O documento descreve a atenção à saúde da população idosa na Regional de Saúde do Paranoá no Distrito Federal. Ele apresenta dados demográficos e de saúde da população idosa coberta pela Atenção Primária na região, como a prevalência de doenças crônicas e fatores de risco. Também descreve ações realizadas para melhorar a atenção ao idoso, como a criação de uma sala de atendimento exclusiva para idosos em um centro de saúde e encontros comunitários com associação de id
2. Mapa das Regiões de Saúde, PDR 2007, SES/DF.
Regional de Saúde do Paranoá
3. Itapoã
* População estimada ~ 90.000 hab.
Julho de 2001.
Invasores
ocupam
área entre
Paranoá e
Sobradinho:
600 barraco.
Antonio
Siqueira
01.10.01
Setembro de 2007.
Moradores
esperam processo
de
regularização para
ter melhorias na
área de infra-
estrutura
Antonio
Siqueira
10.09.07
4. Resgate...
• Outubro/2009 = MS: I Painel Nacional de
Prevenção de Quedas e Fraturas
• Meta: Pacto pela vida 2008 – redução de 2% da taxa de internações por
fratura de fêmur em pessoas idosas.
• “ Estimular a formação de equipe multiprofissional para a elaboração de
normas de conduta para o reconhecimento, acompanhamento e
tratamento dos pacientes com fatores de risco para osteoporose, com
fratura por trauma mínimo e com risco de quedas” .
• Dezembro /2009 = Programa de Prevenção a
Osteoporose/Paranoá + ABS ( ESF )
5. INVESTIGAÇÃO DA SAÚDE ÓSSEA NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA DA
REGIONAL DE SAÚDE DO PARANOÁ/DF – APLICAÇÃO DO TESTE MINUTO DA
INTERNATIONAL OSTEOPOROSIS FUNDATION – IOF
História Familiar (itens 1 e 2) 51,78%
História pessoal de queda (item 4) 32,14%
Quedas freqüentes ou receio de cair (item 5) 62,12%
Perda de mais de 3 cm após 40 anos (item 6) 20,2%
IMC < 19 Kg/m2 (item 7) 14,64%
Uso de CE (item 8) 15,35%
AR (item 9) 0,7%
Hipertireoidismo ou hiperparatireoidismo (item 10) 0 %
Para mulheres (itens 11,12,13) 42,15%
Para homens (item 14) 7%
Etilismo (item 15) 9,73%42º CONGRESSO BRASILEIRO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA BRASÍLIA- 13 A 15 DE NOVEMBRO DE 2010
6. INVESTIGAÇÃO DA SAÚDE ÓSSEA NAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA DA
REGIONAL DE SAÚDE DO PARANOÁ/DF – APLICAÇÃO DO TESTE MINUTO DA
INTERNATIONAL OSTEOPOROSIS FUNDATION – IOF
18.12%
33.25%
48.63%
1 fator de risco
2 fatores de risco
3 fatores de risco
Questionários Aplicados distribuídos por fatores
de risco
42º CONGRESSO BRASILEIRO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA BRASÍLIA- 13 A 15 DE NOVEMBRO DE 2010
7. PACTO PELA SAÚDE 2010-2011
I – PACTO PELA VIDA : OBJETIVOS
1. Atenção à Saúde do Idoso
OBJETIVO META INDICADOR
Promover a formação e
educação
permanente dos
profissionais de saúde do
SUS na área de saúde da
pessoa idosa.
Reduzir em 2% a Taxa
de Internação
Hospitalar de Pessoas
Idosas por fratura do
fêmur
1.Taxa de internação hospitalar
em pessoas idosas por
fratura do fêmur.
