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Graduandas em Nutrição – 6º semestre: Anne Cardim, Cínthia
Costa, Elândia Moreno, Greice Santana, Laís Santos, Larissa
Cerqueira, Laura Helena, Rafaela Lima, Shâmara Lisboa.
DEFINIÇÃO
 Grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos de etiologia
múltipla, decorrente da falta e/ou incapacidade da insulina
exercer suas atividades adequadamente.
Alterações na secreção insulínica.
Alterações na ação insulínica.
Alterações na secreção e ação da insulina.
SBD, 2014; Viggiano C.E. in Cuppari L, 2009
DEFINIÇÃO
 Classificação:
- Tipo 1
- Tipo 2
- DM gestacional
- Outros tipos específicos de DM
 Consequências:
- Danos, disfunção e falência de vários órgãos (rins, olhos, coração, nervos e
vasos sanguíneos.
ADA, 2012; Viggiano C.E. in Cuppari L, 2009
EPIDEMIOLOGIA
1985 - 30 milhões de
diabéticos
2003 - 177 milhões de
diabéticos
4 milhões de mortes/ano
300 milhões até 2030
País Prevalência (%)
Número de diabéticos
(milhões)
Índia 5,5 31,5
China 2,4 20,7
EUA 7,8 17,5
Indonésia 6,7 8,5
OMS, 2005; SBD, 2014
EPIDEMIOLOGIA BRASIL
1980: 7,6% adultos
2006: 14,7% dos > 40 anos
5 milhões de diabéticos
6° País do mundo
BRASIL, 2006; SBD, 2009
Diabetes tipo 1
 Destruição das células betapancreáticas deficiência de insulina.
Natureza auto-imune (maioria) ou idiopática.
 A destruição das células β é mais rápida em crianças e lenta e
progressiva em adultos – Latent Autoimune Diabetes in Adults (LADA).
 Associado a outras doenças auto-imunes: tireoidite de Hashimoto,
doença de Addison e miastenia gravis.
CBD, 2002; PROJETO DIRETRIZES, 2004; Viggiato C.E. in Cuppari L, 2009
5 a 10% dos casos de DM
Diabetes mellitus - tipo 2
 Defeito na AÇÃO (resistência à insulina) e SECREÇÃO da insulina.
 Ambos estão presentes quando a hiperglicemia se manifesta.
 Sobrepeso ou obesidade.
 Cetoacidose é incomum, porem pode ser associada a infecções.
 Ocorre em qualquer idade, principalmente após 40 anos.
 O uso de insulina se torna necessário para melhor controle metabólico.
90 a 95% dos casos de DM
DM Gestacional
 Qualquer intolerância à glicose com início ou diagnóstico durante a
gestação.
 Similar ao DM 2 (resistência à insulina e ↓função das células β pancreáticas).
 Ocorre em 1-14% das gestações ↑morbidade e mortalidade perinatais.
 Reavaliação 4-6 semanas pós-parto:
- DM
- Fatores de risco (glicemia de jejum alterada ou diminuição da tolerância à
glicose)
- Normoglicemia (maioria) 10-63% risco de DM 2, 5-16 anos pós-parto.
DM Gestacional
 Fatores de risco:
- Idade > 25 anos.
- Obesidade ou ganho excessivo de peso.
- Obesidade central.
- Histórico Familiar de diabetes em parentes de 1º grau.
- Baixa estatura (≤ 1,51cm).
- Crescimento fetal excessivo, hipertensão ou pré-eclâmpsia.
- Antecedentes obstétricos de morte fetal ou neonatal por macrossomia.
