1) Valentina vive uma vida boêmia de festas e encontra Braga em uma boate, mas ele é viciado em drogas.
2) Ela tenta ajudá-lo a sair do mundo das drogas, mas pessoas ao redor deles dificultam seu apoio.
3) Braga é espancado por outros homens e Valentina o leva para o hospital, onde fica cuidando dele enquanto se recupera.
1. Infortunados
Sinopse: Valentina VertNin, uma paulistana que vive uma vida boemia.
Bebidas, festas, boates e garotos, tudo isso nas mãos desta jovem quando e
onde ela quiser. Sua perspectiva sobre esse tipo de existência começa a mudar
quando ela conhece Braga Melitos, um jovem que também é deste mundo,
mas está perdido na terra das drogas. A quase paulistana tenta ajudá-lo a sair
deste lugar, mas pessoas ao redor dela e, até o próprio Braga, a impedem de
concluir seu amparo. Um romance louco por bebidas e drogas.
Classificação: Ação; Amizade; Romance; Álcool; Drogas; Linguagem
Imprópria; Nudez; Sexo; Violência.
Faixa Etária: +18
Por S.M. Adelino
Prólogo
Acordei com o Garçom jogando água em meu rosto. Olhei ao redor passando a mão
pela face. A farra do dia anterior já acabara. Apenas sobrara eu, os funcionários do bar e
dois bêbados inconscientes na calçada.
- Quer que eu conte o que aconteceu ontem, Val? – indagou Diego, o Garçom.
- Passado é passado. Não se mexe em ferida antiga, Garçom – sorri virando a xícara de
café a minha frente e fazendo uma careta.
Paguei a minha conta que estava repleta de bebidas dos amigos que aproveitaram
minha embriagues. Voltei ao meu apartamento, tomei uma ducha e joguei-me na cama
vestindo apenas um lingerie, adormecendo em seguida.
Acordei com os bipes descontrolados do meu celular avisando uma ligação.
- Sim? – atendi coçando o olho e bocejando em seguida.
- E aí? Quais são os planos para essa noite? – perguntou Thiago, meu companheiro de
festas e segurança, às vezes.
- Sei lá, mano – respondi botando a mão livre atrás da nuca e cruzando os pés – Estava
esperando você ligar-me dizendo.
- Com essa voz? Nem acordada você estava – riu.
- Fala logo qual é a boa – cortei sorrindo imaginando o quão bom seria voltar a dormir.
- Vai rolar uma festinha no Fifth Club, na Rua Augusta. Sabes onde é?
2. - Sei sim. O que vai ter de bom lá? – indaguei recebendo em resposta uma gargalhada
maliciosa.
- Estão falando que o espaço é bom – revirei os olhos – e, também, tenho um amigo
para apresentar-lhe.
- Ele é gato? Não vou levantar da minha cama para conhecer mais um filho de cruz
credo amigo seu – respondi levantando da cama e seguindo para a cozinha.
- Se ele é gato, eu não sei. Não sou a melhor pessoa para informa-lhe isso, mas posso
dizer-te que ele não fica com qualquer uma, Valentina – respondeu enquanto eu
mastigava um salgadinho frio de queijo – O irmão é meio porra louca, mas é gente boa.
- Ok, cara – respondi rendendo-me – Eu vou, mas espero que valha a pena.
- Vai valer irmã, vai valer – terminou a ligação.
#
Vinte e duas horas eu estava pronta e ligando para o taxi. Não sou louca de beber e
dirigir. Após trinta minutos, eu estava saindo do meu apartamento, no Ibirapuera, e em
quinze minutos, já podia ouvir a música alta e as pessoas do lado de fora bebendo
enquanto esperavam para entrar.
- Pensei que não viria mais – reclamou Thiago.
- A festa só começa quando eu chego.
Paguei o taxi e entrei na boate sem ter que esperar naquela fila enorme. Tendo o
sobrenome que tenho, não precisava entrar em fila alguma para entrar nos lugares.
