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PROJETO
“Mediunidade sem Tabu”
CICLO DE CAPACITAÇÃO DE TAREFEIROS DA MEDIUNIDADE
MÓDULO II
MEDIUNIDADE – RESPONSABILIDADE DE TODOS NÓS – MÉDIUM PRODUTIVO
DATA: 17 de maio 2015
HORÁRIO: 9h às 17h
LOCAL: Grupo Espírita Allan Kardec. Rua Mirabel, nº 119, Piabetá. - RJ.
ATIVIDADES: Exposição inicial e Grupos de Reflexão sobre o tema central
PÚBLICO ALVO: Dirigentes de Casas Espíritas e Dirigentes de Atividades Mediúnicas das Casas
Espíritas do 6º CEU/CEERJ. Tarefeiros das Atividades Mediúnicas e Estudantes da
Mediunidade no âmbito do 6º CEU/CEERJ
ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS: Equipe SeAM/AREE/CEERJ e Coordenação Local do 6º CEU/CEERJ
AGENDA DAS ATIVIDADES
HORÁRIO ATIVIDADE COORDENAÇÃO
9h Abertura dos Trabalhos Coordenação Local
9h30 - 10h Pequena Exposição Interativa sobre o tema central
Pequena Esquete sobre Médiuns Produtivos
SeAM - Participantes
10h - 12h Formação dos Grupos de Reflexão – 1º momento SeAM e monitores locais
12h – INTERVALO - ALMOÇO
13h30 -
15h20
Dinâmica: Análise de uma Reunião Mediúnica
Formação dos Grupos de Reflexão – 2º momento
SeAM e monitores locais
15h25 -
16h45
Plenário: Comentário geral com base nas reflexões SeAM e monitores locais
16h50 - 17h Encerramento Coordenação local
PARTE A – EXPOSIÇÃO INTERATIVA – PONTOS A DESTACAR
1. Todo mundo é médium, inclusive você!
2. Mediunidade e Responsabilidade – Consciência Mediúnica
3. A importante questão da sintonia
4. Mediunidade e autonomia para o pensar, sentir e agir
CONSELHO ESPÍRITA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - CEERJ
Adeso à Federação Espírita Brasileira
6º CONSELHO ESPÍRITA DE UNIFICAÇÃO – 6º CEU/CEERJ
ÁREA DE EDUCAÇÃO ESPÍRITA
Serviço de Atividades Mediúnicas – SeAM/CEERJ
&
Serviço de Atividades Espirituais e Mediúnicas – SAEM/6ºCEU/CEERJ
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PARTE B – ITEM 1: ESQUETE
TEXTO DA DRAMATIZAÇÃO
Personagens: Abel - Lourdes - Cassiano - Flor - Ramiro
CENA – Abel vai passando numa calçada e encontra com Lourdes e Cassiano; Flor e Ramiro na saída do
cinema.
Abel (De longe): Ô, amigos, ôooo!!! (Encontram-se e se abraçam enquanto fala). Que surpresa encontrar
vocês aqui! Tudo bem?
Cassiano: Surpresa boa, amigo. Acabamos de sair do cinema! Rapaz ... uma parada muito legal! O nome do
filme é “Os Outros”, com a Nicole Kidman.
Lourdes: Eu amei, Cara! Muito, muito, muito... sei lá!
Flor: Você, que mexe com estas coisas de Espiritismo, devia assistir.
Abel: Eu ainda não vi o filme, mas o que vocês acharam?
Ramiro: Eu entendi bem o início: música boa, bom cenário, a Nicole Kidman...! Depois me confundi todo,
e não entendi mais nada.
Lourdes: Você vai ver? Se for, eu não conto.
Abel: Pode contar que eu vou ver assim mesmo.
Cassiano: Ô, Cara. A mãe cuidava dos filhos doentes, e na verdade já estavam todos mortos! Caramba!!!!,
Cara. Sinistro, Cara!
Lourdes: Foi assim, ó, como é que eu vou dizer... super, sobrenatural. Um filme de alta ficção científica!
Flor: Claro, aquilo não existe, não pode existir, é invenção, não é? (Abel balança a cabeça dizendo que não),
aquilo não pode ser verdade, é verdade? (Abel balança a cabeça dizendo que sim). Puxa! Você está me
confundindo. É ou não é ficção científica?
Abel: Bem, o enredo do filme pode ter sido uma criação, para puxar o tema, assim como uma novela. Mas...
Cassiano: Mas o quê, Cara?!... Você quer dizer que a gente mora com um bando de Espírito de morto?
Ramiro: Quer dizer que onde a gente vive, come, dorme, briga e faz mais algumas coisinhas, tem Espíritos
habitando junto com a gente?!!!
Abel: Bem, não quero dizer que os Espíritos habitam exatamente com a gente, não; pelo menos nem sempre
é assim. Mas os Espíritos estão por toda a parte e eles convivem conosco, numa boa, e podem até nos
influenciar, para as coisas que estamos querendo fazer ou aprontar.
Todos: Quê!!!!????? Como???!!!...
Cassiano: Os Espíritos estão na minha casa, por exemplo? Uau!!! Eles podem aparecer pra mim?
Abel: Ô, rapaz, deixa de ser bobo! Se você nunca viu os Espíritos porque vai começar a ver agora, né? Não
é assim que a banda toca, não! Para ver os Espíritos a pessoa tem que ser médium.
Ramiro: E como é que eu vou saber se sou ou não sou isso aí que você está dizendo?
Abel: (rindo) Porque, quem é médium já nasce médium: já vê, já ouve, já percebe por algum sinal mais ou
menos claro a presença dos Espíritos, e isso desde pequeno. Aí... vai se acostumando, não é mais novidade...!
Flor: Mas você acabou de dizer que os Espíritos estão em toda a parte e podem nos influenciar! ...
Abel: Sim, falei, e confirmo. Os Espíritos podem nos influenciar assim como todas as coisas que nos
influenciam: uma revista, um noticiário, um amigo encarnado, aquele tipo meio “espírito de porco” que quer
zoar com a nossa cara – coisas assim; mas ver e falar com os Espíritos já é coisa de médium, não é para
qualquer um.
Lourdes: Ô, Abelzinho... por via das dúvidas, você que está sempre com o telefone ligado no além, não quer
me acompanhar até a minha casa, não? Tá me dando um friozinho na espinha...!!!(Pausa. Abel pensa)
Abel: Calma, pessoal, o assunto é mais simples do que se pensa. Que tal a gente se sentar um pouco para
conversar...?
3
PARTE B - ITEM 2: QUESTÕES PARA REFLETIR – COMENTÁRIO DAS REFLEXÕES
“A educação da mediunidade paralelamente enseja a alegria de o indivíduo ser feliz
pelo bem que pode realizar e pelo prazer de experimentar o bem que se recebe”.
(Médiuns e Mediunidade. Vianna de Carvalho – Cap. V)
1 – Os Espíritos logo que deixam o corpo físico ficam soltos na terra? Em que situação?
a) No Plano Espiritual imediato à experiência física, as sociedades humanas desencarnadas, em quase dois
terços, permanecem naturalmente jungidas, de alguma sorte, aos interesses terrenos. (...)
Aglutinam-se em verdadeiras cidades e vilarejos, com estilos variados, como acontece aos burgos terrestres,
(...) edificando largos empreendimentos de educação e progresso, em favor de si mesmas e a benefício dos
outros.
(...) Com esses dois terços de criaturas ainda ligadas, desse ou daquele modo, aos núcleos terrenos,
encontramos um terço de Espíritos relativamente enobrecidos que se transformam em condutores da marcha
ascensional dos companheiros, pelos méritos com que se fazem segura instrumentação das Esferas
Superiores. (Evolução em Dois Mundos – Francisco Cândido Xavier /Waldo Vieira e André Luiz pág. 177)
b) Só os Espíritos inferiores podem sentir saudades de gozos, que perderam deixando a Terra, natureza
impura qual a deles, gozos que lhes acarretam a expiação pelo sofrimento. Para os Espíritos elevados, a
felicidade eterna é mil vezes preferível aos prazeres efêmeros da Terra. (LE - questão 313)
2. Como é que os espíritos interagem conosco?
a) Os espíritos agem sobre nós, mas essa ação é quase que restrita ao pensamento, porque eles não conseguem
agir diretamente sobre a matéria.
b) Todos somos influenciados pelos Espíritos. A definição de Mediunidade em O Livro dos Médiuns – Cap.
XIV – it 159, tem duas direções: fala da mediunidade comum a todos nós e fala da mediunidade no sentido
mais específico do termo, o que Kardec denomina de “médium produtivo”. Vejamos os dois conceitos:
“Todo aquele que, num grau qualquer, sente a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa
faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são
as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode-se, pois, dizer-se que todos são mais ou menos
médiuns”.
(...) “Todavia, usualmente, assim só se classificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem
caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização
mais ou menos sensitiva”.
c) Pelo médium propriamente dito, o espírito desencarnado pode comunicar-se, se puder e se quiser,
utilizando a melhor forma que o médium possa oferecer em função da faculdade que possui.
3. Como saber se os Espíritos que nos influenciam ou que se comunicam conosco são bons ou maus?
a) Admita-se que os Espíritos verdadeiramente bons não podem querer senão o bem e dizer senão coisas boas
e se concluirá que tudo o que denote, na linguagem dos Espíritos, falta de bondade e de benignidade não
pode provir de um bom Espírito. A inteligência longe está de constituir um indício certo de superioridade,
porquanto a inteligência e a moral nem sempre andam emparelhadas. Pode um Espírito ser bom, afável, e ter
conhecimentos limitados, ao passo que outro, inteligente e instruído, pode ser muito inferior em moralidade.
