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Uma Noite com Sole Regret Séries, livro #2
apresentando o guitarrista solo, Adam Tyler
Mais uma noite...
Durante quase um ano, Madison foi a transa de Adam cada vez que sua
banda, Sole Regret, tocava em Dallas. Mas apesar da maneira como ele
deixa seu corpo ardendo com paixão, a noite ocasional de sexo com o
melhor orgasmo do mundo não é mais suficiente. Ela precisa de um
compromisso e sabe que não se encaixa no estilo de vida do rockstar
Adam. Madison terá mais uma noite quente e intensa com o músico sexy
antes de cortar todos os laços com ele para sempre. Mesmo que tenha que
quebrar o próprio coração ao fazê-lo.
Para seduzí-lo...
A vida não são todas as luzes brilhantes e a adulação dos fãs para o
guitarrista da Sole Regret. Madison viu Adam no seu pior e ainda assim
conseguiu tirar o melhor dele. O lado safado dela habilmente escondido
também traz à tona a besta nele. Ele nunca conheceu uma mulher mais
tentadora em sua vida.
Madison não tem problema nenhum em ser uma tentação na cama de
Adam, mas poderá seduzir seu coração para ter uma chance no amor?
Capítulo 1
O coração de Adam disparou enquanto esperava Madison atender o
telefone. Apenas a expectativa de ouvir a voz dela o deixava estusiasmado.
Não tinha nenhum problema em tocar um solo de guitarra na frente de
quinze mil fãs, mas a expectativa de falar com uma mulher doce fazia suas
palmas das mãos ficarem suadas. Patético. Se seus companheiros de banda
percebessem a força de sua paixão, ridiculazariam-no sem parar. O grupo
inteiro tendia a conspirar contra qualquer membro que passasse a ter uma
forte atração por uma mulher, e Adam não queria ser o alvo atual. Esse era
o papel de Gabe esta semana.
De pé na parte de trás do ônibus entre os beliches, Adam deu as costas
para a área de estar. Owen e Kellen tinham roubado o celular de Gabe
quando ele tinha adormecido na poltrona reclinável, e estavam enviando
mensagens de texto para uma gata com quem ele havia ficado na noite
anterior. Adam não tinha ideia de como Gabe conseguia dormir com a
quantidade de risos abafados acontecendo a seu redor. Talvez batucar tanto
a bateria tenha danificado permanentemente sua audição.
- Digita agora: vou te mostrar o meu, se você me mostrar a sua, - Owen
disse enquanto Kelly digitava suas palavras. - Envia isso, cara. - Mais
risos.
Adam estava feliz que eles estivessem ocupados torturando Gabe,
enquanto tentava esconder sua fraqueza atual.
- Olá, - Madison respondeu em seu ouvido. Tinha passado muito tempo
desde que tinha a visto pela última vez. Só o som de sua voz bastava para
deixar seu jeans apertado.
- Hey, baby, - Disse em voz baixa.
- Não posso esperar pra te ver depois do show, - Ela disse.
- É por isso que estou ligando.
- Oh!
A decepção na voz dela fez seu coração se contorcer. Caramba, essa
mulher podia reduzí-lo a mingau com uma única sílaba. Considerou
provocá-la e fazê-la pensar que não poderiam ver um ao outro naquela
noite, mas se fosse o contrário e ela estivesse desmarcando um dos seus
extremamente raros encontros, estaria devastado.
- Devemos chegar em Dallas por volta das cinco. - Adam olhou para o
beliche onde Shade estava descansando. O intrometido vocalista do Sole
Regret provavelmente estava dormindo, mas com a cortina fechada, não
havia garantia de que a conversa de Adam não seria ouvida. Fez questão de
manter a voz baixa quando perguntou:
- Você quer se encontrar comigo pra jantar antes do show?
- Sim!
Agora não resistiria a provocá-la.
- Não? Por que não?
- Sim, Adam. Eu disse sim. Sim!
Adam sorriu.
- Sim?
- S.I.M. Onde? Que horas? - O fato dela estar tão animada rasgou o
rosto de Adam com um sorriso verdadeiramente embaraçoso. Graças a
Deus ninguém estava prestando atenção. Se alguém o visse sorrindo como
o vencedor de uma bolada na loteria, seu show iria pelos ares.
- Italiano. Cinco e meia. Me encontre lá dentro. - Não teve que dizer a
ela qual restaurante. Há quase um ano, vinha encontrando Madison nesse
lugar devido ao ônibus do Sole Regret ter se tornado conhecido em Dallas.
Era seu lugar favorito pois servia fantásticos breadsticks * e tinha um
banheiro com portas estilo casa de família, com uma trava resistente. A
penteadeira alta da altura dos quadris tinha vindo a calhar em mais de uma
ocasião para uma rapidinha entre o corpo insaciável de Madison e o seu.
- Hey, Adam! - Owen chamou de seu lugar no sofá.
- Com quem você está falando? Com sua namorada?
Adam se encolheu.
- Nenhuma seria estúpida o suficiente pra namorar um mulherengo
como ele, - Kellen disse.
Adam fez uma careta para a parede e cobriu o celular com a mão,
esperando que Madison não tivesse escutado o que falaram.
- Tenho que ir, - Disse.
- Mal posso esperar pra te ver.
- Madison? - Não estava pronto para desligar ainda.
- Sim?
- Você vai fazer cookies?
* Breadsticks são pãezinhos amassados cortados em formato de palito.
Ela riu suavemente.
- Não tem nem que perguntar, Adam. Eu já fiz.
Seus cookies crocantes de gengibre eram deliciosos de morrer, mas
principalmente adorava a ideia de vê-la fazendo-os para ele -
especialmente imaginá-la em um avental branco com babados, botas pretas
de cowboy e mais nada. Seus redondos seios macios estariam totalmente
expostos. Quando fosse virar e se inclinar para colocar os bolinhos no
forno, teria uma clara visão de sua espetacular bunda e muito mais. O laço
branco no centro das costas imploraria para ser desatado e revelar o
tesouro escondido na frente do avental em sua fantasia. Ou talvez se
suplicasse muito, ela levantasse o tecido e exibiria seus segredos para ele.
Misericórdia.
Perdido na fantasia, a calça jeans de Adam apertou-se na virilha quando
ganhou um tamanho adicional.
- Você ainda está aí? - Perguntou ela.
Ele voltou a realidade desinteressante.
- Sim. Hum, Madison?
- Sim?
- Você usaria um vestido para mim? - Sabia que ela não concordaria em
não usar nada em público, nem mesmo um avental, mas um vestido pelo
menos lhe daria uma visão de suas pernas espetaculares. - Com uma saia
curta.
- Tudo bem, - Ela disse sem fôlego.
Minha nossa, já estava imaginando a saia enrolada em torno da cintura
dela e a calcinha afastada com a mão.
- Até mais tarde. - Desligou e, longe de ser tão confiante como Gabe,
enfiou o celular no fundo do bolso onde seus companheiros brincalhões
não poderiam encontrá-lo.
Adam ajustou seu pau excessivamente ansioso para não parecer que
estava com a barraca armada, pegou uma Mountain Dew * da geladeira e
desabou na poltrona na frente de Owen e Kellen. Tentou malditamente não
sorrir como um merdinha, mas isso foi um desafio com os pensamentos
passando em sua cabeça voltados para Madison.
* Mountain Dew ou “Orvalho da Montanha” é um refrigerante, de característica cor
verde-limão (diferenciado de outras bebidas), fabricada pela Pepsi nos EUA.
Gabe ainda estava apagado na poltrona ao lado de Adam. Seu baterista
devia ter tido uma baita transa com a contadora gata na noite anterior.
Ainda na posse de Kellen, o celular de Gabe soou para alertar de uma nova
mensagem de texto.
- O que ela disse? - Owen perguntou ansiosamente.
- Mostrar-lhe o quê? - Kellen leu na tela.
- Peitos, - Owen soltou bruscamente.
Kellen revirou os olhos.
- Gabe não os chamaria de peitos.
- Curvas femininas.
Kellen balançou a cabeça.
- Tetas, - Adam sugeriu.
Kellen mandou uma mensagem de resposta.
- Seios? - Owen leu sobre o ombro de Kellen. - Que tipo de cara os
chama disso?
- Gabe.
Ao som de seu nome, Gabe esfregou o nariz com as costas da mão e
inalou profundamente. Seus olhos se abriram numa fresta. Ele sorriu
confiante para Adam e caiu imediatamente de volta no sono.
O telefone tocou novamente.
- Ela enviou uma foto? - Owen perguntou num sussurro.
- Não, - Kellen disse, - Ela diz, Você primeiro. Me mostre seu mamilo e
vou lhe mostrar o meu. Ver seu piercing deixa meus mamilos tão duros.-
Kellen leu o texto num hesitante tom monótono, como se verbalizá-lo
fosse fazê-lo acontecer.
- Whoa, - Owen disse, - E ela parecia tão doce.
Adam sabia exatamente quão safadas essas criaturas de aparência doce
podiam ser.
- Ei, Tex, - Chamou para o motorista. - Quanto tempo falta até chegar a
Dallas? E até Madison.
- Algumas horas, - Tex falou da frente do ônibus.
- Ansioso pra ver sua namorada? - Owen perguntou com um sorriso
perspicaz.
- Não é minha namorada, - Disse. - Apenas uma gostosa com quem
gosto de transar. - Sabia que eles o deixariam em paz, se achassem que
Madison não significava nada para ele.
- Como podemos conseguir uma foto do mamilo de Gabe? - Perguntou
Kellen. - Olhando o peito de Gabe de forma avaliadora, inclinou a cabeça
para a esquerda e para a direita, com as duas mãos formando a moldura do
quadro da inspiração de sua obra-prima, Cara com uma argola presa no
mamilo.
- Você o segura, - Owen disse, - Eu vou tirar a foto.
Kellen balançou a cabeça.
Adam bebeu seu refrigerante e esperou Kellen e Owen realizarem essa
proeza com Gabe. Realmente mal conseguia esperar para ver a vingança
dele.
- Bem, - Owen disse. - Vou pular em cima dele, você tira a foto e envia
antes que ele saiba o que está acontecendo.
- Talvez devêssemos primeiro lhe dar um tranquilizante, - Kellen disse.
- Ele bate forte pra caralho.
A mão de Gabe cobriu inesperadamente sua barriga. Seus olhos se
abriram.
- Onde está meu celular? - Perguntou, a voz grossa de sono.
Kellen enfiou-o debaixo da coxa de Owen.
- Não faço ideia.
O celular tocou com o característico rigntone de Gabe fazendo-o
observar debaixo do baixista com-um-olhar-nada-bom. Gabe lhe dirigiu
um olhar agressivo.
Com um moicano preto e vermelho. Tatuagens tribais de dragão no
couro cabeludo. Tinha um comprido corpo rijo de baterista - todo formado
por músculos e tendões que acondicionavam um soco mortal. No entanto
todos sabiam muito bem que Gabe não intimidava por sua aparência. Seus
punhos, por outro lado...
- O que você está fazendo com o meu celular, seu comedor de bunda?
Owen, com seu olhar mais inocente em seus grandes olhos azuis, pegou
o celular debaixo da perna e olhou para a tela.
- Ah sim, agora esses são uns peitos bonitos. Poderia lambê-los por
horas.
- Acho que ela não precisou realmente ver o piercing de Gabe para
deixar seus mamilos duros, - Kellen disse enquanto olhava a tela por cima
do ombro de Owen.
- Melanie? - Os olhos de Gabe se estreitaram perigosamente.
- Oh sim, - Owen disse. - Definitivamente adoraria apertar esses peitos
bonitos em volta do meu pau e colocar no pescoço da querida de Gabe um
belo colar branco.
O rosto de Gabe ficou tão vermelho quanto as pontas de seu moicano.
- Não deveria ter dito isso, Owen, - Adam disse com uma risada.
Gabe se lançou da poltrona e em cima de Owen. Kellen teve o bom
senso de sair do caminho.
- Oh Melanie, - Owen instigou Gabe. - Sim, querida, lamba a cabeça do
meu pau, enquanto fodo seus peitos roliços.
- Vou fazer você pagar!
- Com certeza, vou pagar por isso, - Owen disse, rindo através dos
golpes fortes de Gabe. - Tenho cinco dólares aqui, baby. - Agarrou a virilha
sugestivamente.
Adam pegou o celular de Gabe, que tinha pousado no chão perto de
seus pés. Qual a melhor maneira de manter seu próprio interesse romântico
longe do radar do que se juntar aos outros para aborrecer Gabe? A foto dos
seios de Melanie insinuavam uma beleza incomum, mas Adam tinha
certeza que a foto embaçada não fazia-lhes justiça. Ainda assim, assobiou
longa e fortemente.
- Bonitos. Talvez ela vá nos mostrar algo mais. - Adam provocou com a
resposta para que pudesse aumentar o sofrimento de Gabe.
- São tão bonitos como me lembro da noite passada, - Adam disse para
ele enquanto digitava uma nova mensagem, - Mas você sabe o que
realmente quero ver. - Pressionou enviar e entregou o celular para Kellen,
que agora estava em pé entre o baterista e o baixista.
- Mostre o que está na sua calcinha, - Kellen disse enquanto digitava. -
E me envie.
Essa distração efetivamente chamou a atenção de Gabe. Ele abandonou
Owen, que estava imobilizado no chão fosse pela dor ou pelo hilário da
situação. Apertava uma das mãos nas costelas e a outra no estômago
arfando por ar entre as risadas. Gabe ficou de pé e agarrou Kellen pela
nuca. Kellen que tinha um quarto de sangue Comanche levava sua herança
muito a sério. Além de sempre manter seus cabelos negros longos e lisos
bem cuidados, também tinha uma vingança pessoal contra o uso de
camisetas. Sua tradição indígena o fez conseguir ter um bom controle
sobre si em uma provocação.
- Mê dá meu celular, Kellen.
Kellen entregou-o calmamente.
- Você deveria estar nos agradecendo, - disse. - Agora tem material para
tocar uma punheta como ajuda na sua tentativa de monogamia de longa
distância.
- Ele nunca vai fazer durar, - Owen disse, ainda deitado no chão,
ofegando por ar.
O telefone de Gabe tocou novamente, e ele olhou a tela. Seus olhos se
arregalaram para seja qual for a foto que Melanie lhe tinha enviado.
- Doce Jesus, - Ele praguejou através de sua respiração.
- Me deixa ver. - Owen se apoiou no sofá para levantar do chão. - Pegue
o celular, Kelly.
A dupla de amigos encurralou Gabe contra a geladeira.
Gabe segurou o celular fora de alcance sobre a cabeça deles.
- Saiam de perto. Ninguém vai ver, isso é só meu.
Adam se perguntou se Madison seria capaz de lhe enviar uma foto sexy.
Adoraria ter algo para se lembrar dela nas longas noites solitárias na
estrada. Talvez ela o deixasse tirar uma foto com seu celular enquanto
faziam sexo - um close de sua bela buceta recheada com seu pau. Puxou a
braguilha. Caramba, mas esses jeans incrivelmente justos eram
desconfortáveis. E eles tinham que estar perto de seu destino agora.
- Tex, - Chamou para o motorista, - Quanto tempo até chegarmos a
Dallas?
- Uma hora e 59 minutos, - Tex gritou. - Mantenha suas calças,
garanhão. A buceta dela ainda estará quente quando você chegar lá. - Tex
riu tanto que Adam pensou que poderia estourar um vaso sanguíneo no seu
grosso pescoço corado.
Olhou para o fundo do ônibus para ver se estava prestes a se tornar o
novo alvo de chacotas da banda. Felizmente, Kellen e Owen estavam
ocupados demais tentando tirar o celular do aperto mortal de Gabe, para
ter percebido o ataque de Tex.
Apoiou os cotovelos sobre os joelhos e tomou outro gole da lata. A
estrada entre Tulsa e Dallas tinha que ser a mais longa que existia.
Capítulo 2
Madison tentou sufocar suas animadas palpitações, cobrindo a barriga
com as duas mãos e tomando várias respirações profundas. As tentativas
de acalmar seus nervos agitados não adiantaram. Entre as borboletas no
estômago e o sorriso perpétuo no rosto, estava tonta com a expectativa.
Tinham passado semanas desde que vira Adam pela última vez, onde não
fora capaz de pensar em nada durante dias, que não fosse estar nos braços
dele, em sua cama e, esperava, um dia, em seu coração.
Estaria se encontrando com Adam para jantar em meia hora. Os
segundos passavam tão lentamente que se perguntou se as pilhas do grande
relógio na parede de madeira tinham acabado. Embora soubesse que seu
namoro com Adam não era exclusivo - quando um mundialmente famoso
guitarrista de rock já tinha se comprometido num relacionamento? - Nunca
se sentia viva, a menos que ele estivesse por perto. Adam abriu seus olhos,
sua mente, seu coração e, sim, outras coisas dela, a tudo que o mundo tem
de maravilhoso. Apenas a perspectiva de vê-lo a inundava com admiração,
antecipação, alegria e, sim, um arquejo de desejo.
- Não tenho certeza do que você está rindo, Madi, - disse sua irmã
gêmea. Kennedy chegou por trás e colocou as mãos em seus ombros
pegando seu olhar numa combinação de dois pares de olhos azuis pelo
espelho da cômoda antiga.
- Tudo que ele faz é te machucar.
Madison fez uma careta. Estar com Adam era a maior alegria de sua
vida já satisfatória. Kennedy simplesmente não entendia.
- Ele só me machuca quando vai embora.
- E é isso o que ele faz de melhor. Ir embora.
- Ele tem que fazê-lo, - Madison disse. - O Sole Regret ainda está em
turnê.
- Madi... - O lábio de Kennedy se projetou num beicinho infeliz.
- Não faça isso comigo, Kennedy. Você sabe que eu o amo. Não há nada
que possa fazer sobre isso.
- Que tal não sair correndo toda vez que ele liga? Que tal lhe dizer que
se não se comprometer com você, então vai terminar com ele? Que tal
lembrar como ele era quando você o conheceu?
Como poderia esquecer?
- Ele está limpo agora.
- Você de todas as pessoas deveria perceber o quão improvável é pra ele
ficar desse jeito.
Como conselheira licenciada no tratamento da dependência química,
Madison estava bem ciente de como era comum para um viciado voltar a
cair no mundo do abuso de drogas, mas nunca desistiu de nenhum de seus
clientes - até mesmo o mais desesperado dos casos - e Adam não foi
nenhuma exceção. Faria qualquer coisa para impedí-lo de cair no abismo
do inferno sombrio em que o encontrou.
- Agora ele está limpo, - Repetiu.
Os braços de Kennedy escorregaram para a cintura de Madison, e ela
deixou a cabeça cair de encontro ao ombro da irmã.
- Quanto tempo ele vai ficar na cidade desta vez?
O coração dela apertou no peito, sabendo como se sentiria triste quando
tivesse que dizer adeus para ele de manhã.
- Apenas uma noite. Nós estamos indo jantar antes do show e, então,
depois ele prometeu passar um tempo sozinho comigo. Amanhã eles
voltam pra Austin.
Os braços de Kennedy se apertaram em torno dela.
- Acho que vou ver você amanhã, então. Vamos montar este fim de
semana. Isso deve animá-la um pouco. - Ela bufou. - E talvez papai largue
do nosso pé sobre o quanto os cavalos precisam de exercício.
Madison realmente devia visitar os pais com mais frequência. Eles
moravam apenas a alguns quilômetros de distância na metade sul da
fazenda que o pai tinha herdado dos avós de Madison. Seu pai havia
presenteado as filhas com a antiga casa de fazenda onde tinha crescido
para construir uma nova num lugar um pouco mais abaixo na estrada com
grandes estábulos para os cavalos da raça Quarter Horse. Como viajar
diariamente à Dallas para trabalhar deixava a vida agitada, Madison não
tinha muito tempo para os passatempos que amava. Mesmo que ela e
Kennedy vivessem na mesma casa, ambas estavam tão ocupadas com suas
carreiras que raramente passavam um tempo juntas. Assim elas perderam
suas longas e empoeiradas cavalgadas pelo campo.
- Gostaria disso, - Madison disse.
Virou-se para dar um abraço adequado na irmã. Sabia que Kennedy só
queria que encontrasse um amor verdadeiro e duradouro. E Madison tinha
encontrado alguém para amar. Infelizmente, Adam não era o tipo de
homem que poderia ser amarrado - nem mesmo por uma ex-rainha do
rodeio.
O piso de madeira rangeu sob as botas quando Madison se afastou de
Kennedy e verificou a aparência uma última vez. Arrancou um fiapo do
vestido, alisou uma ruga e puxou a bainha da curta saia para se certificar
de que tudo estava escondido. Normalmente não usava pequenos vestidos
pretos sexy que mal cobriam sua bunda. Sentiu-se seminua nele. E safada.
Do jeito que gostava de se sentir quando estava com Adam. Da maneira
como nenhum outro homem jamais a fizera se sentir.
- Você está linda, - Kennedy disse. - Sempre foi a mais bonita.
Madison riu. Elas pareciam idênticas em todos os sentidos, exceto por
uma pequena verruga no canto do olho esquerdo de Madison.
- E você sempre foi a mais inteligente, Dra. Fairbanks.
Kennedy tinha acabado de ganhar seu MD em psiquiatria. Ainda tinha
anos de residência para concluir, mas Madison não poderia estar mais
orgulhosa de sua irmã sete minutos mais nova. Era quase como se as
realizações de Kennedy fossem as suas próprias. Elas compartilhavam
mais do que parecia. Madison entendia porque Kennedy se opunha a ela
ver Adam. Se fosse ela a largar tudo para passar uma única noite com um
homem, Madison também teria tentado fazê-la ver a razão. Mas entender o
conselho de Kennedy e seguí-lo eram duas coisas diferentes.
- Isso é óbvio, - Kennedy disse. - Sou muito inteligente pra deixar um
rockstar egoísta me levar pelo nariz.
- Ele não me leva pelo nariz. - Madison fez uma careta para Kennedy,
mas os pensamentos de volta em Adam logo a fizeram sorrir. - Seu poder
sobre mim está um pouco mais para o sul. Se você já tivesse feito sexo
com esse homem, iria entender.
- Sempre poderia fingir ser você e descobrir o que estou perdendo. -
Kennedy piscou para ela.
Madison sentiu o sangue fugir do rosto, deixando-a um pouco tonta.
Era ruim o suficiente que Adam, sem dúvida, dormisse com outras
mulheres sem nome enquanto estava em turnê, mas se transasse sua
própria irmã, ficaria devastada.
- Você sabe que eu nunca faria isso com você, - Kennedy disse, seu
sorriso de provocação desaparecendo. - Você sabe disso, né? - Bateu no
braço dela com a mão. - Madison?
Madison assentiu.
- Agora, se o bonito baixista da banda quisesse me apresentar a sua
psique, eu não recusaria.
- Owen?
- O lindo com um piercing no pau? - Kennedy sorriu e remexeu as
sobrancelhas.
O rosto de Madison inflamou. Não tinha certeza de por que
compartilhou esse pedacinho de informação privilegiada com Kennedy.
Tinha ficado tão chocada com a ideia que teve que dizer a alguém.
- Isso é o que ouvi.
- Tem certeza que não o viu? Você está vermelha como uma doida.
Madison sacudiu a cabeça com veemência. Ouvira Adam brincando
com Owen sobre isso, mas era tudo. Ficou com a curiosidade acusada, por
isso fez um pesquisa na Internet para ver como era um pênis perfurado e
descobriu que havia mais do que uma maneira de perfurar um pau. Uma
vez que conseguiu tirar o queixo do chão e empurrar os olhos de volta para
as órbitas, contou para Kennedy sobre Owen, que ele tinha, hum, um pau
modificado. Sua irmã ficou um pouco obcecada com isso.
- Poderia apresentá-la a ele. Se você quisesse.
- Talvez, - Disse Kennedy. - Gostaria de saber o que leva um homem a
fazer algo assim com o próprio corpo.
Melanie gargalhou. Deveria ter sabido que Kennedy estaria mais
interessada no estado mental de Owen do que em seus atributos físicos.
Virou a cabeça para conferir as horas. O maldito relógio tinha marcado
as horas avançando num ritmo lento durante todo o dia, agora
inexplicavelmente tinham passado rápidos 15 minutos desde a última vez
que olhou. Seu estômago se contraiu.
- Tenho que sair. Vou chegar atrasada.
Kennedy cruzou os braços sobre o peito e bateu os dedos contra seu
antebraço.
- Talvez você devesse deixar ele esperando dessa vez.
Talvez. Mas a ideia de passar mais um momento longe dele fez seus
olhos arderem com lágrimas não derramadas. Oh Deus, estou sendo tão
ruim para ele. Sabia que era uma tola. O que poderia vir de um caso de
amor unilateral com um rockstar?
- Da próxima vez. - Correu para o corredor, que era decorado com fotos
da família em molduras que não combinavam. Por força do hábito, beijou
a ponta dos dedos e os apertou na foto da avó passando pela sala de jantar.
Ainda sentia a presença da mal-humorada avó na antiga casa, era por isso
que hesitava em ir morar na cidade.
- Tchau, vovó. Não espere acordada.
Na pequena cozinha arrumada, Madison pegou a bolsa e o pote
contendo os biscoitos de gengibre que passou horas assando naquela
manhã, antes de sair correndo pela porta dos fundos.
- Me ligue se precisar de alguma coisa, - Kennedy gritou atrás dela.
- Eu vou. Te amo! - Tinha certeza que Adam teria tudo de que poderia
precisar batendo em seu peito musculoso. Não tinha esperanças de
conseguir o que realmente queria dele, se contentar com o que ele
mantinha nas calças não era uma grande dificuldade.
