SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 20
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
DECRETO Nº 7.358, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2010
Institui o Sistema Nacional de Comércio Justo e
Solidário – SNCJS, cria a Comissão Gestora Nacional, e dá
outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere
o art.84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,
DECRETA:
DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS)
Art. 1o Fica instituído, no âmbito do Ministério do
Trabalho e Emprego, o Sistema Nacional do Comércio
Justo e Solidário - SCJS, para coordenar as ações do
Governo Federal voltadas ao reconhecimento de práticas
de comércio justo e solidário e à sua promoção.
Parágrafo único. Os Estados, Municípios e Distrito
Federal, os empreendimentos econômicos solidários,
organismos de acreditação e organismos de avaliação da
conformidade poderão aderir ao SCJS voluntariamente.
DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS)
Art. 2o Para os efeitos deste Decreto, entende-se por:
I - comércio justo e solidário: prática comercial
diferenciada pautada nos valores de justiça social e
solidariedade realizada pelos empreendimentos
econômicos solidários;
II - empreendimentos econômicos solidários: organizações
de caráter associativo que realizam atividades
econômicas, cujos participantes sejam trabalhadores do
meio urbano ou rural e exerçam democraticamente a
gestão das atividades e a alocação dos resultados;
DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS)
III - organismos de acreditação: organismos que credenciam os
organismos de avaliação da conformidade, atestando sua capacidade
para realizar tarefas de avaliação da conformidade de produtos,
processos e serviços;
IV - organismos de avaliação da conformidade: organismos que
inspecionam e atestam o cumprimento dos critérios de conformidade
de produtos, processos e serviços com as práticas de comércio justo
e solidário; e
V - preço justo: é a definição de valor do produto ou serviço,
construída a partir do diálogo, da transparência e da efetiva
participação de todos os agentes envolvidos na sua composição que
resulte em distribuição equânime do ganho na cadeia produtiva.
DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS)
Parágrafo único. Os termos fair trade, comércio justo,
comércio equitativo, comércio équo, comércio alternativo,
comércio solidário, comércio ético, comércio ético e
solidário estão compreendidos no conceito de comércio
justo e solidário, nos termos deste Decreto.
DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS)
Art. 3o O SCJS tem por finalidade fortalecer e promover o
comércio justo e solidário no Brasil, o que compreende
alcançar os seguintes objetivos:
I - fortalecer identidade nacional de comércio justo e
solidário, por meio da difusão do seu conceito, de seus
princípios e critérios de reconhecimento de práticas de
comércio justo e solidário e de seu fomento;
II - favorecer a prática do preço justo para quem produz,
comercializa e consome;
DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS)
III - divulgar os produtos, processos, serviços, bem como as
experiências e organizações que respeitam as normas do
SCJS;
IV - subsidiar os empreendimentos econômicos solidários, os
organismos de acreditação e de avaliação da conformidade e
as entidades de apoio e fomento ao comércio justo e solidário,
por meio de base nacional de informações em economia
solidária e de empreendimentos econômicos solidários com
práticas de comércio justo e solidário reconhecidas pelo SCJS;
DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS)
V - contribuir com os esforços públicos e privados de promoção
de ações de fomento à melhoria das condições de
comercialização dos empreendimentos econômicos solidários;
VI - incentivar a colaboração econômica entre
empreendimentos econômicos solidários; e
VII - apoiar processos de educação para o consumo, com
vistas à adoção de hábitos sustentáveis e à organização dos
consumidores para a compra dos produtos e serviços do
comércio justo e solidário.
DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS)
Parágrafo único. A gestão do SCJS, os seus princípios e
os critérios de reconhecimento de práticas de comércio
justo e solidário serão disciplinados em ato normativo do
Ministério do Trabalho e Emprego.
DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS)
Art. 4o O SCJS contará com uma Comissão Gestora Nacional,
que terá as seguintes atribuições:
I - subsidiar tecnicamente o Conselho Nacional de Economia
Solidária, previsto no inciso XIII do art. 30 da Lei no 10.683, de
28 de maio de 2003, em assuntos relacionados ao SCJS;
II - reconhecer e monitorar as diferentes metodologias de
avaliação da conformidade de produtos, processos e serviços
aos princípios e critérios de reconhecimento de práticas de
comércio justo e solidário do SCJS, adequados às diferentes
realidades sociais, territoriais e organizacionais, eventualmente
propondo aperfeiçoamentos das metodologias;
DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS)
III - habilitar no SCJS os organismos de acreditação e de avaliação
da conformidade, de acordo com os critérios de reconhecimento
de práticas de comércio justo e solidário estabelecidos em ato
normativo do Ministério do Trabalho e Emprego;
IV - promover o diálogo entre as representações dos diversos
agentes envolvidos no comércio justo e solidário;
V - manifestar-se periodicamente sobre a habilitação dos
organismos de avaliação da conformidade no SCJS, com base em
informações dos organismos de acreditação, de acordo com os
critérios de reconhecimento de práticas de comércio justo e
solidário estabelecidos no ato normativo do Ministério do Trabalho
e Emprego, previsto no parágrafo único do art. 3o;
DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS)
VI - acompanhar o cadastramento realizado pela Secretaria
Nacional de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e
Emprego, dos empreendimentos econômicos solidários com
prática de comércio justo e solidário reconhecida pelo SCJS;
VII - estabelecer diretrizes para as ações de fomento ao
comércio justo e solidário e acompanhar o seu
desenvolvimento;
VIII - disseminar informações e resultados relativos ao comércio
justo e solidário; e
IX - aprovar o seu regimento interno.
DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS)
Art. 5o Comporão a Comissão Gestora Nacional
um representante de cada um dos seguintes
Ministérios:
I - do Trabalho e Emprego;
II - do Desenvolvimento Agrário; e
III - do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome.
DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS)
§ 1o A Comissão Gestora Nacional será coordenada pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Secretaria Nacional
de Economia Solidária, cujo representante exercerá o voto de
qualidade em caso de empate nas deliberações.
§ 2o Serão convidados a integrar a Comissão Gestora Nacional,
como membros, representantes da sociedade civil, sendo:
I - dois de entidades do segmento dos empreendimentos
econômicos solidários;
II - dois de entidades do segmento de apoio e fomento ao
comércio justo e solidário; e
III - dois de entidades do segmento das redes da economia
solidária.
DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS)
§ 3o Para cada membro titular da Comissão Gestora Nacional será
indicado um suplente.
§ 4o No caso da sociedade civil, cada segmento representado terá
direito a um voto nas deliberações da Comissão Gestora Nacional.
§ 5o Os membros titulares e suplentes da Comissão Gestora Nacional
representantes dos Ministérios serão indicados pelos respectivos
titulares e designados pelo Ministro de Estado do Trabalho e
Emprego.
§ 6o Os membros titulares e suplentes da Comissão Gestora Nacional
representantes da sociedade civil serão indicados pelo Conselho
Nacional de Economia Solidária e designados pelo Ministro de Estado
do Trabalho e Emprego.
DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS)
§ 7o O Conselho Nacional de Economia Solidária indicará os
representantes da sociedade civil na Comissão Gestora Nacional,
conforme processo previsto em resolução específica, que definirá os
critérios de credenciamento e escolha das entidades representativas de
cada segmento previsto no § 2o.
§ 8o A participação dos membros da Comissão Gestora Nacional é
considerada serviço público relevante e não será remunerada.
§ 9o Poderão participar das reuniões da Comissão Gestora Nacional, a
convite de seu coordenador ou da maioria absoluta de seus membros,
representantes de outros órgãos e entidades da administração pública,
de instituições de cooperação internacional, bem como pessoas físicas e
representantes de pessoas jurídicas que, por sua experiência pessoal ou
institucional, possam contribuir para os debates.
DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS)
Art. 6o A Comissão Gestora Nacional definirá o seu
funcionamento em regimento interno, a ser aprovado pela
maioria absoluta de seus membros, e reunir-se-á
periodicamente, por meio de convocação do seu
coordenador.
DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS)
Art. 7o As despesas necessárias à realização das
atividades da Comissão Gestora Nacional, bem como
aquelas decorrentes da execução de projetos realizados
no âmbito de suas atividades, advirão de dotações
orçamentárias próprias consignadas anualmente nos
orçamentos dos Ministérios que a compõem, observados
os limites de movimentação, de empenho e de pagamento
da programação orçamentária e financeira anual.
Art. 8. Este Decreto entra em vigor na
data de sua publicação.
DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS)
Brasília, 17 de novembro de 2010; 189º da Independência e 122º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Presidente da República
Carlos Lupi
Márcia Helena Carvalho Lopes
Guilherme Cassel
Este texto não substitui o publicado no DOU de 18.11.2010