(Ver O Livro dos Médiuns – itens 263, 264 e 265)
b) Quem tenha estudado o mundo espírita, em todos os graus da escala, sabe que há Espíritos, cuja
perversidade iguala à dos homens mais depravados e que se comprazem em exprimir seus pensamentos nos
mais grosseiros termos. Outros – menos detestáveis – se contentam com expressões tolas. É natural que esses
médiuns sintam o desejo de se verem livres da preferência de que são objeto por parte de semelhantes
Espíritos e que devem invejar os que jamais escreveram uma palavra inconveniente nas comunicações que
recebem. Seria necessária uma estranha aberração de ideias e estar desprovido do bom-senso para acreditar
que semelhante linguagem possa ser usada por Espíritos bons. (LM – it 194 - 4º)
4. O que significa ser médium? Como uma pessoa pode saber se é médium ou não?
“Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos. (...) Nos tempos atuais, de renovação social, cabe-lhes uma
missão especialíssima; são árvores destinadas a fornecer alimento espiritual a seus irmãos; multiplica-se em
número, para que abunde o alimento”. (...) “Se, porém, eles desviam do objetivo providencial a preciosa
faculdade que lhes foi concedida (...) Se nenhum proveito tiram dela para si mesmos, melhorando-se, são
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quais a figueira estéril. Deus lhes retirará um dom que se tornou inútil neles”. (O Evangelho Segundo o
Espiritismo. Cap. XIX; item 10; edição da FEB).
5. Quando uma pessoa se vê como médium, o que ela deve fazer?
a) “O estudo da própria faculdade com o competente conhecimento do Espiritismo são as bases essenciais e
indispensáveis para uma orientação segura e sem qualquer prejuízo”. (Médiuns e Mediunidade. Vianna de
Carvalho – Cap. XIII)
b) “O exercício metódico da faculdade em desdobramento especializado é o passo seguinte, proporcionador
do equilíbrio que faculta mais amplas incursões na experiência transcendental”. (Médiuns e Mediunidade –
Vianna de Carvalho – Cap. XIII)
c) “A atividade na área da caridade ilumina-o e a oração fortalece-o, resguardando-o das influências
prejudiciais...” (Médiuns e Mediunidade. Vianna de Carvalho – Cap. XIII)
6. “Com que fim a Providência outorgou de maneira especial, a certos indivíduos, o dom da
mediunidade?” (Ver outras perguntas de Kardec aos Espíritos em LM– item 220)
a) - "É uma missão de que se incumbiram e cujo desempenho os faz ditosos. São os intérpretes dos Espíritos
com os homens." (LM– item 220)
b) “Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos. (...) são árvores destinadas a fornecer alimento espiritual a
seus irmãos; multiplica-se em número, para que abunde o alimento”. (...) “Se, porém, eles desviam do
objetivo providencial a preciosa faculdade que lhes foi concedida (...) Se nenhum proveito tiram dela para si
mesmos, melhorando-se, são quais a figueira estéril. Deus lhes retirará um dom que se tornou inútil neles”.
(ESE - Cap. XIX; item 10).
c) – Há os que se fazem “médiuns imperfeitos; desconhecem o valor da graça que lhes é concedida.” (LM–
item 220)
d) O bom trabalhador, no entanto, compreende, antes de tudo, o sentido profundo da oportunidade que
recebeu. Valoriza todos os elementos colocados em seus caminhos, como respeita as possibilidades alheias.
[…] Os cegos de espírito continuarão queixosos; no entanto, os que acordaram para Jesus sabem que sua
época de trabalho redentor está pronta, não passou, nem está por vir. É o dia de hoje, é o ensejo bendito de
servir, em nome do Senhor, aqui e agora... (FC Xavier – Emmanuel. Caminho, verdade e vida. Cap. 73
“Oportunidade”)
6.1 - A mediunidade é um compromisso do qual não se pode fugir? O que pode acontecer ao tarefeiro
quando não cumpre com o compromisso assumido?
a) - "A faculdade lhes é concedida, porque precisam dela para se melhorarem, para ficarem em condições de
receber bons ensinamentos. Se não aproveitam da concessão, sofrerão as consequências. Jesus não pregava
de preferência aos pecadores, dizendo ser preciso dar àquele que não tem?" (LM– item 220)
b) “O médium digno da missão do auxílio não é um animal subjugado à canga, mas sim um irmão da
humanidade e um aspirante à Sabedoria. Deve trabalhar e estudar por amor”. (Nos Domínios da Mediunidade
- André Luiz – 22ª edição- cap. 16 – página 156).
c) Os atributos medianímicos são como os talentos do Evangelho. Se o patrimônio divino é desviado de seus
fins, o mau servo torna-se indigno da confiança do Senhor da seara da verdade e do amor. Multiplicados no
bem, os talentos mediúnicos crescerão para Jesus, sob as bênçãos divinas; todavia, se sofrem o insulto do
egoísmo, do orgulho, da vaidade ou da exploração inferior, podem deixar o intermediário do invisível entre
as sombras pesadas do estacionamento, nas mais dolorosas perspectivas de expiação, em vista do acréscimo
de seus débitos irrefletidos. (O CONSOLADOR–23a.ed-Francisco Cândido Xavier–Emmanuel - página 216)
d) “Se tens a consciência desperta, perante as necessidades da própria alma, entenderás facilmente que a
mediunidade é recurso de trabalho como qualquer outro que se destine à edificação (...). A mediunidade é
ensejo de serviço e aprimoramento, resgate e solução” (Seara dos Médiuns-pág.134).
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7. Se todos somos médiuns, todos podemos desenvolver a mediunidade? Em que consiste ser médium
produtivo? (Ver conceito e médium produtivo em LM)
“Não há desenvolvimento mediúnico para realizações sólidas, sem o aprimoramento da individualidade
mediúnica.”. (Seara dos Médiuns. Emmanuel – Formação Mediúnica)
a) Se os rudimentos da faculdade mediúnica não existem, nada fará que apareçam. (O LM-it 208)
b) (...) “O desenvolvimento da faculdade mediúnica depende da natureza mais ou menos expansiva do
perispírito do médium e da maior ou menor facilidade da sua assimilação pelo dos Espíritos. Depende,
portanto, do organismo e pode ser desenvolvida quando exista o princípio. Não pode, porém, ser adquirida
quando o princípio não exista. (Obras Póstumas-parag. 6 - nº 34)
c) Médiuns produtivos são aqueles pelos quais a faculdade mediúnica se manifesta por “efeitos patentes de
certa intensidade, o que, então, depende de uma organização mais ou menos sensitiva”. (LM q 159).
d) “Os médiuns positivos, ou seja, que possuam grandes forças intermediárias (eletromagnetismo, vitalidade,
intensidade vibratória, sensibilidade superior, vigor mental em diapasão harmônico com as forças
físicocerebrais), serão mais aptos do que o normal das criaturas ao fenômeno de reminiscências do passado,
por predisposições particulares” (Yvonne A Pereira em Recordações da Mediunidade – Cap. 3)
e) Médiuns positivos: suas comunicações geralmente têm um cunho de nitidez e precisão, que muito se presta
aos detalhes circunstanciados aos informes exatos. Muito raros.
8. Como desenvolver a mediunidade? (Consultar também o livro Nos Domínios da Mediunidade)
a) “A primeira condição é colocar-se o médium, com fé sincera, sob a proteção de Deus. (...) A segunda
condição é aplicar-se, com meticuloso cuidado, a reconhecer, por todos os indícios que a experiência faculta,
de que natureza são os primeiros Espíritos que se comunicam. (...) Por isso é que indispensável se faz o
estudo prévio da teoria, para todo aquele que queira evitar os inconvenientes peculiares à experiência."(O
Livro dos Médiuns - Cap. XVII, item 211).
b) “A educação do médium, coordenando atitudes, corrigindo falhas de qualquer natureza, evitando
estertores e distúrbios, equilibrando o pensamento e dirigindo-o é técnica que resultará eficaz para sintonia
correta”. (Oferenda. Joana de Angelis/Divaldo P Franco – p. 180)
c) “O cultivo do silêncio interior e do recolhimento favorece a educação mediúnica, por aguçar as percepções
parafísicas, ensejando mais amplas possibilidades de intercâmbio espiritual.” (Médiuns e Mediunidade.
Vianna de Carvalho – Cap. XIII)
d) “Não sendo irrepreensível médium nenhum, a vigilância há de constituir lhe norma de segurança,
reconhecendo, na sua fragilidade, a força para o sucesso da empresa espiritual.” (Médiuns e Mediunidade.
Vianna de Carvalho – Cap. XIII)
e) No que diz respeito à psicografia: “Ocorre […] uma espécie de frêmito no braço e na mão. Pouco a pouco,
a mão é arrastada por uma impulsão que ela não logra dominar. Muitas vezes, não traça senão riscos
insignificantes; depois, os caracteres se desenham cada vez mais nitidamente e a escrita acaba por adquirir a
rapidez da escrita ordinária. Em todos os casos, deve-se entregar a mão ao seu movimento natural e não
oferecer resistência, nem propeli-la. Alguns médiuns escrevem desde o princípio correntemente com
facilidade, às vezes mesmo desde a primeira sessão, o que é muito raro. Outros, durante muito tempo, traçam
riscos e fazem verdadeiros exercícios caligráficos. Dizem os Espíritos que é para lhes soltar a mão.” (LM-
2ª.pte -item 210).
f) “...Estamos diante do psicógrafo comum. (...) A transmissão da mensagem não será simplesmente "tomar
a mão”. (...). Transmitir mensagens de uma esfera para outra, no serviço de edificação humana demanda
esforço, boa vontade, cooperação e propósito consistente. É natural que o treinamento e a colaboração
espontânea do médium facilitem o trabalho; entretanto, de qualquer modo, o serviço não é automático...
Requer muita compreensão, oportunidade e consciência. O intermediário não pode improvisar o estado
receptivo. A sua preparação espiritual deve ser incessante. Qualquer incidente pode perturbar lhe o
aparelhamento sensível. Além disso, a cooperação magnética do plano espiritual é fundamental para a
execução da tarefa” ... (André Luiz- Missionários da Luz – cap. 1)
(...) «Quando, ao cabo de alguns meses, nada mais obtém do que coisas insignificantes, ora um sim, ora um
não ou letras sem conexão, é inútil continuarem, será gastar papel em pura perda. São médiuns, mas médiuns
improdutivos. » (LM-2ª.pte -item 262).
