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TRANSLITERACY NA EDUCAÇÃO INFORMAL; PAPEL DA BIBLIOTECA
                            ESCOLAR


Resumo
Aborda-se sobre a importância da biblioteca escolar trabalhar a transliteracy com os educandos,
contribuindo para a aprendizagem informal com relação aos medias. Apresenta-se o estudo de
caso, em andamento, que objetiva apresentar modelo de rede social de leitores-escritores para a
educação básica, tendo como instrumento a plataforma Biblon. Espera-se contribuir para
integração das TIC nos serviços bibliotecários, acarretando dinamismo nas atividades com a
literatura. Com relação aos educandos espera-se melhorar a qualidade e motivação para leitura-
escrita, desenvolver as competências para acessar, utilizar e produzir informações na web 2.0 e
ampliar a presença de conteúdos na língua portuguesa na web.
Palavras-chaves: transliteracy, rede social, leitura-escrita, biblioteca escolar, Biblon.

1. Introdução

       A Sociedade da Informação apresenta-se como um contexto em constante mudança e a
biblioteca escolar deve estar alerta a essa nova realidade, pois tem como principal utilizador as
crianças e jovens, geração nativos digitais. Estes vivem em um ambiente permeado de
tecnologia e inovações, por isso esperam que as instituições que lhes prestam serviços também
sejam contemporâneas e inovadoras e que usem as tecnologias para oferecer serviços e produtos
personalizados.
       A biblioteca escolar, no paradigma da web 2.0, deve oferecer novos serviços e produtos,
notadamente a formação de redes sociais on line em torno da leitura, cumprindo assim com um
dos seus principais objetivos, formação de leitores, em todos os contextos e diferentes suportes.
Assim, estará contribuindo para o aprimoramento das competências informacionais e digitais
dos educandos, ao proporcionar oportunidade de criação de conteúdos, interação entre pessoas e
as tecnologias, com base em práticas participativas.
       A presente comunicação está focada no estudo de caso da rede social de leitores-
escritores juniores, a plataforma Biblon (http://www.portal-biblon.com), concebida com o
objetivo de agregar as crianças da educação básica, do Agrupamento de Escolas de Aveiro,
Portugal, em espaços de leitura literária.

2. Biblioteca Escolar e Transliteracy
       Com as transformações advindas com a internet, presencia-se, uma inversão de papéis na
Sociedade da Informação. Desta vez, são as crianças e jovens os pioneiros e principais
desbravadores do potencial da tecnologia de informação e comunicação, desmontando assim
uma estrutura hierárquica vertical, consolidada historicamente, onde os mais velhos detinham o
saber e o controle e ensinavam os novos.
       Essa mudança de paradigma concede aos mais jovens poder e individualidade,
especialmente com relação à informação. Já que, atualmente, eles fazem com que a informação
se adapte a suas necessidades e seus desejos pessoais (TAPSCOOTT, 2010).
       A tecnologia tem mudado as formas de comunicação e acesso a informação na nossa
cultura. Hoje, crianças e jovens ao chegar ao ambiente escolar já carregam consigo repertório
informacional vasto e quantitativo, adquirido, especialmente, através dos media e das
plataformas digitais, muitas vezes, mesmo antes de saber ler e escrever. Assim, tem-se a
principal estratificação social do Século XXI, o fosso entre os que têm competência para
acessar, compreender e utilizar as informações digitais e os que são abstraídos de tais
competências. Nesse sentido, as instituições que têm como cerne a informação e a educação,
como a biblioteca, tornam-se responsáveis pelo estreitamento desse fosso entre os indivíduos
(IFLA, 2002).
       As competências necessárias para aceder e consumir informações diversas foram
conceituadas como information literacy, termo usado pela primeira vez, em 1974, pelo
bibliotecário Paul Zurkowsk, como técnicas e habilidades de utilização de ferramentas de
informação no ambiente de trabalho. Desde então a literatura científica arrola variedade
terminológica para definir tais habilidades, porém, destaca-se que literacia como um termo de
grande uso em Portugal.
       Hoje, está em uso transliteracy, que evoluiu de transliteracies, no âmbito do projeto
Transliteracies Project, coordenado por Alan Liu, do Department of English da University of
California. A partir de então, a professora Sue Thomas, passou a trabalhar o termo transliteracy,
em um conceito mais amplo, no grupo de pesquisa Production and Research in Transliteracy
(PART), formado em 2006, na Universidade De Monfort.
