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Machado de Assis
Esaú e Jacó
Todos os oráculos têm o falar
dobrado, mas entendem-se.
(Machado de Assis)
SEMINÁRIO DE
LITERATURA
BRASILEIRA I
ESAÚ E JACÓ – MACHADO DE ASSIS
Joaquim Maria Machado de Assis é considerado um dos mais importantes escritores
da literatura brasileira. Nasceu no Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839.
O romance Esaú e Jacó é a penúltima obra de Machado de Assis, que foi publicado
em 1904, livro de Machado de Assis retrata a divisão do país à época da Proclamação da
República e foi escrito em uma época que o país deixa de ser uma monarquia para ser uma
república e a abolição da escravatura pouco antes.
CONTEXTO HISTÓRICO
 Tempo: 1871. Há flashbacks que quebram a linearidade da história, porém, isso ela
mesmo assim não deixa de ser linear.
 Espaço: Rio de Janeiro, bairros elegantes, ruas importantes e palácios.
 Narração: José da Costa Mendes Aires, 3ª pessoa.
PERSONAGENSPEDRO
Recebe como sinal distintivo
uma medalha de ouro de São Pedro.
Determina que seria médico.
É mais dissimulado. O fato do pai
receber o título de barão
é para ele sinal de estima.
Nasce no aniversário do dia em que
D. Pedro II subiu ao trono.
dia 23 de julho de 1840.
Monárquico.
Acredita na restauração da Monarqui
a.
Alusão de que poderia ser o primeiro
ministro do Império.
Passa a defender a República.
Volta às posições de ataque ao
governo em oposição ao irmão,
representando “o espírito de
inquietação”.
PAULO
Recebe como sinal distintivo uma medalha
de São Paulo.
Determina que seria advogado.
É mais agressivo. Paulo recebe o fato com
inveja.
Nasceu no dia em que D. Pedro I caiu do
trono.
dia 23 de julho de 1840.
Republicano.
Afirma que a Monarquia estava podre,
caindo sozinha.
Alusão de que poderia ser vice presidente.
Elege-se para a Câmara dos
Deputados, opondo-se à República.
Opõe-se a Pedro como antigamente,
o que faz o Conselheiro Aires
dizer: “Não mudaram nada; são os
mesmos”.
- “Isto dão de ser grupos de colégio; vocês não estão em idade de falar em política. Quando tiverem barbar.
As barbas não queriam vir, por mais que eles chamassem o buço com os dedos, mas as opiniões políticas
e outras vinham e cresciam.” (pag. 47)
PERSONAGENS
Flora
Jovem misteriosa, firme e
ingênua a um só tempo.
Apaixona-se pelos gêmeos Pedro
e Paulo. Indecisa, acaba ficando
perturbada mentalmente e
morrendo.
Natividade
Mãe de Pedro e de Paulo,
Natividade é uma mulher forte e
condescendente. Viveu para os
filhos, os amigos e a família.
Tentou, em vão, estabelecer a
paz entre os gêmeos, sonhando
toda a vida com a
“grandiosidade” anunciada pela
cabocla
Conselheiro Aires
Conselheiro do império, Aires é
um homem viajado, diplomata
experiente e tido em alta conta
pelos amigos.
Santos
Pai de Pedro e Paulo, marido de
Natividade. Homem de origem
humilde, que fez fortuna com
usura e tornou-se banqueiro.
D. Cláudia
Mãe de Flora e mulher de
Batista.
Batista
Pai de Flora e marido de D.
Cláudia.
Perpétua
Irmã de natividade. Ela que
escolheu os nomes Pedro e
Paulo.
O título ESAÚ E JACÓ é uma alusão aos gêmeos
bíblicos filhos de Isaac, que brigam no ventre da
mãe antes do nascimento, e que, segundo consulta
que a mãe fizera a Deus, seriam pai de duas grandes
nações inimigas, representadas hoje pelos judeus e
palestinos.
O assunto principal do romance Esaú e Jacó é a
história dos irmãos gêmeos Pedro e Paulo, que são
totalmente opostos. As brigas já começam dentro
do ventre de Natividade e estendem-se por toda a
vida.
RESUMO DA OBRA
O livro Esaú e Jacó é uma obra que possui a
grandeza de conseguir explorar a divergência
politica da época, mostrando o sentimento do
“povão” e da classe alta, mediante as revoluções
politicas e históricas daquele momento.