OUTROS TIPOS ESPECÍFICOS DE DM
 Defeitos genéticos na função das células beta (ex.: MODY – maturity onset
diabetes of the young)
 Doenças do pâncreas exócrino (ex.: pancreatite, neoplasia, fibrose cística,
trauma ou ressecção)
 Defeitos genéticos na ação da insulina
 Induzido por medicamentos ou por agentes químicos (ex.: algumas toxinas,
corticosteróides, h. tireoidiano)
 Endocrinopatias (ex.: S. de Cushing, feocromocitoma)
 Infecções (ex.: rubéola congênita)
 Formas incomuns de DM auto-imune
 Síndromes genéticas às vezes associadas ao DM (S. de Down)
SBD, 2014
FISIOPATOLOGIA - DM 2
Células delta (somatostatina)
Células alfa (glucágon)
Células beta (insulina)
Células PP
(peptídeo pancreático)
Pró-insulina
Peptídeo C
Velloso & Pimazoni Netto, 2007
FISIOPATOLOGIA - DM 2
Glicose Estimulador secreção insulina
Velloso & Pimazoni Netto, 2007
FISIOPATOLOGIA - DM 2
Pâncreas
Deficiência de Insulina
Fígado
Produção hepática
de glicose
aumentada
Resistência à insulina
Tecido muscular e adiposo
Captação de
glicose diminuída
Velloso & Pimazoni Netto, 2007
Fatores de riscos - DM 2
ETIOLOGIA MULTIFATORIAL
Inatividade
física
Alimentação
inadequada
HAS Sobrepeso Obesidade Dislipidemia
Predisposição
genética
Obesidade
central
Etiologia MULTIFATORIAL
Fatores de riscos - DM 2
 Resistência à insulina (RI)
 É fator de risco para:
- DM 2
- Dislipidemia
- HAS
- Esteopatite não alcoólica
- Doenças neurogenerativas
- Neoplasias (mama, pâncreas, cólon)
- Risco cardiovascular aumentado em 2-4x
DIAGNÓSTICO
Valores de glicose plasmática (mg/dL) para diagnóstico de DM e seus estágios pré-clínicos:
Categoria Jejum*
2h após 75g
de glicose
A1c Casual
Glicemia
normal
<100 <140 <5,7
Pré-diabetes** >100 e <126 140 – 199 5,7-6,4% ---
DM ≥126 ≥199 ≥6,5% ≥200***
* Jejum: s/ ingestão calórica ≥ 8 h.
**Pré-diabetes ou risco aumentado de diabetes: anteriormente denominado “glicemia de jejum
alterada” e “tolerância à glicose diminuída”. Confirmado por qualquer dos 3 parâmetros (+).
*** Sintomas clássicos: polidipsia, poliúria, perda ponderal inexplicada.
SBD, 2014
Complicações da DM 2
 Cetoacidose
Complicações da DM 2
 Hipoglicemia
-Diminuição da glicemia a níveis inferiores a 50-60mg/dl.
- Sintomas neuroglicopênicos: fome, tontura, fraqueza, dor de cabeça,
confusão, coma, convulsão.
- Manifestações de liberação do sistema simpático: sudorese, taquicardia,
apreensão, tremor.
Complicações da DM 2
 Acantose nigricans
- Obesidade, hipertireoidismo, hipotireoidismo, diabetes mellitus, síndrome
dos ovários policísticos e resistência periférica à insulina são algumas
condições que causam a disfunção.
Complicações da DM 2
 DAOP
- A Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) é a principal causa de morte
no mundo ocidental.
- É caracterizado pelo depósito de gordura, cálcio e outros elementos na
parede das artérias, reduzindo seu calibre e trazendo um déficit sanguíneo
aos tecidos irrigados por elas.
Complicações da DM 2
 A DAOP é uma doença sistêmica, acometendo simultaneamente diversas
artérias do ser humano, ela pode causar complicações como angina,
infarto do miocárdio, arritmias cardíacas, insuficiência renal, acidente
vascular cerebral ou obstrução de artérias periféricas.
Complicações da DM 2
 Pé Diabético
o É uma complicação crônica do diabetes mellitus, caracterizando-se por
Infecção, ulceração e ou destruição dos tecidos profundos associadas a
anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica nos
membros inferiores.
 Epidemiologia
 Estudos clínicos demonstram que 40 a 60% de todas as amputações não traumáticas dos membros inferiores
são realizadas em pacientes com diabetes.
 85% das amputações dos membros inferiores relacionados ao diabetes são precedidos de uma úlcera no
pé;
o Quatro entre cinco úlceras em indivíduos diabéticos são precipitadas por trauma externo;
o A prevalência de uma úlcera nos pés é de 4 a 10% da população diabética.