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Instituto José Bonifácio Andrada e Silva - Estatuto
Instituto José Bonifácio Andrada e Silva - EstatutoInstituto José Bonifácio Andrada e Silva - Estatuto
Instituto José Bonifácio Andrada e Silva - EstatutoRDP0102
 
Lei de criação do Conselho de Esporte e Lazer
Lei de criação do Conselho de Esporte e LazerLei de criação do Conselho de Esporte e Lazer
Lei de criação do Conselho de Esporte e LazerLeonardo Delgado
 
LEI No 8.662, DE 7 DE JUNHO DE 1993
LEI No 8.662, DE 7 DE JUNHO DE 1993LEI No 8.662, DE 7 DE JUNHO DE 1993
LEI No 8.662, DE 7 DE JUNHO DE 1993José Araujo
 
Cartilha idoso web
Cartilha idoso webCartilha idoso web
Cartilha idoso webONGestão
 
Estatudo da Aliança Nacional da Força (ANF) - alterações 2012
Estatudo da Aliança Nacional da Força (ANF) - alterações 2012Estatudo da Aliança Nacional da Força (ANF) - alterações 2012
Estatudo da Aliança Nacional da Força (ANF) - alterações 2012Marilia Coutinho
 
Estatuto da ALIANÇA NACIONAL DA FORÇA (ANF)
Estatuto da ALIANÇA NACIONAL DA FORÇA (ANF)Estatuto da ALIANÇA NACIONAL DA FORÇA (ANF)
Estatuto da ALIANÇA NACIONAL DA FORÇA (ANF)Marilia Coutinho
 
Recomendação nº 008 clubes futebol
Recomendação nº 008 clubes futebolRecomendação nº 008 clubes futebol
Recomendação nº 008 clubes futebolCarlos França
 
Oficina paganatto
Oficina paganattoOficina paganatto
Oficina paganattoFIFE2014
 
Associações e fundações
Associações e fundaçõesAssociações e fundações
Associações e fundaçõesFernando Lima
 
Como criar uma associação
Como criar uma associaçãoComo criar uma associação
Como criar uma associaçãoBruno Simões
 
Estatuto associação dos estudantes universitários do município de barro
Estatuto   associação dos estudantes universitários do município de barroEstatuto   associação dos estudantes universitários do município de barro
Estatuto associação dos estudantes universitários do município de barroRicardo Tavares
 
Asapol Estatutos 2013
Asapol Estatutos 2013Asapol Estatutos 2013
Asapol Estatutos 2013ASAPOL
 
