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Cadeira: Sociedades e Culturas Modernas
Discente: Diogo Alexandre Martins Silvério
Docente: Prof. Andreia Fidalgo
Número: 42514
Curso: Património Cultural
Ficha de leitura do livro: A tradição intelectual do Ocidente
Este livro fala-nos de uma história intelectual no sentido mais amplo, onde envolve
vários filósofos e cientistas e políticos que mudaram a maneira de ver o mundo e o
homem, a importância que na altura da época clássica e clássica tardia e que com a
chegada da época medieval essa importância foi por assim dizer adormecida, daí que
estes grandes homens fizeram realçar de novo esse saber. Um homem, pode defender
ideias que como as de Newton, ou as que mudam entre a juventude e a idade madura,
como as de Hobbes, ou então inconscientes como as de Rousseau. Numa comunidade, o
conflito de ideias novas e o carácter da comunidade derivada da luta e do equilíbrio.
A Era das Luzes, é um complexo de pessoas e de grupos com ideias antagónicas que
têm uma direcção comum e é esse o motivo porque a vemos e apresentamos sob um
novo nome, como a Época da dissensão fundamentada.
É de realçar os executores deste grande livro, que foram executados por um matemático
com interesses na filosofia da ciência e na literatura e por um historiador das ideias com
qualificações em filosofia e em literatura. Estes dois autores fizeram um estudo com
base nas invenções sobre as quais assenta a respectiva civilização, onde se debateu o
método indutivo na ciência, as questões filosóficas que levanta, parte natural do modo
de trabalho da civilização moderna. A invenção das ideias políticas e sociais no mesmo
espírito. De realçar também o método político de Maquiavel que é uma invenção da
mesma espécie de invenções mecânicas de Leonardo e ambas encontram-se no
Renascentismo.
A intenção de Galileu de colocar a sua crítica da astronomia tradicional em forma de
diálogo popular. Método este, o tecer de perguntas e respostas do diálogo, tornando-se
método da dúvida que Descartes e é o fio que corre de Pascal até ao Cândido de
Voltaire. Este livro vai abranger então desde o Renascentismo até ao século XIX.
Capítulo I
Leonardo e o seu tempo
O Renascentismo pôs-se realmente em movimento graças à rapidez de publicação
provocada pela imprensa, introduzida por volta de 1451 e tornada comum cinquenta
anos mais tarde. O período que envolve os anos 1450-1500, envolve uma altura de
transição entre os começos clássicos do Renascentismo e o seu alastramento popular
através da imprensa. O Renascentismo aristocrático, como a sua leitura dos manuscritos
gregos e romanos e o seu gosto por um curioso idealismo platónico e uma outra espécie
de Renascentismo que é popular, empírico, menos tradicional, e hierárquico e mais
cientifico e voltado para o futuro.
É de realçar a importância de Leonardo no Renascentismo, que viveu de 1452 a 1519 e
é de falar de uma história presente que é característica desta época, que gosta do
inesperado que quer descobrir o prodígio da infância e a criança prodigiosa. O génio
deve interromper no mundo ordinário, inato e sem ter sido ensinado e deve convencer
instantaneamente todos os que contemplam. Esta história que fala de pintura, mais
precisamente a obra Baptismo de Verrocchio, com as figuras bastante rígidas e há uma
diferente das outras, um anjo encaracolado que nasceu e já não era um anjo mas sim
uma criança, isto derivado do toque de Leonardo da Vinci. A vida e a obra de
Leonardo são caracterizadas por uma espécie de impaciência e auto – afirmação,
que tipifica a época de que é uma figura dominante, que era auto-suficiente e
independente. O Renascentismo Clássico é composto
por belas bibliotecas, textos manuscritos do Gregos e dos Romanos, a Academia
Platónica anteriormente fundada por Cosimo de Medicis. A primeira forma do
Renascentismo estava agora a transformar-se noutra e Leonardo personaliza a
transição. A transição de um Renascentismo clássico para um popular, de uma
adoração, do humanismo antigo para uma fé veemente no presente humano. Os
autodidactas do novo Renascentismo, queriam abarcar o homem e a natureza
através dos sentidos fisicamente.
A natureza de Leonardo, tinha duas paixões, a da exactidão que o virou para as
matemáticas e a do real que levou à experimentação, com duas linhas, a lógia e a
experimentação, com os dois vectores do método científico. O Leonardo era livre
para seguir o seu interesse pela ciência, onde o leque das suas investigações era
prodigioso. É de designar que foram pedidas a realização de máscaras complicadas
de artistas a Leonardo da Vinci, com as quais o Renascentismo engalanava um
acontecimento público. Em Milão, encontrava-se também a presença de uma das
grandes obras deste grande autor, que é a Ultima Ceia, que começou a deteriorar-se na
sua húmida parede de convento antes da morte de Leonardo. A pintura, foi tantas
vezes repintada, que não é concebível que um único traço de tinta de Leonardo
ainda permaneça, em que esta obra representa a presença de Judas que sentava do
mesmo lado da mesa de Cristo, onde se verifica uma relação entre o traído e aquele
que traiu. Outra das obras que marcaram este importante artista foi o quadro de Mona
Lisa, que ainda brilha, através de um mar verde de verniz e o facto é que todas as
mulheres sorridentes, que aparecem nas pinturas de Leonardo pretendiam fixar o
aspecto peculiar de ternura e humildade que a memória da sua mãe. Este artista
tem também nos últimos livros de notas que se encontram cheios de desenhos
rodopiantes de tempestades e enchentes, de nuvens e trombas de água, numa visão de
catástrofe apocalíptica. Este artista deu á
luz as aspirações de uma época e que foi conhecido como o homem do Renascentismo,
designa-se como um menino-prodígio com a personificação da crença no génio nato do
homem, é um pintor que ainda adolescente entra na oficina de um artista célebre e que
se faz notar como o génio que surge completo no mundo. Para além disso encarnou e
tornou real o sentimento renascentista de que todo o individuo traz consigo
potencialidades infinitas e requer, não uma educação elaborada mas simplesmente
ambiente mais indicado como uma flor, que pode desabrochar, com o sentimento de que
o caminho de toda a perfeição humana reside no individuo era um elemento principal na
fé renascentista e era um homem também que se caracteriza por ser um homem do
povo. Leonardo era o descobridor, em que o homem que descobriu nos
pormenores da natureza o significado do que tinha ficado escondido durante
séculos. Abordou o mundo através dos seus desenhos e mostrou os traços da
natureza por sob a superfície dos seus pigmentos. É um artista que trouxe um
espírito exacto a uma época ainda dominada por categorias tradicionais, desta
época como Aristóteles e S. Tomás de Aquino. O seu método de pintar tem uma
influência em Rafael e Durer aprenderam com ele e Leonardo era amigo de
Maquiavel e de Paccioli e contemporâneo de Matinho Lutero e de Cristóvão
Colombo.
Capítulo II
As cidades-estado de Itália
O Renascentismo é o nascer da História moderna e a Península Itálica o lugar da
sua naturalidade. No Norte da França era informa pelos hábitos feudais, pela lei da
Igreja, pela estratificação, social tradicional. Os velhos costumes e estratos da sociedade
tinham desaparecido e o processo de formação de novos caminhos em que cada parte da
sociedade acotovelava todas as outras na busca do poder. As concentrações do poder
na Itália renascentista constituíam as cidades-estado., que eram elas Milão,
Veneza, Florença, Roma e Nápoles. Nestas cidades deixou se de ser dominado pela
autoridade da Igreja, com o próprio papado em que transformou-se num poder
secular. As cidades-estado tentavam superar em argúcia em que nasceu assim a
diplomacia, que permitia assim designar que havia assim evoluído a moderna
nação de uma comunidade de Estados. Leonardo e outros artistas podem ter sido
chefes do Renascentismo popular, mas a nobreza era aquela pequena aristocracia
para quem eles trabalhavam, em que era constantemente invadida pelos mais bem-
sucedidos mercadores e banqueiros. Classe esta ascendente de negociantes estava
logo abaixo da aristocracia e formava a sua reserva e a dos conselhos de governo,
abaixo desta ficavam assim as classes mais numerosas dos artesãos dos artesãos e dos
operários. É de realçar também a importância do comércio para estas cidades e
gerava os banqueiros comerciantes que arriscaram e fizeram a fortuna com os
carregamentos dos navios daí que tornou-se respeitável esta profissão, tal como o
soldado profissional. O
Renascentismo foi também o começo do capitalismo moderno, com um sistema no
qual o individuo procura a sua finalidade, atingindo lucros financeiros por meios
económicos, ou seja o imperialismo económico que marcou esta nova idade.
O facto é que a guerra geria muito dinheiro e também custava muito tanto que o
muito do trabalho científico e matemático, na balística era inspirado pelas
necessidades e as grandes cidades-estado já faladas que se encontravam imbricadas com
a respectiva guerra na sua estrutura. Tanto que Miguel Ângelo chegava a desviar o seu
génio para as fortificações em vez das catedrais. O facto é que tanto Leonardo como
Maquiavel foram testemunhas da forma moderna dos problemas políticos,
económicos e éticos.