SBD, 2014
Complicações Crônicas - DM 2
Microangiopatia Macroangiopatia Neuropatia
Retinopatia* Cardiovasculares* Polineuropatia
simétrica distal
Nefropatia Periférica Focal
Cerebral Autonômica
Pé diabético
• Determinantes:
- Duração do diabetes - Etilismo
- Grau de controle metabólico - Hipertensão Arterial
- Susceptibilidade genética
- Tabagismo
TERAPIA NUTRICIONAL
 Terapia nutricional: fundamental para a prevenção, tratamento e
gerenciamento da DM.
 Intervenção primaria
 Intervenção secundaria
 Intervenção terciária
Tratamento - Intervenção primaria
 Aumentar o consumo de frutas e verduras (400g/dia).
 Aumentar o consumo cereais integrais e grãos.
 Substituição gordura saturada por insaturada e excluir gorduras trans.
 Controle na ingestão de sal.
 Limitação na ingestão de açúcares livres.
 Atividade física.
 Combate ao tabagismo.
Tratamento - Intervenção secundaria
 Manter a glicemia em níveis de normalidade.
 Manter um perfil lipídico que reduza o risco de DCV.
 Manter a PA em níveis normais.
 Prevenir e tratar complicações crônicas do DM.
 Avaliar as necessidades nutricionais, levando em conta as
preferências individuais e culturais.
 + primaria
Tratamento - Intervenção secundaria
Carboidratos Gorduras Proteína Micronutrientes
- 45 - 60% da dieta. -
Sacarose: até 10% (Se
adicionada, compensar
c/ hipoglicemiantes).
-Recomendações:
Frutas, legumes, leite
desnatado, evitar dietas
hipoglicídicas, contagem
de carboidratos e IG.
- Fibras: 20 - 30 %
-Até 30%
- AGS <7%
- Reduzir ou eliminar as
gorduras trans.
-Colesterol <200mg/dia
-2 ou mais porções de
peixe/semana
- Função Renal Normal: 15
- 20% da energia
- Não há evidências
claras de benefícios da
suplementação
- Não é aconselhado
suplementação com
antioxidantes.
- Suplementação de Cr
para diabéticos e obesos
não deve ser
recomendada – dados
obscuros
-Recomendação Normal
(DRIS)
Tratamento - Intervenção terciaria
 Controlar e/ou reduzir a gravidade das complicações crônicas do
diabetes + Primária.
Complicações Microvasculares Recomendações
Diabético com estágio inicial de DRC
Reduzir consumo de proteína p/ 0,8-1,0
g/KgP/dia
Diabético com estágio avançado de
DRC
Reduzir consumo de proteína p/ 0,8
g/KgP/dia
Retinopatia e Nefropatia
Recomendações para prevenção de
DCV
Tratamento - Intervenção terciaria
Complicações Cardiovasculares Recomendações
Diabético com sintomas de falência
cardíaca
Reduzir consumo de sódio p/ 2000
mg/dia
Diabético Hipertenso
Reduzir sódio p/ 2300 mg/dia + dieta rica
em frutas e legumes e pobre em gordura
Dieta rica em frutas, legumes e grãos e
adequada em gordura
Afeta beneficamente os risco de DCV
ADA, 2015
REFERÊNCIAS
 American Diabetes Association. Standards of Medical Care In Diabetes – 2015. January
2015; Volume 38, Supplement 1. p. 78-91. Disponível em:
<http://diabetes.teithe.gr/UsersFiles/entypa/STANDARDS%20OF%20MEDICAL%20CARE%20I
N%20DIABETES%202015.pdf>
 Aspectos Epidemiológicos do Diabetes Melittus e seu Impacto no Individuo e na
Sociedade. Dra Sandra Roberta Gouvea Ferreira. Disponível em:
<http://pt.slideshare.net/foxqueens/aspectos-gerais-do-dm>
 Sociedade Brasileira de Diabetes. Terapia Nutricional no Diabetes Mellitus: Diretrizes da
Sociedade Brasileira de Diabetes. São Paulo: Sociedade Brasileira de Diabetes;2011. p.3-5.
