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Cartas
Parabéns à BOA VONTADE
Ecumenismo

Acabei de ler um exemplar da revista
BOA VONTADE em comemoração ao
aniversário último do Templo da Boa
Vontade. Quero parabenizálos pela qualidade editorial,
montagem e tudo mais. A
revista está muito boa.
E o melhor de tudo, espiritualmente elevada.
Desconheço outra publicação de igual valor
ao Espírito humano
em circulação pelo
Brasil. Fiquei particularmente
comovido por ver retratado meu encontro com o Diretor-Presidente da LBV, o
Irmão Paiva Netto, em outubro de 2005.
Tenho viajado por templos espirituais de
todo o mundo, particularmente no Peru,
o santuário de Machu Picchu; na Bolívia, o Lago Sagrado Titikaka, as ruínas
de Tiawanaku, dentre outros mais. São
lugares onde percebemos a poderosa
presença de uma força espiritual superior. Mas jamais senti tamanha Paz
interior e encontro com o meu Eu Maior
como nas madrugadas em que tive o
privilégio de meditar e orar no Templo
da Boa Vontade. Sempre me recordo
dessas noites que ficaram registradas na
memória como muito especiais. Justamente por isso, comprometi-me, comigo
mesmo, a estar ao menos uma vez ao ano
no TBV, afinal momentos assim devem
ser refeitos. Obrigado e muita Luz a
todos da revista BOA VONTADE, em
especial ao Irmão Maior Paiva Netto,
que sempre me impressiona pela lucidez
espiritual. (Alcione Giacomitti, escritor,
Curitiba/PR)

Valorizando o
Brasil

Fiquei muito feliz
com a edição de setembro da BOA VONTADE, pois traz importante  matéria sobre
o turismo na cidade
de Recife. Como pernambucana, vejo que
BOA VONTADE,
as Instituições da Boa
edição nº 205.
Vontade (IBVs) valorizam as diversas culturas existentes
em nosso grande País, principalmente


Revista Boa Vontade

Revista BOA VONTADE Mulher

inspira tese de mestrado

A edição especial da revista BOA
VONTADE Mulher é uma singela homenagem do
Diretor-Presidente
da LBV a todas as
mulheres: as anônimas e as que se
destacam nos diversos
campos de atuação do gênero humano.
A publicação, lançada em setembro

de 2005, servirá de base para a estudante
e assessora da Secretaria de Assuntos
Comunitários da Prefeitura Municipal
de Cascavel/PR, Rosângela de Lima,
fazer sua tese de mestrado. Ela conta
que estava buscando subsídios para o seu
trabalho sobre as personagens femininas
que ajudaram a transformar a História.
A revista também foi destacada pela
jornalista Lilia Riedlinger, apresentadora
do programa Gente Que Faz, no ar de
segunda a sexta-feira, no Canal 21.

com a matéria Recife — a capital da
alegria, enfocando as belezas naturais
que temos e a nossa cultura em particular. Parabéns! (Alyne Lins, operadora
de Telemarketing, de Pernambuco,
via e-mail)

grande Paz que envolvia nosso ser e
renovava nossas energias materiais
e espirituais. (Aparecida Zuquette
Fernandes de Souza, Rio de Janeiro/RJ)

16 anos do Templo da Boa
Vontade

Tive a grande alegria de estar presente no 16º aniversário do Templo
da Boa Vontade e quero agradecer do
fundo da minha alma os momentos
de tanta elevação espiritual e emoção
que vivenciamos naquele pedacinho
do Céu na Terra. Enquanto ouvíamos
a mensagem do Espírito Irmão Bezerra
de Menezes (1831-1900), sentíamos

Revista BOA VONTADE recebe
voto de congratulações da
Assembléia Legislativa do
Espírito Santo

A revista BOA VONTADE é muito
positiva, nem sempre as publicações no
Brasil são assim. A maioria trabalha com
notícias negativas, desastres, crimes,
corrupção, coisas que não instruem, que
não elevam. Essa revista é abrangente,
tem a grande vantagem de ser ecumênica,
ou seja, ela não trata apenas de uma
confissão religiosa, aborda as diversas
crenças no Brasil e no mundo. Possui um
editorial bem diversificado, destacando
temas com enfoque educativo. Considero
isso de imensa importância. Quero
parabenizar a Legião da Boa Vontade
por este trabalho, além dos serviços
sociais que vem desempenhando no país
há tanto tempo. (Deputado Estadual

Parabéns pelos 16 anos do Templo
da Paz. A ligação que tenho com o
TBV, há 9 anos, mudou a minha vida
para melhor: nunca mais fiquei doente
nem desanimei. Deus me proporcionou
uma visita a este Templo em 2000. Essa
Obra Divina avançará sempre, porque
vive o Novo Mandamento de Jesus:
Amai-vos uns aos outros como Eu vos
amei (Evangelho do Cristo, segundo
João, 13:34). (Helga Giebelhausen de
Campos, Maia/Portugal)
Cláudio Vereza, de
Vitória/ES)
Ainda da capital capixaba, chega-nos carta
do Deputado Marcelo
Santos, em que ele informa a homenagem
que a Casa Legislativa
daquele Estado fez a BOA VONTADE,
esta publicação. Diz a edição nº 206
missiva:
“Comunicamos que a Assembléia
Legislativa aprovou o requerimento
nº 2036/2005, de autoria dos senhores
Deputados Brice Bragato, Cláudio
Vereza e Carlos Casteglione e inseriu nos Anais desta Casa de Leis um
Voto de Congratulações com o povo
Espírito-Santense, em especial com
a revista BOA VONTADE, pelas
matérias que vem publicando”.
Professor Evanildo
Bechara, SecretárioGeral da ABL

