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ANÁLISE MICROCLIMÁTICA EM
        LOCALIDADES DA REGIÃO
     METROPOLITANA DE CURITIBA
estudo usando como pontos de referência
           os Faróis do Saber

        Pesquisa iniciada com uma Dissertação
           de Mestrado Do Programa de Pós-
          Graduação em Tecnologia (PPGTE),
                        UTFPR
               Mestranda F. Rossi

              PROFESSOR ORIENTADOR:

                Prof. Eduardo L. Krüger



                                          1
METODOLOGIA

   Análise geral do clima da região de
Curitiba: atualização do TRY;
        Monitoramento     térmico   (HOBO
dataloggers);
     Levantamento     de  Temperaturas   e
umidade;
 Análise de uso e ocupação do solo;

   Análise da relação entre temperatura
local e padrão de uso e ocupação do solo;
 Análise de isotermas;

 Análise de condições de conforto;

 Análise de condições sinóticas.




                                 2
Investigação do clima local: influências
      do desenvolvimento urbano




                  Detalhe do sensor no Farol




                  Foto de um Farol do
                  Saber                 3
Investigação do clima local: influências
      do desenvolvimento urbano
Plantas dos Faróis com a orientação das fachadas e a posição do equipamento




                                                       4
Investigação do clima local: influências
      do desenvolvimento urbano




                        Mapa com a localização dos
                        pontos segundo o
                        zoneamento e área de
                        influência



                                   5
Investigação do clima local: influências
      do desenvolvimento urbano

    Farol do Saber         Localização      Zoneamento             Influência
    Rocha Pombo              Portão            ZR-3          ZR-4, SE, CONEC-3
    Gonçalves Dias          São Bras           ZR-2             ZR-P, ZR-SF
  Samuel Chamecki             Cajuru           ZR-3             ZR-2, SE-CB
 João Guimarães Rosa        Bairro Alto        ZR-2                  ZE-D
  Farol das Cidades       São Lourenço         ZR-2                    -
      Jd. Pinheiro        Sta. Felicidade      ZR-2          Z-CON, ZR-P, ZR-SF
     Castro Alves          Fazendinha          ZR-3          ZI, ZEHIS, CONEC-3
   Aristides Vinholes         Xaxim            ZR-2                    -
                                                          ZR-2, ZR-3, ZR-4, ZE-M, ZI,
   José de Alencar         Pinheirinho         ZS-2
                                                         SEHIS, SE-LE, SE, SE-BR116
  Frei Miguel Bottacin     C. Industrial      SEHIS        ZS-1, ZI, ZUM, CONEC-2
     Tom Jobim            Santa Quitéria       ZR-3            ZR-4, CONEC-4
   Fernando A. de                                        ZR-1, ZI, SE-PS, ZT-NC, SE-
                         Campo Comprido        ZR-2
      Miranda                                                         NC
  Machado de Assis           Mercês            ZR-2               ZR-1, ZR-3
                                                               6
   Antônio Machado         Barreirinha         ZR-2                  ZR-1
Investigação do clima local: influências
                  do desenvolvimento urbano
            16,00



            14,00



            12,00


            10,00
Tmín [ºC]




             8,00



             6,00


             4,00



             2,00



             0,00
                    1   2   3   4   5   6   7   8   9    10   11   12   13   14    15    16   17   18   19   20   21   22   23   24   25   26   27   28   29

                                                                                  dias

                        Bairro Alto                     São Lourenço                          Cajuru                              Fazendinha
                                                                                                                   7
                        Sta Felicidade                  São Bras                              Portão
Investigação do clima local: influências
      do desenvolvimento urbano

Ao se analisar o clima urbano, nota-se que o uso e a ocupação do solo
   influenciam de maneira considerável a variação da temperatura:
•   Tomando-se o Bairro Alto como exemplo, onde se registrou elevada
    temperatura ambiente, verifica-se tráfego intenso (principalmente
    transporte coletivo), muita área pavimentada, pouca arborização e
    ocupação intensa do entorno.
•   Ao analisarmos a localidade com menor amplitude térmica e mais
    baixas temperaturas registradas – Cajuru – e correlacionarmos a mesma
    com parâmetros de uso e ocupação do solo, também confirmamos a
    influência desses parâmetros no clima local, visto que esta região
    apresenta muitas vias sem pavimentação e arborizadas, pouco tráfego e
    a ocupação de baixa densidade.