Disponível em: <http://www.diabetes.org.br/educacao/docs/ diretrizes.pdf>

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Diabetes Mellitus

  • 1. Graduandas em Nutrição – 6º semestre: Anne Cardim, Cínthia Costa, Elândia Moreno, Greice Santana, Laís Santos, Larissa Cerqueira, Laura Helena, Rafaela Lima, Shâmara Lisboa.
  • 2. DEFINIÇÃO  Grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos de etiologia múltipla, decorrente da falta e/ou incapacidade da insulina exercer suas atividades adequadamente. Alterações na secreção insulínica. Alterações na ação insulínica. Alterações na secreção e ação da insulina. SBD, 2014; Viggiano C.E. in Cuppari L, 2009
  • 3. DEFINIÇÃO  Classificação: - Tipo 1 - Tipo 2 - DM gestacional - Outros tipos específicos de DM  Consequências: - Danos, disfunção e falência de vários órgãos (rins, olhos, coração, nervos e vasos sanguíneos. ADA, 2012; Viggiano C.E. in Cuppari L, 2009
  • 4. EPIDEMIOLOGIA 1985 - 30 milhões de diabéticos 2003 - 177 milhões de diabéticos 4 milhões de mortes/ano 300 milhões até 2030 País Prevalência (%) Número de diabéticos (milhões) Índia 5,5 31,5 China 2,4 20,7 EUA 7,8 17,5 Indonésia 6,7 8,5 OMS, 2005; SBD, 2014
  • 5. EPIDEMIOLOGIA BRASIL 1980: 7,6% adultos 2006: 14,7% dos > 40 anos 5 milhões de diabéticos 6° País do mundo BRASIL, 2006; SBD, 2009
  • 6. Diabetes tipo 1  Destruição das células betapancreáticas deficiência de insulina. Natureza auto-imune (maioria) ou idiopática.  A destruição das células β é mais rápida em crianças e lenta e progressiva em adultos – Latent Autoimune Diabetes in Adults (LADA).  Associado a outras doenças auto-imunes: tireoidite de Hashimoto, doença de Addison e miastenia gravis. CBD, 2002; PROJETO DIRETRIZES, 2004; Viggiato C.E. in Cuppari L, 2009 5 a 10% dos casos de DM
  • 7. Diabetes mellitus - tipo 2  Defeito na AÇÃO (resistência à insulina) e SECREÇÃO da insulina.  Ambos estão presentes quando a hiperglicemia se manifesta.  Sobrepeso ou obesidade.  Cetoacidose é incomum, porem pode ser associada a infecções.  Ocorre em qualquer idade, principalmente após 40 anos.  O uso de insulina se torna necessário para melhor controle metabólico. 90 a 95% dos casos de DM
  • 8. DM Gestacional  Qualquer intolerância à glicose com início ou diagnóstico durante a gestação.  Similar ao DM 2 (resistência à insulina e ↓função das células β pancreáticas).  Ocorre em 1-14% das gestações ↑morbidade e mortalidade perinatais.  Reavaliação 4-6 semanas pós-parto: - DM - Fatores de risco (glicemia de jejum alterada ou diminuição da tolerância à glicose) - Normoglicemia (maioria) 10-63% risco de DM 2, 5-16 anos pós-parto.
  • 9. DM Gestacional  Fatores de risco: - Idade > 25 anos. - Obesidade ou ganho excessivo de peso. - Obesidade central. - Histórico Familiar de diabetes em parentes de 1º grau. - Baixa estatura (≤ 1,51cm). - Crescimento fetal excessivo, hipertensão ou pré-eclâmpsia. - Antecedentes obstétricos de morte fetal ou neonatal por macrossomia.