Reconhecimento

Quero parabenizar a revista BOA
VONTADE pela excelência da publicação e aproveito para colocar meu
gabinete ao inteiro dispor. (Vereador
Domingos Dissei, São Paulo/SP)
Meus cumprimentos à Editora Elevação, à LBV e ao Irmão Paiva Netto pelos
seus trabalhos e livros lançados em prol
dos Seres Humanos. Tenho ouvido pela
Super Rede Boa Vontade o programa
Cortando Estradas, além das preces de
hora em hora. Acredito muito em Deus.
(William Gurzoni, São Paulo/SP)

Reflexões da Alma

Sou leitora assídua dos livros de
Paiva Netto. O Reflexões da Alma tem
me ajudado bastante. (...) Sou portadora
de artrite há 20 anos e estou com a saúde
debilitada sem poder me locomover direito. Meu marido
tem de trabalhar para sustentar a família. Meus filhos
cresceram e estão assumindo
compromissos. Então, meus
companheiros, durante o dia,

são os livros. Para mim foi melhor que
tratamento psiquiátrico e psicológico.
Antes eu não tinha tempo para ler. Só
trabalhava, estudava e cuidava da família. Hoje entendo que se tivesse tirado
um tempo a mais para leitura, poderia
ter uma vida melhor e evitado coisas
desagradáveis, pois, com a riqueza do

Cida Linares

No terceiro romance de Moacir
Japiassu Quando alegre partiste (287
páginas), recém-lançado nas livrarias, o
autor supera-se mais uma vez ao engendrar um melodrama que mistura realidade e ficção de maneira peculiar, como só
um bom jornalista poderia fazer. O autor
recria os “causos”, como ele mesmo costuma dizer, com o humor que aprendeu a
usar na dose certa, de forma inteligente.
O escritor utiliza-se também de recursos
didáticos para situar o leitor, com recuos
de tempo. Outro detalhe interessante é
que Japiassu transcreve na obra recortes
de jornais da época, nos quais pode-se
ver, entre as raridades, opiniões de Carlos
Drummond de Andrade (1902-1987),
além de fazer uma homenagem a diversos colegas de profissão.
Não contente em engendrar suas
incríveis narrativas, em seu refúgio em
Cunha, interior de São Paulo, este Dom
Quixote dos tempos modernos, um andarilho via internet, quer transformar pensamentos em livros, matérias, e levá-los aos

Moacir Japiassu (D) com seu velho amigo
Paiva Netto

rincões do País e também aos amigos. E
foi de lá, do Sítio Maravalha, que Moacir
encaminhou a outro companheiro das
letras seu mais recente trabalho. Diz ele,
na dedicatória ao dirigente da Legião
da Boa Vontade: “Ao consideradíssimo
amigo e Irmão José de Paiva Netto, com
o abraço sempre saudoso e afetuoso do
Moacir Japiassu”.
conhecimento, minha mente se abriu
para muitas realidades. Agradeço a Deus
por haver escritores a exemplo de Paiva
Netto. O livro Reflexões da Alma ganhei de
aniversário do meu filho e todas as noites
antes de dormir eu releio uma mensagem.
Logo depois, oro e durmo em paz. (Eloisa
Dias, Guaíba — Porto Alegre/RS)

Embaixada da
Indonésia
presenteia TBV

Em agradecimento à Legião da Boa
Vontade por integrar a exposição Tramas,
Pontos e Nós, a Embaixada da República
da Indonésia presenteou o Templo da
Boa Vontade com uma bela lembrança
(foto acima) daquele país. Em missiva
ao TBV, o Primeiro-Secretário Cultural
da Embaixada, Ahimsa Soekartono,
escreve: “O sucesso obtido neste evento
foi certamente resultado do incansável
trabalho realizado pela LBV, bem como
o bom entendimento entre os organizadores e os participantes. Como demons-

tração de apreço e
reconhecimento, estamos enviando umas
pequenas lembranças
do nosso país para
a vossa Instituição”.
E encerra: “Congratulamo-nos pelo
excelente trabalho. Ahimsa Soekartono
Aproveitamos para
reiterar à Legião da Boa Vontade os
protestos de nossa mais alta estima e distinta consideração. Ahimsa Soekartono,
Primeiro-Secretário Cultural”.
Revista Boa Vontade



Reprodução RMTV

“Vocês estão
de parabéns
pela revista
BOA VONTADE.”

Jornalismo, humor e romance em único livro.

