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RESENHA DO FILME OLGA
Informações gerais: Título original: Olga Gênero: Drama Tempo de duração: 141 minutos  Ano de lançamento (Brasil): 2004 Site oficial: www.olgaofilme.com.br Estúdio: Globo Filmes, Nexus Cinema e Vídeo, Europa Filmes e 	 	 Lumière  Distribuição: Lumière Direção: Jayme Monjardim  Roteiro: Rita Buzzar, baseado em livro de Fernando Morais  Produção: Rita Buzzar  Música: Marcus Vianna  Fotografia: Ricardo della Rosa  Direção de arte: Tiza de Oliveira  Figurino: Paulo Lois  Edição: Pedro Amorim
Elenco: Camila Morgado (Olga Benário)  Caco Ciocler (Luís Carlos Prestes)  Fernanda Montenegro (D. Leocádia Prestes)  Luís Mello (Leo Benário)  Eliane Giardini (Eugénie Benário)  Jandira Martini (Sarah)  Mariana Lima (Lígia Prestes)  Renata Jesion (Elise Ewert Sabo)  Werner Schünemann (Arthur Ewert)  Guilherme Weber (Otto Braun)  Osmar Prado (Getúlio Vargas)  Floriano Peixoto (Filinto Müller)  Murilo Rosa (Estevan)  José Dumont (Manuel)
A história de Olga é relatada na forma de um longa metragem.Judia e comunista, Olga Benário chega ao campo de concentração de Ravensbrück, de onde passa a se lembrar de períodos marcantes de sua vida. A partir daí, vemos que a audácia já era uma das características de Olga desde a infância. Na juventude, milita entre os comunistas alemães, o que a leva tanto a enfrentamentos na rua, com os nazistas, como em casa, principalmente com a mãe.  	Após participar da ação de resgate do líder socialista (e seu amante) Otto Braun , Olga inicia treinamentos na URSS, nessa época conhece  Luiz Carlos Prestes em Moscou União Soviética , em novembro de 1934: ela, exilada alemã ; ele exilado brasileiro. Ambos caçados pela política dos seus países, a partir daquele momento unem-se pelo mesmo objetivo: lutar pela revolução comunista no Brasil. Quatro meses depois, Olga recebe o encargo de escoltar o revolucionário Luís Carlos Prestes, em seu retorno ao Brasil. Na viagem, os dois começam um caso de amor. No Rio de Janeiro, organizam o movimento revolucionário. A revolução fracassou em novembro de 1935.
		Olga e Preste foram presos em março do ano seguinte . É quando começa o calvário de Olga. Presa, ela é separada do amado e enviada, grávida, para a Alemanha, então dominada pelos nazistas. Sendo alemã, judia e comunista, Olga foi expulsa pelo governo brasileiro e entregue ao governo nazista da Alemanha, que a procurava desde 1928. Com medo de que fosse libertada pelos estivadores europeus, a polícia brasileira embarcou Olga, grávida de sete meses, num navio de carga, que fez a viagem á Alemanha sem escalas. Foi na cela em que confinaram Olga em Berlim- um cubículo de dois metros quadrados, com chão de cimento áspero, um colchão fino colocado sobre uma laje de concreto- que nasceu sua filha Anita Leocádia: Anita, em memória de Anita Garibaldi, heroína brasileira da guerra dos Farrapos; Leocádia em homenagem à sogra, que Olga nunca vira pessoalmente.Olga acaba tendo sua filha literalmente retirada de seus braços,foi no dia 27 de novembro de 1936, um ano após e revolta comunista no Brasil, em vários países europeus, especialmente na França , foram feitas campanhas pela libertação de Olga e Preste.
		Depois de muitas viagens e tentativas, dona Leocádia conseguiu a liberdade da neta, então com 14 meses, da prisão em Berlim. Viveu no México até os oito anos e só conheceu o pai no Brasil em 1945, quando acabou a ditadura Vargas.  		Depois de passar por vários campos de concentração , em fevereiro de 1942, poucos dias antes de completar 34 anos, Olga foi transferida para Ravensbrück, onde, após uma série de padecimentos, o ciclo dessa história se fecha com a morte de Olga na câmara de gás. 		Prestes só saberia da morte da companheira mais de três anos depois , quando saiu da prisão anistiado por Getúlio Vargas , no fim do Estado Novo. Só muitos anos mais tarde é que ele poderia ler a carta que Olga escrevera para ele e Anita, momentos antes de morrer, e que termina com estas palavras’’ Até o último momento manter-me –ei firme e com vontade de viver. Agora vou dormir para ser mais forte amanhã. Olga’’ Hoje, Anita é professora de história na UFRJ.