  • 10. OUTROS TIPOS ESPECÍFICOS DE DM  Defeitos genéticos na função das células beta (ex.: MODY – maturity onset diabetes of the young)  Doenças do pâncreas exócrino (ex.: pancreatite, neoplasia, fibrose cística, trauma ou ressecção)  Defeitos genéticos na ação da insulina  Induzido por medicamentos ou por agentes químicos (ex.: algumas toxinas, corticosteróides, h. tireoidiano)  Endocrinopatias (ex.: S. de Cushing, feocromocitoma)  Infecções (ex.: rubéola congênita)  Formas incomuns de DM auto-imune  Síndromes genéticas às vezes associadas ao DM (S. de Down) SBD, 2014
  • 11. FISIOPATOLOGIA - DM 2 Células delta (somatostatina) Células alfa (glucágon) Células beta (insulina) Células PP (peptídeo pancreático) Pró-insulina Peptídeo C Velloso & Pimazoni Netto, 2007
  • 12. FISIOPATOLOGIA - DM 2 Glicose Estimulador secreção insulina Velloso & Pimazoni Netto, 2007
  • 13. FISIOPATOLOGIA - DM 2 Pâncreas Deficiência de Insulina Fígado Produção hepática de glicose aumentada Resistência à insulina Tecido muscular e adiposo Captação de glicose diminuída Velloso & Pimazoni Netto, 2007
  • 14. Fatores de riscos - DM 2 ETIOLOGIA MULTIFATORIAL Inatividade física Alimentação inadequada HAS Sobrepeso Obesidade Dislipidemia Predisposição genética Obesidade central Etiologia MULTIFATORIAL
  • 15. Fatores de riscos - DM 2  Resistência à insulina (RI)  É fator de risco para: - DM 2 - Dislipidemia - HAS - Esteopatite não alcoólica - Doenças neurogenerativas - Neoplasias (mama, pâncreas, cólon) - Risco cardiovascular aumentado em 2-4x
  • 16. DIAGNÓSTICO Valores de glicose plasmática (mg/dL) para diagnóstico de DM e seus estágios pré-clínicos: Categoria Jejum* 2h após 75g de glicose A1c Casual Glicemia normal <100 <140 <5,7 Pré-diabetes** >100 e <126 140 – 199 5,7-6,4% --- DM ≥126 ≥199 ≥6,5% ≥200*** * Jejum: s/ ingestão calórica ≥ 8 h. **Pré-diabetes ou risco aumentado de diabetes: anteriormente denominado “glicemia de jejum alterada” e “tolerância à glicose diminuída”. Confirmado por qualquer dos 3 parâmetros (+). *** Sintomas clássicos: polidipsia, poliúria, perda ponderal inexplicada. SBD, 2014
  • 17. Complicações da DM 2  Cetoacidose
  • 18. Complicações da DM 2  Hipoglicemia -Diminuição da glicemia a níveis inferiores a 50-60mg/dl. - Sintomas neuroglicopênicos: fome, tontura, fraqueza, dor de cabeça, confusão, coma, convulsão. - Manifestações de liberação do sistema simpático: sudorese, taquicardia, apreensão, tremor.
  • 19. Complicações da DM 2  Acantose nigricans - Obesidade, hipertireoidismo, hipotireoidismo, diabetes mellitus, síndrome dos ovários policísticos e resistência periférica à insulina são algumas condições que causam a disfunção.
  • 20. Complicações da DM 2  DAOP - A Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) é a principal causa de morte no mundo ocidental. - É caracterizado pelo depósito de gordura, cálcio e outros elementos na parede das artérias, reduzindo seu calibre e trazendo um déficit sanguíneo aos tecidos irrigados por elas.
  • 21. Complicações da DM 2  A DAOP é uma doença sistêmica, acometendo simultaneamente diversas artérias do ser humano, ela pode causar complicações como angina, infarto do miocárdio, arritmias cardíacas, insuficiência renal, acidente vascular cerebral ou obstrução de artérias periféricas.
