3. * Carlos Drummond de Andrade, é um
dos maiores escritores do Brasil. Sua
poesia eternizada em suas obras
literárias chama a atenção das pessoas
até hoje, devido ao seu modo de
escrever, apresentando liberdade
linguística e temáticas cotidianas em
suas obras, ele ficou conhecido como
primeiro grande poeta a se afirmar
depois das estreias modernistas.
4. Biografia
Carlos Drummond de Andrade nasceu em
Itabira de Mato Dentro, interior de Minas
Gerais. Filho de Carlos de Paula Andrade e
Julieta Augusta Drummond de
Andrade, proprietários rurais decadentes.
Estudou no colégio interno em Belo
Horizonte, em 1916.
Doente, regressa para Itabira, onde passa
a ter aulas particulares. Em 1918, vai
estudar em Nova Friburgo, Rio de
Janeiro, também no colégio interno, no
qual foi expulso por não acatar e se rebelar
contra as regras do colégio.
5. Então o jovem retorna a Belo
Horizonte, onde começa sua carreira de
escritor, colaborando com o jornal
Diário de Minas, o qual reunia os adeptos
locais do movimento modernista mineiro
que ainda estava em sua fase inicial.
Em 1992 mostrando seu grande
talento, o jovem escritor participa do
concurso Novela Mineira, e ganha 50 mil
réis de prêmio pelo conto “Joaquim do
Telhado”, assim ele também passa a
publicar trabalhos nas revistas Todos e
Ilustração Brasileira.
6. * Porém sua família insistia para que
Carlos obtivesse algum diploma, então
ele foi até a cidade de Ouro Preto, onde
estudou farmácia na Escola de
Odontologia e Farmácia.
Em 1925 conclui o curso. Nesse mesmo
ano casa-se com Dolores Dutra de
Morais.
Com Dolores ele teve seu primeiro filho
Carlos Flávio nascido em 1927, que
devido à complicações vive apenas meia
hora e Maria Julieta nascida em 1928, a
qual se tornou sua grande companheira
7. Em 1926, Carlos retorna à sua cidade
natal, onde passa a lecionar Geografia e
Português no Ginásio Sul-Americano. mas a
vida no interior não lhe agrada,então Volta
para Belo Horizonte, e emprega-se como
redator no Diário de Minas. Em 1928
publica "No Meio do Caminho", na Revista
de Antropofagia de São Paulo, provocando
um escândalo, com a crítica da imprensa.
Diziam que aquilo não era poesia e sim uma
provocação, pela repetição do poema. Como
também pelo uso de "tinha uma pedra" em
lugar de "havia uma pedra".
8. O escritor publica seu primeiro
livro, Alguma poesia em 1930 com edição
de 500 exemplares paga pelo autor.
Em 1934, mesmo ano que publicou seu
segundo livro Brejo das almas, Carlos
ingressou no serviço público, sendo
transferido para o Rio de Janeiro, onde
se tornou chefe de gabinete do ministro
da Educação, Gustavo Capanema, onde
ficou até 1945.
9. Como era um excelente funcionário, se
mostrando eficiente em todas as suas
funções, Carlos passou a trabalhar no
Serviço do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional, onde ficou até se
aposentar em 1962. Nesse meio tempo
ele colaborou como cronista no jornal
Correio da Manhã e mais tarde em
1969, no Jornal do Brasil.
10. Em 1967, para comemorar os 40 anos do
poema "No Meio do Caminho" Drummond
reuniu extenso material publicado sobre
ele, no volume "Uma Pedra no Meio do
Caminho - Biografia de Um Poema". Em
1987 escreve seu último poema "Elegia de
Um Tucano Morto".
Carlos Drummond de Andrade morreu no
Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto de
1987, doze dias depois do falecimento de
sua filha, a escritora Maria Julieta
Drummond de Andrade.
11. A poesia de Carlos Drummond de
Andrade era facilmente entendida e
captada pelo grande público, o que o
tornou poeta popular, o que não quer
dizer que seus poemas fossem
superficiais.
12. Obras de Carlos Drummond de
Andrade
No Meio do Caminho, poesia, 1928
Alguma Poesia, poesia, 1930
Poema da Sete Faces, poesia, 1930
Cidadezinha Qualquer e
Quadrilha, poesia, 1930
Brejo das Almas, poesia, 1934
Sentimento do Mundo, poesia, 1940
Poesias e José, poesia, 1942
Confissões de Minas, ensaios e
crônicas, 1942
O Corpo, poesia, 1984
Amar se Aprende Amando, poesia, 1985
Elegia a Um Tucano Morto, poesia, 1987
13. Curiosidades
Em 2002, foram muitas as comemorações
pelo centenário de nascimento do escritor
Carlos Drummond de Andrade, no Brasil e
no exterior. A Cidade do Rio de Janeiro
optou por homenagear Drummond com uma
estátua. No dia 30 outubro de
2002, véspera do aniversário de 100 anos
de Drummond, a estátua foi inaugurada às
16h, sem discurso nem
cerimonial, informalidade devida ao grande
número de jornalistas e admiradores que se
aglomeravam no local.
14.
15. Partiu de Minas Gerais a iniciativa de
divulgar e comemorar o centenário de
nascimento de Carlos Drummond de
Andrade, em 2002, com diversas ações no
Brasil. Foram realizadas exposições
itinerantes pelas escolas de várias cidades
de Minas, Brasília e Rio de Janeiro, tendo
como ápice as apresentações de textos do
autor e peças teatrais em sua cidade
natal, Itabira (MG). O Ministério da
Educação promoveu uma teleconferência
através de sua TV Executiva, em
homenagem ao poeta. Foi lançada uma
moeda comemorativa, criada e modelada
por Luciano Dias de Araújo e Katia
Dias, com tiragem inicial de 7.000 unidades
em prata, projeto do Banco Central do
16.
17. Para Sempre
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apagas
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
18. Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.