(SIH/IBGE)
PORTARIA No. 2699, DE 03 DE NOVEMBRO DE 2009
5. PROMOÇÃO DA SAÚDE ( REDUZIR )
SEDENTARISMO 15,2% dos adultos com atividade física
suficiente no tempo livre. ( vigitel)
TABAGISMO Prevalência de tabagismo ≤
15,8% por ano. ( VIGITEL )
8. PACTO PELA SAÚDE 2010-2011
I – PACTO PELA VIDA : OBJETIVOS
1. Diretrizes área técnica MS – Saúde do Idoso:
PORTARIA No. 2699, DE 03 DE NOVEMBRO DE 2009
- Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa;
- Caderno de Atenção Básica Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa – Nº 19 –
distribuídos para os profissionais da rede;
- Curso de Aperfeiçoamento em Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa, na
modalidade a distancia – visa à capacitação de profissionais de saúde da rede;
- Oficinas Estaduais de Prevenção da Osteoporose, Quedas e Fraturas em Pessoas
Idosas, com o objetivo de sensibilizar e capacitar os profissionais de nível
superior, preferencialmente aqueles que atuam na Atenção Primária;
- Oficinas de Prevenção da Violência contra a pessoa idosa com o objetivo de
sensibilizar e capacitar os profissionais de saúde na identificação das pessoas idosas
vítimas de maus-tratos e violência;
- Distribuição de Material Educativo;
9. PACTO PELA SAÚDE 2010-2011
I – PACTO PELA VIDA : OBJETIVOS
1. Diretrizes área técnica SES/DF – Saúde do Idoso:
PORTARIA No. 2699, DE 03 DE NOVEMBRO DE 2009
- Oficinas de prevenção de quedas e osteoporose, anualmente.
- Projeto circuito multissensorial, que tem como objetivo promover a melhora do
equilíbrio e prevenir quedas. O objetivo é ter um circuito em cada regional de saúde
totalizando 15 circuitos.
-Curso de Qualificação em Saúde da Pessoa Idosa para auxiliares e técnicos de
enfermagem das equipes de atenção primária, ministrado pela ETESB. A qualificação
do profissional propicia melhor orientação para família e idoso, assim como
identificação de fatores de risco e atuação sobre eles.
- Curso de Aperfeiçoamento – CMI
- Parcerias com o DETRAN ( mobilidade cidadã)
- Escola de avós
- Ginástica nas quadras
10. 2010 – Coordenação PAISI
1ª. Ação: Fev/2010: Reunião NAISI
+ ATENÇÃO À SAÚDE DA POPULAÇÃO
Caderneta do
Idoso
Curso de Cuidadores
Reminiscências
Medicamentos
Vacina H1N1
Osteoporose
Tai Chi
CMI – UNB
Geriatras
11. Linha de Cuidado à Saúde do Idoso
1. Composição do Grupo de Trabalho ( GT )
- PAISI
- Atenção Primária: CS01
- GAPESF ( ESF )
- Atenção Hospitalar: Geriatria e Gerontologia
- NEPS
- Especialidades: Reumatologia/Ortopedia
12. Programa de Atenção a Saúde do Idoso
Regional de Saúde Paranoá - Secretaria de Saúde - DF
Coordenação:
Viviane Cristina Uliana Peterle
Grupo de trabalho:
Viviane Cristina Uliana Peterle
Claudio Mares Guia
Esperanza Bernal Ramirez
Janeval Guimaraes
Sandra Helena Ferreira
Tereza de Fatima Gomes de Bastos
Rayganna Fonseca
Vaneide Luna
Paloma Duarte
Elza Maestro
Eleuza Procópio de SousaMartinelli
Patricia – técnica de enfermagem
Fernanda e Juliana ( voluntárias )
13. Linha de Cuidado à Saúde do Idoso
• Pactuação das ações entre os membros e com a
Direção Regional na Linha de Cuidado
• Criação da Sala de Acolhimento ao Idoso – CS01
Paranoá
• Encontros com os idosos na Associação de Idosos
do Paranoá
• Estudos epidemiológicos sobre fatores de risco de
osteoporose, tabagismo e eventos relacionados a
fraturas de fêmur em idosos na Regional –
apresentação e premiação em eventos científicos
• Oficina sobre a Caderneta junto aos ACS – PACS.
14. Criação da Sala de Acolhimento ao
Idoso – CS01 Paranoá
• Ambiência
• Escuta qualificada
• Instrumento padronizado e formato digital
• Orientação de enfermagem e farmacêutica
• Atendimento em grupos
• Atendimento médico individualizado
• “Caixinhas”
• Capacitação ACS – caderneta do idoso
15. Centro de Saúde 01- sala personalizada e de
atendimento exclusivo ao idoso.