Casa dos conselhos de paracambi
Casa dos conselhos de paracambiCasa dos conselhos de paracambi
Casa dos conselhos de paracambiMarcia Marques
 

Mais procurados (18)

Resolução cmec nº 001 de 25 de novembro de 2015
Resolução cmec nº 001 de 25 de novembro de 2015Resolução cmec nº 001 de 25 de novembro de 2015
Resolução cmec nº 001 de 25 de novembro de 2015
 
Instituto José Bonifácio Andrada e Silva - Estatuto
Instituto José Bonifácio Andrada e Silva - EstatutoInstituto José Bonifácio Andrada e Silva - Estatuto
Instituto José Bonifácio Andrada e Silva - Estatuto
 
Lei de criação do Conselho de Esporte e Lazer
Lei de criação do Conselho de Esporte e LazerLei de criação do Conselho de Esporte e Lazer
Lei de criação do Conselho de Esporte e Lazer
 
LEI No 8.662, DE 7 DE JUNHO DE 1993
LEI No 8.662, DE 7 DE JUNHO DE 1993LEI No 8.662, DE 7 DE JUNHO DE 1993
LEI No 8.662, DE 7 DE JUNHO DE 1993
 
Cartilha idoso web
Cartilha idoso webCartilha idoso web
Cartilha idoso web
 
Cartilha+associaes+comunitrias
Cartilha+associaes+comunitriasCartilha+associaes+comunitrias
Cartilha+associaes+comunitrias
 
Estatudo da Aliança Nacional da Força (ANF) - alterações 2012
Estatudo da Aliança Nacional da Força (ANF) - alterações 2012Estatudo da Aliança Nacional da Força (ANF) - alterações 2012
Estatudo da Aliança Nacional da Força (ANF) - alterações 2012
 
Estatuto da ALIANÇA NACIONAL DA FORÇA (ANF)
Estatuto da ALIANÇA NACIONAL DA FORÇA (ANF)Estatuto da ALIANÇA NACIONAL DA FORÇA (ANF)
Estatuto da ALIANÇA NACIONAL DA FORÇA (ANF)
 
Recomendação nº 008 clubes futebol
Recomendação nº 008 clubes futebolRecomendação nº 008 clubes futebol
Recomendação nº 008 clubes futebol
 
Oficina paganatto
Oficina paganattoOficina paganatto
Oficina paganatto
 
Projetos
ProjetosProjetos
Projetos
 
Associações e fundações
Associações e fundaçõesAssociações e fundações
Associações e fundações
 
Como criar uma associação
Como criar uma associaçãoComo criar uma associação
Como criar uma associação
 
D.O. Mesquita/RJ - 29/10/2014
D.O. Mesquita/RJ - 29/10/2014D.O. Mesquita/RJ - 29/10/2014
D.O. Mesquita/RJ - 29/10/2014
 
Regimento interno do cmj
Regimento interno do cmjRegimento interno do cmj
Regimento interno do cmj
 
Estatuto associação dos estudantes universitários do município de barro
Estatuto   associação dos estudantes universitários do município de barroEstatuto   associação dos estudantes universitários do município de barro
Estatuto associação dos estudantes universitários do município de barro
 
Asapol Estatutos 2013
Asapol Estatutos 2013Asapol Estatutos 2013
Asapol Estatutos 2013
 
Casa dos conselhos de paracambi
Casa dos conselhos de paracambiCasa dos conselhos de paracambi
Casa dos conselhos de paracambi
 

Destaque

TERMO DE REFERÊNCIA DOS BANCOS COMUNITÁRIOS
TERMO DE REFERÊNCIA DOS BANCOS COMUNITÁRIOSTERMO DE REFERÊNCIA DOS BANCOS COMUNITÁRIOS
TERMO DE REFERÊNCIA DOS BANCOS COMUNITÁRIOSINSTITUTO VOZ POPULAR
 
APRESENTAÇÃO - ENTIDADE GESTORA DO BCD
APRESENTAÇÃO - ENTIDADE GESTORA DO BCDAPRESENTAÇÃO - ENTIDADE GESTORA DO BCD
APRESENTAÇÃO - ENTIDADE GESTORA DO BCDINSTITUTO VOZ POPULAR
 
APRESENTAÇÃO FELICIDADE INTERNA BRUTA (FIB) SÃO RAFAEL
APRESENTAÇÃO FELICIDADE INTERNA BRUTA (FIB) SÃO RAFAELAPRESENTAÇÃO FELICIDADE INTERNA BRUTA (FIB) SÃO RAFAEL
APRESENTAÇÃO FELICIDADE INTERNA BRUTA (FIB) SÃO RAFAELINSTITUTO VOZ POPULAR
 
LISTA DE BANCOS COMUNITÁRIOS DE DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE
LISTA DE BANCOS COMUNITÁRIOS DE DESENVOLVIMENTO DO NORDESTELISTA DE BANCOS COMUNITÁRIOS DE DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE
LISTA DE BANCOS COMUNITÁRIOS DE DESENVOLVIMENTO DO NORDESTEINSTITUTO VOZ POPULAR
 
APRESENTAÇÃO PONTO DE FINANÇAS SOLIDÁRIOS
APRESENTAÇÃO PONTO DE FINANÇAS SOLIDÁRIOSAPRESENTAÇÃO PONTO DE FINANÇAS SOLIDÁRIOS
APRESENTAÇÃO PONTO DE FINANÇAS SOLIDÁRIOSINSTITUTO VOZ POPULAR
 
