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LOCALIZANDO O ACRE: UM PONTO NA ENCRUZILHADA DA INTEGRAÇÃO
                                      SUL-AMERICANO


                                                               Prof. Dr. Silvio Simione da Silva
                                                                                     CFCH/UFAC
                                                                             ssimione@bol.com.br




           Neste artigo, procurou-se apresentar reflexões sobre a localização do Estado do Acre
– a unidade federativa brasileira situada mais ao oeste do país, neste início do século XXI,
perante a integração às repúblicas vizinhas da Bolívia e Peru . Por sua localização num extremo
do Brasil, boa parte dos brasileiros o desconhece e tem dificuldade de situá-lo. Às vezes, ser do
Acre ou estar no Acre é motivos espanto e deboche em noutras partes do país; assim este
território e visto como: o “fim da estrada”, o “fim do mundo”, “terra de índios”, “lugar onde o
vento faz a curva” entre outros preconceitos manifestos. Situação esta que também se percebe
nos territórios vizinhos, seja boliviano e peruano, onde também são visto como “fim do mundo”.
            Aqui se busca mostrar a localização, sobretudo do Acre, como uma parte
fundamental da Amazônia, rica por sua sociobiodiversidade, mas também por situar numa
posição territorial que integra o “coração da América do Sul”. Assim, o Acre (BR), junto com
os territórios vizinhos de Pando (BO) e Madre de Dios (PE) passa a constituir também como um
ponto nodal para os processos de integração continental na América do Sul, no plano do eixos de
integração interoceânico da IIRSA.
           Entende-se, então que conhecer esta localização é condicional para desfazer falsas
ideias sobre este território, assim como para entender as transformações recentes vividas. Com
isto, espera-se desfazer preconceitos e mostrar potencialidades, sair da condição de ser “fim
de...” para ser “parte de um processo de integração territorial e regional/internacional maior”, no
âmbito das novas estratégias de territorialização do capitalismo no continente.
           Mas o que a situação territorial acriana, realmente, implica em sua localização?
Vejamos inicialmente o mapa abaixo:
Mapa 01 – Acre: limites e localização na Bacia hidrográfica do Amazonas




         Fonte: Simielli, 2008; ACRE, 2008. Redesenhado Silvio Simione da Silva, 2008


           Vejamos: a localização de um lugar é também um condicionante que lhe faz único e
necessário no mundo. Por isto, no Acre temos uma localização que é única, com implicações
geográficas e gerando dificuldades e possibilidades que são únicas. É nesta condição que nossa
situação geográfica, num dos extremos do país, é a característica que mais nos une Federação
dos Estados Brasileiros. Oferecemos entre outras condições, as melhores possibilidades
geográficas para a integração nacional no Continente: o Acre, agora se torna “meio” caminho
para a integração continental sul-americana.
           Desta forma, conhecer bem da localização geográfica do Acre é a base para
continuar fazendo as transformações de nossa realidade. Isto, ao mesmo tempo em que
formamos bases para melhorar ainda mais aquelas ações já iniciadas e corrigir outras que não
foram bem sucedidas.
           Vamos então ampliar um pouco estas informações localizacionais sobre nossa terra!
           Para iniciar, o Acre surgiu como espaço em disputa nas áreas de alto curso dos rios
da margem direita do Amazonas, a partir de 1870. A ocupação se deu função dos potenciais
produtivos da   floresta com a borracha natural. Então esse espaço foi ocupado, graças as
informações de suas potencialidades produtivas divulgadas por seus exploradores. Era uma terra
florestal, com muitas seringueiras, rios, animais e muitos povos indígenas. Muitos indígenas
foram mortos; a floresta foi sendo rapidamente transformada em lugar para a produção, pela
frente econômica capitalista que avançava.
No confronto entre brasileiros vindos do Nordeste com os indígenas e com a natureza
regional venceu os interesses econômicos e, isso fez surgir o Acre. Por isso, a primeira
localização, deu-se como uma “invenção criativa” dos interesses diversos, dos confrontos e
conflitos; é, daí que surge a palavra que deu nome ao Território: Acre – derivado de Uáquiri –
Rios dos Jacarés – dos povos Indígenas (dialeto do povo Apurinã). Assim, nas terras banhadas
por este Rio e outros da região acriana, seria revelado ao mundo o maior potencial produtivo da
borracha natural, em toda a Região Amazônica.
             Desta forma, para esses migrantes nordestinos que chegava ao Acre os rios foram os
caminhos de chegada. Era uma terra distante, em áreas drenadas por três importantes afluentes
do Rio Amazonas, em sua margem direita, isto é, o Rio Juruá, o Rio Purus e do Rio
Madeira.Portanto, as terras acrianas estão localizadas na porção Sul da Região Amazônica, em
trecho de médio e alto curso, nas bacias do Purus e do Juruá e nas sub-bacias hidrográficas de
seus afluentes; apenas uma pequena porção do território, no extremo leste, está em áreas
drenadas por afluentes do Rio Madeira (rios Abunã e Rapirran): Municípios de Plácido de Castro
e Acrelândia.
             Neste sentido, do ponto de vista da configuração físico territorial, caracterizamos
duas bacias hidrográficas1, subordinadas aos sistemas fluviais do Amazonas: a do Juruá e a do
Purus, como pode ser visto no Mapa 02.