16. Centro de Saúde 01- estratégia de
aderência medicamentosa com as
“caixas personalizadas”.
17. Centro de Saúde 01- sala personalizada e de
atendimento exclusivo ao idoso.
20. Encontros com os idosos na
Associação de Idosos do Paranoá
• Encontros sextas a tarde
• Orientação Nutricional – parcerias
• Projeto “ 1900 e antigamente...”
• Festejos
** Encontros com psicóloga e enfermagem
22. PLANO DE SAÚDE 2012 – 2015
Art. 10. Os serviços de atenção
hospitalar e os ambulatoriais
especializados, entre outros de maior
complexidade e densidade
tecnológica, serão referenciados pelas
Portas de Entrada de que trata o art. 9º.
Art. 11. O acesso universal e
igualitário às ações e aos serviços de
saúde será ordenado pela atenção
primária e deve ser fundado na
avaliação da gravidade do risco
individual e coletivo e no critério
cronológico, observadas as
especificidades previstas para
pessoas com proteção
especial, conforme legislação vigente.
Art. 9º São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes de
Atenção à Saúde os serviços:
I - de atenção primária;
II - de atenção de urgência e emergência;
III - de atenção psicossocial; e
IV - especiais de acesso aberto.
23. PLANO DE SAÚDE 2012 – 2015
Art. 15. O processo de planejamento da
saúde será ascendente e integrado, do
nível local até o federal, ouvidos os
respectivos Conselhos de
Saúde, compatibilizando-se as
necessidades das políticas de saúde com
a disponibilidade de recursos
financeiros.
Art. 18. O planejamento da saúde em
âmbito estadual deve ser realizado de
maneira regionalizada, a partir das
necessidades dos Municípios, considerando
o estabelecimento de metas de saúde.
CAPÍTULO III
DO PLANEJAMENTO DA SAÚDE
24. PLANO DE SAÚDE 2012 – 2015
Art. 20. A integralidade da assistência à saúde se inicia e se
completa na Rede de Atenção à Saúde, mediante
referenciamento do usuário na Rede Regional e interestadual,
conforme pactuado nas Comissões Intergestores.
CAPÍTULO IV
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
25.
26.
27. ORIENTAÇÕES ACERCA DOS INDICADORES DA
PACTUAÇÃO DE DIRETRIZES, OBJETIVOS E METAS 2012
Conforme pactuação na Reunião da Comissão
Intergestores Tripartite de 26 de abril de 2012
Versão atualizada em 30/05/2012
Diretriz 5 – Garantia da atenção integral à saúde da pessoa idosa e dos
portadores de doenças crônicas, com estímulo ao envelhecimento ativo e
fortalecimento das ações de promoção e prevenção.
Objetivo Nacional: Melhoria das condições de Saúde do Idoso e Portadores
de Doenças Crônicas mediante qualificação da gestão e das redes de
atenção.
29. POLITICAS PÚBLICAS NO CONTEXTO DAS RAS
29
Portaria no 2488, de 21 de outubro de 2011: Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)
Portaria no 4279, de 30 de dezembro de 2010: RAS no âmbito do SUS
Decreto no 7508, de 28 de junho de 2011: Organização do SUS para as RAS
Portaria nº 841, de 02 de maio de 2012 e a RENASES: o idoso e as redes de atenção à
saúde
30. Rede de Atenção ao Idoso - Paranoá
• Grupo de trabalho ( GT ) + Pró-Saúde
• Modelo de Redes = Eugênio Vilaça Mendes
• Elementos constitutivos:
- População
- Sistema Operacional
- Modelos de Atenção
• Fluxo Assistencial
• Macroprocessos de Trabalho
31. População
• Método:
- População APS : ESF + Modelo Tradicional (CS01 )
- Ficha de cadastro dos idosos – SES/DF
- Análise das fichas:
• Determinantes Sociais em Saúde
• Identificação das doenças crônicas
• Síndromes Geriátricas.