Capítulo III
Maquiavel
A escolha da perspectiva de Maquiavel, que conduziu ao empirismo e também
tinha um lado pragmático e um método racional e á priori, para além disso
concordou também com a natureza humana e constitui um tipo de ciência que se
pretendia fundar obrigando a ignorar o efeito da cultura sobre os homens e a
encará-los como fora da história. Maquiavel tal como Rousseau, tentou construir
um sistema de política sobre o postulado da bondade do homem, mas em vez disso
tornou como pressuposição teórica a maldade humana. Para além disso Maquiavel
captou o núcleo do modero método científico, e defendia o laicismo e era
anticlerical. Este homem defendia o individualismo, que era uma característica
dominante no século XVI, aceitava também a ideia de necessidade vital que se
estabeleceu no pressuposto mais vasto de que o fim mais relevante do Estado é
persistir e ser poderoso. Maquiavel era um homem político prático, humanista
astuto, e cientista.
Capítulo IV
Thomas More
A tradição de More, na literatura inglesa e caracteriza-se em dois traços, numa íntima
relação como sofrimento do povo comum e o sentimento de que o Estado existe para os
seus membros e para além disso designava que este mesmo Estado era como que de
uma obra de arte se trata-se. Este homem designa-se por ser um advogado sucesso, com
uma forte propensão ascética, e era de tal maneira religioso que designava que a sua
verdadeira missão era espiritual que pensou em entrar para um mosteiro, tendo assim
uma nostalgia monástica. Mas o facto de Thomas More, ter esta adoração pela religião
cristã, o facto é que este não fixava todos os seus pontos de vista exclusivamente
medievais. Foi um escritor humanista erudito, em que na juventude escrevera poesia e
tentou uma réplica ao Tiranicídio de Luciano e escreveu também uma vida de John
Picus, Conde de Mirandola, o grande prodígio do saber em Itália e uma História de
Ricardo III.
Capítulo V
Erasmo e os Humanistas
Desiderus Erasmo é um símbolo do humanismo, tendo sido um movimento começado
no Renascentismo que culminou assim no Erasmo, que nasceu em 1466, na Holanda
com o espírito da era cosmopolita, designa-se por um movimento liberal, que tem um
interesse por escritores clássicos da Grécia e da Roma. Expresso por exemplo na
poesia de Petrarca, onde envolvia poemas de acasalamento característico de ideias no
humanismo, que era um movimento pagão. Os humanistas designavam-se como
críticos dos clérigos e dos filósofos escolásticos, em que o seu objectivo era emendar
os erros que a Igreja Medieval introduzira. É de realçar a magnificência dos
monumentos arquitecturais do Renascentismo que são as igrejas, e que derivado das
suas ideologias em que designou que o homem era fraco, que resultou numa revolta da
parte do humanismo que tinha que atacar assim as virtudes monásticas, apresentando-as
com doutrinas falsas impostas á verdadeira estrutura do Cristianismo. Surgindo assim a
obra emblemática do Erasmo que foi O Elogio da Loucura , na qual troçava da vida
monástica e das indulgências e abusos da igreja. O cristianismo era verdadeiramente
uma expressão do espírito e do espírito clássico, para além disso é de referir que o
S.Jerónimo traduzira a Bíblia de grego para latim e esta tradução era a Vulgata aceite.
Martinho Lutero afixou as suas Noventa e Cinco Teses sobre as indulgências à porta da
igreja de Wittenberg, na Véspera de Todos os Santos, que levou ao descontentamento
desta acção. Lutero estudara as obras de Erasmo e guiara-se por elas, pelos Ditados,
pelo Elogio da Loucura e pela edição de Erasmo do Novo Testamento em grego. Este
mesmo homem era um nacionalista germânico, onde continha um fanatismo, uma
tolerância, a sua fé na dependência do homem perante o bel-prazer divino, derivado
Lutero acreditar no Calvinismo em que deixava lugar para a fé humanista na bondade
do homem.
Capítulo VI
A Reforma
As consequências da Reforma, religiosamente dividiram a Europa e conferiu à mente
europeia um novo espírito, de novas ideias políticas, sociais e económicas. A Reforma
tem como características o aspecto puramente religioso, o protesto contra a riqueza e a
opulência e a solução política. A Reforma foi dominada pela figura de Martinho Lutero,
e é de referir que esta alma encontrava-se num constante tormento e em que este mesmo
dizia, duvidar-se de si mesmo e valorizava também a consciência e a liberdade. Ainda
ao encontro do que se tinha passado entre os humanistas e a igreja Lutero, como
humanista ao atacar as indulgências atacava também a estrutura eclesiástica que a
suportava, crer que apenas a fé sem necessitar de boas acções, mas a verdade é que este
acabou por entrar num convento, onde se salvara a si mesmo das dúvidas e angústias
acerca da sua salvação por pôr em Deus toda a sua fé. Lutero queria então reformar a
igreja por dentro, e é de realçar que o apoio que teve veio dos humanistas e os
nacionalistas e o facto é que este homem começou com um ideal cristão e universal e
terminou como um nacionalista germânico. Lutero passou de reformador da Igreja
Universal a fundador da Igreja Germânica, o seu Discurso à Nobreza Cristã da Nação
Alemã em que este mesmo homem conduziu a luta contra Roma. Lutero começara a
Reforma rejeitando a hierarquia papal e privilegiando a Palavra de Deus, que se
encontrava nas Escrituras e acreditava que a fé de um cristão não tinha nada a ver com a
política, o dever de um cristão era simplesmente obedecer a uma autoridade constituída.
Lutero tentou erguer também um dique da autoridade política absoluta para suster as
forças políticas, económicas e religiosas que tinha deixado perder originando o
protestantismo, ou seja com o direito a protesto.
Calvinismo, nascido em 1509, algo diferente de Lutero, fora preparado para as leis, mas
tornara-se monge e estava então destinado à Igreja e trocou a teologia pela lei e para
além disso liga-se mais ao Renascentismo clássico do que á Reforma Luterana. Calvino,
renunciava então ao catolicismo e estabeleceu o seu primeiro esboço da sua Instituição
Religião Cristã em 1536. Calvino é o homem e é um ser sem esperança perante um
Deus omnipotente. É de realçar também a importância da chegada a Genebra, em que
como um Leitor das Sagradas Escrituras, a população de Genebra sentia orgulho como
ministro o autor da Instituição e o chefe da Igreja Reformadora. Calvino aceitou a Nova
Economia, em que detinha um sistema económico capitalista para a sociedade. Em
Genebra o Calvino, rejeitou quer o individualismo religioso, quer o político.
Henrique de Navarra ajudou a acabar com as longas guerras de religião. A Reforma,
como um movimento religioso teve consequências importantes em que foram o facto de
terem conseguido fortalecer o Estado territorial, encorajou a ascensão das classes
médias e foi também um movimento originado no desejo de purificar a Igreja unificada
e restaura-la, tal como Lutero pretendia fazer.
Capítulo VII
A Revolução Científica
O Renascentismo foi a evolução do método científico de investigação. A Revolução
Científica brilha sobre tudo desde o aparecimento do Cristianismo que teve um elevado
impacto em relação ao Renascimento e á Reforma. O desenvolvimento do pensamento
científico foi entre 1500 e 1700 que foi decisivo para a criação da civilização moderna.
A Revolução Científica entre 1500 e 1700 foi em primeiro lugar, uma revolução
intelectual e mais tarde esse pensamento foi transferido para um novo uso prático na
Revolução Industrial, por volta de 1800.
Aristóteles aceitara, quatro elementos muito importantes, que era o fogo, o ar, a água e a
terra. Estes mesmos elementos seguiam leis mas seria errado pensar o seu respectivo
padrão de movimento como se ele tivesse, tanto como exprimiam e seguiam as suas
próprias naturezas ideais. Os elementos da água e da terra moviam-se para abaixo
quando podiam, esforçavam-se por terra moviam-se para baixo quando podiam e
esforçavam-se para alcançar os seus centros naturais. Os elementos do ar e do fogo
moviam-se para cima no sentido de atingir os seus centros naturais.
A representação medieval do movimento dos corpos celestes era tirada dos Gregos, de
Ptolomeu, astrónomo que pertencia à escola de cientistas gregos de Alexandria no
século II. Ptolomeu descreveu as órbitras dos planetas, com as suas curvas estranhas,
pela rotação de um círculo sobre um ou mais círculos. Para alguns seguidores medievais
de Aristóteles, o círculo tinha um sentido místico, de órbita perfeita e era natural
construir outras órbitas a partir dos círculos. O facto é que este sistema de Ptolomeu não
podia ser derrubado só com uma crítica, tanto que o sistema foi reformulado por
Nicolau Copérnico com uma precisão admirável por este astrónomo polaco. Segundo
este homem, a Terra gira à roda do Sol uma vez por ano e ao mesmo tempo, a Terra gira
à volta do seu próprio eixo uma vez por dia. O sistema de Copérnico ofendia o
sentimento de que o Universo era uma questão entre Deus e o homem e em que a Bíblia
o representava no sexto dia da Criação. O medo de ofender a tradição religiosa fez com
que Copérnico adiasse a sua publicação das Revoluções dos Corpos Celestes, para mais
tarde mais precisamente na altura da sua morte em 1543, tal como aconteceu com
Charles Darwin em que adiou a sua leitura de A Origem das Espécies por muitos anos
derivado do mesmo motivo do medo de ofender essa respectiva religião. Copérnico
dirigiu-se aos matemáticos, em que estes apreciaram a ordem e a simplicidade da sua
perspectiva, em que traduzia o número de círculos que giravam nos epiciclos de
Ptolomeu, tal como a simplicidade de como o sistema dava às órbitas celestes e é de
realçar que Copérnico tinha tido uma educação humanista.