Capítulo 3
Havia poucas coisas que faziam o coração de Adam retumbar como
uma bateria num show de metal: a primeira era a alegria da multidão
quando aparecia no palco, depois era assistir Madison Fairbanks entrar em
um lugar, chamando atenção de qualquer criatura, parecendo ansiosa e
perdida na entrada do restaurante, provocando o soar das sirenes de
tornado no meio da noite, procurando por ele.
Madison ainda não o tinha visto, o que lhe deu um momento para admirar
sua inocente beleza. Usava um vestidinho preto que agarrava suas leves
curvas e tinha um amplo decote que mostrava a pele bronzeada da
garganta e do colo. As clavículas estavam visíveis. Ele tinha um coisa com
clavículas. Será que tinha dito isso a ela? Devia ter, porque ela nunca o
decepcionava. Sorriu ao vê-la vestindo suas sensuais botas pretas de
cowboy. As partes íntimas dele se apertaram com boas lembranças dessas
pernas ao redor dele e aquelas botas de montaria enroscadas em suas
pernas. Mesmo sendo gastas e não combinando exatamente com o vestido
elegante, eram perfeitas em Madison.
O cabelo loiro escuro de Madison estava puxado por um grampo preto
em sua nuca. Não podia esperar para soltar os fios sedosos e correr os
dedos através deles. Provar seus doces lábios, sua pele, seu mel. Sentir seu
perfume delicado, seu shampoo de frutas, a evidência almíscarada de sua
excitação escorrendo de seu sexo. Os braços e pernas em volta dele, o
toque tímido das mãos, as unhas se cravando nas suas costas e seu corpo
nu debatendo-se contra o seu no orgasmo. Porra, tinha sentido falta dela.
Adam tamborilou com os dedos na superfície da mesa, como se jogasse
triple em seu relevo e esperou que sua namorada gostosa o avistasse.
Um grupo que parecia estar indo assistir ao show - vestindo camisetas do
Sole Regret com uma aura de antecipação - tinha entrado poucos minutos
antes dela, e ele não quis chamar atenção para si. Estava contente por ter
pedido a mesa no canto de trás. Tinha uma boa visão da entrada, mas as
divisórias de vidro manchado na parte superior de cada reservado
ofereciam bastante privacidade com os painéis que os envolviam. E a
decoração também tornava difícil para Madison encontrá-lo.
Aparentemente, ela não conseguia ouvir seu mantra telepático aqui, olhe
aqui.
Foda-se. Não podia esperar mais. Assim que abriu a boca para chamá-
la, Madison disse algo para a hostress, que acenou com a cabeça em sua
direção. Ela virou-se e deu um passo em sua direção. Seu coração pulou
uma batida quando seu olhar localizou o dele, os olhos muito azuis
brilharam e um sorriso acolhedor espalhou-se por seu rosto adorável.
De todas as pessoas que conhecia, ela era a única que olhava para ele
assim. A única. Abertamente mostrou-se como estava feliz em vê-lo, não
porque era o guitarrista principal do Sole Regret, não porque ela poderia
ganhar notoriedade ou presentes caros por associar-se com um rockstar,
mas porque realmente gostava dele por quem ele era. Gostava do seu
interior. Isso era totalmente desconcertante.
Adam não tinha ideia do que ela vira nele. Quando se conheceram,
estava no fundo do poço. Se recuperava no hospital de uma overdose
quase fatal, parecia que estava no inferno. Se sentiu como um merda.
Estava tão chateado com o mundo e todos nele que agiu como um
completo idiota. Madison tinha falado com ele por horas, nunca criticando,
nunca dando em cima dele, só conversando. E, mais importante, escutou.
Não porque fazia parte de seu trabalho, mas como se não desse a mínima.
Sobre ele, sobre seus problemas. Sua dor e raiva. Ela não banalizou nada
disso. Ela era a única razão pela qual ainda tentava ficar limpo. O
pensamento de desapontá-la rasgava-lhe por dentro.
Segurando um recipiente plástico que esperava serem cookies, Madison
apressou-se a sua mesa, suas botas sensuais estalando por todo o chão de
ladrilhos. Caramba, ela arrebentava com essas botas. Suas longas pernas
eram bem musculosas de anos de equitação. Vê-las fez com que a quisesse
em seu colo. Montando-o.
O sangue de Adam ferveu e inundou sua virilha.
- Oh Deus, - Disse ela. - Estou trasada? Espero que não tenha esperado
muito tempo.
- Você chegou na hora certa, - Disse. - Cheguei cedo.
Praticamente tinha pulado do ônibus e corrido até a limusine, mas ela
não precisava saber disso. Ela achava que ele era legal.
Madison se inclinou em direção a ele para oferecer um beijo, que
aceitou de bom grado. Mmm. Ela era tão doce e pura. E tão facilmente
corruptível. Moveu a mão para a parte de trás de sua cabeça enquanto
persuadia os lábios dela para se entreabrirem com os seus, buscando o
beijo profundo e íntimo que desejava. Sua língua roçou a dela, saboreando
o sabor mentolado de sua boca. Ela produziu um gemido de saudade.
Porra, ela era sensual. E tão inconsciente de sua sensualidade. Queria sair
despertando isso nela de novo e de novo. Descobrir o que achava
agradável - o que normalmente surpreendia os dois. Não demorou muito
em revelar o lado safado dela e fazê-la buscar novas experiências. Adam
deixou-se acreditar que ela mostrara seu lado escondido somente a ele,
porque senão se sentiria obrigado a quebrar a cara dos outros, então suas
bolas. E seus rostos novamente.
- Senti falta de você, - Ela sussurrou quando ele se afastou.
Seu coração aqueceu, e ele sorriu. Conhecia esse sentimento.
- Você sentiu?
Ela assentiu com a cabeça e segurou seu queixo, esfregando o polegar
em sua bochecha, como se acarinhasse-o. Ela era a única pessoa que
sempre o fazia se sentir valorizado. A única. Ela sustentou seu olhar
quando perguntou,
- Você tem cuidado de si?
Sabia o que ela realmente estava pedindo. Você está limpo e sóbrio?
- Na maior parte das vezes.
Ela nivelou seus olhos nos dele com um olhar avaliador, e ele quis
rastejar debaixo da mesa.
- Você deveria me ligar quando começam esses impulsos, - Disse.
Ele preferia ligar quando tinha diferentes impulsos. Ela tinha que estar
doente de ouvir seus problemas.
Madison colocou o recipiente na mesa, deslizou para dentro do
reservado na frente dele e pegou ambas suas mãos nas dela. Ela era a
pessoa mais carinhosa que já conhecera. Não entendia como lidava com
isso sendo conselheira de abuso de substâncias. Tinha visto mais de um de
seus clientes morrer de overdose. Tinham gritado com ela, amaldiçoado-a
e até mesmo algumas vezes a golpeado. Alguns recusaram sua ajuda.
Outros se aproveitaram de sua bondade infalível. Madison levou todas
essas ocorrências como uma afronta pessoal, mas em vez de deixar-se
destruir, usou-as como combustível. Sua força surpreendeu-o.
- Fale, - Ela insistiu, prendendo seu olhar com o dela.
Desviou os olhos para se concentrar nas mãos dela, que estavam
segurando as suas de forma confiante, e abriu a boca para mentir.
- Não tomei nada desde a última vez que te vi.
Considerando que a última vez foi quando ela entrou no restaurante,
isso era verdade.
- De verdade? - Ela parecia tão feliz e orgulhosa que não conseguiu
olhar nos olhos dela.
Curtiu ficar de boa com um baseado no backstage na noite anterior -
nada grave. Tecnicamente, nem sequer tinha ficado alto e tinha sido seu
primeiro deslize nas últimas semanas. Então, porque se sentia como o
maior perdedor do planeta?
Porque tinha se deixado colocar para baixo. Voltando atrás na sua
promessa de permanecer limpo. Não importava que tivesse sido forte
quando o pai resplandeceu em sua vida há alguns meses como uma
perturbação mental cintilante. Não tinha sido forte quando Rico produziu
um baseado na última noite e tinha-o bajulado a fumar. Madison tinha feito
tanto por ele - ainda fazia - e a única coisa que já pediu foi que ligasse se
os desejos levassem a melhor sobre ele, para que pudessem falar sobre
suas escolhas. Ainda não tinha sido capaz de manter essa promessa.
Ela apertou sua mão.
-Me diga a verdade, Adam.
Não sabia qual era a sensação de se envergonhar, antes que tivesse
conhecido Madison. Nem que era um sentimento para particularmente se
preocupar. A culpa agarrou sua barriga como que para obrigá-lo a olhar
para ela para que acreditasse nele. A última coisa que queria era que seus
problemas se intrometessem em sua noite juntos.
- Não há nada pra contar.
Os olhos dela procuraram os dele - ela podia ver a mentira inofensiva
por trás de seu olhar? - mas manteve-se firme e, eventualmente, a tensão
foi drenada de seus ombros. Ela deu outro aperto em suas mãos.
- Me preocupo com você, Adam. Por favor, seja bom consigo mesmo.
Palavras que o inspiraram e esmagaram no mesmo fôlego.
Voltou seu olhar para o teto, desejando que pudesse dizer que se
preocupava com ela também, e que estava arrependido de ter
decepcionado-a ao fumar dois baseados, mas as palavras ficaram presas na
garganta. O que ela viu nele, afinal? Ela não percebia que era um filho da
puta? Todos pareciam reconhecer isso.
- Não se esqueça de me chamar se você precisar se esforçar. Posso
ajudar.
Ela já ajudará bastante. Podia lidar com isso daqui em adiante.
- Você acabou, Conselheira? Não a convidei para jantar pra encher meu
saco à noite toda.
- Eu sei, - Ela disse em voz baixa, um rubor delicioso subindo por seu
pescoço. - Prefiro que você me encha à noite toda.
Um pico de desejo socou seu estômago.
Ela sorriu delicadamente e pegou o menu.
- Nós deveríamos provavelmente pedir em breve, - Disse ela, - Preciso
ficar sozinha com você. O banheiro está livre?
Agora ostentando uma ereção pulsante, Adam virou a cabeça para
verificar o status de seu banheiro favorito. Mesmo à distância, podia ver
que o pequeno cartaz acima da fechadura estava vermelho. Seu coração
afundou em decepção.
- Ocupado.
- Pode me avisar quando ficar livre? - O olhar ardente que lhe deu
poderia ter derretido ferro. Madison abriu o cardápio e se escondeu atrás
dele para cobrir o sorriso diabólico que ele cobiçava tanto.
Deus, amava passar seu tempo com ela. Pensava nela constantemente,
mas não conseguia vê-la o suficiente. Desde que se tornaram íntimos, nem
sequer tinha dormido com outras mulheres por aí. Nenhuma outra mulher
o excitava da forma como Madison fazia ou o fez se sentir tão especial.
Mas nunca poderia dizer isso a ela. Não precisava da dor de cabeça de um
namoro permanente. Ou até mesmo de um relação semi-permanente.
Assim desfrutava sempre que podia e fingia que não sentia falta dela como
um louco quando estava na estrada.
- Esses são para mim? - Perguntou. Acenou para o recipiente parado na
ponta da mesa. Quase podia sentir o aroma das deliciosas guloseimas que
esperava estivessem lá dentro.
- Isso depende, - Ela disse. - Você vai se comportar hoje à noite?
Ele levantou uma sobrancelha e ela riu.
- Sim, são pra você, - Ela disse.
Ele abriu o recipiente e inalou a aroma celestial de gengibre e açúcar
mascavo.
- Os caras vão morrer de inveja quando eu comer isso na frente deles.
- Você pode dividir, - Madison disse, observando-o por cima do menu. -
Há duas dúzias de cookies aí.
- Sou muito egoísta pra dividir. Estes são meus. - Incapaz de resistir à
tentação, Adam selecionou um cookie e fechou a tampa. Deu uma mordida
e a mistura de melaço e especiarias derreteu na língua fazendo seus olhos
rolarem para atrás na cabeça. - Oh Deus, Madison, você é tão boa para
mim.
Ela sorriu.
- Sei como você pode me agradecer adequadamente. Banheiro?
Ele verificou a porta.
- Ainda ocupado.
Um atendente de aparência atormentada colocou dois copos de água
sobre a mesa.
- Meu nome é James. Serei seu atendente esta noite. Vocês estão
prontos para pedir? - Perguntou.
Adam pegou o menu.
- Vamos pedir algo rápido, - Disse à Madison. - Tenho uma passagem
de som às seis e meia.
- E o que você tem a fazer depois da passagem de som? - Ela
perguntou.
- Ficar com você.
Capítulo 4
Madison tentou não olhar fixamente como Adam cortava seu panini,
mas queria registrar na memória tudo sobre ele, assim quando ele estivesse
na estrada poderia torturar-se imaginando o que estaria fazendo, com quem
estaria fazendo.
Seu cabelo grosso preto era cortado num estilo desgrenhado que
emoldurava suas características masculinas e roçava a testa. O nariz era
um pouco grande, o lábio inferior um pouco grosso, o queixo muito duro
para ser considerado um modelo perfeito, mas lhe tirava o fôlego.
Espessos cílios escuros emolduravam olhos cinza aço. Eram facilmente os
olhos mais lindos em que já tinha se perdido, mas tinham a tendência de
brilhar, como se estivessem procurando um motivo para tornarem-se
furiosos. Se perguntou quantas pessoas tinham profundidade suficiente
para enxergarem o passado de raiva dele.
Ela não levou muito tempo para encontrar o lado bom nele. Aqueles
olhos tempestuosos lindos sempre eram gentis quando olhavam para ela.
Uma única covinha brincava no canto da boca, que só se manifestava
quando ele abria um largo sorriso. Porque ele não distribuía sorrisos de
forma regular, só os tinha visto algumas vezes.
A infância de Adam tinha sido um completo desastre. Só a música o
tinha impedido de desmoronar. Ele usava drogas porque tinha aprendido o
exemplo com o pai, e os narcóticos se tornaram uma muleta para lidar com
toda essa perturbação. Ela sabia de tudo isso porque finalmente tinha
conseguido fazê-lo falar, e dizer tudo o que manteve guardado dentro de si
por anos. Ele confiou a ela seus segredos. E não levaria essa confiança
levianamente. Não podia negar que a vulnerabilidade de Adam, que
escondia tão cuidadosamente atrás de seu exterior durão, era seu vício
número um. Ele não deixava ninguém ver isso, mas ela conseguia
enxergar seus pontos fracos.
Sim, tinha um fraco pelo cara.
Seus dedos coçaram para traçar as tatuagens no antebraço dele, para
acariciar seus dedos talentosos, a confusão de correntes em torno de seu
pescoço, puxá-lo para mais perto, para que pudesse beijá-lo com o
desespero enlouquecedor que sentia cada vez que olhava para ele.
Olhou por cima do ombro para o banheiro do outro lado. Precisava ficar
sozinha com Adam - presa nele de uma forma que não poderia fazer em
público. Quando estava prestes a informá-lo de que enfim o banheiro
estava livre, alguém entrou e fechou a porta, trocando a fechadura para
ocupado. Maldição.
Com um suspiro, Madison voltou sua atenção para a mesa. Adam
pegava pedaços de frango que tinha tirado de seu panini e enfiava-os na
boca com os dedos. Até seus modos brutos a mesa a faziam sorrir. Um
homem aprendia boas maneiras com a mãe. Se não soubesse que a mãe
dele tinha fugido e deixado-o com um pai viciado em drogas quando tinha
sete anos, teria imaginado que a mulher não tinha sido grande coisa em sua
vida. Mas Madison queria estar na vida dele. Vê-lo esta noite firmou os
sentimentos que esteve analisando por semanas. Não sentia simplesmente
desejo ou afeição por Adam. Ela o amava. Sem dúvida. Mas será que ele
seria capaz de amá-la?
Ele parecia não saber que isso a estava comendo viva.
Tirou sua atenção dos traços fantásticos de Adam e olhou para o prato
revirando sua salada. Estava quase certa de que se lhe desse um ultimato,
ele iria correr e nunca mais olhar para trás. Perderia-o para sempre. Apenas
o pensamento de nunca mais vê-lo novamente abriu um abismo de
profundo vazio no centro do seu peito.
Antes que se tornassem íntimos - quando ele ainda estava em
tratamento - perguntou como ele mantinha relações românticas enquanto
estava na estrada. Ele respondeu que não precisava e nem queria um
relacionamento. Estava satisfeito com o sexo. Namoros eram coisas
complicadas e impossíveis de se manter.
Impossível.
Madison tentou se convencer de que era especial para ele. Que um
namoro era possível. Talvez ele só precisasse de um tempo para perceber
que só queria ela e que valia a pena as complicações. Poderia dar-lhe
tempo. Poderia ser paciente com ele. Contanto que o tivesse quando
estivesse em Dallas, poderia fazer funcionar.
Covarde, acusou uma pequena voz na cabeça. Que sempre soava com
Kennedy. Você sabe que vale mais que isso.
Nunca tinha pensado que ia acabar em uma situação tão desesperadora.
Nunca pensou que iria entregar de bom grado seu coração a alguém que
particularmente não o queria.
- Tudo bem? - Perguntou Adam.
Levantou a vista da salada e assentiu.
Apenas o vislumbre da covinha quando ele sorriu a deixou tonta. Ela
sorriu abertamente, fazendo suas bochechas doerem. O coração ficou
aliviado e pareceu flutuar no peito como um balão de hélio. Não queria
desistir desse sentimento. Se tinha um vício, era Adam Taylor.
- Você está quieta essa noite, - Ele disse. - No que está pensando tanto?
- Ele rasgou um breadstick ao meio e colocou uma porção no prato.
Ela hesitou. Conte para ele, Madison.
- Sobre nós.
Ele endureceu e endireitou-se na cadeira.
- O que sobre nós?
Ela praticamente podia vê-lo retraindo-se com a menção de
compromisso. Recuar Madison. Recuar. Ela encolheu os ombros.
- Estava pensando o pouco de sono que vamos ter durante essa noite. -
Estou muito excitada.
Ele riu.
- Você parecia muito séria para alguém que estava pensando em transar.
- Quando você está envolvido, levo muito a sério transar.
O olhar de Adam fixou-se na garganta dela, e ele molhou os lábios.
- Nada, - Disse ele.
- O quê?
- Isso é o que você pode planejar dormir essa noite.
Ela riu.
- Coisa boa que não tenho que trabalhar de manhã cedo.
Madison deu uma mordida na picante salada Caesar, mastigando os
crottons e alface como uma mulher com uma vingança contra o Império
Romano. Não era culpa dele que sua relação girasse em torno de sexo. Não
quando ela recusou todas as oportunidades que teve de dizer o que
realmente queria. Hoje queria esquecer da necessidade de compromisso.
Tinha-o aqui e agora. Ficariam o máximo de tempo juntos. E quando ele
fosse embora de novo, ansiaria por ele até a próxima vez que pudesse vê-
lo.
Teve um impulso poderoso de bater a cabeça na mesa várias vezes.
- Você vai ter uma pausa da turnê em breve? - Perguntou, esperando
que não parecesse tão desesperada quanto se sentia.
- Por quê?
- Eu poderia tirar uma folga do trabalho e poderíamos passar alguns
dias juntos.
- Vamos ficar em turnê durante todo o verão, - Ele disse.
Seu coração afundou.
- Oh.
- Mas da próxima vez que estivermos em Austin por alguns dias, vou
visitá-la.
- Estava pensando que eu poderia ir visitá-lo.
Ofereceu-lhe um sorriso brilhante e esperançoso.
- Não.
Seu coração despencou para a altura dos joelhos agora.
- Oh.
- Poderíamos fazer uma viagem, - Ele sugeriu.
A precaução do homem provocou desconfiança.
- Por que você não quer que eu te visite?
Evitando o olhar dela por estar olhando fixamente pro cardápio de
sobremesas, ele encolheu os ombros.
Imaginou uma esposa devotada e três filhos esperando por ele em
Austin.
- Você está escondendo algo de mim?
Ele tirou seu olhar da foto de Tiramisú * do cardápio e sorriu para ela.
- Sim, - Bufou. - Meu apartamento.
- O que há de errado com ele?
Ele encolheu os ombros.
- Nada, até onde estou preocupado, mas é decorado com postêrs de
gatas nuas.
Ela riu.
- Sei como é a forma feminina. Por acaso tenho uma.
Com um brilho perverso nos olhos, ele lhe deu um olhar demorado.
- Eu notei.
* Tiramisú é uma sobremesa tipticamente italiana que consiste em camadas de pão-de-
ló ou bolachas de champanhe, embebidas em café e vinho, licor de cacau, licor de
amêndoa, entremeadas com o cremoso e macio queijo mascarpone, muito usado pela
alta gastronomia por “dar liga” aos ingredientes de uma receita. O mascarpone não é
nem doce nem salgado e para o tiramisú age como a parte cremosa do doce. Para
finalizar a receita deve ser polvilhado com chocolate meio amargo.
Como uma perita em ler as pessoas que tentavam esconder coisas dela,
não podia ignorar sua hesitação em responder suas perguntas.
- É esse realmente o motivo? Você não tem feito asneiras.
Ele pegou a bebida e sorveu o refrigerante do copo quase vazio, a
atenção voltada para o canudo. Ainda não olhando para ela, disse:
- Esse é o verdadeiro motivo.
- Você pode tirar as fotos se elas te envergonham.
- Elas não me envergonham. Estava mais preocupado com você.
Ele se preocupava com ela? Lembrou-se de não analisar cada palavra
dele, procurando indicíos de que se importava.
- Levei anos acumulando-os, - Ele disse.
- Você acumula pornográfia?
Suas sobrancelhas se juntaram, e ele balançou a cabeça.
- Não é pornográfia, é arte.
Imaginou que sua definição de arte e a dela eram tão diferentes como
coelhos eram de tubarões-tigre.
- Prometo que não vou me constranger, - Disse. - Gostaria de ver onde
você mora.
Ele enfim cravou seu olhar nela.
- Você tem planos de virar paparazzi comigo?
- Claro que não, - Disse. - Por que acha isso?
Oh Deus, devia estar parecida com uma desesperada garota
perseguidora.
- Não digo as pessoas onde moro porque gosto de privacidade quando
não estou em turnê. Preciso relaxar da loucura desse negócio. Além disso,
um tempo sozinho me lembra que sou de fato só mais um grande perdedor
cuja única qualidade que resta é apenas a de fazer sair som de seis cordas
de aço.
- Você é um talento incrível, mas há muito mais pra você do que a
música, - Ela disse, pegando sua mão e apertando. - E você não é um
perdedor. Mas é um virtuoso. Tem um bom coração, Adam.
Ele riu.
- Você, de verdade acredita nisso?
- Eu acredito. Vejo isso.
Ele sustentou seu olhar tempo suficiente para que a atenção fizesse seu
batimento cardíaco acelerar. Oh Deus, esses olhos. Queria olhar para eles
por eras.
- Você está tentando virar minha cabeça, Madison Fairbanks?
- Só se isso estiver funcionando.
Ele levou a mão aos lábios e beijou-lhe os dedos.
- Está funcionando. Você sempre sabe o que dizer.
Então porque não disse o que realmente estava em sua mente? Olhou
para ele, recolhendo sua coragem.
- Acabou de comer? - Perguntou ele.
Olhou para o prato quase cheio e depois para o banheiro ainda ocupado.
Saia, pessoa.
- Está na sua hora de ir? - Madison puxou o celular fora da bolsa e
verificou as horas. - Ainda nem são seis horas.
Olhou para ele e encontrou-o olhando para ela com olhos famintos.
- Pensei que sua passagem de som fosse às seis e meia.
- Não acho que vou fazê-la na hora certa.
- O AAC * está a poucos minutos daqui, - Ela disse, apontando em
direção da arena. - Vou levá-lo, sei as melhores rotas pra evitar o trânsito.
- Não é por isso que vou chegar atrasado.
Sua expressão estava totalmente em branco. Ilegível. No início das
sessões de aconselhamento, ele sempre olhava para o mundo por trás desse
muro, mas por que agora?
- Tem algo errado? - Ela perguntou.
- Apenas uma coisa em que posso pensar.
* AAC - American Airlines Center é um estádio localizado próximo a Dallas - Texas
(EUA). É a casa do time de beisebol da NBA, Dallas Mavericks e de hóquei no gelo da
NHL Dallas Stars.
Suas mãos deslizaram para os pulsos, os polegares descansando contra
o ponto do pulso. Seu corpo reconheceu seu toque e isso a agradou.
Apenas esse pequeno contato deixou suas terminações nervosas vibrando
com entusiasmo e seus músculos derretendo em sinal de rendição.
- O quê? - Ela perguntou.
- Você ainda está em seu vestido.
Ela sufocou uma forte gargalhada. Pelo menos uma vez.
- Bem, o maldito banheiro parece que vai ficar ocupado à noite toda, e
não vou remediar essa situação aqui na mesa.
- É por isso que vamos nos atrasar. - Ele levantou a mão para um
garçom que passava. - A conta, por favor.
Capítulo 5
A banda alugou uma limusine para levá-los e buscá-los do hotel, mas
como Adam tinha planejado monopolizar toda ela para si mesmo, os caras
teriam que encontrar uma maneira diferente para chegar ao local.
- Tem certeza que está tudo bem em deixar meu carro aqui? - Madison
perguntou enquanto esperavam a longa limusine preta encostar na entrada
em frente ao restaurante.
- Se o rebocarem, vou pagar as taxas de apreensão.
- Eu poderia simplesmente seguir a limusine até o estádio e …
Ele a silenciou com um beijo. Quando se afastou, ela olhou-o com
aquela expressão confiante, sensual que fez seu coração disparar e seu pau
armar a barraca.
- O carro vai ficar bem, Madi, - Sussurrou.
Ela olhou para o empoeirado sedan azul pálido uma última vez e, em
seguida, entrou no banco de trás da limusine. Adam enfiou na mão do
motorista algumas centenas de dólares.