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g) Mesmo em se tratando dos médiuns produtivos, « (…) as primeiras comunicações obtidas devem
considerar-se meros exercícios, tarefa que é confiada a Espíritos secundários. Não se lhes deve dar muita
importância, visto que procedem de Espíritos empregados, por assim dizer, como mestres de escrita, para
desembaraçarem o médium principiante. » (LM-2ª.pte -item 262)
h) Em relação à vidência: A vidência não é manifestação incomum nas reuniões mediúnicas. Ocorre, em
geral, sob a forma intuitiva, mais fugaz e imprecisa. Raramente ocorre nitidamente, como na de clarividência.
A visão acidental e fortuita de um Espírito, numa circunstância especial, é muito frequente. Contudo, a visão
habitual de Espíritos ou do plano espiritual é excepcional. Normalmente, os médiuns videntes e outros
(psicofônicos, psicógrafos) recebem imagens que são captadas pela mente, semelhantemente ao processo
telepático. «Os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os Espíritos. Alguns gozam dessa faculdade
em estado normal, quando perfeitamente acordados, e conservam lembrança precisa do que viram. » (LM-
2ª.pte -item 167)
i) Em relação à Psicofonia: “O processo tem início a partir do transe, quando ocorre a emancipação da alma,
permitindo ao perispírito do médium expandir-se. Tão logo sinta, o médium, a sensação de afastamento do
corpo físico, deve mudar a postura mental para um estado receptivo e atento, diminuindo o fluxo de
pensamentos para ensejar que as ideias do comunicante penetrem nos seus registros físio-psíquicos, numa
expectativa serena, sem ansiedade ou tensões para a concretização da passividade.” (Vivência Mediúnica –
Projeto Manoel P. Miranda – Cap. 6)
8.1 - Por que se tem um tipo de mediunidade e não outro? Isso se pode escolher? É possível mudar de
um tipo de mediunidade para outro?
a) “Em primeiro lugar, cumpre ao obreiro do Senhor obedecer aos seus dirigentes espirituais, executando as
tarefas que lhe foram confiadas, e não tergiversar. O mundo espiritual é complexo, as leis que o regem e as
circunstâncias de vida muito elásticas e também complexas, e longe estamos de conhecê-lo em sua verdadeira
estrutura para ousarmos criticar a forma de agir dos mentores invisíveis. Complexas serão, por isso mesmo,
as circunstâncias dos casos a tratar, e, ignorando a razão por que recebemos uma incumbência e não outra
qualquer, o que nos cumpre é obedecer às orientações recebidas e nos alegrarmos com a honra, que do
Invisível recebemos, de trabalhar servindo à causa da fraternidade.” (Yvonne A Pereira – Recordações da
Mediunidade – Cap. 8)
“Deixai-os ir pavonear onde quiserem e procurar ouvidos mais complacentes,
ou que se isolem; nada perdem as reuniões que da presença deles ficam livres.” (LM – Cap. 16-it 196-Erasto)
9. O quê, para o médium, significa ser passivo?
a) O Espirito do médium exerce influência nas comunicações mediúnicas podendo “(...) alterar-lhes as
respostas e assimilá-las às suas próprias ideias e a seus pendores; não influencia, porém, os próprios
espíritos, autores das respostas (...)." (LM it 223-1ª.perg)
O médium "(...) é passivo quando não mistura suas próprias ideias com as do Espírito que se comunica,
mas nunca é inteiramente nulo. Seu concurso é sempre indispensável, como o de um intermediário, embora
se trate dos (...) médiuns mecânicos. (...)" (LM it 223-q.10 – Ver também “O papel do médium nas
comunicações- Cap. XIX)
b) Se o médium consegue transpor, valoroso, a faixa de hesitações pueris, entendendo que importa, acima
de tudo, o bem a fazer, procura ofertar a reta conduta, no reflexo condicionado específico da prece, à
Espiritualidade Superior, e passa, então, a ser objeto da confiança dos Benfeitores desencarnados que lhe
aproveitam as capacidades no amparo aos semelhantes, dentro do qual assimila o amparo a si mesmo.
(Mecanismo da Mediunidade – André Luiz – Cap. 18)
c) (...) - E se nossa irmã relaxasse a autoridade? – inquiriu Hilário, curioso. - Não estaria em condições de
prestar-lhe benefícios concretos, porque então teria descido ao desvairamento do mendigo de luz que nos
propomos auxiliar – esclareceu o nosso instrutor, com calma. E numa imagem feliz para ilustrar o assunto,
ajuntou:
- Um médium passivo, em tais circunstâncias, pode ser comparado à mesa de serviço cirúrgico, retendo o
enfermo necessitado de concurso médico.
Se o móvel especializado não possuísse firmeza e humildade, qualquer intervenção seria de todo impossível
(...) (Nos Domínios da Mediunidade – 22a
edição - Francisco Cândido Xavier - André Luiz. -pág. 53)
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d) Mas... e se a dúvida a invadisse? – insistiu meu colega.
- Então – disse Áulus, cortês -, emitiria da própria mente positiva recusa, expulsando o comunicante e
anulando preciosa oportunidade de serviço. A dúvida, nesse caso, seria congelante faixa de forças
negativas...” (Nos Domínios da Mediunidade – 22a
edição - Francisco Cândido Xavier - André Luiz. -pág.
53)
10. “Encosto” existe? O médium é mais suscetível de sofrer as influências espirituais?
a) “Por mais estranho que pareça, a verdade é que a atuação de um Espírito sofredor sobre um sensitivo
poderá levá- lo à perda de fosfatos e albumina, conduzindo-o a grandes depressões nervosas.” (Yvonne A.
Pereira – Recordações da Mediunidade – Cap. 6)
b)"O médium tem obrigação de estudar muito, observar intensamente e trabalhar todos os instantes pela sua
própria iluminação". (O Consolador" - Emmanuel, questão n° 392)
c) Aprimorar-se significa procurar dominar as suas más inclinações, para não se constituir joguete dos
Espíritos levianos. “Para auxiliá-lo no seu aprimoramento, ele conta com a assistência dos bons Espíritos.
"(Allan Kardec na Introdução de O Livro dos Médiuns)
11. O médium pode ter suspensa ou perder a sua mediunidade?
a) "Isso frequentemente acontece, qualquer que seja o gênero da faculdade. Mas, também, muitas vezes
apenas se verifica uma interrupção passageira, que cessa com a causa que a produziu." (LM – item 220)
Palavras de Allan Kardec: “A faculdade mediúnica está sujeita a intermitências e a suspensões temporárias,
quer para as manifestações físicas, quer para a escrita. (Livro dos Médiuns – item 220)
b) Estará no esgotamento do fluido a causa da perda da mediunidade?
"Seja qual for a faculdade que o médium possua, ele nada pode sem o concurso simpático dos Espíritos.
Quando nada mais obtém, nem sempre é porque lhe falta a faculdade; isso não raro se dá, porque os Espíritos
não mais querem, ou podem servir-se dele." (Livro dos Médiuns – item 220)
c) Que é o que pode causar o abandono de um médium, por parte dos Espíritos?
"O que mais influi para que assim procedam os bons Espíritos é o uso que o médium faz da sua faculdade.
Podemos abandoná-lo, quando dela se serve para coisas frívolas, ou com propósitos ambiciosos; quando se
nega a transmitir as nossas palavras, ou os fatos por nós produzidos, aos encarnados que para ele apelam, ou
que têm necessidade de ver para se convencerem. Este dom de Deus não é concedido ao médium para seu
deleite e, ainda menos, para satisfação de suas ambições, mas para o fim da sua melhora espiritual e para dar
a conhecer aos homens a verdade. Se o Espírito verifica que o médium já não corresponde às suas vistas e
já não aproveita das instruções nem dos conselhos que lhe dá, afasta-se, em busca de um protegido mais
digno."
PARTE C- 1 – ESQUETE: ANÁLISE DE UMA REUNIÃO MEDIÚNICA
Personagens: Ju (dirigente), Beraldo (médium iniciante), Claudio (médium de Psicofonia), Clarice
(médium de Psicofonia), Valéria (médium de psicografia), Simone (médium vidente e de Psicofonia),
Cida (doutrinadora).
8
Ju– Estamos iniciando mais uma reunião de desobsessão (1), e hoje eu quero apresentar ao grupo um novo
participante (2). Beraldo nos procurou porque tem problemas de mediunidade. Então, Beraldo, apresente-se
ao grupo, e conte por que está aqui conosco.
Beraldo - Boa noite a todos. Eu estou um pouco receoso de estar aqui, mas ao mesmo tempo estou
esperançoso de resolver o meu problema. É que eu tenho desmaios e quando acordo as pessoas dizem que
falei isso e aquilo e eu não me lembro de nada. Já aconteceu isso num ônibus, sem que eu pudesse controlar.
Muita gente tem me falado que isso é mediunidade (3) e que eu tenho que desenvolver (4) senão esse
problema não acaba, e é por isso que estou aqui. Mas confesso que tenho um pouco de medo.... Nunca entrei
num Centro Espírita! (5)
Ju – Bem, está claro que você tem mediunidade (6) e eu conto com o grupo todo para ajudar o Beraldo a
superar isso - necessitamos de mais tarefeiros em nossa reunião (7). Vamos abrir no capítulo das Obsessões,
para o nosso estudo de hoje (8). (Passada a reunião…) Muito obrigada, Senhor, pela oportunidade de trabalho
* * *
Ju – Estão todos bem? Alguém tem algum comentário (9) para fazer da reunião?
Simone - Eu queria lhe dizer que o Beraldo tem muita sorte; eu demorei para participar da desobsessão.
Cheguei a trabalhar como médium de incorporação em três grupos diferentes ao mesmo tempo (10), mas só
agora veio o convite para a reunião de desobsessão. Não entendo essa burocracia dos espíritas!
Ju – É, Simone, as normas são necessárias e existem regras (11) que não podemos desconhecer.
Valéria – Eu confesso que estou desanimada com a psicografia (12). Logo que entrei para Casa eu recebia
uma mensagem atrás da outra (13) ...! E tinham sempre a ver com o que estava passando em minha vida, até
com os meus problemas financeiros (14). Mas há 2 anos que pego no lápis, sinto os braços pesados e não
recebo nada. Queria receber coisas bonitas (15)
Ju – Calma minha irmã, tudo tem seu tempo.