Kepler descobriu três leis para descrever os movimentos dos planetas, publicando-as em
1609 e 1919, onde a primeira é a mais revolucionária, pois rompe com a tradição do
movimento circular que fora tomada como certa desde o tempo dos Gregos, este mesmo
autor descobriu que todos os planetas se movem segundo uma elipse e que o sol é um
dos focos dessa elipse. A segunda lei descreve a velocidade variada a que um planeta
descre as sua elipse. A terceira lei está relacionada no movimento de um planeta com o
do outro.
A obra de Galileu começa com uma descoberta, de como medir intervalos pequenos de
tempo. O primeiro orientador da ciência prática e o pioneiro do método empírico, em
que Copérnico e Kepler eram espíritos teóricos, onde Kepler para o interesse palaciano
apelava pela astronomia que guiava então os homens cultos. Galileu era capaz de medir
a queda de objectos em distâncias muito pequenas e em que usava o telescópio para
observar o céu com olhos novos e penetrantes, em que este mesmo instrumento foi
saudado na Roma. Em 1625, Galileu começou a escrever um Diálogo sobre os Dois
Principais Sistemas do Mundo, no qual os seus méritos tratados à maneira de um
tribunal renascentista. Não advogava abertamente o sistema de Copérnico, mas punha
os argumentos em favor do sistema de Ptolomeu na boca de um homem que era uma
forma subtilmente ofensiva de se colocar do lado de Copérnico. A humilhação de
Galileu é um ponto culminante na Revolução Científica, em que a revolução acabou em
Itália e o desprezo de Lutero pelo sistema de Copérnico, matou a revolução na
Alemanha. Com o sistema que Copérnico publicou que foi também o seu último,
permitiu que a palavra revolução começasse a ser usada no sentido social, político e e
astronómico.
Capítulo VIII
Época Isabelina
Leonardo, Maquiavel e Galileu, designaram os Estados do Norte de Itália, no centro do
universo intelectual. A sua supremacia, porém começou a decair para o fim do século
XVI. As razões deste deslocamento têm mais resposta, na importância do deslocamento
do Mediterrâneo para o Atlântico, em direcção ao continente americano.
Marlowe, com a sua poesia tumultuosa e bombástica, captou o espírito da época na sua
forma exagerada, com este mesmo homem seleccionou alguns aspectos de figuras
complexas e retracta-las, como Raleigh, Drake e Hariot, na ânsia de glória, de saber e de
riqueza, com absoluta simplicidade.
Na época isabelina, verificava-se um desabrochar da actividade industrial, merecendo
assim o nome de primeira revolução industrial, que se designou num movimento de
implementação da actividade industrial evidencia uma mistura da atitude isabelina e
puritana, que era um movimento de transição, quer do pensamento quer da acção.
A peça Shakespeare acreditava num mundo no qual tudo tinha o seu lugar certo e cada
um com a sua posição exacta na sociedade. O puritanismo, encontrava-se ligado ao
comércio e à indústria isabelinos em expansão, que rejeitava e criticava o fomento da
produção e o monopólio de artigos de luxo sob Isabel e os Stuart, em que um desses
luxos era o teatro e o outro era a cultura da corte.
Capítulo IX
A Revolução Puritana
Nesta revolução é de destacar um dos principais motivos, foi o facto de ter falado como
homem de Estado e o facto de ter dado oportunidade aos chefes de oposição puritana à
sua política para se identificarem com a defesa da constituição e dos direitos dos
súbditos. Outro rei, com uma personalidade ou uma concepção diferentes da sua. Esta
revolução designa-se como a primeira entre as revoluções modernas que foi a menos
consciente, por qualquer corpo sistemático de ideias, políticas, religiosas ou sociais.
Tanto que os puritanos se viram sem ter para onde se virar para saber que governo
instaurar na ausência do rei. Não tinham pretendido uma revolução e tinham sempre
admitido a existência do rei e do Parlamento, por causa desta característica da
Revolução Puritana. O seu domínio religioso tinha uma organização centralizada, eficaz
e poderosa, ou seja a Igreja Anglicana, em que era a pretensão de direitos que provocou
também esta revolução e o facto é que esta igreja era produto da Reforma. Esta mesma
Revolução fez uma Petição de Direitos de 1628 e com as Três Resoluções de 1629. A
aversão geral desta Revolução nos 150 anos seguintes escandalizou mesmo aqueles que
a realizaram, a sua importância excede os limites dos anos 1640-1669, o seu impacto
profundo na história subsequente da América e da Inglaterra quase não precisa de ser
sublinhado, em que o seu efeito no continente europeu, ao contrário dos jacobinos na
Revolução Francesa, os puritanos não universalizaram a sua mensagem. A Revolução
Puritana foi um dos movimentos mais influentes e arrojados da história moderna e porá
além disso contem também o primeiro Exército popular e democrático, ou seja combas
nas origens do New Model Army. Este Revolução Puritana, foi domínio da religião mas
também arrastou consequências, políticas maiores, com a ideia de uma Igreja livre, obra
somente de um pequeno grupo de puritanos, ou seja os independentistas. A Revolução
Puritana foi rejeitada em 1660 por quase todo o povo inglês. E foi uma revolução que
difundiu estas convicções, de individualismo religioso, político e económico desde as
origens na Reforma.
Capítulo X
A Royal Society
Foi fundada a 28 de Novembro de 1660, numa reunião do Gresham College começada
com uma lição de astronomia de Christopher Wren e a Sociedade continuou a reunir-se
no Gresham College até 1703. O facto é que Carlos deu nome á nova Soceidade de The
Royal Society of London, por insistência de John Evelyn, que pertencia a um pequeno
grupo de cientistas que permaneciam Realistas e os primeiros presidentes das Sociedade
saíram deste grupo. A ciência tinha assim um encanto novo e os cientistas um novo
prestígio. Nesta sociedade não se confinava apenas na observação sistemática da
astronomia e a problemas de navegação. Um dos primeiros membros da Sociedade, Sir
Wiliam Petty, foi um pioneiro dos métodos, estatísticos, que era professor de Anatomia
em Oxford e estudioso de medicina. Em 1662, publicou o Tratado de Impostos e
Contribuições que foi uma das primeiras obras a compreenderem que os valores básicos
de uma economia não derivam de uma reserva de riqueza mas da sua capacidade de
produção. John Graunt outro dos primeiros membros desta sociedade tornava-se a base
das primeiras tabelas de seguros de vida. Este interesse pela economia deve-se a muita
da riqueza provir do comércio. Alguns outros membros desta mesma sociedade como
Christpher Wren, Wiliam Petry, Robert Boyle, John Evelyn. Os objectivos práticos
desta sociedade estão presentes no trabalho experimental e que os seus membros
influenciaram-se em Francis Bacon, que apresentava continuamente a ciência como
uma actividade destinada servir a humanidade e defendia o método científico moderno,
como uma experimentação, extracção da experimentação conclusões gerais e testar
essas generalizações com novas experimentações. O facto é que esta sociedade não
tinha qualquer tipo de apoio do governo , ou seja encontrava-se constantemente em
dificuldades financeiras, de maneiras que para se pagar o seu próprio trabalho
publicava-se uma série de relatórios e torna-los propriedade do secretário, em que
ganhava assim o seu sustento imprimindo e vendendo as Philosophical Transactions da
Soceidade. A Sociedade trazia para a ciência a mesma simplicade e ruptura com o estilo
bravio e metafórico do passado, em que para os fundadores da Royal Society, Deus
operava através da Natureza e sempre do modo mais simples.
Capítulo XI
Hobbes e Locke
Thomas Hobbes publicou em 1651 o seu Leviatã e John Locke, no prefácio aos seus
Dois Tratados da Governação publicado em 1690, declarou abertamente que a sua obra
se destinava a dar razão continuação em 1688. Tanto Hobbes como Locke vão muito
além das exigências da política contemporânea e apresentam afirmações clássicas de
duas posições, Hobbes defende a causa da soberania absolutista e do Estado Leviatã,
enquanto Locke avança a defesa do governo parlamentar e do Estado limitado e liberal.
Dois dos grandes livros sobre os quais a questão política girou mais. Tanto numa obra
como noutra é usada a filosofia complexa e cuidadosamente articulada e uma
compreensiva visão da ciência.
Hobbes, quando jovem trabalhou para o grande Francis Bacon e relacionou-se com
Galileu e Descartes, tinha uma perspectiva materialista do universo que é a segunda
maior contribuição de Hobbes para a filosofia moderna e caracterizava-se como muito
crítico relativamente ao seu sistema.