       Segundo Thomas e outros (2007), transliteracy “is the ability to read, write and interact
across a range of platforms, tools and media”. Andretta (2009) acrescenta que “that research on
transliteracy is primarily concerned with the interaction between people or learners and social
networking technologies”.
       A transliteracy concentra-se no uso da tecnologia, em um contexto social, independente
da tecnologia em uso e deriva das novas formas de comunicação e informação, que emanam das
ferramentas interativas digitais. Portanto, fica evidente a relevância das redes sociais no
conceito da transliteracy, por absorver uso e compreensão de múltiplas linguagens, a prática
participativa em canais de interação e a capacidade de expressão nesses canais multimídias.
Assim, observa-se que a base para a transliteracy é a leitura e escrita, apesar de que, torna-se
revelante enfatizar que só estas não contemplam mais as necessidades do mundo atual.
       Aponta-se então que, a transliteracy atribui competência aos indivíduos para aceder,
compreender e utilizar a informação, em formatos tradicionais e advindos das plataformas
digitais e para as interações a partir dessa informação, enfim transliteracy é a alfabetização
dentro do processo de convergência de pessoas e das mídias. Entretanto, Thomas e outros
(2007, p. 13) esclarecem que os estudos sobre transliteracy ainda não estão amadurecidos e que
ainda carece de pesquisas.
       Com a web 2.0 houve uma mudança no percurso da informação, enquanto a web 1.0
encaminha os indivíduos para a informação, a web social leva a informação para as pessoas e
produz a integração entre os indivíduos. Mas, no âmbito das bibliotecas, considera-se que o
basilar das mudanças foi à oportunidade dos usuários se converterem em produtores da
informação e criadores de conteúdo.
       A utilização dos recursos da web 2.0 pela biblioteca acarretou que, a partir 2005, quando
o termo Library 2.0 (L2) foi usado no Blog LibraryCrunch, de Michel Casey, a relação entre
biblioteca e usuário tomou o rumo de comunicação multidirecional, proporcionando integração
entre a biblioteca e seus utilizadores e de utilizador para utilizador. E os serviços tradicionais,
estáticos e assíncronos da biblioteca passaram por inovação e incremento de modo a serem
redesenhados, visando atender as novas necessidades informacionais dos usuários.
       No contexto atual, os usuários têm urgência no acesso e uso da informação, dessa forma,
não se contentam somente com serviços face a face e no ambiente físico da biblioteca. O ponto
determinante da Library 2.0, é a onipresença da biblioteca na vida do seu usuário, sem os
limiares das condições de espaço e tempo.
       Considera-se que a conjuntura cambial de paradigmas torna-se um processo incerto e
brando para alguns profissionais que atuam nas bibliotecas. Thomson (2011) sugere que o
bibliotecário deve manter-se atualizado sobre os estudos na temática da transliteracy, pois os
mesmos têm relação direta com conceitos que estão no cerne da Ciência da Informação.
       O bibliotecário ao incorporar os conceitos da transliteracy pode auxiliar o usuário, de
maneira mais eficaz, a acessar, compreender e criar informação, especialmente à informação
digital. Porém, urge que no campo das bibliotecas escolares esse percurso seja abreviado, pois a
aprendizagem e as literacias das crianças e jovens tendem a se tornarem mais críticas e
complexas.
       A biblioteca escolar deve estar atenta que as tecnologias romperam os limiares de papéis
no processo comunicacional, proporcionando uma mixagem, onde todos são usuários e
produtores, leitores e escritores de informação e de conteúdo.
       A criação é uma característica da nova geração, que se encontra envolvida na produção
e/ou remix de informação, conhecimento e entretenimento em ambientes digitais. Palfrey e
Gasser (2010) consideram que, apesar da qualidade e quantidade de conteúdos produzidos pelos
nativos digitais ainda não atingir níveis de excelência, a criação representa uma oportunidade
para a aprendizagem, expressão pessoal e autonomia individual e que essa trajetória é revelante
por permitir perceber como as crianças devem ser educadas na era digital.
       Assim, a biblioteca escolar torna-se uma das instituições educacionais responsáveis por
trabalhar as competências da transliteracy dos alunos, preparando-os para serem autores e
consumidores da informação, contribuindo diretamente para a inclusão de crianças e jovens, na
sociedade digital. A transliteracy, os media e habilidades de pesquisa devem agora acompanhar
o desenvolvimento de competências de leitura e escrita dos alunos e tais habilidade devem ser
trabalhadas antes dos estudantes chegarem ao ensino universitário. Os estudantes, na Sociedade
da Informação, devem compreender e atuar sobre os fenômenos, assim serão capazes de agir
com responsabilidade e estarem aptos a exercer a cidadania de maneira significativa
(LIPPINCOTT, 2007).