João Preda

Jon Corzine,
Governador eleito de Nova Jersey,
entusiasma-se com
a revista Sociedade
Solidária Altruística
Ecumênica, da LBV
(7ª edição, versão
em Inglês), entregue, na ocasião, por
Eliana Gonçalves e
Mariana Malaman,
integrantes da Juventude Ecumênica
da Boa Vontade de Deus dos Estados
Unidos. Nascido em Illinois em 1º de
janeiro de 1947, Corzine exerceu o cargo
de Senador em 1999.
Simone Barreto

Conceição Malaman

Governador de Nova Jersey (EUA)
Índice

Ao Leitor
O projeto Amigos de Boa Vontade — que reúne artistas, esportistas,
profissionais voluntários e personalidades da mídia para apoiar as
diversas ações socioeducacionais da
Legião da Boa Vontade — ganhou
este mês o reforço da carismática
atriz Juliana Paes, que é capa desta
edição. A exemplo dela, muitos
outros estão incentivando os trabalhos da LBV, especialmente no
fim de ano, quando a Obra, ao lado
de sua lide diária, realiza grande
movimentação com o objetivo de
distribuir 350 toneladas de alimentos a famílias em situação de risco
social e, assim, fazer mais feliz o
Natal de milhares de pessoas.
Em torno da Solidariedade Ecumênica gira também o artigo “Não
há mundo sem a China”, do jornalista Paiva Netto, no qual entre os
muitos ensinamentos lembra que,
mais do que nunca, a sociedade,
que vive ameaçada pela destruição,
pela queda das barreiras de espaço
e tempo, deve compenetrar-se de
que somos uma “imensa família
chamada Humanidade”. E conclui:
“É necessário que os que acreditam
na Paz se unam, vençam suas diferenças. Se não, ninguém restará
para contar a História...”.

No mês da Consciência Negra,
o sutil, silencioso, mas ainda muito presente preconceito contra o
negro no Brasil é analisado nesta
revista em quatro importantes contextos. Nas entrevistas do Senador
Paulo Paim e da Ministra Matilde
Ribeiro, titular da Secretaria Especial para Políticas de Promoção da
Igualdade Racial (Seppir); na matéria do Dr. José Vicente, Presidente da Sociedade Afro-Brasileira de
Desenvolvimento Sócio-Cultural;
e no bate-papo com a querida atriz
e cantora Zezé Motta, no qual ela
conta detalhes da trajetória vencedora, falando de papéis relevantes
como a interpretação de Xica da
Silva, que se tornou uma referência
na carreira dela.
Boa leitura!

Reflexão
A Vida não acaba com a
morte e tem seu começo
antes da concepção
carnal, porque o Espírito
antecede o corpo.
(Paiva Netto)

Edição nº 207
4 Cartas
6 Ao Leitor
8 Notícias de Brasília
9 Coluna de Esportes
10 Samba e História
12 Especial — Dia da
Consciência Negra
19 Mundo
20 Acontece
24 Capa
28 Reportagem
34 Atualidades


Revista Boa Vontade

36 Literatura
40 Melhor Idade
42 Ação Jovem LBV
44 Soldadinhos de Deus
46 Homenagem
50 Saúde
51 História
52 Variedades
57 Acontece no Mundo
58 Opinião
62 Pedagogia do
Cidadão Ecumênico

BOA VONTADE
ANO XXIII • Nº 207 • NOVEMBRO de 2005

BOA VONTADE é uma publicação mensal das
IBVs, editada pela Editora Elevação.

Diretor e Editor responsável

Francisco de Assis Periotto
MTE/DRTE/RJ 19.916 JP
Coordenação
	

Gerdeilson Botelho

Revisão

Adriane Schirmer
Neuza Alves
Walter Periotto
Wanderly Albieri Baptista

Colaboradores
Alvino Barros, Cida Linares, Daniel
Trevisan, Danielly Arruda, Débora
Verdan, Elias Paulo, Leonardo
Mattiuzzo, Maria Aparecida da Silva,
Mário Augusto Brandão, Natália
Lombardi, Paulo Azor, Pedro de Paiva,
Profa Nádia Lauriti, Rita Silvestre e
William Luz

Arte

Projeto Gráfico: Alziro Braga
A revista BOA VONTADE agradece à
renomada fotógrafa Nana Moraes
pela produção da foto de capa que foi
encaminhada, gentilmente, à nossa redação
pela atriz Juliana Paes.

Produção
Endereço para correspondência:
Av. Rudge, 938 — Bom Retiro
CEP 01134-000 — São Paulo/SP
Tel.: (11) 3358-6868 — Caixa Postal 13.833-9
CEP 01216-970
Internet: www.boavontade.com
E-mail: info@boavontade.com
Impressão: PROL Editora Gráfica
A revista BOA VONTADE não se responsabiliza por conceitos emitidos em seus artigos
assinados.

Fr
9

24

Coluna de
Esportes

Capa

28

Francisco de Assis Periotto
MTE/DRTE/RJ 19.916 JP

Reportagem

36
50

Literatura

Saúde

12

58

Especial — Dia da
Consciência Negra

Opinião

20

Acontece

Portal BOA VONTADE: www.boavontade.com
Revista Boa Vontade
Nilton Preda

Notícias de Brasília

Conjunto Ecumênico da LBV. À direita, o Templo da Boa Vontade; ao centro, a sede administrativa; à esquerda, o Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica (ParlaMundi). Visitado
por mais de 15 milhões de turistas e peregrinos, é o líder de visitação do Distrito Federal,
segundo dados oficiais da Secretaria de Turismo (Setur).