                                                      8
RESULTADOS E ANÁLISE

Análise de uso e ocupação do solo

   Fotos aéreas (escala 1:8000);

   Imagens de CAD geradas a partir das fotos aéreas, geo-
  referenciadas com o Arc-View GIS software;

   Classificação de padrões de uso do solo e quantificação de
  cinco diferentes categorias: (1) áreas verdes, (2) área construída,
  (3) área pavimentada, (4) área de água, (5) área livre;

   Escolha de três diferentes áreas de influência;

   Quantificação de padrões de uso do solo para cada área de
  influência.




                                                       9
CLASSIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO PADRÕES DE USO
DO SOLO




                                 10
CLASSIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO PADRÕES DE USO
DO SOLO




                                 11
CLASSIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO PADRÕES DE USO
DO SOLO

Percentuais para 1km²
                                                       2002
                                                                 Santa                       São
               Bairro Alto    Cajuru    Fazendinha    Portão                  São Brás
                                                               Felicidade                 Lourenço
 Água            0,01          0,00        0,58       0,01        0,10            0,01      1,03
 Construida      22,45        32,95        20,60      24,54      13,84            20,83     13,95
 Livre           46,68        42,70        45,31      35,81      60,34            48,78     38,53
 Pavimentada     25,80        22,91        26,02      30,96      13,82            15,74     15,33
 Verde           5,07          1,44        7,49       8,69       11,90            14,64     31,16

                                                       2003
                              Campo       Cidade                               Santa
               Barreirinha                            Mercês   Pinheirinho                 Xaxim
                             Comprido    Industrial                           Quitéria
 Água            0,00           0,09        0,00      0,09       0,00          0,01        0,52
 Construida      22,24         22,07       38,17      19,84      26,69         27,88       26,29
 Livre           38,24         37,21       24,19      44,57      6,73          39,13       38,24
 Pavimentada     26,54         18,25       32,94      20,79      62,75         25,69       32,48
 Verde           12,97         22,39        4,70      14,72      3,84          7,29        2,47


                                                                             12
ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE TEMPERATURA LOCAL E
    PADRÃO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

              70,00                                                                                              0,00


              60,00                                                                                              -0,20


              50,00                                                                                              -0,40
percentuais




              40,00                                                                                              -0,60




                                                                                                                         Delta T's
              30,00                                                                                              -0,80




                                                                                                 e
                                                                                              ad
                                                           u




                                                                                           id
                                                         ur




                                                                                          l ic
                                                                       ha
              20,00                                       j                                                      -1,00
                                                       Ca




                                                                                        Fe
                                                                     in




                                                                                                        xim
                                                                    d




                                                                                      a
                                                                 en




                                                                                   St




                                                                                                     Xa
                                                                 z
                                                              Fa
              10,00                                                                                              -1,20


               0,00                                                                                              -1,40
                                                         localidades

                      Área Água   Área Construida   Área Livre       Área Pavimentada      Área Verde         Delta T

                                                                                           13
Análise de isotermas




                       14
CONCLUSÕES
A partir do realizado, pôde-se extrair as
seguintes considerações:
1- A quantidade de área livre e de área construída parece
determinante das diferenças de temperatura.
2- Também parece haver relação entre as maiores áreas
impermeabilizadas e as maiores temperaturas.
3- As localidades mais altas também tenderam a ter menores
temperaturas.
4- A quantidade de área livre parece estar relacionado à
obtenção de menores temperaturas.
5- As maiores temperaturas também se verificaram com
maior freqüência nas maiores áreas pavimentadas.



                                  INCERTEZAS...
                                             15
QUESTÕES

 Medições de temperatura do ar em área urbana
trazem complexidades (idiossincrasias do local
onde se mede –influências do entorno imediato)

 Qual o impacto dos diversos fatores ao redor
do sensor usado?

 Como isolar um único aspecto e avaliá-lo?

 Qual a altura ideal para medições?