	O diretor e responsável pelo filme não diminui suas críticas ao Estado brasileiro e à figura do ditador. Foi fundo nas responsabilidades. Demonstrou o crime de se deportar uma sonhadora grávida e revolucionária (sem jamais ter matado ninguém), pelo crime de ser judia comunista e, sobretudo, por ter amado um brasileiro que se opôs à sua ditadura pessoal.  		O Brasil, com suas imensas contradições, deve ter abalado às certezas de Olga, mas isto por obra dos nazistas daqui e de lá, jamais saberemos. O que sabemos é que Olga, ao contrário de seu companheiro ilustre, jamais transigiu ao poder. Morreu com a certeza de suas convicções e de seu casamento com os pobres e oprimidos. Dificilmente, Olga teria aceitado apoiar Vargas.
Mesmo sendo alemã e judia, Olga, de algum modo, foi profundamente brasileira. Estará viva em nossa memória para sempre, pois faz parte da história do Brasil. 		Sendo assim, termino esta com a seguinte frase a qual achei interessante, dita por Olga antes de morrer. 		"(...)" Lutei pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo. Prometo-te agora, ao despedir-me, que até o último instante não terão porque se envergonhar de mim. Quero que me entendam bem: preparar-me para a morte não significa que me renda, mas sim saber fazer-lhe frente quando ela chegue.
Recordando Hitler / Nazismo Do matrimônio de Louis e Klara nasceram dois filhos: Adolf e Paula. Nascido em 1889, na cidade austríaca de Braunau .Durante os primeiros anos de sua juventude, Adolf era conhecido como um rapaz inteligente e mal-humorado. Na adolescência, foi duas vezes reprovado no exame de admissão da Escola de Linz. Nesse mesmo período começou a formular suas primeiras idéias de caráter anti-semita, sendo fortemente influenciado pelo professor chamado Leopold Poetsch.  Hitler e o ideal nazista: a mobilização de uma nação em torno de um governo totalitário.
		A relação de Hitler com seus pais era bastante ambígua. À mãe dedicava extremo carinho e dedicação. Com o pai tinha uma relação conflituosa, marcada principalmente pela oposição que Louis fazia ao interesse de Adolf pelas artes e a arquitetura. Frustrado com o seu insucesso na seqüência de seus estudos, Hitler mudou-se para Viena, aos 21 anos, vivendo de pequenos expedientes. Vivendo em condições precárias, mudou-se para Munique quando tinha 25 anos de idade. 	Com a explosão da Primeira Guerra Mundial, decidiu se alistar voluntariamente no Exército Alemão, incorporando o 16º Regimento de Infantaria Bávaro. Lutando bravamente nos campos de batalha, conquistou condecorações por bravura durante sua atuação militar e recomendações de um superior de origem judaica. Depois de se recuperar de uma cegueira temporária, voltou para Munique trabalhando no departamento de imprensa e propaganda do Quarto Comando das Forças Armadas.
		Em 1919, depois de presenciar a derrota militar alemã, filiou-se a um pequeno grupo político chamado Partido Trabalhista Alemão. Em meio às mazelas que o povo alemão enfrentava, esse partido discutia soluções extremas mediante os problemas da Alemanha. Entre outros pontos, pregavam a extinção dos tratados da Primeira Guerra, a exclusão sócio-econômica da população judaica, melhorias no campo econômico e a igualdade de direitos políticos. 	Utilizando seus grandes dotes oratórios, Hitler começou a angariar a adesão de novos partidários e propôs a mudança do partido para o nome de Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. A renovação do nome acompanhou a criação de uma nova simbologia ao partido (uma bandeira vermelha com uma cruz gamada) e a incorporação de milícias comprometidas a defender o ideal do partido. As chamadas Seções de Assalto (SA) eram incumbidas de perturbar as reuniões de grupos marxistas, estrangeiros e comunistas.