Elias Fábio

Templo da Boa Vontade é
destaque no Jornal do Brasil
_____________

A

edição de 30
de novembro
do Jornal do
Brasil indicou
aos leitores do Caderno
Viagem o Templo da
Boa Vontade — a Pirâmide dos Espíritos LuCarlos Alberto
minosos. O texto aborda
Guimarães
os pontos místicos da
capital do País e dedica meia página ao
TBV, contando um pouco da história
do monumento que, em 21 de outubro,
completou 16 anos.
O jornalista Carlos Alberto Guimarães, que redigiu a matéria, visitou
a Pirâmide da Paz no dia 19 deste mês
e pôde transmitir os pontos que fazem
do Templo da Boa Vontade uma parada
obrigatória para visitantes de todo o
mundo, o que o consolidou como o monumento mais visitado de Brasília/DF,
segundo dados oficiais da Secretaria de
Turismo do Distrito Federal (Setur).

“Templo da Paz completa 16
anos no Distrito Federal

“A capital federal não é apenas o
centro do poder e das tensões políticas.
Numa superquadra da Asa Sul repousa
um espaço de paz e ecumenismo que se
tornou o ponto turístico mais visitado
de Brasília: o Templo da Boa Vontade,
também conhecido como Pirâmide dos
Espíritos Luminosos. Trata-se de um
complexo de dois mil metros quadrados,
inaugurado em outubro de 1989, a partir
de doações de todo o país, capitaneadas
pelo jornalista José de Paiva Netto,

Lícia Curvello
Presidente da Legião da Boa Vontade
(LBV). De portas abertas 24 horas por
dia, o templo atraiu mais de 15 milhões
de turistas e peregrinos nos 16 anos de
existência.
“A pirâmide de sete faces e 21 metros
de altura abriga em seu interior vários
ambientes, como uma galeria de arte,
com exposições itinerantes de artistas
nacionais e estrangeiros; a Sala Egípcia,
reservada à meditação e decorada com
tapetes, pinturas e esculturas representativas da milenar cultura do Nilo;
e até uma fonte de água mineral, tida
como a mais ‘energética’ da região. No
topo da pirâmide, uma pedra de cristal
de 21 quilos catalisa as energias que
adentram o monumento. Outro pólo de
concentração dos visitantes é a Mandala,
escultura semelhante a um grande e colorido olho. Muitos turistas dizem sentir
vibrações ao tocá-la. Um restaurante e
uma livraria também estão à disposição
dos viajantes.
“O espaço mais procurado do Templo, no entanto, é sua nave, com uma
imensa espiral desenhada no piso,
simbolizando a caminhada do homem
na Terra. Os visitantes que ali chegam
costumam tirar os sapatos e seguir a
marcação, até alcançar o centro da espiral, exatamente embaixo da pedra de
cristal, onde dedicam alguns momentos
à oração. Diariamente, às 18h, um
culto é realizado no local, com acompanhamento de um dos vários corais
da LBV. Não há símbolos religiosos (...),
apenas um altar, concebido pelo escultor
italiano Roberto Moriconi (1932-1993),

“Estive no Templo da LBV há 10
anos e, hoje, vejo a mesma Paz,
o mesmo ambiente caloroso, a
Fé e a devoção das pessoas que
aqui visitam. (...) Eu destaco
a questão da Espiritualidade
presente em todos os pontos
do Templo da Boa Vontade. (...)
As pessoas entram aqui como
turistas — O TBV é o ponto
turístico mais visitado de Brasília
— e saem da Pirâmide da LBV
mais espiritualizadas, mais
conscientes. (...) Quem vai lá uma
vez, sempre volta.”
Carlos Alberto Guimarães, jornalista
do Jornal do Brasil, em visita ao
Templo da Boa Vontade, no dia 19 de
novembro.
representando os quatro elementos da
natureza: fogo, ar, água e terra.
“Em meio a uma atmosfera tão mística, não há como evitar de se pensar em
milagres. Os responsáveis pelo Templo,
entretanto, são cautelosos ao tratar do
assunto.
— Não prometemos nada, mas há
vários casos de doentes que saíram daqui curados de seus males — comenta
Enaildo Viana, assessor de imprensa
da LBV.
— Seus depoimentos, confirmados
por parentes, estão todos gravados em
nosso acervo — complementa.
O Templo da Boa Vontade está localizado na SGAS 915, Lotes 75 e 76.
Maiores informações pelo telefone (61)
3245-1070”.

