1. Sinais de pontuação
Ponto final–representa uma pausa forte e aparece a concluir uma frase do
tipo declarativo ou do tipo imperativo.
Vírgula- representa uma pausa menor e separa quer elementos de uma
frase quer frases.
Ponto e vírgula- obriga a uma pausa intermédia entre o ponto final e a
vírgula; aparece com menos frequência que os anteriores e surge
sobretudo em períodos longos, separando frases da mesma natureza.
Travessão- utiliza-se com maior frequência para reproduzir, em discurso
direto, a fala de alguém.
Aspas- usam-se no princípio e no fim de uma citação; usam-se ainda para
dar à palavra um segundo sentido ou para destacar palavras, quer pela
sua expressividade, quer porque fogem à norma.
Parênteses- servem para inserir, na frase, uma indicação útil, um
esclarecimento, um aparte; servem ainda, nas peças de teatro, para incluir
indicações cénicas.
Ponto de interrogação –termina habitualmente uma frase do tipo
interrogativo.
Reticências –significam que uma ideia ou uma frase foi interrompida.
(Utilizam-se para exprimir hesitações, pensamentos inacabados, sentidos
que se querem deixar no ar sem os dizer; para mostrar que o emissor foi
interrompido.
Dois pontos – correspondem a uma pausa breve e servem, sobretudo,
para iniciar o discurso direto; usam-se também para introduzir uma
enumeração.
Ponto de exclamação- termina frequentemente frases do tipo
exclamativo, podendo concluir também frases do tipo imperativo (usa-se
para exprimir sentimentos e estados de espírito vários); usa-se ainda,
depois das interjeições como Ai!, Ui!, Oxalá!, Oh! que exprimem também
dor, espanto, desejo, alegria…
2. Tipos de sujeito
O sujeito é uma função sintáctica desempenhada habitualmente por um
grupo nominal.
Ex. Os meus sapatos castanhos estão apertados.
O sujeito pode ser substituído pelo pronome pessoal com função de
sujeito, ou, em alguns casos, pelas formas isto, isso, aquilo do pronome
demonstrativo.
Ex. Eu e a Manuela escorregámos na lama. Ela magoou-se.
Sujeito simples
É constituído por um grupo nominal, um pronome, ou mesmo uma
oração.
Por exemplo: O João venceu o campeonato.
Sujeito composto
É constituído por mais do que um grupo nominal, um pronome ou uma
oração.
Por exemplo: Nós vamos a uma visita de estudo. O João e a Rute fizeram
um trabalho de estudo fabuloso.
Sujeito nulo subentendido
O sujeito não está explícito, mas é facilmente identificável pelo contexto.
Por exemplo: A Dora é estudiosa e por isso tem bons resultados.
Sujeito nulo indeterminado
Não é possível saber quem é o sujeito.
Por exemplo: “ Dizia-se que ele era agressivo”.
Sujeito nulo expletivo
3. Não há sujeito porque as formas verbais se referem a fenómenos da
natureza. O mesmo acontece se utiliza o verbo a ver com o sentido de
existir.
Por exemplo: “ Trovejou esta noite ”. “ Nevou na serra da Estrela”.
1. O Marcos comprou um Ferrari. Sujeito simples.
2. Há bolas de Berlim no bar. Sujeito nulo expletivo.
3. O Marcos e o Miguel foram à natação. Sujeito composto.
4. Vende-se carros usados. Sujeito nulo indeterminado.
5. Eles foram ao bar. Sujeito simples.
6. Vamos ao continente. Sujeito nulo subentendido.
7. Choveu toda a noite. Sujeito nulo expletivo.
8. Estudámos para o teste. Sujeito nulo indeterminado.
9. Pedrito chegou ao palácio. Sujeito simples.
10. As vozes diziam ameaças. Sujeito simples.
11. Pedro e Pedrito fizeram um juramento. Sujeito composto.
12. Cortou um dedo para salvar o irmão. Sujeito subentendido.
13. Há feiticeiras na floresta. Sujeito nulo expletivo.
14. Fala-se do juramento dos irmãos. Sujeito nulo indeterminado.
15. Foram felizes para sempre. Sujeito subentendido.
16.Aluga-se caravanas. Sujeito nulo indeterminado.
Características do conto popular
O conto prende-se, pois, com o povo e com a população mais rural,
menos “ letrada”,
1. Narrativa curta e encadeada
2. A estrutura, basicamente, desenvolvia-se em cinco momentos;
A apresentação da situação;
O acontecimento perturbador;
Os acontecimentos e peripécias passadas pelo herói;
O desaparecimento do motivo perturbador;
A conclusão
3. As personagens principais são, de um modo geral, anónimas e em
número reduzido, envolvendo classes sociais diferentes,
4. constituídas muitas vezes por três elementos: a heroína, o herói e o
elemento representativo do mal (fada, bruxa ou velha).
4. O espaço e o tempo são indefinidos e indeterminados.
5. O encantamento e a simologia dos nomes e dos números impõem-
se no evoluir das histórias, sendo constante a referência ao número
três.
6. A presença do maravilhoso: dragões, fadas, feiticeiras, bruxas entre
outros elementos.
7. A moralidade que muitas vezes pode ser expressa em provérbio.
Nela assistimos sempre ao triunfo do bem sobre o mal.
8. Função lúdica e didáctica, ou seja os contos podem divertir e
ensinar, simultaneamente. Destinava-se sobretudo, a passar uma
mensagem moralizada, mas também a divertir e entreter o núcleo
familiar, os amigos e vizinhos.
As lendas
Como sabes, as lendas fazem parte da chamada literatura oral e
tradicional. O seu autor é o povo, que as transmitiu oralmente de
geração em geração, e só mais tarde é que alguns autores as
passaram para a forma de escrita.
Características das lendas
1. Ao contrário do conto tradicional, a lenda baseia-se em factos reais
que são depois transformados pela imaginação. Há pois,
umamistura de realidade e de fantasia.
2. A maior parte das lendas enquadra-se num espaço e num tempo
determinado.
3. As personagens também são reduzidas, mas, na maior parte das
vezes, estão identificadas pelo nome.
Relações de som e de grafia
Homónimas
Preguei-lhe uma partida.
5. Estou a ver uma partida de futebol.
Assisti à partida do avião.
As palavras assinaladas são homónimas porque:
Se escrevem da mesma maneira (têm grafia igual).
Se lêem da mesma maneira (têm pronuncia igual).
Têm significados diferentes
Homófonas
O amigo deu-lhe um conselho.
Vira no concelho de Ourique.
As palavras assinaladas são homófonas porque:
Se lêem da mesma maneira.
Se escrevem de maneira diferente.
Têm significados diferentes.
Homógrafas
Sei de cor essa história.
Gosto dessa cor.
As palavras assinaladas são homógrafas porque:
Se escrevem da mesma maneira.
Se lêem de maneira diferente.
Têm significados diferentes.
Parónimas
6. Crer é sinónimo de acreditar.
Querer é sinónimo de desejar.
As palavras assinaladas são parónimas porque:
Se escrevem de forma semelhante.
Se lêem de forma semelhante.
Tipos de frase
1. Em pedra se há-de tornar. Frase do tipo declarativo.
2. Tirarás a chave da boca do leão. Frase do tipo imperativo.
3. O Pedro cortou o dedo? Frase do tipo interrogativa.
4. Que cobra tão grande! Frase do tipo exclamativo.