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(One Night With Sole Regret #1)
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Defying Destiny
Tente Me
Uma Noite com Sole Regret Séries, livro #1
apresentando o baterista, Gabe “Force” Banner
Melanie não tem vontade de conhecer os membros da banda de rock, Sole
Regret, mas sua melhor amiga groupie consegue colocá-las nos bastidores e depois
sai correndo com o vocalista da banda. Deixada sozinha numa festa com um bando
de metaleiros com assustadoras tatuagens e piercings, Melanie fica aliviada ao ser
protegida pelo único cara de aparência normal, que insiste em lhe fazer companhia.
No momento em que Melanie descobre que Gabe é o baterista da banda e não
tão normal quanto supôs, já fez um completo papel de idiota. Não consegue deixar
de estar interessada nele, não como um rock star, mas como o homem mais sexy
que já encontrou. Estranhamente atraída por suas tatuagens escondidas e piercings,
se pergunta como seria passar uma noite com um bad-boy.
Gabe está mais do que disposto a mostrar a doce Melanie que há mais nele do
que ela pode ver. Tudo o que ela tem a fazer é tentar. Será que eles só irão
compartilhar uma noite de paixão? Ou será que seus corações vão se enredar tão
rapidamente quanto seus corpos?
Capítulo 1
Melanie pegou o brilho dos olhos de Nikki no espelho do banheiro público que
elas compartilhavam. Oh merda. Conhecia esse olhar. O que a mulher estava
planejando agora? Melanie não estava com humor para lidar com o drama dela
dessa noite.
A longa viagem para Tulsa, seguida por um pesadelo para conseguir estacionar,
pagando demais por ingressos para um cambista, e ficar esperando em pé na fila
com vento forte por duas horas tinham deixado Melanie de mau humor. Ok, ela
admitia; estava completamente puta. Seu cabelo parecia ter perdido uma luta contra
um guaxinim - um guaxinim furioso com um poderoso instinto para proteger seu
ninho, e seus dedos dos pés, expremidos dentro de estúpidas sandálias de tiras com
salto alto, sentiam como se estivessem sendo golpeados por pequenas picaretas
empunhadas por mineiros de carvão em miniatura.
Nikki, por outro lado, parecia a típica pessoa requintada, exceto por um
inquietante brilho de artimanha em seus grandes olhos azuis. Melanie interrompeu-
se com o tubo de batom rosa a meio caminho dos lábios, seu alarme Nikki-está-
prestes-a-nos-trazer-problemas soando em sua cabeça.
- O que você está aprontando? - Melanie perguntou.
- Está é à noite, - Nikki disse. Ela colocou uma mecha sedosa de cabelo castanho
atrás da orelha e virou-se para pegar seu lado bom no espelho. Ambos os lados
eram lindos, mas Melanie nunca tinha convencido Nikki disso ou que ela valia mais
do que enfiar-se numa fila durante a noite com um bando de perdedores.
- Isso foi o que você disse ontem á noite, - Melanie falou e focou sua atenção de
volta para a aplicação do batom.
Nikki franziu o nariz para o cabelo de Melanie e puxou uma escova de sua bolsa
para tentar livrar o volume emaranhado do ninho de guaximin.
Boa sorte com isso.
Havia uma razão para Melanie prendê-lo para cima a maior parte do tempo.
Apenas o mais resistente dos grampos de cabelo manteria os cachos grossos e
ondulados até a cintura sob controle. Nikki tinha dito para ela deixá-lo solto hoje à
noite, dizendo que ela ficaria linda. Melanie nunca estava linda quando ficava de pé
ao lado de Nikki - um fato simples com o qual tinha aprendido a conviver quando
frenquentaram a faculdade juntas. Os homens corriam para Nikki. E Melanie
desaparecia ao fundo. Ela estava acostumada com isso.
Nikki foi com determinação para o cabelo de Melanie e imediatamente a escova
estava presa em um emaranhado de nós. Com um suspiro de derrota, entregou sua
escova para Melanie. Melanie supôs que deveria arrumar a bagunça para algo
menos revoltante. Não queria assustar a banda.
- Quero dizer neste momento, - Nikki reajustou seus peitos no sutiã push-up,
desabotoou outro botão da justíssima blusa branca para mostrar mais o decote, e
verificou seu lado ruim.
- Quase consegui ir ao backstage ontem à noite. Se tiver sorte, aquele roadie
gatinho com quem falei em Wichita vai se lembrar de mim. A banda teve que sair
logo depois do show, ou tenho certeza que Jack teria nos apresentado para os caras
na noite passada.
E agora elas estavam em Tulsa, arrastando-se atrás da banda como duas
desesperadas groupies do Sole Regret. Melanie não era uma fã de verdade, mas
estava certa que o roadie gatinho se lembraria de Nikki. Ela era o tipo de mulher em
quem os homens viviam babando em cima. Querendo. Se aproveitando.
Melanie adivinhou que o roadie pediria um favor sexual em troca de apresentá-la
aos membros da banda, que eram a mais nova obsessão de Nikki e ela usaria o sexo
para conseguir o que queria. Isso entristecia Melanie. Nenhum dos homens que
usou e descartou sua amiga sabia o quanto a machucaram. Melanie já temia ter que
tirar Nikki de sua nuvem de dúvida e desespero de manhã. Não entendia porque ela
continuava se colocando nessas situações. Ela era uma garota doce. Bonita.
Inteligente. Até que se encontrava na companhia de qualquer idiota do mundo da
música, então agia como se tivesse sido lobotomizada. Nikki acabou ficando com
alguns até agora, havia só uns dez para tirar proveito.
- Você não está me largando sozinha de novo, - Melanie disse, ainda tentando
domar seu cabelo. Estava parecendo menos como a vítima de um relâmpago agora,
apesar de seu couro cabeludo protestar a cada puxão. Lindo, como minha bunda.
Está mais para ridículo.
- Não vou esperar no carro enquanto você transa com um cara que não vai
lembrar do seu nome enquanto você o chupa.
- É claro que você não vai esperar no carro.
Bem, pelo menos concordavam em alguma coisa.
Nikki passou a língua pelos dentes e pegou o olhar de Melanie pelo espelho.
- Você vem comigo.
- Oh, não. Eu não. Nem sequer gosto de músicos. - Especialmente dos
metaleiros tatuados doentes da cabeça que ela cobiçava. Nikki tinha um sério
complexo de bad-boy. Talvez seu pai devesse ter prestado mais atenção quando ela
era criança.
- Por favor. - Nikki juntou as mãos na frente do peito e conseguiu fazer seus
grandes olhos azuis parecerem ainda maiores que o habitual.
- Por quê você ainda pergunta? Sabe que caras tatuados me dão arrepios.
Nikki balançou a cabeça. - Se você parar para conhecê-los por um momento,
reconhecerá o quão gostosos eles são.
Discutível. Bastava ver homens tatuados para o coração de Melanie disparar de
medo. Sua reação não era intencional. Ela tinha sido assustada por um grupo de
motoqueiros quando era adolescente. Se fosse mais velha, provavelmente teria
reconhecido que estavam apenas brincando e não lhe fariam mal. Mas eles a
aterrorizaram. Seus pais tinham intensificado seu medo, dizendo que ela poderia ter
sido sequestrada, estuprada, assassinada, ou pior. Ela nem queria saber o que seria
pior do que ser estuprada ou assassinada. Aos treze anos, sua mente tinha associado
os avisos de seus pais com homens que tinham determinada aparência. Como com
os motoqueiros que a tinham encurralado na entrada de uma loja abandonada.
Como estava com muito medo de olhar para seus rostos, tudo o que lembrava
era de suas tatuagens e palavras. Um com uma tatuagem de caveira tinha dito-lhe
todas as coisas obscenas que queria fazer com sua boca bonita. Não tinha entendido
o que ele quis dizer no momento, mas agora que era mais velha, sabia que tinha
razão para estar apreensiva e revoltada.
Outro com uma tatuagem de arame farpado ao redor do braço havia tocado seu
cabelo. Ela gritou, e eles riram dela, mas por fim a deixaram sozinha. Sabia que
tatuagens não faziam uma pessoa má, mas o incidente tinha deixado uma impressão
duradoura. Assistir a shows de rock era um exercício para manter seu medo sob
controle. Infelizmente, ir a shows era o programa favorito de Nikki, então os
temores de Melanie tinham um treino bastante regular.
- Não quero conhecê-los; Só quero ficar longe deles.
Nikki passou um braço pelos ombros de Melanie e avaliou-as pelo espelho.
- Você vai ficar bem, Mel. Prometo. Além disso, preciso de você para me ajudar
a pôr meu plano em prática.
O alarme interno de Melanie soou ainda mais alto.
- Que plano?
A multidão no estádio gritou com entusiasmo.
- O Sole Regret está começando! - Nikki despejou seus cosméticos e escova de
cabelo na bolsa, agarrou Melanie pelo pulso e saiu correndo do banheiro quase
derrubando uma metaleira de aparência agressiva com sua pressa.
- Qual é, vadia!
- Desculpe, - Melanie disse enquanto era arrastada pelo corredor do estádio, seus
saltos estalando rapidamente no cimento.
Existiam muitas vantagens em ser amiga de Nikki. Ela era divertida. Sem medo
de nada. Os homens gostavam dela. Por isso, enquanto elas começavam a passar
pela parte de trás do acesso geral, com alguns olhares tímidos, um pouco do decote
aparecendo e algumas mãos bem colocadas nos metaleiros no meio da multidão,
Nikki milagrosamente conseguiu abrir caminho para a área na frente do palco sem
ser socada na cara. Melanie só conseguiu seguí-la porque Nikki se recusou a soltar
seu pulso.
Ao longo da barreira em frente ao palco, Melanie posicionou-se de propósito
entre duas mulheres e se afastou do homem pendurado por cima da grade. Seu
punho socando o ar, chamou atenção para a tatuagem de caveira em seu antebraço.
Esse único vislumbre da tatuagem eriçou os pêlos de sua nuca. Forçou sua atenção
para o palco para manter seus olhos longe do braço do homem.
Supôs que deveria estar animada por estar tão perto do palco, mas preferia os
assentos na arquibancada ao invés da pista no estádio. Gostava de ouvir a música,
não de se defender de uma lesão. A pista estava quente e suada: lotada, barulhenta,
perversa e perigosa. Nikki chamava isso de emocionante. Melanie chamava de
doloroso. Nikki passou os próximos quarenta e cinco minutos tentando chamar a
atenção do vocalista da banda; Melanie passou seu tempo evitando levar na cara os
cotovelos de duas fãs entusiasmadas e do cara atrás dela tentando esmagá-la contra
a grade de metal cutucando sua bunda com seu pau. Como Nikki podia gostar
disso?
Melanie observou o vocalista - atual objeto da obsessão de Nikki - circular na
frente do palco. Ele poderia ter sido um homem bonito. As tatuagens arruinaram sua
boa aparência. Melanie poderia ter admirado o contorno largo de seus ombros e seu
perfil forte e bonito, se ele estivesse usando um belo terno e discutisse filosofia, não
jeans rasgados e gritando sobre coisas que vão para o inferno. Então, sim, seria
completamente diferente. Se perguntou qual seria a cor de seus olhos. Ele ainda não
tirará os óculos de sol. Será que as luzes do palco estavam cegando-o, mas percebeu
que faziam parte de sua imagem. Tinha usado-os no palco na noite anterior,
também, e pela forma como as duas fãs estavam gritando Shaaaaade * todas as
vezes que ele andava em sua direção, assumiu que fora nomeado assim por sua
predileção por óculos escuros. Melanie tinha levado um tempo para aprender os
nomes dos membros da banda, mesmo que Nikki tenha falado um por um e sobre
eles a viagem inteira desde Wichita.
Se divertiu assistindo Shade e os outros membros da banda interagindo com o
público e entre si. O baixista era surpreendentemente popular entre o público;
Achava que a maioria dos baixistas nem era reconhecido. Este tinha um visual mais
suave do que os dois guitarristas - simpático, mesmo na aparência, com um corte de
cabelo normal sem coloração preta, um eterno sorriso e olhos gentis. Se não tivesse
decorado todos os centímetros de seus braços musculosos com tatuagens e furado
sua sobrancelha e lábio com piercings, Melanie não teria atravessado a rua, se ele se
aproximasse dela em público. Porque esses homens insistiam em destruir seus
visuais com esses acessórios permanentes? Isso era uma vergonha.
O guitarrista solo, com um enorme gosto pelo preto, usando grandes correntes,
tentava ofuscar o vocalista. Eles competiam pela atenção do público numa evidente
rivalidade. O guitarrista base, que tinha uma cabeleira linda com fios longos e lisos,
sem camisa - para o deleite de qualquer mulher que não se importasse com um torso
totalmente tatuado - zombou da cena de rivalidade pelas costas dos dois. O baixista
achou sua brincadeira tão engraçada que teve que parar algumas vezes para
recuperar o folêgo de tanto rir. Melanie duvidava que teria notado as nuances dessa
dinâmica das arquibancadas, assim pelo menos tinha algo interessante para assistir
enquanto tentava convencer o cara atrás dela de que sua bunda era inacessível e não
servia de almofada para espetar seu pau duro.
* Shade quer dizer sombra em inglês.
Perto do fim da última música do setlist - o mesmo que tinham tocado na noite
anterior - o vocalista pulou do palco e caminhou pelo estreito espaço na frente da
grade de um lado ao outro, batendo nas mãos dos fãs enquanto passava por eles.
Nikki usou Melanie como apoio para que pudesse esticar o corpo no caminho de
Shade. Conseguiu apertar a mão em sua camiseta, mas foi incapaz de manter o
aperto quando ele passou adiante. Ele voltou ao palco, assim que a música terminou
em um longo lamento de guitarra.
- Eu toquei ele. - Nikki gritou entusiasmada e cobriu a boca com a mão que
tocará o abençoado-deus-do-rock.
- Parabéns, - disse Melanie.
- Deus, eu o quero.
- Que tal o resto da banda? Todos eles são totalmente seu tipo.
- Eles são meu plano de emergência, mas Shade é o único que quero.
Seus olhos rolaram para cima e Melanie suspeitou que ela estivesse no meio de
um orgasmo. Respirou fundo e sacudiu a cabeça para a amiga. Qual era o apelo?
Quando a banda simulou ter acabado seu show e a multidão começou a cantar
pedindo bis, Nikki saiu puxando Melanie para o lado do palco. Acidentalmente
pisou em mais de um dedo do pé na escuridão. Soltou uma ladainha de desculpas
quando não teve escolha a não ser seguir sua determinada amiga, que mantinha um
aperto de ferro em seu pulso. A multidão estava banhada em escuridão na
expectativa para a última música, porque eles sabiam que o show ainda não
terminará: faltava o maior hit do Sole Regret. Até mesmo Melanie havia notado que
não tinham tocado “Investigator” que tinha feito o estádio vir abaixo na noite
anterior.
Não tinha ideia de como Nikki conseguiu ver bem o suficiente para escapar dos
seguranças, mas de repente elas estavam livres da multidão e em pé ao lado do
palco. Iam ser pegas. Melanie agarrou a mão de Nikki, esperando que não fossem
severamente repreendidas quando fossem notadas por um dos seguranças
distraídos. Na escuridão, Nikki conseguiu encontrar o roadie bonito com quem
tinha falado na noite anterior. Melanie se perguntou se ela usava óculos de visão
noturna. Seus olhos ainda estavam se adaptando à falta de iluminação depois de ter
olhado para as luzes brilhantes do palco por quase uma hora.
- Isto é seu, - Nikki disse. Puxou Melanie contra ela e beijou-a na boca com
vontade, buscando seus lábios. Não era um daqueles beijos eu sou sua melhor
amiga e bebi demais, então vou te dar um beijo afetuoso. Se alguém enxergasse
esse beijo, teriam que contar mais do que com a sorte. Melanie estava chocada
demais para fazer qualquer coisa, além de respirar. E até mesmo isso foi um
esforço.
Que porra é essa? Era esse o plano que ela tinha mencionado?
- Oh, sim, - o roadie bonito disse quando Nikki encerrou seu ataque aos lábios
de Melanie.
- Essas são totalmente gostosas, como Tater Tot * . - Ele enfiou a mão no bolso
da frente de sua calça jeans folgada e tirou um cordão com um passe para o
backstage. Colocou-o em volta do pescoço de Nikki. - Só tenho um sobrando.
- Mas e quanto a minha amiga? - Nikki virou seu olhar de cachorrinho triste em
sua direção. O cara não teve a menor chance.
- Mostrem ao Tony o que vocês acabaram de me mostrar, e ele vai deixar as duas
irem ao backstage. Confiem em mim.
As luzes do palco se acenderam e a banda começou seu bis com uma vigorosa e
pesada batida de bateria. Melanie cobriu os ouvidos com as mãos.
- Isso é barulhento, - gritou.
Nikki agarrou-a pelo pulso novamente e a levou para trás do palco, onde um
homem estava vigiando uma porta. Ela deu-lhe o passe e ele abriu a porta, mas
estendeu o braço para impedir a entrada de Melanie.
* Taters tots são bolinhos de batata fritos (potato tots ou simplesmente tots). Taters Tots, nome
comercial de bolinhos industrializados desde os anos 1950 nos EUA e México. Taters é gíria para
batata (de potato) e tots é tatibitati de toddlers, crianças de 1 a 3 anos de idade. Deve ter esse
nome por ser macio, do tamanho de uma mordida e ter um sabor suave que agrada o paladar da
criança.
- Jack disse que você iria deixar nós duas entrarmos, - Nikki disse, - ele só tinha
um passe para nós dividirmos.”
- Por quê eu deveria acreditar em você?
Melanie estava secretamente esperando que ele se recusasse a deixar qualquer
uma das duas entrar. O que no mundo Nikki estava pensando? Beijá-la na boca.
Deixando esse cara achar que era natural o que elas fizeram lá fora. Apenas para
que pudesse conhecer um vocalista esquisito, que de todas as coisas, chamava a si
mesmo de Shade.
- Porque nos queremos ver Shade, - Nikki disse, - Nós duas.
E a próxima coisa que Melanie soube, foi que sua melhor amiga tinha a língua
em sua boca e a mão em sua bunda. Se afastou. Ficou chocada da primeira vez.
Agora estava chateada.
- Que merda, Nikki?
-Ela não gosta de fazer isso em público, - Nikki explicou para o segurança.
Agarrando o seio de Melanie deu-lhe um apertão. O cara gemeu e empurrou as duas
para o backstage fechando a porta atrás delas.
- O que há de errado com você? - Melanie esbofeteou a mão de Nikki para longe
de seu peito.
- Sabia que você não estaria de acordo com meu plano se te pedisse. - Deu de
ombros. - Ontem à noite, meio que disse ao roadie que fazia ménage e tinha uma
namorada gostosa que queria dividir com Shade.
- Você meio que lhe disse isso?
- Sim, ele pensou que seria sexy e sabia que Shade teria interesse.
- Mas, eu não estou interessada, Nikki.
- Duh. Sei disso. É por isso que era só um plano. Não acho que você queira
dormir com ele. Ou comigo.
Seu lábio projetou-se para a frente, e deu para Melanie seu melhor olhar de por
favor, perdoe-me, sou sua melhor amiga, não consigo deixar de ser impulsiva,
seguido de um que dizia você sabe que me ama. A vadia. Ela sabia que Melanie iria
perdoá-la, porque a amava e se preocupava que essa impulsividade fosse colocá-la
em apuros algum dia.
- Não posso acreditar que você me usou apenas para conhecer um rockstar,
Nikki. Não sei porque sou sua amiga. Tudo que você faz é para me causar
sofrimento.
- Mas beijo bem, certo? - Piscou para ela e riu. - Nunca percebi que você tem
seios grandes, Mel. - Levantou as mãos bem manicuradas e fez movimentos de
apertar na frente dos peitos dela. - Posso chupá-los?
Melanie cruzou os braços sobre o peito. Nikki estava sempre fazendo
comentários estúpidos como esse. Ainda bem que não a levava a sério.
- Não fique brava. - Nikki deixou as mãos caírem e soltou um suspiro pesado. -
Nos coloquei no backstage não é?
- Eu nem queria vir no backstage.
- Tenho certeza que sim. Vamos encontrar algum álcool. Vou precisar de um
pouco de coragem para me aproximar de Shade.
- Procure sozinha. Vou esperar no carro. - Se virou para encontrar a saída mais
próxima.
- Não, você não vai. - Nikki passou um braço em volta de seus ombros. - Você só
vai acabar preocupada comigo aqui com um monte de... como é mesmo que você os
chama?
- Idiotas esquisitos?
Nikki riu.
- Isso entre outras coisas. Apenas faça isso por mim, Mel, e nunca mais vou te
pedir nada.
Melanie bufou.
- Uh, huh. Sim. Certo.
- Não vou. - Enganchou o dedo mindinho de Melanie com o seu próprio. - Juro
de mindinho.
Melanie soltou um suspiro de frustração.
- Onde está a bebida?
Capítulo 2
Gabe saiu de trás da bateria, ambas as coxas cansadas com a fadiga. Esticou as
costas doloridas, estremecendo quando se torceu para um lado. Com 30 anos podia
dizer que estava ficando velho demais para essa merda. Jack atirou-lhe uma toalha,
e ele enxugou o suor do rosto.
- Grande show, cara. - Jack disse. Pegou a toalha e ofereceu a Gabe um punhado
de baquetas para ele jogar para a platéia.
- Obrigado.
Se juntou a seus companheiros de banda na frente do palco. Atirou uma dúzia de
baquetas no meio da multidão, fez uma reverência para os fãs gritando, e foi direto
para o camarim. Precisava de uma cerveja, um cochilo, e um banho, não
necessariamente nessa ordem.
- Não se esqueça que temos uma festa essa noite, - Owen disse entregando seu
baixo para um roadie, enquanto outro desconectava o retorno sem fio.
Tinha esquecido da festa, isso significava que a primeira coisa em sua agenda seria
tomar um banho. Ninguém queria cheirá-lo depois dele ter nadado em seu próprio
suor durante uma hora. E talvez se uma gostosa chamasse sua atenção na festa,
gostasse de acrescentar uma transa à sua lista de prioridades.
- Vejo você lá. - Disse, e se dirigiu para o camarim para tomar banho.
O vapor da água parecia como o céu contra seu corpo cansado. Considerou
ignorar a festa e apenas relaxar sozinho no chuveiro a noite inteira. Resistiu em ir
para o ônibus da turnê que cantava como uma sereia para seu corpo cansado. Estava
orgulhoso de ser conhecido como um dos bateristas mais rápidos do rock, mas seu
estilo agressivo acabava com ele a cada performace ao vivo. Ainda assim, sabia que
os caras fariam um inferno se não aparecesse na festa, então mostraria a cara por
alguns minutos, tomaria uma cerveja e depois tiraria aquele cochilo. Sozinho.
Estava muito exausto para procurar uma buceta esta noite.
Encontrou sua bolsa entre a pilha de bagagem no espaço reservado para a banda
nessa noite e colocou um par de jeans bem gastos, uma camiseta e suas botas
favoritas. Não se preocupou em ajeitar seu cabelo ainda molhado. Planejava ir cedo
para a cama, então puxou um boné de beisebol sobre a cabeça e se dirigiu para a
sala de conferências no final do corredor. A sala estava lotada de parede a parede
com os convidados.
Gabe foi para o bar. Uma cerveja. Isso era tudo que precisava para relaxar, e
então poderia desaparecer. Fez um esforço para cumprimentar todos que o
reconheceram. Deu a mão para Shade. Parou para uma foto. Sorriu e disse besteiras.
Deu autógrafo. Riu de uma piada. Aceitou elogios. Curtiu a emoção. Procurou os
rostos familiares de seus colegas de banda em um mar de estranhos e trocou acenos
de reconhecimento. Finalmente, chegou ao bar.
- Corona? - Jordan perguntou.
Ele sabia muito bem que era o que Gabe queria. Tinha estado com a banda
durante todo o verão.
- Sim.
Jordan desapareceu debaixo do balcão e surgiu com uma garrafa. Tirou a tampa
e entregou-a a Gabe, que tomou um longo gole. Que desceu suave. Coisa boa.
Pegando o movimento com o canto do olho, voltou seu olhar para a gostosa a
seu lado no bar. Longos cachos castanhos caiam até o meio das costas, e uma calça
jeans agarrava seu traseiro curvilínio de uma forma perturbadora. Sandálias de salto
alto acentuavam suas longas pernas, que ficariam perfeitas envoltas em torno de
seus quadris. Se de frente ela parecesse tão espetacular quanto de lado, então
definitivamente estaria interessado em ficar um pouco mais. Não estava assim tão
exausto.
Capítulo 3
Melanie pegou o copo de whiskey da mão de Nikki.
- Você já teve o bastante.
Apesar de terem vindo no carro de Nikki, percebeu que seria a motorista da
noite, então parou de beber depois de um martini de maçã. Tinham uma viagem de
três horas só para chegar até em casa. Mas enquanto Melanie mostrava moderação,
Nikki usava o bar com todo o seu potencial. Até agora tinha pedido um pouco de
tudo. Toda vez que Shade ria ou dizia algo alto o suficiente que conseguia ouvir, ela
pedia outra bebida.
Nikki lançou um olhar por cima do ombro de Melanie para sua atual obsessão,
que ainda não tinha notado-a. Provavelmente porque ela estava fora de sua linha de
visão. Sua desatenção tinha feito Nikki reviver os dias de faculdade - ficar bêbada,
dormir com algum idiota, acordar sem saber onde estava, chamar Melanie para ir
buscá-la, chorar no seu ombro, comer sorvete de chocolate, esquecer e voltar a
repetir. Melanie pensou que ela tivesse superado esse padrão. Aparentemente, não.
