SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
Sistemas de Comunicação Wireless

Definição
             Uma conexão wireless é qualquer forma de conexão entre dois sistemas transmissor e receptor de
    dados que não requeira o uso de fios. Para tanto são utilizadas frequências de rádio ou sinais luminosos,
    geralmente na faixa de infra-vermelho. Utiliza como meio de transmissão o ar ou o vácuo. Sistemas de
    comunicação wireless podem permitir o tráfego de voz, dados, ou ambos.
             Os sistemas de comunicação wireless representam um mercado em elevado crescimento, com
    previsão de atingir US$ 8 bilhões em vendas no ano 2000 (fonte: Texas Instruments, 1998).


Características

  Modulação
             Em um sistema de comunicação sem fio que utilize ondas de rádio a informação a ser transmitida é
    modulada em um portadora. Ou seja, ela é posicionada no espectro de frequências de modo que o mesmo
    meio físico possa trafegar informação de vários transmissores, desde que estes estejam utilizando uma faixa
    não ocupada. Por meio da modulação é possível fazer o deslocamento do espectro da informação para outra
    região não ocupada.

  Elevada atenuação do meio físico
            A potência das ondas de rádio tem um gradiente de atenuação proporcional a 1/r3, valor bastante
    elevado quando comparado com um meio de transmissão como fios de cobre. Isto limita o alcance de um
    transmissor. Por outro lado evita a interferência entre transmissores operando na mesma faixa de frequências.

  Elevada taxas de erros
             A taxa de erros média em um canal de comunicação com fios é melhor que 10-6. Em canais wireless,
    como a telefonia celular, a taxa de erros é de 10-3 . Esta taxa elevada exige que dispositivos de comunicação
    wireless possuam sistemas de deteção e correção de erros.

  Interferências
             Como o meio físico é compartilhado por todos os transmissores existe o problema da interferência
    quando estes possuirem potência suficiente e estiverem operando na mesma região do espectro. Para evitar
    este problema a utilização do espectro é regulamentada por agências governamentais (ITU, FCC, etc)

  Espectro de frequências regulamentado
             O espectro de frequências foi internacionalmente regulamentado e dividido em regiões com
    finalidades bem definidas. Por exemplo, a faixa de frequências destinadas a radiodifusão (radio broadcasting)
    AM é 600-1600 KHz e FM é 88-108 MHz. De particular interesse são as faixas ISM (Industrial, Scientific
    and Medical), que vão de 902-928 MHz, 2400-2483 MHz e 5725-6850 MHz, reservadas para transmissão de
    dados, e podem ser usadas sem licença para potências de transmissão menores que 1 W.

  Baixa velocidade
            Devido a escassez do recurso que é o espectro de frequências, as regiões reservadas para o uso em
    comunicação de dados são limitadas em largura de faixa. Deste modo a informação a ser transmitida, que irá
    modular a portadora, não pode possuir uma frequência tal que o sinal modulado ultrapasse a região alocada a
    ele.
Mobilidade
            O fato de não existirem fios ligando os dispositivos de comunicação permite que estes ofereçam
   mobilidade. Para explorar esta vantagem torna-se vital o baixo consumo nos transmissores/receptores para
   que estes possam ser alimentados com baterias pequenas. Uma dificuldade decorrente desta característica é a
   necessidade de monitorar a localização do dispositivo de comunicação dentro das áreas de cobertura do
   sistema de comunicação, para que se possa contactá-lo onde ele estiver.


Transmissão de Voz

 Características
            São sistemas de comunicação orientados a conexão, realizada por meio do estabelecimento de
   circuitos. A tarifação é feita baseada no tempo de conexão, pois as taxas de transmissão de dados são
   reduzidas. Como a comunicação é interativa o tempo de latência destes sistemas devem ser menores que
   100ms.

 Telefonia Celular
            A áera de cobertura é dividida em células de tamanho limitado que são cobertas por uma estação-
   base, ligada às outras estações-base através da rede de comunicação normal, com fios. As estações-móveis
   são os telefones que comunicam-se com a estação-base que ofereça a melhor qualidade de comunicação.
   Quando uma estação-móvel sai da área de cobertura de uma estação-base (roaming) e passa para outra, isto é
   feito automaticamente pelo sistema (handoff) e uma central de chaveamento integrada ao sistema é alertada
   para permitir que a estação-base correta ser acionada para contactar a estação-móvel.

   Analógica
            Existem vários padrões , desenvolvidos em vários países (AMPS, TACS, JTACS, etc). O padrão
   adotado no Brasil é o AMPS (Advanced Mobile Phone System), desenvolvido pela Bell nos anos 70 e
   instalado a partir de 1982. Possui células de 2-20 Km de diâmetro, o que permite que os transmissores
   portáteis possuam baixa potência, da ordem de 600 mW. Opera nas faixas de frequência de 824-849 MHz
   para transmissão e 869-894 MHz para recepção, com 30 KHz para cada canal, possuindo assim 832 canais
   full-duplex. Os canais são divididos em 7 grupos e arranjados de modo que um grupo não interfira com
   outros.