APRESENTAÇÃO - MAPEAMENTO SOCIOECONÔMICO
APRESENTAÇÃO - MAPEAMENTO SOCIOECONÔMICOAPRESENTAÇÃO - MAPEAMENTO SOCIOECONÔMICO
APRESENTAÇÃO - MAPEAMENTO SOCIOECONÔMICOINSTITUTO VOZ POPULAR
 
APRESENTAÇÃO - FINANÇAS SOLIDÁRIAS
APRESENTAÇÃO - FINANÇAS SOLIDÁRIASAPRESENTAÇÃO - FINANÇAS SOLIDÁRIAS
APRESENTAÇÃO - FINANÇAS SOLIDÁRIASINSTITUTO VOZ POPULAR
 
APRESENTAÇÃO - CONSELHO GESTOR BCD
APRESENTAÇÃO - CONSELHO GESTOR BCDAPRESENTAÇÃO - CONSELHO GESTOR BCD
APRESENTAÇÃO - CONSELHO GESTOR BCDINSTITUTO VOZ POPULAR
 
APRESENTAÇÃO - BANCOS COMUNITÁRIOS
APRESENTAÇÃO - BANCOS COMUNITÁRIOSAPRESENTAÇÃO - BANCOS COMUNITÁRIOS
APRESENTAÇÃO - BANCOS COMUNITÁRIOSINSTITUTO VOZ POPULAR
 
APRESENTAÇÃO - EMPREENDEDORISMO SOCIAL
APRESENTAÇÃO - EMPREENDEDORISMO SOCIALAPRESENTAÇÃO - EMPREENDEDORISMO SOCIAL
APRESENTAÇÃO - EMPREENDEDORISMO SOCIALINSTITUTO VOZ POPULAR
 
CORRESPONDENTES BANCÁRIOS NO BRASIL
CORRESPONDENTES BANCÁRIOS NO BRASILCORRESPONDENTES BANCÁRIOS NO BRASIL
CORRESPONDENTES BANCÁRIOS NO BRASILINSTITUTO VOZ POPULAR
 
APRESENTAÇÃO - MEI DECLARAÇÃO ANUAL
APRESENTAÇÃO - MEI DECLARAÇÃO ANUALAPRESENTAÇÃO - MEI DECLARAÇÃO ANUAL
APRESENTAÇÃO - MEI DECLARAÇÃO ANUALINSTITUTO VOZ POPULAR
 
APRESENTAÇÃO - A ORIGEM DO DINHEIRO
APRESENTAÇÃO - A ORIGEM DO DINHEIROAPRESENTAÇÃO - A ORIGEM DO DINHEIRO
APRESENTAÇÃO - A ORIGEM DO DINHEIROINSTITUTO VOZ POPULAR
 
APRESENTAÇÃO - POLÍTICA DE CRÉDITO PARA BCD
APRESENTAÇÃO - POLÍTICA DE CRÉDITO PARA BCDAPRESENTAÇÃO - POLÍTICA DE CRÉDITO PARA BCD
APRESENTAÇÃO - POLÍTICA DE CRÉDITO PARA BCDINSTITUTO VOZ POPULAR
 
APRESENTAÇÃO FUNDOS ROTATIVOS SOLIDÁRIOS
APRESENTAÇÃO FUNDOS ROTATIVOS SOLIDÁRIOSAPRESENTAÇÃO FUNDOS ROTATIVOS SOLIDÁRIOS
APRESENTAÇÃO FUNDOS ROTATIVOS SOLIDÁRIOSINSTITUTO VOZ POPULAR
 

Destaque (20)

APRESENTAÇÃO AGENTES DE CRÉDITO
APRESENTAÇÃO AGENTES DE CRÉDITOAPRESENTAÇÃO AGENTES DE CRÉDITO
APRESENTAÇÃO AGENTES DE CRÉDITO
 
APRESENTAÇÃO - NOTA DE $ 100
APRESENTAÇÃO - NOTA DE $ 100APRESENTAÇÃO - NOTA DE $ 100
APRESENTAÇÃO - NOTA DE $ 100
 
TERMO DE REFERÊNCIA DOS BANCOS COMUNITÁRIOS
TERMO DE REFERÊNCIA DOS BANCOS COMUNITÁRIOSTERMO DE REFERÊNCIA DOS BANCOS COMUNITÁRIOS
TERMO DE REFERÊNCIA DOS BANCOS COMUNITÁRIOS
 
APRESENTAÇÃO - ENTIDADE GESTORA DO BCD
APRESENTAÇÃO - ENTIDADE GESTORA DO BCDAPRESENTAÇÃO - ENTIDADE GESTORA DO BCD
APRESENTAÇÃO - ENTIDADE GESTORA DO BCD
 
APRESENTAÇÃO FELICIDADE INTERNA BRUTA (FIB) SÃO RAFAEL
APRESENTAÇÃO FELICIDADE INTERNA BRUTA (FIB) SÃO RAFAELAPRESENTAÇÃO FELICIDADE INTERNA BRUTA (FIB) SÃO RAFAEL
APRESENTAÇÃO FELICIDADE INTERNA BRUTA (FIB) SÃO RAFAEL
 
LISTA DE BANCOS COMUNITÁRIOS DE DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE
LISTA DE BANCOS COMUNITÁRIOS DE DESENVOLVIMENTO DO NORDESTELISTA DE BANCOS COMUNITÁRIOS DE DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE
LISTA DE BANCOS COMUNITÁRIOS DE DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE
 