A paciência de Melanie estava no limite. Nikki tinha se comportado como uma
louca para chegar ao backstage e agora era muito covarde para aproximar-se do
cara. Talvez se Melanie se apresentasse antes para Shade as coisas não estariam
completamente arruinadas, e Nikki não iria se jogar no idiota mais próximo, que
vinha a ser o barman asqueroso. Determinada que sua amiga atrairia a atenção do
homem cobiçado, pegou-a pelo braço. Sabia que se não fizesse algo, Nikki se
lamentaria pelos próximos 30 anos de como tinha perdido sua chance, de pelo
menos, falar com Shade.
- Espere, espere, - pediu quando Melanie arrastou-a para longe do bar. - Preciso
checar minha maquiagem primeiro.
Quando Melanie parou na frente do vocalista do Sole Regret, o cotovelo dela
começou a tremer incontrolavelmente em sua mão. Shade parou no meio de uma
frase, seu belo rosto virado em sua direção, e então tomou um gole de sua cerveja
de modo despreocupado. Melanie observou o movimento de seu pomo de Adão
enquanto engolia. Não poderia dizer com certeza se tinha toda a sua atenção,
porque ele ainda usava óculos escuros. Dentro da sala. Durante à noite. Era mais
alto do que tinha imaginado, mais de um metro e oitenta, muito bem constituídos.
Entre todas as bebidas e mulheres, Melanie se perguntou se ele arranjava tempo
para malhar. Mas tinha que fazê-lo. As calças de couro pretas agarravam-se as
coxas musculosas, e sua camiseta se esforçou para conter o peito bem definido
quando moveu a garrafa para longe da boca sensual.
- Oi! -
Melanie guinchou antes que perdesse a coragem. Agora entendia por que Nikki
precisava de um bebida. Intimidante? Isso era um eufemismo.
- Sou Melanie e esta é minha melhor amiga, Nikki. - Puxou Nikki para a sua
frente. Ela tropeçou nos próprios pés, e Shade pegou-a pelo ombro para firmá-la.
Nikki balançou em direção a ele pressionando as costas da mão na boca.
- Não me sinto muito bem.
A única coisa pior do que ter perdido a chance de falar com Shade seria vomitar
em cima dele.
- Você está ficando doente? - Shade perguntou, colocando sua cerveja em cima
da mesa, onde estava encostado e levantando-a pelos ombros.
- Acho que... - Nikki engoliu o enjoô. - Acho que preciso me deitar um pouco.
- Vou levá-la para casa, - Melanie disse. Deveria ter cortado o álcool mais cedo.
- Não, - Nikki disse e pisou no pé de Melanie. - Vou ficar bem. Só está um pouco
barulhento aqui. - Olhou para Shade, seus longos cílios encobrindo seus olhos, seu
corpo em uma postura completamente submissa. - Existe um lugar onde possa
deitar um pouco? - Perguntou. - Com você em cima de mim?
Melanie piscou e virou a cabeça de boca aberta, uau.
- Se levar sua amiga com você, - Shade disse.
A cabeça de Melanie ergueu-se. Ele estava falando sério?
- Fazer sexo bizarro com minha melhor amiga e algum esquisito não é minha
ideia de diversão. - Desabafou.
Um cara atrás dela começou a rir.
Nikki deu-lhe uma cotovelada nas costelas.
Shade apenas sorriu. Uma sobrancelha apareceu acima das lentes dos óculos
escuros.
- Então qual é sua ideia de diversão?
Não achou que observá-la de pijama cair em lágrimas numa cena romântica
fosse convencê-lo de qual era sua ideia de diversão amorosa, por isso obrigou-se a
fazer um som incrédulo de frustração, virar na direção oposta, e sair. Ou tentar. Deu
precisamente um passo zangado antes de bater de frente em um corpo sólido.
O homem segurou-a com as duas mãos por seus braços, a garrafa de cerveja
gelada pressionando a pele de seus bíceps. Levantou os olhos para olhá-lo, mas
encarou sua camiseta verde, sentindo-se uma completa idiota.
- Onde está o fogo, baby? - Ele perguntou.
- Nas minhas calças, - Shade disse e riu.
Melanie empurrou o homem para longe e procurou um canto mais agradável,
seguro para ordenar seus pensamentos. Meio que esperava que Nikki viesse atrás
dela - quer fosse para censurá-la por chamar Shade de esquisito na cara dele ou por
arruinar sua chance com o egocêntrico - mas vários minutos olhando para a parede
a convenceram de que Nikki a tinha abandonado por um cara que nem sabia quem
era. Novamente. Um rápido olhar por cima do ombro confirmou suas suspeitas. Ela
estava rindo e pendurada no Sr. Rock Star Idiota, que parecia ter seu olhar fixo em
Melanie, enquanto sugava um ponto atrás da orelha de Nikki. Quando estreitou os
olhos para ele, o idiota pegou a mão de Nikki e levou-a para fora pela porta dos
fundos.
Esfregou a testa com dois dedos e virou-se para a parede novamente. Considerou
ir embora, mas não podia abandonar Nikki sem apoio. Chegaram juntas, e sairiam
juntas. Além disso, a vida amorosa da mulher era um desastre. E se ela precisasse
da ajuda de Melanie? Considerando com quem tinha saído, as chances de que
precisasse de Melanie para escapar de algum problema eram praticamente
garantidas. Era melhor participar da festa com uma multidão de metaleiros tatuados
do que esperar no carro sozinha, mas não por muito tempo. Resignada com seu
destino, encontrou a extremidade livre de um sofá e sentou-se para esperar,
mantendo os olhos desviados das pessoas zanzando pela sala.
Seu olhar estava fixo na porta por onde Nikki tinha acabado de sair, não
percebeu o homem sentado ao seu lado até que ele falou.
- Estou surpreso de você não ter ido com eles.
Desviou o olhar da porta para olhar para ele. Seus impressionantes olhos verdes
capturaram sua atenção sob a aba do boné de beisebol. Ele era possivelmente o
homem mais atraente que já tinha falado com ela sem que Nikki estivesse a seu
lado. Reconheceu sua camiseta como pertencente ao cara em quem trombou alguns
momentos antes.
- Huh?
- Jacob e sua amiga. - Ele apontou o pescoço da garrafa de cerveja em direção à
porta que Melanie estava olhando fixamente.
- Jacob?
- Mais famosamente conhecido como Shade.
- Oh. - Ela descansou as mãos nos joelhos. - Não sabia que ele tinha um nome
normal.
Ele riu.
- Você não achou que a mãe dele o chama de Shade, não é?
Encolheu os ombros.
- Nunca pensei sobre isso.
Sua atenção voltou-se para a porta novamente.
- Que tipo de idiota usa um nome artístico estúpido desses, afinal? E porque
Shade? Porque ele usa óculos o tempo todo?
- Sim, ele tem que usá-los. Tem problemas de visão.
O estômago de Melanie contraiu-se e cobriu sua grande boca tagarela com a
mão.
- Ele têm? Merda. Agora me sinto mal.
O cara deu uma risadinha.
- Só estou brincando com você. Ele os usa, porque gosta de parecer um imbecil
o tempo todo.
Melanie riu. Se sentiu melhor. Seu caso crônico de ansiedade diminuiu
consideravelmente, e seu rancor finalmente pediu licença.
- Não sou normalmente tão desagradável. Apenas preferia estar em qualquer
outro lugar do que esperando que Nikki termine de se divertir. Honestamente não
entendo porque ela acha que ele é tão gostoso. Ele parece um presidiário.
Quando o cara não falou nada, virou a cabeça para olhá-lo de novo. Ele traçou
seu lábio inferior com o dedo médio enquanto a avaliava.
- Você não parece muito encantada com a banda. O que te trouxe ao backstage?
- Uma amiga para quem não posso dizer não.” Ela assinalou. “Sou tão essencial.
- Ou talvez você seja apenas uma boa amiga.
- Mais como uma amiga burra. Se parar de arriscar meu pescoço por ela, talvez
ela aprenda a ter alguma responsabilidade.
- Mas se algo ruim acontecesse com ela, você se sentiria responsável.
Ela olhou com assombro para ele, surpresa que tenha compreendido a verdade
por trás de suas ações tão facilmente.
Ele sorriu, revelando dentes brancos e perfeitos. A simples expressão
transformou-o de lindo em deslumbrante.
A respiração de Melanie ficou presa. Uau. Agora esse cara... ela podia entender
porque queriam pular na cama com ele mesmo mal o conhecendo. Só o que bastava
era um simples por favor e obrigada.
- Sim, entendo totalmente. Sou um daqueles tipos essenciais também. - disse.
- Então você admite que é tão burro quanto eu?
Ele sorriu.
- Acho que sim. Gostaria de uma cerveja?
Balançou a cabeça.
- Tenho que dirigir e já estou no meu limite. - Tinha certeza que sua repentina
tontura era causada pela companhia, e não pelo álcool.
- Que tal uma Coca, então?
Sorriu pela sua consideração.
- Água?
Ele assentiu.
- Jordan! - Gritou para o homem no bar. - Traga uma água para a moça.
- Já vai!
Voltou sua atenção para ela outra vez.
- Então, vai me dizer seu nome?
Ela relaxou nas almofadas do sofá, feliz por ter encontrado uma pessoa normal
para conversar. Pensou que teria que passar à noite toda fingindo ser invisível.
Melanie Anderson. E o seu?
Ele riu.
- Você realmente não está deslumbrada com a banda, está, Melanie?
O que isso tinha a ver com dizer-lhe seu nome?
- Gosto da música deles, mas não são a minha banda favorita ou qualquer coisa.
São um pouco pesados demais para o meu gosto. Nikki é que é obssecada por eles.
Ela me arrastou até aqui contra a minha vontade.
Um copo de água foi pressionado em sua mão.
- Obrigada, - disse para o barman. Tomou um gole e esperou que seu lindo
companheiro falasse novamente.
- Eu vejo. Sou Gabriel Banner. - Sorriu para ela e, de repente ela sentiu-se mais
quente, e se perguntou se alguém tinha desligado o ar-condicionado. - Me chame
de Gabe.
Um nome totalmente normal para um cara totalmente normal. Teria se sentido
desconfortável falando com qualquer um dos outros homens na sala - tatuados, com
piercings, cortes de cabelo estranhos, correntes e couro - mas Gabe parecia tão
normal como ela. Sua única falha notável era o boné dos Texas Rangers que usava.
Como fã dos Angels queria zombar de sua lealdade para com seu time, mas poderia
perdoar essa pequena falha.
Sorriu e estendeu a mão livre em saudação. Sua mão deslizou na dela. Embora
tenha dado um aperto suave, ela pôde sentir a força naqueles dedos. Seu coração
acelerou quando os dedos dele tocaram as costas de sua mão.
- Prazer em conhecê-lo, Gabe. Como é que um cara de aparência normal como
você acaba nos bastidores com todas essas, erm, pessoas interessantes?
Ele hesitou e então riu como se achasse que estava brincando.
- Eles são ótimos, não são? Você é de Tulsa?
Ela balançou a cabeça.
- Kansas. Nikki queria tanto conhecer Shade que me fez dirigir com ela até aqui.
Ela não conseguiu ir nos bastidores na noite passada. Embora ache que conseguiu o
que queria essa noite. De onde você é?
- Austin.
Tinha reconhecido um pouco de sotaque em sua fala, mas não teria imaginado
que ele fosse do Texas - suas calças jeans não eram apertadas o bastante para cortar
a circulação de suas bolas. Supôs que o boné dos Rangers deveria ter-lhe dado uma
pista.
- Você veio dirigindo todo esse caminho desde Austin só para ver o Sole Regret?
Ele riu de novo e puxou uma orelha. Certamente se divertia com facilidade. E o
som profundo de sua risada fez com que quisesse mantê-lo rindo regularmente.
- Sim, acho que poderia se dizer isso. - disse.
Gabe tomou o resto de sua cerveja, estendeu a garrafa vazia, e deu-lhe uma
pequena sacudida. Dentro de vinte segundos ela foi substituída por uma nova
bebida.
Tomando sua água, se perguntou por que o barman estava tão ansioso para
agradar Gabe.
- Então, você conhece a banda?
Ele sorriu outra vez e Melanie temeu que fosse derreter. Estava mais do que
interessada em colocar um sorriso permanente em seu rosto bonito.
- Nós já nos conhecemos. O que você faz no seu tempo livre quando não está
acompanhando sua amiga?
- Sou contadora.
- Isso deve ser... - Suas sobrancelhas se juntaram. - Chato pra caralho.
Ela riu.
- Paga as contas. Além disso, gosto de números. Eles são previsíveis.
- Suponho que você não tenha um osso imprevisível nesse seu corpo.
Ela estendeu a mão e passou um dedo pelo lado do pescoço dele. Seu pulso se
acelerou contra seu dedo.
- Eu não diria isso.
- Você está dando em cima de mim, Melanie?
Oh sim, sim, sim.
- Talvez. - Ela disse. Não havia nenhum sentido em Nikki ter toda a diversão da
noite. Ficou subitamente animada para ter um pouco de diversão para si.
- Detesto incomodá-lo. - Alguém disse do outro lado de Gabe.
Era um cara com um piercing perfurando seu nariz e uma tatuagem de uma mão
segurando uma caveira preta que cobria um lado de seu esguio pescoço. Ao ver a
tatuagem, a frenquência cardíaca de Melanie subiu. A maioria das tatuagens faziam-
na se sentir desconfortável, mas crânios e arame farpado sempre a assustavam. Deu
um grande gole na água e voltou seu olhar para Gabe, imaginando como ele lidaria
com a abordagem.
- Sou um grande fã seu, Force. - O pesadelo fashion guinchou. - Você é de longe
o melhor baterista do planeta. Pode me dar seu autógrafo?
Talvez Nikki não tenha vomitado no vocalista do Sole Regret, mas Melanie
conseguiu cuspir água em seu baterista.
Capítulo 4
Melanie saltou de pé e procurou algo para limpar a água no rosto de Gabe.
Rindo, ele levantou a bainha de sua camiseta e esfregou as gotas de sua pele. Ela
não pôde deixar de se embasbacar com seu tanquinho. Era ruim o suficiente que
tenha cuspido água num baterista famoso, mas cuspir água num baterista famoso
muito gostoso, com sonhadores olhos verdes e um sorriso lindo era um desastre
digno de manchete de jornal. Seu olhar se fixou na ponta de uma tatuagem que
espiava acima do cinto largo de couro perto do osso do quadril. Não conseguiu
distinguir o que era antes dele deixar a camiseta cair cobrindo sua barriga. Esperava
que sua sensação de mal-estar com tatuagens se acalmasse agora que sabia que ele
tinha uma, mas tudo que sentiu foi uma atração inegável quando olhou para ele.
Gabe pegou o cd de seu animado fã e assinou-o antes de voltar sua atenção para
Melanie.
- Sinto muito, - ela disse. - Não tinha ideia de quem você era.
E como estava sendo imbecil ao criticar sua banda.
Seus olhos viraram para o alto.
- Sim, meio que percebi isso.
- Reconheci os outros caras da banda, porque os vi no palco, mas você...
- Sou só uma mancha atrás da bateria enorme.
- Sim. - E parecia um cara lindo e normal, não uma estrela do rock. Tocou seu
rosto com a ponta dos dedos e encontrou-o quente. - Sinto muito por ter cuspido
água em você. Deve achar que sou uma lunática.
- Na verdade, acho que é encantadora, - ele disse. - Nunca conheci uma mulher
com coragem para colocar Shade no seu lugar e chamá-lo de esquisito num mesmo
fôlego.
Melanie gemeu.
- Não posso acreditar que fiz isso. - Se sentou no sofá ao lado de Gabe de novo e
enterrou a cabeça nas mãos. - Não acho que ele seja um esquisito. Ele só é tão...
- Arrogante?
- Sim. - Virou a cabeça para olhá-lo. - Mas você não parece ser.
- Sou apenas o baterista. - Ele tocou o centro de suas costas, envolvendo-a com o
calor do corpo e a fragrância limpa de sabonete e cheiro de homem quente quando
se aproximou. - Você tem namorado? - Curvou-se. - Sei que se você tivesse marido
ou noivo, ele não deixaria você sair de perto dele sem um anel no dedo.
Seu coração falhou uma batida. Ele estava dando em cima dela? Tinha certeza
que estava. Se ela se importava? Claro que não. Ainda gostava do que via. E queria
fazer muito mais do que olhar.
- Sou solteira.” disse. Yay! Acrescentou silenciosamente.
- Pensei que talvez fosse por isso que você rejeitou Shade, que estava
loucamente apaixonada por algum idiota de sorte. Você honestamente não se sente
atraída por ele?
Ela balançou a cabeça.
- Nem mesmo por sua fama?
- Isso não faz dele mais especial do que qualquer um de nós. Então ele é famoso.
Grande coisa. Isso não lhe dá o direito de se comportar como um idiota. Você é
famoso e não age assim.
- Você tem certeza disso?
Assentiu com a cabeça resolutamente.
Gabe se inclinou para ainda mais perto, seu olhar era tão intenso que ela ficou
paralisada. Ele levantou a mão para deslizar os dedos por sua bochecha. O coração
de Melanie retumbou no peito.
- Vou te beijar. - disse.
Ela não pode desviar seu olhar do dele. Nunca tinha visto olhos tão verdes. O
contraste dessas íris brilhantes contra seus cílios escuros foi hipnotizante.
- Você vai?
- Sim.
- Mas não me sinto atraída por caras como você.
- Caras como eu?
- Caras com tatuagens.
- Hmm, - ele murmurrou perto de sua orelha.
Suas pálpebras se fecharam.
- O que você diz de caras com moicano?
Suspirou e seus olhos se abriram.
- Nunca.
Gabe tirou o boné, revelando que os lados de sua cabeça não eram apenas
raspados, mas tatuados com padrões tribais pretos e vermelhos. A faixa de cabelos
soltos no centro de sua cabeça era alguns centímetros mais comprida e pintada de
preto e vermelho. Por isso ele não era seu tipo. Mas então por que seu ventre estava
contraído de desejo e sua calcinha desconfortavelmente úmida?
- E suponho que você nunca foi atraída por um cara com um piercing.
Seu hálito quente acariciou sua orelha. Ela abafou um gemido. Porque de
repente tudo estava girando em torno dele? Nunca foi atraída pelos tipos badboys.
Era provável que se encolhesse de medo quando abordada por algum deles. Agora,
embora Gabe a tivesse encurralado contra o braço do sofá, não sentia medo. Queria
tocá-lo. Acariciar seu moicano, esfregar seu couro cabeludo, acariciar suas
tatuagens com os lábios. De onde esses desejos tinham surgido? Devia recuar para
longe dele, não balançar em sua direção. Ele era exatamente o tipo de cara que sua
regra mandava evitar. Mas não estava com nem um pouco de medo de Gabe. Ela o
queria.
- Meu umbigo é perfurado, - ela soltou. Um momento de imprudência no seu
aniversário de vinte e um anos.
- Não acredito em você.
Levantou a bainha da blusa para mostrar-lhe a jóia pendurada em seu umbigo.
Ele prendeu a respiração, e seus dedos traçaram o contorno de sua cintura fina. Uma
corrente de prazer correu entre suas coxas, e ela apertou suas pernas juntas para
aliviar a dor crescente.
- Deus, isso é sexy. - Seu dedo mindinho mergulhou sob o cós da calça jeans
enquanto traçava o cordão de ouro em seu umbigo de novo. - Que outros segredos
você está escondendo, doce Melanie? Quero descobrir todos eles.
Cobriu a mão de Gabe antes que ele mergulhasse mais fundo em suas calças.
- Você tem piercings? - Perguntou, olhando em seus olhos. Não tinha visto
nenhum nas orelhas ou no rosto. Foi uma das razões pelas quais não tinha
reconhecido que era um deles. As roupas cobrindo as tatuagens no corpo. O boné
escondendo seu penteado não convencional e a pintura em seu couro cabeludo a
tinham feito baixar a guarda antes que percebesse como ele era assustador. Isso
tinha que ter sido a diferença. Falar com ele antes que soubesse que deveria estar
com medo. - Não vejo nenhum.
- Você tem que sentí-lo. - Gabe pegou sua mão e dirigiu-a para o peito. Seus
dedos roçaram um cume duro em seu mamilo.
- Oh! - Ela esfregou sua língua contra a borda de seus dentes, imaginando como
seria sentir aquele pedaço de metal balançando contra sua língua se tocasse-o por
cima da barra de sua camiseta. Os músculos se flexianaram sob seu toque, rezando
silenciosamente que ele estivesse tão atraído por ela quanto estava por ele. Queria
que agarrasse seu cabelo com as duas mãos, arrastasse-a sob seu corpo longo e duro
e pressionasse firmemente contra a dor latejante entre suas coxas.
- Melanie. - O sussurro do nome dela foi como uma carícia sedosa. - Você é
linda.
Os cantos de sua boca viraram para cima.
- Assim como você.
Seus olhares se encontraram e todo o pensamento racional desapareceu de sua
mente. Gabe deslocou-se para a frente e reivindicou sua boca em um beijo
selvagem. Bom Deus, ele tinha lábios firmes e exigentes. Seus dedos se enroscaram
no peito dele, e sua respiração ficou presa na garganta. Quando a língua dele roçou
seu lábio superior, todo seu corpo se inflamou. O sabor da cerveja. O cheiro de seu
corpo. A argola do piercing no mamilo contra seu dedo. Tudo tão estranho. Tão
perigoso. Sexy pra caralho. Ele puxou a boca para longe e olhou para ela. A mão
dela deslizou para baixo em direção ao quadril.
- Me mostre sua tatuagem, - ela exigiu sem fôlego. Parte dela queria provar a si
mesma que não estava com medo. A outra parte só queria dar uma boa olhada em
seu corpo.
- Qual?
- Aquela no seu quadril. Há mais?
Ele sorriu.
- Pensei que não gostasse de tatuagens.
Balançou a cabeça, o olhar movendo-se para o desenho no lado esquerdo
do couro cabeludo de Gabe. Com uma inspeção mais minuciosa, o padrão tribal
parecia um dragão. Não realista. Artístico. As grossas linhas pretas que formavam
seu longo corpo delgado arqueavam-se ao longo da extremidade de seu couro
cabeludo. Terríveis bolas de fogo vermelhas eram cuspidas por centímetros da boca
do animal. As garras pareciam alcançar seu ouvido.
- Não gosto. Estou curiosa, isso é tudo. Não é um desenho de crânio, é?Engoliu
em seco. O que faria se fosse?
- Não. Não é um crânio.
Ficou mole de alívio.
- Então é o quê?
- Ficaria feliz em mostrá-las a você. Todas elas. Mas não aqui.
Virou a cabeça para lembrá-la de que estavam em um canto nem tão isolado de
um quarto muito lotado. Melanie sentou-se bruscamente e puxou a blusa para baixo
sobre a barriga. Ninguém teria percebido o que estavam fazendo? Deveria estar
mortificada por seu comportamento imprudente, mas excitou-se outra vez.
- Force! - Alguém gritou do outro lado da sala e acenou freneticamente para
Gabe.
Gabe acenou de volta.
- Por que te chamam de Force? - Perguntou.
- Esse é meu estúpido nome artístico. - Adotou uma expressão ameaçadora -
lábio torcido, sobrancelhas juntas - e estalou os dedos. - Sou uma força a ser
reconhecida. - Sorriu e levantou a mão para que pudesse capturar as pontas de seus
dedos chupando-os com beijos.
- Oh! - Um latejar dolorido continuou a crescer entre suas coxas e sabia que só
havia uma coisa que iria aliviá-la. E apenas um homem que poderia fazê-lo. A
emoção de estar com Gabe, de superar seus medos ridículos, era muito sedutora
para negar. - Normalmente não sou atraída por caras como você.
- Foi o que você disse.
Seu coração bateu mais rápido e mais rápido até que reuniu coragem. Desejou
que pudesse ser mais parecida com Nikki e tornar perfeitamente claro o que queria.
- Se eu te disser que quero você, você acreditaria em mim?
- Experimente.
- Quero você.
Ele capturou o olhar dela e sustentou-o por um longo tempo.
- Quer sair daqui?
- Você vai me mostrar suas tatuagens?
- Isso iria me obrigar a ficar nu.
Sorriu para ele.
- Estou contando com isso.
Capítulo 5
Gabe não estava certo sobre o que tinha nessa mulher que o deixava tão
animado. Sim, ela era atraente, mas isso não explicava o encanto. Conhecia
inúmeras mulheres atraentes. Talvez fosse porque ela gostasse de estar com uma
estrela do rock e não por causa dele. Ou talvez fosse porque rejeitou Jacob -
ninguém nunca rejeitava Jacob. Ou talvez fosse porque havia algo de travesso e
selvagem debaixo de seu exterior convencional, e queria muito fazê-la soltar-se.
Fosse o que fosse, fora fisgado. Nunca questionava os instintos de sua cabeça de
baixo. Seu pau tinha um excelente gosto.
Seguiu Melanie para fora do estádio até um Volkswagen Beetle conversível
alaranjado encravado entre duas SUVs gigantescas no estacionamento.
- Bonitinho, - disse quando ela apertou o botão do alarme na chave e as luzes
dos faróis brilharam. Esperava que um dos beberões de gasolina fosse o dela. Não
teve essa sorte. Normalmente não entraria num carro tão feminino nem morto, mas
queria mostrar mais do que suas tatuagens para ela. Tinha a necessidade urgente de
estar a sós com ela. Para descobrir o que a fazia tão atraente. Sim, o contorno de sua
cintura e o piercing no umbigo tinham deixado seus pensamentos pesados de
desejo, mas era mais que isso.
- Ele é da Nikki. Provavelmente deveria mandar um mensagem e avisá-la que fui
embora sem ela. Ou talvez devesse deixá-la se preocupar comigo para ver se algo
muda. - Fez uma pausa para olhá-lo de soslaio avaliando-o com os olhos. “Ela tem
algum motivo para se preocupar?
- Só se ela pretende vê-la antes do amanhecer.
- Quantas tatuagens você tem? Não deve levar à noite toda para mostrá-las.
Ofereceu-lhe um sorriso desafiador. Que o fez querer beijá-la até lhe tirar todo o
atrevimento.