            Se uma célula não suporta o número de conexões suficiente ela pode ser diminuídas para elevar a
   densidade de usuários. O sistema de transmissão é analógico e não existe nenhum tipo de codificação na
   informação transmitida.

   Digital
           Neste sistema o sinal de voz é digitalmente codificado e comprimido para permitir a existência de
   mais canais. Os padrões norte-americanos IS-54 e IS-95 são compatíveis com o sistema AMPS, utilizando as
   mesmas faixas de frequência. No padrão IS-54 o uso das frequências é mais eficiente que o AMPS devido ao
processamento digital do sinal de voz. Num mesmo canal este sistema pode oferecer até 3 canais de voz. Já o
   IS-95 é bastante diferente e não foi projetado com vistas a compatibilidade com o AMPS. As faixas de
   frequências de operação são outras, a largura dos canais é diferente e a modulação idem. A vantagem é que
   oferece mais canais que o IS-54. Ambos os sistemas oferecem uma taxa líquida de transmissão de dados
   equivalente a 9600 bps.
            O padrão GSM é uma sistema de telefonia digital deenvolvido por um consórcio de países europeus
   e pretende ser adotado em toda a Europa, eliminando o problema dos vários padrões presentes no continente.
   No seu desenvolvimento não se buscou a compatibilidade com nenhum sistema analógico anterior. Opera em
   890-915 MHz e 935-960 MHz ou em 1800 MHz. A taxa de transmissão de dados deste sistema também é de
   aproximadamente 9600 bps.

           CDMA
            Esta é uma técnica de acesso a meio muito utilizada em telefonia celular digital, que permite o acesso
   ao meio simultâneo com outros transmissores, sem exigir reserva de meio ou deteção de colisão. Funciona
   através da operação XOR de cada bit da informação com um código binário com N bits (os códigos deve ser
   ortogonais entre si). O sinal assim processado tem uma frequência N vezes maior, e ocupa uma faixa de
   frequências também N vezes maior. Com o receptor ciente do código utilizado pelo transmissor, é possível
   decodificar apenas a informação transmitida utilizando aquele código.
            Fazendo uma analogia, seria como ter várias duplas em uma sala, cada dupla se comunicando em um
   idioma diferente. Apesar de todos estarem falando ao mesmo tempo é possível compreender as palavras no
   idioma conhecido, enquanto as outras conversas são ignoradas, consideradas como ruído.
            O bit de informação ao ser processado com código é dividido em N partes conhecidas como chips.
   O código utilizado para espalhar a informação é chamado de sequência de chips. Quando se deseja transmitir
   um bit “1”, envia-se o código e quando deseja-se um bit “0”, envia-se o código negado.
            Sincronizando o transmissor e o receptor e negociando entre eles o uso do mesmo código, pode-se
   criar um canal de comunicação exclusivo entre eles. Se for necessária uma nova transmissão simultânea com
   outro receptor, negocia-se o uso de outro código e assim cria-se mais um canal de comunicação, ocupando a
   mesma faixa de frequências do primeiro e não interferindo com ele.

 Telefonia Global
             A telefonia global é uma extensão do conceito da telefonia celular, com área de abrangência mundial.
   Isto pode ser conseguido por meio de uma rede de satélites fazendo o papel de estações-base gerenciando as
   células na superfície. Esta solução é complexa por vários fatores – os satélites devem ter órbita baixa para
   minimizar o tempo de latência da comunicação e a potência dos telefones portáteis, e nestas órbitas os
   satélites tem um período orbital de 90 minutos (segundo a lei de Kepler o período orbital é proporcional ao
   raio orbital elevado a 2/3). Assim as células se deslocam rapidamente e o handoff é muito frequente. Por
   outro lado uma órbita baixa permite células menores e um melhor re-uso de frequências, tendo como
   consequência maior densidade de usuários.

   Iridium
             O sistema de telefonia global Iridium foi desenvolvido pela Motorola e baseia-se em um arranjo de
   66 satélites em órbita polar baixa de 750 Km. Cada satélite pode implementar até 48 células, com 174 canais
   full-duplex por célula, com capacidade de 283.272 canais para todo o planeta.
             As frequências de operação dos up-links e down-links são em torno de 1.6 GHz (banda L). Os
   satélites comunicam-se entre si utilizando outras faixaa de frequências.


Transmissão de Dados

 PCS
            São serviços de comunicação de dados de ampla abrangência e baixa velocidade (Personal
   Communicatios System). O exemplo mais comum é o serviço de pager. Além destes existem outros serviços
   mais versáteis que permitem também acesso a correio eletrônico ou transferência de arquivos, mas as baixas
   taxas de transmissão (em média 9.600 bps) limitam o uso mais amplo destes sistemas (RAM, Ardis, etc).
Alguns exigem uma infra-estrutura de cobertura provida pela empresa operadora do serviço. Outros, como o
 CDPD, aproveitam a infra-estrutura do sistema de telefonia celular analógica, utilizando os canais de voz que
 estão livres no momento. Os sitemas de telefonia digital normalmente oferecem os mesmos serviços dos
 PCSs.