- Dê algumas voltas por um tempo.
O motorista acenou com a cabeça como se não soubesse por que Adam
queria passar um tempo sozinho com a bela mulher esperando na parte de
trás da limusine.
- Sim, senhor. A que horas gostaria de chegar ao estádio?
Estimou quanto tempo teria que estar atrasado para provocar o estouro
de um vaso sanguíneo na cabeça de Shade. Provavelmente quinze minutos.
- Um pouco antes das sete.
- Sim, senhor. Suponho que você não deseja ser incomodado.
- Você supõem corretamente, - Adam disse antes de entrar no banco de
trás para o ar-condicionado com Madison.
Ela estava inspecionado o minibar. Os copos tilintaram quando
endireitou sua figura esguia e fechou-o batendo a porta. Ela tinha estado
espionando? Suspeitava que estivesse escondendo drogas ou o quê? Ela
estava agindo de modo estranho à noite toda. Pressentindo sua culpa,
provavelmente adivinhou que tinha mentido sobre não usar nenhuma
droga, ou talvez estava desconfiada sobre o motivo por recusar sua visita
ao seu apartamento. Esperava que ela não pressionasse o problema. Não
tinha certeza de como esconderia o companheiro que recentemente
obtivera. Adam tinha prometido a Madison que seu pai estava fora de sua
vida para sempre, e não queria que soubesse que não era capaz de
enfrentar o homem dizendo-lhe para dar o fora. Ela não precisava saber
disso. Madison achava que ele era forte.
Adam colocou os cookies no banco e apontou para o minibar.
- Gostaria de uma bebida?
O motorista fechou a porta e eles foram banhados por uma suave luz do
teto do carro.
Ela balançou a cabeça, apertando as mãos no colo.
- Bom, - Ele disse. - Estou muito impaciente pra te deixar beber de
qualquer maneira.
Estendeu a mão para ela e puxou-a contra seu corpo esbelto. Sempre
ficava preocupado que era muito rude com ela. Sentia que deveria ser
gentil, mas ela gostava de uma coisa bruta. Implorava por um tratamento
grosseiro. Isso o excitava. Fazia-o louco de desejo. Envolveu a mão ao
redor de seu cabelo na nuca e puxou a cabeça dela para trás para que
pudesse chupar o pescoço e sua clavícula.
- Adam, - Ela sussurrou, - Nós devemos fazer isso aqui?
Ele deslizou as alças do vestido de seus ombros, revelando mais pele
para banquetear-se.
- Com certeza.
Não tinha jeito dele fazer um show nessa noite em seu estado atual.
Inferno, não iria mesmo fazer a passagem de som. Uma rapidinha na
limusine para compensar a oportunidade perdida no banheiro do
restaurante não era o ideal, mas não teriam muito tempo antes do show.
Compensaria a falta de tempo mais tarde. Adoraria o corpo dela do jeito
que deveria ser adorado. Daria-lhe todo o prazer que merecia, porque era a
única coisa que tinha para oferecer.
Deixou uma trilha de beijos desde a marca de nascença sob o olho
esquerdo até a orelha dela.
- Você já me deixou pronto pra explodir, - Disse. - Não consigo pensar
em nada, a não ser em estar dentro de você. - Vinte e quatro horas por dia.
Uma lufada de ar escapou dos lábios sensuais de Madison.
- Sim. - Ela passou as mãos por baixo do vestido e deslizou a calcinha
pelas coxas. - Tire-a.
- Mulher, você me provoca além da razão. - Arrancou as botas pretas de
cowboy e puxou a calcinha pelas pernas. Depois que jogou o pedaço de
cetim cor de lavanda para o lado, passou as mãos por suas coxas, puxando
a saia do vestido até a cintura. A bunda nua descansou contra a borda do
assento de couro; As pernas estendidas pelo espaçoso piso.
Adam ajoelhou-se entre as coxas dela e observou a visão de pele
exposta. Ela estava completamente depilada. Na primeira vez que a tinha
comido - em sua mesa de escritório - disse a ela que gostava de uma
buceta lisa. Ela tinha ficado mortificada toda vez ele teve que parar para
tirar pelos da língua. Na seguinte vez que a viu, ela havia feito depilação a
brasileira. Tinha lhe confessado que se depilou antes da consulta,
esperando que fosse ao seu escritório. Depois admitiu ter ficado
fantasiando durante semanas como fodia com ela, não a tinha
decepcionado. O escritório ficou um desastre completo depois deles terem
trepado em todas as superfícies disponíveis. Um ano e abundantes fodas
depois, ela ainda fazia seu sangue ferver.
Olhou para as dobras femininas por um longo momento, a boca
enchendo de água com antecipação. Tão doce. Tão pura. Só sua. Gravou a
visão na memória, sabendo que teria muita inspiração na próxima vez que
sentasse com o bloco de desenho e lápis de carvão. Gostava de desenhar o
corpo dela de memória.
Inesperadamente, as mãos de Madison deslocaram-se para cobrir a
buceta, bloqueando a gloriosa visão de seu sexo. Tal beleza deveria ser
celebrada, não escondida. Olhou para cima e encontrou-a corada, com o
olhar fixo acima da cabeça dele.
- Não olhe pra mim desse jeito, - Ela sussurrou. - É embaraçoso.
- Por que é embaraçoso? É lindo. A coisa mais linda que Deus já criou.
Tirou as mãos dela e manteve os joelhos afastados. Ela quase não
resistiu. Com a atenção dele, sua buceta ficou mais vermelha, mais
inchada, mais molhada. Fazê-la fazer coisas que normalmente não faria,
sempre o excitavam. E vê-la nesse estado fez seu pau esticar o zíper da
calça. Tinha que tê-la. Agora.
Deslizou a braguilha e tirou o pau duro e latejante.
- A única coisa que poderia ser mais bonita... - Esfregou a cabeça do
pau nas quentes, dobras escorregadias, roçando o clitóris, provocando a
abertura até que ela estremeceu. - … É vê-la preenchida comigo.
Entrou alguns centímetros só para provar seu ponto de vista, mas se
perdeu na sensação. Seus olhos fecharam. Maravilha.
- Adam?
Abriu os olhos, esperando encontrá-la mergulhada em prazer, mas
encontrou-a mastigando a ponta do dedo, olhando-o incerta.
- Relaxe, querida, - Sussurrou, deslizando as mãos pelos lábios vaginais
com os polegares traçando ao longo dos ossos do quadril.
Empurrou mais fundo e olhou para baixo para vê-la engolindo seu pau.
Suas bolas se apertaram. Porra, não iria durar muito tempo. Não tinha
certeza do que ela tinha que destruía seu controle habitual.
Puxando para trás mergulhou mais fundo, observando seu corpo aceitá-
lo. Amava como a carne dela ajustava-se a sua. Apreciava como seu corpo
era projetado para dar prazer ao seu. Queria que ela sentisse como lhe dava
prazer. Esfregou os dedos sobre seu clitóris para ajudá-la a gozar
rapidamente. Mais tarde a provocaria. Tocaria. Agradaria. Mais tarde,
agora, agora apenas queria trepar com ela. Quando retirou-se novamente,
seu pau, deslizou com os sucos, revelando um centímetro de cada vez, em
seguida, sua buceta engoliu-o quando empurrou para a frente de novo.
Madison agarrou uma corrente no pescoço de Adam e puxou.
- Adam! - Choramingou.
Ele desviou o olhar de onde seus corpos estavam unidos com perfeição
esplêndida. Ela não estava olhando para ele, seus olhos azuis horrorizados
se concentravam na janela lateral.
- Ele pode nos ver.
Eles estavam parados no trânsito. O motorista no carro ao lado estava
olhando diretamente para eles. Adam sabia que não havia nenhuma
maneira que o homem pudesse ver através da tonalidade escura do vidro
da limusine.
- Ele não pode nos ver, querida.
- Tem certeza?
Adam mostrou o dedo do meio para o cara. A expressão curiosa do
sujeito não se alterou.
- Tenho certeza de que não pode, - Disse.
Ela virou a cabeça para olhá-lo.
- Você não está confortável fazendo isso aqui, não é? - Perguntou.
- É só que ... me sinto muito exposta. Tudo aqui parece ser em público.
Ele não considerava isso público, mas não queria que ela se sentisse
desconfortável. Sabia que ela tinha problemas com demonstrações
públicas de afeto. Provavelmente não queria que fotos íntimas dela com
um cara como ele aparecessem nos tablóides. Não podia culpá-la. Mas
quando estavam sozinhos - mesmo em um lugar como trancados no
banheiro de um restaurante italiano - toda sua timidez desaparecia. Ela se
tornava uma desinibida criatura sensual que queria experimentar tudo o
que ele oferecia. As janelas deviam estar fazendo-a hesitar. Mesmo que
ninguém pudesse vê-los, ela podia.
- Baby, prometo que ninguém pode ver através dessas janelas.
- Talvez se... - Ela puxou a saia para baixo para esconder a visão
espetacular que ele estava desfrutando.
Ele puxou o tecido de volta.
- Seja cuidadosa, Madi. Você vai ter porra no vestido.
Seus olhos se arregalaram.
- Oh.
Ela o empurrou. Gemeu quando seu pau caiu livre do delicioso corpo.
- Sente, - Ela insistiu, batendo no banco ao lado dela. Esperava que não
fosse fazê-lo gozar fora dela. Estava tão duro, que temia que poderia
estourar a pele. Quando se instalou no assento ao lado dela, ela montou seu
colo, de frente para ele.
- Coloque-o dentro, - Ela sussurrou em seu ouvido. - Ninguém será
capaz de ver que você está dentro de mim, debaixo da minha saia.
Incluindo ele, um-maldito-afortunado. Não era estúpido o bastante para
comentar que, mesmo que o espectador não pudesse realmente ver que
estava sendo empalada por ele, ainda seria capaz de dizer o que estavam
fazendo por baixo do vestido. Mas se ela estava mais confortável fazendo
dessa forma, aceitaria o que pudesse receber. Poderia ver a ação entre seus
corpos, depois do show, quando estariam sozinhos no quarto de hotel e ela
se entregaria completamente a ele.
- Posso fuder sua bunda depois? - Perguntou quando o escorregadio
calor dela engolfou-o. Amava o jeito como ela correspondia ao levar um
forte tapa na bunda. Tinha certeza que ela gostava mais de sexo anal do
que vaginal. Isso me faz sentir rebelde, ela lhe sussurrou quando perguntou
por que continuava pedindo que entrasse na sua porta dos fundos. Me faça
sentir rebelde, Adam.
Iria fazer.
Madison estremeceu contra ele, seu pau enterrou até o fundo dentro
dela.
- Não fale sobre isso agora, - Ela implorou. - Quando você fala sobre
isso, me faz querer e não podemos fazer isso aqui.
- O que mais você quer, baby? O que me diz sobre quando falamos
safadesas ao telefone? - Perguntou. - Quando ligo apenas pra dizer todas as
coisas safadas que quero fazer com você? Te digo o quanto amo meter meu
pau na sua bundinha quente até que você implore por mais? - Sabia a
resposta, só gostava de vê-la perturbada. Isso o excitava. Assim como tudo
sobre ela o excitava. O caminho mais rápido para levá-la a loucura era
falar baixaria e tentar fazê-la responder.
- Depois de desligar, fico na minha cama e me escondo debaixo das
cobertas, - Ela sussurrou em seu ouvido. Com o rosto ardendo de vergonha
contra o dele.
- Nua? - Perguntou. Quando ela não respondeu, pressionou-a. - Você
fica nua sob as cobertas, Madison? Me diga.
Ela balançou a cabeça.
- Com minha calcinha pra baixo.
- Você usa o vibrador que comprei pra você? Fode forte o rabo com ele?
- Lembrou-se de quando tinha dado a ela esse brinquedo e fez usá-la em si
mesma, enquanto observava. Ela tinha ficado constrangida num primeiro
momento, mas depois gozara com a ajuda dele. Deu um prazer tão bom
para si mesma que ele gozou apenas olhando para ela.
- Não, - Ela disse perto de sua orelha. - Comprei um vibrador maior. O
pequeno que você comprou não era grosso o suficiente, não como seu pau.
- Você gosta de um pau grande, Madison?
Ela estremeceu como se o pensamento a levasse perto do orgasmo.
Assentiu com a cabeça contro seu rosto.
- Oh sim. Amo seu pau grande, duro na minha bunda. Nenhum desses
brinquedos chega perto de ser tão bom como quando você faz. Você trepa
tão bem. Com tanta força. Até que te sinto lá no fundo. - Ela gemeu. - Oh
Deus, Adam, quero você lá agora.
Caramba, ela o deixava quente.
- Mais tarde. Prometo.
Enterrou o rosto em seu pescoço, as mãos emaranhadas em sua saia.
- Você tem que mover, baby. Preciso entrar dentro de você. Se não
gozar logo, vou morrer.
Ela beijou sua bochecha.
- Você tem certeza que ninguém pode nos ver aqui.
Ela verificou o tráfego pela janela traseira.
- Tenho certeza.
Ela começou a se mover. Levantou-se e caiu sobre seu colo, acariciando
todo o comprimento sensibilizado do pênis com seu calor escorregadio.
Era feita para ele. Seu corpo tinha que ter sido feito apenas para ele. Ela
encaixava tão bem. Sentia-a tão bem. Queria olhá-la, tocá-la, saboreá-la,
mas tudo o que podia fazer era agarrar-se ao vestido amassado em seus
quadris e se deleitar com o prazer ondulando por sua carne.
- Oh, Adam, - Ela sussurrou sem fôlego. - Que sensação incrívil. - Ela
se moveu mais rápido, enterrando-o profundamente, montando-o tão forte
quanto podia. Remexendo os quadris. Ela pressionou-o em seu interior
deixando-o louco de prazer. Ele agarrou sua bunda, puxou separando as
nadégas para atormentá-la. Ela agarrou seu cabelo, prendendo-o com as
duas mãos.
- Deus, sim. Enfie o dedo na minha bunda.
- Mais tarde.
-Por favor.
Ele avançou com os dedos em sua abertura de trás, e ela se contorceu.
Levantou-se e caiu sobre ele mais rápido. Mais rápido. Enfregando o
clitóris contra ele a cada vez que se afundava. Seu prazer aumentou. Seu
coração disparou. Ele lutou para não gozar, querendo que ela chegasse ao
orgasmo antes dele se entregar a satisfação. Sabia que deslizando um dedo
na bunda dela iria fazê-la gozar. Isso sempre fazia.
Aproximou os dedos até onde ela queria.
- Sim, Adam, - Ela ofegou. - Preciso disso.
No instante em que a ponta do dedo roçou o buraco vazio, todo o corpo
dela ficou rígido, arqueando-se para trás. Ele moveu os braços ao redor de
suas costas para que ela não caísse e batesse a cabeça no console atrás
dela. A quente buceta apertada apertou forte seu pau contraindo-se com
espasmos enquanto ela gritava em extâse. Adam estava tão consumido
pelo próprio prazer que não conseguiu manter os olhos abertos para ver a
expressão dela quando gozou. Ela fazia a cara mais sexy quando era
apanhada no meio de um orgasmo. Mais tarde. Ele a veria mais tarde.
Agora, agora ele perdeu-se, chamando seu nome quando sua semente
entrou em erupção dentro dela. Cada jorro de sêmen percorreu um forte
estremecimento por seu corpo inteiro. Foda, ela sempre o fazia gozar com
tanta força. Estava tão feliz que não tinha que usar preservativo com ela.
Tão feliz que ela confiou nele quando prometeu mantê-la segura. Nunca
iria quebrar essa confiança, porque estar dentro dela fazia-o alçar vôo - de
corpo e alma. Não havia nada de tão emocionante como jorrar sua porra
em seu pequeno corpo receptivo.
Madison ficou mole, e caiu contra seu peito. Sua respiração quente e
rápida agitando os cabelos caídos em seu pescoço. Ele inalou o cheiro dela
- uma mistura de doces lírios, sexo e Madison. Deus, ele tinha sentido falta
dela.
A limosine balançou com a parada súbita, fazendo os dois caírem no
chão. Adam caiu em cima de Madison entre o assento e o minibar.
Instintivamente embalou-a em seus braços.
- Desculpe, - Disse. - Você está bem? - Beijou suavemente sua
clavícula.
- Acho que sim. Você está em cima da minha perna. - Adam deslocou-se
para que ela pudesse libertar a perna e, então, se esforçou para levantar do
chão.
Ainda lutando para respirar, Madison puxou-o para perto e enterrou o
rosto no pescoço dele.
- Espere, - ela disse, segurando-o com força, - Não se mexa ainda.
Preciso desta parte.
Ele relaxou e deixou-a segurá-lo. Nunca admitiria a ela o quanto
precisava dessa parte também.
Uma cacofonia de palmadas fortes veio do lado de fora do carro,
seguidos pelos animados gritos que só podiam ser dos fãs. Seu tempo a sós
com Madison tinha chegado ao fim. Por agora. Mas depois? Depois, ele
tinha uma programação de fundir-a-cabeça reservado para ela.
Adam beijou as faces coradas de Madison e ajudou-a a encontrar a
calcinha. Ela se esforçou para colocá-la apressadamente e procurou as
botas debaixo do banco da frente.
- A vida de rockstar é uma aventura, - Ele brincou, enquanto a multidão
do lado de fora se tornava ainda mais barulhenta.
Com as mãos e os rostos pressionados contra as janelas, Madison
encolheu -se contra o canto do assento. Adam recolocou as roupas e
abotoou a calça.
- Vou falar com eles por alguns minutos. Fique aqui e se esconda.
Ela baixou o olhar para as mãos, que estavam apertadas no colo. Ele
tocou seu rosto suave com os dedos.
- Vamos continuar isso mais tarde, - Prometeu. - Vou te foder com tanta
força na bunda que você não será capaz de andar. Gostaria disso?
Ela mordeu o lábio e assentiu.
Ele deslizou para o assento próximo à janela do passageiro e desceu
uma fresta do vidro.
- Ei, - Ele disse à multidão em torno do carro. A limusine estava do lado
de fora do estádio, mas a multidão tinha adivinhado que alguém famoso
estava dentro do carro. - Vocês estão aqui para ver o Sole Regret?
- Oh meu Deus, é Adam Taylor, - Alguém gritou.
A pequena multidão tornou-se enorme. Na segurança do carro fechado,
Adam apertou mãos e deu autógrafos pela janela aberta. Ele estava feliz
por ninguém ter notado Madison escondendo-se nas sombras em frente a
ele. Tentou não chamar atenção para ela, mas a expressão perturbada dela
enquanto olhava as mãos deixou-o perplexo. Ele teve que forçar-se a não
perguntar o que estava errado. Ela não iria querer que todos ao redor do
carro soubessem que estava com ele. Tinha que proteger sua reputação.
Qualquer mulher flagrada com ele era automaticamente rotulada de
vadia, e ele não seria capaz de viver consigo mesmo se ela se machucasse
porque tinha nascido um idiota.
Capítulo 6
Dentro do estádio, Madison ficou parada entre o equipamento de palco
e observou Adam trabalhando com o técnico de som. Não havia muito
retorno nos amplificadores, por isso estava levando muito mais tempo que
o esperado para eles deixarem o equipamento pronto para o show. Uma
pesada cortina preta bloqueava à vista do palco para os fãs, mas eles já
estavam entrando no estádio pelo portão principal. No entanto, devem ter
reconhecido que Adam era o guitarrista escondido, porque cada vez que
ele tocava uma série de notas, eles irrompiam em aplausos animados.
Madison às vezes esquecia que ele era famoso. Não necessariamente
quando estavam fazendo sexo na limusine - quem fazia isso além de
pessoas famosas, recém-casados com tesão ou um ocasional casal do baile
de formatura - e o que dizer quando a limusine foi cercada de fãs e vinte e
cinco seguranças tiveram que ser chamados para controlar a multidão,
porém esses lembretes só a fizeram se sentir ainda mais em conflito sobre
o status de seu relacionamento com Adam.
Na limusine, ele fizera com que ela ficasse escondida da multidão,
obviamente, não querendo que soubessem que estava com ele. Quando
desembarcaram na porta de trás do estádio, ele a fez cobrir a cabeça com a
jaqueta de um dos seguranças. O orgulho de Madison tinha levado uma
surra, por ele não ter declarado publicamente que estavam juntos, mas não
podia culpá-lo. Podia ter qualquer mulher que quisesse - certamente
mulheres muito mais glamourosas, sexys e ricas do que Madison sempre
desejou ser. Por que ele não podia fazer isso por ela? Sabia que gostava
dela. Sabia que eles eram compatíveis sexualmente e que gostavam da
companhia um do outro. Mas também sabia que no instante em que fizesse
exigências e exigisse que fosse fiel a ela, ele iria embora. Talvez se fosse
uma supermodelo ou uma atriz famosa, ele considerasse admitir que
estavam envolvidos. Mas era apenas Madison Fairbanks, com aspirações
comuns, um visual comum, uma vida comum. Nunca seria suficiente para
ele.
Mesmo assim, quanto mais conseguiria ficar num relacionamento onde
era o único parceiro monogâmico? Talvez se sentisse melhor se
encontrasse outro homem com quem vadiar na ausência de Adam. Rejeitou
a ideia, assim que lhe ocorreu. Não tinha interesse em outros homens.
Nenhum outro homem a fez arder, sentir saudades, ansiar e … amar. Ela
teria que ter terminado completamente com ele antes de abrir as pernas
para outro qualquer, que não fosse seu deus do rock inatingível.
- Você está esperando pelo Adam? - Owen, o baixista da banda,
perguntou. Não tinha percebido que ele estava de pé ao lado dela.
Seu olhar automaticamente desceu para a virilha dele, como se ele fosse
ter o pau perfurado pendurado para fora para ela ficar boquiabeta.
Realmente desejava não saber sobre seu piercing escondido.
- Hum..., - Ela bufou, irritada com seu comportamento grosseiro, e
ergueu os olhos para ele. Eram de um azul lindo, que combinava bem com
seu belo rosto, o cabelo castanho com um pouco de gel.
- Sim. Ele não imaginou que levaria tanto tempo. - Caso contrário,
provavelmente a teria escondido em algum camarim com um saco na
cabeça, ou a feito esperar sozinha no hotel.
- Algum roadie derrubou um monte de amplificadores quando estavam
descarregando o caminhão, está tarde. Não conseguem descobrir qual
ficou danificado. Eles soam muito bem individualmente, mas quando estão
todos conectados à mesa de som, não captam o feedback.
- Oh.
Owen riu.
- Parece que você se importa.
- É interessante, - Ela disse. - Não sei muito sobre música.
- Só como manter um guitarrista cativado. - Owen cutucou suas
costelas com o cotovelo. Ela sentiu as faces esquentarem.
- Não de verdade.
- Ele gosta de você, sabe. Eu o conheço há quase dez anos. Ele nunca
ficou interessado na mesma mulher por mais do que algumas semanas.
Quanto tempo vocês estão se vendo?
- Um ano. - Ela balançou a cabeça, porque isso fazia soar como se ele
estivesse falando sério sobre ela. - Mas não nos vemos com frequência.
- Ele nunca perde a chance de vê-la quando pode. Só é ocupado, certo?
- Ele liga quando está na cidade. - E tarde da noite, quando quer falar
safadezas.
- Sim, ele gosta de você. Mas tenho que avisá-la.
- Me avisar?
Owen acenou com a cabeça.
- Não o pressione.
- Então não é uma boa ideia forçá-lo a me prometer seu amor eterno e
acabar ficando sozinha? - Ela estava meio brincando e meio que querendo
saber a resposta.
- Não, - Ele disse, esticando a sílaba de uma forma exagerada.
- Ele terminaria com você, se você sugerisse isso. É como ele age.
- Estava com medo disso. Odeio que ele tenha tantas outras mulheres.
- Só não pense nele com elas.
O coração de Madison encolheu. Mordeu o lábio para impedir que
tremesse. Owen tinha basicamente confirmado suas suspeitas: Adam
dormia com outras além dela. Sabia que ele estava, mas vinha fazendo um
bom trabalho tentando fingir que era só com ela. Algo quente escorreu
pelo canto do olho. Ela removeu a irritante lágrima e se concentrou em
respirar regularmente. Não queria explodir em torturantes soluços na frente
de Owen. O que provaria que ela não tinha o que era necessário para ser a
namorada de um rockstar. Porque, francamente, ela não tinha.
- Oh merda, não pareça tão triste, querida, - Ele disse, acariciando suas
costas. - Basta lembrar que as gatas não significam nada para ele.
- Então porque ele se incomoda em dormir com elas? - Disse mais alto
do que pretendia.
Owen encolheu os ombros e coçou a cabeça.
- Por conveniência?
E isso era o que era para Adam também. Sua conveniência localizada
em Dallas, Texas.
- Desculpe-me, - Ela disse. - Preciso usar o banheiro.
Assim não precisaria forçar os olhos a não derramarem lágrimas em
público. Não conseguia mais fazer isso. Não importava o quanto o amasse,
se ele não a amava de volta. Um caso unilateral de amor não seria o
suficiente para ela. Nem mesmo com Adam Taylor.
- Com certeza, - Owen disse, sua atenção já desviando para outra
pessoa.
Madison estava autorizada a circular pela area do backstage sem sofrer
interferências. A segurança e a equipe a reconheceram. Alguns até mesmo
ofereceram um aceno amigável em saudação, o que era desconcertante.
Não percebiam que ela não era famosa o suficiente para estar ali?
Encontrou o banheiro e se trancou em um reservado. Não se deixou
desmoronar, só permitiu que algumas lágrimas caíssem. Não queria que
ninguém soubesse que sequer tinha considerado chorar. Talvez se tivesse
se interessado por Adam, porque ele era um lendário astro do rock, isso
teria sido mais fácil, mas ela não o amava por isso. O amava a despeito
disso. Antes de ter sido apresentada a banda e interagido com a cena que
cercava sua vida profissional, ela pensava que a música fosse o trabalho de
Adam. Mas era mais que isso. A música era vida dele. E ela não se
encaixava nessa vida.