- Mas vou querer levar muito tempo para mostrá-las a você.
Ela prendeu a respiração. Depois de um momento, fechou a boca escancarada e
espremendo seu pequeno corpo apertou-se entre o SUV e a frente do carro pelo lado
do motorista.
- Está com fome? - Perguntou avançando para a porta e se esgueirando para
dentro do carro. - Estou morrendo de fome. Perdi o jantar para que pudéssemos
ficar na fila por duas horas. Tem que haver um restaurante aberto por aqui.
Tomou conhecimento de suas palavras rápidas. Esperava que ela não surtasse e o
deixasse plantado. Bem, na verdade, quanto mais esperava mais duro ficava. Será
que ela tinha alguma ideia do que ele tinha em mente? Fazia tempo desde que tivera
que se esforçar para seduzir uma mulher. Elas tendiam a cair para dentro de sua
calça. Talvez tivesse perdido o jeito. Ela queria jantar em primeiro lugar? De
verdade? Ele queria saber como ela ainda estava vestida.
Gabe espremeu-se no carro com ela e fechou a porta. Dobrando-se no espaço
pequeno, sentiu que corria o risco de ficar com os joelhos na altura da vista.
- A ideia de ficar sozinha comigo te deixa nervosa?
- Não. - Ela chiou.
- Bom. Então vamos pedir serviço de quarto, - disse, remexendo sob o assento
na alavanca para se dar mais espaço. Suspirou de alívio quando o assento se
deslocou e ofereceu-lhe alguns centímetros extras para as pernas.
- Mas...
- Você percebeu que pretendo foder você, não é? - Não havia sentido em fingir
que não era isso que aconteceria. - Se está brincando comigo...
- Não estou brincando, Gabe. Pretendo te foder até que você não possa se mover.
Apenas pensei que primeiro poderíamos começar nos conhecendo um pouco
melhor. Nunca tive que seduzir um homem tão rápido. Sinto-me... hum... uma
vagabunda. - Sussurrou a última palavra como se nunca a tivesse usado antes.
Um calor inundou sua virilha. Porra, sim. Ela queria ele, afinal. Estava
acostumado a mulheres chegando nele, demonstrando suas intenções de forma
clara, e deixando-o duro. Simplesmente não estava acostumado a mulheres agindo
como Melanie estava. Caramba, suas bolas doíam. Não havia nenhuma maneira no
inferno que iria fazer isso por meio de um jantar educado com ela. Estava
perfeitamente bem com ela se sentindo uma vagabunda. Especialmente porque
achava que ela não se deixava sentir assim muitas vezes. Convencê-la a fazer algo
que normalmente não faria acariciou-lhe o ego até que o desejo ardesse dentro dele
como o fogo do inferno.
Melanie ligou o carro, enquanto lutava para formar pensamentos coerentes.
Estavam saindo do estacionamento antes dele conseguir pensar de forma racional.
- Hum, para onde? - ela perguntou.
Deu-lhe o nome do hotel e ela procurou o endereço no GPS do carro.
Começaram a jorrar instruções de uma voz robótica.
- Você tem tempo até chegarmos ao hotel para procurar me conhecer, - disse. -
Não é longe. É melhor começar.
- Com que frequência você faz esse tipo de coisa?
- Que tipo de coisa?
- Ter mulheres que não conhece levando-o para seu quarto de hotel?
- Com menos frequência do que imagina.
Ela levantou uma sobrancelha para ele, seus lábios franzidos de ceticismo, antes
de voltar sua atenção para a estrada. Estava principalmente na seca
nesta turnê. O que significava que a curta viagem para o hotel teria que ser
especialmente rápida. Uma coisa boa. Se sentisse o cheiro de seu shampoo de fruta
mais uma vez, iria abrir a calça e mostrar-lhe o efeito que tinha sobre ele, que se
danassem as leis de atentado ao pudor.
- Costumo levá-las para o ônibus da turnê, - disse, forçando sua mente a
acompanhar o fio da conversa. - É mais fácil se livrar delas dessa maneira.
Ela riu.
- Pelo menos você é honesto.
- Com que frequência você faz esse tipo de coisa? - Replicou.
- Antes ou depois que me formei na faculdade?
Havia uma diferença?
- Depois?
- Poucas vezes.
- Antes?
- Sempre que sentia vontade, - ela disse. - O que não era frequente.
- Então, por que está fazendo isso agora?
- Acho que tenho direito a me divertir com um pouco de sacanagem de vez em
quando.
Virou a cabeça sorrindo. Ela tinha um grande sorriso. Que fez seu coração inchar
no peito. E outras coisas incharem nas calças.
- E quero ver a tatuagem em seu quadril.
Não entendia por que uma tatuagem em seu quadril era uma coisa tão importante
para ela. Não era nada espetacular, só o seu signo astrológico.
- Acho que sua ideia de quem sou e de quem realmente sou são duas coisas
completamente diferentes.
- Duh. É por isso que queria conhecê-lo primeiro. - disse.
Talvez ele fosse o único que estivesse nervoso. Não sabia se ela ficaria
impressionada com seu verdadeiro eu. Geralmente o negócio de rockstar fazia todo
o trabalho por ele. Correu os dedos por seu braço nu, e ela estremeceu.
- E é por isso que estou com tanta pressa para ocupá-la com outras coisas. -
Ela olhou-o de relance e perguntou. - Então, tem família?
Bem, esse assunto sem dúvida puxou os freios de sua libido.
- Sim, todos não temos?
- Suponho que a maioria tem. Eles são grandes fãs de sua música?
Ele riu.
- Não exatamente. Ódio não é uma palavra forte o suficiente para descrever
como se sentem sobre a minha música. Tive uma estrita educação religiosa. Minha
família é muito conservadora.
- Você não fala com sua família, então?
- Eu não disse isso. Eles não necessariamente aprovam como vivo ou a carreira
que escolhi, mas me amam. Desde que deixe meu cabelo crescer para cobrir a
tatuagem na minha cabeça antes do dia de Ação de Graças, nos damos muito bem.
E como praticamente pôde fazer tudo o que quis fazer, respeitava seus pais o
suficiente para não exibir suas atitudes liberais na casa deles. Até onde lhe dizia
respeito, era um acordo justo. O conforto de sua família significava mais para ele
do que mostrar suas tatuagens. Não tinha descoberto seu lado selvagem até ir para a
faculdade. E não tinha feito as tatuagens como forma de rebelião pela educação que
tivera, mas porque gostara legitimamente de cada desenho o suficiente para gravá-
los para sempre em sua pele. Para ele, tatuagens eram arte, não uma afirmação.
Melanie entrou com o carro na entrada do hotel e parou perto de um manobrista
que estava a espera. Gabe ficou tenso com a antecipação.
- A tatuagem fica bem em você, porém... - ela disse, com os olhos fixos em seu
couro cabeludo. - Não tenho certeza porque.
Sabia exatamente o porquê.
- Sou um Fruto Proibido.
- Então você acha que a razão por te querer tanto é porque meu pai atiraria em
você a primeira vista?
- Isso parece certo, - disse. E não teria problema em tirar o melhor proveito dos
problemas de seu pai.
- Bem, vendo como ele chutou qualquer homem com quem fiquei antes que
colocassem um anel de noivado no meu dedo, não acho que você seja tão especial.
A porta se abriu, e o manobrista ofereceu a mão para Melanie sair do carro. Ela
trocou as chaves por um ticket de estacionamento enquanto Gabe se amaldiçoava
mentalmente por ter abandonado seu bons modos e não ter sido o único a abrir a
porta para ela. Quando tinha começado com essa droga de impressionar as
mulheres? No momento em que uma sexy contadora tinha esbarrado em seu peito e
nem sequer teve a decência de ficar quente e incomodada no instante em que a
tocou.
- Ponha isso na conta do meu quarto, - Gabe disse para o manobrista enquanto
contornava o carro para segurar Melanie pelo cotovelo.
- Sim, Sr. Banner.
Melanie pareceu impressionada.
- Ele te conhece pelo nome?
- Sou um cliente VIP, - disse, - é trabalho dele puxar meu saco.
Incapaz de manter as mãos longe dela por mais um minuto, passou o braço pelas
costas dela atraindo-a para se aconchegar ao seu lado. Ela permitiu que a levasse
para a grande entrada do hotel, mas aparentemente ainda estava no processo de
começar a conhecê-lo.
- Então, seus pais eram contra você se tornar músico...
- Eu não disse isso. Eles nunca foram contra eu me tornar músico. É o tipo de
música que escolhi que eles não aprovam. Não se importariam se tivesse me
tornado um cantor gospel. - Piscou para ela.
- Então, como você se tornou baterista? Não é exatamente um instrumento do
coral da igreja.
- Eu era o nerd da percussão na banda. Não sou talentoso o suficiente para tocar
um instrumento de verdade.
- Então porque está fazendo isso? - Perguntou quando entraram no saguão por
uma porta giratória. Ela nem sequer reparou na opulência. Estava muito ocupada
enfiando seu lindo narizinho em seus assuntos. E ele continuava na estaca zero
quanto a deslumbrá-la.
- Por que faço essa merda constrangedora? Se fosse mentir, diria que para me
parecer com alguém legal e irresistível, você não acha?
Ela inclinou a cabeça, avaliando-o como se fosse parte de uma coluna de
números que não se somam. Se perguntou se sua visão limitada do mundo servia-
lhe bem no Kansas. Ela parecia gostar de colocar tudo em uma caixinha arrumada.
E tinha certeza de que ela ainda estava procurando desesperadamente a caixa certa
onde guardá-lo dentro.
Como era bem depois da meia-noite, o lobby estava vazio, exceto pela
recepcionista sorrindo com indulgência para si mesma quando fingiu não vê-los. O
elevador estava a espera.
- Diga-me uma coisa que te faça menos legal, - Melanie disse.
- Caramba, Mel, você tem à noite toda? Não sabe que a maioria das estrelas do
rock começou a vida como excluídos que não queriam parecer estranhos, mas que
encontrou um bando de excluídos parecidos para fazerem música juntos? Poucos de
nós de alguma forma conseguem fazer disso um estilo de vida. A maioria tem que
complementar sua carreira entregando pizza.
- Mas ser um excluído te fez normal.
Ele balançou a cabeça em confusão.
- Se você diz assim.
- Como você era na escola?
Gemeu interiormente e pensou em mandá-la ficar calada. Ele tinha sido um
desastre ambulante.
- Usava aparelho.
- Isso explica seu sorriso perfeito.
Ela disse que seu sorriso era perfeito? Talvez todas as visitas dolorosas ao
ortodentista tenham valido a pena.
- O que mais? - Ela pressionou.
- Era alto e magro. - Ela estava tentando safar-se de dormir com ele ou o quê?
Ela levantou a bainha de sua camiseta para observar sua barriga.
- Nenhuma grama de gordura, mas não diria magro. Malhado. E você é alto.
Suponho que é um benefício para um baterista.
- Eu não era tão atraente, Mel, não toquei meu primeiro peito até ter vinte anos.
- E quantos peitos você tocou desde então?
Ele sorriu.
- Não apalpo e saio contando.
Dentro do elevador, Gabe pegou o cartão de seu quarto da carteira, contente da
banda ter verificado mais cedo que seus pertences já estavam nos quartos. Ele tinha
roubado da recepção um cartão para acessar a cobertura. A banda tinha reservado-a
para a noite. Esperava que algo assim virasse a cabeça de Melanie, mas ela insistia
pedindo-lhe para compartilhar segredos sobre a parte menos atraente de sua vida.
Assim que as portas do elevador se fecharam, ela virou-se para encará-lo.
Apoiou as palmas das mãos em seu peito e olhou-o com sensuais olhos castanhos.
Não tinha notado os pontos azuais e verdes neles mais cedo. Abriu a boca para
elogiá-la e ela interrompeu-o para dizer.
- Apenas diga-me mais uma coisa pessoal sobre você mesmo. Fico muito mais
confortável com o Gabe do que quando estou com Force.
- A força é igual a massa vezes a aceleração, - disse ele.
- Huh?
- A razão por que me chamam de Force não é porque golpeio objetos com força -
apesar de fazê-lo. É porque projetava coisas importantes no curso de física antes de
cair fora da faculdade no meu segundo ano. Iria me tornar um engenheiro e inventar
coisas.
Na verdade, ele inventara coisas, apesar de não ser formado. No entanto, era
algo que definitivamente estava mantendo para si. Ninguém sabia sobre suas
invenções. Já era ruim o suficiente que tivesse compartilhado o segredo por trás de
seu apelido com ela, só a banda sabia como tinha ganhado-o. Então, por que estava
dizendo-o a Melanie? Ela tinha um efeito estranho sobre ele. Se sentiu vulnerável.
Exposto. Ela tirava sua calma. Não era uma sensação a qual estava acostumado, e
não tinha certeza de que gostava.
Ela lhe deu um tapa no peito.
- É por isso que estou tão atraída por você,v- disse. - Sabia que não podia ser
essa coisa de músico famoso. - Ergueu-se na ponta dos pés para beijar seu pescoço.
Todos os músculos do corpo dele ficaram tensos.
- Melanie? - sussurrou.
Seu hálito quente fez cócegas em seu pescoço.
- Amo um homem com cérebro.
Um cérebro que deixou de funcionar quando uma certa contadora sexy sugou o
ponto pulsante em sua garganta. Não misturava mais o nerd da faculdade com a
banda. Odiava ser aquele desajeitado cara obediente. Sonhar em construir corações
mecânicos e membros artificiais não o divertiam mais. Era um astro do rock. O
sucesso não tinha lhe sido entregue numa bandeja de bronze. Ele teve que ganhá-lo.
E Melanie tinha que acostumar-se com a ideia de que isso que estava esforçando-se
para rejeitar era uma parte importante de quem ele era.
Estendeu a mão e apertou todos os botões do primeiro ao décimo andar. O
elevador sacudiu-se quando parou no andar seguinte e, em seguida, a porta abriu.
Melanie afastou-se, seu olhar correndo nervosamente para o corredor vazio. Não
havia ninguém lá. Olhou para ele com olhos arregalados.
- Acha que há algo de errado com o elevador?
- Apertei todos os botões.
- Por quê?
- Porque não posso esperar mais.
As portas do elevador fecharam-se e começaram a subir novamente. Suas
sobrancelhas uniram-se e seu nariz enrugou em confusão. Gabe moveu as mãos até
seus ombros e deslizou as alças finas da regata junto com as do sutiã para baixo de
seus braços delgados. Usou o mais leve dos toques em sua pele sedosa, observando
a reação dela.
- Do que você gosta? - Perguntou.
- Huh!
- Você gosta de um toque mais suave? - Perguntou acariciando-lhe a pele com a
mais leve das carícias e, em seguida, fechou os dedos para aplicar mais pressão.
Moveu as mãos ao longo de seus ombros. - Ou algo mais rude?
Com os olhos arregalados, ela balançou a cabeça.
- Não sei.
O elevador parou e as portas abriram-se novamente.
Deslizou as mãos para seus seios e libertou-os do sutiã.
- Espera. - Ela ofegou. - Alguém pode...
Segurou um monte perfeito de carne e acariciou suavemente o mamilo
endurecido com o polegar.
- Gentil.
Quando ninguém juntou-se a eles no elevador, Melanie soltou um suspiro, e suas
pálpebras tremularam fechando-se. Gabe apertou o outro seio e beliscou o mamilo
entre o polegar e o indicador, esfregando a ponta com uma pressão crescente.
- Rude.
- Oh.
Assim que as portas do elevador fecharam-se de novo, inclinou-se e deslizou a
língua sobre o mamilo rosado.
- Gentil. - Disse, soprando uma respiração lenta ao longo de sua pele enrugada
antes de moldá-lo em sua boca chupando com terno cuidado.
Os dedos dela agarraram-se a seu couro cabeludo. Ainda não sabia dizer o que
ela preferia, parecia gostar de ambos. Soltou o seio com um suave som de sucção e
voltou sua atenção para o outro.
- Rude. - Beliscou o mamilo avermelhado e depois chupou-o na boca,
esfregando a língua sobre a ponta dura. Arranhou a carne com a ponta dos dentes.
- Gabe.
As portas do elevador abriram-se outra vez. Dessa vez, ela não percebeu. Gabe
sorriu para si mesmo. Melhor assim.
Afastou-se e esperou ela abrir os olhos antes de segurar sua buceta através da
calça jeans. Quando seus pensamentos enevoados registraram o calor que saía dali,
seu pênis começou a pulsar em antecipação. Olhou para os lindos olhos dela
enquanto deslizava os dedos entre suas pernas e apertava a mão contra seu sexo.
Pressionando a palma da mão contra ela, esfregou seu clitóris com pressão
suficiente apenas para lembrá-la que estava lá.
- Gentil?
As portas fecharam novamente, e o elevador levou-os para mais perto de seu
destino.
- Posso ter os dois? - Ela perguntou sem fôlego.
Sorriu e apoiou-a na parede. Agarrando sua bunda apertou o pau contra seu sexo,
investindo com impulsos vigorosos de seus quadris.
- Ou rude?
Ela agarrou-se a ele, esfregando seu calor contra seu pau latejante. Se ela
estivesse usando saia teria subido-a pelo corpo logo em seguida. Podia sentir seu
calor escorregadio engolindo-o, imaginá-la apertando-o com sua buceta durante o
orgasmo quase foi sua perdição. Quase.
- Oh Deus, Gabe, foda-me, - ela gemeu.
Suas bolas apertaram-se com entusiasmo. Inebriado de desejo esfregou a boca
aberta sobre sua garganta.
- Você decidiu o que você quer, Melanie?
- Sim. Você. Quero você.
Deu a câmera de vigilância um longo olhar e, em seguida, mordeu o lábio
inferior, considerando o que isso significaria para ela se seguisse seus instintos e a
satisfizesse ali mesmo. Por mais tentadora que fosse, ela merecia coisa melhor.
Podia esperar mais alguns minutos, no máximo. Seu olhar deslocou-se para seus
olhos.
- Gosto de uma mulher que sabe o que quer.
Afastou-se e observou que ainda faltavam cinco andares para chegarem ao topo,
que prometia ser o céu. Melanie olhou-o desorientadamente por um momento e
então esforçou-se para cobrir seus seios deliciosos antes que as portas do elevador
abrissem de novo. Despreocupadamente apertou o botão rotulado “fechar portas”
tentando esconder sua ansiedade, fingindo estar no controle e manter a calma.
Sim, gostava de uma mulher que sabia o que queria. Também gostava de deixar
uma mulher confusa e desorientada, desejando seu corpo como uma viciada que
anseia pelo próximo pico. Olhou de relance para Melanie notando como estava
corada, desgrenhada e radiante com um brilho suave de transpiração. Abaixou a
cabeça para esconder um sorriso de auto-satisfação e concentrou sua atenção nas
unhas para reduzir a vontade de vangloriar-se. Sim, missão cumprida.
Capítulo 6
Melanie olhou de relance para Gabe, que estava encostado na parede do
elevador, inspecionando as unhas. Estava pronta para arrancar a calça jeans ali
mesmo no elevador para que ele pudesse possuí-la com seu grande pau duro que
tinha esfregado tão vigorosamente contra seu sexo. Não iria sequer se importar se
as portas do elevador se abrissem. Pensar que pudessem ser pegos a excitou ainda
mais. Na sua vida tinha encontrado caras com paus que a excitaram, mas nunca
tinha conhecido um, que apenas pressionando seu pau contra ela fizesse sua buceta
contrair-se de desejo. Talvez fosse a maneira dele de ensinar-lhe uma lição por
intrometer-se em sua vida pessoal. Por que motivo mais poderia ser que de repente
começou a ignorá-la? Tinha sido muito carente? Muito desesperada? E se tivesse
feito algo que o fez perder o desejo? Merda!
Cruzou os braços sobre o peito e virou de costas para ele ficando de frente para a
porta do elevador. Se achava que pediria para transar com ele de novo, ficaria muito
decepcionado. Esperava que ficasse com uma violenta dor no saco. Iria aproveitar o
serviço de quarto, dar uma boa olhada em suas tatuagens para provar que era
corajosa e, em seguida, deixaria-o sem nada, apenas com a mão como companhia.
Talvez da próxima vez pensasse melhor em deixar uma mulher toda quente e
incômoda e depois fingir que ela não existia.
No momento que as portas do elevador se abriram na cobertura, Melanie tinha
quase se convencido de que estava indo embora. O que estava pensando, afinal
Gabe era a coisa mais sexy que possuía três pernas e, sim, todo seu corpo ainda
estava latejando de tesão depois de encontrar a perna número três. Mas caramba,
não iria pedir para aliviá-la de seu sofrimento, não importava o quão atraente
achava que ele era. Deu um passo a frente e parou, piscando repetidamente
enquanto observava o que estava acontecendo no corredor ao lado de uma das
portas do quarto de hóspedes. Um casal transava ali mesmo, na frente de Deus e
todo mundo. Bem, ela e Gabe eram as únicas testemunhas, mas realmente... e, em
seguida, ocorreu-lhe que a bunda em um par de jeans de couro despido até o meio
das coxas flexionando e relaxando ritmicamente pertencia a Shade e a puta sem
vergonha com as pernas envoltas em sua cintura, com a calças jeans pendurada em
um tornozelo e as costas pressionadas na parede, não era outra senão Nikki.
- Nikki, - Melanie balbuciou. - O que diabos pensa que está fazendo? - Shade
virou a cabeça. Ele ainda estava usando seus óculos escuros, pelo amor de Deus.
Ele nem sequer pausou as vigorosas estocadas profundas quando sorriu para ela.
- Decidiu se juntar a nós, afinal.
- Vá se ferrar, - ela disse. Uma mão estabeleceu-se na parte inferior de suas
costas e seus mamilos enrijeceram porque seu corpo não conseguia deixar de
responder ao toque de um certo baterista. Caramba, de todas as maneiras, não podia
negar que queria ele. Apesar da inexplicável desatenção no elevador que a irritou,
não iria deixá-lo sozinho com sua mão, porque não queria ficar sozinha com a sua.
- Você não acha que deve fazer isso em outro lugar, cara? - Gabe disse. - Há
câmeras de segurança nos corredores, sabe. E os vídeos de vigilância costumam
acabar na Internet quando flagram um celebridade fodendo uma anônima garota
gostosa em público.
- Não consegui fazer minha chave funcionar. - Shade disse.
- Não podíamos esperar, - Nikki acrescentou. - Precisava de seu saboroso pau
dentro de mim. - Lambeu os lábios e, em seguida, sugou beijos ao longo de toda a
mandíbula dele, como se fosse completamente natural trepar com uma estrela do
rock no meio do corredor na frente de um par de testemunhas. - Ele tem o maior e
mais belo pau que eu já chupei.
- Esse não é o seu quarto, - Gabe disse. Apontou para o outro lado do corredor. -
Esse é o seu quarto. - Shade olhou para a porta rotulada 1012 e depois para o outro
lado do corredor para o 1021. Ele de fato corou. - Oh. Foi mal.
Ele agarrou o traseiro de Nikki e abraçando-a manteve seu pau nela quando se
arrastou pelo corredor. Ela bateu contra a parede, mas não esboçou nenhum protesto
enquanto ele procurava o cartão de plástico em sua jaqueta de couro. Conseguiu
inserí-lo na fechadura de cabeça para baixo. Quando a luz na porta piscou
vermelha, gemeu em protesto e, como se fosse incapaz de resistir, começou a
empurrar com força no corpo de Nikki. Gabe teve pena da dubla de maníacos
enlouquecidos de tesão e abriu a porta para eles.
- Valeu, - Shade disse sem fôlego quando ergueu Nikki para longe da parede.
- Até amanhã, - Nikki disse e acenou para Melanie. - Force vai abalar seu
mundo.
Melanie pegou sua piscadela antes de Shade fechar a porta com um chute. Um
baque forte ecoou do lado de dentro.
Gabe virou-se e lhe ofereceu um sorriso de desculpas. Esfregou rudemente a
parte de trás da cabeça e olhou para o tapete.
- Desculpe você ter que ver isso. Ele vira um filho da puta quando está com
tesão, mas tem um bom coração.
- Onde é o seu quarto? - Nunca iria admitir isso, mas estava desapontada por
Gabe não estar tão atraído por ela a ponto de agarrá-la no corredor.
Ele desviou o olhar e inclinou o queixo, mas ela viu o sorriso em seus lábios
sensuais.
- Com pressa?
Aparentemente ele não estava.
- Você me prometeu serviço de quarto. - Não estava com frio, mas se abraçou e
esfregou as mãos para cima e para baixo nos braços. Ainda não tinha certeza se ele
estava mesmo interessado em continuar o que tinha começado. Nunca encontrou
um homem que podia ir da aceleração total até à parada completa em três segundos.
Ele parecia querê-la quando entraram no elevador. Sentiu sua excitação pressionada
contra ela e ainda sentia a umidade incômoda em sua calcinha. Quando admitiu que
o queria, ele a empurrou para longe. Qual era o jogo que estava jogando? Não tinha
experiência suficiente com os homens para descobrir como agir. Devia se fazer de
difícil, para conseguir que rasgasse suas roupas, ou devia pular em cima dele? Ou ir
embora? Olhou para o elevador avaliando suas opções. Se fosse ela quem voltasse
atrás, não seria tão devastador para seu já ferido ego.
Gabe envolveu um braço em volta dela na parte inferior de suas costas e dirigiu-
se ao outro lado do corredor. Enfiou o cartão da chave na fechadura e a luz ficou
verde.
- Acho que vou ter que voltar atrás naquela promessa, Melanie, - disse e abriu a
porta.
Ele estava realmente dizendo para ela ir embora? Por que então a trouxe ali? Ela
olhou-o.
- Por quê? Você acha que isso é engraçado...
Ele empurrou-a para o quarto e fechou a porta. Sua freqüência cardíaca disparou
quando olhou para ela à luz suave do abajur. Não havia dúvida do desejo em seu
olhar apreciativo. Ele estava de volta a todo vapor. Oh, graças a Deus.