WLANs
          Implementam redes locais sem necessitar o uso de fios. As velocidades estão na ordem de 1 a 2
 Mbps, ainda abaixo das redes locais comuns. Os objetivos destes sistemas são os mesmos de uma rede local,
 mas sem as limitações impostas por uma infra-estrutura de fiação. São particularmente interessantes para
 terminais de conferência de estoque, terminais de ponto de venda e sistemas de informações médicas.
          A primeira rede de comunicação de computadores foi wireless. Implementada no Havaí, a rede
 Aloha era ideal para as condições da região pois não exigia nenhum meio físico lançado através do oceano
 para interligar as ilhas.

 Classificação
          Redes WLANs podem ser classificadas quanto a topologia como redes em estrela e ponto-a-ponto.
 No primeiro caso existe um ponto de acesso único, normalmente conectado a uma rede com fios, que recebe
 as transmissões de todos os pontos de rede e repassa-as para os seus destinos, na rede cabeada ou não. No
 segundo caso não é necessário este dispositivo, e as estações comunicam diretamente entre si, formando redes
 ad-hoc. Neste caso para permitir sua integração com a infra-estrutura cabeada é necessário que um dos pontos
 wireless implemente um gateway para a rede com fios.
          WLANs podem existir baseadas em ondas de rádio ou raios luminosos. Ondas de rádio permitem
 maior alcance e omnidirecionalidade. Raios luminosos permitem maior sigilo na transmissão e maior
 direcionalidade.

 IEEE 802.11
          A real difusão de WLANs passa pela padronização. Até o momento existiam muitas implementações
 de tecnologias proprietérias para WLANs, com o consequente prejuízo de interoperabilidade. Para evitar esta
 problema o IEEE desenvolveu im padrão para WLANs chamado 802.11 para normatizar as técnicas de acesso
 ao meio (MAC) e convencionar frequências e amplitudes na camada física (PHY), da mesma forma que o
 padrão 802.3 garante a interoperabilidade de placas de rede Ethernet. Este padrão permite que se estabeleçam
 tanto redes baseadas em pontos de acesso como redes ponto-a-ponto. As frequências de operação são as ISM.
 Foi aprovado no início de 1998 e já existem produtos comerciais seguindo estas normas. Um deles é a
 WaveLan II, um sistema de WLANs desenvolvido pela Lucent Technologies. Este sistema será usado como
 exemplo para descrever os vários aspectos do padrão.

 CSMA/CA
          Este protocolo de acesso ao meio significa Carrier Sense Multiple Access with Colision Avoidance, e
 é similar ao CSMA/CD utilizado em Ethernet. A maior diferença é que devido a atenuação no ar ser muito
 maior que num fio, as estações de rede wireless podem não detectar a transmissão de outra estação distante e
 consequentemente se houve a colisão e corrupção na informação transmitida para uma estação intermediária.
          Este problema é resolvido utilizando pacotes de negociação RTS (Request To Send) e CTS (Clear To
 Send). O transmissor envia requisição do meio durante um certo tempo e o receptor apenas libera a
 transmissão se o meio estiver livre nas imediações. Outros transmissores que ouvirem os pacotes de RTS e
 CTS omitem-se de utilizar o meio pelo tempo especificado nos pacotes. Assim minimiza-se a possibilidade de
 colisão e não é necessário detectá-la. Quando um RTS não é respondido, devido a ruído ou colisão, o
 transmissor não recebe um CTS, e após certo tempo solicita transmissão novamente por meio de outro RTS.
 Este tempo aumenta exponencialmente a cada nova tentativa mal sucedida, da mesma maneira que na
 Ethernet.

 WaveLAN II
         É um sistema de WLAN operando na faixa ISM de 2.4 GHz. Oferece velocidades de transmissão
 desde 1 MHz a 10 MBps, dependendo das condições do ambiente.
Quando utilizada na topologia estrela este sistema suporta o roaming automático, permitindo troca de
ponto de acesso quando o sinal de um deles esteja muito fraco.
         Economia de energia é um fator importante para dispositivos portáteis. Este produto oferece uma
série de opções, como opção de redução de potência do transmissor e um modo de economia de energia
chamado DOZE. Quando neste modo o sistema de recepção apenas é ativado em períodos de 100 ms
sincronizados com o ponto de acesso, que nestes momentos envia pacotes alertando que existe informação
buferizada nele a ser entregue as estações móveis. Neste caso estas voltam ao modo normal de operação,
descarregam o buffer do ponto de acesso e voltam ao estado de economia de energia.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula 3 Introdução a Redes II
Aula 3   Introdução a Redes IIAula 3   Introdução a Redes II
Aula 3 Introdução a Redes IIwab030
 