3. Biblioteca Escolar e Leitura Literária
        Tendo como fundamento as constatações já arroladas, percebe-se emergir profundas
transformações nas bibliotecas escolares, entretanto um dos seus principais objetivos continua
inabalado, o incentivo à leitura literária dos alunos.
       É de salientar que a biblioteca escolar tem um papel diferenciado da escola com relação à
leitura. A escola ensina a ler e a escrever, a biblioteca incentiva a prática e o prazer da leitura e
da escrita, em um contexto de aprendizagem informal. Assim, através do acesso à literatura, a
biblioteca proporciona o compartilhar de experiências e emoções e oportuniza a leitura lúdica,
como opção para o tempo livre. A biblioteca escolar é o lugar privilegiado para a disseminação
e socialização do texto literário.
         Convém destacar que, no presente, quando se fala de livros, apesar da idéia
preconcebida ser o livro em forma impressa, evoca-se também o livro digital. Esta sinergia,
entre varias textualidades, oferece maior motivação para a literatura infanto-juvenil e oportuniza
espaço para criação em torno do texto literário.
         Como estratégia de incentivo à prática da leitura, recomenda-se a biblioteca da escola
utilizar a indicação de Chartier (2002, p. 121) “a ambição para as bibliotecas do futuro poderia
ser reconstituir ao redor do livro as sociabilidades que perdemos”. Argumenta-se, então, que a
biblioteca escolar deve ser o principal caminho de interação entre os leitores e destes com a
literatura, tanto em texto impresso como no mundo digital e fazer a convergência entre essas
pessoas e linguagens. Partilhar leituras deve ser encarado como uma maneira inovadora de
incentivar a prática da mesma. A biblioteca tem vocação para ser o local da linguagem
compartilhada (PETIT, 2008:99). Partilha e cooperação deve ser a essência para o incentivo e a
prática da leitura literária de crianças e jovens.
         A participação em redes e comunidades conduz ao compartilhamento de experiências,
estabelece relações de identidade e confiança, o que contribui para a partilha e construção do
conhecimento. Atualmente tem-se percebido uma crescente introdução das redes sociais no
ambiente educacional, Wenger (1999) acentua que as escolas precisam proporcionar aos
estudantes oportunidade para formarem comunidades e não os isolar das muitas outras
comunidades das quais os mesmos participam.
         Baker e Moss (2001, p. 320) indicam as escolas como locais apropriados para promover
o sentimento de comunidade, envolvendo todo o segmento escolar, aqui incluso a família do
educando, e que não há melhor tema para envolver a comunidade do que as alegrias e emoções
da leitura.
         Diante do exposto, considera-se que a biblioteca da escola é a instituição apropriada
para estimular a formação de redes de leitores-escritores, como um espaço onde os atores,
especialmente os alunos, sintam liberdade para emitir idéias, sugestões e críticas, mas também,
serem estimulados ao receberem novas idéias, sugestões e também pensamentos divergentes,
em torno da literatura.
4. Projeto Biblon
          A presente investigação subordinada ao título Rede Social de Leitores-Escritores
Juniores, com enquadramento nas áreas de Ciência da Informação Comunicação e Educação,
integra-se no Programa Doutoral em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais, do
Departamento de Comunicação e Artes da Universidade de Aveiro e da Faculdade de Letras da
Universidade do Porto.
        No contexto da investigação, tem-se como foco atender a seguinte pergunta: o uso dos
social media (rede social), pela biblioteca escolar, contribui para o incentivo a prática da leitura-
escrita?
        Uma vez que, as ferramentas sociais da web 2.0 estão presentes nas bibliotecas, convém
refletir sobre o papel das mesmas, com ênfase nas bibliotecas escolares. Dessa forma, a pesquisa
tem como objetivo geral apresentar proposta de construção de rede social de leitores-escritores
para a educação básica. O estudo de caso tem como instrumento a plataforma Biblon
(www.portal-biblon.com).
          O Projeto Biblon, ao oferecer interação de múltiplas linguagens, acarreta motivação
para a leitura-escrita em ambientes híbridos. Considera-se que, o contato das crianças com a
tecnologia da web 2.0, de forma lúdica e atrativa, colabora para a prática participativa em
plataformas de interação, desenvolvendo a capacidade de produção nos medias sociais.