- Costumo ter um controle melhor. - Estendeu a mão para a barra de sua regata e
puxou-a sobre a cabeça. - Mas não posso esperar mais. Se não fosse pela câmera de
segurança no elevador, teria possuído você lá.
Traçou a borda rendada de seu sutiã, seu olhar fixo em seu peito.
- Quando você me pediu pra te foder, quase gozei na minha calça, Mel. Porra,
estou duro pra você.
E ela pensando que ele estava se fazendo de difícil ou não estava atraído por ela.
Sua confiança aumentou.
- Tire as calças, Gabe. - Ligou a luz no interruptor da parede. - Quero dar uma
boa olhada naquelas tatuagens. - Ele sorriu e tirou a camiseta. Poderia ter ficado
olhando para ele sem camisa por uma eternidade e nunca se cansar da visão de seu
corpo tonificado. Ele era lindo.
Duas tatuagens decoravam o peito. A da direita era uma imagem incrivelmente
real de um lobo cinzento. A outra em seu peitoral esquerdo era uma imagem de uma
puma. O olhar de Melanie lentamente desceu pelo caminho dos peitorais firmes,
bem esculpidos, para descansar em um cume sexy em seu quadril. Novamente a
sugestão da tatuagem por cima do cós da calça jeans de cintura baixa chamou sua
atenção. Outra vez, não conseguiu entender o que era. Estendeu a mão para o cinto.
Ele pegou a mão dela.
- Talvez devesse se familiarizar com os desenhos nas minhas costas primeiro.
Esse no meu quadril pode ser demais para você lidar.
Ela riu.
- Oh, verdade?
- Não há nenhuma maneira de mostrá-lo e manter meu pau em minhas calças.
Ela pigarriou com diversão.
- Oh não, definitivamente eu não iria querer isso.
Gabe virou-se lentamente e olhou para a parede. Quando a linda Fênix tatuada
por toda a superfície das costas surgiu à vista, a respiração de Melanie travou. Uau.
O trabalho era impressionante. Sua pele decorada era irresistível. Aproximou-se
dele, espalmando as mãos em sua carne sedutora. Não sabia o que esperava sentir
em sua pele tatuada. Descobrir que era tão quente e suave como a pele normal a
surpreendeu. Os músculos de Gabe se contraíram sob as palmas das mãos, uma
crescente animação misturou-se com cada respiração rápida. O cheiro de seu corpo
inundou-a e ela chegou mais perto, inalando profundamente. Sua língua pediu para
provar a carne, para determinar se seu gosto era tão bom como ele cheirava.
- Adorei isso, - disse. - Os detalhes das penas são surpreendentes. - Deu uma
olhada mais atenta. - Os olhos parecem tão reais. Por que uma Fênix?
- É um símbolo do meu renascimento, - disse a ela. - Do homem que todos
queriam que eu fosse para o que eu estava destinado a ser.
Apertou os lábios em um ombro decorado por uma asa estendida coberto de
vermelho, laranja, amarelo e preto.
- Boa escolha, - disse. Passando a língua por sua pele.
- Obrigado, eu personalizei-a.
- Não a tatuagem, - disse. - Embora seja linda. Quis dizer, boa escolha por
escolher ser o homem que estava destinado a ser.
Deslizou ambas as mãos em torno do corpo dele para acariciar seu peito. Não
podia sentir a tinta pelo toque, mas quando seu dedo roçou a argola no mamilo, uma
onda de calor espalhou-se entre suas coxas. Foi engolida pelo desejo ao apertar os
lábios em sua coluna e esfregar o pedaço de metal em círculos suaves com o
polegar. Se perguntou qual seria a sensação de ter o mamilo perfurado e os lábios de
Gabe puxando-o. Seria capaz de sentir o puxar para dentro e para fora? Seus seios
de repente ficaram pesados e doloridos, esmagou-os nas costas dele passando as
mãos por seu estômago plano e duro.
- Então não está mais cobiçando o nerd desajeitado da banda que usava
aparelho? - Ele perguntou.
Incapaz de resistir à tentação, empurrou a mão no bolso da frente e tomou o
pênis na palma da mão. Era longo, duro e enorme. Sua buceta latejou de desejo.
- Não sei. Aquele cara é tão bem-dotado como você é?
Ele prendeu a respiração e seu abdômen contraiu debaixo de sua outra mão. Ela
distribuiu beijos sobre suas costas enquanto acariciava o pau através do algodão
macio do forro do bolso.
- Sim, mas ele não sabia como usá-lo. - Agarrou o pulso e puxou a mão do bolso
antes de se virar para encará-la. - Felizmente, eu sei.
Seu comentário esperto morreu na língua enquanto o olhar ardente dele percorria
seu peito. Ele moveu a mão para suas costas para desabotoar o sutiã com uma
facilidade adquirida pela prática. Retirou a peça de renda rosa deixando-a cair no
chão.
- Linda - murmurou. As pontas dos dedos roçaram os mamilos intumescidos e
suas costas arquearam involuntariamente. As mãos de Gabe deslizaram por sua
barriga e ele soltou seu cinto. Em seguida o botão da calça foi aberto. Puxou o zíper
para baixo centímetro por centímetro.
Devagar.
Lentamente.
Devagar pra caralho.
Ela estava em chamas.
Estendeu a mão para o cinto dele. Desabotoou e abriu a braguilha. Antes que ele
pudesse detê-la, puxou as calças para baixo das coxas para revelar a tatuagem em
seu quadril. Se agachou na frente dele para inspecionar mais de perto - Era um
leão? - Mas quando encontrou na frente dela seu maravilhoso pau duro achou-o
muito mais interessante do que qualquer desenho artístico. Veias escuras inchavam
a pele de seu pau. A ponta curvada agradavelmente para cima. Sua cabeça estava
inchada brilhando com uma gota de pré-sêmen. Melanie correu a língua sobre ela
para provar o gosto dele, Gabe gemeu em tormento. Sorrindo por sua reação,
pressionou a palma da mão contra seu quadril e usou a mão livre para guiar o pau
na boca. Esfregou a língua por toda a grossa extensão. Chupando forte, recuou para
colocar os lábios sobre a cabeça do pau, antes de inclinar a cabeça para frente
levando-o profundamente em sua boca.
Gabe respirou fundo entre os dentes.
- Melanie... espera.
Inclinou a cabeça para trás para olhá-lo. Ele acariciou seu cabelo afastando-o do
rosto com uma mão.
- Não me deixe mais excitado do que já estou, tenho surpresas para você. Olhou
por cima do ombro para a suíte. - Minha bagagem está aqui.
Ela puxou a cabeça para trás, libertando-o de sua boca.
- Que tipo de surpresas?
- Vou te mostrar. Apenas... se você continuar fazendo isso, vou gozar e então
provavelmente vou cair no sono depois.
Olhou-o incrédula.
- Nunca conheci um cara que recusou sexo oral antes.
- Pelo menos, deixe-me retribuir.
Ele envolveu ambos os braços em volta dela, apertando os seios nus firmemente
em seu peito. O piercing no mamilo esfregou-se contra ela, e ela pensou que fosse
explodir com o desejo. O contato com algo que considerava proibido a fez se sentir
tão malcriada. Imprudente. Ele a fez se sentir assim. Amava todas as coisas não
convencionais nele. Estava começando a entender porque Nikki era tão atraída por
bad-boys.
Abraçados como estavam, Gabe caminhou para trás levando-a de costas para a
área de estar da suíte. Quando virou a cabeça para apreciar o quarto luxuosamente
decorado, ele fez uma pausa. Assim que voltou seu olhar, ele pegou sua boca em
um beijo profundo. Melanie colocou os braços em volta de seu pescoço e
correspondeu ao beijo, sem fazer nenhum protesto quando ele empurrou a calça
jeans para baixo de seus quadris agarrando sua bunda com ambas as mãos grandes,
e apertou-a mais firme contra ele, seu pau grosso estimulando-a na barriga.
Ele começou a se mover novamente. Desta vez não parou até que suas pernas
entraram em contato com a cama. A reclinou sobre o colchão, ainda beijando-a.
Quando a tinha onde queria, levantou seu peso nas mãos, separou a boca de seus
lábios ávidos, e olhou-a.
- Suas calças estão no meu caminho, - sussurrou.
Ela tentou se livrar delas, estavam em seu caminho também, mas com seus
corpos prensados contra a cama, ele tinha prendido seu jeans com a parte inferior
do corpo.
- Não se apresse, - disse. - Quero olhar para você primeiro.
Se afastou e pôs-se de pé, deixando-a sozinha e desorientada com as pernas
balançando fora da cama. Agarrou seu jeans e puxou despindo-a, deixando a
calçinha e as sandálias de salto. Ela se contorceu para o meio da cama usando os
cotovelos e calcanhares se impulsionando para o meio da cama, quando ele segurou
em um ponto acima de seu tornozelo onde passava a tira da sandália, ela parou.
- Me mostre como você gosta, - disse.
- O quê?
- Não consigo dizer se você gosta de gentil ou rude, por isso quero que me
mostre.
- Como eu deveria mostrar a você?
- Toque seus seios.
- Gabe, gosto de qual...
O olhar que lhe deu ameaçou derreter sua calcinha.
- Me mostre, Mel.
Ela caiu de costas e agarrou os seios com as duas mãos. Esse não era o propósito
que tinha em mente com um parceiro, se era para fazê-lo sozinha? Puxou seus
mamilos até estarem suficientemente duros, em seguida baixou as mãos.
- Satisfeito?
Ele riu.
- Não mesmo. Tire a calcinha.
- Gabe...
- Tire-a.
Ela bufou e segurou a calcinha, empurrando-a sobre o bumbum.
- Não gosto disso. - Ele se inclinou sobre a cama e cobriu-lhe as mãos
retardando-a transformando seus movimentos numa provocação calma e deliberada.
- Olhe pra mim enquanto você deslizá-la. - Disse. - Assim, não consigo decidir se
quero olhar dentro dos seus olhos ou pegar o primeiro vislumbre de sua buceta
inchada. Está molhada?
- Escorrendo.
Seu olhar passou por seu corpo e ele estremeceu, seus dentes inquietos sobre o
lábio inferior como se tivesse que contê-los para não buscarem a carne aquecida
entre suas coxas.
Como era definitivamente delicioso Gabe lhe dizendo do que gostava, pediria
para ele também lhe dizer do que gostava. Nunca tinha estado com um homem que
lhe dera instruções, e nunca havia dito sem rodeios para um amante exatamente a
que queria dele na cama, mas talvez com Gabe não teria que fingir um orgasmo.
- Entendo, - sussurrou. - Vou seguir suas instruções.
Seus olhos se encontraram e tentou segurar seu olhar enquanto deslizava
lentamente a calcinha pelas pernas. Ele olhou para baixo para verificar seu
progresso e respirou entrecortadamente antes de voltar seu olhar para o dela.
- Isso é sexy, - sussurrou. - Quero olhar para o seu corpo, mas quando me nego
isso me faz te querer mais.
Ela puxou a calcinha passando-a pelos joelhos e se contorceu para abrir as
coxas, para banhar sua carne intumescida no ar fresco do ambiente.
Ele respirou fundo e, em seguida, pegou seu pau grosso na mão.
- Porra, - disse, sem fôlego, - o seu cheiro está me deixando louco. - Acariciou
todo seu comprimento lentamente da base à ponta. “Me diga do que gosta baby.
Quero satisfazê-la.
Melanie fechou os olhos, isso tornava mais fácil falar com ele.
- Gostei quando você foi gentil com um seio e rude com o outro. Me deixou
quente. Você pode fazer as duas coisas ao mesmo tempo?
Abriu uma pálpebra para ver se ele estava prestando atenção. Seu lindo sorriso
surgiu.
- Que outras coisas deixam você quente?
Você está perguntando o que me deixa quente, quente mesmo.
Lentamente deslizou a calcinha por um pé e abriu as pernas. Tremeu com uma
mistura de nervosismo e excitação quando separou os lábios de sua buceta com uma
mão e traçou as dobras internas com dois dedos da outra mão. Ele a viu fazer esse
movimento com o lábio inferior preso entre os dentes, sua respiração ruidosa e
superficial.
- Gosto que o homem acaricie meus lábios até que eu esteja toda molhada e sinta
que vou morrer se não me foder logo. Mesmo implorando, ele vai continuar
brincando e provocando até que eu ache que nunca vai me dar o que quero. Em
seguida, que deslize um dedo dentro de mim.
Traçou sua abertura com um dedo, mergulhando a ponta dentro de si. Sua buceta
apertou, tentando puxá-lo mais fundo dentro dela.
- Que mantenha o dedo enterrado enquanto acaricia meu clitóris.
Lentamente arrastou o dedo em seu clitóris e, em seguida, esfregou-o em
círculos. Pulsações de prazer irradiaram de seu centro, implorando por um toque
mais vigoroso, acariciando mais rápido. Negou-se o alívio com um orgasmo rápido,
mantendo os movimentos deliberadamente lentos e suaves. A forma fascinada com
que Gabe observava seus movimentos, enquanto combinava seu ritmo para
acariciar seu membro, mandaram seu desejo para a estratosfera. Ela nunca esteve
tão acessa na vida e ele mal a tocou.
Não sabia o que a excitava mais: seus dedos em si mesma ou Gabe observando-a
como se estivesse hipnotizado. Mas estava mentindo sobre como gostava que um
homem a excitasse, era assim que ela se fazia gozar, nunca esteve com um homem
que tivesse descoberto. Mas dizendo para Gabe, mostrando-lhe como, não havia
nenhuma maneira dele errar.
Em seguida, disse, com voz baixa e rouca.
- Quando chego perto de gozar e minha buceta começa a contrair, ele enfia dois
dedos em mim várias e várias vezes, o mais forte que puder. Estimulando-me mais
e mais.
- Posso sentir o cheiro de como você está excitada, baby, - Gabe disse.
- Quero provar você. O que quer que eu faça com a minha língua?
Nunca esperou gostar de falar sobre isso, imaginou que seria embaraçoso. Não
era tão difícil dizer-lhe do que gostava como pensou que seria, nem de mostrar-lhe.
Isso só a deixou mais excitada.
- Quero sua língua firme chupando meu clitóris até que meus sucos escorram
pelo meu rabo, e então quero que lamba o que produziu.
Capturou seus sucos nas pontas dos dedos e os trouxe a boca.
- Quero provar a mim mesma em seus lábios quando me beijar depois. - Lambeu
o fluído de seus dedos. - Mmm. Quente.
Ele mergulhou para a cama com ela, pegando suas coxas sobre os ombros
enquanto escondia o rosto entre suas pernas. A língua roçou seu clitóris, e ela
gritou. Falar era sexy, mas fazê-lo era muito melhor. Ele esfregou sua língua contra
seu clitóris e mudou de posição para que pudesse traçar as dobras internas com os
dedos da maneira que ela tinha lhe mostrado.
- Oh sim, Gabe. - Ofegou. O prazer que ele lhe dava era muito melhor do que
dar prazer a si mesma. Seus lábios traçaram seu clitóris e ele o chupou.
- Adoro isso, - disse. -Ninguém nunca fez isso... Oh Deus! Espere. Acho que...
Ele soltou seu clitóris, deixando o orgasmo em suspenso.
- Não chegue ainda, - disse. - Você acabou de me dizer que gosta de ser
provocada.
- Talvez eu tenha orgasmos múltiplos.
- Você vai? - A língua roçou seu clitóris, e ele continuou a traçar sua abertura
dolorida com dois dedos.
- Não sei. Nenhum cara jamais me fez chegar antes.
Ele arregalou os olhos.
- Nunca?
- A não ser que eu o ajudasse me tocando.
- Você está brincando.
Balançou a cabeça.
- Gostaria de estar. Normalmente finjo.- Por que ela estava dizendo isso a ele?
Seu rosto esquentou de vergonha.
- Não finja comigo, Mel. Se o que estou fazendo não está funcionando para
você, me diga.
- Está funcionando para mim. A forma que está me chupando funciona para
mim. - Esperava que ele pegasse a dica sem fazê-la pedir-lhe para chupar seu
clitóris de novo.
- Você gosta de ter um dedo na sua bunda quando está gozando? - Perguntou
antes de sua língua voltar a lamber seu clitóris. Todo seu corpo estremeceu em
resposta.
- Acho que não. Bem, não, mas...
- Vou fazer isso. Me diz se gosta ou não.
Seu coração já retumbando bateu descompassado. O que no mundo aconteceria
se concordasse?
- Tudo bem.
Ele ficou em silêncio enquanto se concentrava em agradar a carne entre suas
pernas com os lábios, a língua, as mãos. Os sons das chupadas era quase tão erótico
quanto a sensação de sua boca nela. Ele traçou seus lábios escorregadios com as
pontas dos dedos, provocando-a até que ela se contorceu contra sua mão.
- Foda-me, Gabe. Por favor. Apenas... apenas coloque dentro. Foda-me com
força. Eu te quero tanto.
Seu dedo deslizou fundo. E ela deu um suspiro entrecortado. Balançou contra
sua mão, querendo que ele começasse a enfiar os dedos dentro e fora embora
soubesse que tinha dito que gostaria que mantivesse sua mão nesse ritmo por mais
tempo. Ele chupou o clitóris em sua boca esfregando-o vigorosamente com a
língua. Ah. Uau. Sim. Assim. Oh. Porra Gabe!
Seu ventre contraiu enquanto espasmos de liberação percorriam sua pélvis
espalhando-se pelo corpo. Sua boca abriu em êxtase, se esqueçeu de como respirar.
Gabe deslizou um segundo dedo em sua buceta e apertou a ponta de um terceiro em
sua bunda. Ele enfiou os três dedos profundamente e, em seguida, puxou-os de
volta, para enfiá-los de novo e de novo e de novo quando ela gozou. E continuou
gozando. Ainda estava tremendo com espasmos de prazer quando ele puxou sua
mão e usou a língua para limpar os fluídos de sua buceta palpitante. Chupou toda o
gozo quente que produziu. Ela sugou uma respiração profunda em seus pulmões.
Estava completamente mole na hora que ele moveu-se na cama para deitar ao
lado dela. Beijou-a, deixando o gosto de seu próprio sabor em seus lábios. Ela
chupou a língua dele até não poder provar a si mesma, embora ainda podesse sentir
seu cheiro na pele dele. Não tinha certeza por que isso a excitava. Por isso nunca
tinha admitido o fato a ninguém. Nem mesmo para si mesma.
- Você não fingiu isso não é?
Riu fracamente.
- Não sei como fingir isso.
Ele sorriu.
- Bem, agora sei de uma coisa que você gosta.
- Está contando isso como uma coisa só? - Tinha sentido como se fossem dez
experiências felizes em uma só.
- Mmm, mmm. - Ele deu beijos suaves ao longo de sua mandíbula e garganta. -
Vamos descobrir do que mais você gosta.
- Deixe-me recuperar o fôlego para que eu possa descobrir do que você gosta.
- Não terminei com você ainda. - Deslizou para baixo de seu corpo e
delicadamente lambeu e chupou um mamilo enquanto apertava e puxava o outro.
Continuamente estimulou seu seio esquerdo com agressivos movimentos dos dedos
e da boca rude até que a pele estava avermelhada, dolorida, e desperta, enquanto
seu seio direito foi mimado com toques suaves e beijos que a deixaram ansiando,
doendo, e animada. E os seios não eram as únicas partes do corpo que estavam
pulsando com a necessidade. Sua buceta já estava molhada e inchada de novo. Não
tinha a menor dúvida de que ele poderia fazê-la gozar uma segunda vez. Dessa vez,
queria ele dentro dela quando gozasse.
- Gabe, - pediu, - quero você dentro de mim. Quero pôr meus braços e as pernas
em torno de você enquanto enfia e empurra profundamente dentro de mim.
- Nós dois queremos isso, baby, mas ainda não. Primeiro, quero que você chupe
meu saco e estimule minha bunda. Isso me faz gozar.
Chupar seu saco e provocar a sua o quê?
- Não... sei como.
- Está tudo bem. Vou te dizer como gosto.
Justo, ela supôs. Ele ouviu como ela gostava e não hesitou em satisfazê-la.
Rolou de costas, e sua buceta latejou quando viu o quão duro e inchado seu pau
estava. Precisava se apressar e fazê-lo gozar para que ele pudesse preenchê-la com
aquele monstro. Nunca tinha visto um pau tão grande, muito menos teve um dentro
dela. Seu vibrador teria se sentido inadequado em sua presença.
Gabe apoiou alguns travesseiros sob seus ombros e cabeça, deitou-se e abriu as
pernas.
- Gentil, - disse. - Eles são muito sensíveis.
Ela se estabeleceu entre suas coxas e baixou a cabeça para passar a língua sobre
a junção que corria entre suas bolas. Todo seu corpo estremeceu, e ele apertou as
cobertas debaixo dele com os punhos cerrados. Ela moveu a cabeça para sugar a
pele sobre uma bola e sacudiu-a com a língua.
- Ah, - ele engasgou. - Pensei que tivesse dito que não sabia como fazer. Isso é
perfeito. Adoro isso.
E ela adorava a maneira como ele estava reagindo a seus movimentos
inexperientes. Moveu a boca para o outro lado.
- Molhe, hum... molhe o dedo em sua boca e...
Quando não continuou, ela levantou a cabeça e enfiou o dedo na boca.
- Fazer o quê?
- Deus, você é boa, - ele sussurrou. - Não pare. Espere. O que eu estava... hum...
- Pressionou as palmas das mãos contra os olhos. - Não tenho certeza se posso
aguentar muito mais. Basta esfregar o dedo molhado contra a minha bunda. Não
coloque-o dentro, só... esfregue.
Sua bunda? Perturbada por seu pedido, timidamente acariciou o buraco sensível
com a ponta do dedo. Ele respirou fundo e quase pulou para fora da cama.
- Fiz algo de errado? - Perguntou.
- Não, baby. Você quase me fez explodir. Não posso esperar mais. - Rolou para
fora da cama e aterrissou de joelhos. Abriu uma mala e começou a procurar através
de seu conteúdo. Roupas e produtos de higiene pessoal sairam voando em todas as
direções. - Preciso de uma camisinha. Onde diabos elas estão?
Em poucos segundos tinha encontrado uma, abriu-a e desenrolou-a sobre seu
pau enorme. Voltou para junto de Melanie na cama.
- Você está pronta?
Estava cansada de falar. Agarrou-o pelo braço, jogou-o de costas e montou sobre
seu quadril. Ele sorriu para ela, olhando-a de forma perigosa e irresistível. Fodível.
- Vou tomar isso como um sim.
Gabe agarrou seu pau com uma mão e guiou-se para a abertura. Ela afundou-se
nele com um suspiro de alívio, subindo e descendo em um movimento lento e
deliberado. Aumentando o ritmo conforme se acostumava com sua circunferência.
Seu comprimento. Oh Deus, a forma como ele a enchia. Novamente. Novamente.
Novamente.
As costas dele se arquearam para fora da cama.
- Mais rápido, Mel. Mais rápido e mais forte.
Quando não pegou o ritmo, ele sentou-se, envolveu os braços ao redor dela e,
virou-a de costas. Ainda enterrado dentro dela, começou a se mover. Ela teve uma
nova perspectiva sobre o seu nome artístico. Havia um inferno de muita força por
trás de cada impulso rítmico, e isso era exatamente do que precisava: um vigoroso
caralho duro.
Colocou os braços e as pernas ao redor dele, atenta para não arranhar suas coxas
com as sandálias que ficaram penduradas enquanto era preenchida. Uma pressão
construiu-se dentro dela. O prazer necessitando de uma conexão. Gabe levantou a
cabeça para olhar em seus olhos. Diminuiu seus golpes, esfregando o quadril,
estimulando seu clitóris cada vez que mergulhava profundamente, colidindo com
seu colo do útero e esfregando-se em sua parede interna no ponto certo. Seu prazer
tornou-se felicidade, sua necessidade, desespero.
Sua boca abriu incrédula quando a felicidade se tornou euforia. O desespero em
realização. Se agarrou a Gabe, gritando seu êxtase quando gozou.
No mesmo instante, o corpo dele ficou tenso. Viu quando ele gozou. Sua
respiração ficou presa na garganta, os olhos bem fechados. Seu rosto contorcido em
êxtase. Ele estremeceu, puxando para trás uma última vez e empurrando
profundamente, balançando de encontro a ela de forma rígida, soltando suspiros
instáveis antes de cair em cima dela. Ela o puxou para perto, segurando-o
firmemente contra o peito enquanto beijava sua têmpora. Ele murmurrou os mais
sexys pequenos sons de contentamento enquanto se recompunha.
Ou talvez fosse ela a fazer todos aqueles barulhos de prazer.
- Você fingiu? - Perguntou ele.
Ela riu e deu-lhe um aperto afetuoso.
- Não precisei. Isso foi incrível.
- Você está brincando? Nem durei muito tempo. Eu disse que você tinha me
deixado muito excitado.
Ela sorriu, como se tê-lo excitado fosse algum tipo de realização que merecia um
trófeu.
- Gostaria de não estar tão cansado, - ele sussurrou. - Quero ficar com você por
mais tempo, mas receio que preciso dormir um pouco. Os shows acabam comigo.
- Há sempre amanhã de manhã, - ela disse, com o coração vibrando. Talvez ele
estivesse dizendo para ela ir encontrar suas roupas e cair fora.
Ele levantou a cabeça e sorriu para ela.
- Você quer passar à noite comigo?
Ela assentiu e teve que desviar o olhar de seu sorriso de orelha a orelha. Por que
passar à noite com ela pareceu fazê-lo tão feliz?
Gabe retirou-se de seu corpo e beijou a ponta de seu nariz.
- Fico feliz. Não vá a lugar algum. Já volto.
Desapareceu dentro do banheiro, deslizando a camisinha de seu pau que
amoleceu enquanto andava. Água correu de uma torneira.