Redes I - 2.2 - Camada Física e Tecnologias de Transmissão
Redes I - 2.2 - Camada Física e Tecnologias de TransmissãoRedes I - 2.2 - Camada Física e Tecnologias de Transmissão
Redes I - 2.2 - Camada Física e Tecnologias de TransmissãoMauro Tapajós
 
Aula 01 transmissão de dados em redes wireless
Aula 01   transmissão de dados em redes wirelessAula 01   transmissão de dados em redes wireless
Aula 01 transmissão de dados em redes wirelessCarlos Veiga
 
Transmissão de dados
Transmissão de dadosTransmissão de dados
Transmissão de dadosBruna
 
Aula 04: Meios de transmissão
Aula 04: Meios de transmissãoAula 04: Meios de transmissão
Aula 04: Meios de transmissãoNilson Mori
 
Visão Geral dos Sistemas de Telecomunicações
Visão Geral dos Sistemas de TelecomunicaçõesVisão Geral dos Sistemas de Telecomunicações
Visão Geral dos Sistemas de TelecomunicaçõesElaine Cecília Gatto
 
Artigo - MARIO DA COSTA DIAS SILVA
Artigo - MARIO DA COSTA DIAS SILVAArtigo - MARIO DA COSTA DIAS SILVA
Artigo - MARIO DA COSTA DIAS SILVAMario Costa
 
Trabalho de redes.
Trabalho de redes.Trabalho de redes.
Trabalho de redes.ant-netto
 
Redes - Wireless Teoria
Redes - Wireless TeoriaRedes - Wireless Teoria
Redes - Wireless TeoriaLuiz Arthur
 
Visao geral de sistemas de comunicacoes
Visao geral de sistemas de comunicacoesVisao geral de sistemas de comunicacoes
Visao geral de sistemas de comunicacoesElaine Cecília Gatto
 
Evolução das Redes Sem Fios e Respectivo Impacto Actividade Integradora
Evolução das Redes Sem Fios e Respectivo Impacto Actividade IntegradoraEvolução das Redes Sem Fios e Respectivo Impacto Actividade Integradora
Evolução das Redes Sem Fios e Respectivo Impacto Actividade Integradoradanimateus
 
Tecnologia%20 Wireless
Tecnologia%20 WirelessTecnologia%20 Wireless
Tecnologia%20 Wirelessmaureen3008
 
Apostila de telecomunicação
Apostila de telecomunicação Apostila de telecomunicação
Apostila de telecomunicação WELLINGTON MARTINS
 

Mais procurados (16)

Aula 3 Introdução a Redes II
Aula 3   Introdução a Redes IIAula 3   Introdução a Redes II
Aula 3 Introdução a Redes II
 
Redes I - 2.2 - Camada Física e Tecnologias de Transmissão
Redes I - 2.2 - Camada Física e Tecnologias de TransmissãoRedes I - 2.2 - Camada Física e Tecnologias de Transmissão
Redes I - 2.2 - Camada Física e Tecnologias de Transmissão
 
Aula 01 transmissão de dados em redes wireless
Aula 01   transmissão de dados em redes wirelessAula 01   transmissão de dados em redes wireless
Aula 01 transmissão de dados em redes wireless
 
Transmissão de dados
Transmissão de dadosTransmissão de dados
Transmissão de dados
 
Aula 04: Meios de transmissão
Aula 04: Meios de transmissãoAula 04: Meios de transmissão
Aula 04: Meios de transmissão
 
Visão Geral dos Sistemas de Telecomunicações
Visão Geral dos Sistemas de TelecomunicaçõesVisão Geral dos Sistemas de Telecomunicações
Visão Geral dos Sistemas de Telecomunicações
 
Artigo - MARIO DA COSTA DIAS SILVA
Artigo - MARIO DA COSTA DIAS SILVAArtigo - MARIO DA COSTA DIAS SILVA
Artigo - MARIO DA COSTA DIAS SILVA
 
Trabalho de redes.
Trabalho de redes.Trabalho de redes.
Trabalho de redes.
 
Trabalho final de ipd
Trabalho final de ipdTrabalho final de ipd
Trabalho final de ipd
 
Redes - Wireless Teoria
Redes - Wireless TeoriaRedes - Wireless Teoria
Redes - Wireless Teoria
 
Visao geral de sistemas de comunicacoes
Visao geral de sistemas de comunicacoesVisao geral de sistemas de comunicacoes
Visao geral de sistemas de comunicacoes
 
Evolução das Redes Sem Fios e Respectivo Impacto Actividade Integradora
Evolução das Redes Sem Fios e Respectivo Impacto Actividade IntegradoraEvolução das Redes Sem Fios e Respectivo Impacto Actividade Integradora
Evolução das Redes Sem Fios e Respectivo Impacto Actividade Integradora
 
Wireless
WirelessWireless
Wireless
 
Tecnologia%20 Wireless
Tecnologia%20 WirelessTecnologia%20 Wireless
Tecnologia%20 Wireless
 
Funcionam..
Funcionam..Funcionam..
Funcionam..
 