32. Determinantes sociais em saúde para a
população idosa
• Figura 3: Modelo de Dahlgren e Whitehead (CNDSS, 2008)
Fonte: Buss,2007
32
35. Total: 2.206 = 4,4%
Total: 3.890 = 8,4 % * DF: 7,4%
Razão de dependência: 64,5%
*** população jovem > idosos
Razão de dependência: 50,7%
36. 36
Tabela 2 - Características demográficas autodeclaráveis dos idosos da APS da Regional do
Paranoá – SES∕ DF, em frequência absoluta e relativa, 2012.
Variáveis Frequência (n = 300) %
Sexo
Feminino 179 59,7
Masculino 121 40,3
Idade
Até 69 anos 163 54,3
De 70 a 79 anos 100 33,3
80 anos ou mais 37 12,3
Grupo Étnico
Amarela 6 2,0
Branca 121 40,3
Negra 56 18,7
Parda 113 37,7
Não informada 4 1,3
37. 37
Tabela 3 - Frequência de doenças autodeclaráveis na população idosa da APS da
Regional do Paranoá - SES∕DF, por frequência absoluta e relativa, 2012.
Patologias Frequência
n = 300 %
HAS 231 77,0
Cardiopatias 42 14,0
D. Osteoarticulares 80 26,7
Osteoporose 47 15,7
D.M 67 22,3
Acidente Vascular Cerebral 26 8,7
Infarto Agudo do Miocárdio 4 1,3
Fraturas 59 19,7
Deficiência Visual 145 48,3
Prótese dentária 217 72,3
Incontinência fecal 15 5
Incontinência urinária 15 5
Alzheimer 10 3,3
Parkinson 6 2
D. Pulmonar 17 5,7
Def. Auditiva 65 21,7
38. 38
Tabela 4 - Freqüência absoluta e relativa dos comportamentos relacionados ao tabagismo,
álcool e uso de medicamentos, dos idosos usuários da APS, Regional de Saúde do
Paranoá/SES/DF – 2012
Variáveis Frequência (n = 300) %
Tabagismo
Não 255 85,0
Sim 44 14,7
Não informado 1 0,3
Álcool
Não 257 85,7
Sim 43 14,3
Uso de medicamento
Não 52 17,3
Sim 248 82,735,4% = Polifarmácia
39. 39
Variáveis Frequência n = 300 %
Com quem mora
Acompanhado 266 88,7
Só 33 11,0
Não informado 1 0,3
Estado Civil
Casado (a) 137 45,7
Divorciado (a) 29 9,7
Mora Junto 2 0,7
Separado (a) 11 3,7
Solteiro (a) 38 12,7
Viúvo (a) 77 25,7
Outros 5 1,7
Não informado 1 0,3
Participa de grupo
Não 203 67,7
Sim 97 32,3
Tabela 5 - Freqüência absoluta e relativa das características de moradia, estado civil e participação de
grupos, autodeclaráveis, dos idosos usuários da APS, Regional de Saúde do Paranoá/SES/DF – 2012.
n= 155 51,8%
40. 40
Tabela 6 - Freqüência absoluta e relativa do grau de escolaridade, condições de moradia, renda
familiar e atividade profissional, dos idosos usuários da APS, Regional de Saúde do
Paranoá/SES/DF – 2012.
Variáveis Frequência (n =300) %
Grau de escolaridade
Nenhuma 150 50,0
Ensino Fundamental incompleto 117 39,0
Ensino Fundamental completo 16 5,3
Ensino Médio incompleto 4 1,3
Ensino Médio completo 7 2,3
Ensino Superior incompleto 1 0,3
Ensino Superior completo 4 1,3
Não informado 1 0,3
Moradia
Alugada 23 7,7
Amigos 2 0,7
Cedida 11 3,7
Familiares 38 12,7
Própria 224 74,7
Não informado 2 0,7
41. 41
Continuação – Tabela 6 :
Variáveis Frequência (n = 300) %
Renda Familiar
Sem renda 24 8,0
Até 1 S.M 179 59,7
De 1 a 3 S.M 78 26,0
Mais de 3 S.M 14 4,7
Não informou 5 1,7
Atividade Profissional
Aposentado 188 62,7
Afastado por problemas de saúde 14 4,7
Agricultor 4 1,3
Autônomo 4 1,3
Beneficiário 13 4,3
Desempregado 20 6,7
Empregado 17 5,7
Pensionista 14 4,7
Prendas Domésticas 20 6,7
Não informou 6 2,0
43. Estrutura Operacional
1. CENTRO DE COMUNICAÇÃO
• APS
• Centro de Saúde 01 – modelo tradicional ( + PACS )
• Estratégia de Saúde da Família
Ambas: Atributos da APS :
- Grau de Afiliação com Serviço de Saúde
- Acesso de Primeiro Contato - Utilização
- Acesso de Primeiro Contato – Acessibilidade
- Longitudinalidade
- Coordenação – Integração de Cuidados
- Coordenação - Sistema de Informações
- Integralidade - Serviços Disponíveis
- Integralidade – Serviços Prestados
- Orientação Familiar
- Orientação Comunitária
PCATOOL
44.