Fac-símile d

o Jornal do

Brasil
Felipe Freitas

Coluna do Garotinho

D

Brasileiro:
Justiças e injustiças.

epois de 8 meses de competição, terminou o mais
conturbado de todos os
Campeonatos Brasileiros.
No fim das contas, deu Corinthians na
cabeça*. O milionário Timão de muitos
craques conquistou seu quarto título de
campeão nacional.
Para muitos, foi uma conquista
injusta, uma vez que o Internacional, vice-campeão, embora com um
time bem mais modesto, sem tantos
craques, apresentou um futebol mais
convincente em campo, pela força de
seu conjunto.
Alegam ainda que as 11 partidas
anuladas pelo STJD, por supostas
manipulações de resultados por uma
quadrilha de apostadores, beneficiaram
exclusivamente o Corinthians, em
prejuízo justamente do Internacional:
o Corinthians teve a oportunidade de
jogar de novo partidas em que havia
sido derrotado e, na segunda chance,
conseguiu vencer.
Não há como discutir essa verdade:
se os jogos em questão não fossem
anulados, valendo os resultados anteriores, o título certamente viajaria de
São Paulo para Porto Alegre.
Mas não importa quem tem razão.
As lamentações fazem parte do futebol, cuja magia está também em sua
imprevisibilidade. Se o campeão fosse
sempre o melhor, o mais forte, não
haveria emoção na disputa.

Temos de parabenizar o Internacional pela campanha que realizou e mais
ainda o Corinthians, porque montou
um grande elenco, capaz de oferecer
aos torcedores grandes espetáculos,
com jogadas fantásticas de atletas diferenciados, como o argentino Tevez,
Roger, Carlos Alberto e outros.
Injustiças sempre existiram e sempre vão existir. Elas também fazem parte do espetáculo. Mas nada pode tirar o
brilho da conquista corintiana. Afinal,
o clube paulista soube aproveitar as
oportunidades que teve e alcançou
seu objetivo: é o legítimo campeão
brasileiro de 2005.
Na outra ponta da tabela, mais
um tradicional clube cai para a
segunda divisão. Depois de Palmeiras, Botafogo, Fluminense e
Grêmio, que caíram e voltaram
à elite do futebol brasileiro, o
Atlético Mineiro, primeiro
campeão nacional, acabou
rebaixado.
Que siga o exemplo do
Grêmio, que caiu, formou
um time competitivo e,
com muita raça, conquistou em campo o direito
de retornar à primeira
divisão. O Atlético Mineiro foi o rebaixado. Mas
poderia ter a companhia de
outros grandes clubes, já
que Flamengo e Vasco pas-

saram a maior parte do campeonato em
perigoso namoro com as quatro últimas
posições da tabela.
Enfim, o que não faltou foi emoção.
Esse é o Campeonato Brasileiro. Não
por acaso, apontado como o mais difícil
do mundo, pela quantidade de clubes
em condições de disputar o título.

Reprodução BV

José Carlos Araújo é locutor
esportivo da Rádio Globo do
Rio de Janeiro/RJ

Campeonato

* Este artigo chegou à redação da revista BOA VONTADE, em 5/12/2005, quando fechávamos esta edição.
Carlitos Tevez
Revista Boa Vontade
Arquivo pessoal

Samba e História

“Muito

prazer,

Zezé

”

Atriz e cantora abre o coração
e conta sua trajetória de vida

Reprodução RMTV

N
O radialista Hilton Abi-Rihan (E), ao
lado da atriz e cantora Zezé Motta,
durante gravação do programa Samba e
História, no Rio de Janeiro/RJ. Na Super
RBV, o ouvinte pode acompanhar essas
entrevistas aos domingos, às 5, 14 e 20
horas. Pela Rede Mundial de Televisão
(RMTV) é exibido aos sábados, às 23
horas. O telespectador pode assisti-las
também aos domingos: às 15 ou às 23
horas.

10 Revista Boa Vontade

o clima agradável e do puro
verde da Lagoa Rodrigo de
Freitas, localizada na zona
sul carioca, o programa
Samba e História teve o prazer de
conversar com a renomada atriz e
cantora Zezé Motta. Nascida em
Campos, município do norte fluminense, mudou-se para a capital aos
3 anos de idade. Ela guarda boas
recordações dos tempos em que viveu
no interior. “Eu me lembro de ficar
brincando no quintal dos meus avós,
do fogão de lenha sempre com uma
batata-doce assando”.
Ao chegar ao Rio de Janeiro, a família de Zezé foi morar no morro do
Cantagalo, que fica entre os bairros
de Copacabana e Ipanema. “Como
tinham de trabalhar, eu ficava na
casa de um tio. Aos 6 anos de idade
fui para o colégio interno e fiquei lá
até os 12.”
A veia artística foi herança do
pai — que era músico e professor
de violão. Por conta do exemplo de
casa, Zezé descobriu muito cedo sua
vocação para cantar. “Ele queria que
eu seguisse a música, já minha mãe
desejava que fosse estilista igual a
ela”. O destino foi quem conduziu