Apostila de telecomunicação
Apostila de telecomunicação Apostila de telecomunicação
Apostila de telecomunicação
 

Semelhante a Sistemas de Comunicação Wireless: Definição e Características

Apostila wireless
Apostila wirelessApostila wireless
Apostila wirelessTiago
 
Atividade 1_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdf
Atividade 1_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdfAtividade 1_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdf
Atividade 1_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdfLuizZeni
 
Comunicação sem fios
Comunicação sem fiosComunicação sem fios
Comunicação sem fiosKevin Zola
 
Tipos de Tecnologias Wireless
Tipos de Tecnologias WirelessTipos de Tecnologias Wireless
Tipos de Tecnologias WirelessPepe Rocker
 
Atividade 2_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdf
Atividade 2_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdfAtividade 2_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdf
Atividade 2_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdfLuizZeni
 
Sistema de Telefonia Móvel – Terceira Geração (3G)
Sistema de Telefonia Móvel – Terceira Geração (3G)Sistema de Telefonia Móvel – Terceira Geração (3G)
Sistema de Telefonia Móvel – Terceira Geração (3G)Tárcio Sales
 

Semelhante a Sistemas de Comunicação Wireless: Definição e Características (16)

Apostila wireless
Apostila wirelessApostila wireless
Apostila wireless
 
Apostila wireless
Apostila wirelessApostila wireless
Apostila wireless
 
Atividade 1_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdf
Atividade 1_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdfAtividade 1_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdf
Atividade 1_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdf
 
01 guia cd - mod1
01   guia cd - mod101   guia cd - mod1
01 guia cd - mod1
 
Comunicação sem fios
Comunicação sem fiosComunicação sem fios
Comunicação sem fios
 
Prova 1 Telemática.docx
Prova 1 Telemática.docxProva 1 Telemática.docx
Prova 1 Telemática.docx
 
Redecelular
RedecelularRedecelular
Redecelular
 
CDMA
CDMACDMA
CDMA
 
Redes sem fio
Redes sem fioRedes sem fio
Redes sem fio
 
Tipos de Tecnologias Wireless
Tipos de Tecnologias WirelessTipos de Tecnologias Wireless
Tipos de Tecnologias Wireless
 
Atividade 2_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdf
Atividade 2_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdfAtividade 2_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdf
Atividade 2_ COM_MÓVEIS_Luiz_Ricardo_Zeni_da_Silva.pdf
 
Sistemas Celulares
Sistemas CelularesSistemas Celulares
Sistemas Celulares
 
Trabalho final de ipd
Trabalho final de ipdTrabalho final de ipd
Trabalho final de ipd
 
Redes
RedesRedes
Redes
 
Sistema de Telefonia Móvel – Terceira Geração (3G)
Sistema de Telefonia Móvel – Terceira Geração (3G)Sistema de Telefonia Móvel – Terceira Geração (3G)
Sistema de Telefonia Móvel – Terceira Geração (3G)
 
Cdma
CdmaCdma
Cdma
 

Mais de EMSNEWS

Excecoes
ExcecoesExcecoes
ExcecoesEMSNEWS
 
Webpages2
Webpages2Webpages2
Webpages2EMSNEWS
 
Html completo
Html completoHtml completo
Html completoEMSNEWS
 
Webpages
WebpagesWebpages
WebpagesEMSNEWS
 
Java script
Java scriptJava script
Java scriptEMSNEWS
 
Fontes chaveadas
Fontes chaveadasFontes chaveadas
Fontes chaveadasEMSNEWS
 
Cabeamentos e conectores
Cabeamentos e conectores Cabeamentos e conectores
Cabeamentos e conectores EMSNEWS
 
Cabeamento de redes
Cabeamento de redesCabeamento de redes
Cabeamento de redesEMSNEWS
 
Aterramento
AterramentoAterramento
AterramentoEMSNEWS
 
Aspectos transistores
Aspectos transistoresAspectos transistores
Aspectos transistoresEMSNEWS
 

Mais de EMSNEWS (20)

As 400
As 400As 400
As 400
 
Excecoes
ExcecoesExcecoes
Excecoes
 
Applets
AppletsApplets
Applets
 
Aglets
AgletsAglets
Aglets
 
Webpages2
Webpages2Webpages2
Webpages2
 
Atag10
Atag10Atag10
Atag10
 
Html
HtmlHtml
Html
 
Guia5
Guia5Guia5
Guia5
 
Assign
AssignAssign
Assign
 
Guia4
Guia4Guia4
Guia4
 
Html
HtmlHtml
Html
 
Html completo
Html completoHtml completo
Html completo
 
Webpages
WebpagesWebpages
Webpages
 
Java script
Java scriptJava script
Java script
 
Fontes chaveadas
Fontes chaveadasFontes chaveadas
Fontes chaveadas
 
Cabeamentos e conectores
Cabeamentos e conectores Cabeamentos e conectores
Cabeamentos e conectores
 