Era diferente quando estavam a sós. Durante esses momentos, sentia-se
ligada a ele, uma parte dele, e sentia que ele era uma parte dela, mas aqui,
cercados pela equipe e a banda, os fãs, a imprensa e as outras centenas de
pessoas que eram necessárias para administrar a carreira de Adam, sabia
que seu relacionamento era uma ilusão. Não havia nenhum jeito de ficarem
juntos de uma maneira normal. Nem sequer sabia se ele se lembrava como
era ser normal.
Assoou a nariz com papel higiênico e saiu do reservado. Olhou para o
rosto no espelho, perguntando por que tinha que se apaixonar por alguém
tão inacessível quanto Adam Taylor. Por que não podia ter sido por algum
encanador legal? Ou um engenheiro civil? Não, teve que entregar o
coração para um dos mais famosos guitarristas de rock do mundo. E sabia
que nunca poderia tê-lo. Não inteiramente.
Olhando para seu reflexo aflito no espelho, ela percebeu que a única
forma para superar Adam seria romper seu caso. Parar com o vício. E teria
que fazê-lo em breve; Não havia nenhum sentido em retardar o inevitável.
Esta seria sua última noite juntos. E se certificaria de que fosse uma noite
para relembrar, assim poderia valorizá-la para sempre.
Com o coração pesado, Madison respirou fundo, endireitou a coluna e
saiu do banheiro para encontrar Adam. Sabia que ele gostava quando
mostrava seu lado rebelde e como não queria ser a única a se lembrar de
sua última noite juntos, usaria isso como vantagem. Ele estaria ardendo no
momento em que entrasse no palco em duas horas.
O som da guitarra não preenchia mais o estádio, mas ela se dirigiu
naquela direção de qualquer maneira. Não tinha certeza se ele estaria no
camarim da banda ou no ônibus.
Ou falando com uma ruiva linda com uma saia curta de couro.
Madison deu uma parada abrupta, encarando a mulher. Perguntou-se
quanto intimamente Adam a conhecia. Com certeza eles estiveram juntos.
E a mulher com certeza estava sorrindo para ele num convite aberto.
Apesar de Madison não poder ver o rosto de Adam, não havia dúvidas
quanto a isso. Se o cabelo de roqueiro e todo o traje preto não a fizeram
manter distância, a bunda gostosa dele não o faria.
Madison moveu-se para ficar atrás dele. Você gosta de putas? Posso
fingir ser uma vadia. Deslizou sua mão por sua bunda e apertou. Ele se
virou.
- Madison? - Ele disse, obviamente surpreso por ela ser a pessoa lhe
dando um aperto na bunda em público. Provavelmente teria ficado menos
surpreso se tivesse sido alguma mulher que ele não conhecia.
- Você está ocupado? - Ela perguntou.
- Fiquei me perguntando para onde você tinha ido, - ele disse. Olhou
para a ruiva, que estava olhando carrancuda para Madison.
Que pena ter atrapalhado seus planos, vadia, mas ele é meu hoje à
noite. Madison estreitou os olhos para a mulher.
Os olhos dela se estreitaram também.
- Tive que ir ao banheiro, - Madison disse, com os olhos quase fechados
de tão estreitados que estavam agora. - Espero que não tenha ficado muito
solitário sem mim.
O canto da boca da ruiva se ergueu.
- Eu nunca deixaria isso acontecer, - Ela disse com um ronronar baixo e
passou a palma da mão pelo braço musculoso de Adam.
A não ser que apertasse as palpébras completamente fechadas, era
fisicamente impossível para Madison estreitar mais os olhos, então pegou
o outro braço de Adam e arrastou-o para longe da predadora.
- Tem alguém no ônibus? - Perguntou a ele.
Ele encolheu os ombros.
- Não tenho certeza. Podemos ir verificar. - Acenou para a ruiva.
- Mais tarde, hum...
- Sarah.
- Certo, - Ele disse.
Madison forçou-se a não dar a Sarah um olhar presunçoso quando
Adam pegou sua mão e levou-a para a parte de trás do estádio onde o
ônibus da turnê estava estacionado.
- Você não vai perguntar? - Ele disse enquanto caminhavam.
- Perguntar o quê?
- Como conheci aquela mulher. Pensei que você fosse arrancar os olhos
dela lá há um minuto atrás.
- Realmente não me importo como você a conheceu, - Ela disse, sua
coluna estava tão rígida que ficou surpresa que não tivesse rachado com a
tensão.
Ele encolheu os ombros.
- Se você diz assim.
Madison agarrou a mão dele com mais força, era uma mentirosa.
Queria saber como ele a conhecera. Se estava interessado nela. Se já tinha
transado com ela. Ou se ela tinha chupado seu pau ou se ele a beijou como
beijava ela, mas não era assunto seu.
- Você transa com ela? - Falou e depois cobriu a boca com a mão livre.
De onde diabos tinha vindo essa pergunta?
- Não, - Ele disse simplesmente.
- Você quer?
- Quando eu tenho você aqui? - Ele beijou sua testa e apertou-lhe a
mão.
- Mas e se eu não estivesse aqui?
- Isso seria diferente.
E era por isso que tinha que lhe dizer adeus. Tecnicamente, eles
poderiam continuar dessa forma - ela largando tudo para estar com ele
quando estava na cidade e esses seriam os momentos que viveria com ele -
mas não podia continuar assim para sempre. Lhe diria isso pela manhã.
Não tinha certeza se ele se importaria. Uma fila de mulheres estaria
esperando para tomar seu lugar no segundo que se afastasse.
- Mas estou aqui, - Ela lembrou.
- Exatamente.
Madison ficou desapontada ao descobrir que o ônibus estava abarrotado
com o resto da banda e algumas meninas que não se importavam em ser
acariciadas. Uma das garotas mais jovem estava, obviamente muito bêbada
e completamente de topless. Quando viu Adam de pé junto ao banco do
motorista, cambaleou em sua direção.
- Minha amiga apostou que eu não conseguiria que todos os membros
da banda chupassem meus peitos. Sua vez! - Ela agarrou os seios com as
duas mãos e ofereceu-os para Adam. - Alguém tire uma foto disso! Preciso
de provas.
Adam arqueou uma sobrancelha para ela.
- Não, obrigado, doce. Em outro momento.
- Vocês não são divertidos, - Declarou.
- Vou chupá-los, - Ofereceu um cara que estava encharcado do que
tinha que ser cerveja - cheirava a isso.
- Não quero que você os chupe, Henry, - SureBet * disse.
- Force, - Ela chamou quando viu o baterista da banda saindo do quarto
na parte de trás do ônibus. - Você ainda não os chupou. O que está
esperando?
Ele deu uma olhada nela, voltou para o quarto e fechou a porta.
- Não quero ir a um encontro com o irmão estranho da Katie, - Ela
gemeu. - Por favooooooor, não me façam perder essa aposta. - Ela bateu o
pé em agitação.
- Vou chupar outra vez, - Owen ofereceu com um sorriso torto. Sentou-
se ao lado do sempre-sem-camisa Kellen no sofá.
- Tudo bem, - Ela correu para enfiar os peitos na cara dele e não
pareceu se preocupar com a aposta quando a boca de Owen sugou seu
mamilo.
*SureBet são apostas esportivas, apostas sem riscos. São apenas formas diferentes de
designar um mesmo sistema de jogo: a aposta segura. A aposta segura é uma
combinação de apostas em que o jogador obtém lucros líquidos seja qual for o
resultado final do evento, cobrindo todos os eventuais resultados da aposta.
- Cuff, - Ela gemeu, agarrando um punhado dos longos cabelos escuros
de Kellen e puxou-o contra o peito livre. - Chupe o outro.
Madison ficou boquiaberta com os três. Não tinham vergonha? Era isso
o que aparecia em volta dos rockstars? Criaturas sem-vergonha? Ela
poderia ser uma sem-vergonha?
Talvez.
Olhou para Adam, sabendo que tinha decidido deixá-lo depois dessa
noite, mas só o pensamento de esta ser sua última noite juntos roubava seu
fôlego. Talvez pudesse tentar ser mais como a garota que estava tendo seus
peitos chupados por dois caras ao mesmo tempo. Talvez isso fosse
necessário para manter a atenção de Adam. Talvez se deixasse a decência
um pouco de lado, ficaria bem com ele viver a vida de um rockstar e com
ele trepando com outras enquanto ela permaneceria sua ficada de Dallas.
Estava tão confusa que não podia ver direito. Tudo o que podia ver era o
quanto o queria.
- Você quer ficar aqui? - Ele perguntou.
Armou-se de determinação e agarrou-o pela virilha, sabendo que corava
até a raiz dos cabelos, não tinha controle sobre isso. Mas tinha controle
sobre suas palavras.
- A não ser que você queira que te chupe na frente de uma platéia, - Ela
disse. Se forçou a olhá-lo e assim que sua mão parou de tremer, aumentou
o aperto sobre a protuberância que crescia nas calças.
- Adoraria que você me chupasse na frente de uma platéia, - Ele disse
em voz baixa.
Oh Deus. O que tinha feito? Nunca esperou que ele levasse a oferta a
sério. Deslizou a mão até a fivela do cinto e, por um momento, quando
olhou em seus suaves olhos cinzentos esqueceu-se de tudo, como se ele
fosse a única pessoa na terra. De repente, queria chupá-lo na frente dos
outros. Desatou o cinto, e então seus dedos se atrapalharam com a
braguilha.
Ele pegou sua mão.
- Madison, o que há de errado? - Perguntou. - Você não está agindo
como você mesma essa noite.
Com o coração martelando, abriu o primeiro botão da calça jeans.
- Não sei o que você quer dizer. Não é grande coisa. As mulheres não
fazem isso por você o tempo todo?
- Não o tempo todo.
- Mas não é isso o que você quer? Uma puta que te faça gozar.
Não havia a gentileza habitual nos olhos dele quando fez uma careta
para ela.
- Se eu quisesse isso, não estaria com você, estaria?
- Você está comigo? - Ela disse em voz alta.
- Sim, você me vê aqui, não é? - Sua voz elevou-se com raiva também.
Ela já o tinha visto puto da vida, mas nunca tinha sido a causa disso. - O
que quer de mim, Madison? Você está agindo de modo estranho.
Ela se deu conta que suas vozes soaram altas quando o ônibus de
repente ficou em silêncio. Olhou em volta do corpo de Adam para os
outros ocupantes. Todo mundo estava olhando para eles. Pegou o olhar de
Owen e ele deu uma sacudida quase imperceptível com a cabeça. Não o
pressione. As palavras dele ressoaram alto e claro em sua cabeça.
- Podemos ir a algum outro lugar e falar em particular? - Ela perguntou
a Adam.
- Tenho que estar no palco em meia hora.
- Não vai demorar muito tempo, - Ela prometeu.
- Tem alguém no camarim? - Adam perguntou ao vocalista, Shade, que
assim como os outros estava assistindo a sua pequena discussão.
- Se houver, chute-os pra fora, - Shade disse, olhando para Adam como
se ele fosse o maior idiota que já tinha encontrado.
Adam virou-se e desceu do ônibus. Como estava fechando o cinto, não
segurou a mão de Madison enquanto caminhavam para o camarim. Se
perguntou se ele não a tivesse parado, o que teria feito. Teria
descaradamente chupado seu pau apenas chamar sua atenção? Realmente
não sabia.
Adam fez os dois membros da equipe sairem do camarim e trancou-se
na sala com ela. Ela abriu a boca para falar - já tendo inventado a mentira
perfeita para explicar seu comportamento - mas antes que pudesse
começar, envolveu-a em seus braços e puxou-a contra ele enterrando o
rosto em seu pescoço.
- Você vai parar de me ver, não é? - Ele sussurrou.
Ela estava tão atordoada que não pode negar imediatamente.
- Por que, Madison? É porque eu estava conversando com outra
mulher?
- Conversando com outra mulher? Não, eu não iria parar de vê-lo por
isso.
O corpo dele relaxou com o alívio, e o coração dela encolheu. Se forçou
a continuar. Fale de um vez, Madison. É a única maneira.
- Mas esta vai ter que ser a nossa última noite juntos.
Seu coração estava batendo tão forte que ameaçou pular do peito.
Os braços dele se apertaram ao redor dela.
- Não, - Ele disse asperamente. - Não vou deixar você ir.
- Adam, não posso mais fazer isso.
- Fazer o quê?
- Sair com você. Preciso saber que você está comprometido comigo. E
sei que você não quer estar.
Ele afastou-se dela e olhou-a.
- Como você sabe disso?
- Bem, porque você é famoso e as mulheres ficam atrás de você e …
- Elas vão sempre me perseguir, Madison.
E quem poderia culpá-las? Olhou para ele, sabendo que não seria
apenas sua última noite com ele. Esta seria a última vez que o veria. A
última vez que ele a seguraria em seus braços. Owen tinha avisado a ela.
Por que não tinha escutado?
Tentando reunir forças para sair pela porta e manter um pingo de
dignidade, ela baixou o olhar para seu peito e tomou uma respiração
profunda e instável. Os cacos de seu coração partido atravessaram o
pulmão, roubando seu fôlego. A camiseta preta de Adam turvou-se fora de
foco por trás de lágrimas tolas. Fechou os olhos. Não chore. Não chore.
Não.
Adam agarrou-a pelos braços e a sacudiu.
- Maldição, Madison, - Ele disse em um grunhido áspero. - Não vou
deixá-las me pegar.
Madison deixou escapar todo o ar dos pulmões e sua cabeça levantou
procurando sinceridade em sua expressão.
- Adam, você está dizendo... - Os pedaços de seu coração já estavam
consertando. - Você estaria disposto a...
- Madison, você é a única mulher que me importa. Se eu tiver que abrir
mão da porra das garotas não dou a mínima, desde que esteja com você,
quem você acha que vou escolher?
Ela baixou os olhos para o peito dele novamente.
- Não sei.
Ele a soltou abruptamente e deu uma passo para trás. Ela se forçou a
olhar para cima de novo. Não estava preparada para o olhar transtornado
de angústia no rosto bonito.
Ele balançou a cabeça.
- Você realmente não sabe? Madison, pensei que você fosse a única
pessoa que me entendia.
- Eu tinha esperança. Desejei que você me escolhesse, mas não sabia,
então eu... Eu estava apenas terminando com você de um vez sem forçá-lo
a escolher. Meu coração não ia aguentar, se você não me escolhesse.
Ele segurou seu cabelo com as duas mãos e puxou-a para mais perto.
- É claro que eu escolheria você.
Beijou-a com um profundo, rude beijo de punição que a deixou
desorientada e sem fôlego.
- Como você pode dúvidar de mim, Madison? Duvidar do seu valor? -
Ele sussurrou contra seus lábios macios. - Você é muito melhor do que eu,
baby. - Sua voz falhou.
Ela balançou a cabeça.
- Você pode ter qualquer mulher que quiser.
- Isso não importa. Quero só você.
Ela podia deixar-se acreditar nisso? Queria. Mas se confiasse nele de
todo coração, não deixaria nada de fora, daria tudo a ele, e se ele a traísse...
se agarrou nele, com medo de que fosse esmagar seu coração numa polpa.
Adam soltou um mão de seu cabelo para esfregá-la por sua perna. A
mão deslizando para cima sob a saia. Com um toque suave, mas firme.
- Você acredita, Madison?
Ela não tinha certeza. Nunca tivera essas inseguranças antes. Tinha que
ser a fama dele que deixava essa sensação tão incerta sobre si mesma. E a
traição. Não podia suportar a ideia dele segurando uma outra mulher
assim. Tocando-a assim. Mas isso era ilusão? Ele provavelmente não
pensava nisso dessa forma, mas mesmo que nunca tivessem um namoro de
verdade, parecia que ele a traía. E que ela não era boa o suficiente para
manter sua atenção.
- Por que não sou o suficiente para você? - Ela disse, com os olhos
cheios de lágrimas. - Por que você dorme com outras mulheres?
- Baby, você é mais do que suficiente para mim. É só... tenho um desejo
sexual saudável, - Ele disse.
Ela riu sem entusiasmo, apertando os olhos e engoliu o nó na garganta.
- Estou bem ciente disso.
- Não achei que se importasse com as outras mulheres. Elas são um tipo
de distração e você nunca disse nada sobre isso. Nós nunca concordamos
que seríamos um casal exclusivo.
Justamente.
- Eu sei. Mas me importo, - Ela disse.
Uma parte dela estava com medo de que ele corresse para longe dela,
por isso apertou os dedos em sua camiseta. Não queria que ele fugisse e
não queria parar de falar sério. Queria o que achava que ele estava
oferecendo. Queria estar com ele. Queria acreditar que era possível.
- A ideia de você com outra mulher é angustiante. Isso me deixou louca
desde o nosso primeiro beijo.
Suas sobrancelhas se uniram como se tivesse acabado de ter um
pensamento perturbador.
- Você esteve com outros homens desde a nossa primeira vez?
Não. Deus, não. Só quero você, Adam. Só quero você. Não conseguiu
pronunciar as palavras. Tentando se acalmar, baixou os olhos e respirou
fundo. Tantas emoções estavam se agitando dentro dela que não conseguia
decidir se ria ou chorava.
- Quem diabos é ele? - Apertou seu cabelo e ele puxou seu pescoço para
trás. Seu olhar raivoso fez a frequência cardíaca de Madison acelerar
instantaneamente. Sim, precisava que ele fosse rude com ela agora. Todas
as emoções que rodavam dentro dela eram demais para suportar. E a mão
em sua bunda era deliciosa, assustadoramente perturbadora.
- Você vai me bater se eu disser que abro minhas pernas para outro
homem? - Perguntou. Porque Deus, ela precisava muito de uma boa surra
forte agora.
- Você fodeu com outro homem? - Ele rangeu os dentes contraindo um
músculo em sua mandíbula forte.
- Você fodeu outra mulher? - Ela retrucou.
- Não tantas como no passado, - Ele disse defensivamente.
Em outras palavras, sim, ele tinha fodido outra mulher. Ou, mais
precisamente, outras mulheres. Ela odiava essa porra.
- E com isso eu deveria me sentir melhor?
Ele afrouxou o aperto em seus cabelos e alisou os longos fios para
longe de seu rosto. Seus lábios roçaram sua testa com ternura.
- Gostaria de não ter feito. Me desculpe, por te magoar. Não sabia que
isso importava pra você. Eu deveria ter percebido, eu só... Sinto muito,
baby.
Dominada pela emoção, ela recuou. Não podia suportar que ele fosse
carinhoso com ela. Não quando já estava tão perto das lágrimas.
- Preciso que você me bata, Adam. Agora.
Os olhos dele procuraram os dela por um momento, e então sua mão
apertou seu cabelo novamente.
- Eu nunca vou entender porque você gosta dessas coisas brutas,
Madison.
- Ele golpeou sua bunda com um estalo alto e sua buceta latejou de
excitação.
Algumas das pesadas emoções agitando-se pelo seu corpo separaram-se
para dar lugar a uma luxúria primitiva. Era muito mais fácil lidar com esse
sentimento.
Oh, obrigada.
- Eu, só gosto, de fazer rude com você, Adam. - Porque ele era o único
homem que já a tinha feito sentir tantas emoções profundas e confusas. E o
único que a fizera se sentir segura o suficiente com sua sexualidade para
poder pedir por tal tratamento.
- Com quantos homens você já fodeu, Madison? - Ele perguntou, sua
mão estalando forte em sua bunda fazendo-a arder pela segunda vez. - Me
diga.
Ela gemeu, consciente da dor provocada pelo vazio em sua buceta que
esfregava contra a coxa dele.
- Em toda a minha vida? - Ela perguntou. Meio que gostando que ele
estivesse com ciúmes, mesmo que não tivesse motivos para ter.
- Desde que nos conhecemos. - Ele bateu novamente. Todo seu corpo
tremeu com a necessidade.
Ela se atrapalhou com o vestido quando empurrou a calcinha para
baixo. Ela ficou presa nas coxas, mas não conseguia achar forças para se
afastar dele.
Queria ele enterrado dentro dela, enquanto batia nela.
- Um, - Ela admitiu. - Apenas um.
A palma da mão estalou de novo, e ela pensou que morreria se ele não a
enchesse em breve.
- Qual era o nome dele?
- Adam, - Disse. - Seu nome era Adam Taylor.
Ele parou com a mão apoiada numa nádega sensibilizada. Querendo
que ele continuasse, ela choramingou.
Os olhos de Adam se arregalaram e ele sacudiu a cabeça com espanto.
- Eu sou o único?
Lágrimas inundaram seus olhos e ela sacudiu a cabeça. Era um desastre
emocional novamente.
- Por favor, Adam, não me faça chorar. Preciso de você me fodendo e
batendo ao mesmo tempo.
Ele se moveu tão rápido que ela tropeçou. Em um instante, encontrava-
se inclinada para frente no enconsto do sofá com a calcinha em torno dos
joelhos e um grande pau buscando a entrada de sua buceta inchada. Ele
avançou, preenchendo-a com um impulso profundo, duro.
- Sempre tenho a melhor das intenções pra te possuir lentamente,
fazendo amor de uma forma terna e acabo metendo em você feito um
animal. - Seu pau se enterrou profundamente, ele bateu em sua bunda e ela
gritou, contorcendo-se contra ele.
- Por que assim, Madison? Por que você me provoca pra meter tão
rude?
- Eu gosto. - Ela gemeu, o rosto pressionado contra a almofada do sofá.
- Gosto de você me fodendo, Adam. Ninguém jamais me fodeu com tanta
força. Me bateu. Puxou meu cabelo. Me estapeou na bunda. Eu amo isso.
Tudo isso. Não me faça implorar.
Ele bateu em sua bunda de novo e ela choramingou.
- Talvez eu goste de ouví-la implorar, querida. Talvez seja por isso que
hesito e digo a mim mesmo que deveria tratá-la com cuidado. Porque sei
que se eu possuí-la devagar, você vai implorar para ser fodida.
Ela balançou os quadris contra ele, impaciente pelos profundos golpes
fortes que desejava. Por que ele ainda estava se segurando?
- Adam, - Ela sussurrou desesperadamente. - Por favor.
- Por favor, o quê?
- Mova-se.
Ele esfregou sua bunda, que ainda estava ardendo de desejo por outro
golpe.
- Sua bunda está bem vermelha, - Ele disse. - Eu bati muito forte?
Ele estava intencionalmente tentando levá-la a loucura?
- Não, eu gosto disso. Quero que você me bata com força. E que me
foda ainda mais forte. - Ela remexeu o quadril, esperando que ele captasse
a dica.
Finalmente, ele começou a estocar. Profunda e energicamente, como ela
queria que fizesse. Quando sua mão espalmou sua bunda outra vez, ela
choramingou, sua buceta apertando o pau.
- Maldição, isso é bom, - ele disse. Esbofeteou uma parte ainda
intocada da nádega quando ela o apertou de novo, a dor provocada pela
ardência fazia seu músculos se contraírem automaticamente. Com alguns
golpes das investidas dele, alcançou sua liberação tendo seus gritos
amortecidos pelo sofá.
- Deus, gostaria de ter algum lubrificante comigo. Quero muito castigar
sua bunda agora.
Ele esfregou seu buraco enrugado com o dedo, e ela gemeu. Não achou
que fosse aguentar mais depois do orgasmo que experimentou, mas sua
bunda de repente se sentiu desesperadamente vazia. Contorceu-se,
tentando fazer seu dedo mergulhar dentro dela. Ela choramingou.
- Por favor. Ponha na minha bunda.
Ele saiu de dentro dela. Ela estava tonta por ter ficado curvada por tanto
tempo, por isso demorou um momento para perceber que a suave, morna,
coisa molhada que se esfregava contra sua bunda dolorida era a língua
dele. Ele nunca tinha lambido-a ali antes. Suas pernas começaram a tremer
quando um intenso prazer atravessou sua âmago. A rebelde imunda que
espreitava sob suas ações reacendeu sua excitação num inferno de desejo.
- Adam, - Ela chamou sem fôlego. - Oh Deus, isso é sempre a coisa
mais gostosa.
A língua dele mergulhou dentro dela e seus joelhos cederam. Ela
agarrou o encosto do sofá para não descer até o chão. Ele trilhou beijos da
fenda de sua bunda até a parte inferior das costas e voltou a fazer o
caminho de volta. Ela o ouviu abrindo uma camisinha e sua buceta se
apertou. Ele só usava camisinha quando fodia sua bunda. Oh, sim ela mal
podia esperar.
- Rápido, - Ela suplicou.
Ele esfregou o pau por seus líquidos e molhou a entrada da bunda,
então a cabeça do pau roçou o buraco escorrendo saliva. Ele esforçou-se
para entrar.
- Não está molhado o bastante, - Ele disse. - Mesmo com o lubrificante
da camisinha.
Ela não se importava. Se empurrou contra ele, fazendo-o entrar alguns
centímetros. Adorou o preenchimento completo, uma sensação gostosa que
fez um arrepio de calor percorrer sua pele quando ele escorregou para
dentro de sua bunda receptiva. Até as solas dos pés formigaram
conscientes com a invasão.
- Está bom o bastante, - Ela afirmou. - Vai fundo.
Ele enfiou os dedos dentro de sua buceta recolhendo porra para esfregar
na junção entre seus corpos. Seu pau deslizou um centímetro mais fundo.
- Você tem certeza?
Ele ficava sempre muito preocupado que pudesse estar machucando-a.
Como se ela fosse frágil. Que fosse quebrar. Supôs que deveria estar
agradecida por ser tão cuidadoso, mas não precisava que ele fosse. Se
quisesse que parasse, ela diria. Talvez fosse por isso que ele se continha.