Melanie esforçou-se para entrar debaixo das cobertas. Tirou as sandálias antes de
se acomodar no lado oposto da cama, deixando as cobertas desviradas do outro lado
do imenso colchão king-size. Gabe retornou um momento depois e sorriu ao vê-la
esperando por ele.
Se juntou a ela sob as cobertas e, apesar do grande espaço vazio na cama,
imediatamente apertou-se contra suas costas e envolveu-a em um aconchego
tranquilo. Beijou a ponta de sua orelha.
- Fico feliz que decidiu ficar, - murmurrou. Sua voz profunda soando alta,
porque estava maravilhosamente perto. - Espero que não se importe se eu te abraçar
à noite toda.
Seu coração aqueceu e sentiu como se estivesse aumentando no peito.
- Não me importo. Eu gosto.
- Se estiver com fome chame o serviço de quarto, - disse letargicamente, -
apenas peça para entregarem no quarto.
- E se eu ficar com tesão? - Ela perguntou, entrelaçando seus dedos e segurando
as mãos únidas contra o centro de seu peito.
- Me acorde.
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Try Me - Sole Regret Series #1 Olivia Cunning.pdf

  • 1.
  • 2. Try Me (One Night With Sole Regret #1) by Olivia Cunning
  • 3. Livros de Olivia Cunning Sinners on Tour Series: Backstage Pass Rock Hard Hot Ticket Wicked Beat Double Time One Night with Sole Regret Series: Try Me Tempt Me Take Me Touch Me Tie Me Lovers' Leap Series: Loving on Borrowed Time Twice Upon a Time Escrito como Olivia Downing: Defying Destiny
  • 4. Tente Me Uma Noite com Sole Regret Séries, livro #1 apresentando o baterista, Gabe “Force” Banner Melanie não tem vontade de conhecer os membros da banda de rock, Sole Regret, mas sua melhor amiga groupie consegue colocá-las nos bastidores e depois sai correndo com o vocalista da banda. Deixada sozinha numa festa com um bando de metaleiros com assustadoras tatuagens e piercings, Melanie fica aliviada ao ser protegida pelo único cara de aparência normal, que insiste em lhe fazer companhia. No momento em que Melanie descobre que Gabe é o baterista da banda e não tão normal quanto supôs, já fez um completo papel de idiota. Não consegue deixar de estar interessada nele, não como um rock star, mas como o homem mais sexy que já encontrou. Estranhamente atraída por suas tatuagens escondidas e piercings, se pergunta como seria passar uma noite com um bad-boy. Gabe está mais do que disposto a mostrar a doce Melanie que há mais nele do que ela pode ver. Tudo o que ela tem a fazer é tentar. Será que eles só irão compartilhar uma noite de paixão? Ou será que seus corações vão se enredar tão rapidamente quanto seus corpos?
  • 5. Capítulo 1 Melanie pegou o brilho dos olhos de Nikki no espelho do banheiro público que elas compartilhavam. Oh merda. Conhecia esse olhar. O que a mulher estava planejando agora? Melanie não estava com humor para lidar com o drama dela dessa noite. A longa viagem para Tulsa, seguida por um pesadelo para conseguir estacionar, pagando demais por ingressos para um cambista, e ficar esperando em pé na fila com vento forte por duas horas tinham deixado Melanie de mau humor. Ok, ela admitia; estava completamente puta. Seu cabelo parecia ter perdido uma luta contra um guaxinim - um guaxinim furioso com um poderoso instinto para proteger seu ninho, e seus dedos dos pés, expremidos dentro de estúpidas sandálias de tiras com salto alto, sentiam como se estivessem sendo golpeados por pequenas picaretas empunhadas por mineiros de carvão em miniatura. Nikki, por outro lado, parecia a típica pessoa requintada, exceto por um inquietante brilho de artimanha em seus grandes olhos azuis. Melanie interrompeu- se com o tubo de batom rosa a meio caminho dos lábios, seu alarme Nikki-está- prestes-a-nos-trazer-problemas soando em sua cabeça. - O que você está aprontando? - Melanie perguntou. - Está é à noite, - Nikki disse. Ela colocou uma mecha sedosa de cabelo castanho
  • 6. atrás da orelha e virou-se para pegar seu lado bom no espelho. Ambos os lados eram lindos, mas Melanie nunca tinha convencido Nikki disso ou que ela valia mais do que enfiar-se numa fila durante a noite com um bando de perdedores. - Isso foi o que você disse ontem á noite, - Melanie falou e focou sua atenção de volta para a aplicação do batom. Nikki franziu o nariz para o cabelo de Melanie e puxou uma escova de sua bolsa para tentar livrar o volume emaranhado do ninho de guaximin. Boa sorte com isso. Havia uma razão para Melanie prendê-lo para cima a maior parte do tempo. Apenas o mais resistente dos grampos de cabelo manteria os cachos grossos e ondulados até a cintura sob controle. Nikki tinha dito para ela deixá-lo solto hoje à noite, dizendo que ela ficaria linda. Melanie nunca estava linda quando ficava de pé ao lado de Nikki - um fato simples com o qual tinha aprendido a conviver quando frenquentaram a faculdade juntas. Os homens corriam para Nikki. E Melanie desaparecia ao fundo. Ela estava acostumada com isso. Nikki foi com determinação para o cabelo de Melanie e imediatamente a escova estava presa em um emaranhado de nós. Com um suspiro de derrota, entregou sua escova para Melanie. Melanie supôs que deveria arrumar a bagunça para algo menos revoltante. Não queria assustar a banda. - Quero dizer neste momento, - Nikki reajustou seus peitos no sutiã push-up,
  • 7. desabotoou outro botão da justíssima blusa branca para mostrar mais o decote, e verificou seu lado ruim. - Quase consegui ir ao backstage ontem à noite. Se tiver sorte, aquele roadie gatinho com quem falei em Wichita vai se lembrar de mim. A banda teve que sair logo depois do show, ou tenho certeza que Jack teria nos apresentado para os caras na noite passada. E agora elas estavam em Tulsa, arrastando-se atrás da banda como duas desesperadas groupies do Sole Regret. Melanie não era uma fã de verdade, mas estava certa que o roadie gatinho se lembraria de Nikki. Ela era o tipo de mulher em quem os homens viviam babando em cima. Querendo. Se aproveitando. Melanie adivinhou que o roadie pediria um favor sexual em troca de apresentá-la aos membros da banda, que eram a mais nova obsessão de Nikki e ela usaria o sexo para conseguir o que queria. Isso entristecia Melanie. Nenhum dos homens que usou e descartou sua amiga sabia o quanto a machucaram. Melanie já temia ter que tirar Nikki de sua nuvem de dúvida e desespero de manhã. Não entendia porque ela continuava se colocando nessas situações. Ela era uma garota doce. Bonita. Inteligente. Até que se encontrava na companhia de qualquer idiota do mundo da música, então agia como se tivesse sido lobotomizada. Nikki acabou ficando com alguns até agora, havia só uns dez para tirar proveito. - Você não está me largando sozinha de novo, - Melanie disse, ainda tentando domar seu cabelo. Estava parecendo menos como a vítima de um relâmpago agora, apesar de seu couro cabeludo protestar a cada puxão. Lindo, como minha bunda.
  • 8. Está mais para ridículo. - Não vou esperar no carro enquanto você transa com um cara que não vai lembrar do seu nome enquanto você o chupa. - É claro que você não vai esperar no carro. Bem, pelo menos concordavam em alguma coisa. Nikki passou a língua pelos dentes e pegou o olhar de Melanie pelo espelho. - Você vem comigo. - Oh, não. Eu não. Nem sequer gosto de músicos. - Especialmente dos metaleiros tatuados doentes da cabeça que ela cobiçava. Nikki tinha um sério complexo de bad-boy. Talvez seu pai devesse ter prestado mais atenção quando ela era criança. - Por favor. - Nikki juntou as mãos na frente do peito e conseguiu fazer seus grandes olhos azuis parecerem ainda maiores que o habitual. - Por quê você ainda pergunta? Sabe que caras tatuados me dão arrepios. Nikki balançou a cabeça. - Se você parar para conhecê-los por um momento, reconhecerá o quão gostosos eles são. Discutível. Bastava ver homens tatuados para o coração de Melanie disparar de
  • 9. medo. Sua reação não era intencional. Ela tinha sido assustada por um grupo de motoqueiros quando era adolescente. Se fosse mais velha, provavelmente teria reconhecido que estavam apenas brincando e não lhe fariam mal. Mas eles a aterrorizaram. Seus pais tinham intensificado seu medo, dizendo que ela poderia ter sido sequestrada, estuprada, assassinada, ou pior. Ela nem queria saber o que seria pior do que ser estuprada ou assassinada. Aos treze anos, sua mente tinha associado os avisos de seus pais com homens que tinham determinada aparência. Como com os motoqueiros que a tinham encurralado na entrada de uma loja abandonada. Como estava com muito medo de olhar para seus rostos, tudo o que lembrava era de suas tatuagens e palavras. Um com uma tatuagem de caveira tinha dito-lhe todas as coisas obscenas que queria fazer com sua boca bonita. Não tinha entendido o que ele quis dizer no momento, mas agora que era mais velha, sabia que tinha razão para estar apreensiva e revoltada. Outro com uma tatuagem de arame farpado ao redor do braço havia tocado seu cabelo. Ela gritou, e eles riram dela, mas por fim a deixaram sozinha. Sabia que tatuagens não faziam uma pessoa má, mas o incidente tinha deixado uma impressão duradoura. Assistir a shows de rock era um exercício para manter seu medo sob controle. Infelizmente, ir a shows era o programa favorito de Nikki, então os temores de Melanie tinham um treino bastante regular. - Não quero conhecê-los; Só quero ficar longe deles. Nikki passou um braço pelos ombros de Melanie e avaliou-as pelo espelho.
  • 10. - Você vai ficar bem, Mel. Prometo. Além disso, preciso de você para me ajudar a pôr meu plano em prática. O alarme interno de Melanie soou ainda mais alto. - Que plano? A multidão no estádio gritou com entusiasmo. - O Sole Regret está começando! - Nikki despejou seus cosméticos e escova de cabelo na bolsa, agarrou Melanie pelo pulso e saiu correndo do banheiro quase derrubando uma metaleira de aparência agressiva com sua pressa. - Qual é, vadia! - Desculpe, - Melanie disse enquanto era arrastada pelo corredor do estádio, seus saltos estalando rapidamente no cimento. Existiam muitas vantagens em ser amiga de Nikki. Ela era divertida. Sem medo de nada. Os homens gostavam dela. Por isso, enquanto elas começavam a passar pela parte de trás do acesso geral, com alguns olhares tímidos, um pouco do decote aparecendo e algumas mãos bem colocadas nos metaleiros no meio da multidão, Nikki milagrosamente conseguiu abrir caminho para a área na frente do palco sem ser socada na cara. Melanie só conseguiu seguí-la porque Nikki se recusou a soltar seu pulso.
  • 11. Ao longo da barreira em frente ao palco, Melanie posicionou-se de propósito entre duas mulheres e se afastou do homem pendurado por cima da grade. Seu punho socando o ar, chamou atenção para a tatuagem de caveira em seu antebraço. Esse único vislumbre da tatuagem eriçou os pêlos de sua nuca. Forçou sua atenção para o palco para manter seus olhos longe do braço do homem. Supôs que deveria estar animada por estar tão perto do palco, mas preferia os assentos na arquibancada ao invés da pista no estádio. Gostava de ouvir a música, não de se defender de uma lesão. A pista estava quente e suada: lotada, barulhenta, perversa e perigosa. Nikki chamava isso de emocionante. Melanie chamava de doloroso. Nikki passou os próximos quarenta e cinco minutos tentando chamar a atenção do vocalista da banda; Melanie passou seu tempo evitando levar na cara os cotovelos de duas fãs entusiasmadas e do cara atrás dela tentando esmagá-la contra a grade de metal cutucando sua bunda com seu pau. Como Nikki podia gostar disso? Melanie observou o vocalista - atual objeto da obsessão de Nikki - circular na frente do palco. Ele poderia ter sido um homem bonito. As tatuagens arruinaram sua boa aparência. Melanie poderia ter admirado o contorno largo de seus ombros e seu perfil forte e bonito, se ele estivesse usando um belo terno e discutisse filosofia, não jeans rasgados e gritando sobre coisas que vão para o inferno. Então, sim, seria completamente diferente. Se perguntou qual seria a cor de seus olhos. Ele ainda não tirará os óculos de sol. Será que as luzes do palco estavam cegando-o, mas percebeu que faziam parte de sua imagem. Tinha usado-os no palco na noite anterior, também, e pela forma como as duas fãs estavam gritando Shaaaaade * todas as vezes que ele andava em sua direção, assumiu que fora nomeado assim por sua
  • 12. predileção por óculos escuros. Melanie tinha levado um tempo para aprender os nomes dos membros da banda, mesmo que Nikki tenha falado um por um e sobre eles a viagem inteira desde Wichita. Se divertiu assistindo Shade e os outros membros da banda interagindo com o público e entre si. O baixista era surpreendentemente popular entre o público; Achava que a maioria dos baixistas nem era reconhecido. Este tinha um visual mais suave do que os dois guitarristas - simpático, mesmo na aparência, com um corte de cabelo normal sem coloração preta, um eterno sorriso e olhos gentis. Se não tivesse decorado todos os centímetros de seus braços musculosos com tatuagens e furado sua sobrancelha e lábio com piercings, Melanie não teria atravessado a rua, se ele se aproximasse dela em público. Porque esses homens insistiam em destruir seus visuais com esses acessórios permanentes? Isso era uma vergonha. O guitarrista solo, com um enorme gosto pelo preto, usando grandes correntes, tentava ofuscar o vocalista. Eles competiam pela atenção do público numa evidente rivalidade. O guitarrista base, que tinha uma cabeleira linda com fios longos e lisos, sem camisa - para o deleite de qualquer mulher que não se importasse com um torso totalmente tatuado - zombou da cena de rivalidade pelas costas dos dois. O baixista achou sua brincadeira tão engraçada que teve que parar algumas vezes para recuperar o folêgo de tanto rir. Melanie duvidava que teria notado as nuances dessa dinâmica das arquibancadas, assim pelo menos tinha algo interessante para assistir enquanto tentava convencer o cara atrás dela de que sua bunda era inacessível e não servia de almofada para espetar seu pau duro. * Shade quer dizer sombra em inglês.
  • 13. Perto do fim da última música do setlist - o mesmo que tinham tocado na noite anterior - o vocalista pulou do palco e caminhou pelo estreito espaço na frente da grade de um lado ao outro, batendo nas mãos dos fãs enquanto passava por eles. Nikki usou Melanie como apoio para que pudesse esticar o corpo no caminho de Shade. Conseguiu apertar a mão em sua camiseta, mas foi incapaz de manter o aperto quando ele passou adiante. Ele voltou ao palco, assim que a música terminou em um longo lamento de guitarra. - Eu toquei ele. - Nikki gritou entusiasmada e cobriu a boca com a mão que tocará o abençoado-deus-do-rock. - Parabéns, - disse Melanie. - Deus, eu o quero. - Que tal o resto da banda? Todos eles são totalmente seu tipo. - Eles são meu plano de emergência, mas Shade é o único que quero. Seus olhos rolaram para cima e Melanie suspeitou que ela estivesse no meio de um orgasmo. Respirou fundo e sacudiu a cabeça para a amiga. Qual era o apelo? Quando a banda simulou ter acabado seu show e a multidão começou a cantar pedindo bis, Nikki saiu puxando Melanie para o lado do palco. Acidentalmente pisou em mais de um dedo do pé na escuridão. Soltou uma ladainha de desculpas quando não teve escolha a não ser seguir sua determinada amiga, que mantinha um
  • 14. aperto de ferro em seu pulso. A multidão estava banhada em escuridão na expectativa para a última música, porque eles sabiam que o show ainda não terminará: faltava o maior hit do Sole Regret. Até mesmo Melanie havia notado que não tinham tocado “Investigator” que tinha feito o estádio vir abaixo na noite anterior. Não tinha ideia de como Nikki conseguiu ver bem o suficiente para escapar dos seguranças, mas de repente elas estavam livres da multidão e em pé ao lado do palco. Iam ser pegas. Melanie agarrou a mão de Nikki, esperando que não fossem severamente repreendidas quando fossem notadas por um dos seguranças distraídos. Na escuridão, Nikki conseguiu encontrar o roadie bonito com quem tinha falado na noite anterior. Melanie se perguntou se ela usava óculos de visão noturna. Seus olhos ainda estavam se adaptando à falta de iluminação depois de ter olhado para as luzes brilhantes do palco por quase uma hora. - Isto é seu, - Nikki disse. Puxou Melanie contra ela e beijou-a na boca com vontade, buscando seus lábios. Não era um daqueles beijos eu sou sua melhor amiga e bebi demais, então vou te dar um beijo afetuoso. Se alguém enxergasse esse beijo, teriam que contar mais do que com a sorte. Melanie estava chocada demais para fazer qualquer coisa, além de respirar. E até mesmo isso foi um esforço. Que porra é essa? Era esse o plano que ela tinha mencionado? - Oh, sim, - o roadie bonito disse quando Nikki encerrou seu ataque aos lábios de Melanie.
  • 15. - Essas são totalmente gostosas, como Tater Tot * . - Ele enfiou a mão no bolso da frente de sua calça jeans folgada e tirou um cordão com um passe para o backstage. Colocou-o em volta do pescoço de Nikki. - Só tenho um sobrando. - Mas e quanto a minha amiga? - Nikki virou seu olhar de cachorrinho triste em sua direção. O cara não teve a menor chance. - Mostrem ao Tony o que vocês acabaram de me mostrar, e ele vai deixar as duas irem ao backstage. Confiem em mim. As luzes do palco se acenderam e a banda começou seu bis com uma vigorosa e pesada batida de bateria. Melanie cobriu os ouvidos com as mãos. - Isso é barulhento, - gritou. Nikki agarrou-a pelo pulso novamente e a levou para trás do palco, onde um homem estava vigiando uma porta. Ela deu-lhe o passe e ele abriu a porta, mas estendeu o braço para impedir a entrada de Melanie. * Taters tots são bolinhos de batata fritos (potato tots ou simplesmente tots). Taters Tots, nome comercial de bolinhos industrializados desde os anos 1950 nos EUA e México. Taters é gíria para batata (de potato) e tots é tatibitati de toddlers, crianças de 1 a 3 anos de idade. Deve ter esse nome por ser macio, do tamanho de uma mordida e ter um sabor suave que agrada o paladar da criança.
  • 16. - Jack disse que você iria deixar nós duas entrarmos, - Nikki disse, - ele só tinha um passe para nós dividirmos.” - Por quê eu deveria acreditar em você? Melanie estava secretamente esperando que ele se recusasse a deixar qualquer uma das duas entrar. O que no mundo Nikki estava pensando? Beijá-la na boca. Deixando esse cara achar que era natural o que elas fizeram lá fora. Apenas para que pudesse conhecer um vocalista esquisito, que de todas as coisas, chamava a si mesmo de Shade. - Porque nos queremos ver Shade, - Nikki disse, - Nós duas. E a próxima coisa que Melanie soube, foi que sua melhor amiga tinha a língua em sua boca e a mão em sua bunda. Se afastou. Ficou chocada da primeira vez. Agora estava chateada. - Que merda, Nikki? -Ela não gosta de fazer isso em público, - Nikki explicou para o segurança. Agarrando o seio de Melanie deu-lhe um apertão. O cara gemeu e empurrou as duas para o backstage fechando a porta atrás delas. - O que há de errado com você? - Melanie esbofeteou a mão de Nikki para longe de seu peito.
  • 17. - Sabia que você não estaria de acordo com meu plano se te pedisse. - Deu de ombros. - Ontem à noite, meio que disse ao roadie que fazia ménage e tinha uma namorada gostosa que queria dividir com Shade. - Você meio que lhe disse isso? - Sim, ele pensou que seria sexy e sabia que Shade teria interesse. - Mas, eu não estou interessada, Nikki. - Duh. Sei disso. É por isso que era só um plano. Não acho que você queira dormir com ele. Ou comigo. Seu lábio projetou-se para a frente, e deu para Melanie seu melhor olhar de por favor, perdoe-me, sou sua melhor amiga, não consigo deixar de ser impulsiva, seguido de um que dizia você sabe que me ama. A vadia. Ela sabia que Melanie iria perdoá-la, porque a amava e se preocupava que essa impulsividade fosse colocá-la em apuros algum dia. - Não posso acreditar que você me usou apenas para conhecer um rockstar, Nikki. Não sei porque sou sua amiga. Tudo que você faz é para me causar sofrimento. - Mas beijo bem, certo? - Piscou para ela e riu. - Nunca percebi que você tem seios grandes, Mel. - Levantou as mãos bem manicuradas e fez movimentos de apertar na frente dos peitos dela. - Posso chupá-los?
  • 18. Melanie cruzou os braços sobre o peito. Nikki estava sempre fazendo comentários estúpidos como esse. Ainda bem que não a levava a sério. - Não fique brava. - Nikki deixou as mãos caírem e soltou um suspiro pesado. - Nos coloquei no backstage não é? - Eu nem queria vir no backstage. - Tenho certeza que sim. Vamos encontrar algum álcool. Vou precisar de um pouco de coragem para me aproximar de Shade. - Procure sozinha. Vou esperar no carro. - Se virou para encontrar a saída mais próxima. - Não, você não vai. - Nikki passou um braço em volta de seus ombros. - Você só vai acabar preocupada comigo aqui com um monte de... como é mesmo que você os chama? - Idiotas esquisitos? Nikki riu. - Isso entre outras coisas. Apenas faça isso por mim, Mel, e nunca mais vou te pedir nada. Melanie bufou.
  • 19. - Uh, huh. Sim. Certo. - Não vou. - Enganchou o dedo mindinho de Melanie com o seu próprio. - Juro de mindinho. Melanie soltou um suspiro de frustração. - Onde está a bebida?
  • 20. Capítulo 2 Gabe saiu de trás da bateria, ambas as coxas cansadas com a fadiga. Esticou as costas doloridas, estremecendo quando se torceu para um lado. Com 30 anos podia dizer que estava ficando velho demais para essa merda. Jack atirou-lhe uma toalha, e ele enxugou o suor do rosto. - Grande show, cara. - Jack disse. Pegou a toalha e ofereceu a Gabe um punhado de baquetas para ele jogar para a platéia. - Obrigado. Se juntou a seus companheiros de banda na frente do palco. Atirou uma dúzia de baquetas no meio da multidão, fez uma reverência para os fãs gritando, e foi direto para o camarim. Precisava de uma cerveja, um cochilo, e um banho, não necessariamente nessa ordem. - Não se esqueça que temos uma festa essa noite, - Owen disse entregando seu baixo para um roadie, enquanto outro desconectava o retorno sem fio. Tinha esquecido da festa, isso significava que a primeira coisa em sua agenda seria tomar um banho. Ninguém queria cheirá-lo depois dele ter nadado em seu próprio suor durante uma hora. E talvez se uma gostosa chamasse sua atenção na festa, gostasse de acrescentar uma transa à sua lista de prioridades.
  • 21. - Vejo você lá. - Disse, e se dirigiu para o camarim para tomar banho. O vapor da água parecia como o céu contra seu corpo cansado. Considerou ignorar a festa e apenas relaxar sozinho no chuveiro a noite inteira. Resistiu em ir para o ônibus da turnê que cantava como uma sereia para seu corpo cansado. Estava orgulhoso de ser conhecido como um dos bateristas mais rápidos do rock, mas seu estilo agressivo acabava com ele a cada performace ao vivo. Ainda assim, sabia que os caras fariam um inferno se não aparecesse na festa, então mostraria a cara por alguns minutos, tomaria uma cerveja e depois tiraria aquele cochilo. Sozinho. Estava muito exausto para procurar uma buceta esta noite. Encontrou sua bolsa entre a pilha de bagagem no espaço reservado para a banda nessa noite e colocou um par de jeans bem gastos, uma camiseta e suas botas favoritas. Não se preocupou em ajeitar seu cabelo ainda molhado. Planejava ir cedo para a cama, então puxou um boné de beisebol sobre a cabeça e se dirigiu para a sala de conferências no final do corredor. A sala estava lotada de parede a parede com os convidados. Gabe foi para o bar. Uma cerveja. Isso era tudo que precisava para relaxar, e então poderia desaparecer. Fez um esforço para cumprimentar todos que o reconheceram. Deu a mão para Shade. Parou para uma foto. Sorriu e disse besteiras. Deu autógrafo. Riu de uma piada. Aceitou elogios. Curtiu a emoção. Procurou os rostos familiares de seus colegas de banda em um mar de estranhos e trocou acenos de reconhecimento. Finalmente, chegou ao bar. - Corona? - Jordan perguntou.
  • 22. Ele sabia muito bem que era o que Gabe queria. Tinha estado com a banda durante todo o verão. - Sim. Jordan desapareceu debaixo do balcão e surgiu com uma garrafa. Tirou a tampa e entregou-a a Gabe, que tomou um longo gole. Que desceu suave. Coisa boa. Pegando o movimento com o canto do olho, voltou seu olhar para a gostosa a seu lado no bar. Longos cachos castanhos caiam até o meio das costas, e uma calça jeans agarrava seu traseiro curvilínio de uma forma perturbadora. Sandálias de salto alto acentuavam suas longas pernas, que ficariam perfeitas envoltas em torno de seus quadris. Se de frente ela parecesse tão espetacular quanto de lado, então definitivamente estaria interessado em ficar um pouco mais. Não estava assim tão exausto.