        A experiência está a ser desenvolvida com base na realidade de Portugal, porém almeja-
se ampliá-la para os países lusófonos, visando assim, que a plataforma Biblon seja usada nos
países de língua portuguesa, o que contribuirá para ampliação a presença de conteúdos em
Português no ambiente da web, promovendo também a interculturalidade entre crianças nos
diversos países.
          A plataforma Biblon foi elaborada por uma equipe interdisciplinar do Departamento de
Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, no âmbito do Mestrado em Comunicação
Multimédia e do Doutoramento em Informação e Comunicação em Platformas Digitais.
          Para o uso do Biblon nas escolas foi assinado convênio entre a Universidade de Aveiro
e o Agrupamento de Escolas de Aveiro. Na primeira fase foi realizado oficina de formação de
utilizador com os educadores, com o objetivo de divulgar e explicar as funcionalidades do
Biblon, discutir sobre as atividades a serem desenvolvidas (focus group) e elaborar cronograma
de atividades na biblioteca e em sala de aula.
          A partir de então, estão a ser realizadas oficinas com os alunos, visando disseminar e
esclarecer as ferramentas do Biblon e estimular o seu uso, como instrumento para a prática da
leitura literária, no contexto da escola e também no cotidiano das crianças.
          Conscientes que o processo de formação de leitores passa pelo envolvimento da família,
a equipa do Biblon, informa os pais dos alunos, sobre o objetivo do referido projeto, assim
como também solicita a colaboração e participação no uso da plataforma, visando sensibilizá-
los que a leitura partilhada e uso das tecnologias são estratégias inovadoras para o incentivo à
leitura literária das crianças.
          Pertende-se que o Projeto Biblon constitua em uma plataforma de articulação no
processo educacional informal da comunidade portuguesa.

5. Conclusão
         Tendo como base os argumentos arrolados, percebe-se que a biblioteca continua a
desempenhar papel insubstituível na sociedade, apesar de carecer de renovação visando
acompanhar as mudanças de paradigmas que ocorrem na sociedade atual. Destaque para a
biblioteca escolar que está a absorver novos papéis, como exemplo a transliteracy, porém, sem
abandonar responsabilidades já consolidadas e fundamentais em qualquer tempo e sociedade,
como a prática da leitura literária.
       Dessa forma, a biblioteca da escola deve valer-se de práticas habituais de seus
utilizadores, os nativos digitais, que apresentam afinidade com a tecnologia e aptidão natural
para a informação digital.
6. Referências
ANDRETTA, S.           (2009) Transliteracy: take a walk on the wild side. Disponível
em:<http://www.ifla.org/annual-conference/ifla75/index.htm>. Acesso em: 20 jan. 2011.
BAKER, P. ; MOSS, R. (2001) Creating a community of readers. In: REDDING, S. ;
THOMAS, L. The community of the school. Lincoln: Academic Development Institute. p. 319-
333.
CHARTIER, R. (2002) Os desafios da escrita. São Paulo: UNESP.
CHARTIER, R (2007) Os livros resistirão às tecnologias digitais. Disponível em:
<http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/fundamentos/roger-chartier-livros-
resistirao-tecnologias-digitais-610077.shtml>. Acesso em: 20 jan. 2011.
INTERNATIONAL             FEDERATION           OF       LIBRARY         ASSOCIATIONS       AND
INSTITUTIONS.(2002)            Manifesto da IFLA sobre a Internet. Disponível em:
<http://www.ifla.org/files/faife/publications/policy-documents/internet-manifesto-pt.pdf>.
Acesso em: 15 nov. 2010.
LIPPINCOTT, J. K. (2007) Student content creators: convergence of literacies. Educause
Review, 42(6), 16-17.
MISKULIN, R. et al. (2008) Identificação e Análise das Dimensões que Permeiam a Utilização
das Tecnologias de Informação e Comunicação nas Aulas de Matemática no Contexto da
Formação de Professores. Bolema: Boletim de Educação Matemática, 19(26)
PALFREY, J.; GASSER, U.(2010) Born Digital: understanding the first generation of digital
natives. New York: Basic Books.
PETIT, M.(2008) Os Jovens e a Leitura. São Paulo: EDITORA 34.
TAPSCOOTT, D. (2010) A Hora da Geração Digital. Rio de Janeiro: AGIR.
THOMAS, S. et al.(2007) Transliteracy: crossing divides. First Monday,12(12-3).
THOMSON, J. (2011) Transliteracy: 21st century literacy. Disponível em: <
http://tametheweb.com/2011/01/27/exploring-transliteracy-a-ttw-guest-post-by-jessica-
thomson/>. Acesso em: 30 jan. 2011.