45. Estrutura Operacional
2. PONTOS DE ATENÇÃO SECUNDÁRIO E TERCIÁRIO
• HRPa :
• Ambulatório de Gerontologia:
- Acolhimento ao idoso
- PAV + Assistência Domiciliar
- Visitas a pacientes internados
• Geriatria
* Geraneuro
- CMI
- HRAN
- HBDF
46. Estrutura Operacional
3. SISTEMAS DE APOIO
3.1- Diagnóstico e Terapêutico:
• Laboratório
* CS 01 – “ amigo do idoso ”
• Radiologia
• Assistência Social, Práticas Integrativas, NRAD...
3.2 – Assistência Farmacêutica
3.3 – Informações em Saúde ***
MARCAÇÃO PELO SISREG
47. Estrutura Operacional
4. SISTEMAS LOGÍSTICOS
*** Tecnologias da Informação
• CADERNETA DO IDOSO
• Ficha de cadastro dos idosos – planilha
eletrônica Excell/Office.
• Fichas de Referência e Contra-referência
• Cartão do SUS.
• Treack-care
• SISREG
71. Estudos epidemiológicos
Fratura por queda da própria altura em idosose fatores
correlacionadosao eventoem pacientesinternadosem hospital
públicodo DistritoFederal
VIVIANECRISTINAULIANAPETERLE, CAMILACOSTAOLIVEIRA, GRAZIELLEBARROSDEMELO, ÂNGELABARBOSA
MONTENEGROARNDT, LUANACICILIA SOUSADASILVA
RESIDÊNCIAMÉDICA- CLÍNICAMÉDICA– HOSPITALREGIONALDOPARANOÁ/ SES/ DF
INTRODUÇÃO
Os fatores associados às causas das quedas estão classificados como:
intrínsecos, ou seja, decorrentes de alterações fisiológicas relacionadas ao
envelhecimento, a doenças ou efeitos causados pelo uso de fármacos; e
extrínsecos, que são os que dependem de circunstâncias sociais e
ambientais. As quedas podem impactar a vida do paciente de forma
irreversível, não devido às fraturas delas decorrentes, mas também de suas
conseqüências advindas da reabilitação pós-cirúrgica, e dentre elas estão
morbidade, mortalidade, deterioração funcional, hospitalização,
institucionalização, aumento no consumo de medicamentos e de serviços
de saúde1..
O tratamento da maioria destas fraturas é cirúrgico, são utilizados vários
métodos de osteossíntese proporcionando fixação rígida e segura,
permitindo um início da marcha precoce. No manejo da fratura de
quadril, a abordagem cirúrgica é o elemento chave. Em teoria, o atraso na
cirurgia e na mobilização pode afetar funcionalmente e aumentar as
complicações associadas ao repouso prolongado, como tromboembolismo,
infeção do trato urinário, atelectasia e úlcera de pressão. Por outro lado,
cirurgia precoce sem estabilização clínica do paciente pode aumentar o
risco de complicações perioperatórias2.
OBJETIVO
Descrever os fatores envolvidosno processo de histórianatural dasfraturas
relacionadas a quedas da própria altura em pacientes acima de 60 anos que
necessitaram de internação hospitalar para correção cirúrgica em um
hospital.