		Dois anos depois de integrar o partido, Hitler tornara-se chefe supremo do Partido Nazista (contração do termo alemão “Nationalsozialist”). Agrupado a um pequeno grupo de partidários, Hitler esboçou um golpe político que foi contido pelas autoridades alemãs. No ano de 1923, foi condenado a cinco anos de prisão, dos quais só cumpriu apenas oito meses. Nesse meio tempo, escreveu as primeiras linhas de sua obra (um misto de autobiografia e manifesto político) chamada “Mein Kampf” (Minha Luta). 	Liberto, resolveu remodelar as diretrizes de seu partido incorporando diretrizes do fascismo, noções de disciplina rígida e a formação de grupos paramilitares. Adotando uma teoria de cunho racista, Hitler dizia que o povo alemão era descendente da raça ariana, destinada a empreender a construção de uma nação forte e próspera. Para isso deveriam vetar a diversidade étnica em seu território, que perderia suas forças produtivas para raças descomprometidas com os arianos.
		No campo político, o partido de Hitler era contrário à definição de um regime político pluripartidário. A diferença ideológica dos partidos somente serviu para a desunião de uma nação que deveria estar engajada em ideais maiores. Dessa forma, as liberdades democráticas eram vetadas em favor de um único partido liderado por uma única autoridade (no caso, Hitler), que estaria comprometido com a constituição de uma nação soberana. Entre outras coisas, Hitler defendia a construção de um “espaço vital” necessário para a nação ariana cumprir seu destino. 	O ideário nazista, prometendo prosperidade e o fim da miséria do povo alemão, alcançou grande popularidade com a crise de 1929. Os nazistas organizavam grandes manifestações públicas onde o ataque aos judeus, marxista, comunistas e democratas eram sistematicamente criticados. Prometendo trabalho e o fim das imposições do Tratado de Versalhes, os nazistas pareciam prometer ao povo alemão tudo que ele mais precisava. Em pouco tempo, grupos empresariais financiaram o Partido Nazista.
		No início da década de 1930, o partido tinha alcançado uma vitória expressiva que se manifestou na presença predominante de deputados nazistas, ocupando as cadeiras do Poder Legislativo alemão. No ano de 1932, Hitler perdeu as eleições presidenciais para o marechal Hindenburg. No ano seguinte, não suportando as pressões da crise econômica alemã, o presidente convocou Hilter para ocupar a cadeira de chanceler. Em pouco tempo, Hitler conseguiu empreender sucessivos golpes políticos que lhe deram o controle absoluto da Alemanha. 	Depois de aniquilar dissidentes no interior do partido, na chamada Noite dos Longos Punhais, Hitler começou a colocar em prática o conjunto de medidas defendidas por ele e o partido nazista. Organizando várias intervenções na economia, com os chamados Planos Quadrienais, Hitler conseguiu ampliar as frentes de trabalho e reaquecer a indústria alemã. A rápida ascensão econômica veio seguida pela ampliação das matérias primas e dos mercados consumidores. Foi nesse momento que a teoria do Espaço Vital fora colocada em prática.
Hitler, tornando-se um grande líder carismático e ardoroso estrategista, impôs à Europa as necessidades do Estado nazista. Depois de exigir o domínio da região dos Sudetos e assinar acordos de não-agressão com os russos, o governo nazista tinha condições plenas de por em prática seu grande projeto expansionista. Com o início da Segunda Guerra, Hitler obteve grandes vitórias que pareciam lhe garantir o controle de um amplo território, suas profecias pareciam se cumprir. 	Somente após a invasão à Rússia e a entrada dos EUA no conflito, a dominação das forças nazistas pôde ser revertida. A vitória dos Aliados entre 1943 e 1944 colocou Hitler em uma situação extremamente penosa. Resistindo à derrota, Hitler resolveu se refugiar em seu bunker, em Berlim. Himmler, um dos generais da alta cúpula nazista, tentou assinar um termo de rendição sem o consentimento de Adolf Hitler. O acordo foi rejeitado pelos Aliados, que continuaram a atacar as tropas alemãs.