                                       16
EFEITO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO EM
       MODELO REDUZIDO DE UM ARRANJO
      URBANO SOB CONDIÇÕES DESÉRTICAS


         E.L. Krüger, (2) D. Pearlmutter, (2) P. Berliner ( 1

  Programa de Pós-Graduação em Tecnologia, Departamento de ( 1 )
Construção Civil, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
                    - E-mail: ekruger@utfpr.edu.br

J. Blaustein Institute for Desert Research, Ben-Gurion University of ( 2 )
                  the Negev, Sede-Boqer Campus Israel




                                                                17
ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO

•   Objetivos
•   Descrição do modelo em escala OASUS
•   Condições climáticas locais
•   Configurações, arranjo experimental e monitoramento realizado
•   Comparações entre predições (modelo semi-empírico) e dados
    medidos de temperatura no cânion
•   Efeito da exposição solar e aos ventos nas temperaturas no
    cânion e nas taxas de evaporação
•   Conclusões




                                                  18
OBJETIVOS

Objetivo geral: projeto de pós-doutorado, realizado junto ao Department
of Man in the Desert, Ben-Gurion University of the Negev, Israel.
Finalidade de analisar os efeitos de alterações da configuração
urbana no consumo de energia para condicionamento térmico de
. edificações


Objetivos secundários:
•   Comparação de diferentes modelos numéricos de predição de
    temperatura do ar em cânions urbanos a partir de geometrias e
    orientações variáveis
•   Análise do efeito da adição de água a um modelo físico de um
    arranjo urbano - OASUS (Open-Air Scaled Urban Surface)




                                                        19
Descrição do modelo em escala
                     OASUS
O modelo em escala de uma superfície urbana, em escala 1:15, denominado Open-Air
Scaled Urban Surface – OASUS, foi elaborado de modo a ampliar a possibilidade de
análise de situações diversas encontráveis em um arranjo urbano, consistindo de uma
série de fileiras de blocos vazados de concreto de 0.2×0.2×0.4m de características
termofísicas análogas às de materiais encontrados em construções da região do
Negev. O sítio experimental está localizado em um local árido, Sede Boqer, Campus
. da Universidade de Ben-Gurion, Deserto do Negev, em Israel




                                         OASUS - Scale-model of an urban array (photo
                                               )taken by the author in December 2004




                                                                20
Condições climáticas em Sede
                 Boqer, Negev Desert

      Sede Boqer (latitude 30.8ºN)
situa-se na região alta do deserto
    do Negev, aproximadamente a
  480 m acima do nível do mar. O
 clima é caracterizado por grande
variação térmica diária e sazonal,
ar seco e céu claro com radiação
 solar intensa. No verão, a média
das temperaturas máximas situa-
  se em torno de 32ºC com média
 diária de 17°C. A radiação global
      tem um valor médio diário de
   7.7kWh/m² em junho e julho. O
    vento dominante no verão vem
    constantemente do noroeste e
     torna-se mais forte ao final da
    tarde e nas primeiras horas da
                               noite




                                       21
Configurações, arranjo
experimental e monitoramento
         realizado
        Objetivo: Análise do efeito da adição de água ao modelo
        OASUS - experimentos anteriores limitaram-se ao balanço
        energético de um pedestre em um cânion urbano e ao
        balanço energético acima da malha urbana (SEB) com
        trocas de calor latente desprezíveis, considerando-se o
        clima desértico e a inexistência de fontes de água no
        modelo. Na presente etapa, procurou-se inserir
        quantidades significativas de superfícies molhadas no
        modelo (painéis evaporativos com 2.0 m × 0.10 m, com 3
        cm de profundidade), de modo a se melhor poder avaliar o
         ..fenômeno da evaporação entre cânions do modelo
        Monitoramento: pequenos painéis evaporativos foram
        montados para pesagem por meio de uma balança digital,
        de forma a se estimar a quantidade de água evaporada em
        determinadas fileiras. Acima do modelo em escala, um
        anemômetro sônico, fixado ao mastro, registrou a
        temperatura do ar. Em um dos cânions, Em uma das
        fileiras repetidas, posicionou-se um termopar para medição
        .da temperatura do ar, acoplado a uma estação Campbell




                                           22
Configurações, arranjo
                   experimental e monitoramento
                            realizado
CONFIGURAÇÕES: De forma a se considerar diversas condições de área molhada no
modelo em escala, os painéis foram adicionados em etapas, para o arranjo com as fileiras
com altura correspondente a um bloco e a dois blocos de concreto (um andar e dois
:andares, respectivamente). Os diferentes modos analisados foram os seguintes

a) modo seco 1: 2 andares sem área molhada
b) modo molhado 1: 2 andares com painéis dispostos junto às
(paredes voltadas para o noroeste (vento dominante
c) modo molhado 2: 2 andares com painéis dispostos junto às duas
 paredes dos cânions
d) modo molhado 3: 1 andar com painéis dispostos junto às duas
paredes dos cânions
e) modo molhado 4: 1 andar com painéis dispostos junto às
(paredes voltadas para o noroeste (vento dominante
f) modo seco 2: 1 andar sem área molhada




                                                                        23
Comparações entre predições e dados medidos
                  de temperatura no cânion
Modelo semi-empírico: A partir de experimentos realizados anteriormente no modelo
OASUS, a correlação entre a progressão diurna das temperaturas do ar acima da malha
(TA) e aquelas medidas em um cânion (Ta) foi analisada, verificando-se a existência de
uma função “loop”.