Thiago já chegava dançando e roçando nas mulheres. Ele era mulherengo e poucas
mulheres recusavam-no.
- Você precisa ver o meu amigo – disse senhor Montez animado enquanto eu pedia uma
vodca no bar.
- De boa Thiago, mas cadê ele? – perguntei dando uma golada na bebida em minha
mão.
O meu amigo olhou ao redor e apontou para um garoto que estava em cima de uma
mesa dançando Macarena. Exato, Macarena. Você sabe, não é? Gente bêbada faz coisas
estranhas.
- Ele é gato – gritei para Thiago em meio ao som.
- Ele é louco – gritou de volta enquanto eu seguia em direção ao homem.
3. Capítulo 1
“O que faremos hoje à noite?”, “Abriu uma nova boate”, “Fechou a raive de terçafeira?” e “Partiu barzinho para finalizar o dia”. Um ótimo jeito de viver, não acha? Não
preciso estudar ou trabalhar por causa da gorda conta bancária de minha família. Meus
dias têm sido de festas desde que me entendo por gente; dia e noite, vinte e quatro
horas. Bebendo, ficando e enlouquecendo.
O garoto? Amigo do Thiago? O que rolou? Bem, tudo o que tenho a contar-lhe é que
tenho um encontro marcado sábado no Kilt Shows. Quem ele é? Braga Melitos, vinte e
três anos. Como ele é? Ok, você não quer o número do cartão de crédito dele também
não? Olha, ele é gato, gostoso e… Gato. Moreno, cabelo encaracolado, alto, animado e
gato.
Uma noite e nada mais. Eu teria um encontro com Braga. Não seria muito difícil.
Jogaria um papo furado e, então, só traçar. Sempre funciona com o tipo que ele é, você
sabe, pegador.
Os dias que se passaram até sábado não são relevantes. Se eu não conseguisse Braga
essa noite, eu não me chamaria Valentina VertNin. Eu não sei o que meu nome tem a
ver com isso, mas sempre quis dizer isso. Mas ah, por favor, é claro que eu o
conseguiria.
Cheguei alguns minutos antes para conhecer o local. Quando deram vinte e uma horas,
ele ainda não tinha chego. Típico! Aproveitei para beber um Lions Nightclub. O barman
começou a jogar-me uma cantada do nível mais baixo possível. “Gata, eu queria que
você fosse minhas axilas, porque assim eu te teria entre os braços e poderia te passar o
roll-on.” Não sabia se ria ou se chorava com o que estava ouvindo.
Após dez minutos, Braga chegou e pediu uma bebida, perto de mim, fingindo não me
ver. Olhou-me pelo canto do olho enquanto eu sorria bebericando a bebida.
- Olá, senhor Atrasado! – disse em meio ao som, ficando de frente para ele.
- Olá, Valentina! Apenas alguns minutos. Não é nada demais – ele falou fazendo-me
balançar a cabeça negativamente e sorrir repreendendo-o – Ok então, duvido que você
consiga ser perfeita – olhou-me jogando um sorriso desafiador.
- Duvida? – elevei uma das sobrancelhas. Ele tinha acabado de começar uma aposta e
com a pessoa errado.
- Qual será o preço da aposta?
- Caso eu ganhe, você me levará a Paris. Uma viagem completa.
- E o que eu ganho quando você perder? – indagou passando a língua nos lábios.
4. - Você escolhe – respondi colando meu corpo ao dele e acariciando seus cachos.
- Valentina, você será minha durante uma semana – respondeu segurando-me pelo
pescoço e mordendo o meu lóbulo.
Ele estava quase me beijando quando eu desvencilhei de seus braços. Segui para a parte
boate do local. Deixei a música envolver-me e comecei a dançar. Olhei disfarçadamente
para Braga, que me olhava dançar, com os cotovelos apoiados no balcão, sorrindo.