Indignado, Hilter resolveu substituir Himmler pelo comandante Hermann Gering, que logo pediu para assumir o governo alemão. Irritado com seus comandados, em um último ato, Hilter nomeou Karl Doenitz como presidente da Alemanha e Joseph Goebbeles, chanceler. Em 30 de abril de 1945, sem oferecer nenhum tipo de resistência militar, Goebbeles, Hitler e sua esposa, Eva Braun, suicidaram-se.
		  Vargas e Prestes 		Desde 1924, dois líderes políticos nacionais, originados do Rio Grande do Sul, um nascido na missioneira São Borja, em 1883, e o outro em Porto Alegre, em 1898, foram rivais em quase tudo. Durante décadas disputaram o poder em escala nacional para modelar o Brasil segundo a ideologia que cada um deles defendia: a nacionalista e a comunista.  		Para Getúlio Vargas, "O Bruxo Missioneiro", o impulso para as transformações que o Brasil carecia viriam do alto, da reforma implementada por um governo vigoroso e autoritário nos limites de um estado-nacional unificado, enquanto que para o seu adversário, o marxista Luís Carlos Prestes, "O Cavaleiro da Esperança", ex-comandante da Coluna Prestes, o Brasil só teria conserto por meio de uma revolução social vinda de baixo, das massas, administrado por um governo de conselhos.
		Primeiros Anos 		Ao alçar em armas o 1º Batalhão Ferroviário de Santo Ângelo e liderar uma marcha a cavalo pelo sertão do Brasil, entre 1924-27, Luís Carlos Prestes tornou-se famoso bem antes de Getúlio Vargas. O capitão que se rebelara contra o governo de Arthur Bernardes foi, visto suas façanhas na Coluna Prestes, o brasileiro mais conhecido no mundo todo.  		As lides das armas também não era estranhas a Vargas. Em 1903, durante a Questão do Acre, sentara praça como cabo para ir dar combate aos bolivianos (que o Barão do Rio Branco conseguiu dobrar sem dar um tiro sequer), e durante a Revolução de 1923, aquela do Honório Lemes, assumiu o posto de coronel da Brigada Militar, com botas altas e trabuco negro, ligado ao 7º Corpo dos Provisórios de São Borja, sem contudo precisar entrar em combate.
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  • 2. Informações gerais: Título original: Olga Gênero: Drama Tempo de duração: 141 minutos Ano de lançamento (Brasil): 2004 Site oficial: www.olgaofilme.com.br Estúdio: Globo Filmes, Nexus Cinema e Vídeo, Europa Filmes e Lumière Distribuição: Lumière Direção: Jayme Monjardim Roteiro: Rita Buzzar, baseado em livro de Fernando Morais Produção: Rita Buzzar Música: Marcus Vianna Fotografia: Ricardo della Rosa Direção de arte: Tiza de Oliveira Figurino: Paulo Lois Edição: Pedro Amorim
  • 3. Elenco: Camila Morgado (Olga Benário) Caco Ciocler (Luís Carlos Prestes) Fernanda Montenegro (D. Leocádia Prestes) Luís Mello (Leo Benário) Eliane Giardini (Eugénie Benário) Jandira Martini (Sarah) Mariana Lima (Lígia Prestes) Renata Jesion (Elise Ewert Sabo) Werner Schünemann (Arthur Ewert) Guilherme Weber (Otto Braun) Osmar Prado (Getúlio Vargas) Floriano Peixoto (Filinto Müller) Murilo Rosa (Estevan) José Dumont (Manuel)
  • 4. A história de Olga é relatada na forma de um longa metragem.Judia e comunista, Olga Benário chega ao campo de concentração de Ravensbrück, de onde passa a se lembrar de períodos marcantes de sua vida. A partir daí, vemos que a audácia já era uma das características de Olga desde a infância. Na juventude, milita entre os comunistas alemães, o que a leva tanto a enfrentamentos na rua, com os nazistas, como em casa, principalmente com a mãe. Após participar da ação de resgate do líder socialista (e seu amante) Otto Braun , Olga inicia treinamentos na URSS, nessa época conhece Luiz Carlos Prestes em Moscou União Soviética , em novembro de 1934: ela, exilada alemã ; ele exilado brasileiro. Ambos caçados pela política dos seus países, a partir daquele momento unem-se pelo mesmo objetivo: lutar pela revolução comunista no Brasil. Quatro meses depois, Olga recebe o encargo de escoltar o revolucionário Luís Carlos Prestes, em seu retorno ao Brasil. Na viagem, os dois começam um caso de amor. No Rio de Janeiro, organizam o movimento revolucionário. A revolução fracassou em novembro de 1935.