APRESENTAÇÃO PONTO DE FINANÇAS SOLIDÁRIOS
APRESENTAÇÃO PONTO DE FINANÇAS SOLIDÁRIOSAPRESENTAÇÃO PONTO DE FINANÇAS SOLIDÁRIOS
APRESENTAÇÃO PONTO DE FINANÇAS SOLIDÁRIOS
 
APRESENTAÇÃO - MAPEAMENTO SOCIOECONÔMICO
APRESENTAÇÃO - MAPEAMENTO SOCIOECONÔMICOAPRESENTAÇÃO - MAPEAMENTO SOCIOECONÔMICO
APRESENTAÇÃO - MAPEAMENTO SOCIOECONÔMICO
 
APRESENTAÇÃO - FINANÇAS SOLIDÁRIAS
APRESENTAÇÃO - FINANÇAS SOLIDÁRIASAPRESENTAÇÃO - FINANÇAS SOLIDÁRIAS
APRESENTAÇÃO - FINANÇAS SOLIDÁRIAS
 
APRESENTAÇÃO - CONSELHO GESTOR BCD
APRESENTAÇÃO - CONSELHO GESTOR BCDAPRESENTAÇÃO - CONSELHO GESTOR BCD
APRESENTAÇÃO - CONSELHO GESTOR BCD
 
APRESENTAÇÃO - BANCOS COMUNITÁRIOS
APRESENTAÇÃO - BANCOS COMUNITÁRIOSAPRESENTAÇÃO - BANCOS COMUNITÁRIOS
APRESENTAÇÃO - BANCOS COMUNITÁRIOS
 
APRESENTAÇÃO - EMPREENDEDORISMO SOCIAL
APRESENTAÇÃO - EMPREENDEDORISMO SOCIALAPRESENTAÇÃO - EMPREENDEDORISMO SOCIAL
APRESENTAÇÃO - EMPREENDEDORISMO SOCIAL
 
CORRESPONDENTES BANCÁRIOS NO BRASIL
CORRESPONDENTES BANCÁRIOS NO BRASILCORRESPONDENTES BANCÁRIOS NO BRASIL
CORRESPONDENTES BANCÁRIOS NO BRASIL
 
APRESENTAÇÃO MOEDAS SOCIAIS
APRESENTAÇÃO MOEDAS SOCIAISAPRESENTAÇÃO MOEDAS SOCIAIS
APRESENTAÇÃO MOEDAS SOCIAIS
 
APRESENTAÇÃO - MEI DECLARAÇÃO ANUAL
APRESENTAÇÃO - MEI DECLARAÇÃO ANUALAPRESENTAÇÃO - MEI DECLARAÇÃO ANUAL
APRESENTAÇÃO - MEI DECLARAÇÃO ANUAL
 
APRESENTAÇÃO - A ORIGEM DO DINHEIRO
APRESENTAÇÃO - A ORIGEM DO DINHEIROAPRESENTAÇÃO - A ORIGEM DO DINHEIRO
APRESENTAÇÃO - A ORIGEM DO DINHEIRO
 
APRESENTAÇÃO CAC
APRESENTAÇÃO CACAPRESENTAÇÃO CAC
APRESENTAÇÃO CAC
 
APRESENTAÇÃO - POLÍTICA DE CRÉDITO PARA BCD
APRESENTAÇÃO - POLÍTICA DE CRÉDITO PARA BCDAPRESENTAÇÃO - POLÍTICA DE CRÉDITO PARA BCD
APRESENTAÇÃO - POLÍTICA DE CRÉDITO PARA BCD
 
APRESENTAÇÃO FUNDOS ROTATIVOS SOLIDÁRIOS
APRESENTAÇÃO FUNDOS ROTATIVOS SOLIDÁRIOSAPRESENTAÇÃO FUNDOS ROTATIVOS SOLIDÁRIOS
APRESENTAÇÃO FUNDOS ROTATIVOS SOLIDÁRIOS
 
APRESENTAÇÃO SOBRE MEI
APRESENTAÇÃO SOBRE MEIAPRESENTAÇÃO SOBRE MEI
APRESENTAÇÃO SOBRE MEI
 

Semelhante a SNCJS-Comércio Justo

Regimento interno do fopemimpe
Regimento interno do fopemimpeRegimento interno do fopemimpe
Regimento interno do fopemimpefopemimpe
 
Decreto 44.853
Decreto 44.853Decreto 44.853
Decreto 44.853fopemimpe
 
04 av conhec. espec._demo-p&b-jucems-ms(nm)
04 av conhec. espec._demo-p&b-jucems-ms(nm)04 av conhec. espec._demo-p&b-jucems-ms(nm)
04 av conhec. espec._demo-p&b-jucems-ms(nm)Lara Fagundes
 
2013 06 27_regimento-interno-atualizado-e-formatado_abs
2013 06 27_regimento-interno-atualizado-e-formatado_abs2013 06 27_regimento-interno-atualizado-e-formatado_abs
2013 06 27_regimento-interno-atualizado-e-formatado_absJeferson Andrei
 
Legislação do pab
Legislação do pabLegislação do pab
Legislação do pabAna Peroba
 
Legislação sistema financeiro de angola
Legislação sistema financeiro de angolaLegislação sistema financeiro de angola
Legislação sistema financeiro de angolaJoão Paixão
 
6º Congresso Estadual | Laura Maria Gomes
6º Congresso Estadual | Laura Maria Gomes6º Congresso Estadual | Laura Maria Gomes
6º Congresso Estadual | Laura Maria GomesAPEPREM
 
Lei 9.790 99 - lei que cria a oscip
Lei 9.790 99 - lei que cria a oscipLei 9.790 99 - lei que cria a oscip
Lei 9.790 99 - lei que cria a oscipABRASCIP
 