Por achar que não seria capaz de dizer não a ele, por ela nunca ter dito.
Não foi porque não pudesse dizer ou estivesse com medo, mas porque
nunca quis.
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contra ele com uma estocada rápida e ela se contorceu de encontro ao sofá
em êxtase. Com cada estocada, ele avançava mais fundo. Fundo. Sim!
Mais fundo, Adam. Não teve certeza se estava pensando isso ou pedindo
em voz alta.
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Endireitou as costas devagar firmando-se, cada estocada dele estimulava-a
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Uma Noite de Paixão Proibida

  • 1.
  • 2. Tempt Me (One Night With Sole Regret #2) by Olivia Cunning
  • 3. Livros de Olivia Cunning Sinners on Tour Series: Backstage Pass Rock Hard Hot Ticket Wicked Beat Double Time One Night With Sole Regret Series: Try Me Tempt Me Take Me Touche Me Tie Me Lovers' Liep Series: Loving on Borrowed Time Twice Upon a Time Escrito como Olivia Downing: Defying Destiny
  • 4. Seduza Me Uma Noite com Sole Regret Séries, livro #2 apresentando o guitarrista solo, Adam Tyler Mais uma noite... Durante quase um ano, Madison foi a transa de Adam cada vez que sua banda, Sole Regret, tocava em Dallas. Mas apesar da maneira como ele deixa seu corpo ardendo com paixão, a noite ocasional de sexo com o melhor orgasmo do mundo não é mais suficiente. Ela precisa de um compromisso e sabe que não se encaixa no estilo de vida do rockstar Adam. Madison terá mais uma noite quente e intensa com o músico sexy antes de cortar todos os laços com ele para sempre. Mesmo que tenha que quebrar o próprio coração ao fazê-lo. Para seduzí-lo... A vida não são todas as luzes brilhantes e a adulação dos fãs para o guitarrista da Sole Regret. Madison viu Adam no seu pior e ainda assim conseguiu tirar o melhor dele. O lado safado dela habilmente escondido também traz à tona a besta nele. Ele nunca conheceu uma mulher mais tentadora em sua vida. Madison não tem problema nenhum em ser uma tentação na cama de Adam, mas poderá seduzir seu coração para ter uma chance no amor?
  • 5. Capítulo 1 O coração de Adam disparou enquanto esperava Madison atender o telefone. Apenas a expectativa de ouvir a voz dela o deixava estusiasmado. Não tinha nenhum problema em tocar um solo de guitarra na frente de quinze mil fãs, mas a expectativa de falar com uma mulher doce fazia suas palmas das mãos ficarem suadas. Patético. Se seus companheiros de banda percebessem a força de sua paixão, ridiculazariam-no sem parar. O grupo inteiro tendia a conspirar contra qualquer membro que passasse a ter uma forte atração por uma mulher, e Adam não queria ser o alvo atual. Esse era o papel de Gabe esta semana. De pé na parte de trás do ônibus entre os beliches, Adam deu as costas para a área de estar. Owen e Kellen tinham roubado o celular de Gabe quando ele tinha adormecido na poltrona reclinável, e estavam enviando mensagens de texto para uma gata com quem ele havia ficado na noite anterior. Adam não tinha ideia de como Gabe conseguia dormir com a quantidade de risos abafados acontecendo a seu redor. Talvez batucar tanto a bateria tenha danificado permanentemente sua audição. - Digita agora: vou te mostrar o meu, se você me mostrar a sua, - Owen disse enquanto Kelly digitava suas palavras. - Envia isso, cara. - Mais risos. Adam estava feliz que eles estivessem ocupados torturando Gabe,
  • 6. enquanto tentava esconder sua fraqueza atual. - Olá, - Madison respondeu em seu ouvido. Tinha passado muito tempo desde que tinha a visto pela última vez. Só o som de sua voz bastava para deixar seu jeans apertado. - Hey, baby, - Disse em voz baixa. - Não posso esperar pra te ver depois do show, - Ela disse. - É por isso que estou ligando. - Oh! A decepção na voz dela fez seu coração se contorcer. Caramba, essa mulher podia reduzí-lo a mingau com uma única sílaba. Considerou provocá-la e fazê-la pensar que não poderiam ver um ao outro naquela noite, mas se fosse o contrário e ela estivesse desmarcando um dos seus extremamente raros encontros, estaria devastado. - Devemos chegar em Dallas por volta das cinco. - Adam olhou para o beliche onde Shade estava descansando. O intrometido vocalista do Sole Regret provavelmente estava dormindo, mas com a cortina fechada, não havia garantia de que a conversa de Adam não seria ouvida. Fez questão de manter a voz baixa quando perguntou:
  • 7. - Você quer se encontrar comigo pra jantar antes do show? - Sim! Agora não resistiria a provocá-la. - Não? Por que não? - Sim, Adam. Eu disse sim. Sim! Adam sorriu. - Sim? - S.I.M. Onde? Que horas? - O fato dela estar tão animada rasgou o rosto de Adam com um sorriso verdadeiramente embaraçoso. Graças a Deus ninguém estava prestando atenção. Se alguém o visse sorrindo como o vencedor de uma bolada na loteria, seu show iria pelos ares. - Italiano. Cinco e meia. Me encontre lá dentro. - Não teve que dizer a ela qual restaurante. Há quase um ano, vinha encontrando Madison nesse lugar devido ao ônibus do Sole Regret ter se tornado conhecido em Dallas. Era seu lugar favorito pois servia fantásticos breadsticks * e tinha um banheiro com portas estilo casa de família, com uma trava resistente. A penteadeira alta da altura dos quadris tinha vindo a calhar em mais de uma
  • 8. ocasião para uma rapidinha entre o corpo insaciável de Madison e o seu. - Hey, Adam! - Owen chamou de seu lugar no sofá. - Com quem você está falando? Com sua namorada? Adam se encolheu. - Nenhuma seria estúpida o suficiente pra namorar um mulherengo como ele, - Kellen disse. Adam fez uma careta para a parede e cobriu o celular com a mão, esperando que Madison não tivesse escutado o que falaram. - Tenho que ir, - Disse. - Mal posso esperar pra te ver. - Madison? - Não estava pronto para desligar ainda. - Sim? - Você vai fazer cookies? * Breadsticks são pãezinhos amassados cortados em formato de palito.
  • 9. Ela riu suavemente. - Não tem nem que perguntar, Adam. Eu já fiz. Seus cookies crocantes de gengibre eram deliciosos de morrer, mas principalmente adorava a ideia de vê-la fazendo-os para ele - especialmente imaginá-la em um avental branco com babados, botas pretas de cowboy e mais nada. Seus redondos seios macios estariam totalmente expostos. Quando fosse virar e se inclinar para colocar os bolinhos no forno, teria uma clara visão de sua espetacular bunda e muito mais. O laço branco no centro das costas imploraria para ser desatado e revelar o tesouro escondido na frente do avental em sua fantasia. Ou talvez se suplicasse muito, ela levantasse o tecido e exibiria seus segredos para ele. Misericórdia. Perdido na fantasia, a calça jeans de Adam apertou-se na virilha quando ganhou um tamanho adicional. - Você ainda está aí? - Perguntou ela. Ele voltou a realidade desinteressante. - Sim. Hum, Madison? - Sim?
  • 10. - Você usaria um vestido para mim? - Sabia que ela não concordaria em não usar nada em público, nem mesmo um avental, mas um vestido pelo menos lhe daria uma visão de suas pernas espetaculares. - Com uma saia curta. - Tudo bem, - Ela disse sem fôlego. Minha nossa, já estava imaginando a saia enrolada em torno da cintura dela e a calcinha afastada com a mão. - Até mais tarde. - Desligou e, longe de ser tão confiante como Gabe, enfiou o celular no fundo do bolso onde seus companheiros brincalhões não poderiam encontrá-lo. Adam ajustou seu pau excessivamente ansioso para não parecer que estava com a barraca armada, pegou uma Mountain Dew * da geladeira e desabou na poltrona na frente de Owen e Kellen. Tentou malditamente não sorrir como um merdinha, mas isso foi um desafio com os pensamentos passando em sua cabeça voltados para Madison. * Mountain Dew ou “Orvalho da Montanha” é um refrigerante, de característica cor verde-limão (diferenciado de outras bebidas), fabricada pela Pepsi nos EUA.
  • 11. Gabe ainda estava apagado na poltrona ao lado de Adam. Seu baterista devia ter tido uma baita transa com a contadora gata na noite anterior. Ainda na posse de Kellen, o celular de Gabe soou para alertar de uma nova mensagem de texto. - O que ela disse? - Owen perguntou ansiosamente. - Mostrar-lhe o quê? - Kellen leu na tela. - Peitos, - Owen soltou bruscamente. Kellen revirou os olhos. - Gabe não os chamaria de peitos. - Curvas femininas. Kellen balançou a cabeça. - Tetas, - Adam sugeriu. Kellen mandou uma mensagem de resposta. - Seios? - Owen leu sobre o ombro de Kellen. - Que tipo de cara os
  • 12. chama disso? - Gabe. Ao som de seu nome, Gabe esfregou o nariz com as costas da mão e inalou profundamente. Seus olhos se abriram numa fresta. Ele sorriu confiante para Adam e caiu imediatamente de volta no sono. O telefone tocou novamente. - Ela enviou uma foto? - Owen perguntou num sussurro. - Não, - Kellen disse, - Ela diz, Você primeiro. Me mostre seu mamilo e vou lhe mostrar o meu. Ver seu piercing deixa meus mamilos tão duros.- Kellen leu o texto num hesitante tom monótono, como se verbalizá-lo fosse fazê-lo acontecer. - Whoa, - Owen disse, - E ela parecia tão doce. Adam sabia exatamente quão safadas essas criaturas de aparência doce podiam ser. - Ei, Tex, - Chamou para o motorista. - Quanto tempo falta até chegar a Dallas? E até Madison.
  • 13. - Algumas horas, - Tex falou da frente do ônibus. - Ansioso pra ver sua namorada? - Owen perguntou com um sorriso perspicaz. - Não é minha namorada, - Disse. - Apenas uma gostosa com quem gosto de transar. - Sabia que eles o deixariam em paz, se achassem que Madison não significava nada para ele. - Como podemos conseguir uma foto do mamilo de Gabe? - Perguntou Kellen. - Olhando o peito de Gabe de forma avaliadora, inclinou a cabeça para a esquerda e para a direita, com as duas mãos formando a moldura do quadro da inspiração de sua obra-prima, Cara com uma argola presa no mamilo. - Você o segura, - Owen disse, - Eu vou tirar a foto. Kellen balançou a cabeça. Adam bebeu seu refrigerante e esperou Kellen e Owen realizarem essa proeza com Gabe. Realmente mal conseguia esperar para ver a vingança dele. - Bem, - Owen disse. - Vou pular em cima dele, você tira a foto e envia antes que ele saiba o que está acontecendo.
  • 14. - Talvez devêssemos primeiro lhe dar um tranquilizante, - Kellen disse. - Ele bate forte pra caralho. A mão de Gabe cobriu inesperadamente sua barriga. Seus olhos se abriram. - Onde está meu celular? - Perguntou, a voz grossa de sono. Kellen enfiou-o debaixo da coxa de Owen. - Não faço ideia. O celular tocou com o característico rigntone de Gabe fazendo-o observar debaixo do baixista com-um-olhar-nada-bom. Gabe lhe dirigiu um olhar agressivo. Com um moicano preto e vermelho. Tatuagens tribais de dragão no couro cabeludo. Tinha um comprido corpo rijo de baterista - todo formado por músculos e tendões que acondicionavam um soco mortal. No entanto todos sabiam muito bem que Gabe não intimidava por sua aparência. Seus punhos, por outro lado... - O que você está fazendo com o meu celular, seu comedor de bunda? Owen, com seu olhar mais inocente em seus grandes olhos azuis, pegou
  • 15. o celular debaixo da perna e olhou para a tela. - Ah sim, agora esses são uns peitos bonitos. Poderia lambê-los por horas. - Acho que ela não precisou realmente ver o piercing de Gabe para deixar seus mamilos duros, - Kellen disse enquanto olhava a tela por cima do ombro de Owen. - Melanie? - Os olhos de Gabe se estreitaram perigosamente. - Oh sim, - Owen disse. - Definitivamente adoraria apertar esses peitos bonitos em volta do meu pau e colocar no pescoço da querida de Gabe um belo colar branco. O rosto de Gabe ficou tão vermelho quanto as pontas de seu moicano. - Não deveria ter dito isso, Owen, - Adam disse com uma risada. Gabe se lançou da poltrona e em cima de Owen. Kellen teve o bom senso de sair do caminho. - Oh Melanie, - Owen instigou Gabe. - Sim, querida, lamba a cabeça do meu pau, enquanto fodo seus peitos roliços.
  • 16. - Vou fazer você pagar! - Com certeza, vou pagar por isso, - Owen disse, rindo através dos golpes fortes de Gabe. - Tenho cinco dólares aqui, baby. - Agarrou a virilha sugestivamente. Adam pegou o celular de Gabe, que tinha pousado no chão perto de seus pés. Qual a melhor maneira de manter seu próprio interesse romântico longe do radar do que se juntar aos outros para aborrecer Gabe? A foto dos seios de Melanie insinuavam uma beleza incomum, mas Adam tinha certeza que a foto embaçada não fazia-lhes justiça. Ainda assim, assobiou longa e fortemente. - Bonitos. Talvez ela vá nos mostrar algo mais. - Adam provocou com a resposta para que pudesse aumentar o sofrimento de Gabe. - São tão bonitos como me lembro da noite passada, - Adam disse para ele enquanto digitava uma nova mensagem, - Mas você sabe o que realmente quero ver. - Pressionou enviar e entregou o celular para Kellen, que agora estava em pé entre o baterista e o baixista. - Mostre o que está na sua calcinha, - Kellen disse enquanto digitava. - E me envie. Essa distração efetivamente chamou a atenção de Gabe. Ele abandonou
  • 17. Owen, que estava imobilizado no chão fosse pela dor ou pelo hilário da situação. Apertava uma das mãos nas costelas e a outra no estômago arfando por ar entre as risadas. Gabe ficou de pé e agarrou Kellen pela nuca. Kellen que tinha um quarto de sangue Comanche levava sua herança muito a sério. Além de sempre manter seus cabelos negros longos e lisos bem cuidados, também tinha uma vingança pessoal contra o uso de camisetas. Sua tradição indígena o fez conseguir ter um bom controle sobre si em uma provocação. - Mê dá meu celular, Kellen. Kellen entregou-o calmamente. - Você deveria estar nos agradecendo, - disse. - Agora tem material para tocar uma punheta como ajuda na sua tentativa de monogamia de longa distância. - Ele nunca vai fazer durar, - Owen disse, ainda deitado no chão, ofegando por ar. O telefone de Gabe tocou novamente, e ele olhou a tela. Seus olhos se arregalaram para seja qual for a foto que Melanie lhe tinha enviado. - Doce Jesus, - Ele praguejou através de sua respiração.
  • 18. - Me deixa ver. - Owen se apoiou no sofá para levantar do chão. - Pegue o celular, Kelly. A dupla de amigos encurralou Gabe contra a geladeira. Gabe segurou o celular fora de alcance sobre a cabeça deles. - Saiam de perto. Ninguém vai ver, isso é só meu. Adam se perguntou se Madison seria capaz de lhe enviar uma foto sexy. Adoraria ter algo para se lembrar dela nas longas noites solitárias na estrada. Talvez ela o deixasse tirar uma foto com seu celular enquanto faziam sexo - um close de sua bela buceta recheada com seu pau. Puxou a braguilha. Caramba, mas esses jeans incrivelmente justos eram desconfortáveis. E eles tinham que estar perto de seu destino agora. - Tex, - Chamou para o motorista, - Quanto tempo até chegarmos a Dallas? - Uma hora e 59 minutos, - Tex gritou. - Mantenha suas calças, garanhão. A buceta dela ainda estará quente quando você chegar lá. - Tex riu tanto que Adam pensou que poderia estourar um vaso sanguíneo no seu grosso pescoço corado. Olhou para o fundo do ônibus para ver se estava prestes a se tornar o
  • 19. novo alvo de chacotas da banda. Felizmente, Kellen e Owen estavam ocupados demais tentando tirar o celular do aperto mortal de Gabe, para ter percebido o ataque de Tex. Apoiou os cotovelos sobre os joelhos e tomou outro gole da lata. A estrada entre Tulsa e Dallas tinha que ser a mais longa que existia. Capítulo 2 Madison tentou sufocar suas animadas palpitações, cobrindo a barriga com as duas mãos e tomando várias respirações profundas. As tentativas de acalmar seus nervos agitados não adiantaram. Entre as borboletas no estômago e o sorriso perpétuo no rosto, estava tonta com a expectativa. Tinham passado semanas desde que vira Adam pela última vez, onde não fora capaz de pensar em nada durante dias, que não fosse estar nos braços dele, em sua cama e, esperava, um dia, em seu coração. Estaria se encontrando com Adam para jantar em meia hora. Os segundos passavam tão lentamente que se perguntou se as pilhas do grande
  • 20. relógio na parede de madeira tinham acabado. Embora soubesse que seu namoro com Adam não era exclusivo - quando um mundialmente famoso guitarrista de rock já tinha se comprometido num relacionamento? - Nunca se sentia viva, a menos que ele estivesse por perto. Adam abriu seus olhos, sua mente, seu coração e, sim, outras coisas dela, a tudo que o mundo tem de maravilhoso. Apenas a perspectiva de vê-lo a inundava com admiração, antecipação, alegria e, sim, um arquejo de desejo. - Não tenho certeza do que você está rindo, Madi, - disse sua irmã gêmea. Kennedy chegou por trás e colocou as mãos em seus ombros pegando seu olhar numa combinação de dois pares de olhos azuis pelo espelho da cômoda antiga. - Tudo que ele faz é te machucar. Madison fez uma careta. Estar com Adam era a maior alegria de sua vida já satisfatória. Kennedy simplesmente não entendia. - Ele só me machuca quando vai embora. - E é isso o que ele faz de melhor. Ir embora. - Ele tem que fazê-lo, - Madison disse. - O Sole Regret ainda está em turnê.
  • 21. - Madi... - O lábio de Kennedy se projetou num beicinho infeliz. - Não faça isso comigo, Kennedy. Você sabe que eu o amo. Não há nada que possa fazer sobre isso. - Que tal não sair correndo toda vez que ele liga? Que tal lhe dizer que se não se comprometer com você, então vai terminar com ele? Que tal lembrar como ele era quando você o conheceu? Como poderia esquecer? - Ele está limpo agora. - Você de todas as pessoas deveria perceber o quão improvável é pra ele ficar desse jeito. Como conselheira licenciada no tratamento da dependência química, Madison estava bem ciente de como era comum para um viciado voltar a cair no mundo do abuso de drogas, mas nunca desistiu de nenhum de seus clientes - até mesmo o mais desesperado dos casos - e Adam não foi nenhuma exceção. Faria qualquer coisa para impedí-lo de cair no abismo do inferno sombrio em que o encontrou. - Agora ele está limpo, - Repetiu.
  • 22. Os braços de Kennedy escorregaram para a cintura de Madison, e ela deixou a cabeça cair de encontro ao ombro da irmã. - Quanto tempo ele vai ficar na cidade desta vez? O coração dela apertou no peito, sabendo como se sentiria triste quando tivesse que dizer adeus para ele de manhã. - Apenas uma noite. Nós estamos indo jantar antes do show e, então, depois ele prometeu passar um tempo sozinho comigo. Amanhã eles voltam pra Austin. Os braços de Kennedy se apertaram em torno dela. - Acho que vou ver você amanhã, então. Vamos montar este fim de semana. Isso deve animá-la um pouco. - Ela bufou. - E talvez papai largue do nosso pé sobre o quanto os cavalos precisam de exercício. Madison realmente devia visitar os pais com mais frequência. Eles moravam apenas a alguns quilômetros de distância na metade sul da fazenda que o pai tinha herdado dos avós de Madison. Seu pai havia presenteado as filhas com a antiga casa de fazenda onde tinha crescido para construir uma nova num lugar um pouco mais abaixo na estrada com grandes estábulos para os cavalos da raça Quarter Horse. Como viajar diariamente à Dallas para trabalhar deixava a vida agitada, Madison não
  • 23. tinha muito tempo para os passatempos que amava. Mesmo que ela e Kennedy vivessem na mesma casa, ambas estavam tão ocupadas com suas carreiras que raramente passavam um tempo juntas. Assim elas perderam suas longas e empoeiradas cavalgadas pelo campo. - Gostaria disso, - Madison disse. Virou-se para dar um abraço adequado na irmã. Sabia que Kennedy só queria que encontrasse um amor verdadeiro e duradouro. E Madison tinha encontrado alguém para amar. Infelizmente, Adam não era o tipo de homem que poderia ser amarrado - nem mesmo por uma ex-rainha do rodeio. O piso de madeira rangeu sob as botas quando Madison se afastou de Kennedy e verificou a aparência uma última vez. Arrancou um fiapo do vestido, alisou uma ruga e puxou a bainha da curta saia para se certificar de que tudo estava escondido. Normalmente não usava pequenos vestidos pretos sexy que mal cobriam sua bunda. Sentiu-se seminua nele. E safada. Do jeito que gostava de se sentir quando estava com Adam. Da maneira como nenhum outro homem jamais a fizera se sentir. - Você está linda, - Kennedy disse. - Sempre foi a mais bonita. Madison riu. Elas pareciam idênticas em todos os sentidos, exceto por uma pequena verruga no canto do olho esquerdo de Madison.
  • 24. - E você sempre foi a mais inteligente, Dra. Fairbanks. Kennedy tinha acabado de ganhar seu MD em psiquiatria. Ainda tinha anos de residência para concluir, mas Madison não poderia estar mais orgulhosa de sua irmã sete minutos mais nova. Era quase como se as realizações de Kennedy fossem as suas próprias. Elas compartilhavam mais do que parecia. Madison entendia porque Kennedy se opunha a ela ver Adam. Se fosse ela a largar tudo para passar uma única noite com um homem, Madison também teria tentado fazê-la ver a razão. Mas entender o conselho de Kennedy e seguí-lo eram duas coisas diferentes. - Isso é óbvio, - Kennedy disse. - Sou muito inteligente pra deixar um rockstar egoísta me levar pelo nariz. - Ele não me leva pelo nariz. - Madison fez uma careta para Kennedy, mas os pensamentos de volta em Adam logo a fizeram sorrir. - Seu poder sobre mim está um pouco mais para o sul. Se você já tivesse feito sexo com esse homem, iria entender. - Sempre poderia fingir ser você e descobrir o que estou perdendo. - Kennedy piscou para ela. Madison sentiu o sangue fugir do rosto, deixando-a um pouco tonta. Era ruim o suficiente que Adam, sem dúvida, dormisse com outras mulheres sem nome enquanto estava em turnê, mas se transasse sua
  • 25. própria irmã, ficaria devastada. - Você sabe que eu nunca faria isso com você, - Kennedy disse, seu sorriso de provocação desaparecendo. - Você sabe disso, né? - Bateu no braço dela com a mão. - Madison? Madison assentiu. - Agora, se o bonito baixista da banda quisesse me apresentar a sua psique, eu não recusaria. - Owen? - O lindo com um piercing no pau? - Kennedy sorriu e remexeu as sobrancelhas. O rosto de Madison inflamou. Não tinha certeza de por que compartilhou esse pedacinho de informação privilegiada com Kennedy. Tinha ficado tão chocada com a ideia que teve que dizer a alguém. - Isso é o que ouvi. - Tem certeza que não o viu? Você está vermelha como uma doida. Madison sacudiu a cabeça com veemência. Ouvira Adam brincando
  • 26. com Owen sobre isso, mas era tudo. Ficou com a curiosidade acusada, por isso fez um pesquisa na Internet para ver como era um pênis perfurado e descobriu que havia mais do que uma maneira de perfurar um pau. Uma vez que conseguiu tirar o queixo do chão e empurrar os olhos de volta para as órbitas, contou para Kennedy sobre Owen, que ele tinha, hum, um pau modificado. Sua irmã ficou um pouco obcecada com isso. - Poderia apresentá-la a ele. Se você quisesse. - Talvez, - Disse Kennedy. - Gostaria de saber o que leva um homem a fazer algo assim com o próprio corpo. Melanie gargalhou. Deveria ter sabido que Kennedy estaria mais interessada no estado mental de Owen do que em seus atributos físicos. Virou a cabeça para conferir as horas. O maldito relógio tinha marcado as horas avançando num ritmo lento durante todo o dia, agora inexplicavelmente tinham passado rápidos 15 minutos desde a última vez que olhou. Seu estômago se contraiu. - Tenho que sair. Vou chegar atrasada. Kennedy cruzou os braços sobre o peito e bateu os dedos contra seu antebraço.
  • 27. - Talvez você devesse deixar ele esperando dessa vez. Talvez. Mas a ideia de passar mais um momento longe dele fez seus olhos arderem com lágrimas não derramadas. Oh Deus, estou sendo tão ruim para ele. Sabia que era uma tola. O que poderia vir de um caso de amor unilateral com um rockstar? - Da próxima vez. - Correu para o corredor, que era decorado com fotos da família em molduras que não combinavam. Por força do hábito, beijou a ponta dos dedos e os apertou na foto da avó passando pela sala de jantar. Ainda sentia a presença da mal-humorada avó na antiga casa, era por isso que hesitava em ir morar na cidade. - Tchau, vovó. Não espere acordada. Na pequena cozinha arrumada, Madison pegou a bolsa e o pote contendo os biscoitos de gengibre que passou horas assando naquela manhã, antes de sair correndo pela porta dos fundos. - Me ligue se precisar de alguma coisa, - Kennedy gritou atrás dela. - Eu vou. Te amo! - Tinha certeza que Adam teria tudo de que poderia precisar batendo em seu peito musculoso. Não tinha esperanças de conseguir o que realmente queria dele, se contentar com o que ele mantinha nas calças não era uma grande dificuldade.