E você, Clarice? Eu percebo o envolvimento das entidades, mas você não lhes dá passividade (16). Hoje
havia um espírito sofredor que chegou em sua companhia (17) ...
Clarice – É. Hoje eu já acordei mal humorada, nem tive condição de fazer uma prece e o dia todo me senti
irritada. Sai atrasada e ao entrar no elevador topei com aquele vizinho que eu trouxe o nome – aquele
totalmente obsidiado!!. Pior, que ele me provocou e eu acabei dizendo-lhe umas grosserias logo hoje, dia da
reunião. Tentei me harmonizar o dia inteiro, mas, chegando aqui me senti bloqueada. (18)
Ju – É.... Certamente o adversário espiritual de seu vizinho foi alocado a seu psiquismo desde cedo. E você
acabou lhe dando uma acolhida indevida. Da próxima vez, tente ser mais vigilante. (19)
Claudio– Eu quero pedir desculpas, não consigo me controlar. O espírito se manifesta com tanta força, traz
emoções há tanto tempo contidas que... me desgoverna. Eu acabei dando socos na mesa, vocês viram, né?
Mas como vou me controlar e dar passividade ao mesmo tempo?! Acho isso muito difícil, quase impossível! (20)
Ju – Você tem que dominar o impulso, ter autodomínio e disciplina. (21)
Valéria– O que acontece comigo é que tenho muito medo de ser anímica! Fico brigando com a ideia, sem
saber se é minha ou do Espírito, e acabo me atrapalhando toda. Como vou ter certeza que o pensamento não
é meu mesmo? (22)
Ju – Com o tempo você aprende.
Cida - Bom... eu, no esclarecimento, não tenho dúvidas. Com os meus anos de experiência aprendi: quando
o espírito fica muito afoito digo a ele que ele não tem mais corpo, faço uma prece, dou-lhe uns passes (23) e
pronto! ... despacho logo, logo! (24) Não podemos ficar a noite toda numa única doutrinação (25), tem muita
gente pra atender. Ah, por falar nisso, foi muito útil a intervenção da Simone na doutrinação, quando ela
falou que o espírito estava mentindo, pois foi ele mesmo quem provocou o acidente, porque ela viu a cena
toda como aconteceu. (26)
Ju – É Cida, a experiência pode substituir o estudo; às vezes vale mais a prática do que muito estudo (27).
Quanto a você Clarice, tenho outra coisa a dizer: você tem que parar com essa mania de dar passividade a
mentores (28) que não são conhecidos da Casa - já temos um mentor da reunião e não é você que recebe.
Sua tarefa é com os espíritos sofredores (29). Isto é indisciplina sua, e você tem que corrigir isso.
Clarice – É....?! E aonde está escrito em Kardec, que o mentor só pode vir por um determinado médium?
Então eu nunca vou receber um espírito adiantado? Estou condenada a só receber sofredores?! (30)
Ju – Estas são as regras; e vamos parar com as discordâncias, porque isso abre campo a infiltrações inferiores
(31). Eu só estou alertando porque há muitos médiuns que são obsidiados e não percebem (32).
E você, Beraldo, como se sentiu? E vocês, que vieram nos visitar hoje (33), o que acharam da nossa reunião?
9
PARTE C 2 – QUESTÕES PARA REFLETIR – COMENTÁRIO DAS REFLEXÕES
Questões para reflexão dos itens destacados no texto acima
1. Todas as reuniões mediúnicas são de desobsessão? O que é uma reunião de desobsessão
2. Em que momento o médium deve sentar-se à mesa de trabalho para exercer sua mediunidade? Existe uma
idade certa para o início do trabalho mediúnico? Existe uma idade indicada para cessar para cessar as
atividades mediúnicas?
3 a 6 – (Comentários sobre o início da mediunidade, e sobre os transtornos de que os médiuns se ressentem.)
7 – Quantos participantes comporta uma reunião mediúnica?
8 – As reuniões mediúnicas devem ter um programa de estudo doutrinário?
9 – As reuniões mediúnicas devem ser avaliadas ao final dos trabalhos?
10 a 12 – Que dizer dos médiuns que participam do trabalho mediúnico de várias Casas Espíritas?
13 - (Também as 14 e 15) - “É importante buscar reconhecer a procedência do espírito que se comunica, a
fim de evitar ser por ele iludido”. “Pode ser-nos indiferente a individualidade deles; suas qualidades, nunca.
(...) A linguagem como se expressam, assim como no conteúdo das conversações, tornam-se o cartão de
visitas das Entidades que visitam as reuniões. (... ) Espíritos existem que, ardilosos e inteligentes,
pronunciam belas palavras e até o nome de Jesus e de Deus, mas a falta de sentimentos no falar os denuncia.
(...) Por vezes, entidades brincalhonas, zombeteiras se divertem em mistificar sob a máscara de bons
espíritos. A observação do doutrinador e a conversação séria e sadia os farão desistir. (LM- it 262)
16 e 17 – (Comentário do grupo com base na experiência prática)
18 - No Livro Desobsessão, de André Luiz/Francisco C. Xavier, lê-se: “Ao despertar” os integrantes da
equipe precisam, a rigor, cultivar atitude mental digna, desde cedo (...) devem elevar o nível do pensamento,
seja orando ou acolhendo ideias de natureza superior. (...) evitar rusgas e discussões, sustentando paciência
e serenidade”
“A alimentação, durante as horas que precedem o serviço de intercâmbio espiritual será leve (...) Estômago
cheio, cérebro inábil”.
Após o trabalho profissional, “faça o seareiro o horário possível de refazimento do corpo e da alma. Repouso
externo e interno. (...) Pelo menos durante alguns minutos, horas antes dos trabalhos (...) dedique-se o
companheiro de serviço à prece e à meditação em seu próprio lar”. (Caps de 1 a 4)
“Estaria completamente equivocado aquele que julgasse que o trabalho se realiza apenas durante a sessão
propriamente dita; é ocupação que toma vinte e quatro horas por dia. (...) Não podemos esquecer de que os
Espíritos dispõem de maior liberdade de ir e vir, do que nós. Eles nos vigiam, nos observam, nos seguem por
toda parte (...) Nosso procedimento é minuciosamente analisado, com espírito crítico (...) Por isso, o
procedimento diário precisa ser correto, mas não apenas por isso. É que a “atmosfera” psíquica que
carregamos conosco resulta do nosso pensamento”. (H.C. Miranda – Diálogo com as Sombras – cap. 2)
19 - “A harmonia entre os participantes da reunião é condição indispensável para o bom êxito dos trabalhos.”
(Missionários da Luz – André Luiz / F.C. Xavier pag. 275 – 36ª. Edição)
“O bom entendimento entre todos é condição indispensável, insubstituível, se o grupo almeja tarefa mais
nobres. Não pode haver desconfianças, reservas, restrições mútuas.” (...) Qualquer dissonância entre os
componentes encarnados pode servir de instrumento de desagregação. Os Espíritos desarmonizadores sabem
tirar partido de tais situações (...)” (Diálogos com as Sombras – H. C. Miranda- Cap. II, it. 1)
“Uma reunião é um ser coletivo, cujas qualidades e propriedades são a resultante das de seus membros e
formam como que um feixe. Ora, este feixe tanto mais força terá, quanto mais homogêneo for” (LM- It.
331.)
20 e 21- (Comentário do monitor quanto ao papel do dirigente na condução da educação mediúnica do grupo.)
22 a 26 – (Comentário do monitor quanto ao atendimento aos Espíritos comunicantes.)
10
27 - “Educar-se incessantemente é dever a que o médium se deve comprometer intimamente, a fim de não
estacionar, e, aprimorando-se, lograr as relevantes finalidades que a Doutrina Espírita propõe para a
mediunidade com Jesus”. (No limiar do infinito. Joanna de Ângelis/DPF– pág.85)
“(...) Em qualquer setor de trabalho a ausência de estudo significa estagnação. Esse ou aquele
cooperador que desista de aprender, incorporando novos conhecimentos, condena-se fatalmente às
atividades de subnível.” (“Nos Domínios da Mediunidade”, cap. 17)
"O médium que não sinta com forças de perseverar no ensino espírita se abstenha, pois, não tornando
proveitosa a luz que o esclarece, será mais culpado e terá de expiar a sua cegueira."
Pascal - "O Livro dos Médiuns ", Allan Kardec, cap. XXXI
28 - (...) Na comunicação do mentor, quando o faz sempre pelo mesmo médium, é que certamente encontra
mais facilidade de expressão e de atuação através daquele companheiro. Contudo, pela psicografia ou pela
intuição, comunica-se com os demais (...) Algum médium desavisado pode sentir-se inferior em sua
faculdade por receber apenas sofredores. Outro, sentir-se exaltado por transmitir apenas vozes do alto (...).
Ocorre que, para ser porta-voz de Espíritos mais evoluídos é necessário elevar o padrão vibratório, o que gera
sintonia momentânea (...) É esse tipo de afinidade que permite a comunicação do mentor através de
determinado medianeiro (...) O médium que apenas manifesta a voz do mentor pouco produz, pois em
reuniões sérias o dirigente desencarnado não sente a necessidade de intervir ou de dialogar com assiduidade,
dando prioridade aos enfermos, que são sempre em grande número”. (Mediunidade – Tire suas dúvidas –
Luiz Gonzaga Pinheiro - com base em O Livro dos Médiuns)
29 - “Médiuns exclusivos – Os que recebem de preferência determinado Espírito, e até mesmo com a exclusão
de todos os outros, respondendo ele pelos que são chamados através do médium. Trata-se sempre de falta de
flexibilidade (...) É mais um defeito que uma qualidade, e muito próximo da obsessão”. (O LM item 192).
30 - “(...) determinados médiuns são fluidicamente equivalentes aos desencarnados que atendem, fato que
gera sintonia pela atração de fluidos semelhantes. É verdade, igualmente, que influenciam nas comunicações
a flexibilidade do médium, a sua organização física e psíquica e a sua boa vontade em auxiliar, fatores que
propiciam atração mental, impulsionando um para o outro (...) Este quer sarar e aquele possui o remédio (...)