        Mapa 02 – Bacias hidrográficas e rodovias federais no Acre.




        Fonte: ACRE, 2008 (Cf. Nota de rodapé 01). Redesenhado por Silvio Simione da Silva, 2010.

1
 Cabe ressaltar que para melhor compreensão, em nível mesorregional, o território banhado pelos afluentes do Rio
Madeira aparece junto a Bacia do Purus, embora drenem para seu rio principal.
Esta localização no sul da Amazônia (Amazônia Sul-Ocidental), confere ao Acre a
condição de ser um território formado por relevo de altitude modesta, variando entre de 130 a
600 acima do nível do mar, aproximadamente. Por isto, o território estadual é tomado por
planícies com amplas colinas, sendo que nas proximidades com fronteira peruana, a altura do
terreno se eleva, chegando em torno dos 600 metros, na Serra do Divisor, no município de
Mâncio Lima, no extremo oeste do Estado.
            Este território esteve originalmente coberto pela Floresta Tropical Úmida
Amazônica, com sua enorme biodiversidade. Esta cobertura florestal, atualmente é mais intensa
nos municípios que se situam na porção centro-ocidental do Estado. Hoje, contudo, o Acre, já
apresenta cerca de 12% do território desmatado, ocupado por pastagens, áreas de plantações
agrícolas e cidades.
            Relacionado a esta localização física e a altitude do território acriano, temos as
caracterização climática: o Acre possui um clima tipo Equatorial Quente Úmido. Como está no
Hemisfério Sul da terra, na zona tropical sul (ao sul da linha do Equador) suas estações do ano
são poucas definidas. No período do inverno no hemisfério sul pode ocorrer rápidas friagens,
quando as temperaturas caem, sob a influência da Massa de Ar Polar Atlântica na região. Na
realidade, graças a esta localização física no Planeta, o mais correto seria entendermos que
estamos numa zona climática da terra caracterizada por climas quentes, sendo que sua variação
anual é baseada, especialmente, no índice de pluviosidade, isto é: um período “chuvoso” (o
“inverno amazônico” – que caracteriza a fase das estações que vai do final da primavera – o
verão, ao início do outono no Hemisfério Sul) e, o período “estiagem” (o “verão amazônico” –
que caracteriza o final do outono – inverno, ao início da primavera).
            Outro aspecto da localização acriana que temos de considerar, foi que a integração
econômica territorial do estado, deveu-se inicialmente a rede sua rede hidrográfica. Era, contudo,
uma integração que não estava facilitado pelos cursos hidrográficos que cortam o Estado no
sentido sul-norte. A ligação quase sempre se dava via Manaus, pelo sistema hidrográfico
Solimões/Amazonas.
            A partir de 1960 com as vias terrestres, esta situação começa a ser mudadas,
sobretudo, com a implantação inicial da BR – 364 interligando o Estado no plano leste/oeste e da
BR – 317 ligando o Estado no plano norte/sul na bacia do Rio Acre (Cf. mapa 02).
Posteriormente várias estradas estaduais foram planejadas, mas apenas na porção lestes algumas
foram implantadas. Desta forma, a ligação por terra ainda é bastante desigual nos municípios
mais distantes de capital. Isto, pois a pavimentação destas estradas somente a partir do ano de
2000 se deu mais intensivamente de forma sistemática. Com isto, pode-se dizer que apesar de
todos os municípios serem dotados de pistas para pousos para aeronaves, ainda há muitos lugares
que carecem de melhorias no sistema de circulação de pessoas e mercadorias, com vistas a
melhor integração territorial do Estado.
             Então, na ocupação deste espaço, por décadas seguidas de ações socioeconômicas
sobre a natureza, foi produzido o arranjo político-administrativo atual. Este caracterizara por as
cidades que surgiram, cresceram e ganharam autonomia política, isto é, tornaram-se municípios.
Atualmente, no Acre há 22 municípios com variáveis extensões territoriais e populacionais
(Mapa 03).