         36                                                                    Loop model
                                                                                                                              ∂TA
                                                                                                             Ta = a1TA + a2       + a3
                                                                                                                               ∂t
                                                           40
         32
                                                                      2
                                                                     R = 0.9984
                                                           35                                                      Equação 1
         28
AT~2.0




                                                           30


         24                                       AT~2.0
                                                           25


         20                                                20
                                                                                                             Exemplo de aplicação de
                                                                                                             uma função loop a duas
                                                           15
         16
              16   20   24         28   32   36                 15        20      25          30   35   40
                                                                                                             séries de dados
                                                                                       MET*                  (temperaturas em graus
                             MET
                                                                                                             (centígrados




                                                                                                              24
Comparações entre predições e dados medidos
                        de temperatura no cânion
Uma comparação foi feita entre temperaturas do ar medidas nos diversos modos e aquelas preditas
pelo modelo semi-empírico, sob duas condições de altura. Os coeficientes adotados na equação 1,
obtidos numa etapa anterior, correspondem às duas situações “secas” (modos seco 1 e seco 2). A
não correspondência entre dados preditos e medidos reflete o potencial de resfriamento da
.adição de áreas molhadas no cânion
               45                                                 molhado 3         molhado 4
                                            molhado 2

               40   seco 1   molhado 1
                                                                                                seco 2

               35
      T (ºC)




               30

               25

               20

               15

                                         medido         predito        referência




                                                                                           25
Comparações entre predições e dados medidos
                 de temperatura no cânion
Conforme esperado, em ambos os modos secos a temperatura predita está em concordância com os
dados medidos. Nos modos molhados, no entanto, quando o efeito da evaporação da água atua no
resfriamento do ar, os dados medidos são significativamente inferiores aos resultados das predições.
O efeito mais significativo de reduções térmicas deu-se nos modos molhados 2 e 3, chegando a 3ºC
ao meio-dia. Nestas duas situações, os painéis evaporativos chegam a 1/3 da área da superfície
entre os blocos. Quando essa área se reduz a 1/6, a redução máxima se limita a 1 a 2ºC. Tais
reduções são devidas ao fato de parte dos ganhos radiantes no cânion ser dissipada por
. evaporação
                                               2
                               Modo           R      Erro
                              Seco 1         0.98    0.46
                             Molhado 1       0.96    0.68
                             Molhado 2       0.98    2.49
                             Molhado 3       0.98    3.19
                             Molhado 4       0.96    1.67
                              Seco 2         0.98    0.41




                                                                           26
Efeito da exposição solar e aos ventos nas
                          temperaturas no cânion e nas taxas de
                                       evaporação
A adoção dos painéis de controle para pesagem da quantidade de água evaporada ao longo do dia e
de um dia para o outro nos fornece uma informação da taxa evaporativa segundo o posicionamento
do painel no cânion e também quanto ao efeito resultante da rugosidade da malha urbana. A
quantidade total de água evaporada nos dias escolhidos para a pesagem horária sofreu pouca
variação, situando-se em torno de 10-12mm/dia. No entanto, observou-se o efeito significativo da
. exposição dos painéis em determinadas horas do dia, influenciando até mesmo seus totais diários

                12.00
               14.00                                                                                                         14.00
                                                                                                                             12.00

               12.00
                10.00                                                                          barlavento                    12.00
                                                                                                                             10.00
                                                                                                       barlavento                                                                                                           barlavento
                                                                                               fila a (protegida)                                                                                                  barlavento
               10.00                                                                                   fila a                10.00                                                                                          fila a
                                                                                                                                                                                                                   fila a (protegida)
                 8.00                                                                          fila a (exposta)               8.00
                                                                                                       fila b                                                                                                               fila b
                                                                                                                                                                                                                   fila a (exposta)
                8.00                                                                                                          8.00
      h (mm)




                                                                                               fila b (protegida)
      h (mm)




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                                                                                                                                                                                                                   fila c (exposta)
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                                                                                                                                                                      1:00 PM

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                                  9:00 AM