  • 23. Capítulo 3 Melanie pegou o copo de whiskey da mão de Nikki. - Você já teve o bastante. Apesar de terem vindo no carro de Nikki, percebeu que seria a motorista da noite, então parou de beber depois de um martini de maçã. Tinham uma viagem de três horas só para chegar até em casa. Mas enquanto Melanie mostrava moderação, Nikki usava o bar com todo o seu potencial. Até agora tinha pedido um pouco de tudo. Toda vez que Shade ria ou dizia algo alto o suficiente que conseguia ouvir, ela pedia outra bebida. Nikki lançou um olhar por cima do ombro de Melanie para sua atual obsessão, que ainda não tinha notado-a. Provavelmente porque ela estava fora de sua linha de visão. Sua desatenção tinha feito Nikki reviver os dias de faculdade - ficar bêbada, dormir com algum idiota, acordar sem saber onde estava, chamar Melanie para ir buscá-la, chorar no seu ombro, comer sorvete de chocolate, esquecer e voltar a repetir. Melanie pensou que ela tivesse superado esse padrão. Aparentemente, não. A paciência de Melanie estava no limite. Nikki tinha se comportado como uma louca para chegar ao backstage e agora era muito covarde para aproximar-se do cara. Talvez se Melanie se apresentasse antes para Shade as coisas não estariam completamente arruinadas, e Nikki não iria se jogar no idiota mais próximo, que
  • 24. vinha a ser o barman asqueroso. Determinada que sua amiga atrairia a atenção do homem cobiçado, pegou-a pelo braço. Sabia que se não fizesse algo, Nikki se lamentaria pelos próximos 30 anos de como tinha perdido sua chance, de pelo menos, falar com Shade. - Espere, espere, - pediu quando Melanie arrastou-a para longe do bar. - Preciso checar minha maquiagem primeiro. Quando Melanie parou na frente do vocalista do Sole Regret, o cotovelo dela começou a tremer incontrolavelmente em sua mão. Shade parou no meio de uma frase, seu belo rosto virado em sua direção, e então tomou um gole de sua cerveja de modo despreocupado. Melanie observou o movimento de seu pomo de Adão enquanto engolia. Não poderia dizer com certeza se tinha toda a sua atenção, porque ele ainda usava óculos escuros. Dentro da sala. Durante à noite. Era mais alto do que tinha imaginado, mais de um metro e oitenta, muito bem constituídos. Entre todas as bebidas e mulheres, Melanie se perguntou se ele arranjava tempo para malhar. Mas tinha que fazê-lo. As calças de couro pretas agarravam-se as coxas musculosas, e sua camiseta se esforçou para conter o peito bem definido quando moveu a garrafa para longe da boca sensual. - Oi! - Melanie guinchou antes que perdesse a coragem. Agora entendia por que Nikki precisava de um bebida. Intimidante? Isso era um eufemismo. - Sou Melanie e esta é minha melhor amiga, Nikki. - Puxou Nikki para a sua
  • 25. frente. Ela tropeçou nos próprios pés, e Shade pegou-a pelo ombro para firmá-la. Nikki balançou em direção a ele pressionando as costas da mão na boca. - Não me sinto muito bem. A única coisa pior do que ter perdido a chance de falar com Shade seria vomitar em cima dele. - Você está ficando doente? - Shade perguntou, colocando sua cerveja em cima da mesa, onde estava encostado e levantando-a pelos ombros. - Acho que... - Nikki engoliu o enjoô. - Acho que preciso me deitar um pouco. - Vou levá-la para casa, - Melanie disse. Deveria ter cortado o álcool mais cedo. - Não, - Nikki disse e pisou no pé de Melanie. - Vou ficar bem. Só está um pouco barulhento aqui. - Olhou para Shade, seus longos cílios encobrindo seus olhos, seu corpo em uma postura completamente submissa. - Existe um lugar onde possa deitar um pouco? - Perguntou. - Com você em cima de mim? Melanie piscou e virou a cabeça de boca aberta, uau. - Se levar sua amiga com você, - Shade disse. A cabeça de Melanie ergueu-se. Ele estava falando sério?
  • 26. - Fazer sexo bizarro com minha melhor amiga e algum esquisito não é minha ideia de diversão. - Desabafou. Um cara atrás dela começou a rir. Nikki deu-lhe uma cotovelada nas costelas. Shade apenas sorriu. Uma sobrancelha apareceu acima das lentes dos óculos escuros. - Então qual é sua ideia de diversão? Não achou que observá-la de pijama cair em lágrimas numa cena romântica fosse convencê-lo de qual era sua ideia de diversão amorosa, por isso obrigou-se a fazer um som incrédulo de frustração, virar na direção oposta, e sair. Ou tentar. Deu precisamente um passo zangado antes de bater de frente em um corpo sólido. O homem segurou-a com as duas mãos por seus braços, a garrafa de cerveja gelada pressionando a pele de seus bíceps. Levantou os olhos para olhá-lo, mas encarou sua camiseta verde, sentindo-se uma completa idiota. - Onde está o fogo, baby? - Ele perguntou. - Nas minhas calças, - Shade disse e riu. Melanie empurrou o homem para longe e procurou um canto mais agradável,
  • 27. seguro para ordenar seus pensamentos. Meio que esperava que Nikki viesse atrás dela - quer fosse para censurá-la por chamar Shade de esquisito na cara dele ou por arruinar sua chance com o egocêntrico - mas vários minutos olhando para a parede a convenceram de que Nikki a tinha abandonado por um cara que nem sabia quem era. Novamente. Um rápido olhar por cima do ombro confirmou suas suspeitas. Ela estava rindo e pendurada no Sr. Rock Star Idiota, que parecia ter seu olhar fixo em Melanie, enquanto sugava um ponto atrás da orelha de Nikki. Quando estreitou os olhos para ele, o idiota pegou a mão de Nikki e levou-a para fora pela porta dos fundos. Esfregou a testa com dois dedos e virou-se para a parede novamente. Considerou ir embora, mas não podia abandonar Nikki sem apoio. Chegaram juntas, e sairiam juntas. Além disso, a vida amorosa da mulher era um desastre. E se ela precisasse da ajuda de Melanie? Considerando com quem tinha saído, as chances de que precisasse de Melanie para escapar de algum problema eram praticamente garantidas. Era melhor participar da festa com uma multidão de metaleiros tatuados do que esperar no carro sozinha, mas não por muito tempo. Resignada com seu destino, encontrou a extremidade livre de um sofá e sentou-se para esperar, mantendo os olhos desviados das pessoas zanzando pela sala. Seu olhar estava fixo na porta por onde Nikki tinha acabado de sair, não percebeu o homem sentado ao seu lado até que ele falou. - Estou surpreso de você não ter ido com eles. Desviou o olhar da porta para olhar para ele. Seus impressionantes olhos verdes
  • 28. capturaram sua atenção sob a aba do boné de beisebol. Ele era possivelmente o homem mais atraente que já tinha falado com ela sem que Nikki estivesse a seu lado. Reconheceu sua camiseta como pertencente ao cara em quem trombou alguns momentos antes. - Huh? - Jacob e sua amiga. - Ele apontou o pescoço da garrafa de cerveja em direção à porta que Melanie estava olhando fixamente. - Jacob? - Mais famosamente conhecido como Shade. - Oh. - Ela descansou as mãos nos joelhos. - Não sabia que ele tinha um nome normal. Ele riu. - Você não achou que a mãe dele o chama de Shade, não é? Encolheu os ombros. - Nunca pensei sobre isso. Sua atenção voltou-se para a porta novamente.
  • 29. - Que tipo de idiota usa um nome artístico estúpido desses, afinal? E porque Shade? Porque ele usa óculos o tempo todo? - Sim, ele tem que usá-los. Tem problemas de visão. O estômago de Melanie contraiu-se e cobriu sua grande boca tagarela com a mão. - Ele têm? Merda. Agora me sinto mal. O cara deu uma risadinha. - Só estou brincando com você. Ele os usa, porque gosta de parecer um imbecil o tempo todo. Melanie riu. Se sentiu melhor. Seu caso crônico de ansiedade diminuiu consideravelmente, e seu rancor finalmente pediu licença. - Não sou normalmente tão desagradável. Apenas preferia estar em qualquer outro lugar do que esperando que Nikki termine de se divertir. Honestamente não entendo porque ela acha que ele é tão gostoso. Ele parece um presidiário. Quando o cara não falou nada, virou a cabeça para olhá-lo de novo. Ele traçou seu lábio inferior com o dedo médio enquanto a avaliava. - Você não parece muito encantada com a banda. O que te trouxe ao backstage?
  • 30. - Uma amiga para quem não posso dizer não.” Ela assinalou. “Sou tão essencial. - Ou talvez você seja apenas uma boa amiga. - Mais como uma amiga burra. Se parar de arriscar meu pescoço por ela, talvez ela aprenda a ter alguma responsabilidade. - Mas se algo ruim acontecesse com ela, você se sentiria responsável. Ela olhou com assombro para ele, surpresa que tenha compreendido a verdade por trás de suas ações tão facilmente. Ele sorriu, revelando dentes brancos e perfeitos. A simples expressão transformou-o de lindo em deslumbrante. A respiração de Melanie ficou presa. Uau. Agora esse cara... ela podia entender porque queriam pular na cama com ele mesmo mal o conhecendo. Só o que bastava era um simples por favor e obrigada. - Sim, entendo totalmente. Sou um daqueles tipos essenciais também. - disse. - Então você admite que é tão burro quanto eu? Ele sorriu. - Acho que sim. Gostaria de uma cerveja?
  • 31. Balançou a cabeça. - Tenho que dirigir e já estou no meu limite. - Tinha certeza que sua repentina tontura era causada pela companhia, e não pelo álcool. - Que tal uma Coca, então? Sorriu pela sua consideração. - Água? Ele assentiu. - Jordan! - Gritou para o homem no bar. - Traga uma água para a moça. - Já vai! Voltou sua atenção para ela outra vez. - Então, vai me dizer seu nome? Ela relaxou nas almofadas do sofá, feliz por ter encontrado uma pessoa normal para conversar. Pensou que teria que passar à noite toda fingindo ser invisível. Melanie Anderson. E o seu?
  • 32. Ele riu. - Você realmente não está deslumbrada com a banda, está, Melanie? O que isso tinha a ver com dizer-lhe seu nome? - Gosto da música deles, mas não são a minha banda favorita ou qualquer coisa. São um pouco pesados demais para o meu gosto. Nikki é que é obssecada por eles. Ela me arrastou até aqui contra a minha vontade. Um copo de água foi pressionado em sua mão. - Obrigada, - disse para o barman. Tomou um gole e esperou que seu lindo companheiro falasse novamente. - Eu vejo. Sou Gabriel Banner. - Sorriu para ela e, de repente ela sentiu-se mais quente, e se perguntou se alguém tinha desligado o ar-condicionado. - Me chame de Gabe. Um nome totalmente normal para um cara totalmente normal. Teria se sentido desconfortável falando com qualquer um dos outros homens na sala - tatuados, com piercings, cortes de cabelo estranhos, correntes e couro - mas Gabe parecia tão normal como ela. Sua única falha notável era o boné dos Texas Rangers que usava. Como fã dos Angels queria zombar de sua lealdade para com seu time, mas poderia perdoar essa pequena falha.
  • 33. Sorriu e estendeu a mão livre em saudação. Sua mão deslizou na dela. Embora tenha dado um aperto suave, ela pôde sentir a força naqueles dedos. Seu coração acelerou quando os dedos dele tocaram as costas de sua mão. - Prazer em conhecê-lo, Gabe. Como é que um cara de aparência normal como você acaba nos bastidores com todas essas, erm, pessoas interessantes? Ele hesitou e então riu como se achasse que estava brincando. - Eles são ótimos, não são? Você é de Tulsa? Ela balançou a cabeça. - Kansas. Nikki queria tanto conhecer Shade que me fez dirigir com ela até aqui. Ela não conseguiu ir nos bastidores na noite passada. Embora ache que conseguiu o que queria essa noite. De onde você é? - Austin. Tinha reconhecido um pouco de sotaque em sua fala, mas não teria imaginado que ele fosse do Texas - suas calças jeans não eram apertadas o bastante para cortar a circulação de suas bolas. Supôs que o boné dos Rangers deveria ter-lhe dado uma pista. - Você veio dirigindo todo esse caminho desde Austin só para ver o Sole Regret?
  • 34. Ele riu de novo e puxou uma orelha. Certamente se divertia com facilidade. E o som profundo de sua risada fez com que quisesse mantê-lo rindo regularmente. - Sim, acho que poderia se dizer isso. - disse. Gabe tomou o resto de sua cerveja, estendeu a garrafa vazia, e deu-lhe uma pequena sacudida. Dentro de vinte segundos ela foi substituída por uma nova bebida. Tomando sua água, se perguntou por que o barman estava tão ansioso para agradar Gabe. - Então, você conhece a banda? Ele sorriu outra vez e Melanie temeu que fosse derreter. Estava mais do que interessada em colocar um sorriso permanente em seu rosto bonito. - Nós já nos conhecemos. O que você faz no seu tempo livre quando não está acompanhando sua amiga? - Sou contadora. - Isso deve ser... - Suas sobrancelhas se juntaram. - Chato pra caralho. Ela riu.
  • 35. - Paga as contas. Além disso, gosto de números. Eles são previsíveis. - Suponho que você não tenha um osso imprevisível nesse seu corpo. Ela estendeu a mão e passou um dedo pelo lado do pescoço dele. Seu pulso se acelerou contra seu dedo. - Eu não diria isso. - Você está dando em cima de mim, Melanie? Oh sim, sim, sim. - Talvez. - Ela disse. Não havia nenhum sentido em Nikki ter toda a diversão da noite. Ficou subitamente animada para ter um pouco de diversão para si. - Detesto incomodá-lo. - Alguém disse do outro lado de Gabe. Era um cara com um piercing perfurando seu nariz e uma tatuagem de uma mão segurando uma caveira preta que cobria um lado de seu esguio pescoço. Ao ver a tatuagem, a frenquência cardíaca de Melanie subiu. A maioria das tatuagens faziam- na se sentir desconfortável, mas crânios e arame farpado sempre a assustavam. Deu um grande gole na água e voltou seu olhar para Gabe, imaginando como ele lidaria com a abordagem. - Sou um grande fã seu, Force. - O pesadelo fashion guinchou. - Você é de longe
  • 36. o melhor baterista do planeta. Pode me dar seu autógrafo? Talvez Nikki não tenha vomitado no vocalista do Sole Regret, mas Melanie conseguiu cuspir água em seu baterista.
  • 37. Capítulo 4 Melanie saltou de pé e procurou algo para limpar a água no rosto de Gabe. Rindo, ele levantou a bainha de sua camiseta e esfregou as gotas de sua pele. Ela não pôde deixar de se embasbacar com seu tanquinho. Era ruim o suficiente que tenha cuspido água num baterista famoso, mas cuspir água num baterista famoso muito gostoso, com sonhadores olhos verdes e um sorriso lindo era um desastre digno de manchete de jornal. Seu olhar se fixou na ponta de uma tatuagem que espiava acima do cinto largo de couro perto do osso do quadril. Não conseguiu distinguir o que era antes dele deixar a camiseta cair cobrindo sua barriga. Esperava que sua sensação de mal-estar com tatuagens se acalmasse agora que sabia que ele tinha uma, mas tudo que sentiu foi uma atração inegável quando olhou para ele. Gabe pegou o cd de seu animado fã e assinou-o antes de voltar sua atenção para Melanie. - Sinto muito, - ela disse. - Não tinha ideia de quem você era. E como estava sendo imbecil ao criticar sua banda. Seus olhos viraram para o alto. - Sim, meio que percebi isso. - Reconheci os outros caras da banda, porque os vi no palco, mas você...
  • 38. - Sou só uma mancha atrás da bateria enorme. - Sim. - E parecia um cara lindo e normal, não uma estrela do rock. Tocou seu rosto com a ponta dos dedos e encontrou-o quente. - Sinto muito por ter cuspido água em você. Deve achar que sou uma lunática. - Na verdade, acho que é encantadora, - ele disse. - Nunca conheci uma mulher com coragem para colocar Shade no seu lugar e chamá-lo de esquisito num mesmo fôlego. Melanie gemeu. - Não posso acreditar que fiz isso. - Se sentou no sofá ao lado de Gabe de novo e enterrou a cabeça nas mãos. - Não acho que ele seja um esquisito. Ele só é tão... - Arrogante? - Sim. - Virou a cabeça para olhá-lo. - Mas você não parece ser. - Sou apenas o baterista. - Ele tocou o centro de suas costas, envolvendo-a com o calor do corpo e a fragrância limpa de sabonete e cheiro de homem quente quando se aproximou. - Você tem namorado? - Curvou-se. - Sei que se você tivesse marido ou noivo, ele não deixaria você sair de perto dele sem um anel no dedo. Seu coração falhou uma batida. Ele estava dando em cima dela? Tinha certeza que estava. Se ela se importava? Claro que não. Ainda gostava do que via. E queria
  • 39. fazer muito mais do que olhar. - Sou solteira.” disse. Yay! Acrescentou silenciosamente. - Pensei que talvez fosse por isso que você rejeitou Shade, que estava loucamente apaixonada por algum idiota de sorte. Você honestamente não se sente atraída por ele? Ela balançou a cabeça. - Nem mesmo por sua fama? - Isso não faz dele mais especial do que qualquer um de nós. Então ele é famoso. Grande coisa. Isso não lhe dá o direito de se comportar como um idiota. Você é famoso e não age assim. - Você tem certeza disso? Assentiu com a cabeça resolutamente. Gabe se inclinou para ainda mais perto, seu olhar era tão intenso que ela ficou paralisada. Ele levantou a mão para deslizar os dedos por sua bochecha. O coração de Melanie retumbou no peito. - Vou te beijar. - disse.
  • 40. Ela não pode desviar seu olhar do dele. Nunca tinha visto olhos tão verdes. O contraste dessas íris brilhantes contra seus cílios escuros foi hipnotizante. - Você vai? - Sim. - Mas não me sinto atraída por caras como você. - Caras como eu? - Caras com tatuagens. - Hmm, - ele murmurrou perto de sua orelha. Suas pálpebras se fecharam. - O que você diz de caras com moicano? Suspirou e seus olhos se abriram. - Nunca. Gabe tirou o boné, revelando que os lados de sua cabeça não eram apenas raspados, mas tatuados com padrões tribais pretos e vermelhos. A faixa de cabelos soltos no centro de sua cabeça era alguns centímetros mais comprida e pintada de
  • 41. preto e vermelho. Por isso ele não era seu tipo. Mas então por que seu ventre estava contraído de desejo e sua calcinha desconfortavelmente úmida? - E suponho que você nunca foi atraída por um cara com um piercing. Seu hálito quente acariciou sua orelha. Ela abafou um gemido. Porque de repente tudo estava girando em torno dele? Nunca foi atraída pelos tipos badboys. Era provável que se encolhesse de medo quando abordada por algum deles. Agora, embora Gabe a tivesse encurralado contra o braço do sofá, não sentia medo. Queria tocá-lo. Acariciar seu moicano, esfregar seu couro cabeludo, acariciar suas tatuagens com os lábios. De onde esses desejos tinham surgido? Devia recuar para longe dele, não balançar em sua direção. Ele era exatamente o tipo de cara que sua regra mandava evitar. Mas não estava com nem um pouco de medo de Gabe. Ela o queria. - Meu umbigo é perfurado, - ela soltou. Um momento de imprudência no seu aniversário de vinte e um anos. - Não acredito em você. Levantou a bainha da blusa para mostrar-lhe a jóia pendurada em seu umbigo. Ele prendeu a respiração, e seus dedos traçaram o contorno de sua cintura fina. Uma corrente de prazer correu entre suas coxas, e ela apertou suas pernas juntas para aliviar a dor crescente. - Deus, isso é sexy. - Seu dedo mindinho mergulhou sob o cós da calça jeans
  • 42. enquanto traçava o cordão de ouro em seu umbigo de novo. - Que outros segredos você está escondendo, doce Melanie? Quero descobrir todos eles. Cobriu a mão de Gabe antes que ele mergulhasse mais fundo em suas calças. - Você tem piercings? - Perguntou, olhando em seus olhos. Não tinha visto nenhum nas orelhas ou no rosto. Foi uma das razões pelas quais não tinha reconhecido que era um deles. As roupas cobrindo as tatuagens no corpo. O boné escondendo seu penteado não convencional e a pintura em seu couro cabeludo a tinham feito baixar a guarda antes que percebesse como ele era assustador. Isso tinha que ter sido a diferença. Falar com ele antes que soubesse que deveria estar com medo. - Não vejo nenhum. - Você tem que sentí-lo. - Gabe pegou sua mão e dirigiu-a para o peito. Seus dedos roçaram um cume duro em seu mamilo. - Oh! - Ela esfregou sua língua contra a borda de seus dentes, imaginando como seria sentir aquele pedaço de metal balançando contra sua língua se tocasse-o por cima da barra de sua camiseta. Os músculos se flexianaram sob seu toque, rezando silenciosamente que ele estivesse tão atraído por ela quanto estava por ele. Queria que agarrasse seu cabelo com as duas mãos, arrastasse-a sob seu corpo longo e duro e pressionasse firmemente contra a dor latejante entre suas coxas. - Melanie. - O sussurro do nome dela foi como uma carícia sedosa. - Você é linda.
  • 43. Os cantos de sua boca viraram para cima. - Assim como você. Seus olhares se encontraram e todo o pensamento racional desapareceu de sua mente. Gabe deslocou-se para a frente e reivindicou sua boca em um beijo selvagem. Bom Deus, ele tinha lábios firmes e exigentes. Seus dedos se enroscaram no peito dele, e sua respiração ficou presa na garganta. Quando a língua dele roçou seu lábio superior, todo seu corpo se inflamou. O sabor da cerveja. O cheiro de seu corpo. A argola do piercing no mamilo contra seu dedo. Tudo tão estranho. Tão perigoso. Sexy pra caralho. Ele puxou a boca para longe e olhou para ela. A mão dela deslizou para baixo em direção ao quadril. - Me mostre sua tatuagem, - ela exigiu sem fôlego. Parte dela queria provar a si mesma que não estava com medo. A outra parte só queria dar uma boa olhada em seu corpo. - Qual? - Aquela no seu quadril. Há mais? Ele sorriu. - Pensei que não gostasse de tatuagens. Balançou a cabeça, o olhar movendo-se para o desenho no lado esquerdo
  • 44. do couro cabeludo de Gabe. Com uma inspeção mais minuciosa, o padrão tribal parecia um dragão. Não realista. Artístico. As grossas linhas pretas que formavam seu longo corpo delgado arqueavam-se ao longo da extremidade de seu couro cabeludo. Terríveis bolas de fogo vermelhas eram cuspidas por centímetros da boca do animal. As garras pareciam alcançar seu ouvido. - Não gosto. Estou curiosa, isso é tudo. Não é um desenho de crânio, é?Engoliu em seco. O que faria se fosse? - Não. Não é um crânio. Ficou mole de alívio. - Então é o quê? - Ficaria feliz em mostrá-las a você. Todas elas. Mas não aqui. Virou a cabeça para lembrá-la de que estavam em um canto nem tão isolado de um quarto muito lotado. Melanie sentou-se bruscamente e puxou a blusa para baixo sobre a barriga. Ninguém teria percebido o que estavam fazendo? Deveria estar mortificada por seu comportamento imprudente, mas excitou-se outra vez. - Force! - Alguém gritou do outro lado da sala e acenou freneticamente para Gabe. Gabe acenou de volta.
  • 45. - Por que te chamam de Force? - Perguntou. - Esse é meu estúpido nome artístico. - Adotou uma expressão ameaçadora - lábio torcido, sobrancelhas juntas - e estalou os dedos. - Sou uma força a ser reconhecida. - Sorriu e levantou a mão para que pudesse capturar as pontas de seus dedos chupando-os com beijos. - Oh! - Um latejar dolorido continuou a crescer entre suas coxas e sabia que só havia uma coisa que iria aliviá-la. E apenas um homem que poderia fazê-lo. A emoção de estar com Gabe, de superar seus medos ridículos, era muito sedutora para negar. - Normalmente não sou atraída por caras como você. - Foi o que você disse. Seu coração bateu mais rápido e mais rápido até que reuniu coragem. Desejou que pudesse ser mais parecida com Nikki e tornar perfeitamente claro o que queria. - Se eu te disser que quero você, você acreditaria em mim? - Experimente. - Quero você. Ele capturou o olhar dela e sustentou-o por um longo tempo. - Quer sair daqui?
  • 46. - Você vai me mostrar suas tatuagens? - Isso iria me obrigar a ficar nu. Sorriu para ele. - Estou contando com isso.
  • 47. Capítulo 5 Gabe não estava certo sobre o que tinha nessa mulher que o deixava tão animado. Sim, ela era atraente, mas isso não explicava o encanto. Conhecia inúmeras mulheres atraentes. Talvez fosse porque ela gostasse de estar com uma estrela do rock e não por causa dele. Ou talvez fosse porque rejeitou Jacob - ninguém nunca rejeitava Jacob. Ou talvez fosse porque havia algo de travesso e selvagem debaixo de seu exterior convencional, e queria muito fazê-la soltar-se. Fosse o que fosse, fora fisgado. Nunca questionava os instintos de sua cabeça de baixo. Seu pau tinha um excelente gosto. Seguiu Melanie para fora do estádio até um Volkswagen Beetle conversível alaranjado encravado entre duas SUVs gigantescas no estacionamento. - Bonitinho, - disse quando ela apertou o botão do alarme na chave e as luzes dos faróis brilharam. Esperava que um dos beberões de gasolina fosse o dela. Não teve essa sorte. Normalmente não entraria num carro tão feminino nem morto, mas queria mostrar mais do que suas tatuagens para ela. Tinha a necessidade urgente de estar a sós com ela. Para descobrir o que a fazia tão atraente. Sim, o contorno de sua cintura e o piercing no umbigo tinham deixado seus pensamentos pesados de desejo, mas era mais que isso. - Ele é da Nikki. Provavelmente deveria mandar um mensagem e avisá-la que fui embora sem ela. Ou talvez devesse deixá-la se preocupar comigo para ver se algo
  • 48. muda. - Fez uma pausa para olhá-lo de soslaio avaliando-o com os olhos. “Ela tem algum motivo para se preocupar? - Só se ela pretende vê-la antes do amanhecer. - Quantas tatuagens você tem? Não deve levar à noite toda para mostrá-las. Ofereceu-lhe um sorriso desafiador. Que o fez querer beijá-la até lhe tirar todo o atrevimento. - Mas vou querer levar muito tempo para mostrá-las a você. Ela prendeu a respiração. Depois de um momento, fechou a boca escancarada e espremendo seu pequeno corpo apertou-se entre o SUV e a frente do carro pelo lado do motorista. - Está com fome? - Perguntou avançando para a porta e se esgueirando para dentro do carro. - Estou morrendo de fome. Perdi o jantar para que pudéssemos ficar na fila por duas horas. Tem que haver um restaurante aberto por aqui. Tomou conhecimento de suas palavras rápidas. Esperava que ela não surtasse e o deixasse plantado. Bem, na verdade, quanto mais esperava mais duro ficava. Será que ela tinha alguma ideia do que ele tinha em mente? Fazia tempo desde que tivera que se esforçar para seduzir uma mulher. Elas tendiam a cair para dentro de sua calça. Talvez tivesse perdido o jeito. Ela queria jantar em primeiro lugar? De verdade? Ele queria saber como ela ainda estava vestida.