       Mapa 03. Os municípios acrianos atuais




 Fonte: ACRE, 2008 (Cf. Nota de rodapé 01). Redesenhado por Silvio Simione da Silva, 2010.


             Dentre estes municípios de Rio Branco destaca por ser a cidade mais populosa, o
principal centro econômico e político e o mais urbanizado. Tal situação reflete as origens dos
desequilíbrios regionais no estado retratado no contraste entre a capital que cresce
demograficamente e os municípios que, em geral, perdem população ou crescem em taxas mais
moderadas. Ressalta-se que, ainda temos municípios que seu território recorta o estado de sul ao
norte. São áreas que se estendem desde a faixa de fronteira internacional até a fronteira nacional
com o Estado do Amazonas, como é o caso de Manuel Urbano, Sena Madureira e Feijó (Cf.
Mapa 03).
             Tratando desta diversidade localizacional, podemos entender a necessidade de
melhor situar as regiões internas do Estado para agir sobre seus problemas, conforme suas
condições específicas. Assim, caracterizamos o Estado formado por duas microrregiões
geográficas: do Vale do Juruá e do Vale do Acre. Estas estão dividas em microrregiões
geográficas (IBGE, 1989) ou regionais de desenvolvimento (ZEE/AC, 2000) conforme
apresentamos nos Quadro 01.


                       Quadro 01 – ACRE: Divisões regionais atuais

      Mesorregião         Microrregião/regional de                             Municípios
       Geográfica              desenvolvimento

      Vale do Juruá Cruzeiro do Sul/Do Juruá                 Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues
                                                             Alves, Porto Walter, Mal. Thaumaturgo

                         Tarauacá/ Do Tarauacá-              Tarauacá, Feijó e Jordão
                         Envira

      Vale do Acre       Rio Branco/Do Baixo Acre            Rio Branco, Bujari, Sen. Guiomard, Porto
                                                             Acre, Capixaba, Acrelândia, Plácido de
                                                             Castro

                         Sena Madureira/ Do Purus            Sena Madureira, Manoel Urbano, Santa
                                                             Rosa do Purus.

                         Brasiléia/Alto Acre                 Brasiléia, Assis Brasil, Epitaciolândia,
                                                             Xapuri

      Fonte: SILVA, Silvio Simione da Silva, 20102.