                                                                                                                                                           11:00 AM
                                                       1:00 PM

                                                                 3:00 PM
                        7:00 AM

                                  9:00 AM




                                                                           5:00 PM

                                                                                     7:00 PM
                                            11:00 AM




                                                                                                                                     7:00 AM




                                                                                                                                                                                               5:00 PM

                                                                                                                                                                                                         7:00 PM
                                                                                                                                               9:00 AM




                                                                                                                                                                      1:00 PM

                                                                                                                                                                                3:00 PM
                                                                                                                                                          11:00 AM
                                            Modo molhado 1
                                                         3                                                                                               Modo molhado 4
                                                                                                                                                                      2




                                                                                                                                                                                          27
CONCLUSÕES

Os resultados indicaram que há uma redução expressiva da temperatura do ar no
cânion, na presença de painéis evaporativos em ambos os lados das fileiras. Essa
redução é mais significativa no arranjo urbano com um bloco de altura. Entretanto,
dado que essa redução da temperatura local é obtida por meio da adição de água
numa região desértica, a verificação da quantidade de água evaporada nos indica
que uma utilização mais racional de áreas vegetadas (dependentes de sistemas de
.irrigação) poderia ocorrer juntamente com uma maior densificação da malha urbana




                          .AGRADECIMENTOS: À CAPES pela bolsa pós-doutoral




                                                                 28

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Análise microclimática em Curitiba e influência do uso do solo