  • 49. Gabe espremeu-se no carro com ela e fechou a porta. Dobrando-se no espaço pequeno, sentiu que corria o risco de ficar com os joelhos na altura da vista. - A ideia de ficar sozinha comigo te deixa nervosa? - Não. - Ela chiou. - Bom. Então vamos pedir serviço de quarto, - disse, remexendo sob o assento na alavanca para se dar mais espaço. Suspirou de alívio quando o assento se deslocou e ofereceu-lhe alguns centímetros extras para as pernas. - Mas... - Você percebeu que pretendo foder você, não é? - Não havia sentido em fingir que não era isso que aconteceria. - Se está brincando comigo... - Não estou brincando, Gabe. Pretendo te foder até que você não possa se mover. Apenas pensei que primeiro poderíamos começar nos conhecendo um pouco melhor. Nunca tive que seduzir um homem tão rápido. Sinto-me... hum... uma vagabunda. - Sussurrou a última palavra como se nunca a tivesse usado antes. Um calor inundou sua virilha. Porra, sim. Ela queria ele, afinal. Estava acostumado a mulheres chegando nele, demonstrando suas intenções de forma clara, e deixando-o duro. Simplesmente não estava acostumado a mulheres agindo como Melanie estava. Caramba, suas bolas doíam. Não havia nenhuma maneira no inferno que iria fazer isso por meio de um jantar educado com ela. Estava
  • 50. perfeitamente bem com ela se sentindo uma vagabunda. Especialmente porque achava que ela não se deixava sentir assim muitas vezes. Convencê-la a fazer algo que normalmente não faria acariciou-lhe o ego até que o desejo ardesse dentro dele como o fogo do inferno. Melanie ligou o carro, enquanto lutava para formar pensamentos coerentes. Estavam saindo do estacionamento antes dele conseguir pensar de forma racional. - Hum, para onde? - ela perguntou. Deu-lhe o nome do hotel e ela procurou o endereço no GPS do carro. Começaram a jorrar instruções de uma voz robótica. - Você tem tempo até chegarmos ao hotel para procurar me conhecer, - disse. - Não é longe. É melhor começar. - Com que frequência você faz esse tipo de coisa? - Que tipo de coisa? - Ter mulheres que não conhece levando-o para seu quarto de hotel? - Com menos frequência do que imagina. Ela levantou uma sobrancelha para ele, seus lábios franzidos de ceticismo, antes de voltar sua atenção para a estrada. Estava principalmente na seca
  • 51. nesta turnê. O que significava que a curta viagem para o hotel teria que ser especialmente rápida. Uma coisa boa. Se sentisse o cheiro de seu shampoo de fruta mais uma vez, iria abrir a calça e mostrar-lhe o efeito que tinha sobre ele, que se danassem as leis de atentado ao pudor. - Costumo levá-las para o ônibus da turnê, - disse, forçando sua mente a acompanhar o fio da conversa. - É mais fácil se livrar delas dessa maneira. Ela riu. - Pelo menos você é honesto. - Com que frequência você faz esse tipo de coisa? - Replicou. - Antes ou depois que me formei na faculdade? Havia uma diferença? - Depois? - Poucas vezes. - Antes? - Sempre que sentia vontade, - ela disse. - O que não era frequente.
  • 52. - Então, por que está fazendo isso agora? - Acho que tenho direito a me divertir com um pouco de sacanagem de vez em quando. Virou a cabeça sorrindo. Ela tinha um grande sorriso. Que fez seu coração inchar no peito. E outras coisas incharem nas calças. - E quero ver a tatuagem em seu quadril. Não entendia por que uma tatuagem em seu quadril era uma coisa tão importante para ela. Não era nada espetacular, só o seu signo astrológico. - Acho que sua ideia de quem sou e de quem realmente sou são duas coisas completamente diferentes. - Duh. É por isso que queria conhecê-lo primeiro. - disse. Talvez ele fosse o único que estivesse nervoso. Não sabia se ela ficaria impressionada com seu verdadeiro eu. Geralmente o negócio de rockstar fazia todo o trabalho por ele. Correu os dedos por seu braço nu, e ela estremeceu. - E é por isso que estou com tanta pressa para ocupá-la com outras coisas. - Ela olhou-o de relance e perguntou. - Então, tem família? Bem, esse assunto sem dúvida puxou os freios de sua libido.
  • 53. - Sim, todos não temos? - Suponho que a maioria tem. Eles são grandes fãs de sua música? Ele riu. - Não exatamente. Ódio não é uma palavra forte o suficiente para descrever como se sentem sobre a minha música. Tive uma estrita educação religiosa. Minha família é muito conservadora. - Você não fala com sua família, então? - Eu não disse isso. Eles não necessariamente aprovam como vivo ou a carreira que escolhi, mas me amam. Desde que deixe meu cabelo crescer para cobrir a tatuagem na minha cabeça antes do dia de Ação de Graças, nos damos muito bem. E como praticamente pôde fazer tudo o que quis fazer, respeitava seus pais o suficiente para não exibir suas atitudes liberais na casa deles. Até onde lhe dizia respeito, era um acordo justo. O conforto de sua família significava mais para ele do que mostrar suas tatuagens. Não tinha descoberto seu lado selvagem até ir para a faculdade. E não tinha feito as tatuagens como forma de rebelião pela educação que tivera, mas porque gostara legitimamente de cada desenho o suficiente para gravá- los para sempre em sua pele. Para ele, tatuagens eram arte, não uma afirmação. Melanie entrou com o carro na entrada do hotel e parou perto de um manobrista que estava a espera. Gabe ficou tenso com a antecipação.
  • 54. - A tatuagem fica bem em você, porém... - ela disse, com os olhos fixos em seu couro cabeludo. - Não tenho certeza porque. Sabia exatamente o porquê. - Sou um Fruto Proibido. - Então você acha que a razão por te querer tanto é porque meu pai atiraria em você a primeira vista? - Isso parece certo, - disse. E não teria problema em tirar o melhor proveito dos problemas de seu pai. - Bem, vendo como ele chutou qualquer homem com quem fiquei antes que colocassem um anel de noivado no meu dedo, não acho que você seja tão especial. A porta se abriu, e o manobrista ofereceu a mão para Melanie sair do carro. Ela trocou as chaves por um ticket de estacionamento enquanto Gabe se amaldiçoava mentalmente por ter abandonado seu bons modos e não ter sido o único a abrir a porta para ela. Quando tinha começado com essa droga de impressionar as mulheres? No momento em que uma sexy contadora tinha esbarrado em seu peito e nem sequer teve a decência de ficar quente e incomodada no instante em que a tocou. - Ponha isso na conta do meu quarto, - Gabe disse para o manobrista enquanto contornava o carro para segurar Melanie pelo cotovelo.
  • 55. - Sim, Sr. Banner. Melanie pareceu impressionada. - Ele te conhece pelo nome? - Sou um cliente VIP, - disse, - é trabalho dele puxar meu saco. Incapaz de manter as mãos longe dela por mais um minuto, passou o braço pelas costas dela atraindo-a para se aconchegar ao seu lado. Ela permitiu que a levasse para a grande entrada do hotel, mas aparentemente ainda estava no processo de começar a conhecê-lo. - Então, seus pais eram contra você se tornar músico... - Eu não disse isso. Eles nunca foram contra eu me tornar músico. É o tipo de música que escolhi que eles não aprovam. Não se importariam se tivesse me tornado um cantor gospel. - Piscou para ela. - Então, como você se tornou baterista? Não é exatamente um instrumento do coral da igreja. - Eu era o nerd da percussão na banda. Não sou talentoso o suficiente para tocar um instrumento de verdade. - Então porque está fazendo isso? - Perguntou quando entraram no saguão por
  • 56. uma porta giratória. Ela nem sequer reparou na opulência. Estava muito ocupada enfiando seu lindo narizinho em seus assuntos. E ele continuava na estaca zero quanto a deslumbrá-la. - Por que faço essa merda constrangedora? Se fosse mentir, diria que para me parecer com alguém legal e irresistível, você não acha? Ela inclinou a cabeça, avaliando-o como se fosse parte de uma coluna de números que não se somam. Se perguntou se sua visão limitada do mundo servia- lhe bem no Kansas. Ela parecia gostar de colocar tudo em uma caixinha arrumada. E tinha certeza de que ela ainda estava procurando desesperadamente a caixa certa onde guardá-lo dentro. Como era bem depois da meia-noite, o lobby estava vazio, exceto pela recepcionista sorrindo com indulgência para si mesma quando fingiu não vê-los. O elevador estava a espera. - Diga-me uma coisa que te faça menos legal, - Melanie disse. - Caramba, Mel, você tem à noite toda? Não sabe que a maioria das estrelas do rock começou a vida como excluídos que não queriam parecer estranhos, mas que encontrou um bando de excluídos parecidos para fazerem música juntos? Poucos de nós de alguma forma conseguem fazer disso um estilo de vida. A maioria tem que complementar sua carreira entregando pizza. - Mas ser um excluído te fez normal.
  • 57. Ele balançou a cabeça em confusão. - Se você diz assim. - Como você era na escola? Gemeu interiormente e pensou em mandá-la ficar calada. Ele tinha sido um desastre ambulante. - Usava aparelho. - Isso explica seu sorriso perfeito. Ela disse que seu sorriso era perfeito? Talvez todas as visitas dolorosas ao ortodentista tenham valido a pena. - O que mais? - Ela pressionou. - Era alto e magro. - Ela estava tentando safar-se de dormir com ele ou o quê? Ela levantou a bainha de sua camiseta para observar sua barriga. - Nenhuma grama de gordura, mas não diria magro. Malhado. E você é alto. Suponho que é um benefício para um baterista. - Eu não era tão atraente, Mel, não toquei meu primeiro peito até ter vinte anos.
  • 58. - E quantos peitos você tocou desde então? Ele sorriu. - Não apalpo e saio contando. Dentro do elevador, Gabe pegou o cartão de seu quarto da carteira, contente da banda ter verificado mais cedo que seus pertences já estavam nos quartos. Ele tinha roubado da recepção um cartão para acessar a cobertura. A banda tinha reservado-a para a noite. Esperava que algo assim virasse a cabeça de Melanie, mas ela insistia pedindo-lhe para compartilhar segredos sobre a parte menos atraente de sua vida. Assim que as portas do elevador se fecharam, ela virou-se para encará-lo. Apoiou as palmas das mãos em seu peito e olhou-o com sensuais olhos castanhos. Não tinha notado os pontos azuais e verdes neles mais cedo. Abriu a boca para elogiá-la e ela interrompeu-o para dizer. - Apenas diga-me mais uma coisa pessoal sobre você mesmo. Fico muito mais confortável com o Gabe do que quando estou com Force. - A força é igual a massa vezes a aceleração, - disse ele. - Huh? - A razão por que me chamam de Force não é porque golpeio objetos com força - apesar de fazê-lo. É porque projetava coisas importantes no curso de física antes de
  • 59. cair fora da faculdade no meu segundo ano. Iria me tornar um engenheiro e inventar coisas. Na verdade, ele inventara coisas, apesar de não ser formado. No entanto, era algo que definitivamente estava mantendo para si. Ninguém sabia sobre suas invenções. Já era ruim o suficiente que tivesse compartilhado o segredo por trás de seu apelido com ela, só a banda sabia como tinha ganhado-o. Então, por que estava dizendo-o a Melanie? Ela tinha um efeito estranho sobre ele. Se sentiu vulnerável. Exposto. Ela tirava sua calma. Não era uma sensação a qual estava acostumado, e não tinha certeza de que gostava. Ela lhe deu um tapa no peito. - É por isso que estou tão atraída por você,v- disse. - Sabia que não podia ser essa coisa de músico famoso. - Ergueu-se na ponta dos pés para beijar seu pescoço. Todos os músculos do corpo dele ficaram tensos. - Melanie? - sussurrou. Seu hálito quente fez cócegas em seu pescoço. - Amo um homem com cérebro. Um cérebro que deixou de funcionar quando uma certa contadora sexy sugou o ponto pulsante em sua garganta. Não misturava mais o nerd da faculdade com a banda. Odiava ser aquele desajeitado cara obediente. Sonhar em construir corações
  • 60. mecânicos e membros artificiais não o divertiam mais. Era um astro do rock. O sucesso não tinha lhe sido entregue numa bandeja de bronze. Ele teve que ganhá-lo. E Melanie tinha que acostumar-se com a ideia de que isso que estava esforçando-se para rejeitar era uma parte importante de quem ele era. Estendeu a mão e apertou todos os botões do primeiro ao décimo andar. O elevador sacudiu-se quando parou no andar seguinte e, em seguida, a porta abriu. Melanie afastou-se, seu olhar correndo nervosamente para o corredor vazio. Não havia ninguém lá. Olhou para ele com olhos arregalados. - Acha que há algo de errado com o elevador? - Apertei todos os botões. - Por quê? - Porque não posso esperar mais. As portas do elevador fecharam-se e começaram a subir novamente. Suas sobrancelhas uniram-se e seu nariz enrugou em confusão. Gabe moveu as mãos até seus ombros e deslizou as alças finas da regata junto com as do sutiã para baixo de seus braços delgados. Usou o mais leve dos toques em sua pele sedosa, observando a reação dela. - Do que você gosta? - Perguntou.
  • 61. - Huh! - Você gosta de um toque mais suave? - Perguntou acariciando-lhe a pele com a mais leve das carícias e, em seguida, fechou os dedos para aplicar mais pressão. Moveu as mãos ao longo de seus ombros. - Ou algo mais rude? Com os olhos arregalados, ela balançou a cabeça. - Não sei. O elevador parou e as portas abriram-se novamente. Deslizou as mãos para seus seios e libertou-os do sutiã. - Espera. - Ela ofegou. - Alguém pode... Segurou um monte perfeito de carne e acariciou suavemente o mamilo endurecido com o polegar. - Gentil. Quando ninguém juntou-se a eles no elevador, Melanie soltou um suspiro, e suas pálpebras tremularam fechando-se. Gabe apertou o outro seio e beliscou o mamilo entre o polegar e o indicador, esfregando a ponta com uma pressão crescente. - Rude.
  • 62. - Oh. Assim que as portas do elevador fecharam-se de novo, inclinou-se e deslizou a língua sobre o mamilo rosado. - Gentil. - Disse, soprando uma respiração lenta ao longo de sua pele enrugada antes de moldá-lo em sua boca chupando com terno cuidado. Os dedos dela agarraram-se a seu couro cabeludo. Ainda não sabia dizer o que ela preferia, parecia gostar de ambos. Soltou o seio com um suave som de sucção e voltou sua atenção para o outro. - Rude. - Beliscou o mamilo avermelhado e depois chupou-o na boca, esfregando a língua sobre a ponta dura. Arranhou a carne com a ponta dos dentes. - Gabe. As portas do elevador abriram-se outra vez. Dessa vez, ela não percebeu. Gabe sorriu para si mesmo. Melhor assim. Afastou-se e esperou ela abrir os olhos antes de segurar sua buceta através da calça jeans. Quando seus pensamentos enevoados registraram o calor que saía dali, seu pênis começou a pulsar em antecipação. Olhou para os lindos olhos dela enquanto deslizava os dedos entre suas pernas e apertava a mão contra seu sexo. Pressionando a palma da mão contra ela, esfregou seu clitóris com pressão suficiente apenas para lembrá-la que estava lá.
  • 63. - Gentil? As portas fecharam novamente, e o elevador levou-os para mais perto de seu destino. - Posso ter os dois? - Ela perguntou sem fôlego. Sorriu e apoiou-a na parede. Agarrando sua bunda apertou o pau contra seu sexo, investindo com impulsos vigorosos de seus quadris. - Ou rude? Ela agarrou-se a ele, esfregando seu calor contra seu pau latejante. Se ela estivesse usando saia teria subido-a pelo corpo logo em seguida. Podia sentir seu calor escorregadio engolindo-o, imaginá-la apertando-o com sua buceta durante o orgasmo quase foi sua perdição. Quase. - Oh Deus, Gabe, foda-me, - ela gemeu. Suas bolas apertaram-se com entusiasmo. Inebriado de desejo esfregou a boca aberta sobre sua garganta. - Você decidiu o que você quer, Melanie? - Sim. Você. Quero você.
  • 64. Deu a câmera de vigilância um longo olhar e, em seguida, mordeu o lábio inferior, considerando o que isso significaria para ela se seguisse seus instintos e a satisfizesse ali mesmo. Por mais tentadora que fosse, ela merecia coisa melhor. Podia esperar mais alguns minutos, no máximo. Seu olhar deslocou-se para seus olhos. - Gosto de uma mulher que sabe o que quer. Afastou-se e observou que ainda faltavam cinco andares para chegarem ao topo, que prometia ser o céu. Melanie olhou-o desorientadamente por um momento e então esforçou-se para cobrir seus seios deliciosos antes que as portas do elevador abrissem de novo. Despreocupadamente apertou o botão rotulado “fechar portas” tentando esconder sua ansiedade, fingindo estar no controle e manter a calma. Sim, gostava de uma mulher que sabia o que queria. Também gostava de deixar uma mulher confusa e desorientada, desejando seu corpo como uma viciada que anseia pelo próximo pico. Olhou de relance para Melanie notando como estava corada, desgrenhada e radiante com um brilho suave de transpiração. Abaixou a cabeça para esconder um sorriso de auto-satisfação e concentrou sua atenção nas unhas para reduzir a vontade de vangloriar-se. Sim, missão cumprida.
  • 65. Capítulo 6 Melanie olhou de relance para Gabe, que estava encostado na parede do elevador, inspecionando as unhas. Estava pronta para arrancar a calça jeans ali mesmo no elevador para que ele pudesse possuí-la com seu grande pau duro que tinha esfregado tão vigorosamente contra seu sexo. Não iria sequer se importar se as portas do elevador se abrissem. Pensar que pudessem ser pegos a excitou ainda mais. Na sua vida tinha encontrado caras com paus que a excitaram, mas nunca tinha conhecido um, que apenas pressionando seu pau contra ela fizesse sua buceta contrair-se de desejo. Talvez fosse a maneira dele de ensinar-lhe uma lição por intrometer-se em sua vida pessoal. Por que motivo mais poderia ser que de repente começou a ignorá-la? Tinha sido muito carente? Muito desesperada? E se tivesse feito algo que o fez perder o desejo? Merda! Cruzou os braços sobre o peito e virou de costas para ele ficando de frente para a porta do elevador. Se achava que pediria para transar com ele de novo, ficaria muito decepcionado. Esperava que ficasse com uma violenta dor no saco. Iria aproveitar o serviço de quarto, dar uma boa olhada em suas tatuagens para provar que era corajosa e, em seguida, deixaria-o sem nada, apenas com a mão como companhia. Talvez da próxima vez pensasse melhor em deixar uma mulher toda quente e incômoda e depois fingir que ela não existia. No momento que as portas do elevador se abriram na cobertura, Melanie tinha quase se convencido de que estava indo embora. O que estava pensando, afinal
  • 66. Gabe era a coisa mais sexy que possuía três pernas e, sim, todo seu corpo ainda estava latejando de tesão depois de encontrar a perna número três. Mas caramba, não iria pedir para aliviá-la de seu sofrimento, não importava o quão atraente achava que ele era. Deu um passo a frente e parou, piscando repetidamente enquanto observava o que estava acontecendo no corredor ao lado de uma das portas do quarto de hóspedes. Um casal transava ali mesmo, na frente de Deus e todo mundo. Bem, ela e Gabe eram as únicas testemunhas, mas realmente... e, em seguida, ocorreu-lhe que a bunda em um par de jeans de couro despido até o meio das coxas flexionando e relaxando ritmicamente pertencia a Shade e a puta sem vergonha com as pernas envoltas em sua cintura, com a calças jeans pendurada em um tornozelo e as costas pressionadas na parede, não era outra senão Nikki. - Nikki, - Melanie balbuciou. - O que diabos pensa que está fazendo? - Shade virou a cabeça. Ele ainda estava usando seus óculos escuros, pelo amor de Deus. Ele nem sequer pausou as vigorosas estocadas profundas quando sorriu para ela. - Decidiu se juntar a nós, afinal. - Vá se ferrar, - ela disse. Uma mão estabeleceu-se na parte inferior de suas costas e seus mamilos enrijeceram porque seu corpo não conseguia deixar de responder ao toque de um certo baterista. Caramba, de todas as maneiras, não podia negar que queria ele. Apesar da inexplicável desatenção no elevador que a irritou, não iria deixá-lo sozinho com sua mão, porque não queria ficar sozinha com a sua. - Você não acha que deve fazer isso em outro lugar, cara? - Gabe disse. - Há câmeras de segurança nos corredores, sabe. E os vídeos de vigilância costumam
  • 67. acabar na Internet quando flagram um celebridade fodendo uma anônima garota gostosa em público. - Não consegui fazer minha chave funcionar. - Shade disse. - Não podíamos esperar, - Nikki acrescentou. - Precisava de seu saboroso pau dentro de mim. - Lambeu os lábios e, em seguida, sugou beijos ao longo de toda a mandíbula dele, como se fosse completamente natural trepar com uma estrela do rock no meio do corredor na frente de um par de testemunhas. - Ele tem o maior e mais belo pau que eu já chupei. - Esse não é o seu quarto, - Gabe disse. Apontou para o outro lado do corredor. - Esse é o seu quarto. - Shade olhou para a porta rotulada 1012 e depois para o outro lado do corredor para o 1021. Ele de fato corou. - Oh. Foi mal. Ele agarrou o traseiro de Nikki e abraçando-a manteve seu pau nela quando se arrastou pelo corredor. Ela bateu contra a parede, mas não esboçou nenhum protesto enquanto ele procurava o cartão de plástico em sua jaqueta de couro. Conseguiu inserí-lo na fechadura de cabeça para baixo. Quando a luz na porta piscou vermelha, gemeu em protesto e, como se fosse incapaz de resistir, começou a empurrar com força no corpo de Nikki. Gabe teve pena da dubla de maníacos enlouquecidos de tesão e abriu a porta para eles. - Valeu, - Shade disse sem fôlego quando ergueu Nikki para longe da parede. - Até amanhã, - Nikki disse e acenou para Melanie. - Force vai abalar seu
  • 68. mundo. Melanie pegou sua piscadela antes de Shade fechar a porta com um chute. Um baque forte ecoou do lado de dentro. Gabe virou-se e lhe ofereceu um sorriso de desculpas. Esfregou rudemente a parte de trás da cabeça e olhou para o tapete. - Desculpe você ter que ver isso. Ele vira um filho da puta quando está com tesão, mas tem um bom coração. - Onde é o seu quarto? - Nunca iria admitir isso, mas estava desapontada por Gabe não estar tão atraído por ela a ponto de agarrá-la no corredor. Ele desviou o olhar e inclinou o queixo, mas ela viu o sorriso em seus lábios sensuais. - Com pressa? Aparentemente ele não estava. - Você me prometeu serviço de quarto. - Não estava com frio, mas se abraçou e esfregou as mãos para cima e para baixo nos braços. Ainda não tinha certeza se ele estava mesmo interessado em continuar o que tinha começado. Nunca encontrou um homem que podia ir da aceleração total até à parada completa em três segundos. Ele parecia querê-la quando entraram no elevador. Sentiu sua excitação pressionada
  • 69. contra ela e ainda sentia a umidade incômoda em sua calcinha. Quando admitiu que o queria, ele a empurrou para longe. Qual era o jogo que estava jogando? Não tinha experiência suficiente com os homens para descobrir como agir. Devia se fazer de difícil, para conseguir que rasgasse suas roupas, ou devia pular em cima dele? Ou ir embora? Olhou para o elevador avaliando suas opções. Se fosse ela quem voltasse atrás, não seria tão devastador para seu já ferido ego. Gabe envolveu um braço em volta dela na parte inferior de suas costas e dirigiu- se ao outro lado do corredor. Enfiou o cartão da chave na fechadura e a luz ficou verde. - Acho que vou ter que voltar atrás naquela promessa, Melanie, - disse e abriu a porta. Ele estava realmente dizendo para ela ir embora? Por que então a trouxe ali? Ela olhou-o. - Por quê? Você acha que isso é engraçado... Ele empurrou-a para o quarto e fechou a porta. Sua freqüência cardíaca disparou quando olhou para ela à luz suave do abajur. Não havia dúvida do desejo em seu olhar apreciativo. Ele estava de volta a todo vapor. Oh, graças a Deus. - Costumo ter um controle melhor. - Estendeu a mão para a barra de sua regata e puxou-a sobre a cabeça. - Mas não posso esperar mais. Se não fosse pela câmera de segurança no elevador, teria possuído você lá.