31 – As reuniões mediúnicas não comportam público.
“Receba a visita do companheiro extraviado nas sombras, nele abraçando com sinceridade um irmão do
caminho. Não exponha as chagas do comunicante infeliz à curiosidade pública, auxiliando-o em ambiente
privado “(Instruções Psicofônicas - André Luiz/Francisco Cândido Xavier – pág. 209)
*

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Mediunidade sem Tabu: capacitação de médiuns

  • 1. 1 PROJETO “Mediunidade sem Tabu” CICLO DE CAPACITAÇÃO DE TAREFEIROS DA MEDIUNIDADE MÓDULO II MEDIUNIDADE – RESPONSABILIDADE DE TODOS NÓS – MÉDIUM PRODUTIVO DATA: 17 de maio 2015 HORÁRIO: 9h às 17h LOCAL: Grupo Espírita Allan Kardec. Rua Mirabel, nº 119, Piabetá. - RJ. ATIVIDADES: Exposição inicial e Grupos de Reflexão sobre o tema central PÚBLICO ALVO: Dirigentes de Casas Espíritas e Dirigentes de Atividades Mediúnicas das Casas Espíritas do 6º CEU/CEERJ. Tarefeiros das Atividades Mediúnicas e Estudantes da Mediunidade no âmbito do 6º CEU/CEERJ ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS: Equipe SeAM/AREE/CEERJ e Coordenação Local do 6º CEU/CEERJ AGENDA DAS ATIVIDADES HORÁRIO ATIVIDADE COORDENAÇÃO 9h Abertura dos Trabalhos Coordenação Local 9h30 - 10h Pequena Exposição Interativa sobre o tema central Pequena Esquete sobre Médiuns Produtivos SeAM - Participantes 10h - 12h Formação dos Grupos de Reflexão – 1º momento SeAM e monitores locais 12h – INTERVALO - ALMOÇO 13h30 - 15h20 Dinâmica: Análise de uma Reunião Mediúnica Formação dos Grupos de Reflexão – 2º momento SeAM e monitores locais 15h25 - 16h45 Plenário: Comentário geral com base nas reflexões SeAM e monitores locais 16h50 - 17h Encerramento Coordenação local PARTE A – EXPOSIÇÃO INTERATIVA – PONTOS A DESTACAR 1. Todo mundo é médium, inclusive você! 2. Mediunidade e Responsabilidade – Consciência Mediúnica 3. A importante questão da sintonia 4. Mediunidade e autonomia para o pensar, sentir e agir CONSELHO ESPÍRITA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - CEERJ Adeso à Federação Espírita Brasileira 6º CONSELHO ESPÍRITA DE UNIFICAÇÃO – 6º CEU/CEERJ ÁREA DE EDUCAÇÃO ESPÍRITA Serviço de Atividades Mediúnicas – SeAM/CEERJ & Serviço de Atividades Espirituais e Mediúnicas – SAEM/6ºCEU/CEERJ
  • 2. 2 PARTE B – ITEM 1: ESQUETE TEXTO DA DRAMATIZAÇÃO Personagens: Abel - Lourdes - Cassiano - Flor - Ramiro CENA – Abel vai passando numa calçada e encontra com Lourdes e Cassiano; Flor e Ramiro na saída do cinema. Abel (De longe): Ô, amigos, ôooo!!! (Encontram-se e se abraçam enquanto fala). Que surpresa encontrar vocês aqui! Tudo bem? Cassiano: Surpresa boa, amigo. Acabamos de sair do cinema! Rapaz ... uma parada muito legal! O nome do filme é “Os Outros”, com a Nicole Kidman. Lourdes: Eu amei, Cara! Muito, muito, muito... sei lá! Flor: Você, que mexe com estas coisas de Espiritismo, devia assistir. Abel: Eu ainda não vi o filme, mas o que vocês acharam? Ramiro: Eu entendi bem o início: música boa, bom cenário, a Nicole Kidman...! Depois me confundi todo, e não entendi mais nada. Lourdes: Você vai ver? Se for, eu não conto. Abel: Pode contar que eu vou ver assim mesmo. Cassiano: Ô, Cara. A mãe cuidava dos filhos doentes, e na verdade já estavam todos mortos! Caramba!!!!, Cara. Sinistro, Cara! Lourdes: Foi assim, ó, como é que eu vou dizer... super, sobrenatural. Um filme de alta ficção científica! Flor: Claro, aquilo não existe, não pode existir, é invenção, não é? (Abel balança a cabeça dizendo que não), aquilo não pode ser verdade, é verdade? (Abel balança a cabeça dizendo que sim). Puxa! Você está me confundindo. É ou não é ficção científica? Abel: Bem, o enredo do filme pode ter sido uma criação, para puxar o tema, assim como uma novela. Mas... Cassiano: Mas o quê, Cara?!... Você quer dizer que a gente mora com um bando de Espírito de morto? Ramiro: Quer dizer que onde a gente vive, come, dorme, briga e faz mais algumas coisinhas, tem Espíritos habitando junto com a gente?!!! Abel: Bem, não quero dizer que os Espíritos habitam exatamente com a gente, não; pelo menos nem sempre é assim. Mas os Espíritos estão por toda a parte e eles convivem conosco, numa boa, e podem até nos influenciar, para as coisas que estamos querendo fazer ou aprontar. Todos: Quê!!!!????? Como???!!!... Cassiano: Os Espíritos estão na minha casa, por exemplo? Uau!!! Eles podem aparecer pra mim? Abel: Ô, rapaz, deixa de ser bobo! Se você nunca viu os Espíritos porque vai começar a ver agora, né? Não é assim que a banda toca, não! Para ver os Espíritos a pessoa tem que ser médium. Ramiro: E como é que eu vou saber se sou ou não sou isso aí que você está dizendo? Abel: (rindo) Porque, quem é médium já nasce médium: já vê, já ouve, já percebe por algum sinal mais ou menos claro a presença dos Espíritos, e isso desde pequeno. Aí... vai se acostumando, não é mais novidade...! Flor: Mas você acabou de dizer que os Espíritos estão em toda a parte e podem nos influenciar! ... Abel: Sim, falei, e confirmo. Os Espíritos podem nos influenciar assim como todas as coisas que nos influenciam: uma revista, um noticiário, um amigo encarnado, aquele tipo meio “espírito de porco” que quer zoar com a nossa cara – coisas assim; mas ver e falar com os Espíritos já é coisa de médium, não é para qualquer um. Lourdes: Ô, Abelzinho... por via das dúvidas, você que está sempre com o telefone ligado no além, não quer me acompanhar até a minha casa, não? Tá me dando um friozinho na espinha...!!!(Pausa. Abel pensa) Abel: Calma, pessoal, o assunto é mais simples do que se pensa. Que tal a gente se sentar um pouco para conversar...?
  • 3. 3 PARTE B - ITEM 2: QUESTÕES PARA REFLETIR – COMENTÁRIO DAS REFLEXÕES “A educação da mediunidade paralelamente enseja a alegria de o indivíduo ser feliz pelo bem que pode realizar e pelo prazer de experimentar o bem que se recebe”. (Médiuns e Mediunidade. Vianna de Carvalho – Cap. V) 1 – Os Espíritos logo que deixam o corpo físico ficam soltos na terra? Em que situação? a) No Plano Espiritual imediato à experiência física, as sociedades humanas desencarnadas, em quase dois terços, permanecem naturalmente jungidas, de alguma sorte, aos interesses terrenos. (...) Aglutinam-se em verdadeiras cidades e vilarejos, com estilos variados, como acontece aos burgos terrestres, (...) edificando largos empreendimentos de educação e progresso, em favor de si mesmas e a benefício dos outros. (...) Com esses dois terços de criaturas ainda ligadas, desse ou daquele modo, aos núcleos terrenos, encontramos um terço de Espíritos relativamente enobrecidos que se transformam em condutores da marcha ascensional dos companheiros, pelos méritos com que se fazem segura instrumentação das Esferas Superiores. (Evolução em Dois Mundos – Francisco Cândido Xavier /Waldo Vieira e André Luiz pág. 177) b) Só os Espíritos inferiores podem sentir saudades de gozos, que perderam deixando a Terra, natureza impura qual a deles, gozos que lhes acarretam a expiação pelo sofrimento. Para os Espíritos elevados, a felicidade eterna é mil vezes preferível aos prazeres efêmeros da Terra. (LE - questão 313) 2. Como é que os espíritos interagem conosco? a) Os espíritos agem sobre nós, mas essa ação é quase que restrita ao pensamento, porque eles não conseguem agir diretamente sobre a matéria. b) Todos somos influenciados pelos Espíritos. A definição de Mediunidade em O Livro dos Médiuns – Cap. XIV – it 159, tem duas direções: fala da mediunidade comum a todos nós e fala da mediunidade no sentido mais específico do termo, o que Kardec denomina de “médium produtivo”. Vejamos os dois conceitos: “Todo aquele que, num grau qualquer, sente a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode-se, pois, dizer-se que todos são mais ou menos médiuns”. (...) “Todavia, usualmente, assim só se classificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva”. c) Pelo médium propriamente dito, o espírito desencarnado pode comunicar-se, se puder e se quiser, utilizando a melhor forma que o médium possa oferecer em função da faculdade que possui. 3. Como saber se os Espíritos que nos influenciam ou que se comunicam conosco são bons ou maus? a) Admita-se que os Espíritos verdadeiramente bons não podem querer senão o bem e dizer senão coisas boas e se concluirá que tudo o que denote, na linguagem dos Espíritos, falta de bondade e de benignidade não pode provir de um bom Espírito. A inteligência longe está de constituir um indício certo de superioridade, porquanto a inteligência e a moral nem sempre andam emparelhadas. Pode um Espírito ser bom, afável, e ter conhecimentos limitados, ao passo que outro, inteligente e instruído, pode ser muito inferior em moralidade. (Ver O Livro dos Médiuns – itens 263, 264 e 265) b) Quem tenha estudado o mundo espírita, em todos os graus da escala, sabe que há Espíritos, cuja perversidade iguala à dos homens mais depravados e que se comprazem em exprimir seus pensamentos nos mais grosseiros termos. Outros – menos detestáveis – se contentam com expressões tolas. É natural que esses médiuns sintam o desejo de se verem livres da preferência de que são objeto por parte de semelhantes Espíritos e que devem invejar os que jamais escreveram uma palavra inconveniente nas comunicações que recebem. Seria necessária uma estranha aberração de ideias e estar desprovido do bom-senso para acreditar que semelhante linguagem possa ser usada por Espíritos bons. (LM – it 194 - 4º) 4. O que significa ser médium? Como uma pessoa pode saber se é médium ou não? “Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos. (...) Nos tempos atuais, de renovação social, cabe-lhes uma missão especialíssima; são árvores destinadas a fornecer alimento espiritual a seus irmãos; multiplica-se em número, para que abunde o alimento”. (...) “Se, porém, eles desviam do objetivo providencial a preciosa faculdade que lhes foi concedida (...) Se nenhum proveito tiram dela para si mesmos, melhorando-se, são