Já a contribuição de Locke para o desenvolvimento das ideias filosóficas foram
empregues no seu talento como um operário dos fundos. Para este mesmo autor o
espírito através da experiência sofre do exterior impressões sensíveis. Estas mesmas
impressões são organizadas pelo entendimento derivando assim para uma reflexão.
Hobbes e Locke viam o mundo constituído por corpos em movimento, organizados
segundo um modelo ordenado e seguindo leis causais bem definidas, onde a sua visão
do mundo reflectia-se na sua visão da sociedade humana. Para Hobbes a presença de um
Estado era essencial para que a sociedade se mante-se organizada, apoiando assim a
autoridade absolutista, baseado numa justificação laica. Este homem era também contra
a teologia e a tradição tal como se verificou em Locke que defendia também o
desenvolvimento do liberalismo. Hobbes apesar de uma perspectiva autoritária era
também conservadora. O facto é que estes dois são parcialmente partidários e tentaram
libertar o pensamento político de considerações estranhas para se torna-se científico,
tendo tratado assim de modo excessivo mecânico e atomista.
Capítulo XII
O método de Descartes
A educação de René Descartes levou a conversão á matemática e a tornar uma forma
mais dramática do que a de Galileu ou de Hobbes. Este homem designa também que o
único simbolismo inventado pelo espírito humano resiste inquebrantavelmente às
tentativas constantes do espírito para reflectir e encobrir o sentido. Descartes pretendia
então descrever as figuras geométricas com fórmulas de álgebra e queria descrever o
universo e a matemática sendo assim a única linguagem que podia construir uma
descrição intelectualmente satisfatória. Descartes trabalhou em astronomia, óptica e
física geral. Para além disso constrói também um pequeno livro sob o título de Discurso
do Método, em que revela o interesse de raciocinar acerca do Universo. Este homem
formula quatro regras de lógia, que são: a não-aceitação do verdadeiro nada que não
reconhecesse claramente como tal. A segunda é a divisão de cada problema ou
dificuldades em tantas partes quanto possível, a terceira parte começava pelas reflexões
pelos objectos mais simples e fáceis de compreender. Já a última era fazer enumerações
tão complexas e análises tão gerais que pudesse ter a certeza de não ser omitindo nada.
Descartes era também um homem que defendia a Deus e a sua Natureza. Descartes
defendia também a perspectiva de duvidar de tudo e foi este o homem que marcou o
Renascentismo, com a palavra tão conhecida, como “Penso logo existo”.
Capítulo XIII
O contributo de Pascal e Bayle
Pascal não se fixava apenas na geometria, este fixava-se também na física, onde
publicou as Novas experiências relativas ao vazio. Para além disso este homem deu um
contributo também na matemática e na filosofia, concebeu a ideia de escrever contra os
seus amigos libertinos e ateus de outrora, não só para os confundir mas também para os
converter. Fez a distinção, onde afirmou o espírito geométrico e o espírito intuitivo.
Pascal defendia assim a existência de Deus também derivado também da persuasão que
tentou submeter os seus amigos libertinos. Para Pascal não existe resposta racional para
a questão epistemológica.
Bayle estudou num colégio e o facto é que tornou-se católica renunciando assim a sua
nova fé. Este foi o primeiro dos pensadores a criticarem em nome da razão, que a ética
fosse fundada na Bíblia. Este mesmo homem recusou o conhecimento matemático, que
fosse o único atingível pela dúvida, para além disso libertou a história das algemas da
teologia. Este grande filosofo tinha um método dialéctico da dúvida que servia dois
propósitos principais, onde tinha o propósito cartesiano de criticar a tradição e o
propósito não cartesiano de desbravar o terreno para uma ciência da história e derrubar a
estrutura da religião revelada.
Capítulo XIV
Voltaire: Ciência e Sátira
Voltaire reuniu as ideias de Descartes com as ideias de Newton e Locke. O facto é que
este homem fez uma visita a de três anos a Inglaterra, onde se encontrava Newton que
era presidente da Royal Society e este presidente tinha um interesse pela obra de
Voltaire com o seu fundamento filosófico. Voltaire foi influenciado não só pelo seu
sucessor Montesquieu mas também marcado pela sátira Social. A religião de Voltaire é
o que se chama de deísmo, em que este acreditava num Deus pessoal, em que era um
mundo criado pelo Deus de Voltaire onde operava segundo as leis naturais como as
descobertas por Newton, em que designava o seu Deus como alguém fazia parte do
mundo natural e não do mundo sobrenatural. O espírito de Voltaire, o mundo existente
não era de modo nenhum o melhor dos mundos possíveis. Voltaire interessou-se pela
História, derivado do espírito da época. Voltaire, usava então uma abordagem laica,
crítica e empírica a um assunto como sendo a cultura e a civilização totais do homem,
nos seus respectivos trabalhos. Este homem foi uma mistura de empirismo inglês e de
dúvida francesa.
Capítulo XV
Montesquieu
Montesquieu, publicou as Cartas Persas aos 32 anos, pela qual teve um sucesso
derivado do aproveitamento do momento exacto para publicar, que coincidiu com a
altura em que sucedeu a morte Luís XIV na Regência, que reagia assim contra o
reinado de absolutismo e hipocrisia religiosa do Rei-Sol e preparava-se para se rir das
fraquezas do antigo regime. A escrita de Montesquieu era por excelência conhecido
pelo uso de parágrafos curtos, aforísticos e a sua linguagem cortante e incisiva que
ajudavam a um efeito imediato. Esta mesma obra realizada por este homem verifica-
se uma preocupação da virtude e da liberdade. Outra das obras que tiveram um
grande impacto foi o Espirito das Leis, que insistirá que a virtude seja o princípio
dominante duma forma republicana de governo, onde falta a virtude, a liberdade que
desaparece entre as mãos de um monarca ou de um déspota. As ideias de
Montesquieu, foram apresentadas nas suas duas grandes obras. As ideias surgiram
então a partir da preparação de uma viagem em busca das instituições políticas e
sociais de muitos países europeus. O principal interesse deste homem era a
constituição política inglesa e o facto é que ficou impressionado com a posição de
aristocracia inglesa do que com o estatuto dos cientistas e dos homens de negócios.
Visto ele ser um nobre, primeiro presidente do Parlamento de Bordéus, que
afeiçoou-se de imediato aos seus pares aristocratas ingleses. Montesquieu tentou
instruir a França com os exemplos do Romanos e pretendia então que o povo francês
aprendesse com o povo inglês. Para além disto referido Montesquieu pôs em
evidência três formas de governo, onde se verificava, a monarquia, a república e a
despótica. A Republicana é aquele que o povo governa. A Monarquia que é quando
um homem governa segundo leis fixas e estabelecidas. Despotismo é quando há um
governo sem leis de um homem. Montesquieu escolheu a constituição inglesa como
objecto de estudo derivado, que tinha como objecto imediato a liberdade política.
Montesquieu dividiu também o poder em executivo, legislativo e judicial, em que
afirmava que toda a liberdade se perde quando o mesmo homem ou o mesmo corpo
exerce estes três poderes só em si mesmo. Este grande político, não pertenceu
verdadeiramente ao círculo da Encyclopédie mas punha a sua última obra, ou seja o
Espíritos das Leis, que punha em causa as ideias novas e universais dos próprios
filósofos. Os contemporâneos de Montesquieu experimentaram um sentimento de
apreensão. As realizações de Montesquieu puderam ser reavaliadas como sendo não
meros panegíricos de liberdade e virtudes políticas, mas passos sólidos para uma
compreensão mais adequada da história e para a nova ciência da sociologia.
Capítulo XVI
Rousseau
Jean-Jacques-Roussau, foi um revolucionário que tinha um carácter estranho e
complexo, que se verificava divido em três quadros, como moralista que atacou a
noção de que o progresso resulta do avanço na ciência e na tecnologia, como
marginal que patrocinou a sensibilidade romântica e opôs ao racionalismo dominante
e como pensador e revolucionário foi o primeiro a inscrever nas insígnias políticas
dos tempos modernos os lemas opostos da democracia e do governo totalitário.
Rousseau pretendia uma renovação radical política e ética em lugar do uniforme
espirito humano. Este homem desempenhou também o papel de emoções não só na
religião, mas também na literatura, na política e na filosofia. Para além disso era um
homem que defendia a importância do Estado e o respeito pela sua unidade, recusava
também a fidelidade separada à Igreja e do respectivo Estado, ou seja pretendia uma
religião civil, em que a fé é obrigatória e o cidadão que a recusar deve ser banido do
Estado e para além disso era um homem que defendia também o patriotismo.