TONTA, Y.(2010) Digital Natives and Virtual Libraries: what does the future hold for
libraries? Disponível em: <           http://eprints.rclis.org/handle/10760/13079?mode=simple>.
Acesso em: 4 nov. 2010.
WENGER, E.(1999) Communities of practice: learning, meaning, and identity. Cambridge,
Cambridge University Press.

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TRANSLITERACY NA EDUCAÇÃO INFORMAL; PAPEL DA BIBLIOTECA ESCOLAR

  • 1. TRANSLITERACY NA EDUCAÇÃO INFORMAL; PAPEL DA BIBLIOTECA ESCOLAR Resumo Aborda-se sobre a importância da biblioteca escolar trabalhar a transliteracy com os educandos, contribuindo para a aprendizagem informal com relação aos medias. Apresenta-se o estudo de caso, em andamento, que objetiva apresentar modelo de rede social de leitores-escritores para a educação básica, tendo como instrumento a plataforma Biblon. Espera-se contribuir para integração das TIC nos serviços bibliotecários, acarretando dinamismo nas atividades com a literatura. Com relação aos educandos espera-se melhorar a qualidade e motivação para leitura- escrita, desenvolver as competências para acessar, utilizar e produzir informações na web 2.0 e ampliar a presença de conteúdos na língua portuguesa na web. Palavras-chaves: transliteracy, rede social, leitura-escrita, biblioteca escolar, Biblon. 1. Introdução A Sociedade da Informação apresenta-se como um contexto em constante mudança e a biblioteca escolar deve estar alerta a essa nova realidade, pois tem como principal utilizador as crianças e jovens, geração nativos digitais. Estes vivem em um ambiente permeado de tecnologia e inovações, por isso esperam que as instituições que lhes prestam serviços também sejam contemporâneas e inovadoras e que usem as tecnologias para oferecer serviços e produtos personalizados. A biblioteca escolar, no paradigma da web 2.0, deve oferecer novos serviços e produtos, notadamente a formação de redes sociais on line em torno da leitura, cumprindo assim com um dos seus principais objetivos, formação de leitores, em todos os contextos e diferentes suportes. Assim, estará contribuindo para o aprimoramento das competências informacionais e digitais dos educandos, ao proporcionar oportunidade de criação de conteúdos, interação entre pessoas e as tecnologias, com base em práticas participativas. A presente comunicação está focada no estudo de caso da rede social de leitores- escritores juniores, a plataforma Biblon (http://www.portal-biblon.com), concebida com o objetivo de agregar as crianças da educação básica, do Agrupamento de Escolas de Aveiro, Portugal, em espaços de leitura literária. 2. Biblioteca Escolar e Transliteracy Com as transformações advindas com a internet, presencia-se, uma inversão de papéis na Sociedade da Informação. Desta vez, são as crianças e jovens os pioneiros e principais desbravadores do potencial da tecnologia de informação e comunicação, desmontando assim uma estrutura hierárquica vertical, consolidada historicamente, onde os mais velhos detinham o saber e o controle e ensinavam os novos. Essa mudança de paradigma concede aos mais jovens poder e individualidade, especialmente com relação à informação. Já que, atualmente, eles fazem com que a informação se adapte a suas necessidades e seus desejos pessoais (TAPSCOOTT, 2010). A tecnologia tem mudado as formas de comunicação e acesso a informação na nossa cultura. Hoje, crianças e jovens ao chegar ao ambiente escolar já carregam consigo repertório informacional vasto e quantitativo, adquirido, especialmente, através dos media e das plataformas digitais, muitas vezes, mesmo antes de saber ler e escrever. Assim, tem-se a principal estratificação social do Século XXI, o fosso entre os que têm competência para acessar, compreender e utilizar as informações digitais e os que são abstraídos de tais competências. Nesse sentido, as instituições que têm como cerne a informação e a educação, como a biblioteca, tornam-se responsáveis pelo estreitamento desse fosso entre os indivíduos (IFLA, 2002). As competências necessárias para aceder e consumir informações diversas foram conceituadas como information literacy, termo usado pela primeira vez, em 1974, pelo
