Liberdade: a independência e autonomia do ser humano
1. Liberdade
Liberdade, em filosofia, pode ser compreendida tanto negativa
quanto positivamente. Sob a primeira perspectiva denota a
ausência de submissão, servidão e de determinação; isto é,
qualifica a independência do ser humano. Na segunda,
liberdade é a autonomia e a espontaneidade de
um sujeito racional; elemento qualificador e constituidor da
condição dos comportamentos humanos voluntários.
Liberdade: a independência do ser humano, o poder de ter
autonomia e espontaneidade;
Liberdade significa o direito de ir e vir, de acordo com a própria
vontade, desde que não prejudique outra pessoa; é a
sensação de estar livre e não depender de ninguém.
Segundo a filosofia, liberdade é o conjunto de direitos de cada
indivíduo
2. Liberdade
Liberdade física Possibilidade de dar livre curso aos movimentos e à atividade corporal,
sem obstáculos ou coações.
Liberdade
biológica
Há saúde e bom funcionamento orgânico (visto que a pessoa doente não é
livre, sendo limitada pela presença de obstáculos ligados ao equilíbrio
interno).
Liberdade
psicológica
Liberdade a nível consciencioso, que nos dá a capacidade de escolher entre
várias alternativas, que tornam possível a realização de atos realmente
voluntários.
Liberdade
sociológica
Condições que permitem a realização de liberdades individuais. Mas
apesar disso, aqui a liberdade é outorgada pelo exterior.
Liberdade moral A ação é contra desejos, e é algo voluntário, mas onde existe
distanciamento para ter liberdade moral, agindo para vantagem do outro e
não para vantagem pessoal
3. Exemplo: Quando um vulcão entra em erupção, dá-se um acontecimento que não poderia
deixar de ocorrer sem violar as leis da Natureza e sem ter origem nos acontecimentos que o
antecederam (causas).
Determinismo: todos os acontecimentos estão causalmente determinados pelos
acontecimentos anteriores e/ou pelas leis da Natureza;
Determinismo
4. Determinismo
Determinismo
físico
Todas as coisas se regem através de uma regularidade de leis, podendo haver
previsão sobre todos os fenómenos.
Determinismo
biológico
A espécie humana está submetida a vários códigos biológicos, determinantes da
sua conduta, onde não tem qualquer responsabilidade pelos seus atos.
Determinismo
psicológico
Há uma relação entre a constituição psicológica e os motivos que impelem a ação.
O homem age assim em virtude das suas representações mentais, crenças,
medos e desejos.
Determinismo
sociológico
Todos os atos são responsabilidade da sociedade em que o homem se encontra
integrado, uma vez que o homem obedece à cultura em que se desenvolve, e
aquilo que pensa, sente e faz é resultado dos padrões e regras sociais
exteriores
Determinismo
religioso
Deus é o criador do homem e do mundo, governando-o de acordo com a sua
divindade, onde possui poder absoluto sobre as ações do mundo.
5. Actos do Homem
Actos Humanos
Movimentos que não controlamos,
involuntários. Movimentos que
executamos enquanto seres naturais
Movimentos controlados e
protagonizados pelo agente:
conscientes, racionas, voluntários, livres,
intencionais, responsáveis.
6. O que fazemos
O que nos acontece
-Voz activa do sujeito
que pratica a acção;
Jantar;
Conduzir;
- Voz passiva,
suportamos os
efeitos do que é
produzida;
Furar um pneu;
Ganhar dinheiro;
7. Todos os movimentos que o Homem realiza
são acções…?
Actos/Movimentos que
não são acções
Actos/Movimentos
que são acções
Ressonar;
Pestanejar;
Tremer de frio;
Fazer a digestão;
Reflectir;
Estudar;
Devolver algo;
8. Condicionantes da Acção Humana
Cultural: É característico da natureza humana a sua capacidade de integração
às mais variadas sociedades e grupos sociais, onde, adopta desde nascença as
suas normas, valores e comportamentos específicos. É por esta forma que os
seres humanos se diferenciam entre si, condicionados pelos padrões culturais
que encontram quando nascem.
Ex: Costumes das Tribos; Costumes Muçulmanos
9. Físico-Biológico: O homem é condicionado pela morfologia e fisiologia
do seu próprio corpo. Possuir um corpo saudável e vigoroso permite
desenvolver actividades que um organismo frágil é incapaz de realizar.
Toda esta estrutura físico-biológica depende de uma herança que nos
foi geneticamente passada. A hereditariedade é, uma condicionante
básica das nossas possibilidades de acção.
Ex: Alto, magro, saudável (mais resistente, com mais capacidades)
10. Condicionantes pessoais: Dizem respeito às escolhas que ele vai
fazendo ao longo da sua vida. As escolhas de hoje serão
condicionantes amanhã. Por exemplo: se decidires não estudar, vais
ter um mau futuro profissional e social.
Nota: Força da gravidade: não sou livre de voar
Nascemos, crescemos, envelhecemos e morremos = BI Genético
Instintos incontroláveis: fome, sede, etc
11.
12. A acção é intencional
porque…
… traduz aquilo que o agente quer fazer,
atingir ou obter – INTENÇÃO
… reflecte um projecto de um agente, de
alguém que pretende realizar algo e que
persiste em realizar
… justifica-se como um motivo ou razão
… baseia-se num poder actuar, isto é, na
possibilidade e na liberdade de realizar a
acção
… supõe uma escolha/decisão
… implica uma selecção dos meios
necessários para realizar a acção
... Requer a previsão do fim a atingir com
a acção
13.
14. Noção de acção intencional,
implica …
Um agente responsável, que executa
uma ação para realizar uma intenção
Liberdade humana, de poder escolher e
de agir de modo diferente do que se
agiu
16. Físico e Vital
É estar isento de factores que incomodam e/ou fazem
sofrer
17. Moral
É poder escolher entre o bem e o mal; Responder perante
a justiça divina e/ou humana; Conduta através de ideias
morais; É cumprir as leis por si mesmas
independentemente da ideia de uma recompensa ou
punição.
18. Valores
Vulgarmente aplica-se
a propósito de objectos
materiais
• Valor de bens de subsistência ou materiais (pão, água, livros);
• Valor sentimental que damos a um determinado objeto (anel de noivado);
• Valor que, em termos de beleza, atribuímos a um quadro, paisagem;
• Valor que damos as relações com os outros (amizade, fraternidade, respeito);
• Valor da vida humana;
Na perspectiva da Filosofia, é
ultrapassada esta interpretação
materialista, referindo-se a um
certo grau atractividade.
20. Se os valores não são coisas, eles também não se
identificam com qualidades das coisas…!
O valor não reside nos objectos, antes lhes é conferido pelo sujeito. Os objectos
determinam nas pessoas sentimentos que as levam a rejeitar uns e a preferir
outros, ou seja => valorizá-los