                Ainda é muito importante de se considerar, na atualidade, a localização do Acre, no
Continente: na América do Sul, na Amazônia, nas proximidades com a Cordilheira dos Andes e
com Oceano Pacífico. Isto, pois, situando no extremo ao oeste brasileiro, o Acre partilha a
fronteira com dois importantes países andinos: a República do Peru e da Bolívia. Esta
localização faz que as principais cidades acrianas, inclusive, a capital – Rio Branco esteja num
arco de menos de 2.000 km de grandes cidades andinas e da costa do Pacífico como é o caso de
Lima, Cusco e Arequipa, capital e importantes cidades peruanas; de La Paz, capital boliviana;
Quito, capital equatoriana; e ainda das cidades com portuárias franqueadas do norte do Chile
(Iquique e Arica) e do sul do Peru (Illo e Matarani).


                      Mapa 04: Eixo de integração interoceânico Brasil-Peru-Bolívia

2
    SILVA, Silvio Simione da Silva. Acre: uma visão temática de sua Geografia. Rio Branco: Edufac, 2010 (no prelo)
Fonte: Rapp (2005). Peru (2009)3. Redesenhado e
                        reorganizado por Silvio Simione da Silva, 2010


            Outro ponto importante nesta localização é que temos o mesmo fuso horário dos
principais portos do litoral Pacífico sul-americano. Assim, o Acre é um ponto estratégico para o
Brasil na articulação terrestre continental, para a implantação de vias comerciais sul-
americana/asiática através do eixo comercial do Oceano Pacífico.
            Neste sentido que se deu a implantação do Eixo de Integração Interoceânico Brasil-
Peru-Bolívia da Iniciativa para a Integração da Infra-estrutura Regional Sul-Americana – IIRSA.
Com isto a BR-317, transformou na “Estrada do Pacífico” e passou a simbolizar toda esta
possibilidade regional. Contudo, isto não descartou a integração via rodoviária e aeroviária por
Cruzeiro do Sul (Acre, Brasil) e Pucalpa (Ucayali, Peru), que mesmo já iniciada, continua sendo
discutida ampliadamente.
            Para finalizar, agora vamos apenas que apontar algumas das implicações de tudo isto
na geração de possibilidades localizacionais sócio-espacialmente produzidas do Acre, na sua
relação macro-espacial na Amazônia, no Brasil, na América do Sul:
             Como parte da Amazônia, o Acre é território fundamental na integração do espaço
                Pan-amazônica, dado sua condição limítrofe e, os processos já iniciado tanto com
                pelas vias rodoviárias com o Peru e a Bolívia, as ligações aeroviárias com cidades
                peruanas; assim como, pela formação da Região Internacional do MAP – Madre



3
  PERU, República del. Mapa da Republica del Peru. http://ciat-library.ciat.cgiar.org/paper_pobreza/067.pdf
(acessado em 10/2009); e RAPP, Kenn. La Carretera Transoceánica de Brasil-Perú: Resumen de Proyecto. 30
diciembre 2005. http://www.bicusa.org/es/Article.10028.aspx
de Dios, Acre e Pando – que passam a ter fóruns de discussão de desenvolvimento
               integrados.
             Como estado brasileiro situado mais ao oeste, no centro do Continente, tem a
               possibilidade de oferecer ao país, o território melhor localizado para a integração
               intercontinental. Com isto criar condições objetivas, para não de ser trecho de
               passagem, mas sim de espaço para localização de investimentos econômicos, em
               condições vantajosas pela proximidade com o litoral do Pacífico.
             No plano continental, além do que já foi citado pela proximidade dos Andes e de
               grandes centros turísticos e comerciais, temos a possibilidade ser local para
               atrações de rotas turísticas e comerciais. Estas seriam voltadas para quem pretende
               conhecer a Amazônia dos altos cursos dos rios, além de outros atrativos locais,
               como os recentes descobertos geoglifos; ou no plano comercial, para infra-
               estrutura de recepção de mercadorias das rotas asiáticas, vias portos peruanos e
               chilenos. Salienta-se, ainda que neste plano continental, a marca mais importante
               é a de situar como ponto nodal nas redes de integração espacial nas fronteiras com
               os países vizinhos andinos e da costa do Pacífico.
            Portanto, muitas situações que no passado eram vistas como empecilhos, hoje são
potencialidades dadas por nossa localização, sob as quais podemos operar bases para o
desenvolvimento. Concluímos isto, no sentido tratar de formas de integrar os territórios, de gerar
novas oportunidades para os povos que habitam estas partes do Continente e, de romper com a
sombra da pobreza que ainda atinge a maior parte da população acriana, assim como das áreas
limítrofes dos países vizinhos.