  • 4. 4 quais a figueira estéril. Deus lhes retirará um dom que se tornou inútil neles”. (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XIX; item 10; edição da FEB). 5. Quando uma pessoa se vê como médium, o que ela deve fazer? a) “O estudo da própria faculdade com o competente conhecimento do Espiritismo são as bases essenciais e indispensáveis para uma orientação segura e sem qualquer prejuízo”. (Médiuns e Mediunidade. Vianna de Carvalho – Cap. XIII) b) “O exercício metódico da faculdade em desdobramento especializado é o passo seguinte, proporcionador do equilíbrio que faculta mais amplas incursões na experiência transcendental”. (Médiuns e Mediunidade – Vianna de Carvalho – Cap. XIII) c) “A atividade na área da caridade ilumina-o e a oração fortalece-o, resguardando-o das influências prejudiciais...” (Médiuns e Mediunidade. Vianna de Carvalho – Cap. XIII) 6. “Com que fim a Providência outorgou de maneira especial, a certos indivíduos, o dom da mediunidade?” (Ver outras perguntas de Kardec aos Espíritos em LM– item 220) a) - "É uma missão de que se incumbiram e cujo desempenho os faz ditosos. São os intérpretes dos Espíritos com os homens." (LM– item 220) b) “Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos. (...) são árvores destinadas a fornecer alimento espiritual a seus irmãos; multiplica-se em número, para que abunde o alimento”. (...) “Se, porém, eles desviam do objetivo providencial a preciosa faculdade que lhes foi concedida (...) Se nenhum proveito tiram dela para si mesmos, melhorando-se, são quais a figueira estéril. Deus lhes retirará um dom que se tornou inútil neles”. (ESE - Cap. XIX; item 10). c) – Há os que se fazem “médiuns imperfeitos; desconhecem o valor da graça que lhes é concedida.” (LM– item 220) d) O bom trabalhador, no entanto, compreende, antes de tudo, o sentido profundo da oportunidade que recebeu. Valoriza todos os elementos colocados em seus caminhos, como respeita as possibilidades alheias. […] Os cegos de espírito continuarão queixosos; no entanto, os que acordaram para Jesus sabem que sua época de trabalho redentor está pronta, não passou, nem está por vir. É o dia de hoje, é o ensejo bendito de servir, em nome do Senhor, aqui e agora... (FC Xavier – Emmanuel. Caminho, verdade e vida. Cap. 73 “Oportunidade”) 6.1 - A mediunidade é um compromisso do qual não se pode fugir? O que pode acontecer ao tarefeiro quando não cumpre com o compromisso assumido? a) - "A faculdade lhes é concedida, porque precisam dela para se melhorarem, para ficarem em condições de receber bons ensinamentos. Se não aproveitam da concessão, sofrerão as consequências. Jesus não pregava de preferência aos pecadores, dizendo ser preciso dar àquele que não tem?" (LM– item 220) b) “O médium digno da missão do auxílio não é um animal subjugado à canga, mas sim um irmão da humanidade e um aspirante à Sabedoria. Deve trabalhar e estudar por amor”. (Nos Domínios da Mediunidade - André Luiz – 22ª edição- cap. 16 – página 156). c) Os atributos medianímicos são como os talentos do Evangelho. Se o patrimônio divino é desviado de seus fins, o mau servo torna-se indigno da confiança do Senhor da seara da verdade e do amor. Multiplicados no bem, os talentos mediúnicos crescerão para Jesus, sob as bênçãos divinas; todavia, se sofrem o insulto do egoísmo, do orgulho, da vaidade ou da exploração inferior, podem deixar o intermediário do invisível entre as sombras pesadas do estacionamento, nas mais dolorosas perspectivas de expiação, em vista do acréscimo de seus débitos irrefletidos. (O CONSOLADOR–23a.ed-Francisco Cândido Xavier–Emmanuel - página 216) d) “Se tens a consciência desperta, perante as necessidades da própria alma, entenderás facilmente que a mediunidade é recurso de trabalho como qualquer outro que se destine à edificação (...). A mediunidade é ensejo de serviço e aprimoramento, resgate e solução” (Seara dos Médiuns-pág.134).
  • 5. 5 7. Se todos somos médiuns, todos podemos desenvolver a mediunidade? Em que consiste ser médium produtivo? (Ver conceito e médium produtivo em LM) “Não há desenvolvimento mediúnico para realizações sólidas, sem o aprimoramento da individualidade mediúnica.”. (Seara dos Médiuns. Emmanuel – Formação Mediúnica) a) Se os rudimentos da faculdade mediúnica não existem, nada fará que apareçam. (O LM-it 208) b) (...) “O desenvolvimento da faculdade mediúnica depende da natureza mais ou menos expansiva do perispírito do médium e da maior ou menor facilidade da sua assimilação pelo dos Espíritos. Depende, portanto, do organismo e pode ser desenvolvida quando exista o princípio. Não pode, porém, ser adquirida quando o princípio não exista. (Obras Póstumas-parag. 6 - nº 34) c) Médiuns produtivos são aqueles pelos quais a faculdade mediúnica se manifesta por “efeitos patentes de certa intensidade, o que, então, depende de uma organização mais ou menos sensitiva”. (LM q 159). d) “Os médiuns positivos, ou seja, que possuam grandes forças intermediárias (eletromagnetismo, vitalidade, intensidade vibratória, sensibilidade superior, vigor mental em diapasão harmônico com as forças físicocerebrais), serão mais aptos do que o normal das criaturas ao fenômeno de reminiscências do passado, por predisposições particulares” (Yvonne A Pereira em Recordações da Mediunidade – Cap. 3) e) Médiuns positivos: suas comunicações geralmente têm um cunho de nitidez e precisão, que muito se presta aos detalhes circunstanciados aos informes exatos. Muito raros. 8. Como desenvolver a mediunidade? (Consultar também o livro Nos Domínios da Mediunidade) a) “A primeira condição é colocar-se o médium, com fé sincera, sob a proteção de Deus. (...) A segunda condição é aplicar-se, com meticuloso cuidado, a reconhecer, por todos os indícios que a experiência faculta, de que natureza são os primeiros Espíritos que se comunicam. (...) Por isso é que indispensável se faz o estudo prévio da teoria, para todo aquele que queira evitar os inconvenientes peculiares à experiência."(O Livro dos Médiuns - Cap. XVII, item 211). b) “A educação do médium, coordenando atitudes, corrigindo falhas de qualquer natureza, evitando estertores e distúrbios, equilibrando o pensamento e dirigindo-o é técnica que resultará eficaz para sintonia correta”. (Oferenda. Joana de Angelis/Divaldo P Franco – p. 180) c) “O cultivo do silêncio interior e do recolhimento favorece a educação mediúnica, por aguçar as percepções parafísicas, ensejando mais amplas possibilidades de intercâmbio espiritual.” (Médiuns e Mediunidade. Vianna de Carvalho – Cap. XIII) d) “Não sendo irrepreensível médium nenhum, a vigilância há de constituir lhe norma de segurança, reconhecendo, na sua fragilidade, a força para o sucesso da empresa espiritual.” (Médiuns e Mediunidade. Vianna de Carvalho – Cap. XIII) e) No que diz respeito à psicografia: “Ocorre […] uma espécie de frêmito no braço e na mão. Pouco a pouco, a mão é arrastada por uma impulsão que ela não logra dominar. Muitas vezes, não traça senão riscos insignificantes; depois, os caracteres se desenham cada vez mais nitidamente e a escrita acaba por adquirir a rapidez da escrita ordinária. Em todos os casos, deve-se entregar a mão ao seu movimento natural e não oferecer resistência, nem propeli-la. Alguns médiuns escrevem desde o princípio correntemente com facilidade, às vezes mesmo desde a primeira sessão, o que é muito raro. Outros, durante muito tempo, traçam riscos e fazem verdadeiros exercícios caligráficos. Dizem os Espíritos que é para lhes soltar a mão.” (LM- 2ª.pte -item 210). f) “...Estamos diante do psicógrafo comum. (...) A transmissão da mensagem não será simplesmente "tomar a mão”. (...). Transmitir mensagens de uma esfera para outra, no serviço de edificação humana demanda esforço, boa vontade, cooperação e propósito consistente. É natural que o treinamento e a colaboração espontânea do médium facilitem o trabalho; entretanto, de qualquer modo, o serviço não é automático... Requer muita compreensão, oportunidade e consciência. O intermediário não pode improvisar o estado receptivo. A sua preparação espiritual deve ser incessante. Qualquer incidente pode perturbar lhe o aparelhamento sensível. Além disso, a cooperação magnética do plano espiritual é fundamental para a execução da tarefa” ... (André Luiz- Missionários da Luz – cap. 1) (...) «Quando, ao cabo de alguns meses, nada mais obtém do que coisas insignificantes, ora um sim, ora um não ou letras sem conexão, é inútil continuarem, será gastar papel em pura perda. São médiuns, mas médiuns improdutivos. » (LM-2ª.pte -item 262).