  • 5. Olga e Preste foram presos em março do ano seguinte . É quando começa o calvário de Olga. Presa, ela é separada do amado e enviada, grávida, para a Alemanha, então dominada pelos nazistas. Sendo alemã, judia e comunista, Olga foi expulsa pelo governo brasileiro e entregue ao governo nazista da Alemanha, que a procurava desde 1928. Com medo de que fosse libertada pelos estivadores europeus, a polícia brasileira embarcou Olga, grávida de sete meses, num navio de carga, que fez a viagem á Alemanha sem escalas. Foi na cela em que confinaram Olga em Berlim- um cubículo de dois metros quadrados, com chão de cimento áspero, um colchão fino colocado sobre uma laje de concreto- que nasceu sua filha Anita Leocádia: Anita, em memória de Anita Garibaldi, heroína brasileira da guerra dos Farrapos; Leocádia em homenagem à sogra, que Olga nunca vira pessoalmente.Olga acaba tendo sua filha literalmente retirada de seus braços,foi no dia 27 de novembro de 1936, um ano após e revolta comunista no Brasil, em vários países europeus, especialmente na França , foram feitas campanhas pela libertação de Olga e Preste.
  • 6. Depois de muitas viagens e tentativas, dona Leocádia conseguiu a liberdade da neta, então com 14 meses, da prisão em Berlim. Viveu no México até os oito anos e só conheceu o pai no Brasil em 1945, quando acabou a ditadura Vargas. Depois de passar por vários campos de concentração , em fevereiro de 1942, poucos dias antes de completar 34 anos, Olga foi transferida para Ravensbrück, onde, após uma série de padecimentos, o ciclo dessa história se fecha com a morte de Olga na câmara de gás. Prestes só saberia da morte da companheira mais de três anos depois , quando saiu da prisão anistiado por Getúlio Vargas , no fim do Estado Novo. Só muitos anos mais tarde é que ele poderia ler a carta que Olga escrevera para ele e Anita, momentos antes de morrer, e que termina com estas palavras’’ Até o último momento manter-me –ei firme e com vontade de viver. Agora vou dormir para ser mais forte amanhã. Olga’’ Hoje, Anita é professora de história na UFRJ.
  • 7. O diretor e responsável pelo filme não diminui suas críticas ao Estado brasileiro e à figura do ditador. Foi fundo nas responsabilidades. Demonstrou o crime de se deportar uma sonhadora grávida e revolucionária (sem jamais ter matado ninguém), pelo crime de ser judia comunista e, sobretudo, por ter amado um brasileiro que se opôs à sua ditadura pessoal. O Brasil, com suas imensas contradições, deve ter abalado às certezas de Olga, mas isto por obra dos nazistas daqui e de lá, jamais saberemos. O que sabemos é que Olga, ao contrário de seu companheiro ilustre, jamais transigiu ao poder. Morreu com a certeza de suas convicções e de seu casamento com os pobres e oprimidos. Dificilmente, Olga teria aceitado apoiar Vargas.
  • 8. Mesmo sendo alemã e judia, Olga, de algum modo, foi profundamente brasileira. Estará viva em nossa memória para sempre, pois faz parte da história do Brasil. Sendo assim, termino esta com a seguinte frase a qual achei interessante, dita por Olga antes de morrer. "(...)" Lutei pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo. Prometo-te agora, ao despedir-me, que até o último instante não terão porque se envergonhar de mim. Quero que me entendam bem: preparar-me para a morte não significa que me renda, mas sim saber fazer-lhe frente quando ela chegue.
  • 9. Recordando Hitler / Nazismo Do matrimônio de Louis e Klara nasceram dois filhos: Adolf e Paula. Nascido em 1889, na cidade austríaca de Braunau .Durante os primeiros anos de sua juventude, Adolf era conhecido como um rapaz inteligente e mal-humorado. Na adolescência, foi duas vezes reprovado no exame de admissão da Escola de Linz. Nesse mesmo período começou a formular suas primeiras idéias de caráter anti-semita, sendo fortemente influenciado pelo professor chamado Leopold Poetsch. Hitler e o ideal nazista: a mobilização de uma nação em torno de um governo totalitário.
