Como todo processo, a democracia não nasce do nada. É preciso ser construído, fortalecido, introjetado na população. O Brasil vivencia essa evolução do sistema democrático desde o século XIX, quando a Monarquia deu lugar à República. Era um sinal ainda tímido de que as terras tupiniquins, um dia, seriam governadas pelo próprio povo brasileiro
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O poder é nosso, até que se prove o contrário
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Manifestação de policiais por melhores condições de infraestrutura e segurança em frente ao
prédio do Congresso Nacional.
Foto: Pedro França/Agência Senado[/caption]
Como todo processo, a democracia não nasce do nada. É preciso ser construído, fortalecido,
introjetado na população. O Brasil vivencia essa evolução do sistema democrático desde o
século XIX, quando a Monarquia deu lugar à República. Era um sinal ainda tímido de que as
terras tupiniquins, um dia, seriam governadas pelo próprio povo brasileiro (nos próximos textos,
falaremos de alguns rompantes de democracia – uns de fachada, outros, violados – que
tivemos ao longo da nossa história).
Hoje, vivemos numa democracia representativa. Por isso, temos o direito e o dever de escolher
nossos representantes, que estarão à frente do país por, no mínimo, quatro anos. Todo
brasileiro entre 16 e 70 anos é obrigado a votar, diferente de como ocorre em países como os
Estados Unidos, onde o voto é facultativo. Jovens de 16 e 17 anos também podem votar, se
quiserem. Resumindo: em 2014, fomos 142,8 milhões de eleitores com o poder de fazer do
Brasil o país que almejamos (ou merecemos).
Mas, quem somos nós? O Tribunal Superior Eleitoral revelou que, nas eleições do ano
passado, 30,2% dos nossos eleitores tinham o ensino fundamental incompleto e 5,2%, ou 7,4
milhões, se declararam analfabetos. Pelo menos 52,1% (74,4 milhões) eram mulheres, 63%
(91,4 milhões) se declararam solteiros e 43,5% tinham entre 35 e 59 anos.
Fato é que somos os responsáveis por escolher representantes que, pelo menos na teoria, são
os mais qualificados para tomar as decisões políticas certas para o bem do país. O problema é
que, na prática, alguns dos políticos dos sonhos estão mais para monstros de pesadelos. E o
peso dessa responsabilidade acaba caindo nos ombros do velho e calejado povo brasileiro.
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