MÉTODOS
O estudo retrospectivo analisou 45 pacientes, acima de 60 anos,
internados em enfermaria Ortopédica no Hospital Regional do
Paranoá/ SES/ DF, nos meses de novembro de 2009 a março de 2010. Os
pacientes foram admitidos apenas com história epidemiológica de queda
da própria altura. Foram excluídos prontuários com dados incompletos ou
internações por outras fraturas ou faixa etária. A análise estatística foi
descritiva e as variáveis selecionadas foram: sexo, faixa etária (60-69; 70-
79; >/ =80 anos), comorbidades associadas antes da internação, sítio da
fratura (classificação AO), tempo decorrido até a realização do
procedimento cirúrgico, tempo total de internação hospitalar. Realizado
análise bivariada e correlacionado com dadosde literatura.
DISCUSSÃO
O tempo médio para intervenção cirúrgica nas fraturas de fêmur foi
de 15,2 dias, sendo 25,76 o tempo médio de internação hospitalar para
esta patologia (p<0,05). Das comorbidades mais associadas no início da
internação, 32 pacientes apresentavam HAS (62,74% ) e DPOC em 12
(23,53%)pacientes . Na análise e comparação entre as variáveis, quando
correlacionados idade e sítios de fratura, houve associação entre idade
avançada e fraturas de fêmur (dos 25 pacientes com mais de 70 anos, 21
fraturam o fêmur). Não houve correlação significativa entre tempo para
intervenção cirúrgica e maior tempo de internação, exceto nos casos em
que havia maior número de comorbidades a admissão.
CONCLUSÃO
Experiência com outras doenças, tais como aterosclerose e hipertensão
arterial, tem-nos ensinado que nenhum fator de risco deve ser
considerado isoladamente como o bastante para predizer risco de um
evento. Não devemos considerar apenas um único fator de risco no
planejamento de intervenções associadas a doenças com etiologia
multifatorial, sendo fundamental associar as intervenções aos níveis
absolutos da probabilidade de risco do evento. Também, conforme
literatura, o tempo de abordagem cirúrgica pode afetar a evolução do
paciente e o atraso no tratamento cirúrgico resulta em maior tempo de
internação pósoperatória, afetando a recuperação funcional. (4,5).
Bibliografia
1. Murphy WM. "Classificação de Fraturas: significado biológico". In: Princípios AO do Tratamento de Fraturas. Porto Alegre-RS : AO Publishing; 2000.p. 45-6
2. Ribeiro, P. C. C., Oliveira,B. H. D., Cupertino, A. P. F. B., Neri, A. L. & Yassuda, M. S. Performance of the Elderly in the CERAD Cognitive Battery: Relations
with Socio-Demographic Variables and Perceived Health. Psicologia: Reflexão e Crítica, 23(1), 102-109.
2. Sakaki MH, Oliveira AR, Coelho FF, Leme LEG, Suzuki I, Amatuzzi MM. Estudo da mortalidade na fratura do fêmur proximal em idosos. Acta ortop
bras 2004; 12(4):242-249.
3. Vidal EIO, Cueli CM, Pinheiro RS, Camargo KR. Mortality within 1 year after hip fracture surgical repair in the elderly according to postoperative period a
probabilistic record linkage study in Brazil Nationa osteoporosis foudation. Osteoporos Int. 2006; 17:1569-76.
4. Gillespie WJ, Walenkamp G. Antibiotc prophylaxis for surgery for proximal femoral and other closed long bone fractures. Cochrane Database Syst
Rev.2001;(1):CD000244.
5. Beaupre LA, Jones CA, Saunders LD, Jahnston DWC, Buckingham J, Majumadar SR. Best practices for elderly hip fracture patients. A systematic overview of
the evidence.J Gen Intern Med. 2005; 20:1019-25.
6. Fratura de fêmur em idosos. Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v.8, n.2, p.33-38, jun.2007 .
REDE DE ATENÇÃO A SÁUDE DO IDOSO NA REGIONAL
DE SAÚDE DO PARANOÁ/SES/DF
Relato de Experiência
Peterle, V. C. U; Bezerra, A. C. C; Ferreira, S.H.S; Bastos, T.; Guia, C. M.; Martinelli, E.P.; Alves, E.D; Moraes, J.