Lei n° 436
Lei n° 436Lei n° 436
Lei n° 436Ceu Jr
 

Semelhante a SNCJS-Comércio Justo (20)

Decreto 90393
Decreto 90393Decreto 90393
Decreto 90393
 
Lei bases economia social
Lei bases economia socialLei bases economia social
Lei bases economia social
 
Regimento interno do fopemimpe
Regimento interno do fopemimpeRegimento interno do fopemimpe
Regimento interno do fopemimpe
 
Decreto 44.853
Decreto 44.853Decreto 44.853
Decreto 44.853
 
Regulamento sesi web
Regulamento sesi webRegulamento sesi web
Regulamento sesi web
 
Decreto 90393
Decreto 90393Decreto 90393
Decreto 90393
 
04 av conhec. espec._demo-p&b-jucems-ms(nm)
04 av conhec. espec._demo-p&b-jucems-ms(nm)04 av conhec. espec._demo-p&b-jucems-ms(nm)
04 av conhec. espec._demo-p&b-jucems-ms(nm)
 
CDC_normas_correlatas_6ed.pdf
CDC_normas_correlatas_6ed.pdfCDC_normas_correlatas_6ed.pdf
CDC_normas_correlatas_6ed.pdf
 
Projeto de Lei 1.472/2007
Projeto de Lei 1.472/2007Projeto de Lei 1.472/2007
Projeto de Lei 1.472/2007
 
Lei 15075 2004 Docx
Lei 15075 2004 DocxLei 15075 2004 Docx
Lei 15075 2004 Docx
 
2013 06 27_regimento-interno-atualizado-e-formatado_abs
2013 06 27_regimento-interno-atualizado-e-formatado_abs2013 06 27_regimento-interno-atualizado-e-formatado_abs
2013 06 27_regimento-interno-atualizado-e-formatado_abs
 
Legislação do pab
Legislação do pabLegislação do pab
Legislação do pab
 
Código de Defesa do Consumidor
Código de Defesa do ConsumidorCódigo de Defesa do Consumidor
Código de Defesa do Consumidor
 
Cpa10 codofertas
Cpa10 codofertasCpa10 codofertas
Cpa10 codofertas
 
Planejamento tributario
Planejamento tributarioPlanejamento tributario
Planejamento tributario
 
Legislação sistema financeiro de angola
Legislação sistema financeiro de angolaLegislação sistema financeiro de angola
Legislação sistema financeiro de angola
 
6º Congresso Estadual | Laura Maria Gomes
6º Congresso Estadual | Laura Maria Gomes6º Congresso Estadual | Laura Maria Gomes
6º Congresso Estadual | Laura Maria Gomes
 
Resolução CNJ 198/2014
Resolução CNJ 198/2014Resolução CNJ 198/2014
Resolução CNJ 198/2014
 
Lei 9.790 99 - lei que cria a oscip
Lei 9.790 99 - lei que cria a oscipLei 9.790 99 - lei que cria a oscip
Lei 9.790 99 - lei que cria a oscip
 
Lei n° 436
Lei n° 436Lei n° 436
Lei n° 436
 

Mais de INSTITUTO VOZ POPULAR

APRESENTAÇÃO DO INSTITUTO VOZ POPULAR
APRESENTAÇÃO DO INSTITUTO VOZ POPULARAPRESENTAÇÃO DO INSTITUTO VOZ POPULAR
APRESENTAÇÃO DO INSTITUTO VOZ POPULARINSTITUTO VOZ POPULAR
 
MODELO DE ESTATUTO SOCIAL PARA RÁDIOS COMUNITÁRIAS
MODELO DE ESTATUTO SOCIAL PARA RÁDIOS COMUNITÁRIASMODELO DE ESTATUTO SOCIAL PARA RÁDIOS COMUNITÁRIAS
MODELO DE ESTATUTO SOCIAL PARA RÁDIOS COMUNITÁRIASINSTITUTO VOZ POPULAR
 
REGIMENTO INTERNO DO FUNDO ROTATIVO SOLIDÁRIO DO CPCC
REGIMENTO INTERNO DO FUNDO ROTATIVO SOLIDÁRIO DO CPCCREGIMENTO INTERNO DO FUNDO ROTATIVO SOLIDÁRIO DO CPCC
REGIMENTO INTERNO DO FUNDO ROTATIVO SOLIDÁRIO DO CPCCINSTITUTO VOZ POPULAR
 
APRESENTAÇÃO - COMO MONTAR UMA RÁDIO POSTE
APRESENTAÇÃO - COMO MONTAR UMA RÁDIO POSTEAPRESENTAÇÃO - COMO MONTAR UMA RÁDIO POSTE
APRESENTAÇÃO - COMO MONTAR UMA RÁDIO POSTEINSTITUTO VOZ POPULAR
 
LEI nº 6.615 78 (PROFISSÃO DO RADIALISTA)
LEI nº 6.615 78 (PROFISSÃO DO RADIALISTA)LEI nº 6.615 78 (PROFISSÃO DO RADIALISTA)
LEI nº 6.615 78 (PROFISSÃO DO RADIALISTA)INSTITUTO VOZ POPULAR
 
APRESENTAÇÃO O QUE É ECONOMIA SOLIDÁRIA
APRESENTAÇÃO O QUE É ECONOMIA SOLIDÁRIAAPRESENTAÇÃO O QUE É ECONOMIA SOLIDÁRIA
APRESENTAÇÃO O QUE É ECONOMIA SOLIDÁRIAINSTITUTO VOZ POPULAR
 

Mais de INSTITUTO VOZ POPULAR (9)