No livro, o autor trata também, de forma muito
sutil, do conflito entre fé, ciência e religião. Para a
época tudo indica que havia um ceticismo
instaurado, a ciência em evolução, a preocupação
com status social e bens materiais que de maneira
sutil, também aparecem no livro.
ANÁLISE DA OBRA
ADVERTÊNCIA
“Quando o conselheiro Aires faleceu, acharam
sê-lhe na secretária sete cadernos manuscritos,
rijamente encapados em papelão.” (p. 9)
CAPÍTULO l
COISAS FUTURAS
“Era a primeira vez que as duas iam ao
morro do Castelo. Começaram a subir
pelo lado da rua do Carmo.” (p. 11)
CAPÍTULO VIII
NEM CASAL, NEM GENERAL
“Nem casal, nem geral. No dia sete de
abril de 1870 veio à luz um par de
varões tão iguais, que antes pareciam
a sombra um do outro, se não era
simplesmente a impressão do olho,
que via dobrado.” (p. 31)
CAPÍTULO XII - ESSE AIRES
“Apesar dos quarenta anos, ou quarenta e dois, e talvez por
isso mesmo, era um belo tipo de homem. Diplomata da
carreira (...) Não me canso em descrevê-lo. Imagina só que
trazia o calo do ofício, o sorriso aprovador, a fala branca e
cautelosa, o ar da ocasião, a expressão adequada, tudo tão
bem distribuído que era um gosto ouvi-lo e vê-lo. Talvez a
pele da cara rapada estivesse prestes a mostrar os
primeiros sinais do tempo. Ainda assim o bigode, que era
moço na cor e no apuro com que acabava em ponta fina e
rija, daria um ar de frescura ao rosto, quando o meio
século chegasse. O mesmo faria o cabelo, vagamente
grisalho, apartado ao centro. No alto da cabeça havia um
início de calva. Na botoeira uma flor eterna.” (p. 41)
CAPÍTULO XVIII
DE COMO VIERAM CRESCENDO
“Ei-los que vêm crescendo. A semelhança sem os
confundir já, continuava a ser grande. Os mesmo
olhos claros e atentos, a mesma boca cheia de
graça, as mãos finas, e uma cor viva nas faces que
as fazia crer pintadas de sangue. Eram sadios;
excetuada a crise dos dentes, não tiveram moléstia
alguma, porque eu não conto uma ou outra
indigestão de doces, que os pais lhes davam, ou
eles tiravam escondidos. Eram ambos gulosos,
Pedro mais que Paulo,e Paulo mais que ninguém.
(...) Paulo era mais agressivo, Pedro mais
dissimulado.” (p. 53)
CAPÍTULO XXXI
FLORA
“Era retraída e modesta, avêsa a festas públicas,
e dificilmente consentiu em aprender a dançar.
Gostava de música, e mais do piano que do
canto. Ao piano, entregue a si mesma, era
capaz de não comer um dia inteiro. (...) Até
aqui nada há que extraordinariamente distinga
esta moça das outras, suas contemporâneas,
desde que a modéstia vai com a graça, e em
certa idade é tão natural o devaneio como a
travessura.” (p. 81)
CAPÍTULO XXXV
EM VOLTA DA MOÇA
“Já então os dois gêmeos cursavam, um a
faculdade de Direito, em S. Paulo; outro a
Escola de Medicina, no Rio. (...) Não era tanta
a política que os fizesse esquecer Flora, nem
tanto Flora que os fizesse esquecer a política.”
(p. 90)
CAPÍTULO CXX
PENÚLTIMO
“ - Um favor derradeiro, insistiu ela.
- Vocês vão ser amigos. (...)
Os moços choravam. Se não falavam, é porque a voz não lhes queria sair da
garganta. Quando pôde, saiu trêmula, mas clara e forte:
- Juro, mamãe!
- Juro, mamãe!
- Amigos para todo sempre?
- Sim.
- Sim.
- Não quero outras saudades. Estas somente, a amizade verdadeira, e que se
não quebre nunca mais.
(...)
- Posso morrer tranquila.