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A localização estratégica do Acre na integração sul-americana

  • 1. LOCALIZANDO O ACRE: UM PONTO NA ENCRUZILHADA DA INTEGRAÇÃO SUL-AMERICANO Prof. Dr. Silvio Simione da Silva CFCH/UFAC ssimione@bol.com.br Neste artigo, procurou-se apresentar reflexões sobre a localização do Estado do Acre – a unidade federativa brasileira situada mais ao oeste do país, neste início do século XXI, perante a integração às repúblicas vizinhas da Bolívia e Peru . Por sua localização num extremo do Brasil, boa parte dos brasileiros o desconhece e tem dificuldade de situá-lo. Às vezes, ser do Acre ou estar no Acre é motivos espanto e deboche em noutras partes do país; assim este território e visto como: o “fim da estrada”, o “fim do mundo”, “terra de índios”, “lugar onde o vento faz a curva” entre outros preconceitos manifestos. Situação esta que também se percebe nos territórios vizinhos, seja boliviano e peruano, onde também são visto como “fim do mundo”. Aqui se busca mostrar a localização, sobretudo do Acre, como uma parte fundamental da Amazônia, rica por sua sociobiodiversidade, mas também por situar numa posição territorial que integra o “coração da América do Sul”. Assim, o Acre (BR), junto com os territórios vizinhos de Pando (BO) e Madre de Dios (PE) passa a constituir também como um ponto nodal para os processos de integração continental na América do Sul, no plano do eixos de integração interoceânico da IIRSA. Entende-se, então que conhecer esta localização é condicional para desfazer falsas ideias sobre este território, assim como para entender as transformações recentes vividas. Com isto, espera-se desfazer preconceitos e mostrar potencialidades, sair da condição de ser “fim de...” para ser “parte de um processo de integração territorial e regional/internacional maior”, no âmbito das novas estratégias de territorialização do capitalismo no continente. Mas o que a situação territorial acriana, realmente, implica em sua localização? Vejamos inicialmente o mapa abaixo:
  • 2. Mapa 01 – Acre: limites e localização na Bacia hidrográfica do Amazonas Fonte: Simielli, 2008; ACRE, 2008. Redesenhado Silvio Simione da Silva, 2008 Vejamos: a localização de um lugar é também um condicionante que lhe faz único e necessário no mundo. Por isto, no Acre temos uma localização que é única, com implicações geográficas e gerando dificuldades e possibilidades que são únicas. É nesta condição que nossa situação geográfica, num dos extremos do país, é a característica que mais nos une Federação dos Estados Brasileiros. Oferecemos entre outras condições, as melhores possibilidades geográficas para a integração nacional no Continente: o Acre, agora se torna “meio” caminho para a integração continental sul-americana. Desta forma, conhecer bem da localização geográfica do Acre é a base para continuar fazendo as transformações de nossa realidade. Isto, ao mesmo tempo em que formamos bases para melhorar ainda mais aquelas ações já iniciadas e corrigir outras que não foram bem sucedidas. Vamos então ampliar um pouco estas informações localizacionais sobre nossa terra! Para iniciar, o Acre surgiu como espaço em disputa nas áreas de alto curso dos rios da margem direita do Amazonas, a partir de 1870. A ocupação se deu função dos potenciais produtivos da floresta com a borracha natural. Então esse espaço foi ocupado, graças as informações de suas potencialidades produtivas divulgadas por seus exploradores. Era uma terra florestal, com muitas seringueiras, rios, animais e muitos povos indígenas. Muitos indígenas foram mortos; a floresta foi sendo rapidamente transformada em lugar para a produção, pela frente econômica capitalista que avançava.