  • 1. ANÁLISE MICROCLIMÁTICA EM LOCALIDADES DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA estudo usando como pontos de referência os Faróis do Saber Pesquisa iniciada com uma Dissertação de Mestrado Do Programa de Pós- Graduação em Tecnologia (PPGTE), UTFPR Mestranda F. Rossi PROFESSOR ORIENTADOR: Prof. Eduardo L. Krüger 1
  • 2. METODOLOGIA  Análise geral do clima da região de Curitiba: atualização do TRY;  Monitoramento térmico (HOBO dataloggers);  Levantamento de Temperaturas e umidade;  Análise de uso e ocupação do solo;  Análise da relação entre temperatura local e padrão de uso e ocupação do solo;  Análise de isotermas;  Análise de condições de conforto;  Análise de condições sinóticas. 2
  • 3. Investigação do clima local: influências do desenvolvimento urbano Detalhe do sensor no Farol Foto de um Farol do Saber 3
  • 4. Investigação do clima local: influências do desenvolvimento urbano Plantas dos Faróis com a orientação das fachadas e a posição do equipamento 4
  • 5. Investigação do clima local: influências do desenvolvimento urbano Mapa com a localização dos pontos segundo o zoneamento e área de influência 5
  • 6. Investigação do clima local: influências do desenvolvimento urbano Farol do Saber Localização Zoneamento Influência Rocha Pombo Portão ZR-3 ZR-4, SE, CONEC-3 Gonçalves Dias São Bras ZR-2 ZR-P, ZR-SF Samuel Chamecki Cajuru ZR-3 ZR-2, SE-CB João Guimarães Rosa Bairro Alto ZR-2 ZE-D Farol das Cidades São Lourenço ZR-2 - Jd. Pinheiro Sta. Felicidade ZR-2 Z-CON, ZR-P, ZR-SF Castro Alves Fazendinha ZR-3 ZI, ZEHIS, CONEC-3 Aristides Vinholes Xaxim ZR-2 - ZR-2, ZR-3, ZR-4, ZE-M, ZI, José de Alencar Pinheirinho ZS-2 SEHIS, SE-LE, SE, SE-BR116 Frei Miguel Bottacin C. Industrial SEHIS ZS-1, ZI, ZUM, CONEC-2 Tom Jobim Santa Quitéria ZR-3 ZR-4, CONEC-4 Fernando A. de ZR-1, ZI, SE-PS, ZT-NC, SE- Campo Comprido ZR-2 Miranda NC Machado de Assis Mercês ZR-2 ZR-1, ZR-3 6 Antônio Machado Barreirinha ZR-2 ZR-1
  • 7. Investigação do clima local: influências do desenvolvimento urbano 16,00 14,00 12,00 10,00 Tmín [ºC] 8,00 6,00 4,00 2,00 0,00 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 dias Bairro Alto São Lourenço Cajuru Fazendinha 7 Sta Felicidade São Bras Portão
  • 8. Investigação do clima local: influências do desenvolvimento urbano Ao se analisar o clima urbano, nota-se que o uso e a ocupação do solo influenciam de maneira considerável a variação da temperatura: • Tomando-se o Bairro Alto como exemplo, onde se registrou elevada temperatura ambiente, verifica-se tráfego intenso (principalmente transporte coletivo), muita área pavimentada, pouca arborização e ocupação intensa do entorno. • Ao analisarmos a localidade com menor amplitude térmica e mais baixas temperaturas registradas – Cajuru – e correlacionarmos a mesma com parâmetros de uso e ocupação do solo, também confirmamos a influência desses parâmetros no clima local, visto que esta região apresenta muitas vias sem pavimentação e arborizadas, pouco tráfego e a ocupação de baixa densidade. 8
  • 9. RESULTADOS E ANÁLISE Análise de uso e ocupação do solo  Fotos aéreas (escala 1:8000);  Imagens de CAD geradas a partir das fotos aéreas, geo- referenciadas com o Arc-View GIS software;  Classificação de padrões de uso do solo e quantificação de cinco diferentes categorias: (1) áreas verdes, (2) área construída, (3) área pavimentada, (4) área de água, (5) área livre;  Escolha de três diferentes áreas de influência;  Quantificação de padrões de uso do solo para cada área de influência. 9
  • 10. CLASSIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO PADRÕES DE USO DO SOLO 10
  • 11. CLASSIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO PADRÕES DE USO DO SOLO 11
  • 12. CLASSIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO PADRÕES DE USO DO SOLO Percentuais para 1km² 2002 Santa São Bairro Alto Cajuru Fazendinha Portão São Brás Felicidade Lourenço Água 0,01 0,00 0,58 0,01 0,10 0,01 1,03 Construida 22,45 32,95 20,60 24,54 13,84 20,83 13,95 Livre 46,68 42,70 45,31 35,81 60,34 48,78 38,53 Pavimentada 25,80 22,91 26,02 30,96 13,82 15,74 15,33 Verde 5,07 1,44 7,49 8,69 11,90 14,64 31,16 2003 Campo Cidade Santa Barreirinha Mercês Pinheirinho Xaxim Comprido Industrial Quitéria Água 0,00 0,09 0,00 0,09 0,00 0,01 0,52 Construida 22,24 22,07 38,17 19,84 26,69 27,88 26,29 Livre 38,24 37,21 24,19 44,57 6,73 39,13 38,24 Pavimentada 26,54 18,25 32,94 20,79 62,75 25,69 32,48 Verde 12,97 22,39 4,70 14,72 3,84 7,29 2,47 12
  • 13. ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE TEMPERATURA LOCAL E PADRÃO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 70,00 0,00 60,00 -0,20 50,00 -0,40 percentuais 40,00 -0,60 Delta T's 30,00 -0,80 e ad u id ur l ic ha 20,00 j -1,00 Ca Fe in xim d a en St Xa z Fa 10,00 -1,20 0,00 -1,40 localidades Área Água Área Construida Área Livre Área Pavimentada Área Verde Delta T 13