a sua vida para o campo das artes.
Quando concluiu o ensino médio
ganhou, por intermédio do professor
Jader de Britto, uma bolsa para estudar no Tablado, curso de teatro de
Maria Clara Machado. Ela justifica
a escolha, afirmando que desde cedo
“era muito dedicada, passava o fim
de semana decorando peças de teatro,
poesias, em todas aquelas festas históricas estava eu lá me exibindo”.
O fato de cantar e interpretar ajudou Zezé a sobressair-se na carreira
de atriz nos palcos em 1967. Na data,
estrelou em “Roda-viva”, sua primeira peça profissional, de autoria do
cantor Chico Buarque e sob a direção
de José Celso Martinez Corrêa.
Enquanto estava em cartaz com
“Roda-viva”, ficou muito amiga
da atriz Marília Pêra e dessa amizade surgiu o convite para estrear
na televisão. “A Marília foi convidada para fazer a novela Beto
Rockfeller na antiga TV Tupi e me
indicou para atuar na novela também. (...) Tive muita sorte porque
no dia em que estava fazendo a
apresentação da peça, o ator Flávio Santiago viu minha atuação e
me convidou para fazer o teste”.
Boa tarde, Xica da Silva.
Um dos papéis mais marcantes
da atriz na televisão foi, sem dúvida,
em Xica da Silva, como também ficou
conhecida durante muito tempo. Nessa
época, Zezé já estava com oito anos
de carreira, mas havia um teste para a
escolha da personagem. “Soube que o
Cacá Diegues estava constrangido de
me convidar para fazer o teste porque
ele não conhecia o meu trabalho, estava exilado em Londres (Inglaterra).”
Determinada, a atriz não perdeu tempo,
ligou para o diretor e disse que gostaria
de participar da seleção. “Concorri com
30 atores e esperei 30 dias roendo as
unhas”, brinca.
Nesse período, Zezé estava em
Salvador, capital da Bahia, na gravação
do filme A força de Xangô, com Iberê
Cavalcanti; todos os dias, ela telefonava
ao Rio de Janeiro a fim de saber o resultado. Quando já estava quase desistindo,
o telefone tocou enquanto gravava e do
outro lado da linha a resposta tão aguardada: “Um dos produtores me chamou
e disse: ‘Boa tarde, Xica da Silva!’. Aí
eu pirei, perdi a fome e comecei a ligar
para todo mundo”. O curioso é que a
alegria da atriz era tamanha que nem
mesmo a imprensa conseguia falar com

Reprodução

“O papel de Xica
da Silva foi tão
significativo na
trajetória da atriz
que virou uma
referência. ‘Até hoje,
quando vou me
apresentar como
cantora em algum
lugar, eles põem em
cartaz: Show com
Zezé Motta, atriz de
Xica da Silva’.”

ela, porque o único telefone de contato
naquele momento só dava ocupado.
O papel de Xica da Silva foi tão significativo na trajetória da atriz que virou
uma referência. “Até hoje, quando vou
me apresentar como cantora em algum
lugar, eles põem em cartaz ‘Show com
Zezé Motta, atriz de Xica da Silva’”.
Mesmo no cinema, teatro e TV, Zezé
sempre alimentou um sonho paralelo ao
de ser atriz: ser cantora. Como seu pai
tinha um conjunto musical e ensaiava
em casa, a atriz costuma dizer que tem
contato com o som desde o ventre da
mãe. Foi o pai quem notou o bom ouvido da filha para a música. “Eu dizia a
ele que precisava ouvir a música que a
Nora Nei gravou ou que a Ângela Maria
gravou e, assim, começava a cantar”.
Nessa época, o pai de Zezé Motta
passou a fazer as cifras e ela cantava.
“Mesmo antes do sucesso de Xica da Silva, eu tinha gravado um disco compacto
de uma peça de teatro musical chamada
‘A moreninha’. O pessoal perguntava:
‘E agora, Zezé?’ e eu dizia: ‘Agora vou
cantar’”, recorda-se.
Guilherme Araújo foi quem se
interessou para ser empresário de
Zezé e, logo no início, promoveu
um jantar dela com intérpretes da
Música Popular Brasileira. “Ele

Na imagem histórica, Zezé Motta
interpreta a personagem Xica da Silva.

convidou o Caetano Veloso, a Rita
Lee, o Gilberto Gil, o Luiz Melodia,
o Moraes Moreira, e foi incrível
porque todos estão no meu primeiro
disco, que é: Muito prazer, Zezé.
A música mais tocada do primeiro
disco foi Dores de amores; já no
segundo, o sucesso nas rádios era
Senhora liberdade. Em 2000, Zezé
Motta resolveu prestar uma homenagem à sua grande amiga Elizeth
Cardoso (1920-1990), com o CD
Divina saudade, o que para a atriz
e cantora foi um projeto mágico.
A inspiração veio do livro Elizete,
uma vida, de Sérgio Cabral. “Na
época, pensei: ‘Essa diva ainda não
foi homenageada em grande estilo’.
Aí, me empolguei com a idéia, liguei
para o meu empresário e começamos
a procurar patrocínio.”
Zezé levou para o teatro a vida e
as canções de Elizeth Cardoso. “Eu
adoro essa coisa da Elizeth que é de
dar a volta por cima. Fala de amor, de
dor de cotovelo, mas sem entregar os
pontos. A Elizeth é um mito e quando
eu resolvi homenagear a ‘divina’,
reli o livro sobre sua vida. E esse é
um trabalho que dá a oportunidade
também aos jovens de conhecerem a
boa música”, finaliza.