  • 3. No confronto entre brasileiros vindos do Nordeste com os indígenas e com a natureza regional venceu os interesses econômicos e, isso fez surgir o Acre. Por isso, a primeira localização, deu-se como uma “invenção criativa” dos interesses diversos, dos confrontos e conflitos; é, daí que surge a palavra que deu nome ao Território: Acre – derivado de Uáquiri – Rios dos Jacarés – dos povos Indígenas (dialeto do povo Apurinã). Assim, nas terras banhadas por este Rio e outros da região acriana, seria revelado ao mundo o maior potencial produtivo da borracha natural, em toda a Região Amazônica. Desta forma, para esses migrantes nordestinos que chegava ao Acre os rios foram os caminhos de chegada. Era uma terra distante, em áreas drenadas por três importantes afluentes do Rio Amazonas, em sua margem direita, isto é, o Rio Juruá, o Rio Purus e do Rio Madeira.Portanto, as terras acrianas estão localizadas na porção Sul da Região Amazônica, em trecho de médio e alto curso, nas bacias do Purus e do Juruá e nas sub-bacias hidrográficas de seus afluentes; apenas uma pequena porção do território, no extremo leste, está em áreas drenadas por afluentes do Rio Madeira (rios Abunã e Rapirran): Municípios de Plácido de Castro e Acrelândia. Neste sentido, do ponto de vista da configuração físico territorial, caracterizamos duas bacias hidrográficas1, subordinadas aos sistemas fluviais do Amazonas: a do Juruá e a do Purus, como pode ser visto no Mapa 02. Mapa 02 – Bacias hidrográficas e rodovias federais no Acre. Fonte: ACRE, 2008 (Cf. Nota de rodapé 01). Redesenhado por Silvio Simione da Silva, 2010. 1 Cabe ressaltar que para melhor compreensão, em nível mesorregional, o território banhado pelos afluentes do Rio Madeira aparece junto a Bacia do Purus, embora drenem para seu rio principal.
  • 4. Esta localização no sul da Amazônia (Amazônia Sul-Ocidental), confere ao Acre a condição de ser um território formado por relevo de altitude modesta, variando entre de 130 a 600 acima do nível do mar, aproximadamente. Por isto, o território estadual é tomado por planícies com amplas colinas, sendo que nas proximidades com fronteira peruana, a altura do terreno se eleva, chegando em torno dos 600 metros, na Serra do Divisor, no município de Mâncio Lima, no extremo oeste do Estado. Este território esteve originalmente coberto pela Floresta Tropical Úmida Amazônica, com sua enorme biodiversidade. Esta cobertura florestal, atualmente é mais intensa nos municípios que se situam na porção centro-ocidental do Estado. Hoje, contudo, o Acre, já apresenta cerca de 12% do território desmatado, ocupado por pastagens, áreas de plantações agrícolas e cidades. Relacionado a esta localização física e a altitude do território acriano, temos as caracterização climática: o Acre possui um clima tipo Equatorial Quente Úmido. Como está no Hemisfério Sul da terra, na zona tropical sul (ao sul da linha do Equador) suas estações do ano são poucas definidas. No período do inverno no hemisfério sul pode ocorrer rápidas friagens, quando as temperaturas caem, sob a influência da Massa de Ar Polar Atlântica na região. Na realidade, graças a esta localização física no Planeta, o mais correto seria entendermos que estamos numa zona climática da terra caracterizada por climas quentes, sendo que sua variação anual é baseada, especialmente, no índice de pluviosidade, isto é: um período “chuvoso” (o “inverno amazônico” – que caracteriza a fase das estações que vai do final da primavera – o verão, ao início do outono no Hemisfério Sul) e, o período “estiagem” (o “verão amazônico” – que caracteriza o final do outono – inverno, ao início da primavera). Outro aspecto da localização acriana que temos de considerar, foi que a integração econômica territorial do estado, deveu-se inicialmente a rede sua rede hidrográfica. Era, contudo, uma integração que não estava facilitado