  • 28. Capítulo 3 Havia poucas coisas que faziam o coração de Adam retumbar como uma bateria num show de metal: a primeira era a alegria da multidão quando aparecia no palco, depois era assistir Madison Fairbanks entrar em um lugar, chamando atenção de qualquer criatura, parecendo ansiosa e perdida na entrada do restaurante, provocando o soar das sirenes de tornado no meio da noite, procurando por ele. Madison ainda não o tinha visto, o que lhe deu um momento para admirar sua inocente beleza. Usava um vestidinho preto que agarrava suas leves curvas e tinha um amplo decote que mostrava a pele bronzeada da garganta e do colo. As clavículas estavam visíveis. Ele tinha um coisa com clavículas. Será que tinha dito isso a ela? Devia ter, porque ela nunca o decepcionava. Sorriu ao vê-la vestindo suas sensuais botas pretas de cowboy. As partes íntimas dele se apertaram com boas lembranças dessas pernas ao redor dele e aquelas botas de montaria enroscadas em suas pernas. Mesmo sendo gastas e não combinando exatamente com o vestido elegante, eram perfeitas em Madison. O cabelo loiro escuro de Madison estava puxado por um grampo preto em sua nuca. Não podia esperar para soltar os fios sedosos e correr os dedos através deles. Provar seus doces lábios, sua pele, seu mel. Sentir seu perfume delicado, seu shampoo de frutas, a evidência almíscarada de sua excitação escorrendo de seu sexo. Os braços e pernas em volta dele, o
  • 29. toque tímido das mãos, as unhas se cravando nas suas costas e seu corpo nu debatendo-se contra o seu no orgasmo. Porra, tinha sentido falta dela. Adam tamborilou com os dedos na superfície da mesa, como se jogasse triple em seu relevo e esperou que sua namorada gostosa o avistasse. Um grupo que parecia estar indo assistir ao show - vestindo camisetas do Sole Regret com uma aura de antecipação - tinha entrado poucos minutos antes dela, e ele não quis chamar atenção para si. Estava contente por ter pedido a mesa no canto de trás. Tinha uma boa visão da entrada, mas as divisórias de vidro manchado na parte superior de cada reservado ofereciam bastante privacidade com os painéis que os envolviam. E a decoração também tornava difícil para Madison encontrá-lo. Aparentemente, ela não conseguia ouvir seu mantra telepático aqui, olhe aqui. Foda-se. Não podia esperar mais. Assim que abriu a boca para chamá- la, Madison disse algo para a hostress, que acenou com a cabeça em sua direção. Ela virou-se e deu um passo em sua direção. Seu coração pulou uma batida quando seu olhar localizou o dele, os olhos muito azuis brilharam e um sorriso acolhedor espalhou-se por seu rosto adorável. De todas as pessoas que conhecia, ela era a única que olhava para ele assim. A única. Abertamente mostrou-se como estava feliz em vê-lo, não porque era o guitarrista principal do Sole Regret, não porque ela poderia ganhar notoriedade ou presentes caros por associar-se com um rockstar, mas porque realmente gostava dele por quem ele era. Gostava do seu
  • 30. interior. Isso era totalmente desconcertante. Adam não tinha ideia do que ela vira nele. Quando se conheceram, estava no fundo do poço. Se recuperava no hospital de uma overdose quase fatal, parecia que estava no inferno. Se sentiu como um merda. Estava tão chateado com o mundo e todos nele que agiu como um completo idiota. Madison tinha falado com ele por horas, nunca criticando, nunca dando em cima dele, só conversando. E, mais importante, escutou. Não porque fazia parte de seu trabalho, mas como se não desse a mínima. Sobre ele, sobre seus problemas. Sua dor e raiva. Ela não banalizou nada disso. Ela era a única razão pela qual ainda tentava ficar limpo. O pensamento de desapontá-la rasgava-lhe por dentro. Segurando um recipiente plástico que esperava serem cookies, Madison apressou-se a sua mesa, suas botas sensuais estalando por todo o chão de ladrilhos. Caramba, ela arrebentava com essas botas. Suas longas pernas eram bem musculosas de anos de equitação. Vê-las fez com que a quisesse em seu colo. Montando-o. O sangue de Adam ferveu e inundou sua virilha. - Oh Deus, - Disse ela. - Estou trasada? Espero que não tenha esperado muito tempo. - Você chegou na hora certa, - Disse. - Cheguei cedo.
  • 31. Praticamente tinha pulado do ônibus e corrido até a limusine, mas ela não precisava saber disso. Ela achava que ele era legal. Madison se inclinou em direção a ele para oferecer um beijo, que aceitou de bom grado. Mmm. Ela era tão doce e pura. E tão facilmente corruptível. Moveu a mão para a parte de trás de sua cabeça enquanto persuadia os lábios dela para se entreabrirem com os seus, buscando o beijo profundo e íntimo que desejava. Sua língua roçou a dela, saboreando o sabor mentolado de sua boca. Ela produziu um gemido de saudade. Porra, ela era sensual. E tão inconsciente de sua sensualidade. Queria sair despertando isso nela de novo e de novo. Descobrir o que achava agradável - o que normalmente surpreendia os dois. Não demorou muito em revelar o lado safado dela e fazê-la buscar novas experiências. Adam deixou-se acreditar que ela mostrara seu lado escondido somente a ele, porque senão se sentiria obrigado a quebrar a cara dos outros, então suas bolas. E seus rostos novamente. - Senti falta de você, - Ela sussurrou quando ele se afastou. Seu coração aqueceu, e ele sorriu. Conhecia esse sentimento. - Você sentiu? Ela assentiu com a cabeça e segurou seu queixo, esfregando o polegar em sua bochecha, como se acarinhasse-o. Ela era a única pessoa que
  • 32. sempre o fazia se sentir valorizado. A única. Ela sustentou seu olhar quando perguntou, - Você tem cuidado de si? Sabia o que ela realmente estava pedindo. Você está limpo e sóbrio? - Na maior parte das vezes. Ela nivelou seus olhos nos dele com um olhar avaliador, e ele quis rastejar debaixo da mesa. - Você deveria me ligar quando começam esses impulsos, - Disse. Ele preferia ligar quando tinha diferentes impulsos. Ela tinha que estar doente de ouvir seus problemas. Madison colocou o recipiente na mesa, deslizou para dentro do reservado na frente dele e pegou ambas suas mãos nas dela. Ela era a pessoa mais carinhosa que já conhecera. Não entendia como lidava com isso sendo conselheira de abuso de substâncias. Tinha visto mais de um de seus clientes morrer de overdose. Tinham gritado com ela, amaldiçoado-a e até mesmo algumas vezes a golpeado. Alguns recusaram sua ajuda. Outros se aproveitaram de sua bondade infalível. Madison levou todas essas ocorrências como uma afronta pessoal, mas em vez de deixar-se
  • 33. destruir, usou-as como combustível. Sua força surpreendeu-o. - Fale, - Ela insistiu, prendendo seu olhar com o dela. Desviou os olhos para se concentrar nas mãos dela, que estavam segurando as suas de forma confiante, e abriu a boca para mentir. - Não tomei nada desde a última vez que te vi. Considerando que a última vez foi quando ela entrou no restaurante, isso era verdade. - De verdade? - Ela parecia tão feliz e orgulhosa que não conseguiu olhar nos olhos dela. Curtiu ficar de boa com um baseado no backstage na noite anterior - nada grave. Tecnicamente, nem sequer tinha ficado alto e tinha sido seu primeiro deslize nas últimas semanas. Então, porque se sentia como o maior perdedor do planeta? Porque tinha se deixado colocar para baixo. Voltando atrás na sua promessa de permanecer limpo. Não importava que tivesse sido forte quando o pai resplandeceu em sua vida há alguns meses como uma perturbação mental cintilante. Não tinha sido forte quando Rico produziu um baseado na última noite e tinha-o bajulado a fumar. Madison tinha feito
  • 34. tanto por ele - ainda fazia - e a única coisa que já pediu foi que ligasse se os desejos levassem a melhor sobre ele, para que pudessem falar sobre suas escolhas. Ainda não tinha sido capaz de manter essa promessa. Ela apertou sua mão. -Me diga a verdade, Adam. Não sabia qual era a sensação de se envergonhar, antes que tivesse conhecido Madison. Nem que era um sentimento para particularmente se preocupar. A culpa agarrou sua barriga como que para obrigá-lo a olhar para ela para que acreditasse nele. A última coisa que queria era que seus problemas se intrometessem em sua noite juntos. - Não há nada pra contar. Os olhos dela procuraram os dele - ela podia ver a mentira inofensiva por trás de seu olhar? - mas manteve-se firme e, eventualmente, a tensão foi drenada de seus ombros. Ela deu outro aperto em suas mãos. - Me preocupo com você, Adam. Por favor, seja bom consigo mesmo. Palavras que o inspiraram e esmagaram no mesmo fôlego. Voltou seu olhar para o teto, desejando que pudesse dizer que se
  • 35. preocupava com ela também, e que estava arrependido de ter decepcionado-a ao fumar dois baseados, mas as palavras ficaram presas na garganta. O que ela viu nele, afinal? Ela não percebia que era um filho da puta? Todos pareciam reconhecer isso. - Não se esqueça de me chamar se você precisar se esforçar. Posso ajudar. Ela já ajudará bastante. Podia lidar com isso daqui em adiante. - Você acabou, Conselheira? Não a convidei para jantar pra encher meu saco à noite toda. - Eu sei, - Ela disse em voz baixa, um rubor delicioso subindo por seu pescoço. - Prefiro que você me encha à noite toda. Um pico de desejo socou seu estômago. Ela sorriu delicadamente e pegou o menu. - Nós deveríamos provavelmente pedir em breve, - Disse ela, - Preciso ficar sozinha com você. O banheiro está livre? Agora ostentando uma ereção pulsante, Adam virou a cabeça para verificar o status de seu banheiro favorito. Mesmo à distância, podia ver
  • 36. que o pequeno cartaz acima da fechadura estava vermelho. Seu coração afundou em decepção. - Ocupado. - Pode me avisar quando ficar livre? - O olhar ardente que lhe deu poderia ter derretido ferro. Madison abriu o cardápio e se escondeu atrás dele para cobrir o sorriso diabólico que ele cobiçava tanto. Deus, amava passar seu tempo com ela. Pensava nela constantemente, mas não conseguia vê-la o suficiente. Desde que se tornaram íntimos, nem sequer tinha dormido com outras mulheres por aí. Nenhuma outra mulher o excitava da forma como Madison fazia ou o fez se sentir tão especial. Mas nunca poderia dizer isso a ela. Não precisava da dor de cabeça de um namoro permanente. Ou até mesmo de um relação semi-permanente. Assim desfrutava sempre que podia e fingia que não sentia falta dela como um louco quando estava na estrada. - Esses são para mim? - Perguntou. Acenou para o recipiente parado na ponta da mesa. Quase podia sentir o aroma das deliciosas guloseimas que esperava estivessem lá dentro. - Isso depende, - Ela disse. - Você vai se comportar hoje à noite? Ele levantou uma sobrancelha e ela riu.
  • 37. - Sim, são pra você, - Ela disse. Ele abriu o recipiente e inalou a aroma celestial de gengibre e açúcar mascavo. - Os caras vão morrer de inveja quando eu comer isso na frente deles. - Você pode dividir, - Madison disse, observando-o por cima do menu. - Há duas dúzias de cookies aí. - Sou muito egoísta pra dividir. Estes são meus. - Incapaz de resistir à tentação, Adam selecionou um cookie e fechou a tampa. Deu uma mordida e a mistura de melaço e especiarias derreteu na língua fazendo seus olhos rolarem para atrás na cabeça. - Oh Deus, Madison, você é tão boa para mim. Ela sorriu. - Sei como você pode me agradecer adequadamente. Banheiro? Ele verificou a porta. - Ainda ocupado. Um atendente de aparência atormentada colocou dois copos de água
  • 38. sobre a mesa. - Meu nome é James. Serei seu atendente esta noite. Vocês estão prontos para pedir? - Perguntou. Adam pegou o menu. - Vamos pedir algo rápido, - Disse à Madison. - Tenho uma passagem de som às seis e meia. - E o que você tem a fazer depois da passagem de som? - Ela perguntou. - Ficar com você. Capítulo 4 Madison tentou não olhar fixamente como Adam cortava seu panini, mas queria registrar na memória tudo sobre ele, assim quando ele estivesse na estrada poderia torturar-se imaginando o que estaria fazendo, com quem estaria fazendo.
  • 39. Seu cabelo grosso preto era cortado num estilo desgrenhado que emoldurava suas características masculinas e roçava a testa. O nariz era um pouco grande, o lábio inferior um pouco grosso, o queixo muito duro para ser considerado um modelo perfeito, mas lhe tirava o fôlego. Espessos cílios escuros emolduravam olhos cinza aço. Eram facilmente os olhos mais lindos em que já tinha se perdido, mas tinham a tendência de brilhar, como se estivessem procurando um motivo para tornarem-se furiosos. Se perguntou quantas pessoas tinham profundidade suficiente para enxergarem o passado de raiva dele. Ela não levou muito tempo para encontrar o lado bom nele. Aqueles olhos tempestuosos lindos sempre eram gentis quando olhavam para ela. Uma única covinha brincava no canto da boca, que só se manifestava quando ele abria um largo sorriso. Porque ele não distribuía sorrisos de forma regular, só os tinha visto algumas vezes. A infância de Adam tinha sido um completo desastre. Só a música o tinha impedido de desmoronar. Ele usava drogas porque tinha aprendido o exemplo com o pai, e os narcóticos se tornaram uma muleta para lidar com toda essa perturbação. Ela sabia de tudo isso porque finalmente tinha conseguido fazê-lo falar, e dizer tudo o que manteve guardado dentro de si por anos. Ele confiou a ela seus segredos. E não levaria essa confiança levianamente. Não podia negar que a vulnerabilidade de Adam, que escondia tão cuidadosamente atrás de seu exterior durão, era seu vício número um. Ele não deixava ninguém ver isso, mas ela conseguia
  • 40. enxergar seus pontos fracos. Sim, tinha um fraco pelo cara. Seus dedos coçaram para traçar as tatuagens no antebraço dele, para acariciar seus dedos talentosos, a confusão de correntes em torno de seu pescoço, puxá-lo para mais perto, para que pudesse beijá-lo com o desespero enlouquecedor que sentia cada vez que olhava para ele. Olhou por cima do ombro para o banheiro do outro lado. Precisava ficar sozinha com Adam - presa nele de uma forma que não poderia fazer em público. Quando estava prestes a informá-lo de que enfim o banheiro estava livre, alguém entrou e fechou a porta, trocando a fechadura para ocupado. Maldição. Com um suspiro, Madison voltou sua atenção para a mesa. Adam pegava pedaços de frango que tinha tirado de seu panini e enfiava-os na boca com os dedos. Até seus modos brutos a mesa a faziam sorrir. Um homem aprendia boas maneiras com a mãe. Se não soubesse que a mãe dele tinha fugido e deixado-o com um pai viciado em drogas quando tinha sete anos, teria imaginado que a mulher não tinha sido grande coisa em sua vida. Mas Madison queria estar na vida dele. Vê-lo esta noite firmou os sentimentos que esteve analisando por semanas. Não sentia simplesmente desejo ou afeição por Adam. Ela o amava. Sem dúvida. Mas será que ele seria capaz de amá-la?
  • 41. Ele parecia não saber que isso a estava comendo viva. Tirou sua atenção dos traços fantásticos de Adam e olhou para o prato revirando sua salada. Estava quase certa de que se lhe desse um ultimato, ele iria correr e nunca mais olhar para trás. Perderia-o para sempre. Apenas o pensamento de nunca mais vê-lo novamente abriu um abismo de profundo vazio no centro do seu peito. Antes que se tornassem íntimos - quando ele ainda estava em tratamento - perguntou como ele mantinha relações românticas enquanto estava na estrada. Ele respondeu que não precisava e nem queria um relacionamento. Estava satisfeito com o sexo. Namoros eram coisas complicadas e impossíveis de se manter. Impossível. Madison tentou se convencer de que era especial para ele. Que um namoro era possível. Talvez ele só precisasse de um tempo para perceber que só queria ela e que valia a pena as complicações. Poderia dar-lhe tempo. Poderia ser paciente com ele. Contanto que o tivesse quando estivesse em Dallas, poderia fazer funcionar. Covarde, acusou uma pequena voz na cabeça. Que sempre soava com Kennedy. Você sabe que vale mais que isso.
  • 42. Nunca tinha pensado que ia acabar em uma situação tão desesperadora. Nunca pensou que iria entregar de bom grado seu coração a alguém que particularmente não o queria. - Tudo bem? - Perguntou Adam. Levantou a vista da salada e assentiu. Apenas o vislumbre da covinha quando ele sorriu a deixou tonta. Ela sorriu abertamente, fazendo suas bochechas doerem. O coração ficou aliviado e pareceu flutuar no peito como um balão de hélio. Não queria desistir desse sentimento. Se tinha um vício, era Adam Taylor. - Você está quieta essa noite, - Ele disse. - No que está pensando tanto? - Ele rasgou um breadstick ao meio e colocou uma porção no prato. Ela hesitou. Conte para ele, Madison. - Sobre nós. Ele endureceu e endireitou-se na cadeira. - O que sobre nós?
  • 43. Ela praticamente podia vê-lo retraindo-se com a menção de compromisso. Recuar Madison. Recuar. Ela encolheu os ombros. - Estava pensando o pouco de sono que vamos ter durante essa noite. - Estou muito excitada. Ele riu. - Você parecia muito séria para alguém que estava pensando em transar. - Quando você está envolvido, levo muito a sério transar. O olhar de Adam fixou-se na garganta dela, e ele molhou os lábios. - Nada, - Disse ele. - O quê? - Isso é o que você pode planejar dormir essa noite. Ela riu. - Coisa boa que não tenho que trabalhar de manhã cedo. Madison deu uma mordida na picante salada Caesar, mastigando os
  • 44. crottons e alface como uma mulher com uma vingança contra o Império Romano. Não era culpa dele que sua relação girasse em torno de sexo. Não quando ela recusou todas as oportunidades que teve de dizer o que realmente queria. Hoje queria esquecer da necessidade de compromisso. Tinha-o aqui e agora. Ficariam o máximo de tempo juntos. E quando ele fosse embora de novo, ansiaria por ele até a próxima vez que pudesse vê- lo. Teve um impulso poderoso de bater a cabeça na mesa várias vezes. - Você vai ter uma pausa da turnê em breve? - Perguntou, esperando que não parecesse tão desesperada quanto se sentia. - Por quê? - Eu poderia tirar uma folga do trabalho e poderíamos passar alguns dias juntos. - Vamos ficar em turnê durante todo o verão, - Ele disse. Seu coração afundou. - Oh. - Mas da próxima vez que estivermos em Austin por alguns dias, vou
  • 45. visitá-la. - Estava pensando que eu poderia ir visitá-lo. Ofereceu-lhe um sorriso brilhante e esperançoso. - Não. Seu coração despencou para a altura dos joelhos agora. - Oh. - Poderíamos fazer uma viagem, - Ele sugeriu. A precaução do homem provocou desconfiança. - Por que você não quer que eu te visite? Evitando o olhar dela por estar olhando fixamente pro cardápio de sobremesas, ele encolheu os ombros. Imaginou uma esposa devotada e três filhos esperando por ele em Austin. - Você está escondendo algo de mim?
  • 46. Ele tirou seu olhar da foto de Tiramisú * do cardápio e sorriu para ela. - Sim, - Bufou. - Meu apartamento. - O que há de errado com ele? Ele encolheu os ombros. - Nada, até onde estou preocupado, mas é decorado com postêrs de gatas nuas. Ela riu. - Sei como é a forma feminina. Por acaso tenho uma. Com um brilho perverso nos olhos, ele lhe deu um olhar demorado. - Eu notei. * Tiramisú é uma sobremesa tipticamente italiana que consiste em camadas de pão-de- ló ou bolachas de champanhe, embebidas em café e vinho, licor de cacau, licor de amêndoa, entremeadas com o cremoso e macio queijo mascarpone, muito usado pela alta gastronomia por “dar liga” aos ingredientes de uma receita. O mascarpone não é nem doce nem salgado e para o tiramisú age como a parte cremosa do doce. Para finalizar a receita deve ser polvilhado com chocolate meio amargo.
  • 47. Como uma perita em ler as pessoas que tentavam esconder coisas dela, não podia ignorar sua hesitação em responder suas perguntas. - É esse realmente o motivo? Você não tem feito asneiras. Ele pegou a bebida e sorveu o refrigerante do copo quase vazio, a atenção voltada para o canudo. Ainda não olhando para ela, disse: - Esse é o verdadeiro motivo. - Você pode tirar as fotos se elas te envergonham. - Elas não me envergonham. Estava mais preocupado com você. Ele se preocupava com ela? Lembrou-se de não analisar cada palavra dele, procurando indicíos de que se importava. - Levei anos acumulando-os, - Ele disse. - Você acumula pornográfia? Suas sobrancelhas se juntaram, e ele balançou a cabeça. - Não é pornográfia, é arte.
  • 48. Imaginou que sua definição de arte e a dela eram tão diferentes como coelhos eram de tubarões-tigre. - Prometo que não vou me constranger, - Disse. - Gostaria de ver onde você mora. Ele enfim cravou seu olhar nela. - Você tem planos de virar paparazzi comigo? - Claro que não, - Disse. - Por que acha isso? Oh Deus, devia estar parecida com uma desesperada garota perseguidora. - Não digo as pessoas onde moro porque gosto de privacidade quando não estou em turnê. Preciso relaxar da loucura desse negócio. Além disso, um tempo sozinho me lembra que sou de fato só mais um grande perdedor cuja única qualidade que resta é apenas a de fazer sair som de seis cordas de aço. - Você é um talento incrível, mas há muito mais pra você do que a música, - Ela disse, pegando sua mão e apertando. - E você não é um perdedor. Mas é um virtuoso. Tem um bom coração, Adam.
  • 49. Ele riu. - Você, de verdade acredita nisso? - Eu acredito. Vejo isso. Ele sustentou seu olhar tempo suficiente para que a atenção fizesse seu batimento cardíaco acelerar. Oh Deus, esses olhos. Queria olhar para eles por eras. - Você está tentando virar minha cabeça, Madison Fairbanks? - Só se isso estiver funcionando. Ele levou a mão aos lábios e beijou-lhe os dedos. - Está funcionando. Você sempre sabe o que dizer. Então porque não disse o que realmente estava em sua mente? Olhou para ele, recolhendo sua coragem. - Acabou de comer? - Perguntou ele. Olhou para o prato quase cheio e depois para o banheiro ainda ocupado. Saia, pessoa.
  • 50. - Está na sua hora de ir? - Madison puxou o celular fora da bolsa e verificou as horas. - Ainda nem são seis horas. Olhou para ele e encontrou-o olhando para ela com olhos famintos. - Pensei que sua passagem de som fosse às seis e meia. - Não acho que vou fazê-la na hora certa. - O AAC * está a poucos minutos daqui, - Ela disse, apontando em direção da arena. - Vou levá-lo, sei as melhores rotas pra evitar o trânsito. - Não é por isso que vou chegar atrasado. Sua expressão estava totalmente em branco. Ilegível. No início das sessões de aconselhamento, ele sempre olhava para o mundo por trás desse muro, mas por que agora? - Tem algo errado? - Ela perguntou. - Apenas uma coisa em que posso pensar. * AAC - American Airlines Center é um estádio localizado próximo a Dallas - Texas (EUA). É a casa do time de beisebol da NBA, Dallas Mavericks e de hóquei no gelo da NHL Dallas Stars.
  • 51. Suas mãos deslizaram para os pulsos, os polegares descansando contra o ponto do pulso. Seu corpo reconheceu seu toque e isso a agradou. Apenas esse pequeno contato deixou suas terminações nervosas vibrando com entusiasmo e seus músculos derretendo em sinal de rendição. - O quê? - Ela perguntou. - Você ainda está em seu vestido. Ela sufocou uma forte gargalhada. Pelo menos uma vez. - Bem, o maldito banheiro parece que vai ficar ocupado à noite toda, e não vou remediar essa situação aqui na mesa. - É por isso que vamos nos atrasar. - Ele levantou a mão para um garçom que passava. - A conta, por favor. Capítulo 5 A banda alugou uma limusine para levá-los e buscá-los do hotel, mas como Adam tinha planejado monopolizar toda ela para si mesmo, os caras
  • 52. teriam que encontrar uma maneira diferente para chegar ao local. - Tem certeza que está tudo bem em deixar meu carro aqui? - Madison perguntou enquanto esperavam a longa limusine preta encostar na entrada em frente ao restaurante. - Se o rebocarem, vou pagar as taxas de apreensão. - Eu poderia simplesmente seguir a limusine até o estádio e … Ele a silenciou com um beijo. Quando se afastou, ela olhou-o com aquela expressão confiante, sensual que fez seu coração disparar e seu pau armar a barraca. - O carro vai ficar bem, Madi, - Sussurrou. Ela olhou para o empoeirado sedan azul pálido uma última vez e, em seguida, entrou no banco de trás da limusine. Adam enfiou na mão do motorista algumas centenas de dólares. - Dê algumas voltas por um tempo. O motorista acenou com a cabeça como se não soubesse por que Adam queria passar um tempo sozinho com a bela mulher esperando na parte de trás da limusine.