  • 15. CONCLUSÕES A partir do realizado, pôde-se extrair as seguintes considerações: 1- A quantidade de área livre e de área construída parece determinante das diferenças de temperatura. 2- Também parece haver relação entre as maiores áreas impermeabilizadas e as maiores temperaturas. 3- As localidades mais altas também tenderam a ter menores temperaturas. 4- A quantidade de área livre parece estar relacionado à obtenção de menores temperaturas. 5- As maiores temperaturas também se verificaram com maior freqüência nas maiores áreas pavimentadas. INCERTEZAS... 15
  • 16. QUESTÕES  Medições de temperatura do ar em área urbana trazem complexidades (idiossincrasias do local onde se mede –influências do entorno imediato)  Qual o impacto dos diversos fatores ao redor do sensor usado?  Como isolar um único aspecto e avaliá-lo?  Qual a altura ideal para medições? 16
  • 17. EFEITO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO EM MODELO REDUZIDO DE UM ARRANJO URBANO SOB CONDIÇÕES DESÉRTICAS E.L. Krüger, (2) D. Pearlmutter, (2) P. Berliner ( 1 Programa de Pós-Graduação em Tecnologia, Departamento de ( 1 ) Construção Civil, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) - E-mail: ekruger@utfpr.edu.br J. Blaustein Institute for Desert Research, Ben-Gurion University of ( 2 )   the Negev, Sede-Boqer Campus Israel 17
  • 18. ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO • Objetivos • Descrição do modelo em escala OASUS • Condições climáticas locais • Configurações, arranjo experimental e monitoramento realizado • Comparações entre predições (modelo semi-empírico) e dados medidos de temperatura no cânion • Efeito da exposição solar e aos ventos nas temperaturas no cânion e nas taxas de evaporação • Conclusões 18
  • 19. OBJETIVOS Objetivo geral: projeto de pós-doutorado, realizado junto ao Department of Man in the Desert, Ben-Gurion University of the Negev, Israel. Finalidade de analisar os efeitos de alterações da configuração urbana no consumo de energia para condicionamento térmico de . edificações Objetivos secundários: • Comparação de diferentes modelos numéricos de predição de temperatura do ar em cânions urbanos a partir de geometrias e orientações variáveis • Análise do efeito da adição de água a um modelo físico de um arranjo urbano - OASUS (Open-Air Scaled Urban Surface) 19
  • 20. Descrição do modelo em escala OASUS O modelo em escala de uma superfície urbana, em escala 1:15, denominado Open-Air Scaled Urban Surface – OASUS, foi elaborado de modo a ampliar a possibilidade de análise de situações diversas encontráveis em um arranjo urbano, consistindo de uma série de fileiras de blocos vazados de concreto de 0.2×0.2×0.4m de características termofísicas análogas às de materiais encontrados em construções da região do Negev. O sítio experimental está localizado em um local árido, Sede Boqer, Campus . da Universidade de Ben-Gurion, Deserto do Negev, em Israel OASUS - Scale-model of an urban array (photo )taken by the author in December 2004 20
  • 21. Condições climáticas em Sede Boqer, Negev Desert Sede Boqer (latitude 30.8ºN) situa-se na região alta do deserto do Negev, aproximadamente a 480 m acima do nível do mar. O clima é caracterizado por grande variação térmica diária e sazonal, ar seco e céu claro com radiação solar intensa. No verão, a média das temperaturas máximas situa- se em torno de 32ºC com média diária de 17°C. A radiação global tem um valor médio diário de 7.7kWh/m² em junho e julho. O vento dominante no verão vem constantemente do noroeste e torna-se mais forte ao final da tarde e nas primeiras horas da noite 21
  • 22. Configurações, arranjo experimental e monitoramento realizado Objetivo: Análise do efeito da adição de água ao modelo OASUS - experimentos anteriores limitaram-se ao balanço energético de um pedestre em um cânion urbano e ao balanço energético acima da malha urbana (SEB) com trocas de calor latente desprezíveis, considerando-se o clima desértico e a inexistência de fontes de água no modelo. Na presente etapa, procurou-se inserir quantidades significativas de superfícies molhadas no modelo (painéis evaporativos com 2.0 m × 0.10 m, com 3 cm de profundidade), de modo a se melhor poder avaliar o ..fenômeno da evaporação entre cânions do modelo Monitoramento: pequenos painéis evaporativos foram montados para pesagem por meio de uma balança digital, de forma a se estimar a quantidade de água evaporada em determinadas fileiras. Acima do modelo em escala, um anemômetro sônico, fixado ao mastro, registrou a temperatura do ar. Em um dos cânions, Em uma das fileiras repetidas, posicionou-se um termopar para medição .da temperatura do ar, acoplado a uma estação Campbell 22