Objetivo: Descrever a formação de uma rede de atenção
a saúde do idoso, com estratégias de referência e
contra-referência.
Pacientes e Métodos: Em 2009, a cobertura dos
Programas de Atenção Básica era de 22%. Dentro deste
cenário, o programa de atenção a saúde do idoso,
realizou capacitações junto as equipes de saúde da
família com identificação de potencias multiplicadores,
além de investigação epidemiológica de temas como
saúde óssea, comorbidades mais freqüentes associados
aos idosos, pesquisas e revisão de prontuários com
análise de dados referentes a morbimortalidades por
fraturas de fêmur. Diante destas análises, foi constituído
dentro da Regional de Saúde, grupo técnico para
estruturação da rede de atenção ao idoso de referência e
contra-referência, formado pela Atenção Hospitalar
(geriatra e enfermeira com especialização em
gerontologia) e Atenção Básica – centro de saúde 01
Paranoá (enfermeira referência e médico clínico
referência) e centro de saúde 02 do Itapoã (enfermeira
referência), com criação de salas de acolhimento aos
idosos nestas unidades, além da participação do Núcleo
de Ensino Permanente em Saúde/ visando à elaboração
de educação permanente em saúde do idoso, tanto a
servidores quanto à população. São realizadas reuniões
mensais com o grupo de trabalho onde são discutidas as
ações analisando os resultados obtidos com as práticas.
Ações no Centro de Saúde 01 Paranoá :
Faixa
Etária
Urbano Rural Itapoã
60-64 543 164 826
65-69 385 124 586
70-74 275 73 419
75-79 165 42 246
80 e + 225 42 343
Tabela 1 – População estimada por sexo e faixa etária segundo
local de domicílio da Região Administrativa do Paranoá e Itapoã –
2009 IBGE/DIVEP/SES/DF
Foi implantada no Centro de Saúde do Paranoá a sala de
Acolhimento ao Idoso com a finalidade de oferecer aos
idosos atendimentos com qualidade, resolutividade e
respeito. O trabalho que é desenvolvido pela equipe de
acolhimento ao idoso segue da seguinte forma:
- Cadastramento dos idosos;
- Consultas de enfermagem e médicas;
- Palestras educativas voltadas a 3ª idade proferida pela
enfermeirae médico;
- Visitas domiciliares aos idosos;
- Atividades Físicas realizadas pelos agentes de saúde;
- Atividades manuais;
- Orientações quanto ao uso de medicação;
- Assistência nutricional;
- Assistência Social;
A proposta da equipe de acolhimento ao idoso é de que
a cada três meses seja feita uma avaliação das
patologias dos idosos cadastrados com possíveis
propostas de tratamento e conduta para um melhor
atendimento aos idosos que será apresentada para os
gestores, servidores da casa e conselho de saúde onde
todos possam participar para um melhor atendimento
ao idoso.
Discussão: Com o envelhecimento populacional
brasileiro é inevitável o impacto no setor Saúde,
principalmente no sistema hospitalar. Desta
maneira, os gestores de saúde no país devem estar
atentos para este fato e desenvolver estratégias de
rede de Atenção a Saúde do Idoso dentro da atenção
primária a saúde de forma mais efetiva. Isso
representa um grande desafio para o sistema de
saúde que poderá ter seus leitos hospitalares
bloqueados com o modelo hospitalocêntrico e, pior,
sem responder adequadamente às necessidades de
saúde desta população.
Bibliografia:
1. DATASUS. Movimento de Autorização de
Internação Hospitalar - Janeiro a Dezembro de 2001.
DATASUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. (CDs-
ROM).
-4500-3600-2700-1800-90009001800270036004500
00-04anos
10-14 anos
20-24 anos
30-34 anos
40-44 anos
50-54 anos
60-64 anos
70-74 anos
80 + anos
Pirâmide Populacional
Dez Anos antes
masculina
-10000 0 10000
00-04anos
10-14 anos
20-24 anos
30-34 anos
40-44 anos
50-54 anos
60-64 anos
70-74 anos
80 + anos
Pirâmide Populacional
Ano atual
masculina