  • 2. bibliotecário Paul Zurkowsk, como técnicas e habilidades de utilização de ferramentas de informação no ambiente de trabalho. Desde então a literatura científica arrola variedade terminológica para definir tais habilidades, porém, destaca-se que literacia como um termo de grande uso em Portugal. Hoje, está em uso transliteracy, que evoluiu de transliteracies, no âmbito do projeto Transliteracies Project, coordenado por Alan Liu, do Department of English da University of California. A partir de então, a professora Sue Thomas, passou a trabalhar o termo transliteracy, em um conceito mais amplo, no grupo de pesquisa Production and Research in Transliteracy (PART), formado em 2006, na Universidade De Monfort. Segundo Thomas e outros (2007), transliteracy “is the ability to read, write and interact across a range of platforms, tools and media”. Andretta (2009) acrescenta que “that research on transliteracy is primarily concerned with the interaction between people or learners and social networking technologies”. A transliteracy concentra-se no uso da tecnologia, em um contexto social, independente da tecnologia em uso e deriva das novas formas de comunicação e informação, que emanam das ferramentas interativas digitais. Portanto, fica evidente a relevância das redes sociais no conceito da transliteracy, por absorver uso e compreensão de múltiplas linguagens, a prática participativa em canais de interação e a capacidade de expressão nesses canais multimídias. Assim, observa-se que a base para a transliteracy é a leitura e escrita, apesar de que, torna-se revelante enfatizar que só estas não contemplam mais as necessidades do mundo atual. Aponta-se então que, a transliteracy atribui competência aos indivíduos para aceder, compreender e utilizar a informação, em formatos tradicionais e advindos das plataformas digitais e para as interações a partir dessa informação, enfim transliteracy é a alfabetização dentro do processo de convergência de pessoas e das mídias. Entretanto, Thomas e outros (2007, p. 13) esclarecem que os estudos sobre transliteracy ainda não estão amadurecidos e que ainda carece de pesquisas. Com a web 2.0 houve uma mudança no percurso da informação, enquanto a web 1.0 encaminha os indivíduos para a informação, a web social leva a informação para as pessoas e produz a integração entre os indivíduos. Mas, no âmbito das bibliotecas, considera-se que o basilar das mudanças foi à oportunidade dos usuários se converterem em produtores da informação e criadores de conteúdo. A utilização dos recursos da web 2.0 pela biblioteca acarretou que, a partir 2005, quando o termo Library 2.0 (L2) foi usado no Blog LibraryCrunch, de Michel Casey, a relação entre biblioteca e usuário tomou o rumo de comunicação multidirecional, proporcionando integração entre a biblioteca e seus utilizadores e de utilizador para utilizador. E os serviços tradicionais, estáticos e assíncronos da biblioteca passaram por inovação e incremento de modo a serem redesenhados, visando atender as novas necessidades informacionais dos usuários. No contexto atual, os usuários têm urgência no acesso e uso da informação, dessa forma, não se contentam somente com serviços face a face e no ambiente físico da biblioteca. O ponto determinante da Library 2.0, é a onipresença da biblioteca na vida do seu usuário, sem os limiares das condições de espaço e tempo. Considera-se que a conjuntura cambial de paradigmas torna-se um processo incerto e brando para alguns profissionais que atuam nas bibliotecas. Thomson (2011) sugere que o bibliotecário deve manter-se atualizado sobre os estudos na temática da transliteracy, pois os mesmos têm relação direta com conceitos que estão no cerne da Ciência da Informação. O bibliotecário ao incorporar os conceitos da transliteracy pode auxiliar o usuário, de maneira mais eficaz, a acessar, compreender e criar informação, especialmente à informação digital. Porém, urge que no campo das bibliotecas escolares esse percurso seja abreviado, pois a aprendizagem e as literacias das crianças e jovens tendem a se tornarem mais críticas e complexas. A biblioteca escolar deve estar atenta que as tecnologias romperam os limiares de papéis no processo comunicacional, proporcionando uma mixagem, onde todos são usuários e produtores, leitores e escritores de informação e de conteúdo. A criação é uma característica da nova geração, que se encontra envolvida na produção e/ou remix de informação, conhecimento e entretenimento em ambientes digitais. Palfrey e