Capítulo XXVI
Kant e Hegel: O emergir da história
O pensamento alemão da época que aparece como grande característica, que
começava uma tradição de filosofia, em que Immanuel Kant continua a ser o filósofo
teórico mais importante que a Alemanha já gerou. Kant era um dos que tentava
encontrar os fundamentos para a nova ciência, onde pretendia preencher uma
ruptura nos fundamentos da ciência que fora aberta na época da sua juventude. Kant
teve preparação matemática e física e durante muito tempo e ganhou a vida como
professor de Física. Um contributo original para a ciência, em 1775, em que pela
primeira vez a teoria de que os planetas era condensações de uma massa de gás e que
Laplace formulou mais rigorosamente, em 1796. O caso da investigação Kantiana dos
problemas do conhecimento é de que o homem e a natureza estão profundamente de
acordo e neste acordo não fazia menção a Deus. O conhecimento racional á priori da
moralidade era também inato. Kant era também um homem idealista.

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Sociedades e culturas modernas

  • 1. Cadeira: Sociedades e Culturas Modernas Discente: Diogo Alexandre Martins Silvério Docente: Prof. Andreia Fidalgo Número: 42514 Curso: Património Cultural Ficha de leitura do livro: A tradição intelectual do Ocidente Este livro fala-nos de uma história intelectual no sentido mais amplo, onde envolve vários filósofos e cientistas e políticos que mudaram a maneira de ver o mundo e o homem, a importância que na altura da época clássica e clássica tardia e que com a chegada da época medieval essa importância foi por assim dizer adormecida, daí que estes grandes homens fizeram realçar de novo esse saber. Um homem, pode defender ideias que como as de Newton, ou as que mudam entre a juventude e a idade madura, como as de Hobbes, ou então inconscientes como as de Rousseau. Numa comunidade, o conflito de ideias novas e o carácter da comunidade derivada da luta e do equilíbrio. A Era das Luzes, é um complexo de pessoas e de grupos com ideias antagónicas que têm uma direcção comum e é esse o motivo porque a vemos e apresentamos sob um novo nome, como a Época da dissensão fundamentada. É de realçar os executores deste grande livro, que foram executados por um matemático com interesses na filosofia da ciência e na literatura e por um historiador das ideias com qualificações em filosofia e em literatura. Estes dois autores fizeram um estudo com base nas invenções sobre as quais assenta a respectiva civilização, onde se debateu o método indutivo na ciência, as questões filosóficas que levanta, parte natural do modo de trabalho da civilização moderna. A invenção das ideias políticas e sociais no mesmo espírito. De realçar também o método político de Maquiavel que é uma invenção da mesma espécie de invenções mecânicas de Leonardo e ambas encontram-se no Renascentismo. A intenção de Galileu de colocar a sua crítica da astronomia tradicional em forma de diálogo popular. Método este, o tecer de perguntas e respostas do diálogo, tornando-se método da dúvida que Descartes e é o fio que corre de Pascal até ao Cândido de Voltaire. Este livro vai abranger então desde o Renascentismo até ao século XIX. Capítulo I Leonardo e o seu tempo O Renascentismo pôs-se realmente em movimento graças à rapidez de publicação provocada pela imprensa, introduzida por volta de 1451 e tornada comum cinquenta anos mais tarde. O período que envolve os anos 1450-1500, envolve uma altura de transição entre os começos clássicos do Renascentismo e o seu alastramento popular através da imprensa. O Renascentismo aristocrático, como a sua leitura dos manuscritos gregos e romanos e o seu gosto por um curioso idealismo platónico e uma outra espécie de Renascentismo que é popular, empírico, menos tradicional, e hierárquico e mais cientifico e voltado para o futuro. É de realçar a importância de Leonardo no Renascentismo, que viveu de 1452 a 1519 e
  • 2. é de falar de uma história presente que é característica desta época, que gosta do inesperado que quer descobrir o prodígio da infância e a criança prodigiosa. O génio deve interromper no mundo ordinário, inato e sem ter sido ensinado e deve convencer instantaneamente todos os que contemplam. Esta história que fala de pintura, mais precisamente a obra Baptismo de Verrocchio, com as figuras bastante rígidas e há uma diferente das outras, um anjo encaracolado que nasceu e já não era um anjo mas sim uma criança, isto derivado do toque de Leonardo da Vinci. A vida e a obra de Leonardo são caracterizadas por uma espécie de impaciência e auto – afirmação, que tipifica a época de que é uma figura dominante, que era auto-suficiente e independente. O Renascentismo Clássico é composto por belas bibliotecas, textos manuscritos do Gregos e dos Romanos, a Academia Platónica anteriormente fundada por Cosimo de Medicis. A primeira forma do Renascentismo estava agora a transformar-se noutra e Leonardo personaliza a transição. A transição de um Renascentismo clássico para um popular, de uma adoração, do humanismo antigo para uma fé veemente no presente humano. Os autodidactas do novo Renascentismo, queriam abarcar o homem e a natureza através dos sentidos fisicamente. A natureza de Leonardo, tinha duas paixões, a da exactidão que o virou para as matemáticas e a do real que levou à experimentação, com duas linhas, a lógia e a experimentação, com os dois vectores do método científico. O Leonardo era livre para seguir o seu interesse pela ciência, onde o leque das suas investigações era prodigioso. É de designar que foram pedidas a realização de máscaras complicadas de artistas a Leonardo da Vinci, com as quais o Renascentismo engalanava um acontecimento público. Em Milão, encontrava-se também a presença de uma das grandes obras deste grande autor, que é a Ultima Ceia, que começou a deteriorar-se na sua húmida parede de convento antes da morte de Leonardo. A pintura, foi tantas vezes repintada, que não é concebível que um único traço de tinta de Leonardo ainda permaneça, em que esta obra representa a presença de Judas que sentava do mesmo lado da mesa de Cristo, onde se verifica uma relação entre o traído e aquele que traiu. Outra das obras que marcaram este importante artista foi o quadro de Mona Lisa, que ainda brilha, através de um mar verde de verniz e o facto é que todas as mulheres sorridentes, que aparecem nas pinturas de Leonardo pretendiam fixar o aspecto peculiar de ternura e humildade que a memória da sua mãe. Este artista tem também nos últimos livros de notas que se encontram cheios de desenhos rodopiantes de tempestades e enchentes, de nuvens e trombas de água, numa visão de catástrofe apocalíptica. Este artista deu á luz as aspirações de uma época e que foi conhecido como o homem do Renascentismo, designa-se como um menino-prodígio com a personificação da crença no génio nato do homem, é um pintor que ainda adolescente entra na oficina de um artista célebre e que se faz notar como o génio que surge completo no mundo. Para além disso encarnou e tornou real o sentimento renascentista de que todo o individuo traz consigo potencialidades infinitas e requer, não uma educação elaborada mas simplesmente ambiente mais indicado como uma flor, que pode desabrochar, com o sentimento de que o caminho de toda a perfeição humana reside no individuo era um elemento principal na
  • 3. fé renascentista e era um homem também que se caracteriza por ser um homem do povo. Leonardo era o descobridor, em que o homem que descobriu nos pormenores da natureza o significado do que tinha ficado escondido durante séculos. Abordou o mundo através dos seus desenhos e mostrou os traços da natureza por sob a superfície dos seus pigmentos. É um artista que trouxe um espírito exacto a uma época ainda dominada por categorias tradicionais, desta época como Aristóteles e S. Tomás de Aquino. O seu método de pintar tem uma influência em Rafael e Durer aprenderam com ele e Leonardo era amigo de Maquiavel e de Paccioli e contemporâneo de Matinho Lutero e de Cristóvão Colombo. Capítulo II As cidades-estado de Itália O Renascentismo é o nascer da História moderna e a Península Itálica o lugar da sua naturalidade. No Norte da França era informa pelos hábitos feudais, pela lei da Igreja, pela estratificação, social tradicional. Os velhos costumes e estratos da sociedade tinham desaparecido e o processo de formação de novos caminhos em que cada parte da sociedade acotovelava todas as outras na busca do poder. As concentrações do poder na Itália renascentista constituíam as cidades-estado., que eram elas Milão, Veneza, Florença, Roma e Nápoles. Nestas cidades deixou se de ser dominado pela autoridade da Igreja, com o próprio papado em que transformou-se num poder secular. As cidades-estado tentavam superar em argúcia em que nasceu assim a diplomacia, que permitia assim designar que havia assim evoluído a moderna nação de uma comunidade de Estados. Leonardo e outros artistas podem ter sido chefes do Renascentismo popular, mas a nobreza era aquela pequena aristocracia para quem eles trabalhavam, em que era constantemente invadida pelos mais bem- sucedidos mercadores e banqueiros. Classe esta ascendente de negociantes estava logo abaixo da aristocracia e formava a sua reserva e a dos conselhos de governo, abaixo desta ficavam assim as classes mais numerosas dos artesãos dos artesãos e dos operários. É de realçar também a importância do comércio para estas cidades e gerava os banqueiros comerciantes que arriscaram e fizeram a fortuna com os carregamentos dos navios daí que tornou-se respeitável esta profissão, tal como o soldado profissional. O Renascentismo foi também o começo do capitalismo moderno, com um sistema no qual o individuo procura a sua finalidade, atingindo lucros financeiros por meios económicos, ou seja o imperialismo económico que marcou esta nova idade. O facto é que a guerra geria muito dinheiro e também custava muito tanto que o muito do trabalho científico e matemático, na balística era inspirado pelas necessidades e as grandes cidades-estado já faladas que se encontravam imbricadas com a respectiva guerra na sua estrutura. Tanto que Miguel Ângelo chegava a desviar o seu génio para as fortificações em vez das catedrais. O facto é que tanto Leonardo como Maquiavel foram testemunhas da forma moderna dos problemas políticos, económicos e éticos.