- Não, mamãe não morre, interromperam ambos.” (p. 275)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• A obra mostra as relações entre a passagem da
Monarquia e da República, briga entre os irmãos e a
religião que cita a origem bíblica dos gêmeos
briguentos, entre a divergência entre credos. Com
formas simples que machado faz em sua penúltima
obra, nos coloca num enredo bem atrativo em que a
paródia mostra a divisão nas relações.
• Pedro defenderá a monarquia e Paulo será um
republicano. Após a proclamação Pedro se adapta aos
ideais republicanos mas com moderação, enquanto que
em Paulo fervilha um espírito revolucionário.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Já quase ao final da história, os meninos cumpriram o destino
grandioso, previsto pela cabocla do morro do Castelo. Os dois se
elegem deputado, por partidos opostos.
• E no fim com a morte de natividade (mãe), os talentosos jovens
se distanciam e não vivem bem, e pouco depois passam a se
odiar.
“- O senhor que se dá com eles diga-me o que é que os fez mudar,
concluiu o amigo.
- Mudar? Não mudaram nada, são os mesmos.
- Os mesmos?
- Sim, são os mesmos.
- Não é possível.” (pag. 233)
Um pouco sobre Joaquim Maria Machado de Assis, que foi um romancista, contista,
poeta e teatrólogo brasileiro, considerado um dos mais importantes nomes da literatura
desse país e identificado, pelo crítico Harold Bloom, como o maior escritor afro-
descendente de todos os tempos. Sua vasta obra inclui também crítica literária.
É considerado um dos criadores da crônica no país, além de ser importante tradutor,
vertendo para o português obras como Os Trabalhadores do Mar, de Victor Hugo e o
poema O Corvo, de Edgar Allan Poe. Foi também um dos fundadores da Academia
Brasileira de Letras e seu primeiro presidente, também chamada de Casa de Machado de
Assis.
VIDA DO AUTOR
Crisálidas, 1864
Em 1864,Machado de
Assis publica seu primeiro
livro de poesias: Crisálidas
e seu objeto era a
expressão do amor às
mulheres.
POESIA
• Falenas, 1870
• Americanas, 1875
• Ocidentais, 1880
• Poesias completas, 1901
COLETÂNEA DE CONTOS
• Papéis Avulsos, 1882
• Histórias sem Data, 1884
• Páginas Recolhidas, 1899
• Relíquias da Casa Velha, 1906
Várias Histórias é uma coletânea do
escritor realista brasileiro Machado de
Assis, publicada em 1896 que reúne
dezesseis contos seus publicados na
Gazeta de Notícias entre 1884 e 1891.
Várias Histórias, 1896
Capas de livros Segunda fase de Machado de Assis
OBRAS DE MACHADO
Capas de livros primeira fase de Machado de Assis
Toda a obra de Machado de Assis é de domínio público,
por ter expirado o correspondente direito de autor.
ROMANCE
 Memórias Póstumas de
Brás Cubas, 1881
• Casa Velha, 1885
• Quincas Borba, 1891
 Dom Casmurro, 1899
• Esaú e Jacó, 1904
• Memorial de Aires, 1908
OBRAS DE MACHADO
CONTOS SELECIONADOS
• A Carteira (conto do livro
Contos Fluminenses)
 O Alienista (conto do livro
Papéis Avulsos)
• A Sereníssima República
(conto do livro Papéis
Avulsos)
• O Segredo do Bonzo (conto
do livro Papéis Avulsos)
• Teoria do Medalhão (conto
do livro Papéis Avulsos)
 Miss Dollar (conto do livro
Contos Fluminenses)
• Uma Visita de Alcibíades (conto do
livro Papéis Avulsos)
• Trio em Lá Menor (conto do livro
Várias Histórias)
• O Caso da Vara (conto do livro
Páginas Recolhidas)
• Missa do Galo (conto do livro
Páginas Recolhidas)
• A Igreja do Diabo (conto do livro
Histórias sem Data)
• Capítulo dos Chapéus (Gazeta de
Notícias)
• Suje-se gordo! (Relíquias da Casa
Velha)
• O Espelho (conto) (conto do
livro Papéis Avulsos)
• Noite de Almirante (conto do
livro Histórias sem Data)
• O Homem Célebre (conto do
livro Várias Histórias)
• Conto da Escola (conto do livro
Várias Histórias)
• Uns Braços (conto do livro
Várias Histórias)
 A Cartomante (conto do
livro Várias Histórias)
• O Enfermeiro (conto do livro
Várias Histórias)
TEATRO
• Hoje avental, amanhã luva,
1860
• Queda que as mulheres têm
para os tolos, 1861
• Desencantos, 1861
• O caminho da porta, 1863
• O protocolo, 1863
• Quase ministro, 1864
• Os deuses de casaca, 1866
• Tu, só tu, puro amor, 1880
• Não consultes médico, 1896
 Lição de botânica, 1906
O texto leva o público a uma viagem ao Rio de Janeiro do começo do
século XX e conta a história do botânico sueco Barão Sigismundo de
Kernonberg. Ao tentar impedir que o sobrinho se case, o nobre
acaba se apaixonando. A narrativa é entremeada por assuntos de
ciência e pela célebre ironia de Machado de Assis.