  • 3. Gasser (2010) consideram que, apesar da qualidade e quantidade de conteúdos produzidos pelos nativos digitais ainda não atingir níveis de excelência, a criação representa uma oportunidade para a aprendizagem, expressão pessoal e autonomia individual e que essa trajetória é revelante por permitir perceber como as crianças devem ser educadas na era digital. Assim, a biblioteca escolar torna-se uma das instituições educacionais responsáveis por trabalhar as competências da transliteracy dos alunos, preparando-os para serem autores e consumidores da informação, contribuindo diretamente para a inclusão de crianças e jovens, na sociedade digital. A transliteracy, os media e habilidades de pesquisa devem agora acompanhar o desenvolvimento de competências de leitura e escrita dos alunos e tais habilidade devem ser trabalhadas antes dos estudantes chegarem ao ensino universitário. Os estudantes, na Sociedade da Informação, devem compreender e atuar sobre os fenômenos, assim serão capazes de agir com responsabilidade e estarem aptos a exercer a cidadania de maneira significativa (LIPPINCOTT, 2007). 3. Biblioteca Escolar e Leitura Literária Tendo como fundamento as constatações já arroladas, percebe-se emergir profundas transformações nas bibliotecas escolares, entretanto um dos seus principais objetivos continua inabalado, o incentivo à leitura literária dos alunos. É de salientar que a biblioteca escolar tem um papel diferenciado da escola com relação à leitura. A escola ensina a ler e a escrever, a biblioteca incentiva a prática e o prazer da leitura e da escrita, em um contexto de aprendizagem informal. Assim, através do acesso à literatura, a biblioteca proporciona o compartilhar de experiências e emoções e oportuniza a leitura lúdica, como opção para o tempo livre. A biblioteca escolar é o lugar privilegiado para a disseminação e socialização do texto literário. Convém destacar que, no presente, quando se fala de livros, apesar da idéia preconcebida ser o livro em forma impressa, evoca-se também o livro digital. Esta sinergia, entre varias textualidades, oferece maior motivação para a literatura infanto-juvenil e oportuniza espaço para criação em torno do texto literário. Como estratégia de incentivo à prática da leitura, recomenda-se a biblioteca da escola utilizar a indicação de Chartier (2002, p. 121) “a ambição para as bibliotecas do futuro poderia ser reconstituir ao redor do livro as sociabilidades que perdemos”. Argumenta-se, então, que a biblioteca escolar deve ser o principal caminho de interação entre os leitores e destes com a literatura, tanto em texto impresso como no mundo digital e fazer a convergência entre essas pessoas e linguagens. Partilhar leituras deve ser encarado como uma maneira inovadora de incentivar a prática da mesma. A biblioteca tem vocação para ser o local da linguagem compartilhada (PETIT, 2008:99). Partilha e cooperação deve ser a essência para o incentivo e a prática da leitura literária de crianças e jovens. A participação em redes e comunidades conduz ao compartilhamento de experiências, estabelece relações de identidade e confiança, o que contribui para a partilha e construção do conhecimento. Atualmente tem-se percebido uma crescente introdução das redes sociais no ambiente educacional, Wenger (1999) acentua que as escolas precisam proporcionar aos estudantes oportunidade para formarem comunidades e não os isolar das muitas outras comunidades das quais os mesmos participam. Baker e Moss (2001, p. 320) indicam as escolas como locais apropriados para promover o sentimento de comunidade, envolvendo todo o segmento escolar, aqui incluso a família do educando, e que não há melhor tema para envolver a comunidade do que as alegrias e emoções da leitura. Diante do exposto, considera-se que a biblioteca da escola é a instituição apropriada para estimular a formação de redes de leitores-escritores, como um espaço onde os atores, especialmente os alunos, sintam liberdade para emitir idéias, sugestões e críticas, mas também, serem estimulados ao receberem novas idéias, sugestões e também pensamentos divergentes, em torno da literatura.
  • 4. 4. Projeto Biblon A presente investigação subordinada ao título Rede Social de Leitores-Escritores Juniores, com enquadramento nas áreas de Ciência da Informação Comunicação e Educação, integra-se no Programa Doutoral em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais, do Departamento de Comunicação e Artes da Universidade de Aveiro e da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. No contexto da investigação, tem-se como foco atender a seguinte pergunta: o uso dos social media (rede social), pela biblioteca escolar, contribui para o incentivo a prática da leitura- escrita? Uma vez que, as ferramentas sociais da web 2.0 estão presentes nas bibliotecas, convém refletir sobre o papel das mesmas, com ênfase nas bibliotecas escolares. Dessa forma, a pesquisa tem como objetivo geral apresentar proposta de construção de rede social de leitores-escritores para a educação básica. O estudo de caso tem como instrumento a plataforma Biblon (www.portal-biblon.com). O Projeto Biblon, ao oferecer interação de múltiplas linguagens, acarreta motivação para a leitura-escrita em ambientes híbridos. Considera-se que, o contato das crianças com a tecnologia da web 2.0, de forma lúdica e atrativa, colabora para a prática participativa em