Cabeamento de redes
Cabeamento de redesCabeamento de redes
Cabeamento de redes
 
Básico
BásicoBásico
Básico
 
Aterramento
AterramentoAterramento
Aterramento
 
Aspectos transistores
Aspectos transistoresAspectos transistores
Aspectos transistores
 

Último

HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasRicardo Diniz campos
 
A galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
A  galinha ruiva sequencia didatica 3 anoA  galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
A galinha ruiva sequencia didatica 3 anoandrealeitetorres
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirIedaGoethe
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfIedaGoethe
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Susana Stoffel
 
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...LizanSantos1
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxBiancaNogueira42
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 anoAdelmaTorres2
 

Último (20)

HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
 
A galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
A  galinha ruiva sequencia didatica 3 anoA  galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
A galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
 
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
 

Sistemas de Comunicação Wireless: Definição e Características

  • 1. Sistemas de Comunicação Wireless Definição Uma conexão wireless é qualquer forma de conexão entre dois sistemas transmissor e receptor de dados que não requeira o uso de fios. Para tanto são utilizadas frequências de rádio ou sinais luminosos, geralmente na faixa de infra-vermelho. Utiliza como meio de transmissão o ar ou o vácuo. Sistemas de comunicação wireless podem permitir o tráfego de voz, dados, ou ambos. Os sistemas de comunicação wireless representam um mercado em elevado crescimento, com previsão de atingir US$ 8 bilhões em vendas no ano 2000 (fonte: Texas Instruments, 1998). Características Modulação Em um sistema de comunicação sem fio que utilize ondas de rádio a informação a ser transmitida é modulada em um portadora. Ou seja, ela é posicionada no espectro de frequências de modo que o mesmo meio físico possa trafegar informação de vários transmissores, desde que estes estejam utilizando uma faixa não ocupada. Por meio da modulação é possível fazer o deslocamento do espectro da informação para outra região não ocupada. Elevada atenuação do meio físico A potência das ondas de rádio tem um gradiente de atenuação proporcional a 1/r3, valor bastante elevado quando comparado com um meio de transmissão como fios de cobre. Isto limita o alcance de um transmissor. Por outro lado evita a interferência entre transmissores operando na mesma faixa de frequências. Elevada taxas de erros A taxa de erros média em um canal de comunicação com fios é melhor que 10-6. Em canais wireless, como a telefonia celular, a taxa de erros é de 10-3 . Esta taxa elevada exige que dispositivos de comunicação wireless possuam sistemas de deteção e correção de erros. Interferências Como o meio físico é compartilhado por todos os transmissores existe o problema da interferência quando estes possuirem potência suficiente e estiverem operando na mesma região do espectro. Para evitar este problema a utilização do espectro é regulamentada por agências governamentais (ITU, FCC, etc) Espectro de frequências regulamentado O espectro de frequências foi internacionalmente regulamentado e dividido em regiões com finalidades bem definidas. Por exemplo, a faixa de frequências destinadas a radiodifusão (radio broadcasting) AM é 600-1600 KHz e FM é 88-108 MHz. De particular interesse são as faixas ISM (Industrial, Scientific and Medical), que vão de 902-928 MHz, 2400-2483 MHz e 5725-6850 MHz, reservadas para transmissão de dados, e podem ser usadas sem licença para potências de transmissão menores que 1 W. Baixa velocidade Devido a escassez do recurso que é o espectro de frequências, as regiões reservadas para o uso em comunicação de dados são limitadas em largura de faixa. Deste modo a informação a ser transmitida, que irá modular a portadora, não pode possuir uma frequência tal que o sinal modulado ultrapasse a região alocada a ele.
  • 2. Mobilidade O fato de não existirem fios ligando os dispositivos de comunicação permite que estes ofereçam mobilidade. Para explorar esta vantagem torna-se vital o baixo consumo nos transmissores/receptores para que estes possam ser alimentados com baterias pequenas. Uma dificuldade decorrente desta característica é a necessidade de monitorar a localização do dispositivo de comunicação dentro das áreas de cobertura do sistema de comunicação, para que se possa contactá-lo onde ele estiver. Transmissão de Voz Características São sistemas de comunicação orientados a conexão, realizada por meio do estabelecimento de circuitos. A tarifação é feita baseada no tempo de conexão, pois as taxas de transmissão de dados são reduzidas. Como a comunicação é interativa o tempo de latência destes sistemas devem ser menores que 100ms. Telefonia Celular A áera de cobertura é dividida em células de tamanho limitado que são cobertas por uma estação- base, ligada às