pelos cursos hidrográficos que cortam o Estado no sentido sul-norte. A ligação quase sempre se dava via Manaus, pelo sistema hidrográfico Solimões/Amazonas. A partir de 1960 com as vias terrestres, esta situação começa a ser mudadas, sobretudo, com a implantação inicial da BR – 364 interligando o Estado no plano leste/oeste e da BR – 317 ligando o Estado no plano norte/sul na bacia do Rio Acre (Cf. mapa 02). Posteriormente várias estradas estaduais foram planejadas, mas apenas na porção lestes algumas foram implantadas. Desta forma, a ligação por terra ainda é bastante desigual nos municípios mais distantes de capital. Isto, pois a pavimentação destas estradas somente a partir do ano de 2000 se deu mais intensivamente de forma sistemática. Com isto, pode-se dizer que apesar de
  • 5. todos os municípios serem dotados de pistas para pousos para aeronaves, ainda há muitos lugares que carecem de melhorias no sistema de circulação de pessoas e mercadorias, com vistas a melhor integração territorial do Estado. Então, na ocupação deste espaço, por décadas seguidas de ações socioeconômicas sobre a natureza, foi produzido o arranjo político-administrativo atual. Este caracterizara por as cidades que surgiram, cresceram e ganharam autonomia política, isto é, tornaram-se municípios. Atualmente, no Acre há 22 municípios com variáveis extensões territoriais e populacionais (Mapa 03). Mapa 03. Os municípios acrianos atuais Fonte: ACRE, 2008 (Cf. Nota de rodapé 01). Redesenhado por Silvio Simione da Silva, 2010. Dentre estes municípios de Rio Branco destaca por ser a cidade mais populosa, o principal centro econômico e político e o mais urbanizado. Tal situação reflete as origens dos desequilíbrios regionais no estado retratado no contraste entre a capital que cresce demograficamente e os municípios que, em geral, perdem população ou crescem em taxas mais moderadas. Ressalta-se que, ainda temos municípios que seu território recorta o estado de sul ao norte. São áreas que se estendem desde a faixa de fronteira internacional até a fronteira nacional com o Estado do Amazonas, como é o caso de Manuel Urbano, Sena Madureira e Feijó (Cf. Mapa 03). Tratando desta diversidade localizacional, podemos entender a necessidade de melhor situar as regiões internas do Estado para agir sobre seus problemas, conforme suas
  • 6. condições específicas. Assim, caracterizamos o Estado formado por duas microrregiões geográficas: do Vale do Juruá e do Vale do Acre. Estas estão dividas em microrregiões geográficas (IBGE, 1989) ou regionais de desenvolvimento (ZEE/AC, 2000) conforme apresentamos nos Quadro 01. Quadro 01 – ACRE: Divisões regionais atuais Mesorregião Microrregião/regional de Municípios Geográfica desenvolvimento Vale do Juruá Cruzeiro do Sul/Do Juruá Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Porto Walter, Mal. Thaumaturgo Tarauacá/ Do Tarauacá- Tarauacá, Feijó e Jordão Envira Vale do Acre Rio Branco/Do Baixo Acre Rio Branco, Bujari, Sen. Guiomard, Porto Acre, Capixaba, Acrelândia, Plácido de Castro Sena Madureira/ Do Purus Sena Madureira, Manoel Urbano, Santa Rosa do Purus. Brasiléia/Alto Acre Brasiléia, Assis Brasil, Epitaciolândia, Xapuri Fonte: SILVA, Silvio Simione da Silva, 20102. Ainda é muito importante de se considerar, na atualidade, a localização do Acre, no Continente: na América do Sul, na Amazônia, nas proximidades com a Cordilheira dos Andes e com Oceano Pacífico. Isto, pois, situando no extremo ao oeste brasileiro, o Acre partilha a fronteira com dois importantes países andinos: a República do Peru e da Bolívia. Esta localização faz que as principais cidades acrianas, inclusive, a capital – Rio Branco esteja num arco de menos de 2.000 km de grandes cidades andinas e da costa do Pacífico como é o caso de Lima, Cusco e Arequipa, capital e importantes cidades peruanas; de La Paz, capital boliviana; Quito, capital equatoriana; e ainda das cidades com portuárias franqueadas do norte do Chile (Iquique e Arica) e do sul do Peru (Illo e Matarani). Mapa 04: Eixo de integração interoceânico Brasil-Peru-Bolívia 2 SILVA, Silvio Simione da Silva. Acre: uma visão temática de sua Geografia. Rio Branco: Edufac, 2010 (no prelo)