  • 53. - Sim, senhor. A que horas gostaria de chegar ao estádio? Estimou quanto tempo teria que estar atrasado para provocar o estouro de um vaso sanguíneo na cabeça de Shade. Provavelmente quinze minutos. - Um pouco antes das sete. - Sim, senhor. Suponho que você não deseja ser incomodado. - Você supõem corretamente, - Adam disse antes de entrar no banco de trás para o ar-condicionado com Madison. Ela estava inspecionado o minibar. Os copos tilintaram quando endireitou sua figura esguia e fechou-o batendo a porta. Ela tinha estado espionando? Suspeitava que estivesse escondendo drogas ou o quê? Ela estava agindo de modo estranho à noite toda. Pressentindo sua culpa, provavelmente adivinhou que tinha mentido sobre não usar nenhuma droga, ou talvez estava desconfiada sobre o motivo por recusar sua visita ao seu apartamento. Esperava que ela não pressionasse o problema. Não tinha certeza de como esconderia o companheiro que recentemente obtivera. Adam tinha prometido a Madison que seu pai estava fora de sua vida para sempre, e não queria que soubesse que não era capaz de enfrentar o homem dizendo-lhe para dar o fora. Ela não precisava saber disso. Madison achava que ele era forte.
  • 54. Adam colocou os cookies no banco e apontou para o minibar. - Gostaria de uma bebida? O motorista fechou a porta e eles foram banhados por uma suave luz do teto do carro. Ela balançou a cabeça, apertando as mãos no colo. - Bom, - Ele disse. - Estou muito impaciente pra te deixar beber de qualquer maneira. Estendeu a mão para ela e puxou-a contra seu corpo esbelto. Sempre ficava preocupado que era muito rude com ela. Sentia que deveria ser gentil, mas ela gostava de uma coisa bruta. Implorava por um tratamento grosseiro. Isso o excitava. Fazia-o louco de desejo. Envolveu a mão ao redor de seu cabelo na nuca e puxou a cabeça dela para trás para que pudesse chupar o pescoço e sua clavícula. - Adam, - Ela sussurrou, - Nós devemos fazer isso aqui? Ele deslizou as alças do vestido de seus ombros, revelando mais pele para banquetear-se. - Com certeza.
  • 55. Não tinha jeito dele fazer um show nessa noite em seu estado atual. Inferno, não iria mesmo fazer a passagem de som. Uma rapidinha na limusine para compensar a oportunidade perdida no banheiro do restaurante não era o ideal, mas não teriam muito tempo antes do show. Compensaria a falta de tempo mais tarde. Adoraria o corpo dela do jeito que deveria ser adorado. Daria-lhe todo o prazer que merecia, porque era a única coisa que tinha para oferecer. Deixou uma trilha de beijos desde a marca de nascença sob o olho esquerdo até a orelha dela. - Você já me deixou pronto pra explodir, - Disse. - Não consigo pensar em nada, a não ser em estar dentro de você. - Vinte e quatro horas por dia. Uma lufada de ar escapou dos lábios sensuais de Madison. - Sim. - Ela passou as mãos por baixo do vestido e deslizou a calcinha pelas coxas. - Tire-a. - Mulher, você me provoca além da razão. - Arrancou as botas pretas de cowboy e puxou a calcinha pelas pernas. Depois que jogou o pedaço de cetim cor de lavanda para o lado, passou as mãos por suas coxas, puxando a saia do vestido até a cintura. A bunda nua descansou contra a borda do assento de couro; As pernas estendidas pelo espaçoso piso.
  • 56. Adam ajoelhou-se entre as coxas dela e observou a visão de pele exposta. Ela estava completamente depilada. Na primeira vez que a tinha comido - em sua mesa de escritório - disse a ela que gostava de uma buceta lisa. Ela tinha ficado mortificada toda vez ele teve que parar para tirar pelos da língua. Na seguinte vez que a viu, ela havia feito depilação a brasileira. Tinha lhe confessado que se depilou antes da consulta, esperando que fosse ao seu escritório. Depois admitiu ter ficado fantasiando durante semanas como fodia com ela, não a tinha decepcionado. O escritório ficou um desastre completo depois deles terem trepado em todas as superfícies disponíveis. Um ano e abundantes fodas depois, ela ainda fazia seu sangue ferver. Olhou para as dobras femininas por um longo momento, a boca enchendo de água com antecipação. Tão doce. Tão pura. Só sua. Gravou a visão na memória, sabendo que teria muita inspiração na próxima vez que sentasse com o bloco de desenho e lápis de carvão. Gostava de desenhar o corpo dela de memória. Inesperadamente, as mãos de Madison deslocaram-se para cobrir a buceta, bloqueando a gloriosa visão de seu sexo. Tal beleza deveria ser celebrada, não escondida. Olhou para cima e encontrou-a corada, com o olhar fixo acima da cabeça dele. - Não olhe pra mim desse jeito, - Ela sussurrou. - É embaraçoso.
  • 57. - Por que é embaraçoso? É lindo. A coisa mais linda que Deus já criou. Tirou as mãos dela e manteve os joelhos afastados. Ela quase não resistiu. Com a atenção dele, sua buceta ficou mais vermelha, mais inchada, mais molhada. Fazê-la fazer coisas que normalmente não faria, sempre o excitavam. E vê-la nesse estado fez seu pau esticar o zíper da calça. Tinha que tê-la. Agora. Deslizou a braguilha e tirou o pau duro e latejante. - A única coisa que poderia ser mais bonita... - Esfregou a cabeça do pau nas quentes, dobras escorregadias, roçando o clitóris, provocando a abertura até que ela estremeceu. - … É vê-la preenchida comigo. Entrou alguns centímetros só para provar seu ponto de vista, mas se perdeu na sensação. Seus olhos fecharam. Maravilha. - Adam? Abriu os olhos, esperando encontrá-la mergulhada em prazer, mas encontrou-a mastigando a ponta do dedo, olhando-o incerta. - Relaxe, querida, - Sussurrou, deslizando as mãos pelos lábios vaginais com os polegares traçando ao longo dos ossos do quadril.
  • 58. Empurrou mais fundo e olhou para baixo para vê-la engolindo seu pau. Suas bolas se apertaram. Porra, não iria durar muito tempo. Não tinha certeza do que ela tinha que destruía seu controle habitual. Puxando para trás mergulhou mais fundo, observando seu corpo aceitá- lo. Amava como a carne dela ajustava-se a sua. Apreciava como seu corpo era projetado para dar prazer ao seu. Queria que ela sentisse como lhe dava prazer. Esfregou os dedos sobre seu clitóris para ajudá-la a gozar rapidamente. Mais tarde a provocaria. Tocaria. Agradaria. Mais tarde, agora, agora apenas queria trepar com ela. Quando retirou-se novamente, seu pau, deslizou com os sucos, revelando um centímetro de cada vez, em seguida, sua buceta engoliu-o quando empurrou para a frente de novo. Madison agarrou uma corrente no pescoço de Adam e puxou. - Adam! - Choramingou. Ele desviou o olhar de onde seus corpos estavam unidos com perfeição esplêndida. Ela não estava olhando para ele, seus olhos azuis horrorizados se concentravam na janela lateral. - Ele pode nos ver. Eles estavam parados no trânsito. O motorista no carro ao lado estava olhando diretamente para eles. Adam sabia que não havia nenhuma
  • 59. maneira que o homem pudesse ver através da tonalidade escura do vidro da limusine. - Ele não pode nos ver, querida. - Tem certeza? Adam mostrou o dedo do meio para o cara. A expressão curiosa do sujeito não se alterou. - Tenho certeza de que não pode, - Disse. Ela virou a cabeça para olhá-lo. - Você não está confortável fazendo isso aqui, não é? - Perguntou. - É só que ... me sinto muito exposta. Tudo aqui parece ser em público. Ele não considerava isso público, mas não queria que ela se sentisse desconfortável. Sabia que ela tinha problemas com demonstrações públicas de afeto. Provavelmente não queria que fotos íntimas dela com um cara como ele aparecessem nos tablóides. Não podia culpá-la. Mas quando estavam sozinhos - mesmo em um lugar como trancados no banheiro de um restaurante italiano - toda sua timidez desaparecia. Ela se tornava uma desinibida criatura sensual que queria experimentar tudo o
  • 60. que ele oferecia. As janelas deviam estar fazendo-a hesitar. Mesmo que ninguém pudesse vê-los, ela podia. - Baby, prometo que ninguém pode ver através dessas janelas. - Talvez se... - Ela puxou a saia para baixo para esconder a visão espetacular que ele estava desfrutando. Ele puxou o tecido de volta. - Seja cuidadosa, Madi. Você vai ter porra no vestido. Seus olhos se arregalaram. - Oh. Ela o empurrou. Gemeu quando seu pau caiu livre do delicioso corpo. - Sente, - Ela insistiu, batendo no banco ao lado dela. Esperava que não fosse fazê-lo gozar fora dela. Estava tão duro, que temia que poderia estourar a pele. Quando se instalou no assento ao lado dela, ela montou seu colo, de frente para ele. - Coloque-o dentro, - Ela sussurrou em seu ouvido. - Ninguém será capaz de ver que você está dentro de mim, debaixo da minha saia.
  • 61. Incluindo ele, um-maldito-afortunado. Não era estúpido o bastante para comentar que, mesmo que o espectador não pudesse realmente ver que estava sendo empalada por ele, ainda seria capaz de dizer o que estavam fazendo por baixo do vestido. Mas se ela estava mais confortável fazendo dessa forma, aceitaria o que pudesse receber. Poderia ver a ação entre seus corpos, depois do show, quando estariam sozinhos no quarto de hotel e ela se entregaria completamente a ele. - Posso fuder sua bunda depois? - Perguntou quando o escorregadio calor dela engolfou-o. Amava o jeito como ela correspondia ao levar um forte tapa na bunda. Tinha certeza que ela gostava mais de sexo anal do que vaginal. Isso me faz sentir rebelde, ela lhe sussurrou quando perguntou por que continuava pedindo que entrasse na sua porta dos fundos. Me faça sentir rebelde, Adam. Iria fazer. Madison estremeceu contra ele, seu pau enterrou até o fundo dentro dela. - Não fale sobre isso agora, - Ela implorou. - Quando você fala sobre isso, me faz querer e não podemos fazer isso aqui. - O que mais você quer, baby? O que me diz sobre quando falamos safadesas ao telefone? - Perguntou. - Quando ligo apenas pra dizer todas as
  • 62. coisas safadas que quero fazer com você? Te digo o quanto amo meter meu pau na sua bundinha quente até que você implore por mais? - Sabia a resposta, só gostava de vê-la perturbada. Isso o excitava. Assim como tudo sobre ela o excitava. O caminho mais rápido para levá-la a loucura era falar baixaria e tentar fazê-la responder. - Depois de desligar, fico na minha cama e me escondo debaixo das cobertas, - Ela sussurrou em seu ouvido. Com o rosto ardendo de vergonha contra o dele. - Nua? - Perguntou. Quando ela não respondeu, pressionou-a. - Você fica nua sob as cobertas, Madison? Me diga. Ela balançou a cabeça. - Com minha calcinha pra baixo. - Você usa o vibrador que comprei pra você? Fode forte o rabo com ele? - Lembrou-se de quando tinha dado a ela esse brinquedo e fez usá-la em si mesma, enquanto observava. Ela tinha ficado constrangida num primeiro momento, mas depois gozara com a ajuda dele. Deu um prazer tão bom para si mesma que ele gozou apenas olhando para ela. - Não, - Ela disse perto de sua orelha. - Comprei um vibrador maior. O
  • 63. pequeno que você comprou não era grosso o suficiente, não como seu pau. - Você gosta de um pau grande, Madison? Ela estremeceu como se o pensamento a levasse perto do orgasmo. Assentiu com a cabeça contro seu rosto. - Oh sim. Amo seu pau grande, duro na minha bunda. Nenhum desses brinquedos chega perto de ser tão bom como quando você faz. Você trepa tão bem. Com tanta força. Até que te sinto lá no fundo. - Ela gemeu. - Oh Deus, Adam, quero você lá agora. Caramba, ela o deixava quente. - Mais tarde. Prometo. Enterrou o rosto em seu pescoço, as mãos emaranhadas em sua saia. - Você tem que mover, baby. Preciso entrar dentro de você. Se não gozar logo, vou morrer. Ela beijou sua bochecha. - Você tem certeza que ninguém pode nos ver aqui.
  • 64. Ela verificou o tráfego pela janela traseira. - Tenho certeza. Ela começou a se mover. Levantou-se e caiu sobre seu colo, acariciando todo o comprimento sensibilizado do pênis com seu calor escorregadio. Era feita para ele. Seu corpo tinha que ter sido feito apenas para ele. Ela encaixava tão bem. Sentia-a tão bem. Queria olhá-la, tocá-la, saboreá-la, mas tudo o que podia fazer era agarrar-se ao vestido amassado em seus quadris e se deleitar com o prazer ondulando por sua carne. - Oh, Adam, - Ela sussurrou sem fôlego. - Que sensação incrívil. - Ela se moveu mais rápido, enterrando-o profundamente, montando-o tão forte quanto podia. Remexendo os quadris. Ela pressionou-o em seu interior deixando-o louco de prazer. Ele agarrou sua bunda, puxou separando as nadégas para atormentá-la. Ela agarrou seu cabelo, prendendo-o com as duas mãos. - Deus, sim. Enfie o dedo na minha bunda. - Mais tarde. -Por favor. Ele avançou com os dedos em sua abertura de trás, e ela se contorceu.
  • 65. Levantou-se e caiu sobre ele mais rápido. Mais rápido. Enfregando o clitóris contra ele a cada vez que se afundava. Seu prazer aumentou. Seu coração disparou. Ele lutou para não gozar, querendo que ela chegasse ao orgasmo antes dele se entregar a satisfação. Sabia que deslizando um dedo na bunda dela iria fazê-la gozar. Isso sempre fazia. Aproximou os dedos até onde ela queria. - Sim, Adam, - Ela ofegou. - Preciso disso. No instante em que a ponta do dedo roçou o buraco vazio, todo o corpo dela ficou rígido, arqueando-se para trás. Ele moveu os braços ao redor de suas costas para que ela não caísse e batesse a cabeça no console atrás dela. A quente buceta apertada apertou forte seu pau contraindo-se com espasmos enquanto ela gritava em extâse. Adam estava tão consumido pelo próprio prazer que não conseguiu manter os olhos abertos para ver a expressão dela quando gozou. Ela fazia a cara mais sexy quando era apanhada no meio de um orgasmo. Mais tarde. Ele a veria mais tarde. Agora, agora ele perdeu-se, chamando seu nome quando sua semente entrou em erupção dentro dela. Cada jorro de sêmen percorreu um forte estremecimento por seu corpo inteiro. Foda, ela sempre o fazia gozar com tanta força. Estava tão feliz que não tinha que usar preservativo com ela. Tão feliz que ela confiou nele quando prometeu mantê-la segura. Nunca iria quebrar essa confiança, porque estar dentro dela fazia-o alçar vôo - de
  • 66. corpo e alma. Não havia nada de tão emocionante como jorrar sua porra em seu pequeno corpo receptivo. Madison ficou mole, e caiu contra seu peito. Sua respiração quente e rápida agitando os cabelos caídos em seu pescoço. Ele inalou o cheiro dela - uma mistura de doces lírios, sexo e Madison. Deus, ele tinha sentido falta dela. A limosine balançou com a parada súbita, fazendo os dois caírem no chão. Adam caiu em cima de Madison entre o assento e o minibar. Instintivamente embalou-a em seus braços. - Desculpe, - Disse. - Você está bem? - Beijou suavemente sua clavícula. - Acho que sim. Você está em cima da minha perna. - Adam deslocou-se para que ela pudesse libertar a perna e, então, se esforçou para levantar do chão. Ainda lutando para respirar, Madison puxou-o para perto e enterrou o rosto no pescoço dele. - Espere, - ela disse, segurando-o com força, - Não se mexa ainda. Preciso desta parte.
  • 67. Ele relaxou e deixou-a segurá-lo. Nunca admitiria a ela o quanto precisava dessa parte também. Uma cacofonia de palmadas fortes veio do lado de fora do carro, seguidos pelos animados gritos que só podiam ser dos fãs. Seu tempo a sós com Madison tinha chegado ao fim. Por agora. Mas depois? Depois, ele tinha uma programação de fundir-a-cabeça reservado para ela. Adam beijou as faces coradas de Madison e ajudou-a a encontrar a calcinha. Ela se esforçou para colocá-la apressadamente e procurou as botas debaixo do banco da frente. - A vida de rockstar é uma aventura, - Ele brincou, enquanto a multidão do lado de fora se tornava ainda mais barulhenta. Com as mãos e os rostos pressionados contra as janelas, Madison encolheu -se contra o canto do assento. Adam recolocou as roupas e abotoou a calça. - Vou falar com eles por alguns minutos. Fique aqui e se esconda. Ela baixou o olhar para as mãos, que estavam apertadas no colo. Ele tocou seu rosto suave com os dedos. - Vamos continuar isso mais tarde, - Prometeu. - Vou te foder com tanta
  • 68. força na bunda que você não será capaz de andar. Gostaria disso? Ela mordeu o lábio e assentiu. Ele deslizou para o assento próximo à janela do passageiro e desceu uma fresta do vidro. - Ei, - Ele disse à multidão em torno do carro. A limusine estava do lado de fora do estádio, mas a multidão tinha adivinhado que alguém famoso estava dentro do carro. - Vocês estão aqui para ver o Sole Regret? - Oh meu Deus, é Adam Taylor, - Alguém gritou. A pequena multidão tornou-se enorme. Na segurança do carro fechado, Adam apertou mãos e deu autógrafos pela janela aberta. Ele estava feliz por ninguém ter notado Madison escondendo-se nas sombras em frente a ele. Tentou não chamar atenção para ela, mas a expressão perturbada dela enquanto olhava as mãos deixou-o perplexo. Ele teve que forçar-se a não perguntar o que estava errado. Ela não iria querer que todos ao redor do carro soubessem que estava com ele. Tinha que proteger sua reputação. Qualquer mulher flagrada com ele era automaticamente rotulada de vadia, e ele não seria capaz de viver consigo mesmo se ela se machucasse porque tinha nascido um idiota.
  • 69. Capítulo 6 Dentro do estádio, Madison ficou parada entre o equipamento de palco e observou Adam trabalhando com o técnico de som. Não havia muito retorno nos amplificadores, por isso estava levando muito mais tempo que o esperado para eles deixarem o equipamento pronto para o show. Uma pesada cortina preta bloqueava à vista do palco para os fãs, mas eles já estavam entrando no estádio pelo portão principal. No entanto, devem ter reconhecido que Adam era o guitarrista escondido, porque cada vez que ele tocava uma série de notas, eles irrompiam em aplausos animados. Madison às vezes esquecia que ele era famoso. Não necessariamente quando estavam fazendo sexo na limusine - quem fazia isso além de pessoas famosas, recém-casados com tesão ou um ocasional casal do baile de formatura - e o que dizer quando a limusine foi cercada de fãs e vinte e cinco seguranças tiveram que ser chamados para controlar a multidão, porém esses lembretes só a fizeram se sentir ainda mais em conflito sobre o status de seu relacionamento com Adam. Na limusine, ele fizera com que ela ficasse escondida da multidão, obviamente, não querendo que soubessem que estava com ele. Quando desembarcaram na porta de trás do estádio, ele a fez cobrir a cabeça com a jaqueta de um dos seguranças. O orgulho de Madison tinha levado uma surra, por ele não ter declarado publicamente que estavam juntos, mas não podia culpá-lo. Podia ter qualquer mulher que quisesse - certamente mulheres muito mais glamourosas, sexys e ricas do que Madison sempre
  • 70. desejou ser. Por que ele não podia fazer isso por ela? Sabia que gostava dela. Sabia que eles eram compatíveis sexualmente e que gostavam da companhia um do outro. Mas também sabia que no instante em que fizesse exigências e exigisse que fosse fiel a ela, ele iria embora. Talvez se fosse uma supermodelo ou uma atriz famosa, ele considerasse admitir que estavam envolvidos. Mas era apenas Madison Fairbanks, com aspirações comuns, um visual comum, uma vida comum. Nunca seria suficiente para ele. Mesmo assim, quanto mais conseguiria ficar num relacionamento onde era o único parceiro monogâmico? Talvez se sentisse melhor se encontrasse outro homem com quem vadiar na ausência de Adam. Rejeitou a ideia, assim que lhe ocorreu. Não tinha interesse em outros homens. Nenhum outro homem a fez arder, sentir saudades, ansiar e … amar. Ela teria que ter terminado completamente com ele antes de abrir as pernas para outro qualquer, que não fosse seu deus do rock inatingível. - Você está esperando pelo Adam? - Owen, o baixista da banda, perguntou. Não tinha percebido que ele estava de pé ao lado dela. Seu olhar automaticamente desceu para a virilha dele, como se ele fosse ter o pau perfurado pendurado para fora para ela ficar boquiabeta. Realmente desejava não saber sobre seu piercing escondido. - Hum..., - Ela bufou, irritada com seu comportamento grosseiro, e
  • 71. ergueu os olhos para ele. Eram de um azul lindo, que combinava bem com seu belo rosto, o cabelo castanho com um pouco de gel. - Sim. Ele não imaginou que levaria tanto tempo. - Caso contrário, provavelmente a teria escondido em algum camarim com um saco na cabeça, ou a feito esperar sozinha no hotel. - Algum roadie derrubou um monte de amplificadores quando estavam descarregando o caminhão, está tarde. Não conseguem descobrir qual ficou danificado. Eles soam muito bem individualmente, mas quando estão todos conectados à mesa de som, não captam o feedback. - Oh. Owen riu. - Parece que você se importa. - É interessante, - Ela disse. - Não sei muito sobre música. - Só como manter um guitarrista cativado. - Owen cutucou suas costelas com o cotovelo. Ela sentiu as faces esquentarem. - Não de verdade.
  • 72. - Ele gosta de você, sabe. Eu o conheço há quase dez anos. Ele nunca ficou interessado na mesma mulher por mais do que algumas semanas. Quanto tempo vocês estão se vendo? - Um ano. - Ela balançou a cabeça, porque isso fazia soar como se ele estivesse falando sério sobre ela. - Mas não nos vemos com frequência. - Ele nunca perde a chance de vê-la quando pode. Só é ocupado, certo? - Ele liga quando está na cidade. - E tarde da noite, quando quer falar safadezas. - Sim, ele gosta de você. Mas tenho que avisá-la. - Me avisar? Owen acenou com a cabeça. - Não o pressione. - Então não é uma boa ideia forçá-lo a me prometer seu amor eterno e acabar ficando sozinha? - Ela estava meio brincando e meio que querendo saber a resposta. - Não, - Ele disse, esticando a sílaba de uma forma exagerada.
  • 73. - Ele terminaria com você, se você sugerisse isso. É como ele age. - Estava com medo disso. Odeio que ele tenha tantas outras mulheres. - Só não pense nele com elas. O coração de Madison encolheu. Mordeu o lábio para impedir que tremesse. Owen tinha basicamente confirmado suas suspeitas: Adam dormia com outras além dela. Sabia que ele estava, mas vinha fazendo um bom trabalho tentando fingir que era só com ela. Algo quente escorreu pelo canto do olho. Ela removeu a irritante lágrima e se concentrou em respirar regularmente. Não queria explodir em torturantes soluços na frente de Owen. O que provaria que ela não tinha o que era necessário para ser a namorada de um rockstar. Porque, francamente, ela não tinha. - Oh merda, não pareça tão triste, querida, - Ele disse, acariciando suas costas. - Basta lembrar que as gatas não significam nada para ele. - Então porque ele se incomoda em dormir com elas? - Disse mais alto do que pretendia. Owen encolheu os ombros e coçou a cabeça. - Por conveniência?
  • 74. E isso era o que era para Adam também. Sua conveniência localizada em Dallas, Texas. - Desculpe-me, - Ela disse. - Preciso usar o banheiro. Assim não precisaria forçar os olhos a não derramarem lágrimas em público. Não conseguia mais fazer isso. Não importava o quanto o amasse, se ele não a amava de volta. Um caso unilateral de amor não seria o suficiente para ela. Nem mesmo com Adam Taylor. - Com certeza, - Owen disse, sua atenção já desviando para outra pessoa. Madison estava autorizada a circular pela area do backstage sem sofrer interferências. A segurança e a equipe a reconheceram. Alguns até mesmo ofereceram um aceno amigável em saudação, o que era desconcertante. Não percebiam que ela não era famosa o suficiente para estar ali? Encontrou o banheiro e se trancou em um reservado. Não se deixou desmoronar, só permitiu que algumas lágrimas caíssem. Não queria que ninguém soubesse que sequer tinha considerado chorar. Talvez se tivesse se interessado por Adam, porque ele era um lendário astro do rock, isso teria sido mais fácil, mas ela não o amava por isso. O amava a despeito disso. Antes de ter sido apresentada a banda e interagido com a cena que cercava sua vida profissional, ela pensava que a música fosse o trabalho de
  • 75. Adam. Mas era mais que isso. A música era vida dele. E ela não se encaixava nessa vida. Era diferente quando estavam a sós. Durante esses momentos, sentia-se ligada a ele, uma parte dele, e sentia que ele era uma parte dela, mas aqui, cercados pela equipe e a banda, os fãs, a imprensa e as outras centenas de pessoas que eram necessárias para administrar a carreira de Adam, sabia que seu relacionamento era uma ilusão. Não havia nenhum jeito de ficarem juntos de uma maneira normal. Nem sequer sabia se ele se lembrava como era ser normal. Assoou a nariz com papel higiênico e saiu do reservado. Olhou para o rosto no espelho, perguntando por que tinha que se apaixonar por alguém tão inacessível quanto Adam Taylor. Por que não podia ter sido por algum encanador legal? Ou um engenheiro civil? Não, teve que entregar o coração para um dos mais famosos guitarristas de rock do mundo. E sabia que nunca poderia tê-lo. Não inteiramente. Olhando para seu reflexo aflito no espelho, ela percebeu que a única forma para superar Adam seria romper seu caso. Parar com o vício. E teria que fazê-lo em breve; Não havia nenhum sentido em retardar o inevitável. Esta seria sua última noite juntos. E se certificaria de que fosse uma noite para relembrar, assim poderia valorizá-la para sempre. Com o coração pesado, Madison respirou fundo, endireitou a coluna e
  • 76. saiu do banheiro para encontrar Adam. Sabia que ele gostava quando mostrava seu lado rebelde e como não queria ser a única a se lembrar de sua última noite juntos, usaria isso como vantagem. Ele estaria ardendo no momento em que entrasse no palco em duas horas. O som da guitarra não preenchia mais o estádio, mas ela se dirigiu naquela direção de qualquer maneira. Não tinha certeza se ele estaria no camarim da banda ou no ônibus. Ou falando com uma ruiva linda com uma saia curta de couro. Madison deu uma parada abrupta, encarando a mulher. Perguntou-se quanto intimamente Adam a conhecia. Com certeza eles estiveram juntos. E a mulher com certeza estava sorrindo para ele num convite aberto. Apesar de Madison não poder ver o rosto de Adam, não havia dúvidas quanto a isso. Se o cabelo de roqueiro e todo o traje preto não a fizeram manter distância, a bunda gostosa dele não o faria. Madison moveu-se para ficar atrás dele. Você gosta de putas? Posso fingir ser uma vadia. Deslizou sua mão por sua bunda e apertou. Ele se virou. - Madison? - Ele disse, obviamente surpreso por ela ser a pessoa lhe dando um aperto na bunda em público. Provavelmente teria ficado menos surpreso se tivesse sido alguma mulher que ele não conhecia.