outras estações-base através da rede de comunicação normal, com fios. As estações-móveis são os telefones que comunicam-se com a estação-base que ofereça a melhor qualidade de comunicação. Quando uma estação-móvel sai da área de cobertura de uma estação-base (roaming) e passa para outra, isto é feito automaticamente pelo sistema (handoff) e uma central de chaveamento integrada ao sistema é alertada para permitir que a estação-base correta ser acionada para contactar a estação-móvel. Analógica Existem vários padrões , desenvolvidos em vários países (AMPS, TACS, JTACS, etc). O padrão adotado no Brasil é o AMPS (Advanced Mobile Phone System), desenvolvido pela Bell nos anos 70 e instalado a partir de 1982. Possui células de 2-20 Km de diâmetro, o que permite que os transmissores portáteis possuam baixa potência, da ordem de 600 mW. Opera nas faixas de frequência de 824-849 MHz para transmissão e 869-894 MHz para recepção, com 30 KHz para cada canal, possuindo assim 832 canais full-duplex. Os canais são divididos em 7 grupos e arranjados de modo que um grupo não interfira com outros. Se uma célula não suporta o número de conexões suficiente ela pode ser diminuídas para elevar a densidade de usuários. O sistema de transmissão é analógico e não existe nenhum tipo de codificação na informação transmitida. Digital Neste sistema o sinal de voz é digitalmente codificado e comprimido para permitir a existência de mais canais. Os padrões norte-americanos IS-54 e IS-95 são compatíveis com o sistema AMPS, utilizando as mesmas faixas de frequência. No padrão IS-54 o uso das frequências é mais eficiente que o AMPS devido ao
  • 3. processamento digital do sinal de voz. Num mesmo canal este sistema pode oferecer até 3 canais de voz. Já o IS-95 é bastante diferente e não foi projetado com vistas a compatibilidade com o AMPS. As faixas de frequências de operação são outras, a largura dos canais é diferente e a modulação idem. A vantagem é que oferece mais canais que o IS-54. Ambos os sistemas oferecem uma taxa líquida de transmissão de dados equivalente a 9600 bps. O padrão GSM é uma sistema de telefonia digital deenvolvido por um consórcio de países europeus e pretende ser adotado em toda a Europa, eliminando o problema dos vários padrões presentes no continente. No seu desenvolvimento não se buscou a compatibilidade com nenhum sistema analógico anterior. Opera em 890-915 MHz e 935-960 MHz ou em 1800 MHz. A taxa de transmissão de dados deste sistema também é de aproximadamente 9600 bps. CDMA Esta é uma técnica de acesso a meio muito utilizada em telefonia celular digital, que permite o acesso ao meio simultâneo com outros transmissores, sem exigir reserva de meio ou deteção de colisão. Funciona através da operação XOR de cada bit da informação com um código binário com N bits (os códigos deve ser ortogonais entre si). O sinal assim processado tem uma frequência N vezes maior, e ocupa uma faixa de frequências também N vezes maior. Com o receptor ciente do código utilizado pelo transmissor, é possível decodificar apenas a informação transmitida utilizando aquele código. Fazendo uma analogia, seria como ter várias duplas em uma sala, cada dupla se comunicando em um idioma diferente. Apesar de todos estarem falando ao mesmo tempo é possível compreender as palavras no idioma conhecido, enquanto as outras conversas são ignoradas, consideradas como ruído. O bit de informação ao ser processado com código é dividido em N partes conhecidas como chips. O código utilizado para espalhar a informação é chamado de sequência de chips. Quando se deseja transmitir um bit “1”, envia-se o código e quando deseja-se um bit “0”, envia-se o código negado. Sincronizando o transmissor e o receptor e negociando entre eles o uso do mesmo código, pode-se criar um canal de comunicação exclusivo entre eles. Se for necessária uma nova transmissão simultânea com outro receptor, negocia-se o uso de outro código e assim cria-se mais um canal de comunicação, ocupando a mesma faixa de frequências do primeiro e não interferindo com ele. Telefonia Global A telefonia global é uma extensão do conceito da telefonia celular, com área de abrangência mundial. Isto pode ser conseguido por meio de uma rede de satélites fazendo o papel de estações-base gerenciando as células na superfície. Esta solução é complexa por vários fatores – os satélites devem ter órbita baixa para minimizar o tempo de latência da comunicação e a potência dos telefones portáteis, e nestas órbitas os satélites tem um período orbital de 90 minutos (segundo a lei de Kepler o período orbital é proporcional ao raio orbital elevado a 2/3). Assim as células se deslocam rapidamente e o handoff é muito frequente. Por outro lado uma órbita baixa permite células menores e um melhor re-uso de frequências, tendo como consequência maior densidade de usuários. Iridium O sistema de telefonia global Iridium foi desenvolvido pela Motorola e baseia-se em um arranjo de 66 satélites em órbita polar baixa de 750 Km. Cada satélite pode implementar até 48 células, com 174 canais full-duplex por célula, com capacidade de 283.272 canais para todo o planeta. As frequências de operação dos up-links e down-links são em torno de 1.6 GHz (banda L). Os satélites comunicam-se entre si utilizando outras faixaa de frequências. Transmissão de Dados PCS São serviços de comunicação de dados de ampla abrangência e baixa velocidade (Personal Communicatios System). O exemplo mais comum é o serviço de pager. Além destes existem outros serviços mais versáteis que permitem também acesso a correio eletrônico ou transferência de arquivos, mas as baixas taxas de transmissão (em média 9.600 bps) limitam o uso mais amplo destes sistemas (RAM, Ardis, etc).