APRESENTAÇÃO DO INSTITUTO VOZ POPULAR
APRESENTAÇÃO DO INSTITUTO VOZ POPULARAPRESENTAÇÃO DO INSTITUTO VOZ POPULAR
APRESENTAÇÃO DO INSTITUTO VOZ POPULAR
 
MODELO DE ESTATUTO SOCIAL PARA RÁDIOS COMUNITÁRIAS
MODELO DE ESTATUTO SOCIAL PARA RÁDIOS COMUNITÁRIASMODELO DE ESTATUTO SOCIAL PARA RÁDIOS COMUNITÁRIAS
MODELO DE ESTATUTO SOCIAL PARA RÁDIOS COMUNITÁRIAS
 
REGIMENTO INTERNO DO FUNDO ROTATIVO SOLIDÁRIO DO CPCC
REGIMENTO INTERNO DO FUNDO ROTATIVO SOLIDÁRIO DO CPCCREGIMENTO INTERNO DO FUNDO ROTATIVO SOLIDÁRIO DO CPCC
REGIMENTO INTERNO DO FUNDO ROTATIVO SOLIDÁRIO DO CPCC
 
APRESENTAÇÃO - COMO MONTAR UMA RÁDIO POSTE
APRESENTAÇÃO - COMO MONTAR UMA RÁDIO POSTEAPRESENTAÇÃO - COMO MONTAR UMA RÁDIO POSTE
APRESENTAÇÃO - COMO MONTAR UMA RÁDIO POSTE
 
APRESENTAÇÃO - WEB RÁDIO
APRESENTAÇÃO - WEB RÁDIOAPRESENTAÇÃO - WEB RÁDIO
APRESENTAÇÃO - WEB RÁDIO
 
LEI nº 6.615 78 (PROFISSÃO DO RADIALISTA)
LEI nº 6.615 78 (PROFISSÃO DO RADIALISTA)LEI nº 6.615 78 (PROFISSÃO DO RADIALISTA)
LEI nº 6.615 78 (PROFISSÃO DO RADIALISTA)
 
APRESENTAÇÃO E-DINHEIRO
APRESENTAÇÃO  E-DINHEIROAPRESENTAÇÃO  E-DINHEIRO
APRESENTAÇÃO E-DINHEIRO
 
COOPERATIVAS DE CRÉDITO
COOPERATIVAS DE CRÉDITOCOOPERATIVAS DE CRÉDITO
COOPERATIVAS DE CRÉDITO
 
APRESENTAÇÃO O QUE É ECONOMIA SOLIDÁRIA
APRESENTAÇÃO O QUE É ECONOMIA SOLIDÁRIAAPRESENTAÇÃO O QUE É ECONOMIA SOLIDÁRIA
APRESENTAÇÃO O QUE É ECONOMIA SOLIDÁRIA
 