- Oi. Meu nome é Pedro. Estava olhando-te de longe e queria saber se eu poderia dançar
com você – falou o belo garoto na minha frente.
- Claro- sorri encantada com seu cavalheirismo.
- Parece que o seu acompanhante não está lhe entretendo – comentou apontando com a
cabeça em direção a Braga.
- Nem todo mundo consegue tal façanha – rimos em uníssono.
Dançamos até eu decidir pegaralgo para beber. Braga fitava-me com uma expressão que
eu não conseguia decifrar.
- Qual foi a cantada que ele mandou? Aposto que foi a clássica: seu pai é padeiro?
Porque você é um sonho – perguntou segurando-me impedindo-me de voltar a pista.
- Na verdade, ele foi bastante educado perguntando se poderia dançar comigo – cortei
retirando suas mãos de meu quadril.
- Diga a ele que essa balada não é GLS – disse segurando meu braço e largando em
seguida.
Voltei para o local da pista onde Pedro estava e entreguei a bebida a ele.
- Recadinho do meu acompanhante – fiz aspas com os dedos. Ele sorriu divertido
fazendo-me continuar – Ele pediu para que eu lhe dissesse que essa balada não é GLS.
- Incrível como certos caras precisam tentar ofender outros para, talvez, conseguir
impressionar uma garota – sussurrou passando o polegar pelo meu lábio inferior.
Sorri afastando-me um pouco de Pedro e terminando o meu drink. Passei o resto da
noite dançando, bebendo e rindo com o cavalheiro. Logo me despedi do recémconhecido e sentei-me ao lado de Melitos. Ele olhou-me esperando uma reação minha.
- Vou embora – falei abruptamente – Seja um bom menino e pague minha conta.
Saí do local e olhei ao redor tentando avistar um taxi vago.
- Você só pode estar de sacanagem – esbravejou atrás de mim – Marcou de sair comigo
para fazer isso?
5. - Entenda que eu não sou uma garota de uma noite. Eu não serei uma estranha sem
nome para você amanhã de manhã – respondi furiosamente.
Deixei a ideia de pegar um taxi de lado e decidi ir andando a casa. Quando cheguei a
esquina da rua da boate, olhei para trás e arrependi-me momentaneamente. Braga
Melitos estava no chão sendo espancado por seis caras, um deles era Pedro. A culpa
atingiu-me como um meteoro na atmosfera. O grupo foi embora deixando o paulistano
no chão, gemendo de dor. Retirei meus saltos e corri até Braga.
- Ai meu Deus, Melitos. Você está bem? Preciso levar-te ao hospital – gritei tentando
fazê-lo dar algum sinal de vida – Você está me ouvindo? – ele sorriu malicioso urrando
de dor em seguida – Tu és um babaca.
Liguei para a ambulância e, logo, estávamos seguindo para o hospital mais próximo.
Capítulo 2
Acordei com o barulho de um bipe constante. Olhei para o lado e Valentina estava
encolhida em uma poltrona dormindo. Tentei virar para voltar a dormir, mas uma dor
atingiu-me nas costelas fazendo-me gemer.
- Não se mexa – sussurrou Valentina ainda de olhos fechados – Você quebrou algumas
costelas e o analgésico que você tomou foi há vinte e três horas.
- Dormi durante quanto tempo, Valentina? – levantei abruptamente recebendo, em
seguida, uma pontada de dor na lateral do corpo.
- Um pouco mais de quarenta e oito horas – respondeu levantando da poltrona e
andando em minha direção.
Franzi o cenho um pouco confuso. Parecia que eu só tinha dormido durante apenas duas
horas.
- O médico disse que você precisava descansar então o deixei dormir. Nem a enfermeira
conseguiu te dar outro analgésico enquanto estive aqui – sorriu olhando para os próprios
pés.
- A posta ainda está de pé? – perguntei.
- Sim. Por quê?