TESE E DISSERTAÇÃO
LOUZADA, João Batista. Performatividade da Linguagem e Heterogeneidade
Enunciativa em Machado de Assis: Esaú e Jacó e Memorial de Aires. Tese de
Doutorado. Rio de Janeiro, 2010.
http://livros01.livrosgratis.com.br/cp135034.pdf Acessado em 12-10-2016 as 19:55
COSTA, Mariana Rocha Santos. O pacto fraterno e a aliança nacional: análise dos
romances Esaú e Jacó (Machado de Assis) e Dois irmãos (Milton Hatoum).
Dissertação de Mestrado. Salvador, 2010.
http://www.repositorio.ufba.br:8080/ri/bitstream/ri/10974/1/Mariana%20Rocha%20Sa
ntos%20Costa.pdf Acessado em 12-10-2016 as 19:55
Costa em sua dissertação vai fazer uma comparação entre as duas obras “tomando como
ponto de partida o enredo bíblico de Esaú e Jacó, irmãos gêmeos que se digladiam no
contexto familiar, pretende-se analisar de que forma os romances se apropriam desse
motivo para comentar os conflitos nacionais, em épocas distintas da história do brasil.”
Louzada busca em sua tese demonstrar que o postulado da performatividade, trata-se de uma
concepção global da linguagem enquanto função última de todo e qualquer ato de enunciação, no
sentido de este corresponder sempre a um instrumento de ação do homem sobre o mundo e sobre o
próprio homem. E como fonte da ilustração dos princípios da tese, constitui dos romances Esaú e
Jacó e Memorial de Aires.
Machado de Assis já foi retratado como personagem no cinema, interpretado por
Jaime Santos no filme "Vendaval Maravilhoso" (1949) e Ludy Montes Claros no
filme "Brasília 18%" (2006). Também teve sua efígie impressa nas notas de
NCz$ 1,00 (um cruzado novo; até 1989, com valor de mil cruzados) de 1987.
Importantes concursos são realizados em todo mundo levando seu nome, a
exemplo de Brasília que tem um significativo concurso com seu nome, realizado
pelo SESC/DF.
REPRESENTAÇÕES NA CULTURA
Moeda de 500 réis de 1939 comemorativa referentes ao 1º centenário de nascimento de
Machado de Assis
Retrato de Machado de Assis,
1905 Henrique Bernardelli ( Brasil, 1858 –
1936) Óleo sobre tela Academia Brasileira de
Letras, RJ
Machado de Assis, Monumento em uma
Universidade
Nota de Cz$ 1.000 (mil cruzados) com o retrato do
escritor Machado de Assis (1839-1908), tendo à
esquerda o emblema da Academia Brasileira de
Letras, da qual foi fundador.
Na Fazenda Florença, Rui Barbosa e
Machado de Assis: estátuas em
tamanho real
MANUSCRITO DO LIVRO ESAÚ E JACÓ
(FOTO: REPRODUÇÃO / ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS)
REFERÊNCIA
Assis, Machado de, 1839-1908 ESAÚ E JACÓ/ Machado de Assis – São Paulo: Globo,
1997 – (Obras Completas de Machado de Assis)
Fonte: http://www.academia.org.br/academicos/machado-de-assis/biografia acesso
em:12/10/2016 as 07:56hs
Farias, William Gaia História e Literatura: reflexões sobre a República em Esaú e Jacó.