  • 23. Configurações, arranjo experimental e monitoramento realizado CONFIGURAÇÕES: De forma a se considerar diversas condições de área molhada no modelo em escala, os painéis foram adicionados em etapas, para o arranjo com as fileiras com altura correspondente a um bloco e a dois blocos de concreto (um andar e dois :andares, respectivamente). Os diferentes modos analisados foram os seguintes a) modo seco 1: 2 andares sem área molhada b) modo molhado 1: 2 andares com painéis dispostos junto às (paredes voltadas para o noroeste (vento dominante c) modo molhado 2: 2 andares com painéis dispostos junto às duas paredes dos cânions d) modo molhado 3: 1 andar com painéis dispostos junto às duas paredes dos cânions e) modo molhado 4: 1 andar com painéis dispostos junto às (paredes voltadas para o noroeste (vento dominante f) modo seco 2: 1 andar sem área molhada 23
  • 24. Comparações entre predições e dados medidos de temperatura no cânion Modelo semi-empírico: A partir de experimentos realizados anteriormente no modelo OASUS, a correlação entre a progressão diurna das temperaturas do ar acima da malha (TA) e aquelas medidas em um cânion (Ta) foi analisada, verificando-se a existência de uma função “loop”. 36 Loop model ∂TA Ta = a1TA + a2 + a3 ∂t 40 32 2 R = 0.9984 35 Equação 1 28 AT~2.0 30 24 AT~2.0 25 20 20 Exemplo de aplicação de uma função loop a duas 15 16 16 20 24 28 32 36 15 20 25 30 35 40 séries de dados MET* (temperaturas em graus MET (centígrados 24
  • 25. Comparações entre predições e dados medidos de temperatura no cânion Uma comparação foi feita entre temperaturas do ar medidas nos diversos modos e aquelas preditas pelo modelo semi-empírico, sob duas condições de altura. Os coeficientes adotados na equação 1, obtidos numa etapa anterior, correspondem às duas situações “secas” (modos seco 1 e seco 2). A não correspondência entre dados preditos e medidos reflete o potencial de resfriamento da .adição de áreas molhadas no cânion 45 molhado 3 molhado 4 molhado 2 40 seco 1 molhado 1 seco 2 35 T (ºC) 30 25 20 15 medido predito referência 25
  • 26. Comparações entre predições e dados medidos de temperatura no cânion Conforme esperado, em ambos os modos secos a temperatura predita está em concordância com os dados medidos. Nos modos molhados, no entanto, quando o efeito da evaporação da água atua no resfriamento do ar, os dados medidos são significativamente inferiores aos resultados das predições. O efeito mais significativo de reduções térmicas deu-se nos modos molhados 2 e 3, chegando a 3ºC ao meio-dia. Nestas duas situações, os painéis evaporativos chegam a 1/3 da área da superfície entre os blocos. Quando essa área se reduz a 1/6, a redução máxima se limita a 1 a 2ºC. Tais reduções são devidas ao fato de parte dos ganhos radiantes no cânion ser dissipada por . evaporação 2 Modo R Erro Seco 1 0.98 0.46 Molhado 1 0.96 0.68 Molhado 2 0.98 2.49 Molhado 3 0.98 3.19 Molhado 4 0.96 1.67 Seco 2 0.98 0.41 26
  • 27. Efeito da exposição solar e aos ventos nas temperaturas no cânion e nas taxas de evaporação A adoção dos painéis de controle para pesagem da quantidade de água evaporada ao longo do dia e de um dia para o outro nos fornece uma informação da taxa evaporativa segundo o posicionamento do painel no cânion e também quanto ao efeito resultante da rugosidade da malha urbana. A quantidade total de água evaporada nos dias escolhidos para a pesagem horária sofreu pouca variação, situando-se em torno de 10-12mm/dia. No entanto, observou-se o efeito significativo da . exposição dos painéis em determinadas horas do dia, influenciando até mesmo seus totais diários 12.00 14.00 14.00 12.00 12.00 10.00 barlavento 12.00 10.00 barlavento barlavento fila a (protegida) barlavento 10.00 fila a 10.00 fila a fila a (protegida) 8.00 fila a (exposta) 8.00 fila b fila b fila a (exposta) 8.00 8.00 h (mm) fila b (protegida) h (mm) h (mm) 6.00 fila c 6.00 fila c fila b (protegida) 6.00 fila b (exposta) 6.00 fila d fila d fila b (exposta) 4.00 fila c (protegida) 4.00 .. .. fila e 4.00 4.00 .. fila e fila c (protegida) fila c (exposta) sotavento sotavento fila c (exposta) 2.00 2.00 2.00 2.00 0.00 0.00 0.00 7:00 AM 1:00 PM 3:00 PM 5:00 PM 7:00 PM 11:00 AM 7:00 AM 9:00 AM 1:00 PM 3:00 PM 5:00 PM 7:00 PM 9:00 AM 11:00 AM 1:00 PM 3:00 PM 7:00 AM 9:00 AM 5:00 PM 7:00 PM 11:00 AM 7:00 AM 5:00 PM 7:00 PM 9:00 AM 1:00 PM 3:00 PM 11:00 AM Modo molhado 1 3 Modo molhado 4 2 27
  • 28. CONCLUSÕES Os resultados indicaram que há uma redução expressiva da temperatura do ar no cânion, na presença de painéis evaporativos em ambos os lados das fileiras. Essa redução é mais significativa no arranjo urbano com um bloco de altura. Entretanto, dado que essa redução da temperatura local é obtida por meio da adição de água numa região desértica, a verificação da quantidade de água evaporada nos indica que uma utilização mais racional de áreas vegetadas (dependentes de sistemas de .irrigação) poderia ocorrer juntamente com uma maior densificação da malha urbana .AGRADECIMENTOS: À CAPES pela bolsa pós-doutoral 28