  • 77. - Você está ocupado? - Ela perguntou. - Fiquei me perguntando para onde você tinha ido, - ele disse. Olhou para a ruiva, que estava olhando carrancuda para Madison. Que pena ter atrapalhado seus planos, vadia, mas ele é meu hoje à noite. Madison estreitou os olhos para a mulher. Os olhos dela se estreitaram também. - Tive que ir ao banheiro, - Madison disse, com os olhos quase fechados de tão estreitados que estavam agora. - Espero que não tenha ficado muito solitário sem mim. O canto da boca da ruiva se ergueu. - Eu nunca deixaria isso acontecer, - Ela disse com um ronronar baixo e passou a palma da mão pelo braço musculoso de Adam. A não ser que apertasse as palpébras completamente fechadas, era fisicamente impossível para Madison estreitar mais os olhos, então pegou o outro braço de Adam e arrastou-o para longe da predadora. - Tem alguém no ônibus? - Perguntou a ele.
  • 78. Ele encolheu os ombros. - Não tenho certeza. Podemos ir verificar. - Acenou para a ruiva. - Mais tarde, hum... - Sarah. - Certo, - Ele disse. Madison forçou-se a não dar a Sarah um olhar presunçoso quando Adam pegou sua mão e levou-a para a parte de trás do estádio onde o ônibus da turnê estava estacionado. - Você não vai perguntar? - Ele disse enquanto caminhavam. - Perguntar o quê? - Como conheci aquela mulher. Pensei que você fosse arrancar os olhos dela lá há um minuto atrás. - Realmente não me importo como você a conheceu, - Ela disse, sua coluna estava tão rígida que ficou surpresa que não tivesse rachado com a tensão.
  • 79. Ele encolheu os ombros. - Se você diz assim. Madison agarrou a mão dele com mais força, era uma mentirosa. Queria saber como ele a conhecera. Se estava interessado nela. Se já tinha transado com ela. Ou se ela tinha chupado seu pau ou se ele a beijou como beijava ela, mas não era assunto seu. - Você transa com ela? - Falou e depois cobriu a boca com a mão livre. De onde diabos tinha vindo essa pergunta? - Não, - Ele disse simplesmente. - Você quer? - Quando eu tenho você aqui? - Ele beijou sua testa e apertou-lhe a mão. - Mas e se eu não estivesse aqui? - Isso seria diferente. E era por isso que tinha que lhe dizer adeus. Tecnicamente, eles poderiam continuar dessa forma - ela largando tudo para estar com ele
  • 80. quando estava na cidade e esses seriam os momentos que viveria com ele - mas não podia continuar assim para sempre. Lhe diria isso pela manhã. Não tinha certeza se ele se importaria. Uma fila de mulheres estaria esperando para tomar seu lugar no segundo que se afastasse. - Mas estou aqui, - Ela lembrou. - Exatamente. Madison ficou desapontada ao descobrir que o ônibus estava abarrotado com o resto da banda e algumas meninas que não se importavam em ser acariciadas. Uma das garotas mais jovem estava, obviamente muito bêbada e completamente de topless. Quando viu Adam de pé junto ao banco do motorista, cambaleou em sua direção. - Minha amiga apostou que eu não conseguiria que todos os membros da banda chupassem meus peitos. Sua vez! - Ela agarrou os seios com as duas mãos e ofereceu-os para Adam. - Alguém tire uma foto disso! Preciso de provas. Adam arqueou uma sobrancelha para ela. - Não, obrigado, doce. Em outro momento. - Vocês não são divertidos, - Declarou.
  • 81. - Vou chupá-los, - Ofereceu um cara que estava encharcado do que tinha que ser cerveja - cheirava a isso. - Não quero que você os chupe, Henry, - SureBet * disse. - Force, - Ela chamou quando viu o baterista da banda saindo do quarto na parte de trás do ônibus. - Você ainda não os chupou. O que está esperando? Ele deu uma olhada nela, voltou para o quarto e fechou a porta. - Não quero ir a um encontro com o irmão estranho da Katie, - Ela gemeu. - Por favooooooor, não me façam perder essa aposta. - Ela bateu o pé em agitação. - Vou chupar outra vez, - Owen ofereceu com um sorriso torto. Sentou- se ao lado do sempre-sem-camisa Kellen no sofá. - Tudo bem, - Ela correu para enfiar os peitos na cara dele e não pareceu se preocupar com a aposta quando a boca de Owen sugou seu mamilo. *SureBet são apostas esportivas, apostas sem riscos. São apenas formas diferentes de designar um mesmo sistema de jogo: a aposta segura. A aposta segura é uma combinação de apostas em que o jogador obtém lucros líquidos seja qual for o resultado final do evento, cobrindo todos os eventuais resultados da aposta.
  • 82. - Cuff, - Ela gemeu, agarrando um punhado dos longos cabelos escuros de Kellen e puxou-o contra o peito livre. - Chupe o outro. Madison ficou boquiaberta com os três. Não tinham vergonha? Era isso o que aparecia em volta dos rockstars? Criaturas sem-vergonha? Ela poderia ser uma sem-vergonha? Talvez. Olhou para Adam, sabendo que tinha decidido deixá-lo depois dessa noite, mas só o pensamento de esta ser sua última noite juntos roubava seu fôlego. Talvez pudesse tentar ser mais como a garota que estava tendo seus peitos chupados por dois caras ao mesmo tempo. Talvez isso fosse necessário para manter a atenção de Adam. Talvez se deixasse a decência um pouco de lado, ficaria bem com ele viver a vida de um rockstar e com ele trepando com outras enquanto ela permaneceria sua ficada de Dallas. Estava tão confusa que não podia ver direito. Tudo o que podia ver era o quanto o queria. - Você quer ficar aqui? - Ele perguntou. Armou-se de determinação e agarrou-o pela virilha, sabendo que corava até a raiz dos cabelos, não tinha controle sobre isso. Mas tinha controle sobre suas palavras.
  • 83. - A não ser que você queira que te chupe na frente de uma platéia, - Ela disse. Se forçou a olhá-lo e assim que sua mão parou de tremer, aumentou o aperto sobre a protuberância que crescia nas calças. - Adoraria que você me chupasse na frente de uma platéia, - Ele disse em voz baixa. Oh Deus. O que tinha feito? Nunca esperou que ele levasse a oferta a sério. Deslizou a mão até a fivela do cinto e, por um momento, quando olhou em seus suaves olhos cinzentos esqueceu-se de tudo, como se ele fosse a única pessoa na terra. De repente, queria chupá-lo na frente dos outros. Desatou o cinto, e então seus dedos se atrapalharam com a braguilha. Ele pegou sua mão. - Madison, o que há de errado? - Perguntou. - Você não está agindo como você mesma essa noite. Com o coração martelando, abriu o primeiro botão da calça jeans. - Não sei o que você quer dizer. Não é grande coisa. As mulheres não fazem isso por você o tempo todo? - Não o tempo todo.
  • 84. - Mas não é isso o que você quer? Uma puta que te faça gozar. Não havia a gentileza habitual nos olhos dele quando fez uma careta para ela. - Se eu quisesse isso, não estaria com você, estaria? - Você está comigo? - Ela disse em voz alta. - Sim, você me vê aqui, não é? - Sua voz elevou-se com raiva também. Ela já o tinha visto puto da vida, mas nunca tinha sido a causa disso. - O que quer de mim, Madison? Você está agindo de modo estranho. Ela se deu conta que suas vozes soaram altas quando o ônibus de repente ficou em silêncio. Olhou em volta do corpo de Adam para os outros ocupantes. Todo mundo estava olhando para eles. Pegou o olhar de Owen e ele deu uma sacudida quase imperceptível com a cabeça. Não o pressione. As palavras dele ressoaram alto e claro em sua cabeça. - Podemos ir a algum outro lugar e falar em particular? - Ela perguntou a Adam. - Tenho que estar no palco em meia hora. - Não vai demorar muito tempo, - Ela prometeu.
  • 85. - Tem alguém no camarim? - Adam perguntou ao vocalista, Shade, que assim como os outros estava assistindo a sua pequena discussão. - Se houver, chute-os pra fora, - Shade disse, olhando para Adam como se ele fosse o maior idiota que já tinha encontrado. Adam virou-se e desceu do ônibus. Como estava fechando o cinto, não segurou a mão de Madison enquanto caminhavam para o camarim. Se perguntou se ele não a tivesse parado, o que teria feito. Teria descaradamente chupado seu pau apenas chamar sua atenção? Realmente não sabia. Adam fez os dois membros da equipe sairem do camarim e trancou-se na sala com ela. Ela abriu a boca para falar - já tendo inventado a mentira perfeita para explicar seu comportamento - mas antes que pudesse começar, envolveu-a em seus braços e puxou-a contra ele enterrando o rosto em seu pescoço. - Você vai parar de me ver, não é? - Ele sussurrou. Ela estava tão atordoada que não pode negar imediatamente. - Por que, Madison? É porque eu estava conversando com outra mulher?
  • 86. - Conversando com outra mulher? Não, eu não iria parar de vê-lo por isso. O corpo dele relaxou com o alívio, e o coração dela encolheu. Se forçou a continuar. Fale de um vez, Madison. É a única maneira. - Mas esta vai ter que ser a nossa última noite juntos. Seu coração estava batendo tão forte que ameaçou pular do peito. Os braços dele se apertaram ao redor dela. - Não, - Ele disse asperamente. - Não vou deixar você ir. - Adam, não posso mais fazer isso. - Fazer o quê? - Sair com você. Preciso saber que você está comprometido comigo. E sei que você não quer estar. Ele afastou-se dela e olhou-a. - Como você sabe disso?
  • 87. - Bem, porque você é famoso e as mulheres ficam atrás de você e … - Elas vão sempre me perseguir, Madison. E quem poderia culpá-las? Olhou para ele, sabendo que não seria apenas sua última noite com ele. Esta seria a última vez que o veria. A última vez que ele a seguraria em seus braços. Owen tinha avisado a ela. Por que não tinha escutado? Tentando reunir forças para sair pela porta e manter um pingo de dignidade, ela baixou o olhar para seu peito e tomou uma respiração profunda e instável. Os cacos de seu coração partido atravessaram o pulmão, roubando seu fôlego. A camiseta preta de Adam turvou-se fora de foco por trás de lágrimas tolas. Fechou os olhos. Não chore. Não chore. Não. Adam agarrou-a pelos braços e a sacudiu. - Maldição, Madison, - Ele disse em um grunhido áspero. - Não vou deixá-las me pegar. Madison deixou escapar todo o ar dos pulmões e sua cabeça levantou procurando sinceridade em sua expressão. - Adam, você está dizendo... - Os pedaços de seu coração já estavam
  • 88. consertando. - Você estaria disposto a... - Madison, você é a única mulher que me importa. Se eu tiver que abrir mão da porra das garotas não dou a mínima, desde que esteja com você, quem você acha que vou escolher? Ela baixou os olhos para o peito dele novamente. - Não sei. Ele a soltou abruptamente e deu uma passo para trás. Ela se forçou a olhar para cima de novo. Não estava preparada para o olhar transtornado de angústia no rosto bonito. Ele balançou a cabeça. - Você realmente não sabe? Madison, pensei que você fosse a única pessoa que me entendia. - Eu tinha esperança. Desejei que você me escolhesse, mas não sabia, então eu... Eu estava apenas terminando com você de um vez sem forçá-lo a escolher. Meu coração não ia aguentar, se você não me escolhesse. Ele segurou seu cabelo com as duas mãos e puxou-a para mais perto.
  • 89. - É claro que eu escolheria você. Beijou-a com um profundo, rude beijo de punição que a deixou desorientada e sem fôlego. - Como você pode dúvidar de mim, Madison? Duvidar do seu valor? - Ele sussurrou contra seus lábios macios. - Você é muito melhor do que eu, baby. - Sua voz falhou. Ela balançou a cabeça. - Você pode ter qualquer mulher que quiser. - Isso não importa. Quero só você. Ela podia deixar-se acreditar nisso? Queria. Mas se confiasse nele de todo coração, não deixaria nada de fora, daria tudo a ele, e se ele a traísse... se agarrou nele, com medo de que fosse esmagar seu coração numa polpa. Adam soltou um mão de seu cabelo para esfregá-la por sua perna. A mão deslizando para cima sob a saia. Com um toque suave, mas firme. - Você acredita, Madison? Ela não tinha certeza. Nunca tivera essas inseguranças antes. Tinha que
  • 90. ser a fama dele que deixava essa sensação tão incerta sobre si mesma. E a traição. Não podia suportar a ideia dele segurando uma outra mulher assim. Tocando-a assim. Mas isso era ilusão? Ele provavelmente não pensava nisso dessa forma, mas mesmo que nunca tivessem um namoro de verdade, parecia que ele a traía. E que ela não era boa o suficiente para manter sua atenção. - Por que não sou o suficiente para você? - Ela disse, com os olhos cheios de lágrimas. - Por que você dorme com outras mulheres? - Baby, você é mais do que suficiente para mim. É só... tenho um desejo sexual saudável, - Ele disse. Ela riu sem entusiasmo, apertando os olhos e engoliu o nó na garganta. - Estou bem ciente disso. - Não achei que se importasse com as outras mulheres. Elas são um tipo de distração e você nunca disse nada sobre isso. Nós nunca concordamos que seríamos um casal exclusivo. Justamente. - Eu sei. Mas me importo, - Ela disse.
  • 91. Uma parte dela estava com medo de que ele corresse para longe dela, por isso apertou os dedos em sua camiseta. Não queria que ele fugisse e não queria parar de falar sério. Queria o que achava que ele estava oferecendo. Queria estar com ele. Queria acreditar que era possível. - A ideia de você com outra mulher é angustiante. Isso me deixou louca desde o nosso primeiro beijo. Suas sobrancelhas se uniram como se tivesse acabado de ter um pensamento perturbador. - Você esteve com outros homens desde a nossa primeira vez? Não. Deus, não. Só quero você, Adam. Só quero você. Não conseguiu pronunciar as palavras. Tentando se acalmar, baixou os olhos e respirou fundo. Tantas emoções estavam se agitando dentro dela que não conseguia decidir se ria ou chorava. - Quem diabos é ele? - Apertou seu cabelo e ele puxou seu pescoço para trás. Seu olhar raivoso fez a frequência cardíaca de Madison acelerar instantaneamente. Sim, precisava que ele fosse rude com ela agora. Todas as emoções que rodavam dentro dela eram demais para suportar. E a mão em sua bunda era deliciosa, assustadoramente perturbadora. - Você vai me bater se eu disser que abro minhas pernas para outro
  • 92. homem? - Perguntou. Porque Deus, ela precisava muito de uma boa surra forte agora. - Você fodeu com outro homem? - Ele rangeu os dentes contraindo um músculo em sua mandíbula forte. - Você fodeu outra mulher? - Ela retrucou. - Não tantas como no passado, - Ele disse defensivamente. Em outras palavras, sim, ele tinha fodido outra mulher. Ou, mais precisamente, outras mulheres. Ela odiava essa porra. - E com isso eu deveria me sentir melhor? Ele afrouxou o aperto em seus cabelos e alisou os longos fios para longe de seu rosto. Seus lábios roçaram sua testa com ternura. - Gostaria de não ter feito. Me desculpe, por te magoar. Não sabia que isso importava pra você. Eu deveria ter percebido, eu só... Sinto muito, baby. Dominada pela emoção, ela recuou. Não podia suportar que ele fosse carinhoso com ela. Não quando já estava tão perto das lágrimas.
  • 93. - Preciso que você me bata, Adam. Agora. Os olhos dele procuraram os dela por um momento, e então sua mão apertou seu cabelo novamente. - Eu nunca vou entender porque você gosta dessas coisas brutas, Madison. - Ele golpeou sua bunda com um estalo alto e sua buceta latejou de excitação. Algumas das pesadas emoções agitando-se pelo seu corpo separaram-se para dar lugar a uma luxúria primitiva. Era muito mais fácil lidar com esse sentimento. Oh, obrigada. - Eu, só gosto, de fazer rude com você, Adam. - Porque ele era o único homem que já a tinha feito sentir tantas emoções profundas e confusas. E o único que a fizera se sentir segura o suficiente com sua sexualidade para poder pedir por tal tratamento. - Com quantos homens você já fodeu, Madison? - Ele perguntou, sua mão estalando forte em sua bunda fazendo-a arder pela segunda vez. - Me diga.
  • 94. Ela gemeu, consciente da dor provocada pelo vazio em sua buceta que esfregava contra a coxa dele. - Em toda a minha vida? - Ela perguntou. Meio que gostando que ele estivesse com ciúmes, mesmo que não tivesse motivos para ter. - Desde que nos conhecemos. - Ele bateu novamente. Todo seu corpo tremeu com a necessidade. Ela se atrapalhou com o vestido quando empurrou a calcinha para baixo. Ela ficou presa nas coxas, mas não conseguia achar forças para se afastar dele. Queria ele enterrado dentro dela, enquanto batia nela. - Um, - Ela admitiu. - Apenas um. A palma da mão estalou de novo, e ela pensou que morreria se ele não a enchesse em breve. - Qual era o nome dele? - Adam, - Disse. - Seu nome era Adam Taylor. Ele parou com a mão apoiada numa nádega sensibilizada. Querendo
  • 95. que ele continuasse, ela choramingou. Os olhos de Adam se arregalaram e ele sacudiu a cabeça com espanto. - Eu sou o único? Lágrimas inundaram seus olhos e ela sacudiu a cabeça. Era um desastre emocional novamente. - Por favor, Adam, não me faça chorar. Preciso de você me fodendo e batendo ao mesmo tempo. Ele se moveu tão rápido que ela tropeçou. Em um instante, encontrava- se inclinada para frente no enconsto do sofá com a calcinha em torno dos joelhos e um grande pau buscando a entrada de sua buceta inchada. Ele avançou, preenchendo-a com um impulso profundo, duro. - Sempre tenho a melhor das intenções pra te possuir lentamente, fazendo amor de uma forma terna e acabo metendo em você feito um animal. - Seu pau se enterrou profundamente, ele bateu em sua bunda e ela gritou, contorcendo-se contra ele. - Por que assim, Madison? Por que você me provoca pra meter tão rude?
  • 96. - Eu gosto. - Ela gemeu, o rosto pressionado contra a almofada do sofá. - Gosto de você me fodendo, Adam. Ninguém jamais me fodeu com tanta força. Me bateu. Puxou meu cabelo. Me estapeou na bunda. Eu amo isso. Tudo isso. Não me faça implorar. Ele bateu em sua bunda de novo e ela choramingou. - Talvez eu goste de ouví-la implorar, querida. Talvez seja por isso que hesito e digo a mim mesmo que deveria tratá-la com cuidado. Porque sei que se eu possuí-la devagar, você vai implorar para ser fodida. Ela balançou os quadris contra ele, impaciente pelos profundos golpes fortes que desejava. Por que ele ainda estava se segurando? - Adam, - Ela sussurrou desesperadamente. - Por favor. - Por favor, o quê? - Mova-se. Ele esfregou sua bunda, que ainda estava ardendo de desejo por outro golpe. - Sua bunda está bem vermelha, - Ele disse. - Eu bati muito forte?
  • 97. Ele estava intencionalmente tentando levá-la a loucura? - Não, eu gosto disso. Quero que você me bata com força. E que me foda ainda mais forte. - Ela remexeu o quadril, esperando que ele captasse a dica. Finalmente, ele começou a estocar. Profunda e energicamente, como ela queria que fizesse. Quando sua mão espalmou sua bunda outra vez, ela choramingou, sua buceta apertando o pau. - Maldição, isso é bom, - ele disse. Esbofeteou uma parte ainda intocada da nádega quando ela o apertou de novo, a dor provocada pela ardência fazia seu músculos se contraírem automaticamente. Com alguns golpes das investidas dele, alcançou sua liberação tendo seus gritos amortecidos pelo sofá. - Deus, gostaria de ter algum lubrificante comigo. Quero muito castigar sua bunda agora. Ele esfregou seu buraco enrugado com o dedo, e ela gemeu. Não achou que fosse aguentar mais depois do orgasmo que experimentou, mas sua bunda de repente se sentiu desesperadamente vazia. Contorceu-se, tentando fazer seu dedo mergulhar dentro dela. Ela choramingou. - Por favor. Ponha na minha bunda.
  • 98. Ele saiu de dentro dela. Ela estava tonta por ter ficado curvada por tanto tempo, por isso demorou um momento para perceber que a suave, morna, coisa molhada que se esfregava contra sua bunda dolorida era a língua dele. Ele nunca tinha lambido-a ali antes. Suas pernas começaram a tremer quando um intenso prazer atravessou sua âmago. A rebelde imunda que espreitava sob suas ações reacendeu sua excitação num inferno de desejo. - Adam, - Ela chamou sem fôlego. - Oh Deus, isso é sempre a coisa mais gostosa. A língua dele mergulhou dentro dela e seus joelhos cederam. Ela agarrou o encosto do sofá para não descer até o chão. Ele trilhou beijos da fenda de sua bunda até a parte inferior das costas e voltou a fazer o caminho de volta. Ela o ouviu abrindo uma camisinha e sua buceta se apertou. Ele só usava camisinha quando fodia sua bunda. Oh, sim ela mal podia esperar. - Rápido, - Ela suplicou. Ele esfregou o pau por seus líquidos e molhou a entrada da bunda, então a cabeça do pau roçou o buraco escorrendo saliva. Ele esforçou-se para entrar. - Não está molhado o bastante, - Ele disse. - Mesmo com o lubrificante da camisinha.
  • 99. Ela não se importava. Se empurrou contra ele, fazendo-o entrar alguns centímetros. Adorou o preenchimento completo, uma sensação gostosa que fez um arrepio de calor percorrer sua pele quando ele escorregou para dentro de sua bunda receptiva. Até as solas dos pés formigaram conscientes com a invasão. - Está bom o bastante, - Ela afirmou. - Vai fundo. Ele enfiou os dedos dentro de sua buceta recolhendo porra para esfregar na junção entre seus corpos. Seu pau deslizou um centímetro mais fundo. - Você tem certeza? Ele ficava sempre muito preocupado que pudesse estar machucando-a. Como se ela fosse frágil. Que fosse quebrar. Supôs que deveria estar agradecida por ser tão cuidadoso, mas não precisava que ele fosse. Se quisesse que parasse, ela diria. Talvez fosse por isso que ele se continha. Por achar que não seria capaz de dizer não a ele, por ela nunca ter dito. Não foi porque não pudesse dizer ou estivesse com medo, mas porque nunca quis. - Vou dizer se precisar que você pare, - Ela disse ofegante. - Promete.
  • 100. Ela assentiu. Ele não meteu fundo como ela gostava, mas apenas puxou sua bunda contra ele com uma estocada rápida e ela se contorceu de encontro ao sofá em êxtase. Com cada estocada, ele avançava mais fundo. Fundo. Sim! Mais fundo, Adam. Não teve certeza se estava pensando isso ou pedindo em voz alta. Quando ele golpeou sua bunda inesperadamente, suas costas se arquearam e ela sentiu-o dentro dela ainda mais nitidamente. Oh! Endireitou as costas devagar firmando-se, cada estocada dele estimulava-a em um lugar diferente a medida que o ângulo da penetração mudava. - Deus, Madison, - Adam gemeu. Uma de suas mãos enroscou-se em seu cabelo e puxou-a para trás, a outra moveu-se para seu seio, amassando sua carne sensibilizada, puxando um mamilo tenso até quase fazê-lo doer tanto quanto sua buceta vazia. Não sabia por que isso a deixava tão excitada - ser preenchida por trás. Sua vagina contraindo-se com espasmos insatisfeitos precisando ser enchida. Sua bunda protestando pela invasão. A respiração quente de Adam saía em arfadas irregulares contra seu ombro. Ele estava quase chegando lá. Sua mão moveu-se de seu seio para o meio das coxas. A palma da mão pressionando seu clitóris; seus fortes,