  • 7. Fonte: Rapp (2005). Peru (2009)3. Redesenhado e reorganizado por Silvio Simione da Silva, 2010 Outro ponto importante nesta localização é que temos o mesmo fuso horário dos principais portos do litoral Pacífico sul-americano. Assim, o Acre é um ponto estratégico para o Brasil na articulação terrestre continental, para a implantação de vias comerciais sul- americana/asiática através do eixo comercial do Oceano Pacífico. Neste sentido que se deu a implantação do Eixo de Integração Interoceânico Brasil- Peru-Bolívia da Iniciativa para a Integração da Infra-estrutura Regional Sul-Americana – IIRSA. Com isto a BR-317, transformou na “Estrada do Pacífico” e passou a simbolizar toda esta possibilidade regional. Contudo, isto não descartou a integração via rodoviária e aeroviária por Cruzeiro do Sul (Acre, Brasil) e Pucalpa (Ucayali, Peru), que mesmo já iniciada, continua sendo discutida ampliadamente. Para finalizar, agora vamos apenas que apontar algumas das implicações de tudo isto na geração de possibilidades localizacionais sócio-espacialmente produzidas do Acre, na sua relação macro-espacial na Amazônia, no Brasil, na América do Sul:  Como parte da Amazônia, o Acre é território fundamental na integração do espaço Pan-amazônica, dado sua condição limítrofe e, os processos já iniciado tanto com pelas vias rodoviárias com o Peru e a Bolívia, as ligações aeroviárias com cidades peruanas; assim como, pela formação da Região Internacional do MAP – Madre 3 PERU, República del. Mapa da Republica del Peru. http://ciat-library.ciat.cgiar.org/paper_pobreza/067.pdf (acessado em 10/2009); e RAPP, Kenn. La Carretera Transoceánica de Brasil-Perú: Resumen de Proyecto. 30 diciembre 2005. http://www.bicusa.org/es/Article.10028.aspx
  • 8. de Dios, Acre e Pando – que passam a ter fóruns de discussão de desenvolvimento integrados.  Como estado brasileiro situado mais ao oeste, no centro do Continente, tem a possibilidade de oferecer ao país, o território melhor localizado para a integração intercontinental. Com isto criar condições objetivas, para não de ser trecho de passagem, mas sim de espaço para localização de investimentos econômicos, em condições vantajosas pela proximidade com o litoral do Pacífico.  No plano continental, além do que já foi citado pela proximidade dos Andes e de grandes centros turísticos e comerciais, temos a possibilidade ser local para atrações de rotas turísticas e comerciais. Estas seriam voltadas para quem pretende conhecer a Amazônia dos altos cursos dos rios, além de outros atrativos locais, como os recentes descobertos geoglifos; ou no plano comercial, para infra- estrutura de recepção de mercadorias das rotas asiáticas, vias portos peruanos e chilenos. Salienta-se, ainda que neste plano continental, a marca mais importante é a de situar como ponto nodal nas redes de integração espacial nas fronteiras com os países vizinhos andinos e da costa do Pacífico. Portanto, muitas situações que no passado eram vistas como empecilhos, hoje são potencialidades dadas por nossa localização, sob as quais podemos operar bases para o desenvolvimento. Concluímos isto, no sentido tratar de formas de integrar os territórios, de gerar novas oportunidades para os povos que habitam estas partes do Continente e, de romper com a sombra da pobreza que ainda atinge a maior parte da população acriana, assim como das áreas limítrofes dos países vizinhos.