização da SD
O modelo escolhido para a organização da SD foi o esquema
proposto por Dolz e Schneuwly (2004). Assim, a SD foi
organizada em seis módulos, cada um com objetivos específicos.
Primeiro: elaboração de uma entrevista com a finalidade de
sondar o conhecimento dos alunos sobre o gênero.
Segundo: o contato, por meio de leituras, com a teoria sobre
o gênero entrevista e textos sobre a modalidade da língua oral
com finalidade de mostrar as suas características intrínsecas,
comparando com a modalidade padrão escrita.
Terceiro: planejamento ou a escolha (a escolha para quem
optar por uma entrevista pronta, capturada na mídia falada) da
entrevista, como por exemplo, o questionário relacionado com
escolha do tema pertinente ao contexto, o status do entrevistado,
o público alvo pretendido e o suporte de veiculação.
Quarto: a execução das entrevistas (para quem optar por essa
forma) ou a escolha (para quem optar pela entrevista capturada
da mídia). O objetivo básico do quarto módulo é aquisição do
material fônico para transcrevê-lo no quinto módulo.
Quinto: este é o módulo mais estafante, pois o processo de
transcrição do material fônico para o escrito exige muita
paciência ao logo do processo de ida e de volta, na tentativa de
compreender tudo o que é dito na entrevista e de ser fiel às
normas de transcrição.
Sexto: neste último módulo, com o material fônico escrito em
mãos e com todos os conhecimentos adquiridos durantes as
leituras teóricas sobre as modalidades de língua oral e escrita, é o
momento da retextualização das entrevistas. Os objetivos nesta
etapa final é trabalhar as questões de gramática e sintaxe a partir
do texto oral escrito, fazendo as adequações para a modalidade
padrão escrita.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M. M. Os gêneros do discurso. In: Estética da criação
verbal. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003[1952-53/1979], p. 261-
306.
Cadernos de apoio e aprendizagem: Língua Portuguesa / Programas:
Ler e escrever e Orientações curriculares. Livro do Professor. São Paulo:
Fundação Padre Anchieta, 2010. Sexto ano. Disponível em:
<http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/Documentos/pu
blicacoes/Cad_Apoio/LP/LP6/LP_conteudo_Prof_6Ano.pdf >. Acesso
em: 10 jun.2012.
DOLZ, Joaquim; NOVERRAZ, Michèle; SCHNEUWLY, Bernard.
Sequências didáticas para o oral e a escrita: Apresentação de um
procedimento. In: SCHNEUWLY, Bernard.; DOLZ, Joaquim. et al.
Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização de Roxane
Helena Rodrigues Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas, SP: Mercado
de Letras, 2004, p. 95-128.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Análise da conversação. 3.ed., São
Paulo:Ática,1997.
_________Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São
Paulo: Cortez, 2001.
_________ Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO,
Ângela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria
Auxiliadora (Orgs.). Gêneros textuais e ensino. 2.ed.Rio de Janeiro:
Lucerna,2003.
PRETI, Dino. Normas para transcrição. In: PRETI, Dino. (Org.)
Interação na fala e na escrita. São Paulo: Humanitas, 2002, p.17,18.
SILVA, Luiz Antônio. Síntese da história do projeto NURC. Linha
d´Água, São Paulo, n.10, jul.1996, p.83-90. Disponível em: <
http://www.fflch.usp.br/dlcv/nurc/historico.htm>.Acesso em: 26 maio
2011.
OUTRAS REFERÊNCIAS DE APOIO
CITELI, Adilson. O texto argumentativo. São Paulo: Scipione, 1994.
SAIEG-SIQUEIRA, João Hilton. Organização do texto dissertativo.
São Paulo: Selinunte, 1995.
SAVIOLI, Francisco Platão; FIORIN, José Luiz. Para entender o texto:
leitura e redação. São Paulo: Ática, 1996.
SOUZA, Aguinaldo Gomes de. Gêneros virtuais – algumas
observações. Letra Magna, São Paulo, n.7, ano 4,2007. Disponível em<
http://www.letramagna.com/generos_virtuais_revista_aguinaldo.pdf >>.
Acesso em: 18 nov.2012.
TEERA, Ernani. Linguagem, língua e fala. São Paulo: Scipione, 1997.