  • 4. Capítulo III Maquiavel A escolha da perspectiva de Maquiavel, que conduziu ao empirismo e também tinha um lado pragmático e um método racional e á priori, para além disso concordou também com a natureza humana e constitui um tipo de ciência que se pretendia fundar obrigando a ignorar o efeito da cultura sobre os homens e a encará-los como fora da história. Maquiavel tal como Rousseau, tentou construir um sistema de política sobre o postulado da bondade do homem, mas em vez disso tornou como pressuposição teórica a maldade humana. Para além disso Maquiavel captou o núcleo do modero método científico, e defendia o laicismo e era anticlerical. Este homem defendia o individualismo, que era uma característica dominante no século XVI, aceitava também a ideia de necessidade vital que se estabeleceu no pressuposto mais vasto de que o fim mais relevante do Estado é persistir e ser poderoso. Maquiavel era um homem político prático, humanista astuto, e cientista. Capítulo IV Thomas More A tradição de More, na literatura inglesa e caracteriza-se em dois traços, numa íntima relação como sofrimento do povo comum e o sentimento de que o Estado existe para os seus membros e para além disso designava que este mesmo Estado era como que de uma obra de arte se trata-se. Este homem designa-se por ser um advogado sucesso, com uma forte propensão ascética, e era de tal maneira religioso que designava que a sua verdadeira missão era espiritual que pensou em entrar para um mosteiro, tendo assim uma nostalgia monástica. Mas o facto de Thomas More, ter esta adoração pela religião cristã, o facto é que este não fixava todos os seus pontos de vista exclusivamente medievais. Foi um escritor humanista erudito, em que na juventude escrevera poesia e tentou uma réplica ao Tiranicídio de Luciano e escreveu também uma vida de John Picus, Conde de Mirandola, o grande prodígio do saber em Itália e uma História de Ricardo III. Capítulo V Erasmo e os Humanistas Desiderus Erasmo é um símbolo do humanismo, tendo sido um movimento começado no Renascentismo que culminou assim no Erasmo, que nasceu em 1466, na Holanda com o espírito da era cosmopolita, designa-se por um movimento liberal, que tem um
  • 5. interesse por escritores clássicos da Grécia e da Roma. Expresso por exemplo na poesia de Petrarca, onde envolvia poemas de acasalamento característico de ideias no humanismo, que era um movimento pagão. Os humanistas designavam-se como críticos dos clérigos e dos filósofos escolásticos, em que o seu objectivo era emendar os erros que a Igreja Medieval introduzira. É de realçar a magnificência dos monumentos arquitecturais do Renascentismo que são as igrejas, e que derivado das suas ideologias em que designou que o homem era fraco, que resultou numa revolta da parte do humanismo que tinha que atacar assim as virtudes monásticas, apresentando-as com doutrinas falsas impostas á verdadeira estrutura do Cristianismo. Surgindo assim a obra emblemática do Erasmo que foi O Elogio da Loucura , na qual troçava da vida monástica e das indulgências e abusos da igreja. O cristianismo era verdadeiramente uma expressão do espírito e do espírito clássico, para além disso é de referir que o S.Jerónimo traduzira a Bíblia de grego para latim e esta tradução era a Vulgata aceite. Martinho Lutero afixou as suas Noventa e Cinco Teses sobre as indulgências à porta da igreja de Wittenberg, na Véspera de Todos os Santos, que levou ao descontentamento desta acção. Lutero estudara as obras de Erasmo e guiara-se por elas, pelos Ditados, pelo Elogio da Loucura e pela edição de Erasmo do Novo Testamento em grego. Este mesmo homem era um nacionalista germânico, onde continha um fanatismo, uma tolerância, a sua fé na dependência do homem perante o bel-prazer divino, derivado Lutero acreditar no Calvinismo em que deixava lugar para a fé humanista na bondade do homem. Capítulo VI A Reforma As consequências da Reforma, religiosamente dividiram a Europa e conferiu à mente europeia um novo espírito, de novas ideias políticas, sociais e económicas. A Reforma tem como características o aspecto puramente religioso, o protesto contra a riqueza e a opulência e a solução política. A Reforma foi dominada pela figura de Martinho Lutero, e é de referir que esta alma encontrava-se num constante tormento e em que este mesmo dizia, duvidar-se de si mesmo e valorizava também a consciência e a liberdade. Ainda ao encontro do que se tinha passado entre os humanistas e a igreja Lutero, como humanista ao atacar as indulgências atacava também a estrutura eclesiástica que a suportava, crer que apenas a fé sem necessitar de boas acções, mas a verdade é que este acabou por entrar num convento, onde se salvara a si mesmo das dúvidas e angústias acerca da sua salvação por pôr em Deus toda a sua fé. Lutero queria então reformar a igreja por dentro, e é de realçar que o apoio que teve veio dos humanistas e os nacionalistas e o facto é que este homem começou com um ideal cristão e universal e terminou como um nacionalista germânico. Lutero passou de reformador da Igreja Universal a fundador da Igreja Germânica, o seu Discurso à Nobreza Cristã da Nação Alemã em que este mesmo homem conduziu a luta contra Roma. Lutero começara a Reforma rejeitando a hierarquia papal e privilegiando a Palavra de Deus, que se encontrava nas Escrituras e acreditava que a fé de um cristão não tinha nada a ver com a política, o dever de um cristão era simplesmente obedecer a uma autoridade constituída.
  • 6. Lutero tentou erguer também um dique da autoridade política absoluta para suster as forças políticas, económicas e religiosas que tinha deixado perder originando o protestantismo, ou seja com o direito a protesto. Calvinismo, nascido em 1509, algo diferente de Lutero, fora preparado para as leis, mas tornara-se monge e estava então destinado à Igreja e trocou a teologia pela lei e para além disso liga-se mais ao Renascentismo clássico do que á Reforma Luterana. Calvino, renunciava então ao catolicismo e estabeleceu o seu primeiro esboço da sua Instituição Religião Cristã em 1536. Calvino é o homem e é um ser sem esperança perante um Deus omnipotente. É de realçar também a importância da chegada a Genebra, em que como um Leitor das Sagradas Escrituras, a população de Genebra sentia orgulho como ministro o autor da Instituição e o chefe da Igreja Reformadora. Calvino aceitou a Nova Economia, em que detinha um sistema económico capitalista para a sociedade. Em Genebra o Calvino, rejeitou quer o individualismo religioso, quer o político. Henrique de Navarra ajudou a acabar com as longas guerras de religião. A Reforma, como um movimento religioso teve consequências importantes em que foram o facto de terem conseguido fortalecer o Estado territorial, encorajou a ascensão das classes médias e foi também um movimento originado no desejo de purificar a Igreja unificada e restaura-la, tal como Lutero pretendia fazer. Capítulo VII A Revolução Científica O Renascentismo foi a evolução do método científico de investigação. A Revolução Científica brilha sobre tudo desde o aparecimento do Cristianismo que teve um elevado impacto em relação ao Renascimento e á Reforma. O desenvolvimento do pensamento científico foi entre 1500 e 1700 que foi decisivo para a criação da civilização moderna. A Revolução Científica entre 1500 e 1700 foi em primeiro lugar, uma revolução intelectual e mais tarde esse pensamento foi transferido para um novo uso prático na Revolução Industrial, por volta de 1800. Aristóteles aceitara, quatro elementos muito importantes, que era o fogo, o ar, a água e a terra. Estes mesmos elementos seguiam leis mas seria errado pensar o seu respectivo padrão de movimento como se ele tivesse, tanto como exprimiam e seguiam as suas próprias naturezas ideais. Os elementos da água e da terra moviam-se para abaixo quando podiam, esforçavam-se por terra moviam-se para baixo quando podiam e esforçavam-se para alcançar os seus centros naturais. Os elementos do ar e do fogo moviam-se para cima no sentido de atingir os seus centros naturais. A representação medieval do movimento dos corpos celestes era tirada dos Gregos, de Ptolomeu, astrónomo que pertencia à escola de cientistas gregos de Alexandria no século II. Ptolomeu descreveu as órbitras dos planetas, com as suas curvas estranhas, pela rotação de um círculo sobre um ou mais círculos. Para alguns seguidores medievais de Aristóteles, o círculo tinha um sentido místico, de órbita perfeita e era natural construir outras órbitas a partir dos círculos. O facto é que este sistema de Ptolomeu não podia ser derrubado só com uma crítica, tanto que o sistema foi reformulado por Nicolau Copérnico com uma precisão admirável por este astrónomo polaco. Segundo