  • 10. A relação de Hitler com seus pais era bastante ambígua. À mãe dedicava extremo carinho e dedicação. Com o pai tinha uma relação conflituosa, marcada principalmente pela oposição que Louis fazia ao interesse de Adolf pelas artes e a arquitetura. Frustrado com o seu insucesso na seqüência de seus estudos, Hitler mudou-se para Viena, aos 21 anos, vivendo de pequenos expedientes. Vivendo em condições precárias, mudou-se para Munique quando tinha 25 anos de idade. Com a explosão da Primeira Guerra Mundial, decidiu se alistar voluntariamente no Exército Alemão, incorporando o 16º Regimento de Infantaria Bávaro. Lutando bravamente nos campos de batalha, conquistou condecorações por bravura durante sua atuação militar e recomendações de um superior de origem judaica. Depois de se recuperar de uma cegueira temporária, voltou para Munique trabalhando no departamento de imprensa e propaganda do Quarto Comando das Forças Armadas.
  • 11. Em 1919, depois de presenciar a derrota militar alemã, filiou-se a um pequeno grupo político chamado Partido Trabalhista Alemão. Em meio às mazelas que o povo alemão enfrentava, esse partido discutia soluções extremas mediante os problemas da Alemanha. Entre outros pontos, pregavam a extinção dos tratados da Primeira Guerra, a exclusão sócio-econômica da população judaica, melhorias no campo econômico e a igualdade de direitos políticos. Utilizando seus grandes dotes oratórios, Hitler começou a angariar a adesão de novos partidários e propôs a mudança do partido para o nome de Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. A renovação do nome acompanhou a criação de uma nova simbologia ao partido (uma bandeira vermelha com uma cruz gamada) e a incorporação de milícias comprometidas a defender o ideal do partido. As chamadas Seções de Assalto (SA) eram incumbidas de perturbar as reuniões de grupos marxistas, estrangeiros e comunistas.
  • 12. Dois anos depois de integrar o partido, Hitler tornara-se chefe supremo do Partido Nazista (contração do termo alemão “Nationalsozialist”). Agrupado a um pequeno grupo de partidários, Hitler esboçou um golpe político que foi contido pelas autoridades alemãs. No ano de 1923, foi condenado a cinco anos de prisão, dos quais só cumpriu apenas oito meses. Nesse meio tempo, escreveu as primeiras linhas de sua obra (um misto de autobiografia e manifesto político) chamada “Mein Kampf” (Minha Luta). Liberto, resolveu remodelar as diretrizes de seu partido incorporando diretrizes do fascismo, noções de disciplina rígida e a formação de grupos paramilitares. Adotando uma teoria de cunho racista, Hitler dizia que o povo alemão era descendente da raça ariana, destinada a empreender a construção de uma nação forte e próspera. Para isso deveriam vetar a diversidade étnica em seu território, que perderia suas forças produtivas para raças descomprometidas com os arianos.
  • 13. No campo político, o partido de Hitler era contrário à definição de um regime político pluripartidário. A diferença ideológica dos partidos somente serviu para a desunião de uma nação que deveria estar engajada em ideais maiores. Dessa forma, as liberdades democráticas eram vetadas em favor de um único partido liderado por uma única autoridade (no caso, Hitler), que estaria comprometido com a constituição de uma nação soberana. Entre outras coisas, Hitler defendia a construção de um “espaço vital” necessário para a nação ariana cumprir seu destino. O ideário nazista, prometendo prosperidade e o fim da miséria do povo alemão, alcançou grande popularidade com a crise de 1929. Os nazistas organizavam grandes manifestações públicas onde o ataque aos judeus, marxista, comunistas e democratas eram sistematicamente criticados. Prometendo trabalho e o fim das imposições do Tratado de Versalhes, os nazistas pareciam prometer ao povo alemão tudo que ele mais precisava. Em pouco tempo, grupos empresariais financiaram o Partido Nazista.