  • 70. Traçou a borda rendada de seu sutiã, seu olhar fixo em seu peito. - Quando você me pediu pra te foder, quase gozei na minha calça, Mel. Porra, estou duro pra você. E ela pensando que ele estava se fazendo de difícil ou não estava atraído por ela. Sua confiança aumentou. - Tire as calças, Gabe. - Ligou a luz no interruptor da parede. - Quero dar uma boa olhada naquelas tatuagens. - Ele sorriu e tirou a camiseta. Poderia ter ficado olhando para ele sem camisa por uma eternidade e nunca se cansar da visão de seu corpo tonificado. Ele era lindo. Duas tatuagens decoravam o peito. A da direita era uma imagem incrivelmente real de um lobo cinzento. A outra em seu peitoral esquerdo era uma imagem de uma puma. O olhar de Melanie lentamente desceu pelo caminho dos peitorais firmes, bem esculpidos, para descansar em um cume sexy em seu quadril. Novamente a sugestão da tatuagem por cima do cós da calça jeans de cintura baixa chamou sua atenção. Outra vez, não conseguiu entender o que era. Estendeu a mão para o cinto. Ele pegou a mão dela. - Talvez devesse se familiarizar com os desenhos nas minhas costas primeiro. Esse no meu quadril pode ser demais para você lidar. Ela riu.
  • 71. - Oh, verdade? - Não há nenhuma maneira de mostrá-lo e manter meu pau em minhas calças. Ela pigarriou com diversão. - Oh não, definitivamente eu não iria querer isso. Gabe virou-se lentamente e olhou para a parede. Quando a linda Fênix tatuada por toda a superfície das costas surgiu à vista, a respiração de Melanie travou. Uau. O trabalho era impressionante. Sua pele decorada era irresistível. Aproximou-se dele, espalmando as mãos em sua carne sedutora. Não sabia o que esperava sentir em sua pele tatuada. Descobrir que era tão quente e suave como a pele normal a surpreendeu. Os músculos de Gabe se contraíram sob as palmas das mãos, uma crescente animação misturou-se com cada respiração rápida. O cheiro de seu corpo inundou-a e ela chegou mais perto, inalando profundamente. Sua língua pediu para provar a carne, para determinar se seu gosto era tão bom como ele cheirava. - Adorei isso, - disse. - Os detalhes das penas são surpreendentes. - Deu uma olhada mais atenta. - Os olhos parecem tão reais. Por que uma Fênix? - É um símbolo do meu renascimento, - disse a ela. - Do homem que todos queriam que eu fosse para o que eu estava destinado a ser. Apertou os lábios em um ombro decorado por uma asa estendida coberto de vermelho, laranja, amarelo e preto.
  • 72. - Boa escolha, - disse. Passando a língua por sua pele. - Obrigado, eu personalizei-a. - Não a tatuagem, - disse. - Embora seja linda. Quis dizer, boa escolha por escolher ser o homem que estava destinado a ser. Deslizou ambas as mãos em torno do corpo dele para acariciar seu peito. Não podia sentir a tinta pelo toque, mas quando seu dedo roçou a argola no mamilo, uma onda de calor espalhou-se entre suas coxas. Foi engolida pelo desejo ao apertar os lábios em sua coluna e esfregar o pedaço de metal em círculos suaves com o polegar. Se perguntou qual seria a sensação de ter o mamilo perfurado e os lábios de Gabe puxando-o. Seria capaz de sentir o puxar para dentro e para fora? Seus seios de repente ficaram pesados e doloridos, esmagou-os nas costas dele passando as mãos por seu estômago plano e duro. - Então não está mais cobiçando o nerd desajeitado da banda que usava aparelho? - Ele perguntou. Incapaz de resistir à tentação, empurrou a mão no bolso da frente e tomou o pênis na palma da mão. Era longo, duro e enorme. Sua buceta latejou de desejo. - Não sei. Aquele cara é tão bem-dotado como você é? Ele prendeu a respiração e seu abdômen contraiu debaixo de sua outra mão. Ela distribuiu beijos sobre suas costas enquanto acariciava o pau através do algodão
  • 73. macio do forro do bolso. - Sim, mas ele não sabia como usá-lo. - Agarrou o pulso e puxou a mão do bolso antes de se virar para encará-la. - Felizmente, eu sei. Seu comentário esperto morreu na língua enquanto o olhar ardente dele percorria seu peito. Ele moveu a mão para suas costas para desabotoar o sutiã com uma facilidade adquirida pela prática. Retirou a peça de renda rosa deixando-a cair no chão. - Linda - murmurou. As pontas dos dedos roçaram os mamilos intumescidos e suas costas arquearam involuntariamente. As mãos de Gabe deslizaram por sua barriga e ele soltou seu cinto. Em seguida o botão da calça foi aberto. Puxou o zíper para baixo centímetro por centímetro. Devagar. Lentamente. Devagar pra caralho. Ela estava em chamas. Estendeu a mão para o cinto dele. Desabotoou e abriu a braguilha. Antes que ele pudesse detê-la, puxou as calças para baixo das coxas para revelar a tatuagem em seu quadril. Se agachou na frente dele para inspecionar mais de perto - Era um
  • 74. leão? - Mas quando encontrou na frente dela seu maravilhoso pau duro achou-o muito mais interessante do que qualquer desenho artístico. Veias escuras inchavam a pele de seu pau. A ponta curvada agradavelmente para cima. Sua cabeça estava inchada brilhando com uma gota de pré-sêmen. Melanie correu a língua sobre ela para provar o gosto dele, Gabe gemeu em tormento. Sorrindo por sua reação, pressionou a palma da mão contra seu quadril e usou a mão livre para guiar o pau na boca. Esfregou a língua por toda a grossa extensão. Chupando forte, recuou para colocar os lábios sobre a cabeça do pau, antes de inclinar a cabeça para frente levando-o profundamente em sua boca. Gabe respirou fundo entre os dentes. - Melanie... espera. Inclinou a cabeça para trás para olhá-lo. Ele acariciou seu cabelo afastando-o do rosto com uma mão. - Não me deixe mais excitado do que já estou, tenho surpresas para você. Olhou por cima do ombro para a suíte. - Minha bagagem está aqui. Ela puxou a cabeça para trás, libertando-o de sua boca. - Que tipo de surpresas? - Vou te mostrar. Apenas... se você continuar fazendo isso, vou gozar e então provavelmente vou cair no sono depois.
  • 75. Olhou-o incrédula. - Nunca conheci um cara que recusou sexo oral antes. - Pelo menos, deixe-me retribuir. Ele envolveu ambos os braços em volta dela, apertando os seios nus firmemente em seu peito. O piercing no mamilo esfregou-se contra ela, e ela pensou que fosse explodir com o desejo. O contato com algo que considerava proibido a fez se sentir tão malcriada. Imprudente. Ele a fez se sentir assim. Amava todas as coisas não convencionais nele. Estava começando a entender porque Nikki era tão atraída por bad-boys. Abraçados como estavam, Gabe caminhou para trás levando-a de costas para a área de estar da suíte. Quando virou a cabeça para apreciar o quarto luxuosamente decorado, ele fez uma pausa. Assim que voltou seu olhar, ele pegou sua boca em um beijo profundo. Melanie colocou os braços em volta de seu pescoço e correspondeu ao beijo, sem fazer nenhum protesto quando ele empurrou a calça jeans para baixo de seus quadris agarrando sua bunda com ambas as mãos grandes, e apertou-a mais firme contra ele, seu pau grosso estimulando-a na barriga. Ele começou a se mover novamente. Desta vez não parou até que suas pernas entraram em contato com a cama. A reclinou sobre o colchão, ainda beijando-a. Quando a tinha onde queria, levantou seu peso nas mãos, separou a boca de seus lábios ávidos, e olhou-a.
  • 76. - Suas calças estão no meu caminho, - sussurrou. Ela tentou se livrar delas, estavam em seu caminho também, mas com seus corpos prensados contra a cama, ele tinha prendido seu jeans com a parte inferior do corpo. - Não se apresse, - disse. - Quero olhar para você primeiro. Se afastou e pôs-se de pé, deixando-a sozinha e desorientada com as pernas balançando fora da cama. Agarrou seu jeans e puxou despindo-a, deixando a calçinha e as sandálias de salto. Ela se contorceu para o meio da cama usando os cotovelos e calcanhares se impulsionando para o meio da cama, quando ele segurou em um ponto acima de seu tornozelo onde passava a tira da sandália, ela parou. - Me mostre como você gosta, - disse. - O quê? - Não consigo dizer se você gosta de gentil ou rude, por isso quero que me mostre. - Como eu deveria mostrar a você? - Toque seus seios. - Gabe, gosto de qual...
  • 77. O olhar que lhe deu ameaçou derreter sua calcinha. - Me mostre, Mel. Ela caiu de costas e agarrou os seios com as duas mãos. Esse não era o propósito que tinha em mente com um parceiro, se era para fazê-lo sozinha? Puxou seus mamilos até estarem suficientemente duros, em seguida baixou as mãos. - Satisfeito? Ele riu. - Não mesmo. Tire a calcinha. - Gabe... - Tire-a. Ela bufou e segurou a calcinha, empurrando-a sobre o bumbum. - Não gosto disso. - Ele se inclinou sobre a cama e cobriu-lhe as mãos retardando-a transformando seus movimentos numa provocação calma e deliberada. - Olhe pra mim enquanto você deslizá-la. - Disse. - Assim, não consigo decidir se quero olhar dentro dos seus olhos ou pegar o primeiro vislumbre de sua buceta inchada. Está molhada?
  • 78. - Escorrendo. Seu olhar passou por seu corpo e ele estremeceu, seus dentes inquietos sobre o lábio inferior como se tivesse que contê-los para não buscarem a carne aquecida entre suas coxas. Como era definitivamente delicioso Gabe lhe dizendo do que gostava, pediria para ele também lhe dizer do que gostava. Nunca tinha estado com um homem que lhe dera instruções, e nunca havia dito sem rodeios para um amante exatamente a que queria dele na cama, mas talvez com Gabe não teria que fingir um orgasmo. - Entendo, - sussurrou. - Vou seguir suas instruções. Seus olhos se encontraram e tentou segurar seu olhar enquanto deslizava lentamente a calcinha pelas pernas. Ele olhou para baixo para verificar seu progresso e respirou entrecortadamente antes de voltar seu olhar para o dela. - Isso é sexy, - sussurrou. - Quero olhar para o seu corpo, mas quando me nego isso me faz te querer mais. Ela puxou a calcinha passando-a pelos joelhos e se contorceu para abrir as coxas, para banhar sua carne intumescida no ar fresco do ambiente. Ele respirou fundo e, em seguida, pegou seu pau grosso na mão. - Porra, - disse, sem fôlego, - o seu cheiro está me deixando louco. - Acariciou
  • 79. todo seu comprimento lentamente da base à ponta. “Me diga do que gosta baby. Quero satisfazê-la. Melanie fechou os olhos, isso tornava mais fácil falar com ele. - Gostei quando você foi gentil com um seio e rude com o outro. Me deixou quente. Você pode fazer as duas coisas ao mesmo tempo? Abriu uma pálpebra para ver se ele estava prestando atenção. Seu lindo sorriso surgiu. - Que outras coisas deixam você quente? Você está perguntando o que me deixa quente, quente mesmo. Lentamente deslizou a calcinha por um pé e abriu as pernas. Tremeu com uma mistura de nervosismo e excitação quando separou os lábios de sua buceta com uma mão e traçou as dobras internas com dois dedos da outra mão. Ele a viu fazer esse movimento com o lábio inferior preso entre os dentes, sua respiração ruidosa e superficial. - Gosto que o homem acaricie meus lábios até que eu esteja toda molhada e sinta que vou morrer se não me foder logo. Mesmo implorando, ele vai continuar brincando e provocando até que eu ache que nunca vai me dar o que quero. Em seguida, que deslize um dedo dentro de mim.
  • 80. Traçou sua abertura com um dedo, mergulhando a ponta dentro de si. Sua buceta apertou, tentando puxá-lo mais fundo dentro dela. - Que mantenha o dedo enterrado enquanto acaricia meu clitóris. Lentamente arrastou o dedo em seu clitóris e, em seguida, esfregou-o em círculos. Pulsações de prazer irradiaram de seu centro, implorando por um toque mais vigoroso, acariciando mais rápido. Negou-se o alívio com um orgasmo rápido, mantendo os movimentos deliberadamente lentos e suaves. A forma fascinada com que Gabe observava seus movimentos, enquanto combinava seu ritmo para acariciar seu membro, mandaram seu desejo para a estratosfera. Ela nunca esteve tão acessa na vida e ele mal a tocou. Não sabia o que a excitava mais: seus dedos em si mesma ou Gabe observando-a como se estivesse hipnotizado. Mas estava mentindo sobre como gostava que um homem a excitasse, era assim que ela se fazia gozar, nunca esteve com um homem que tivesse descoberto. Mas dizendo para Gabe, mostrando-lhe como, não havia nenhuma maneira dele errar. Em seguida, disse, com voz baixa e rouca. - Quando chego perto de gozar e minha buceta começa a contrair, ele enfia dois dedos em mim várias e várias vezes, o mais forte que puder. Estimulando-me mais e mais. - Posso sentir o cheiro de como você está excitada, baby, - Gabe disse.
  • 81. - Quero provar você. O que quer que eu faça com a minha língua? Nunca esperou gostar de falar sobre isso, imaginou que seria embaraçoso. Não era tão difícil dizer-lhe do que gostava como pensou que seria, nem de mostrar-lhe. Isso só a deixou mais excitada. - Quero sua língua firme chupando meu clitóris até que meus sucos escorram pelo meu rabo, e então quero que lamba o que produziu. Capturou seus sucos nas pontas dos dedos e os trouxe a boca. - Quero provar a mim mesma em seus lábios quando me beijar depois. - Lambeu o fluído de seus dedos. - Mmm. Quente. Ele mergulhou para a cama com ela, pegando suas coxas sobre os ombros enquanto escondia o rosto entre suas pernas. A língua roçou seu clitóris, e ela gritou. Falar era sexy, mas fazê-lo era muito melhor. Ele esfregou sua língua contra seu clitóris e mudou de posição para que pudesse traçar as dobras internas com os dedos da maneira que ela tinha lhe mostrado. - Oh sim, Gabe. - Ofegou. O prazer que ele lhe dava era muito melhor do que dar prazer a si mesma. Seus lábios traçaram seu clitóris e ele o chupou. - Adoro isso, - disse. -Ninguém nunca fez isso... Oh Deus! Espere. Acho que...
  • 82. Ele soltou seu clitóris, deixando o orgasmo em suspenso. - Não chegue ainda, - disse. - Você acabou de me dizer que gosta de ser provocada. - Talvez eu tenha orgasmos múltiplos. - Você vai? - A língua roçou seu clitóris, e ele continuou a traçar sua abertura dolorida com dois dedos. - Não sei. Nenhum cara jamais me fez chegar antes. Ele arregalou os olhos. - Nunca? - A não ser que eu o ajudasse me tocando. - Você está brincando. Balançou a cabeça. - Gostaria de estar. Normalmente finjo.- Por que ela estava dizendo isso a ele? Seu rosto esquentou de vergonha. - Não finja comigo, Mel. Se o que estou fazendo não está funcionando para
  • 83. você, me diga. - Está funcionando para mim. A forma que está me chupando funciona para mim. - Esperava que ele pegasse a dica sem fazê-la pedir-lhe para chupar seu clitóris de novo. - Você gosta de ter um dedo na sua bunda quando está gozando? - Perguntou antes de sua língua voltar a lamber seu clitóris. Todo seu corpo estremeceu em resposta. - Acho que não. Bem, não, mas... - Vou fazer isso. Me diz se gosta ou não. Seu coração já retumbando bateu descompassado. O que no mundo aconteceria se concordasse? - Tudo bem. Ele ficou em silêncio enquanto se concentrava em agradar a carne entre suas pernas com os lábios, a língua, as mãos. Os sons das chupadas era quase tão erótico quanto a sensação de sua boca nela. Ele traçou seus lábios escorregadios com as pontas dos dedos, provocando-a até que ela se contorceu contra sua mão. - Foda-me, Gabe. Por favor. Apenas... apenas coloque dentro. Foda-me com força. Eu te quero tanto.
  • 84. Seu dedo deslizou fundo. E ela deu um suspiro entrecortado. Balançou contra sua mão, querendo que ele começasse a enfiar os dedos dentro e fora embora soubesse que tinha dito que gostaria que mantivesse sua mão nesse ritmo por mais tempo. Ele chupou o clitóris em sua boca esfregando-o vigorosamente com a língua. Ah. Uau. Sim. Assim. Oh. Porra Gabe! Seu ventre contraiu enquanto espasmos de liberação percorriam sua pélvis espalhando-se pelo corpo. Sua boca abriu em êxtase, se esqueçeu de como respirar. Gabe deslizou um segundo dedo em sua buceta e apertou a ponta de um terceiro em sua bunda. Ele enfiou os três dedos profundamente e, em seguida, puxou-os de volta, para enfiá-los de novo e de novo e de novo quando ela gozou. E continuou gozando. Ainda estava tremendo com espasmos de prazer quando ele puxou sua mão e usou a língua para limpar os fluídos de sua buceta palpitante. Chupou toda o gozo quente que produziu. Ela sugou uma respiração profunda em seus pulmões. Estava completamente mole na hora que ele moveu-se na cama para deitar ao lado dela. Beijou-a, deixando o gosto de seu próprio sabor em seus lábios. Ela chupou a língua dele até não poder provar a si mesma, embora ainda podesse sentir seu cheiro na pele dele. Não tinha certeza por que isso a excitava. Por isso nunca tinha admitido o fato a ninguém. Nem mesmo para si mesma. - Você não fingiu isso não é? Riu fracamente. - Não sei como fingir isso.
  • 85. Ele sorriu. - Bem, agora sei de uma coisa que você gosta. - Está contando isso como uma coisa só? - Tinha sentido como se fossem dez experiências felizes em uma só. - Mmm, mmm. - Ele deu beijos suaves ao longo de sua mandíbula e garganta. - Vamos descobrir do que mais você gosta. - Deixe-me recuperar o fôlego para que eu possa descobrir do que você gosta. - Não terminei com você ainda. - Deslizou para baixo de seu corpo e delicadamente lambeu e chupou um mamilo enquanto apertava e puxava o outro. Continuamente estimulou seu seio esquerdo com agressivos movimentos dos dedos e da boca rude até que a pele estava avermelhada, dolorida, e desperta, enquanto seu seio direito foi mimado com toques suaves e beijos que a deixaram ansiando, doendo, e animada. E os seios não eram as únicas partes do corpo que estavam pulsando com a necessidade. Sua buceta já estava molhada e inchada de novo. Não tinha a menor dúvida de que ele poderia fazê-la gozar uma segunda vez. Dessa vez, queria ele dentro dela quando gozasse. - Gabe, - pediu, - quero você dentro de mim. Quero pôr meus braços e as pernas em torno de você enquanto enfia e empurra profundamente dentro de mim. - Nós dois queremos isso, baby, mas ainda não. Primeiro, quero que você chupe
  • 86. meu saco e estimule minha bunda. Isso me faz gozar. Chupar seu saco e provocar a sua o quê? - Não... sei como. - Está tudo bem. Vou te dizer como gosto. Justo, ela supôs. Ele ouviu como ela gostava e não hesitou em satisfazê-la. Rolou de costas, e sua buceta latejou quando viu o quão duro e inchado seu pau estava. Precisava se apressar e fazê-lo gozar para que ele pudesse preenchê-la com aquele monstro. Nunca tinha visto um pau tão grande, muito menos teve um dentro dela. Seu vibrador teria se sentido inadequado em sua presença. Gabe apoiou alguns travesseiros sob seus ombros e cabeça, deitou-se e abriu as pernas. - Gentil, - disse. - Eles são muito sensíveis. Ela se estabeleceu entre suas coxas e baixou a cabeça para passar a língua sobre a junção que corria entre suas bolas. Todo seu corpo estremeceu, e ele apertou as cobertas debaixo dele com os punhos cerrados. Ela moveu a cabeça para sugar a pele sobre uma bola e sacudiu-a com a língua. - Ah, - ele engasgou. - Pensei que tivesse dito que não sabia como fazer. Isso é perfeito. Adoro isso.
  • 87. E ela adorava a maneira como ele estava reagindo a seus movimentos inexperientes. Moveu a boca para o outro lado. - Molhe, hum... molhe o dedo em sua boca e... Quando não continuou, ela levantou a cabeça e enfiou o dedo na boca. - Fazer o quê? - Deus, você é boa, - ele sussurrou. - Não pare. Espere. O que eu estava... hum... - Pressionou as palmas das mãos contra os olhos. - Não tenho certeza se posso aguentar muito mais. Basta esfregar o dedo molhado contra a minha bunda. Não coloque-o dentro, só... esfregue. Sua bunda? Perturbada por seu pedido, timidamente acariciou o buraco sensível com a ponta do dedo. Ele respirou fundo e quase pulou para fora da cama. - Fiz algo de errado? - Perguntou. - Não, baby. Você quase me fez explodir. Não posso esperar mais. - Rolou para fora da cama e aterrissou de joelhos. Abriu uma mala e começou a procurar através de seu conteúdo. Roupas e produtos de higiene pessoal sairam voando em todas as direções. - Preciso de uma camisinha. Onde diabos elas estão? Em poucos segundos tinha encontrado uma, abriu-a e desenrolou-a sobre seu pau enorme. Voltou para junto de Melanie na cama.
  • 88. - Você está pronta? Estava cansada de falar. Agarrou-o pelo braço, jogou-o de costas e montou sobre seu quadril. Ele sorriu para ela, olhando-a de forma perigosa e irresistível. Fodível. - Vou tomar isso como um sim. Gabe agarrou seu pau com uma mão e guiou-se para a abertura. Ela afundou-se nele com um suspiro de alívio, subindo e descendo em um movimento lento e deliberado. Aumentando o ritmo conforme se acostumava com sua circunferência. Seu comprimento. Oh Deus, a forma como ele a enchia. Novamente. Novamente. Novamente. As costas dele se arquearam para fora da cama. - Mais rápido, Mel. Mais rápido e mais forte. Quando não pegou o ritmo, ele sentou-se, envolveu os braços ao redor dela e, virou-a de costas. Ainda enterrado dentro dela, começou a se mover. Ela teve uma nova perspectiva sobre o seu nome artístico. Havia um inferno de muita força por trás de cada impulso rítmico, e isso era exatamente do que precisava: um vigoroso caralho duro. Colocou os braços e as pernas ao redor dele, atenta para não arranhar suas coxas com as sandálias que ficaram penduradas enquanto era preenchida. Uma pressão construiu-se dentro dela. O prazer necessitando de uma conexão. Gabe levantou a
  • 89. cabeça para olhar em seus olhos. Diminuiu seus golpes, esfregando o quadril, estimulando seu clitóris cada vez que mergulhava profundamente, colidindo com seu colo do útero e esfregando-se em sua parede interna no ponto certo. Seu prazer tornou-se felicidade, sua necessidade, desespero. Sua boca abriu incrédula quando a felicidade se tornou euforia. O desespero em realização. Se agarrou a Gabe, gritando seu êxtase quando gozou. No mesmo instante, o corpo dele ficou tenso. Viu quando ele gozou. Sua respiração ficou presa na garganta, os olhos bem fechados. Seu rosto contorcido em êxtase. Ele estremeceu, puxando para trás uma última vez e empurrando profundamente, balançando de encontro a ela de forma rígida, soltando suspiros instáveis antes de cair em cima dela. Ela o puxou para perto, segurando-o firmemente contra o peito enquanto beijava sua têmpora. Ele murmurrou os mais sexys pequenos sons de contentamento enquanto se recompunha. Ou talvez fosse ela a fazer todos aqueles barulhos de prazer. - Você fingiu? - Perguntou ele. Ela riu e deu-lhe um aperto afetuoso. - Não precisei. Isso foi incrível. - Você está brincando? Nem durei muito tempo. Eu disse que você tinha me deixado muito excitado.
  • 90. Ela sorriu, como se tê-lo excitado fosse algum tipo de realização que merecia um trófeu. - Gostaria de não estar tão cansado, - ele sussurrou. - Quero ficar com você por mais tempo, mas receio que preciso dormir um pouco. Os shows acabam comigo. - Há sempre amanhã de manhã, - ela disse, com o coração vibrando. Talvez ele estivesse dizendo para ela ir encontrar suas roupas e cair fora. Ele levantou a cabeça e sorriu para ela. - Você quer passar à noite comigo? Ela assentiu e teve que desviar o olhar de seu sorriso de orelha a orelha. Por que passar à noite com ela pareceu fazê-lo tão feliz? Gabe retirou-se de seu corpo e beijou a ponta de seu nariz. - Fico feliz. Não vá a lugar algum. Já volto. Desapareceu dentro do banheiro, deslizando a camisinha de seu pau que amoleceu enquanto andava. Água correu de uma torneira. Melanie esforçou-se para entrar debaixo das cobertas. Tirou as sandálias antes de se acomodar no lado oposto da cama, deixando as cobertas desviradas do outro lado do imenso colchão king-size. Gabe retornou um momento depois e sorriu ao vê-la
  • 91. esperando por ele. Se juntou a ela sob as cobertas e, apesar do grande espaço vazio na cama, imediatamente apertou-se contra suas costas e envolveu-a em um aconchego tranquilo. Beijou a ponta de sua orelha. - Fico feliz que decidiu ficar, - murmurrou. Sua voz profunda soando alta, porque estava maravilhosamente perto. - Espero que não se importe se eu te abraçar à noite toda. Seu coração aqueceu e sentiu como se estivesse aumentando no peito. - Não me importo. Eu gosto. - Se estiver com fome chame o serviço de quarto, - disse letargicamente, - apenas peça para entregarem no quarto. - E se eu ficar com tesão? - Ela perguntou, entrelaçando seus dedos e segurando as mãos únidas contra o centro de seu peito. - Me acorde.