- Depois do que ocorreu com aqueles caras, acho que você está perdendo – sorri.
Após alguns diagnósticos e indicações, fui liberado. Val acompanhou-me até a casa.
6. - Consegue mesmo se virar sozinho com as costelas quebradas e inúmeros hematomas?
– indagou devolvendo minhas coisas.
- Óbvio – respondi – Não deve ser tão difícil tomar banho ou trocar de roupa com um
braço imobilizado.
- Ok. Qualquer coisa me liga- falou já se afastando.
Subi os dois andares de escada e adentrei ao apartamento, sendo recebido por uma
lufada quente de ar. Joguei minhas coisas na bancada do minibar e segui para o quarto.
- Apenas você e eu agora. – Murmurei para as minhas vestes e meu braço bom – Estou
ferrado.
Pensei em ligar para Valentina. Mas eu podia fazer isso. É só uma camisa. Respirei
fundo e tentei mais uma vez. Por milagre ou sorte, consegui livrar-me da roupa de cima.
Eu sou incrível.
Agora tinha outro problema, a calça. Retirei os tênis e tentei remover a calça sem
desabotoar a peça. O real problema só começou quando as vestes não quiseram passar
pelas coxas. Ótima hora para ligar para Valentina. Suspirei alto e liguei para ela.
- Preciso de ajuda – sussurrei assim que ela atendeu. Gargalhou alto.
- Estou voltando. Deixe a porta aberta.
Eu fiquei longos minutos esperando Valentina e quando ela chegou…: – Que cena linda
– comentou, na porta do closet, tentando segurar o riso.
- Para de rir e me ajuda – reclamei balançando as pernas.
- Ok, porém não vou te ajudar a tomar banho – cortou enquanto desabotoava a minha
calça.
- Ah por quê? – perguntei fazendo uma expressão triste.
Ela uniu as sobrancelhas repreendendo-me. Entrei no banheiro enquanto Valentina
colocava as minhas roupas para lavar.
Terminei o banho com continuas dores por causa dos meus esquecimentos de estar com
o tronco ferrado. Sequei-me e enrolei a toalha no quadril. Saí do banheiro e encontrei
Val sentada na cama olhando para mim.
- Senhor, múltipla! – falou mordendo o lábio e fitando-me.
- Gostou? – perguntei andando até ela e elevando seu queixo. Val confirmou sorrindo –
Por que não prova?
- Não quero cair na tentação e ter uma overdose – respondeu rindo e revirando os olhos.
7. Levantou da cama e foi à cozinha pegar a maleta de primeiros socorros. Molhou a gaze
em um antibiótico e começou a enrolá-la em mim.
- Para de se mexer – berrava e batia o pé toda vez que eu tentava ficar confortável – Eu
vou parar de te ajudar senão ficar quieto – falava – Pronto – terminou guardando todos
os medicamentos.
Ela ajudou-me a colocar as roupas. Fez-me sentar à mesa enquanto pedia algo para eu
comer.
- Por que eu estou cuidando de você mesmo? – indagou colocando as mãos no quadril e
virando-se para mim.
- Talvez porque você fez com que seis caras me dessem uma surra?! – respondi com
simplicidade.
Jantamos em silêncio, na medida do possível, já que ela ficava brincando com o brinde
do seu lanche. Sim, ela tinha pedido um daqueles lanches de Fast-foods infantis para o
nosso jantar. Terminamos o jantar-lanche – sendo que Valentina comeu 80% das
minhas batatas fritas – e ficamos desfrutando do brinquedo. Era um bonequinho
portando uma arma grotesca.
- Não para! Eu atirei em você – reclamou atrás da mesa do outro lado da sala.
- Não acertou. Você tem uma péssima mira – gritei saindo do meu esconderijo atrás do
sofá.
Ela aproveitou a minha distração e apontou o brinquedo armado para mim enquanto
fazia barulho de tiro.
- Ah acertei! – gritou correndo pelo cômodo com os braços erguidos – Eu não sou
incrível!