Acesso em:12/10/16 as 09:30hhs
Costa, Mariana Rocha Santos ESAÚ E JACÓ: UM RETRATO MACHADIANO DO
BRASIL EM FINS DO SÉCULO XIX acesso em 12/10/16 as 09:57hrs
http://www.machadodeassis.org.br/ Acesso em:12/10/16 as 12:30hrs
Imagens da internet Acesso em:12/10/16 as 11:30hrs

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Literatura brasileira

  • 1. Machado de Assis Esaú e Jacó Todos os oráculos têm o falar dobrado, mas entendem-se. (Machado de Assis)
  • 2. SEMINÁRIO DE LITERATURA BRASILEIRA I ESAÚ E JACÓ – MACHADO DE ASSIS
  • 3. Joaquim Maria Machado de Assis é considerado um dos mais importantes escritores da literatura brasileira. Nasceu no Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. O romance Esaú e Jacó é a penúltima obra de Machado de Assis, que foi publicado em 1904, livro de Machado de Assis retrata a divisão do país à época da Proclamação da República e foi escrito em uma época que o país deixa de ser uma monarquia para ser uma república e a abolição da escravatura pouco antes. CONTEXTO HISTÓRICO  Tempo: 1871. Há flashbacks que quebram a linearidade da história, porém, isso ela mesmo assim não deixa de ser linear.  Espaço: Rio de Janeiro, bairros elegantes, ruas importantes e palácios.  Narração: José da Costa Mendes Aires, 3ª pessoa.
  • 4. PERSONAGENSPEDRO Recebe como sinal distintivo uma medalha de ouro de São Pedro. Determina que seria médico. É mais dissimulado. O fato do pai receber o título de barão é para ele sinal de estima. Nasce no aniversário do dia em que D. Pedro II subiu ao trono. dia 23 de julho de 1840. Monárquico. Acredita na restauração da Monarqui a. Alusão de que poderia ser o primeiro ministro do Império. Passa a defender a República. Volta às posições de ataque ao governo em oposição ao irmão, representando “o espírito de inquietação”. PAULO Recebe como sinal distintivo uma medalha de São Paulo. Determina que seria advogado. É mais agressivo. Paulo recebe o fato com inveja. Nasceu no dia em que D. Pedro I caiu do trono. dia 23 de julho de 1840. Republicano. Afirma que a Monarquia estava podre, caindo sozinha. Alusão de que poderia ser vice presidente. Elege-se para a Câmara dos Deputados, opondo-se à República. Opõe-se a Pedro como antigamente, o que faz o Conselheiro Aires dizer: “Não mudaram nada; são os mesmos”. - “Isto dão de ser grupos de colégio; vocês não estão em idade de falar em política. Quando tiverem barbar. As barbas não queriam vir, por mais que eles chamassem o buço com os dedos, mas as opiniões políticas e outras vinham e cresciam.” (pag. 47)
  • 5. PERSONAGENS Flora Jovem misteriosa, firme e ingênua a um só tempo. Apaixona-se pelos gêmeos Pedro e Paulo. Indecisa, acaba ficando perturbada mentalmente e morrendo. Natividade Mãe de Pedro e de Paulo, Natividade é uma mulher forte e condescendente. Viveu para os filhos, os amigos e a família. Tentou, em vão, estabelecer a paz entre os gêmeos, sonhando toda a vida com a “grandiosidade” anunciada pela cabocla Conselheiro Aires Conselheiro do império, Aires é um homem viajado, diplomata experiente e tido em alta conta pelos amigos. Santos Pai de Pedro e Paulo, marido de Natividade. Homem de origem humilde, que fez fortuna com usura e tornou-se banqueiro. D. Cláudia Mãe de Flora e mulher de Batista. Batista Pai de Flora e marido de D. Cláudia. Perpétua Irmã de natividade. Ela que escolheu os nomes Pedro e Paulo.