  • 6. 6 g) Mesmo em se tratando dos médiuns produtivos, « (…) as primeiras comunicações obtidas devem considerar-se meros exercícios, tarefa que é confiada a Espíritos secundários. Não se lhes deve dar muita importância, visto que procedem de Espíritos empregados, por assim dizer, como mestres de escrita, para desembaraçarem o médium principiante. » (LM-2ª.pte -item 262) h) Em relação à vidência: A vidência não é manifestação incomum nas reuniões mediúnicas. Ocorre, em geral, sob a forma intuitiva, mais fugaz e imprecisa. Raramente ocorre nitidamente, como na de clarividência. A visão acidental e fortuita de um Espírito, numa circunstância especial, é muito frequente. Contudo, a visão habitual de Espíritos ou do plano espiritual é excepcional. Normalmente, os médiuns videntes e outros (psicofônicos, psicógrafos) recebem imagens que são captadas pela mente, semelhantemente ao processo telepático. «Os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os Espíritos. Alguns gozam dessa faculdade em estado normal, quando perfeitamente acordados, e conservam lembrança precisa do que viram. » (LM- 2ª.pte -item 167) i) Em relação à Psicofonia: “O processo tem início a partir do transe, quando ocorre a emancipação da alma, permitindo ao perispírito do médium expandir-se. Tão logo sinta, o médium, a sensação de afastamento do corpo físico, deve mudar a postura mental para um estado receptivo e atento, diminuindo o fluxo de pensamentos para ensejar que as ideias do comunicante penetrem nos seus registros físio-psíquicos, numa expectativa serena, sem ansiedade ou tensões para a concretização da passividade.” (Vivência Mediúnica – Projeto Manoel P. Miranda – Cap. 6) 8.1 - Por que se tem um tipo de mediunidade e não outro? Isso se pode escolher? É possível mudar de um tipo de mediunidade para outro? a) “Em primeiro lugar, cumpre ao obreiro do Senhor obedecer aos seus dirigentes espirituais, executando as tarefas que lhe foram confiadas, e não tergiversar. O mundo espiritual é complexo, as leis que o regem e as circunstâncias de vida muito elásticas e também complexas, e longe estamos de conhecê-lo em sua verdadeira estrutura para ousarmos criticar a forma de agir dos mentores invisíveis. Complexas serão, por isso mesmo, as circunstâncias dos casos a tratar, e, ignorando a razão por que recebemos uma incumbência e não outra qualquer, o que nos cumpre é obedecer às orientações recebidas e nos alegrarmos com a honra, que do Invisível recebemos, de trabalhar servindo à causa da fraternidade.” (Yvonne A Pereira – Recordações da Mediunidade – Cap. 8) “Deixai-os ir pavonear onde quiserem e procurar ouvidos mais complacentes, ou que se isolem; nada perdem as reuniões que da presença deles ficam livres.” (LM – Cap. 16-it 196-Erasto) 9. O quê, para o médium, significa ser passivo? a) O Espirito do médium exerce influência nas comunicações mediúnicas podendo “(...) alterar-lhes as respostas e assimilá-las às suas próprias ideias e a seus pendores; não influencia, porém, os próprios espíritos, autores das respostas (...)." (LM it 223-1ª.perg) O médium "(...) é passivo quando não mistura suas próprias ideias com as do Espírito que se comunica, mas nunca é inteiramente nulo. Seu concurso é sempre indispensável, como o de um intermediário, embora se trate dos (...) médiuns mecânicos. (...)" (LM it 223-q.10 – Ver também “O papel do médium nas comunicações- Cap. XIX) b) Se o médium consegue transpor, valoroso, a faixa de hesitações pueris, entendendo que importa, acima de tudo, o bem a fazer, procura ofertar a reta conduta, no reflexo condicionado específico da prece, à Espiritualidade Superior, e passa, então, a ser objeto da confiança dos Benfeitores desencarnados que lhe aproveitam as capacidades no amparo aos semelhantes, dentro do qual assimila o amparo a si mesmo. (Mecanismo da Mediunidade – André Luiz – Cap. 18) c) (...) - E se nossa irmã relaxasse a autoridade? – inquiriu Hilário, curioso. - Não estaria em condições de prestar-lhe benefícios concretos, porque então teria descido ao desvairamento do mendigo de luz que nos propomos auxiliar – esclareceu o nosso instrutor, com calma. E numa imagem feliz para ilustrar o assunto, ajuntou: - Um médium passivo, em tais circunstâncias, pode ser comparado à mesa de serviço cirúrgico, retendo o enfermo necessitado de concurso médico. Se o móvel especializado não possuísse firmeza e humildade, qualquer intervenção seria de todo impossível (...) (Nos Domínios da Mediunidade – 22a edição - Francisco Cândido Xavier - André Luiz. -pág. 53)
  • 7. 7 d) Mas... e se a dúvida a invadisse? – insistiu meu colega. - Então – disse Áulus, cortês -, emitiria da própria mente positiva recusa, expulsando o comunicante e anulando preciosa oportunidade de serviço. A dúvida, nesse caso, seria congelante faixa de forças negativas...” (Nos Domínios da Mediunidade – 22a edição - Francisco Cândido Xavier - André Luiz. -pág. 53) 10. “Encosto” existe? O médium é mais suscetível de sofrer as influências espirituais? a) “Por mais estranho que pareça, a verdade é que a atuação de um Espírito sofredor sobre um sensitivo poderá levá- lo à perda de fosfatos e albumina, conduzindo-o a grandes depressões nervosas.” (Yvonne A. Pereira – Recordações da Mediunidade – Cap. 6) b)"O médium tem obrigação de estudar muito, observar intensamente e trabalhar todos os instantes pela sua própria iluminação". (O Consolador" - Emmanuel, questão n° 392) c) Aprimorar-se significa procurar dominar as suas más inclinações, para não se constituir joguete dos Espíritos levianos. “Para auxiliá-lo no seu aprimoramento, ele conta com a assistência dos bons Espíritos. "(Allan Kardec na Introdução de O Livro dos Médiuns) 11. O médium pode ter suspensa ou perder a sua mediunidade? a) "Isso frequentemente acontece, qualquer que seja o gênero da faculdade. Mas, também, muitas vezes apenas se verifica uma interrupção passageira, que cessa com a causa que a produziu." (LM – item 220) Palavras de Allan Kardec: “A faculdade mediúnica está sujeita a intermitências e a suspensões temporárias, quer para as manifestações físicas, quer para a escrita. (Livro dos Médiuns – item 220) b) Estará no esgotamento do fluido a causa da perda da mediunidade? "Seja qual for a faculdade que o médium possua, ele nada pode sem o concurso simpático dos Espíritos. Quando nada mais obtém, nem sempre é porque lhe falta a faculdade; isso não raro se dá, porque os Espíritos não mais querem, ou podem servir-se dele." (Livro dos Médiuns – item 220) c) Que é o que pode causar o abandono de um médium, por parte dos Espíritos? "O que mais influi para que assim procedam os bons Espíritos é o uso que o médium faz da sua faculdade. Podemos abandoná-lo, quando dela se serve para coisas frívolas, ou com propósitos ambiciosos; quando se nega a transmitir as nossas palavras, ou os fatos por nós produzidos, aos encarnados que para ele apelam, ou que têm necessidade de ver para se convencerem. Este dom de Deus não é concedido ao médium para seu deleite e, ainda menos, para satisfação de suas ambições, mas para o fim da sua melhora espiritual e para dar a conhecer aos homens a verdade. Se o Espírito verifica que o médium já não corresponde às suas vistas e já não aproveita das instruções nem dos conselhos que lhe dá, afasta-se, em busca de um protegido mais digno." PARTE C- 1 – ESQUETE: ANÁLISE DE UMA REUNIÃO MEDIÚNICA Personagens: Ju (dirigente), Beraldo (médium iniciante), Claudio (médium de Psicofonia), Clarice (médium de Psicofonia), Valéria (médium de psicografia), Simone (médium vidente e de Psicofonia), Cida (doutrinadora).