- Não vale. Nós estávamos em uma discussão – gritei voltando a me esconder.
A sala ficou silenciosa. Agucei os meus ouvidos e esperei escutar os seus passos indo de
um lado ao outro. Encolhi-me detrás do sofá. De supetão, Valentina apareceu atrás de
mim gritando e fazendo barulho de disparos. Caí no chão, em cima do braço bom,
porém rolei no chão efetuando parecer que tinha pressionado fortemente o membro
ferido. Gritei fingindo dor.
- Meu braço! Meu braço! – continuei a berrar.
- Ah meu Deus! Desculpe-me! – falou Valentina correndo até mim. Empurrou-me para
o lado fazendo-me sair de cima do braço. Parei de gritar e fingir dor, sorri jogando-a no
chão, e ficando por cima dela.
- Você é um idiota – comentou percebendo a minha farsa. Juntei o meu corpo ao dela e
segurei seu rosto pronto para beijá-la – Não, para com essas ideias – cortou
8. empurrando-me para longe dela e levantando do chão. Bufei e fui ao quarto. Valentina
seguiu-me, e me obrigou a deitar e descansar.
- Está chovendo, Val. Eu nunca passei uma noite chuvosa sem companhia feminina –
sorri colocando o braço direito, o membro bom, atrás da cabeça esperando ela deitar do
meu lado.
- Problema é seu – resmungou pegando seus pertences pelo quarto.
Levantei da cama, tranquei a porta, e agarrei-a: – Não sai enquanto não me entreter.
- Sem problemas! Tem algum jogo de cartas ou tabuleiro? – indagou colocando suas
coisas de volta á mesa e sorrindo para mim como uma criança. Entortei a boca e fiz uma
expressão de tédio – Ok já que você não quer jogar nada comigo então vem cá, tive uma
ideia.
Destranquei a porta e ela me puxou até o lado de fora do prédio.
- O que vamos fazer?
- Tomar banho de chuva – sorriu como se fosse a melhor ideia do mundo.
- Eba! Vamos pegar pneumonia e morrer – falei com uma falsa animação na voz
enquanto ela corria para a chuva – Sai da grama! – ordenei mantendo-me seco na
portaria do edifício.
- Vem me buscar – gritou de volta saltitando pelo gramado em frente ao condomínio.
Saí de debaixo da minha proteção. Até pensei em ir até ela e puxá-la de volta ao
apartamento, mas então ela começou a dançar.
- Tomo um banho de lua, fico branca como a neve – cantarolou com os braços erguidos
– Braga, olha a lua! – gritou correndo até mim, apontando e dando pequenos pulinhos.
- É, está linda! – comentei sem ao menos olhar para o astro. Mantive meu olhar em seu
semblante iluminado pelo luar. Seus olhos eram como órbitas castanhas e amargas.
Brilhavam como o sol de meio-dia. Completamente atraente!
- O que você está olhando? – perguntou ficando corada.
Não respondi, apenas entrelacei meus dedos em seu cabelo liso e levemente bagunçado.
Puxei-a e colei nossos lábios. Sua boa estava úmida e fria por causa da chuva, entretanto
continuava macia e perfeita.
- Por que você fez isso? – sussurrou ainda com os olhos fechados.
- Eu queria te beijar – respondi passando o meu polegar nos seus lábios.
- Eu não me lembro de ter permitido – manteve a voz baixa.
9. - Nem eu – respondi segurando-a pela cintura e roçando meus lábios nos dela. Voltamos
a nos beijar, desta vez não tão inesperadamente quanto o anterior. Ela estremeceu, não
sabia se de frio ou por causa do beijo. Eu preferia que fosse a segunda opção.
- Nunca mais me beije sem a minha permissão – falou descolando nossas bocas e
sorrindo.
Envolvi sua cintura com o braço direito enquanto ela fazia-nos mover em uma dança
desajeitada.