  • 7. este homem, a Terra gira à roda do Sol uma vez por ano e ao mesmo tempo, a Terra gira à volta do seu próprio eixo uma vez por dia. O sistema de Copérnico ofendia o sentimento de que o Universo era uma questão entre Deus e o homem e em que a Bíblia o representava no sexto dia da Criação. O medo de ofender a tradição religiosa fez com que Copérnico adiasse a sua publicação das Revoluções dos Corpos Celestes, para mais tarde mais precisamente na altura da sua morte em 1543, tal como aconteceu com Charles Darwin em que adiou a sua leitura de A Origem das Espécies por muitos anos derivado do mesmo motivo do medo de ofender essa respectiva religião. Copérnico dirigiu-se aos matemáticos, em que estes apreciaram a ordem e a simplicidade da sua perspectiva, em que traduzia o número de círculos que giravam nos epiciclos de Ptolomeu, tal como a simplicidade de como o sistema dava às órbitas celestes e é de realçar que Copérnico tinha tido uma educação humanista. Kepler descobriu três leis para descrever os movimentos dos planetas, publicando-as em 1609 e 1919, onde a primeira é a mais revolucionária, pois rompe com a tradição do movimento circular que fora tomada como certa desde o tempo dos Gregos, este mesmo autor descobriu que todos os planetas se movem segundo uma elipse e que o sol é um dos focos dessa elipse. A segunda lei descreve a velocidade variada a que um planeta descre as sua elipse. A terceira lei está relacionada no movimento de um planeta com o do outro. A obra de Galileu começa com uma descoberta, de como medir intervalos pequenos de tempo. O primeiro orientador da ciência prática e o pioneiro do método empírico, em que Copérnico e Kepler eram espíritos teóricos, onde Kepler para o interesse palaciano apelava pela astronomia que guiava então os homens cultos. Galileu era capaz de medir a queda de objectos em distâncias muito pequenas e em que usava o telescópio para observar o céu com olhos novos e penetrantes, em que este mesmo instrumento foi saudado na Roma. Em 1625, Galileu começou a escrever um Diálogo sobre os Dois Principais Sistemas do Mundo, no qual os seus méritos tratados à maneira de um tribunal renascentista. Não advogava abertamente o sistema de Copérnico, mas punha os argumentos em favor do sistema de Ptolomeu na boca de um homem que era uma forma subtilmente ofensiva de se colocar do lado de Copérnico. A humilhação de Galileu é um ponto culminante na Revolução Científica, em que a revolução acabou em Itália e o desprezo de Lutero pelo sistema de Copérnico, matou a revolução na Alemanha. Com o sistema que Copérnico publicou que foi também o seu último, permitiu que a palavra revolução começasse a ser usada no sentido social, político e e astronómico. Capítulo VIII Época Isabelina Leonardo, Maquiavel e Galileu, designaram os Estados do Norte de Itália, no centro do universo intelectual. A sua supremacia, porém começou a decair para o fim do século XVI. As razões deste deslocamento têm mais resposta, na importância do deslocamento do Mediterrâneo para o Atlântico, em direcção ao continente americano. Marlowe, com a sua poesia tumultuosa e bombástica, captou o espírito da época na sua
  • 8. forma exagerada, com este mesmo homem seleccionou alguns aspectos de figuras complexas e retracta-las, como Raleigh, Drake e Hariot, na ânsia de glória, de saber e de riqueza, com absoluta simplicidade. Na época isabelina, verificava-se um desabrochar da actividade industrial, merecendo assim o nome de primeira revolução industrial, que se designou num movimento de implementação da actividade industrial evidencia uma mistura da atitude isabelina e puritana, que era um movimento de transição, quer do pensamento quer da acção. A peça Shakespeare acreditava num mundo no qual tudo tinha o seu lugar certo e cada um com a sua posição exacta na sociedade. O puritanismo, encontrava-se ligado ao comércio e à indústria isabelinos em expansão, que rejeitava e criticava o fomento da produção e o monopólio de artigos de luxo sob Isabel e os Stuart, em que um desses luxos era o teatro e o outro era a cultura da corte. Capítulo IX A Revolução Puritana Nesta revolução é de destacar um dos principais motivos, foi o facto de ter falado como homem de Estado e o facto de ter dado oportunidade aos chefes de oposição puritana à sua política para se identificarem com a defesa da constituição e dos direitos dos súbditos. Outro rei, com uma personalidade ou uma concepção diferentes da sua. Esta revolução designa-se como a primeira entre as revoluções modernas que foi a menos consciente, por qualquer corpo sistemático de ideias, políticas, religiosas ou sociais. Tanto que os puritanos se viram sem ter para onde se virar para saber que governo instaurar na ausência do rei. Não tinham pretendido uma revolução e tinham sempre admitido a existência do rei e do Parlamento, por causa desta característica da Revolução Puritana. O seu domínio religioso tinha uma organização centralizada, eficaz e poderosa, ou seja a Igreja Anglicana, em que era a pretensão de direitos que provocou também esta revolução e o facto é que esta igreja era produto da Reforma. Esta mesma Revolução fez uma Petição de Direitos de 1628 e com as Três Resoluções de 1629. A aversão geral desta Revolução nos 150 anos seguintes escandalizou mesmo aqueles que a realizaram, a sua importância excede os limites dos anos 1640-1669, o seu impacto profundo na história subsequente da América e da Inglaterra quase não precisa de ser sublinhado, em que o seu efeito no continente europeu, ao contrário dos jacobinos na Revolução Francesa, os puritanos não universalizaram a sua mensagem. A Revolução Puritana foi um dos movimentos mais influentes e arrojados da história moderna e porá além disso contem também o primeiro Exército popular e democrático, ou seja combas nas origens do New Model Army. Este Revolução Puritana, foi domínio da religião mas também arrastou consequências, políticas maiores, com a ideia de uma Igreja livre, obra somente de um pequeno grupo de puritanos, ou seja os independentistas. A Revolução Puritana foi rejeitada em 1660 por quase todo o povo inglês. E foi uma revolução que difundiu estas convicções, de individualismo religioso, político e económico desde as origens na Reforma. Capítulo X
  • 9. A Royal Society Foi fundada a 28 de Novembro de 1660, numa reunião do Gresham College começada com uma lição de astronomia de Christopher Wren e a Sociedade continuou a reunir-se no Gresham College até 1703. O facto é que Carlos deu nome á nova Soceidade de The Royal Society of London, por insistência de John Evelyn, que pertencia a um pequeno grupo de cientistas que permaneciam Realistas e os primeiros presidentes das Sociedade saíram deste grupo. A ciência tinha assim um encanto novo e os cientistas um novo prestígio. Nesta sociedade não se confinava apenas na observação sistemática da astronomia e a problemas de navegação. Um dos primeiros membros da Sociedade, Sir Wiliam Petty, foi um pioneiro dos métodos, estatísticos, que era professor de Anatomia em Oxford e estudioso de medicina. Em 1662, publicou o Tratado de Impostos e Contribuições que foi uma das primeiras obras a compreenderem que os valores básicos de uma economia não derivam de uma reserva de riqueza mas da sua capacidade de produção. John Graunt outro dos primeiros membros desta sociedade tornava-se a base das primeiras tabelas de seguros de vida. Este interesse pela economia deve-se a muita da riqueza provir do comércio. Alguns outros membros desta mesma sociedade como Christpher Wren, Wiliam Petry, Robert Boyle, John Evelyn. Os objectivos práticos desta sociedade estão presentes no trabalho experimental e que os seus membros influenciaram-se em Francis Bacon, que apresentava continuamente a ciência como uma actividade destinada servir a humanidade e defendia o método científico moderno, como uma experimentação, extracção da experimentação conclusões gerais e testar essas generalizações com novas experimentações. O facto é que esta sociedade não tinha qualquer tipo de apoio do governo , ou seja encontrava-se constantemente em dificuldades financeiras, de maneiras que para se pagar o seu próprio trabalho publicava-se uma série de relatórios e torna-los propriedade do secretário, em que ganhava assim o seu sustento imprimindo e vendendo as Philosophical Transactions da Soceidade. A Sociedade trazia para a ciência a mesma simplicade e ruptura com o estilo bravio e metafórico do passado, em que para os fundadores da Royal Society, Deus operava através da Natureza e sempre do modo mais simples. Capítulo XI Hobbes e Locke Thomas Hobbes publicou em 1651 o seu Leviatã e John Locke, no prefácio aos seus Dois Tratados da Governação publicado em 1690, declarou abertamente que a sua obra se destinava a dar razão continuação em 1688. Tanto Hobbes como Locke vão muito além das exigências da política contemporânea e apresentam afirmações clássicas de duas posições, Hobbes defende a causa da soberania absolutista e do Estado Leviatã, enquanto Locke avança a defesa do governo parlamentar e do Estado limitado e liberal. Dois dos grandes livros sobre os quais a questão política girou mais. Tanto numa obra como noutra é usada a filosofia complexa e cuidadosamente articulada e uma compreensiva visão da ciência. Hobbes, quando jovem trabalhou para o grande Francis Bacon e relacionou-se com