  • 6. O título ESAÚ E JACÓ é uma alusão aos gêmeos bíblicos filhos de Isaac, que brigam no ventre da mãe antes do nascimento, e que, segundo consulta que a mãe fizera a Deus, seriam pai de duas grandes nações inimigas, representadas hoje pelos judeus e palestinos. O assunto principal do romance Esaú e Jacó é a história dos irmãos gêmeos Pedro e Paulo, que são totalmente opostos. As brigas já começam dentro do ventre de Natividade e estendem-se por toda a vida. RESUMO DA OBRA
  • 7. O livro Esaú e Jacó é uma obra que possui a grandeza de conseguir explorar a divergência politica da época, mostrando o sentimento do “povão” e da classe alta, mediante as revoluções politicas e históricas daquele momento. No livro, o autor trata também, de forma muito sutil, do conflito entre fé, ciência e religião. Para a época tudo indica que havia um ceticismo instaurado, a ciência em evolução, a preocupação com status social e bens materiais que de maneira sutil, também aparecem no livro. ANÁLISE DA OBRA
  • 8. ADVERTÊNCIA “Quando o conselheiro Aires faleceu, acharam sê-lhe na secretária sete cadernos manuscritos, rijamente encapados em papelão.” (p. 9)
  • 9. CAPÍTULO l COISAS FUTURAS “Era a primeira vez que as duas iam ao morro do Castelo. Começaram a subir pelo lado da rua do Carmo.” (p. 11)
  • 10. CAPÍTULO VIII NEM CASAL, NEM GENERAL “Nem casal, nem geral. No dia sete de abril de 1870 veio à luz um par de varões tão iguais, que antes pareciam a sombra um do outro, se não era simplesmente a impressão do olho, que via dobrado.” (p. 31)
  • 11. CAPÍTULO XII - ESSE AIRES “Apesar dos quarenta anos, ou quarenta e dois, e talvez por isso mesmo, era um belo tipo de homem. Diplomata da carreira (...) Não me canso em descrevê-lo. Imagina só que trazia o calo do ofício, o sorriso aprovador, a fala branca e cautelosa, o ar da ocasião, a expressão adequada, tudo tão bem distribuído que era um gosto ouvi-lo e vê-lo. Talvez a pele da cara rapada estivesse prestes a mostrar os primeiros sinais do tempo. Ainda assim o bigode, que era moço na cor e no apuro com que acabava em ponta fina e rija, daria um ar de frescura ao rosto, quando o meio século chegasse. O mesmo faria o cabelo, vagamente grisalho, apartado ao centro. No alto da cabeça havia um início de calva. Na botoeira uma flor eterna.” (p. 41)
  • 12. CAPÍTULO XVIII DE COMO VIERAM CRESCENDO “Ei-los que vêm crescendo. A semelhança sem os confundir já, continuava a ser grande. Os mesmo olhos claros e atentos, a mesma boca cheia de graça, as mãos finas, e uma cor viva nas faces que as fazia crer pintadas de sangue. Eram sadios; excetuada a crise dos dentes, não tiveram moléstia alguma, porque eu não conto uma ou outra indigestão de doces, que os pais lhes davam, ou eles tiravam escondidos. Eram ambos gulosos, Pedro mais que Paulo,e Paulo mais que ninguém. (...) Paulo era mais agressivo, Pedro mais dissimulado.” (p. 53)
  • 13. CAPÍTULO XXXI FLORA “Era retraída e modesta, avêsa a festas públicas, e dificilmente consentiu em aprender a dançar. Gostava de música, e mais do piano que do canto. Ao piano, entregue a si mesma, era capaz de não comer um dia inteiro. (...) Até aqui nada há que extraordinariamente distinga esta moça das outras, suas contemporâneas, desde que a modéstia vai com a graça, e em certa idade é tão natural o devaneio como a travessura.” (p. 81)
  • 14. CAPÍTULO XXXV EM VOLTA DA MOÇA “Já então os dois gêmeos cursavam, um a faculdade de Direito, em S. Paulo; outro a Escola de Medicina, no Rio. (...) Não era tanta a política que os fizesse esquecer Flora, nem tanto Flora que os fizesse esquecer a política.” (p. 90)
  • 15. CAPÍTULO CXX PENÚLTIMO “ - Um favor derradeiro, insistiu ela. - Vocês vão ser amigos. (...) Os moços choravam. Se não falavam, é porque a voz não lhes queria sair da garganta. Quando pôde, saiu trêmula, mas clara e forte: - Juro, mamãe! - Juro, mamãe! - Amigos para todo sempre? - Sim. - Sim. - Não quero outras saudades. Estas somente, a amizade verdadeira, e que se não quebre nunca mais. (...) - Posso morrer tranquila. - Não, mamãe não morre, interromperam ambos.” (p. 275)
  • 16. CONSIDERAÇÕES FINAIS • A obra mostra as relações entre a passagem da Monarquia e da República, briga entre os irmãos e a religião que cita a origem bíblica dos gêmeos briguentos, entre a divergência entre credos. Com formas simples que machado faz em sua penúltima obra, nos coloca num enredo bem atrativo em que a paródia mostra a divisão nas relações. • Pedro defenderá a monarquia e Paulo será um republicano. Após a proclamação Pedro se adapta aos ideais republicanos mas com moderação, enquanto que em Paulo fervilha um espírito revolucionário.