  • 4. Alguns exigem uma infra-estrutura de cobertura provida pela empresa operadora do serviço. Outros, como o CDPD, aproveitam a infra-estrutura do sistema de telefonia celular analógica, utilizando os canais de voz que estão livres no momento. Os sitemas de telefonia digital normalmente oferecem os mesmos serviços dos PCSs. WLANs Implementam redes locais sem necessitar o uso de fios. As velocidades estão na ordem de 1 a 2 Mbps, ainda abaixo das redes locais comuns. Os objetivos destes sistemas são os mesmos de uma rede local, mas sem as limitações impostas por uma infra-estrutura de fiação. São particularmente interessantes para terminais de conferência de estoque, terminais de ponto de venda e sistemas de informações médicas. A primeira rede de comunicação de computadores foi wireless. Implementada no Havaí, a rede Aloha era ideal para as condições da região pois não exigia nenhum meio físico lançado através do oceano para interligar as ilhas. Classificação Redes WLANs podem ser classificadas quanto a topologia como redes em estrela e ponto-a-ponto. No primeiro caso existe um ponto de acesso único, normalmente conectado a uma rede com fios, que recebe as transmissões de todos os pontos de rede e repassa-as para os seus destinos, na rede cabeada ou não. No segundo caso não é necessário este dispositivo, e as estações comunicam diretamente entre si, formando redes ad-hoc. Neste caso para permitir sua integração com a infra-estrutura cabeada é necessário que um dos pontos wireless implemente um gateway para a rede com fios. WLANs podem existir baseadas em ondas de rádio ou raios luminosos. Ondas de rádio permitem maior alcance e omnidirecionalidade. Raios luminosos permitem maior sigilo na transmissão e maior direcionalidade. IEEE 802.11 A real difusão de WLANs passa pela padronização. Até o momento existiam muitas implementações de tecnologias proprietérias para WLANs, com o consequente prejuízo de interoperabilidade. Para evitar esta problema o IEEE desenvolveu im padrão para WLANs chamado 802.11 para normatizar as técnicas de acesso ao meio (MAC) e convencionar frequências e amplitudes na camada física (PHY), da mesma forma que o padrão 802.3 garante a interoperabilidade de placas de rede Ethernet. Este padrão permite que se estabeleçam tanto redes baseadas em pontos de acesso como redes ponto-a-ponto. As frequências de operação são as ISM. Foi aprovado no início de 1998 e já existem produtos comerciais seguindo estas normas. Um deles é a WaveLan II, um sistema de WLANs desenvolvido pela Lucent Technologies. Este sistema será usado como exemplo para descrever os vários aspectos do padrão. CSMA/CA Este protocolo de acesso ao meio significa Carrier Sense Multiple Access with Colision Avoidance, e é similar ao CSMA/CD utilizado em Ethernet. A maior diferença é que devido a atenuação no ar ser muito maior que num fio, as estações de rede wireless podem não detectar a transmissão de outra estação distante e consequentemente se houve a colisão e corrupção na informação transmitida para uma estação intermediária. Este problema é resolvido utilizando pacotes de negociação RTS (Request To Send) e CTS (Clear To Send). O transmissor envia requisição do meio durante um certo tempo e o receptor apenas libera a transmissão se o meio estiver livre nas imediações. Outros transmissores que ouvirem os pacotes de RTS e CTS omitem-se de utilizar o meio pelo tempo especificado nos pacotes. Assim minimiza-se a possibilidade de colisão e não é necessário detectá-la. Quando um RTS não é respondido, devido a ruído ou colisão, o transmissor não recebe um CTS, e após certo tempo solicita transmissão novamente por meio de outro RTS. Este tempo aumenta exponencialmente a cada nova tentativa mal sucedida, da mesma maneira que na Ethernet. WaveLAN II É um sistema de WLAN operando na faixa ISM de 2.4 GHz. Oferece velocidades de transmissão desde 1 MHz a 10 MBps, dependendo das condições do ambiente.
  • 5. Quando utilizada na topologia estrela este sistema suporta o roaming automático, permitindo troca de ponto de acesso quando o sinal de um deles esteja muito fraco. Economia de energia é um fator importante para dispositivos portáteis. Este produto oferece uma série de opções, como opção de redução de potência do transmissor e um modo de economia de energia chamado DOZE. Quando neste modo o sistema de recepção apenas é ativado em períodos de 100 ms sincronizados com o ponto de acesso, que nestes momentos envia pacotes alertando que existe informação buferizada nele a ser entregue as estações móveis. Neste caso estas voltam ao modo normal de operação, descarregam o buffer do ponto de acesso e voltam ao estado de economia de energia.