  • 14. No início da década de 1930, o partido tinha alcançado uma vitória expressiva que se manifestou na presença predominante de deputados nazistas, ocupando as cadeiras do Poder Legislativo alemão. No ano de 1932, Hitler perdeu as eleições presidenciais para o marechal Hindenburg. No ano seguinte, não suportando as pressões da crise econômica alemã, o presidente convocou Hilter para ocupar a cadeira de chanceler. Em pouco tempo, Hitler conseguiu empreender sucessivos golpes políticos que lhe deram o controle absoluto da Alemanha. Depois de aniquilar dissidentes no interior do partido, na chamada Noite dos Longos Punhais, Hitler começou a colocar em prática o conjunto de medidas defendidas por ele e o partido nazista. Organizando várias intervenções na economia, com os chamados Planos Quadrienais, Hitler conseguiu ampliar as frentes de trabalho e reaquecer a indústria alemã. A rápida ascensão econômica veio seguida pela ampliação das matérias primas e dos mercados consumidores. Foi nesse momento que a teoria do Espaço Vital fora colocada em prática.
  • 15. Hitler, tornando-se um grande líder carismático e ardoroso estrategista, impôs à Europa as necessidades do Estado nazista. Depois de exigir o domínio da região dos Sudetos e assinar acordos de não-agressão com os russos, o governo nazista tinha condições plenas de por em prática seu grande projeto expansionista. Com o início da Segunda Guerra, Hitler obteve grandes vitórias que pareciam lhe garantir o controle de um amplo território, suas profecias pareciam se cumprir. Somente após a invasão à Rússia e a entrada dos EUA no conflito, a dominação das forças nazistas pôde ser revertida. A vitória dos Aliados entre 1943 e 1944 colocou Hitler em uma situação extremamente penosa. Resistindo à derrota, Hitler resolveu se refugiar em seu bunker, em Berlim. Himmler, um dos generais da alta cúpula nazista, tentou assinar um termo de rendição sem o consentimento de Adolf Hitler. O acordo foi rejeitado pelos Aliados, que continuaram a atacar as tropas alemãs.
  • 16. Indignado, Hilter resolveu substituir Himmler pelo comandante Hermann Gering, que logo pediu para assumir o governo alemão. Irritado com seus comandados, em um último ato, Hilter nomeou Karl Doenitz como presidente da Alemanha e Joseph Goebbeles, chanceler. Em 30 de abril de 1945, sem oferecer nenhum tipo de resistência militar, Goebbeles, Hitler e sua esposa, Eva Braun, suicidaram-se.
  • 17. Vargas e Prestes Desde 1924, dois líderes políticos nacionais, originados do Rio Grande do Sul, um nascido na missioneira São Borja, em 1883, e o outro em Porto Alegre, em 1898, foram rivais em quase tudo. Durante décadas disputaram o poder em escala nacional para modelar o Brasil segundo a ideologia que cada um deles defendia: a nacionalista e a comunista. Para Getúlio Vargas, "O Bruxo Missioneiro", o impulso para as transformações que o Brasil carecia viriam do alto, da reforma implementada por um governo vigoroso e autoritário nos limites de um estado-nacional unificado, enquanto que para o seu adversário, o marxista Luís Carlos Prestes, "O Cavaleiro da Esperança", ex-comandante da Coluna Prestes, o Brasil só teria conserto por meio de uma revolução social vinda de baixo, das massas, administrado por um governo de conselhos.
  • 18. Primeiros Anos Ao alçar em armas o 1º Batalhão Ferroviário de Santo Ângelo e liderar uma marcha a cavalo pelo sertão do Brasil, entre 1924-27, Luís Carlos Prestes tornou-se famoso bem antes de Getúlio Vargas. O capitão que se rebelara contra o governo de Arthur Bernardes foi, visto suas façanhas na Coluna Prestes, o brasileiro mais conhecido no mundo todo. As lides das armas também não era estranhas a Vargas. Em 1903, durante a Questão do Acre, sentara praça como cabo para ir dar combate aos bolivianos (que o Barão do Rio Branco conseguiu dobrar sem dar um tiro sequer), e durante a Revolução de 1923, aquela do Honório Lemes, assumiu o posto de coronel da Brigada Militar, com botas altas e trabuco negro, ligado ao 7º Corpo dos Provisórios de São Borja, sem contudo precisar entrar em combate.