William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
Técnicas de Contação de Histórias
1.
2. Mais fascinante de todas as formas, a mais antiga,
tradicional e autêntica expressão do contador de histórias.
Não requer nenhum acessório e se processa por meio da
voz do narrador, de sua postura.
É a maneira ideal para contar uma história e a que mais
contribui para estimular a criatividade.
Técnica: o narrador, com as mãos livres, concentra toda sua
força na expressão corporal.
Lendas, fábulas, histórias recolhidas da tradição são as
recomendadas para serem contadas sob a forma de simples
narrativa.
SIMPLES NARRATIVA
3. COM O LIVRO
Há textos que requerem, indispensavelmente, a
apresentação do livro, pois a ilustração os complementa.
Há livros onde a apresentação gráfica e a imagem é tão rica
quanto o texto(às vezes mais rica).
Essa apresentação, além de incentivar o gosto pela
leitura(mesmo no caso dos ainda não alfabetizados),
contribui para desenvolver a sequência lógica do
pensamento infantil.
Técnica: mostrar o livro para a classe virando lentamente as
páginas com a mão direita, enquanto a esquerda sustenta a
parte inferior do livro, aberto de frente para o público. O
narrador conta a história com suas próprias palavras.
4. COM GRAVURAS
Quando usar: quando o formato dos livros for pequeno; as
ilustrações que antecipam acontecimentos não mantêm
correspondência com o texto; a publicação em revistas de
histórias ao lado de outras matérias.
As imagens podem ser ampliadas em cartolina(papel resistente)
ou também fazer colagem
As gravuras favorecem, sobretudo as crianças pequenas,
permitem que elas observem detalhes e contribuem para a
organização de seu pensamento. Isso lhes facilitará, mais tarde, a
identificação da ideia central, fatos principais, fatos secundários,
etc.
Técnica: antes da narrativa, empilham-se as gravuras em
ordem, viradas para baixo. À medida que vai contando, o
narrador as coloca uma a uma no suporte prático.
5. COM O FLANELÓGRAFO
Há histórias em que a personagem principal entra e sai de
cena, movimenta-se num vai-e-vém durante o enredo.
As figuras podem ser confeccionadas em flanela, feltro ou
papel-camurça. Outra opção é usar recortes de revistas,
personagens recortados em papel de lustro em cores
variadas ou em cartolina.
Técnica: cada personagem é colocado, individualmente,
ocupando seu lugar no quadro, dando ideia de movimento.
O mais importante é a ação do personagem principal, num
movimento constante.
6. COM INTERFERÊNCIAS DO NARRADOR
E DOS OUVINTES
Consiste numa participação ativa dos ouvintes, pela voz
e/ou gestos para tornar a narrativa mais atraente.
Técnicas:
Interferência falada: uma palavra, uma frase, que se
repetem em determinados momentos do enredo.
Interferência cantada: um estribilho que se repete
também no momento exato.
Interferência de grupo: no momento oportuno, o
narrador apenas com um gesto divide os ouvintes em
dois grupos e cada grupo fala ou canta e ao mesmo
tempo gesticula, conforme a sugestão do enredo.
7. COM DESENHOS
Aguça a curiosidade dos ouvintes e é um recurso atraente
no caso da história de poucos personagens e traços rápidos.
Técnica: no quadro de giz ou em papel de metro.
Enquanto narra, a professora vai desenhando o
personagem. Em dado momento interrompe a narrativa e
convida os ouvintes a irem ao quadro e expressarem suas
próprias ideias. O esboço de uma figura simples torna-se
um ideia luminosa.
8. PARA CATIVAR A PLATÉIA
Faça uma seleção de títulos que despertem em você a
vontade de passá-los aos alunos. É importante abrir o
universo deles para diferentes narrativas, com temas como
a vida e a morte, nossa origem e a humanidade, além de
mitos.
Para se familiarizar com a narrativa, treine contando para
amigos e familiares.
Comece a narrar para grupos menores, enquanto você
conhece as suas possibilidades. Reúna os ouvintes em roda
para que eles se sintam próximos de você.
9. Escolha recursos , como desenhos, bonecos, músicas e
movimentos de dança, com os quais você se sinta mais à
vontade.
Use elementos expressivos, como imitação de vozes e
movimentos com as mãos(estalar de dedos e palmas).
Empregados na hora certa, eles fazem a diferença.
Imagine os detalhes de todas as cenas e descubra a melhor
maneira de entoar cada trecho(sem se preocupar em
decorá-las).
Preste atenção em alguns refrões ou frases de impacto que
podem ser repetidos sempre do mesmo jeito – porque são
bonitos ou soam bem.
10. Quanto mais a história for contada, maior o número de
novas imagens que são incorporadas a cada cena. Esta é
uma peculiaridade da oralidade: cada um recria o conto.
Projete a voz na sala e amplie os gestos para que o público
não se disperse. Quando o enredo pedir um tom mais
suave, todos entenderão o recurso e farão silêncio para
ouvir.
Antes ou depois da narração, conte de onde vem a história:
de um livro, de um filme, da mitologia grega ou se
aconteceu com alguém conhecido. Assim, a turma fica
sabendo que também pode passá-la adiante.
Ignore as peraltices de alguns e conte a história para o resto
da classe. Se alguma coisa que os bagunceiros fizerem
permitir, vale incorporá-la à performance, sem quebrar o
clima da história.
11. Contar histórias sempre envolve alguns imprevistos. O
importante não é ter medo. Geralmente, as crianças
querem que a narração prossiga. Então, elas vão ajudar
você.