  • 17. CONSIDERAÇÕES FINAIS • Já quase ao final da história, os meninos cumpriram o destino grandioso, previsto pela cabocla do morro do Castelo. Os dois se elegem deputado, por partidos opostos. • E no fim com a morte de natividade (mãe), os talentosos jovens se distanciam e não vivem bem, e pouco depois passam a se odiar. “- O senhor que se dá com eles diga-me o que é que os fez mudar, concluiu o amigo. - Mudar? Não mudaram nada, são os mesmos. - Os mesmos? - Sim, são os mesmos. - Não é possível.” (pag. 233)
  • 18. Um pouco sobre Joaquim Maria Machado de Assis, que foi um romancista, contista, poeta e teatrólogo brasileiro, considerado um dos mais importantes nomes da literatura desse país e identificado, pelo crítico Harold Bloom, como o maior escritor afro- descendente de todos os tempos. Sua vasta obra inclui também crítica literária. É considerado um dos criadores da crônica no país, além de ser importante tradutor, vertendo para o português obras como Os Trabalhadores do Mar, de Victor Hugo e o poema O Corvo, de Edgar Allan Poe. Foi também um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e seu primeiro presidente, também chamada de Casa de Machado de Assis. VIDA DO AUTOR
  • 19. Crisálidas, 1864 Em 1864,Machado de Assis publica seu primeiro livro de poesias: Crisálidas e seu objeto era a expressão do amor às mulheres. POESIA • Falenas, 1870 • Americanas, 1875 • Ocidentais, 1880 • Poesias completas, 1901 COLETÂNEA DE CONTOS • Papéis Avulsos, 1882 • Histórias sem Data, 1884 • Páginas Recolhidas, 1899 • Relíquias da Casa Velha, 1906 Várias Histórias é uma coletânea do escritor realista brasileiro Machado de Assis, publicada em 1896 que reúne dezesseis contos seus publicados na Gazeta de Notícias entre 1884 e 1891. Várias Histórias, 1896
  • 20. Capas de livros Segunda fase de Machado de Assis OBRAS DE MACHADO Capas de livros primeira fase de Machado de Assis
  • 21. Toda a obra de Machado de Assis é de domínio público, por ter expirado o correspondente direito de autor. ROMANCE  Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881 • Casa Velha, 1885 • Quincas Borba, 1891  Dom Casmurro, 1899 • Esaú e Jacó, 1904 • Memorial de Aires, 1908 OBRAS DE MACHADO
  • 22. CONTOS SELECIONADOS • A Carteira (conto do livro Contos Fluminenses)  O Alienista (conto do livro Papéis Avulsos) • A Sereníssima República (conto do livro Papéis Avulsos) • O Segredo do Bonzo (conto do livro Papéis Avulsos) • Teoria do Medalhão (conto do livro Papéis Avulsos)  Miss Dollar (conto do livro Contos Fluminenses) • Uma Visita de Alcibíades (conto do livro Papéis Avulsos) • Trio em Lá Menor (conto do livro Várias Histórias) • O Caso da Vara (conto do livro Páginas Recolhidas) • Missa do Galo (conto do livro Páginas Recolhidas) • A Igreja do Diabo (conto do livro Histórias sem Data) • Capítulo dos Chapéus (Gazeta de Notícias) • Suje-se gordo! (Relíquias da Casa Velha) • O Espelho (conto) (conto do livro Papéis Avulsos) • Noite de Almirante (conto do livro Histórias sem Data) • O Homem Célebre (conto do livro Várias Histórias) • Conto da Escola (conto do livro Várias Histórias) • Uns Braços (conto do livro Várias Histórias)  A Cartomante (conto do livro Várias Histórias) • O Enfermeiro (conto do livro Várias Histórias)
  • 23. TEATRO • Hoje avental, amanhã luva, 1860 • Queda que as mulheres têm para os tolos, 1861 • Desencantos, 1861 • O caminho da porta, 1863 • O protocolo, 1863 • Quase ministro, 1864 • Os deuses de casaca, 1866 • Tu, só tu, puro amor, 1880 • Não consultes médico, 1896  Lição de botânica, 1906 O texto leva o público a uma viagem ao Rio de Janeiro do começo do século XX e conta a história do botânico sueco Barão Sigismundo de Kernonberg. Ao tentar impedir que o sobrinho se case, o nobre acaba se apaixonando. A narrativa é entremeada por assuntos de ciência e pela célebre ironia de Machado de Assis.