  • 22. Complicações da DM 2  Pé Diabético o É uma complicação crônica do diabetes mellitus, caracterizando-se por Infecção, ulceração e ou destruição dos tecidos profundos associadas a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica nos membros inferiores.  Epidemiologia  Estudos clínicos demonstram que 40 a 60% de todas as amputações não traumáticas dos membros inferiores são realizadas em pacientes com diabetes.  85% das amputações dos membros inferiores relacionados ao diabetes são precedidos de uma úlcera no pé; o Quatro entre cinco úlceras em indivíduos diabéticos são precipitadas por trauma externo; o A prevalência de uma úlcera nos pés é de 4 a 10% da população diabética. SBD, 2014
  • 23. Complicações Crônicas - DM 2 Microangiopatia Macroangiopatia Neuropatia Retinopatia* Cardiovasculares* Polineuropatia simétrica distal Nefropatia Periférica Focal Cerebral Autonômica Pé diabético • Determinantes: - Duração do diabetes - Etilismo - Grau de controle metabólico - Hipertensão Arterial - Susceptibilidade genética - Tabagismo
  • 24. TERAPIA NUTRICIONAL  Terapia nutricional: fundamental para a prevenção, tratamento e gerenciamento da DM.  Intervenção primaria  Intervenção secundaria  Intervenção terciária
  • 25. Tratamento - Intervenção primaria  Aumentar o consumo de frutas e verduras (400g/dia).  Aumentar o consumo cereais integrais e grãos.  Substituição gordura saturada por insaturada e excluir gorduras trans.  Controle na ingestão de sal.  Limitação na ingestão de açúcares livres.  Atividade física.  Combate ao tabagismo.
  • 26. Tratamento - Intervenção secundaria  Manter a glicemia em níveis de normalidade.  Manter um perfil lipídico que reduza o risco de DCV.  Manter a PA em níveis normais.  Prevenir e tratar complicações crônicas do DM.  Avaliar as necessidades nutricionais, levando em conta as preferências individuais e culturais.  + primaria
  • 27. Tratamento - Intervenção secundaria Carboidratos Gorduras Proteína Micronutrientes - 45 - 60% da dieta. - Sacarose: até 10% (Se adicionada, compensar c/ hipoglicemiantes). -Recomendações: Frutas, legumes, leite desnatado, evitar dietas hipoglicídicas, contagem de carboidratos e IG. - Fibras: 20 - 30 % -Até 30% - AGS <7% - Reduzir ou eliminar as gorduras trans. -Colesterol <200mg/dia -2 ou mais porções de peixe/semana - Função Renal Normal: 15 - 20% da energia - Não há evidências claras de benefícios da suplementação - Não é aconselhado suplementação com antioxidantes. - Suplementação de Cr para diabéticos e obesos não deve ser recomendada – dados obscuros -Recomendação Normal (DRIS)
  • 28. Tratamento - Intervenção terciaria  Controlar e/ou reduzir a gravidade das complicações crônicas do diabetes + Primária. Complicações Microvasculares Recomendações Diabético com estágio inicial de DRC Reduzir consumo de proteína p/ 0,8-1,0 g/KgP/dia Diabético com estágio avançado de DRC Reduzir consumo de proteína p/ 0,8 g/KgP/dia Retinopatia e Nefropatia Recomendações para prevenção de DCV
  • 29. Tratamento - Intervenção terciaria Complicações Cardiovasculares Recomendações Diabético com sintomas de falência cardíaca Reduzir consumo de sódio p/ 2000 mg/dia Diabético Hipertenso Reduzir sódio p/ 2300 mg/dia + dieta rica em frutas e legumes e pobre em gordura Dieta rica em frutas, legumes e grãos e adequada em gordura Afeta beneficamente os risco de DCV ADA, 2015
  • 30. REFERÊNCIAS  American Diabetes Association. Standards of Medical Care In Diabetes – 2015. January 2015; Volume 38, Supplement 1. p. 78-91. Disponível em: <http://diabetes.teithe.gr/UsersFiles/entypa/STANDARDS%20OF%20MEDICAL%20CARE%20I N%20DIABETES%202015.pdf>  Aspectos Epidemiológicos do Diabetes Melittus e seu Impacto no Individuo e na Sociedade. Dra Sandra Roberta Gouvea Ferreira. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/foxqueens/aspectos-gerais-do-dm>  Sociedade Brasileira de Diabetes. Terapia Nutricional no Diabetes Mellitus: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. São Paulo: Sociedade Brasileira de Diabetes;2011. p.3-5. Disponível em: <http://www.diabetes.org.br/educacao/docs/ diretrizes.pdf>