SNCJS-Comércio Justo

  • 1. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 7.358, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2010 Institui o Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário – SNCJS, cria a Comissão Gestora Nacional, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere o art.84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição, DECRETA:
  • 2. DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS) Art. 1o Fica instituído, no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego, o Sistema Nacional do Comércio Justo e Solidário - SCJS, para coordenar as ações do Governo Federal voltadas ao reconhecimento de práticas de comércio justo e solidário e à sua promoção. Parágrafo único. Os Estados, Municípios e Distrito Federal, os empreendimentos econômicos solidários, organismos de acreditação e organismos de avaliação da conformidade poderão aderir ao SCJS voluntariamente.
  • 3. DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS) Art. 2o Para os efeitos deste Decreto, entende-se por: I - comércio justo e solidário: prática comercial diferenciada pautada nos valores de justiça social e solidariedade realizada pelos empreendimentos econômicos solidários; II - empreendimentos econômicos solidários: organizações de caráter associativo que realizam atividades econômicas, cujos participantes sejam trabalhadores do meio urbano ou rural e exerçam democraticamente a gestão das atividades e a alocação dos resultados;
  • 4. DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS) III - organismos de acreditação: organismos que credenciam os organismos de avaliação da conformidade, atestando sua capacidade para realizar tarefas de avaliação da conformidade de produtos, processos e serviços; IV - organismos de avaliação da conformidade: organismos que inspecionam e atestam o cumprimento dos critérios de conformidade de produtos, processos e serviços com as práticas de comércio justo e solidário; e V - preço justo: é a definição de valor do produto ou serviço, construída a partir do diálogo, da transparência e da efetiva participação de todos os agentes envolvidos na sua composição que resulte em distribuição equânime do ganho na cadeia produtiva.
  • 5. DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS) Parágrafo único. Os termos fair trade, comércio justo, comércio equitativo, comércio équo, comércio alternativo, comércio solidário, comércio ético, comércio ético e solidário estão compreendidos no conceito de comércio justo e solidário, nos termos deste Decreto.
  • 6. DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS) Art. 3o O SCJS tem por finalidade fortalecer e promover o comércio justo e solidário no Brasil, o que compreende alcançar os seguintes objetivos: I - fortalecer identidade nacional de comércio justo e solidário, por meio da difusão do seu conceito, de seus princípios e critérios de reconhecimento de práticas de comércio justo e solidário e de seu fomento; II - favorecer a prática do preço justo para quem produz, comercializa e consome;
  • 7. DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS) III - divulgar os produtos, processos, serviços, bem como as experiências e organizações que respeitam as normas do SCJS; IV - subsidiar os empreendimentos econômicos solidários, os organismos de acreditação e de avaliação da conformidade e as entidades de apoio e fomento ao comércio justo e solidário, por meio de base nacional de informações em economia solidária e de empreendimentos econômicos solidários com práticas de comércio justo e solidário reconhecidas pelo SCJS;
  • 8. DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS) V - contribuir com os esforços públicos e privados de promoção de ações de fomento à melhoria das condições de comercialização dos empreendimentos econômicos solidários; VI - incentivar a colaboração econômica entre empreendimentos econômicos solidários; e VII - apoiar processos de educação para o consumo, com vistas à adoção de hábitos sustentáveis e à organização dos consumidores para a compra dos produtos e serviços do comércio justo e solidário.
  • 9. DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS) Parágrafo único. A gestão do SCJS, os seus princípios e os critérios de reconhecimento de práticas de comércio justo e solidário serão disciplinados em ato normativo do Ministério do Trabalho e Emprego.
  • 10. DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS) Art. 4o O SCJS contará com uma Comissão Gestora Nacional, que terá as seguintes atribuições: I - subsidiar tecnicamente o Conselho Nacional de Economia Solidária, previsto no inciso XIII do art. 30 da Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003, em assuntos relacionados ao SCJS; II - reconhecer e monitorar as diferentes metodologias de avaliação da conformidade de produtos, processos e serviços aos princípios e critérios de reconhecimento de práticas de comércio justo e solidário do SCJS, adequados às diferentes realidades sociais, territoriais e organizacionais, eventualmente propondo aperfeiçoamentos das metodologias;
  • 11. DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS) III - habilitar no SCJS os organismos de acreditação e de avaliação da conformidade, de acordo com os critérios de reconhecimento de práticas de comércio justo e solidário estabelecidos em ato normativo do Ministério do Trabalho e Emprego; IV - promover o diálogo entre as representações dos diversos agentes envolvidos no comércio justo e solidário; V - manifestar-se periodicamente sobre a habilitação dos organismos de avaliação da conformidade no SCJS, com base em informações dos organismos de acreditação, de acordo com os critérios de reconhecimento de práticas de comércio justo e solidário estabelecidos no ato normativo do Ministério do Trabalho e Emprego, previsto no parágrafo único do art. 3o;
  • 12. DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS) VI - acompanhar o cadastramento realizado pela Secretaria Nacional de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e Emprego, dos empreendimentos econômicos solidários com prática de comércio justo e solidário reconhecida pelo SCJS; VII - estabelecer diretrizes para as ações de fomento ao comércio justo e solidário e acompanhar o seu desenvolvimento; VIII - disseminar informações e resultados relativos ao comércio justo e solidário; e IX - aprovar o seu regimento interno.
  • 13. DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS) Art. 5o Comporão a Comissão Gestora Nacional um representante de cada um dos seguintes Ministérios: I - do Trabalho e Emprego; II - do Desenvolvimento Agrário; e III - do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
  • 14. DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS) § 1o A Comissão Gestora Nacional será coordenada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Secretaria Nacional de Economia Solidária, cujo representante exercerá o voto de qualidade em caso de empate nas deliberações. § 2o Serão convidados a integrar a Comissão Gestora Nacional, como membros, representantes da sociedade civil, sendo: I - dois de entidades do segmento dos empreendimentos econômicos solidários; II - dois de entidades do segmento de apoio e fomento ao comércio justo e solidário; e III - dois de entidades do segmento das redes da economia solidária.
  • 15. DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS) § 3o Para cada membro titular da Comissão Gestora Nacional será indicado um suplente. § 4o No caso da sociedade civil, cada segmento representado terá direito a um voto nas deliberações da Comissão Gestora Nacional. § 5o Os membros titulares e suplentes da Comissão Gestora Nacional representantes dos Ministérios serão indicados pelos respectivos titulares e designados pelo Ministro de Estado do Trabalho e Emprego. § 6o Os membros titulares e suplentes da Comissão Gestora Nacional representantes da sociedade civil serão indicados pelo Conselho Nacional de Economia Solidária e designados pelo Ministro de Estado do Trabalho e Emprego.
  • 16. DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS) § 7o O Conselho Nacional de Economia Solidária indicará os representantes da sociedade civil na Comissão Gestora Nacional, conforme processo previsto em resolução específica, que definirá os critérios de credenciamento e escolha das entidades representativas de cada segmento previsto no § 2o. § 8o A participação dos membros da Comissão Gestora Nacional é considerada serviço público relevante e não será remunerada. § 9o Poderão participar das reuniões da Comissão Gestora Nacional, a convite de seu coordenador ou da maioria absoluta de seus membros, representantes de outros órgãos e entidades da administração pública, de instituições de cooperação internacional, bem como pessoas físicas e representantes de pessoas jurídicas que, por sua experiência pessoal ou institucional, possam contribuir para os debates.
  • 17. DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS) Art. 6o A Comissão Gestora Nacional definirá o seu funcionamento em regimento interno, a ser aprovado pela maioria absoluta de seus membros, e reunir-se-á periodicamente, por meio de convocação do seu coordenador.
  • 18. DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS) Art. 7o As despesas necessárias à realização das atividades da Comissão Gestora Nacional, bem como aquelas decorrentes da execução de projetos realizados no âmbito de suas atividades, advirão de dotações orçamentárias próprias consignadas anualmente nos orçamentos dos Ministérios que a compõem, observados os limites de movimentação, de empenho e de pagamento da programação orçamentária e financeira anual.
  • 19. Art. 8. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. DECRETO 7.358/10 (DECRETO DO SNCJS)
  • 20. Brasília, 17 de novembro de 2010; 189º da Independência e 122º da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Presidente da República Carlos Lupi Márcia Helena Carvalho Lopes Guilherme Cassel Este texto não substitui o publicado no DOU de 18.11.2010