Revista Boa Vontade

11
Especial — Dia da Consciência Negra

Racismo sutil, mas de

resultados desastrosos.
João Areis Preda

Ministra Matilde Ribeiro defende a aplicação de leis específicas para vencer o mal no Brasil

D

urante a
semana
que precedeu o
Dia da Consciência Negra, 20
de novembro, o
estudo “Retrato
das Desigualdades”, divulgado
no último dia
17, pelo InstiMinistra Matilde Ribeiro
tuto de Pesquisa
Econômica Aplicada (IPEA) e pelo
Fundo de Desenvolvimento das Nações
Unidas para a Mulher, reafirmou que há
uma realidade em nosso País que mostra
quanto temos ainda de caminhar. De
acordo com a pesquisa, 21% das mulheres negras trabalham como empregadas
domésticas e apenas 23% têm carteira
assinada. No público feminino branco,
apenas 12,5% delas estão nesta atividade
e 30% possuem registro em carteira.
O documento traz também as desigualdades entre etnias e gêneros,
nos campos da educação, mercado de

12 Revista Boa Vontade

trabalho e acesso a bens e serviços, e
o público feminino negro apresenta os
piores indicadores.
Para melhorar referências como
estas, foi criada a Secretaria Especial
de Políticas de Promoção da Igualdade
Racial (Seppir), a fim de “coordenar
políticas de governo para a inclusão da
população negra, em especial, e tratando
também das questões indígena, cigana,
dos palestinos, dos judeus”, explica
a titular da pasta, Ministra Matilde
Ribeiro.
Por sinal, ela recebeu a equipe da
revista BOA VONTADE para uma
entrevista, na qual falou da situação
vigente no País nesta área e das perspectivas para o futuro.
Matilde, que tem a formação acadêmica de assistente e psicóloga social,
afirma que chegou ao cargo por uma
contingência: “Todas as pessoas no
Brasil que se indignam com o racismo,
com o machismo, e se colocam nas trincheiras de luta a partir dos movimentos
sociais, o que esperam com a sua prática
é que a sociedade seja mudada positiva-

mente, (...) garantindo o que está escrito
em nossa Constituição”.
Ela diz que o racismo no Brasil “é
sutil, silencioso, mas é tão forte quanto
nos Estados Unidos e na África do Sul
nos seus resultados. Em qualquer pesquisa nós vamos constatar que as pessoas
negras, sobretudo as mulheres, são as
mais pobres entre os carentes (...), o que
impede a plena presença e participação
delas na vida política do País”.
De acordo com a Ministra, o problema tem recebido o apoio de outros
órgãos federais: “O Ministério da Educação (MEC) monitora ações em curso,
como o Programa Pró-Uni que prevê
políticas afirmativas em universidades
privadas, ampliando a presença de alunos das escolas públicas, considerando
o percentual de negros e indígenas nos
Estados. Além disso, há a Lei 10.639 que
obriga o ensino da história afro-brasileira
nos ensinos médio e fundamental. (...)
Existe um trabalho intenso no Ministério
Parceria

A Ministra entende que esses programas só serão possíveis se governo
e sociedade civil trabalharem juntos.
Um dos resultados desta parceria surgiu no ano passado com a realização
da Primeira Conferência Nacional de
Promoção da Igualdade Racial, na
qual ocorreram 26 reuniões estaduais e
mais a do Distrito Federal. A Ministra,
que acompanhou pessoalmente todos
os encontros, faz um retrato do alcance
da iniciativa. “Nós pudemos constatar
a diversidade brasileira, e essa pluralidade é apresentada tanto no seu
aspecto organizativo e de resistência
como nas desigualdades presentes no

Reprodução

rBV

Rosa Parks, ícone dos
direitos humanos.

R

osa Parks, considerada uma
das principais
responsáveis
pelo movimento de
igualdade pelos direitos civis nos Estados
Unidos da América,
faleceu, aos 92 anos,
no último 24 de outubro, em Detroit
(Texas). Seu corpo foi velado
no Capitólio de Washington D.C. Ela
foi a primeira mulher a receber esta
homenagem, concedida antes apenas a
governantes e heróis de guerra norteamericanos.
A costureira negra ficou conhecida
pelo episódio que protagonizou em 1955,
quando se recusou a ceder o assento no
ônibus em que estava acomodada a um
homem branco, o que era previsto na lei
de segregação em vigência no Alabama

e que exigia que negros liberassem seus
lugares no transporte público para pessoas brancas.
O fato rendeu a Parks a prisão e uma
multa equivalente a US$ 14. A repercussão do ocorrido desencadeou um boicote
de 381 dias ao sistema de ônibus, organizado pelo pastor da Igreja Batista Martin
Luther King Jr. (1929-1968) (Prêmio
Nobel da Paz pelas constantes lutas em
benefício da igualdade civil).
A aguerrida decisão da costureira
resultou no fim da segregação nos transportes públicos e, em 1964, entrava em
vigor a Lei dos Direitos Civis. Depois
de receber ameaças e perder o emprego,
mudou-se para o Texas. Em 1996, Parks
foi premiada com a Medalha Presidencial
pela Liberdade e, três anos mais tarde,
com a Medalha de Ouro do Congresso
americano, a mais alta honraria civil. No
dia 1º de dezembro completam-se 50
anos do ocorrido e, mais que uma lição