  • 10. Galileu e Descartes, tinha uma perspectiva materialista do universo que é a segunda maior contribuição de Hobbes para a filosofia moderna e caracterizava-se como muito crítico relativamente ao seu sistema. Já a contribuição de Locke para o desenvolvimento das ideias filosóficas foram empregues no seu talento como um operário dos fundos. Para este mesmo autor o espírito através da experiência sofre do exterior impressões sensíveis. Estas mesmas impressões são organizadas pelo entendimento derivando assim para uma reflexão. Hobbes e Locke viam o mundo constituído por corpos em movimento, organizados segundo um modelo ordenado e seguindo leis causais bem definidas, onde a sua visão do mundo reflectia-se na sua visão da sociedade humana. Para Hobbes a presença de um Estado era essencial para que a sociedade se mante-se organizada, apoiando assim a autoridade absolutista, baseado numa justificação laica. Este homem era também contra a teologia e a tradição tal como se verificou em Locke que defendia também o desenvolvimento do liberalismo. Hobbes apesar de uma perspectiva autoritária era também conservadora. O facto é que estes dois são parcialmente partidários e tentaram libertar o pensamento político de considerações estranhas para se torna-se científico, tendo tratado assim de modo excessivo mecânico e atomista. Capítulo XII O método de Descartes A educação de René Descartes levou a conversão á matemática e a tornar uma forma mais dramática do que a de Galileu ou de Hobbes. Este homem designa também que o único simbolismo inventado pelo espírito humano resiste inquebrantavelmente às tentativas constantes do espírito para reflectir e encobrir o sentido. Descartes pretendia então descrever as figuras geométricas com fórmulas de álgebra e queria descrever o universo e a matemática sendo assim a única linguagem que podia construir uma descrição intelectualmente satisfatória. Descartes trabalhou em astronomia, óptica e física geral. Para além disso constrói também um pequeno livro sob o título de Discurso do Método, em que revela o interesse de raciocinar acerca do Universo. Este homem formula quatro regras de lógia, que são: a não-aceitação do verdadeiro nada que não reconhecesse claramente como tal. A segunda é a divisão de cada problema ou dificuldades em tantas partes quanto possível, a terceira parte começava pelas reflexões pelos objectos mais simples e fáceis de compreender. Já a última era fazer enumerações tão complexas e análises tão gerais que pudesse ter a certeza de não ser omitindo nada. Descartes era também um homem que defendia a Deus e a sua Natureza. Descartes defendia também a perspectiva de duvidar de tudo e foi este o homem que marcou o Renascentismo, com a palavra tão conhecida, como “Penso logo existo”. Capítulo XIII O contributo de Pascal e Bayle Pascal não se fixava apenas na geometria, este fixava-se também na física, onde publicou as Novas experiências relativas ao vazio. Para além disso este homem deu um
  • 11. contributo também na matemática e na filosofia, concebeu a ideia de escrever contra os seus amigos libertinos e ateus de outrora, não só para os confundir mas também para os converter. Fez a distinção, onde afirmou o espírito geométrico e o espírito intuitivo. Pascal defendia assim a existência de Deus também derivado também da persuasão que tentou submeter os seus amigos libertinos. Para Pascal não existe resposta racional para a questão epistemológica. Bayle estudou num colégio e o facto é que tornou-se católica renunciando assim a sua nova fé. Este foi o primeiro dos pensadores a criticarem em nome da razão, que a ética fosse fundada na Bíblia. Este mesmo homem recusou o conhecimento matemático, que fosse o único atingível pela dúvida, para além disso libertou a história das algemas da teologia. Este grande filosofo tinha um método dialéctico da dúvida que servia dois propósitos principais, onde tinha o propósito cartesiano de criticar a tradição e o propósito não cartesiano de desbravar o terreno para uma ciência da história e derrubar a estrutura da religião revelada. Capítulo XIV Voltaire: Ciência e Sátira Voltaire reuniu as ideias de Descartes com as ideias de Newton e Locke. O facto é que este homem fez uma visita a de três anos a Inglaterra, onde se encontrava Newton que era presidente da Royal Society e este presidente tinha um interesse pela obra de Voltaire com o seu fundamento filosófico. Voltaire foi influenciado não só pelo seu sucessor Montesquieu mas também marcado pela sátira Social. A religião de Voltaire é o que se chama de deísmo, em que este acreditava num Deus pessoal, em que era um mundo criado pelo Deus de Voltaire onde operava segundo as leis naturais como as descobertas por Newton, em que designava o seu Deus como alguém fazia parte do mundo natural e não do mundo sobrenatural. O espírito de Voltaire, o mundo existente não era de modo nenhum o melhor dos mundos possíveis. Voltaire interessou-se pela História, derivado do espírito da época. Voltaire, usava então uma abordagem laica, crítica e empírica a um assunto como sendo a cultura e a civilização totais do homem, nos seus respectivos trabalhos. Este homem foi uma mistura de empirismo inglês e de dúvida francesa. Capítulo XV Montesquieu Montesquieu, publicou as Cartas Persas aos 32 anos, pela qual teve um sucesso derivado do aproveitamento do momento exacto para publicar, que coincidiu com a altura em que sucedeu a morte Luís XIV na Regência, que reagia assim contra o reinado de absolutismo e hipocrisia religiosa do Rei-Sol e preparava-se para se rir das fraquezas do antigo regime. A escrita de Montesquieu era por excelência conhecido pelo uso de parágrafos curtos, aforísticos e a sua linguagem cortante e incisiva que ajudavam a um efeito imediato. Esta mesma obra realizada por este homem verifica-
  • 12. se uma preocupação da virtude e da liberdade. Outra das obras que tiveram um grande impacto foi o Espirito das Leis, que insistirá que a virtude seja o princípio dominante duma forma republicana de governo, onde falta a virtude, a liberdade que desaparece entre as mãos de um monarca ou de um déspota. As ideias de Montesquieu, foram apresentadas nas suas duas grandes obras. As ideias surgiram então a partir da preparação de uma viagem em busca das instituições políticas e sociais de muitos países europeus. O principal interesse deste homem era a constituição política inglesa e o facto é que ficou impressionado com a posição de aristocracia inglesa do que com o estatuto dos cientistas e dos homens de negócios. Visto ele ser um nobre, primeiro presidente do Parlamento de Bordéus, que afeiçoou-se de imediato aos seus pares aristocratas ingleses. Montesquieu tentou instruir a França com os exemplos do Romanos e pretendia então que o povo francês aprendesse com o povo inglês. Para além disto referido Montesquieu pôs em evidência três formas de governo, onde se verificava, a monarquia, a república e a despótica. A Republicana é aquele que o povo governa. A Monarquia que é quando um homem governa segundo leis fixas e estabelecidas. Despotismo é quando há um governo sem leis de um homem. Montesquieu escolheu a constituição inglesa como objecto de estudo derivado, que tinha como objecto imediato a liberdade política. Montesquieu dividiu também o poder em executivo, legislativo e judicial, em que afirmava que toda a liberdade se perde quando o mesmo homem ou o mesmo corpo exerce estes três poderes só em si mesmo. Este grande político, não pertenceu verdadeiramente ao círculo da Encyclopédie mas punha a sua última obra, ou seja o Espíritos das Leis, que punha em causa as ideias novas e universais dos próprios filósofos. Os contemporâneos de Montesquieu experimentaram um sentimento de apreensão. As realizações de Montesquieu puderam ser reavaliadas como sendo não meros panegíricos de liberdade e virtudes políticas, mas passos sólidos para uma compreensão mais adequada da história e para a nova ciência da sociologia. Capítulo XVI Rousseau Jean-Jacques-Roussau, foi um revolucionário que tinha um carácter estranho e complexo, que se verificava divido em três quadros, como moralista que atacou a noção de que o progresso resulta do avanço na ciência e na tecnologia, como marginal que patrocinou a sensibilidade romântica e opôs ao racionalismo dominante e como pensador e revolucionário foi o primeiro a inscrever nas insígnias políticas dos tempos modernos os lemas opostos da democracia e do governo totalitário. Rousseau pretendia uma renovação radical política e ética em lugar do uniforme espirito humano. Este homem desempenhou também o papel de emoções não só na
  • 13. religião, mas também na literatura, na política e na filosofia. Para além disso era um homem que defendia a importância do Estado e o respeito pela sua unidade, recusava também a fidelidade separada à Igreja e do respectivo Estado, ou seja pretendia uma religião civil, em que a fé é obrigatória e o cidadão que a recusar deve ser banido do Estado e para além disso era um homem que defendia também o patriotismo. Capítulo XXVI Kant e Hegel: O emergir da história O pensamento alemão da época que aparece como grande característica, que começava uma tradição de filosofia, em que Immanuel Kant continua a ser o filósofo teórico mais importante que a Alemanha já gerou. Kant era um dos que tentava encontrar os fundamentos para a nova ciência, onde pretendia preencher uma ruptura nos fundamentos da ciência que fora aberta na época da sua juventude. Kant teve preparação matemática e física e durante muito tempo e ganhou a vida como professor de Física. Um contributo original para a ciência, em 1775, em que pela primeira vez a teoria de que os planetas era condensações de uma massa de gás e que Laplace formulou mais rigorosamente, em 1796. O caso da investigação Kantiana dos problemas do conhecimento é de que o homem e a natureza estão profundamente de acordo e neste acordo não fazia menção a Deus. O conhecimento racional á priori da moralidade era também inato. Kant era também um homem idealista.