  • 24. TESE E DISSERTAÇÃO LOUZADA, João Batista. Performatividade da Linguagem e Heterogeneidade Enunciativa em Machado de Assis: Esaú e Jacó e Memorial de Aires. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro, 2010. http://livros01.livrosgratis.com.br/cp135034.pdf Acessado em 12-10-2016 as 19:55 COSTA, Mariana Rocha Santos. O pacto fraterno e a aliança nacional: análise dos romances Esaú e Jacó (Machado de Assis) e Dois irmãos (Milton Hatoum). Dissertação de Mestrado. Salvador, 2010. http://www.repositorio.ufba.br:8080/ri/bitstream/ri/10974/1/Mariana%20Rocha%20Sa ntos%20Costa.pdf Acessado em 12-10-2016 as 19:55 Costa em sua dissertação vai fazer uma comparação entre as duas obras “tomando como ponto de partida o enredo bíblico de Esaú e Jacó, irmãos gêmeos que se digladiam no contexto familiar, pretende-se analisar de que forma os romances se apropriam desse motivo para comentar os conflitos nacionais, em épocas distintas da história do brasil.” Louzada busca em sua tese demonstrar que o postulado da performatividade, trata-se de uma concepção global da linguagem enquanto função última de todo e qualquer ato de enunciação, no sentido de este corresponder sempre a um instrumento de ação do homem sobre o mundo e sobre o próprio homem. E como fonte da ilustração dos princípios da tese, constitui dos romances Esaú e Jacó e Memorial de Aires.
  • 25. Machado de Assis já foi retratado como personagem no cinema, interpretado por Jaime Santos no filme "Vendaval Maravilhoso" (1949) e Ludy Montes Claros no filme "Brasília 18%" (2006). Também teve sua efígie impressa nas notas de NCz$ 1,00 (um cruzado novo; até 1989, com valor de mil cruzados) de 1987. Importantes concursos são realizados em todo mundo levando seu nome, a exemplo de Brasília que tem um significativo concurso com seu nome, realizado pelo SESC/DF. REPRESENTAÇÕES NA CULTURA Moeda de 500 réis de 1939 comemorativa referentes ao 1º centenário de nascimento de Machado de Assis
  • 26. Retrato de Machado de Assis, 1905 Henrique Bernardelli ( Brasil, 1858 – 1936) Óleo sobre tela Academia Brasileira de Letras, RJ Machado de Assis, Monumento em uma Universidade
  • 27. Nota de Cz$ 1.000 (mil cruzados) com o retrato do escritor Machado de Assis (1839-1908), tendo à esquerda o emblema da Academia Brasileira de Letras, da qual foi fundador. Na Fazenda Florença, Rui Barbosa e Machado de Assis: estátuas em tamanho real
  • 28. MANUSCRITO DO LIVRO ESAÚ E JACÓ (FOTO: REPRODUÇÃO / ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS)
  • 29. REFERÊNCIA Assis, Machado de, 1839-1908 ESAÚ E JACÓ/ Machado de Assis – São Paulo: Globo, 1997 – (Obras Completas de Machado de Assis) Fonte: http://www.academia.org.br/academicos/machado-de-assis/biografia acesso em:12/10/2016 as 07:56hs Farias, William Gaia História e Literatura: reflexões sobre a República em Esaú e Jacó. Acesso em:12/10/16 as 09:30hhs Costa, Mariana Rocha Santos ESAÚ E JACÓ: UM RETRATO MACHADIANO DO BRASIL EM FINS DO SÉCULO XIX acesso em 12/10/16 as 09:57hrs http://www.machadodeassis.org.br/ Acesso em:12/10/16 as 12:30hrs Imagens da internet Acesso em:12/10/16 as 11:30hrs