plataformas de interação, desenvolvendo a capacidade de produção nos medias sociais. A experiência está a ser desenvolvida com base na realidade de Portugal, porém almeja- se ampliá-la para os países lusófonos, visando assim, que a plataforma Biblon seja usada nos países de língua portuguesa, o que contribuirá para ampliação a presença de conteúdos em Português no ambiente da web, promovendo também a interculturalidade entre crianças nos diversos países. A plataforma Biblon foi elaborada por uma equipe interdisciplinar do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, no âmbito do Mestrado em Comunicação Multimédia e do Doutoramento em Informação e Comunicação em Platformas Digitais. Para o uso do Biblon nas escolas foi assinado convênio entre a Universidade de Aveiro e o Agrupamento de Escolas de Aveiro. Na primeira fase foi realizado oficina de formação de utilizador com os educadores, com o objetivo de divulgar e explicar as funcionalidades do Biblon, discutir sobre as atividades a serem desenvolvidas (focus group) e elaborar cronograma de atividades na biblioteca e em sala de aula. A partir de então, estão a ser realizadas oficinas com os alunos, visando disseminar e esclarecer as ferramentas do Biblon e estimular o seu uso, como instrumento para a prática da leitura literária, no contexto da escola e também no cotidiano das crianças. Conscientes que o processo de formação de leitores passa pelo envolvimento da família, a equipa do Biblon, informa os pais dos alunos, sobre o objetivo do referido projeto, assim como também solicita a colaboração e participação no uso da plataforma, visando sensibilizá- los que a leitura partilhada e uso das tecnologias são estratégias inovadoras para o incentivo à leitura literária das crianças. Pertende-se que o Projeto Biblon constitua em uma plataforma de articulação no processo educacional informal da comunidade portuguesa. 5. Conclusão Tendo como base os argumentos arrolados, percebe-se que a biblioteca continua a desempenhar papel insubstituível na sociedade, apesar de carecer de renovação visando acompanhar as mudanças de paradigmas que ocorrem na sociedade atual. Destaque para a biblioteca escolar que está a absorver novos papéis, como exemplo a transliteracy, porém, sem abandonar responsabilidades já consolidadas e fundamentais em qualquer tempo e sociedade, como a prática da leitura literária. Dessa forma, a biblioteca da escola deve valer-se de práticas habituais de seus utilizadores, os nativos digitais, que apresentam afinidade com a tecnologia e aptidão natural para a informação digital.
  • 5. 6. Referências ANDRETTA, S. (2009) Transliteracy: take a walk on the wild side. Disponível em:<http://www.ifla.org/annual-conference/ifla75/index.htm>. Acesso em: 20 jan. 2011. BAKER, P. ; MOSS, R. (2001) Creating a community of readers. In: REDDING, S. ; THOMAS, L. The community of the school. Lincoln: Academic Development Institute. p. 319- 333. CHARTIER, R. (2002) Os desafios da escrita. São Paulo: UNESP. CHARTIER, R (2007) Os livros resistirão às tecnologias digitais. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/fundamentos/roger-chartier-livros- resistirao-tecnologias-digitais-610077.shtml>. Acesso em: 20 jan. 2011. INTERNATIONAL FEDERATION OF LIBRARY ASSOCIATIONS AND INSTITUTIONS.(2002) Manifesto da IFLA sobre a Internet. Disponível em: <http://www.ifla.org/files/faife/publications/policy-documents/internet-manifesto-pt.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2010. LIPPINCOTT, J. K. (2007) Student content creators: convergence of literacies. Educause Review, 42(6), 16-17. MISKULIN, R. et al. (2008) Identificação e Análise das Dimensões que Permeiam a Utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação nas Aulas de Matemática no Contexto da Formação de Professores. Bolema: Boletim de Educação Matemática, 19(26) PALFREY, J.; GASSER, U.(2010) Born Digital: understanding the first generation of digital natives. New York: Basic Books. PETIT, M.(2008) Os Jovens e a Leitura. São Paulo: EDITORA 34. TAPSCOOTT, D. (2010) A Hora da Geração Digital. Rio de Janeiro: AGIR. THOMAS, S. et al.(2007) Transliteracy: crossing divides. First Monday,12(12-3). THOMSON, J. (2011) Transliteracy: 21st century literacy. Disponível em: < http://tametheweb.com/2011/01/27/exploring-transliteracy-a-ttw-guest-post-by-jessica- thomson/>. Acesso em: 30 jan. 2011. TONTA, Y.(2010) Digital Natives and Virtual Libraries: what does the future hold for libraries? Disponível em: < http://eprints.rclis.org/handle/10760/13079?mode=simple>. Acesso em: 4 nov. 2010. WENGER, E.(1999) Communities of practice: learning, meaning, and identity. Cambridge, Cambridge University Press.