  • 8. 8 Ju– Estamos iniciando mais uma reunião de desobsessão (1), e hoje eu quero apresentar ao grupo um novo participante (2). Beraldo nos procurou porque tem problemas de mediunidade. Então, Beraldo, apresente-se ao grupo, e conte por que está aqui conosco. Beraldo - Boa noite a todos. Eu estou um pouco receoso de estar aqui, mas ao mesmo tempo estou esperançoso de resolver o meu problema. É que eu tenho desmaios e quando acordo as pessoas dizem que falei isso e aquilo e eu não me lembro de nada. Já aconteceu isso num ônibus, sem que eu pudesse controlar. Muita gente tem me falado que isso é mediunidade (3) e que eu tenho que desenvolver (4) senão esse problema não acaba, e é por isso que estou aqui. Mas confesso que tenho um pouco de medo.... Nunca entrei num Centro Espírita! (5) Ju – Bem, está claro que você tem mediunidade (6) e eu conto com o grupo todo para ajudar o Beraldo a superar isso - necessitamos de mais tarefeiros em nossa reunião (7). Vamos abrir no capítulo das Obsessões, para o nosso estudo de hoje (8). (Passada a reunião…) Muito obrigada, Senhor, pela oportunidade de trabalho * * * Ju – Estão todos bem? Alguém tem algum comentário (9) para fazer da reunião? Simone - Eu queria lhe dizer que o Beraldo tem muita sorte; eu demorei para participar da desobsessão. Cheguei a trabalhar como médium de incorporação em três grupos diferentes ao mesmo tempo (10), mas só agora veio o convite para a reunião de desobsessão. Não entendo essa burocracia dos espíritas! Ju – É, Simone, as normas são necessárias e existem regras (11) que não podemos desconhecer. Valéria – Eu confesso que estou desanimada com a psicografia (12). Logo que entrei para Casa eu recebia uma mensagem atrás da outra (13) ...! E tinham sempre a ver com o que estava passando em minha vida, até com os meus problemas financeiros (14). Mas há 2 anos que pego no lápis, sinto os braços pesados e não recebo nada. Queria receber coisas bonitas (15) Ju – Calma minha irmã, tudo tem seu tempo. E você, Clarice? Eu percebo o envolvimento das entidades, mas você não lhes dá passividade (16). Hoje havia um espírito sofredor que chegou em sua companhia (17) ... Clarice – É. Hoje eu já acordei mal humorada, nem tive condição de fazer uma prece e o dia todo me senti irritada. Sai atrasada e ao entrar no elevador topei com aquele vizinho que eu trouxe o nome – aquele totalmente obsidiado!!. Pior, que ele me provocou e eu acabei dizendo-lhe umas grosserias logo hoje, dia da reunião. Tentei me harmonizar o dia inteiro, mas, chegando aqui me senti bloqueada. (18) Ju – É.... Certamente o adversário espiritual de seu vizinho foi alocado a seu psiquismo desde cedo. E você acabou lhe dando uma acolhida indevida. Da próxima vez, tente ser mais vigilante. (19) Claudio– Eu quero pedir desculpas, não consigo me controlar. O espírito se manifesta com tanta força, traz emoções há tanto tempo contidas que... me desgoverna. Eu acabei dando socos na mesa, vocês viram, né? Mas como vou me controlar e dar passividade ao mesmo tempo?! Acho isso muito difícil, quase impossível! (20) Ju – Você tem que dominar o impulso, ter autodomínio e disciplina. (21) Valéria– O que acontece comigo é que tenho muito medo de ser anímica! Fico brigando com a ideia, sem saber se é minha ou do Espírito, e acabo me atrapalhando toda. Como vou ter certeza que o pensamento não é meu mesmo? (22) Ju – Com o tempo você aprende. Cida - Bom... eu, no esclarecimento, não tenho dúvidas. Com os meus anos de experiência aprendi: quando o espírito fica muito afoito digo a ele que ele não tem mais corpo, faço uma prece, dou-lhe uns passes (23) e pronto! ... despacho logo, logo! (24) Não podemos ficar a noite toda numa única doutrinação (25), tem muita gente pra atender. Ah, por falar nisso, foi muito útil a intervenção da Simone na doutrinação, quando ela falou que o espírito estava mentindo, pois foi ele mesmo quem provocou o acidente, porque ela viu a cena toda como aconteceu. (26) Ju – É Cida, a experiência pode substituir o estudo; às vezes vale mais a prática do que muito estudo (27). Quanto a você Clarice, tenho outra coisa a dizer: você tem que parar com essa mania de dar passividade a mentores (28) que não são conhecidos da Casa - já temos um mentor da reunião e não é você que recebe. Sua tarefa é com os espíritos sofredores (29). Isto é indisciplina sua, e você tem que corrigir isso. Clarice – É....?! E aonde está escrito em Kardec, que o mentor só pode vir por um determinado médium? Então eu nunca vou receber um espírito adiantado? Estou condenada a só receber sofredores?! (30) Ju – Estas são as regras; e vamos parar com as discordâncias, porque isso abre campo a infiltrações inferiores (31). Eu só estou alertando porque há muitos médiuns que são obsidiados e não percebem (32). E você, Beraldo, como se sentiu? E vocês, que vieram nos visitar hoje (33), o que acharam da nossa reunião?
  • 9. 9 PARTE C 2 – QUESTÕES PARA REFLETIR – COMENTÁRIO DAS REFLEXÕES Questões para reflexão dos itens destacados no texto acima 1. Todas as reuniões mediúnicas são de desobsessão? O que é uma reunião de desobsessão 2. Em que momento o médium deve sentar-se à mesa de trabalho para exercer sua mediunidade? Existe uma idade certa para o início do trabalho mediúnico? Existe uma idade indicada para cessar para cessar as atividades mediúnicas? 3 a 6 – (Comentários sobre o início da mediunidade, e sobre os transtornos de que os médiuns se ressentem.) 7 – Quantos participantes comporta uma reunião mediúnica? 8 – As reuniões mediúnicas devem ter um programa de estudo doutrinário? 9 – As reuniões mediúnicas devem ser avaliadas ao final dos trabalhos? 10 a 12 – Que dizer dos médiuns que participam do trabalho mediúnico de várias Casas Espíritas? 13 - (Também as 14 e 15) - “É importante buscar reconhecer a procedência do espírito que se comunica, a fim de evitar ser por ele iludido”. “Pode ser-nos indiferente a individualidade deles; suas qualidades, nunca. (...) A linguagem como se expressam, assim como no conteúdo das conversações, tornam-se o cartão de visitas das Entidades que visitam as reuniões. (... ) Espíritos existem que, ardilosos e inteligentes, pronunciam belas palavras e até o nome de Jesus e de Deus, mas a falta de sentimentos no falar os denuncia. (...) Por vezes, entidades brincalhonas, zombeteiras se divertem em mistificar sob a máscara de bons espíritos. A observação do doutrinador e a conversação séria e sadia os farão desistir. (LM- it 262) 16 e 17 – (Comentário do grupo com base na experiência prática) 18 - No Livro Desobsessão, de André Luiz/Francisco C. Xavier, lê-se: “Ao despertar” os integrantes da equipe precisam, a rigor, cultivar atitude mental digna, desde cedo (...) devem elevar o nível do pensamento, seja orando ou acolhendo ideias de natureza superior. (...) evitar rusgas e discussões, sustentando paciência e serenidade” “A alimentação, durante as horas que precedem o serviço de intercâmbio espiritual será leve (...) Estômago cheio, cérebro inábil”. Após o trabalho profissional, “faça o seareiro o horário possível de refazimento do corpo e da alma. Repouso externo e interno. (...) Pelo menos durante alguns minutos, horas antes dos trabalhos (...) dedique-se o companheiro de serviço à prece e à meditação em seu próprio lar”. (Caps de 1 a 4) “Estaria completamente equivocado aquele que julgasse que o trabalho se realiza apenas durante a sessão propriamente dita; é ocupação que toma vinte e quatro horas por dia. (...) Não podemos esquecer de que os Espíritos dispõem de maior liberdade de ir e vir, do que nós. Eles nos vigiam, nos observam, nos seguem por toda parte (...) Nosso procedimento é minuciosamente analisado, com espírito crítico (...) Por isso, o procedimento diário precisa ser correto, mas não apenas por isso. É que a “atmosfera” psíquica que carregamos conosco resulta do nosso pensamento”. (H.C. Miranda – Diálogo com as Sombras – cap. 2) 19 - “A harmonia entre os participantes da reunião é condição indispensável para o bom êxito dos trabalhos.” (Missionários da Luz – André Luiz / F.C. Xavier pag. 275 – 36ª. Edição) “O bom entendimento entre todos é condição indispensável, insubstituível, se o grupo almeja tarefa mais nobres. Não pode haver desconfianças, reservas, restrições mútuas.” (...) Qualquer dissonância entre os componentes encarnados pode servir de instrumento de desagregação. Os Espíritos desarmonizadores sabem tirar partido de tais situações (...)” (Diálogos com as Sombras – H. C. Miranda- Cap. II, it. 1) “Uma reunião é um ser coletivo, cujas qualidades e propriedades são a resultante das de seus membros e formam como que um feixe. Ora, este feixe tanto mais força terá, quanto mais homogêneo for” (LM- It. 331.) 20 e 21- (Comentário do monitor quanto ao papel do dirigente na condução da educação mediúnica do grupo.) 22 a 26 – (Comentário do monitor quanto ao atendimento aos Espíritos comunicantes.)
  • 10. 10 27 - “Educar-se incessantemente é dever a que o médium se deve comprometer intimamente, a fim de não estacionar, e, aprimorando-se, lograr as relevantes finalidades que a Doutrina Espírita propõe para a mediunidade com Jesus”. (No limiar do infinito. Joanna de Ângelis/DPF– pág.85) “(...) Em qualquer setor de trabalho a ausência de estudo significa estagnação. Esse ou aquele cooperador que desista de aprender, incorporando novos conhecimentos, condena-se fatalmente às atividades de subnível.” (“Nos Domínios da Mediunidade”, cap. 17) "O médium que não sinta com forças de perseverar no ensino espírita se abstenha, pois, não tornando proveitosa a luz que o esclarece, será mais culpado e terá de expiar a sua cegueira." Pascal - "O Livro dos Médiuns ", Allan Kardec, cap. XXXI 28 - (...) Na comunicação do mentor, quando o faz sempre pelo mesmo médium, é que certamente encontra mais facilidade de expressão e de atuação através daquele companheiro. Contudo, pela psicografia ou pela intuição, comunica-se com os demais (...) Algum médium desavisado pode sentir-se inferior em sua faculdade por receber apenas sofredores. Outro, sentir-se exaltado por transmitir apenas vozes do alto (...). Ocorre que, para ser porta-voz de Espíritos mais evoluídos é necessário elevar o padrão vibratório, o que gera sintonia momentânea (...) É esse tipo de afinidade que permite a comunicação do mentor através de determinado medianeiro (...) O médium que apenas manifesta a voz do mentor pouco produz, pois em reuniões sérias o dirigente desencarnado não sente a necessidade de intervir ou de dialogar com assiduidade, dando prioridade aos enfermos, que são sempre em grande número”. (Mediunidade – Tire suas dúvidas – Luiz Gonzaga Pinheiro - com base em O Livro dos Médiuns) 29 - “Médiuns exclusivos – Os que recebem de preferência determinado Espírito, e até mesmo com a exclusão de todos os outros, respondendo ele pelos que são chamados através do médium. Trata-se sempre de falta de flexibilidade (...) É mais um defeito que uma qualidade, e muito próximo da obsessão”. (O LM item 192). 30 - “(...) determinados médiuns são fluidicamente equivalentes aos desencarnados que atendem, fato que gera sintonia pela atração de fluidos semelhantes. É verdade, igualmente, que influenciam nas comunicações a flexibilidade do médium, a sua organização física e psíquica e a sua boa vontade em auxiliar, fatores que propiciam atração mental, impulsionando um para o outro (...) Este quer sarar e aquele possui o remédio (...) 31 – As reuniões mediúnicas não comportam público. “Receba a visita do companheiro extraviado nas sombras, nele abraçando com sinceridade um irmão do caminho. Não exponha as chagas do comunicante infeliz à curiosidade pública, auxiliando-o em ambiente privado “(Instruções Psicofônicas - André Luiz/Francisco Cândido Xavier – pág. 209) *