Brasil, nas várias regiões. (...) Temos
em mão mais de mil propostas elaboradas nessa Conferência que agora
estão sendo analisadas e trabalhadas
por nós para fazerem parte do Plano
Nacional de Promoção da Igualdade
Racial, que será o documento final, no
qual o governo apresentará as metas e
as perspectivas efetivas para aplicação
dessas políticas”.
Por fim, falou com entusiasmo da urgência de tornar-se realidade o Estatuto
de Igualdade Racial: “O Estatuto passou
pelo Senado e agora precisa ser aprovado na Câmara Federal. É uma peça
importantíssima no que diz respeito ao
aprimoramento do nosso sistema legal
brasileiro. Ele indica a necessidade de
desenvolvimento, por parte do Estado,
visando à inclusão da população negra
na área de educação, do trabalho, da cultura e da saúde”, finalizou. [L.S.M.]

rBV

reforçar as experiências que estão em
curso. Existem já 18 universidades no
País aplicando a política de ações afirmativas”.

Reprodução

das Relações Exteriores, provocado pelo
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que
é a aproximação com os africanos. Ele
já esteve em 14 países desse Continente,
onde existem vários projetos com cada
uma dessas nações. Realizaremos no próximo ano uma conferência das Américas,
considerando a presença de governos e
sociedade civil, além de estimular, por
meio do Ministério do Desenvolvimento
Social, o combate à fome, estimulando o
programa bolsa-família para que abarque
a realidade negra e indígena”.
Neste sentido, fala ainda do projeto-lei que prevê a reserva de 50% das
vagas das universidades do governo para
alunos da rede pública. “Esse projeto
já passou pela Comissão de Educação,
Desporto e Cultura e várias outras, está
pronto para ser votado. Estamos monitorando o processo, considerando-o de
extrema importância para, inclusive,

Há cinqüenta anos,
Parks ficou conhecida
como “mãe do
movimento pelos
direitos civis” ao se
negar a ceder seu
assento para um
passageiro branco
em um ônibus, nos
Estados Unidos.
de coragem, Parks deixou para o mundo
a lição da igualdade, que deve prevalecer
superando as diferenças raciais, étnicas e
de religião. [R.O.]

Revista Boa Vontade

13
Especial — Dia da Consciência Negra

O

dilema

da nação
______________
Dr. José Vicente

Divulgação

N

Dr. José Vicente, Presidente
da Afrobras (Sociedade AfroBrasileira de Desenvolvimento
Sócio-Cultural).

14 Revista Boa Vontade

o dia 21 de março de 1960,
em Shaperville, África do
Sul, dezenas de negros africanos foram barbaramente
assassinados pela polícia do regime
do apartheid porque se rebelaram
contra a injustiça, pelo direito à Vida,
à liberdade e à igualdade de direitos
em seu próprio país, construído com o
sangue e o suor de seus antepassados e
pilhado pelo colonialismo inglês.
Da segregação dos guetos aos fuzilamentos oficiais, dos seqüestros e
mercancia dos corpos às chibatas, enforcamento e fogueiras em praça pública ao
longo da História, essa trágica epopéia
— negação dos mais comezinhos princípios de valores humanos — sempre
representou um fardo muito pesado para
ser carregado e importante demais para
permanecer ignorado.
Compreendido que a nenhum ente
político é legítima a supressão dos
direitos indisponíveis do Ser Humano, menos ainda, fundamentado na
intolerância e desrespeito às diferen-

ças raciais, essa data, a Comunidade
Internacional de Países, em louvor aos
valores éticos e morais do respeito à
pessoa humana, elegeu como o Dia
Internacional de Luta Contra a Discriminação Racial.
No Brasil, a despeito do discurso
oficial em contrário que justifica a
distância e a invisibilidade social
na tese da discriminação, a prática
do racismo contra os negros — que
sempre constituiu uma teia complexa,
de difícil análise e compreensão —,
ganhou nos últimos tempos um aliado
incontestável e surpreendentemente
revelador: os dados de pesquisas isentas e bem-conduzidas.
Somados à porção mais perceptível
dos sentidos, com predominância para
o visual, esses esforços de estudiosos
e técnicos abnegados e a pressão
dos organismos internos e externos
confluíram para colocar por inteiro,
e confirmar à exaustão, o que sempre
se soube informalmente: no Brasil, o
segundo maior contingente de negros
PhotoDisc
Reprodução rBV

ou afrodescendentes do Planeta, a
discriminação pelo racismo atinge
níveis estratosféricos.
Segundo o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os
negros representam 45% dos brasileiros. O IPEA (Instituto de Pesquisa
Econômica e Aplicada) noticia que
nos últimos 10 anos (oito de social-democracia) a distância social do negro
em relação aos brancos aumentou. O
Dieese (Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos) comunica que, para trabalho
igual, o negro recebe até 50% menos
que os trabalhadores brancos e o
Ministério da Educação aponta que
dos quase 800 mil universitários
nas instituições públicas, os negros
respondem por tão-somente 2,2% do
contingente.
Acresça-se a esses alguns dados
factuais, tais como a invisibilidade do
negro nos primeiro, segundo e terceiro
escalões dos Ministérios, Estatais,
Secretarias Estaduais e Municipais, no

Congresso, Suprema Corte, Tribunais
Superiores, Magistratura e Ministério
Público Federal e Estadual, Exército,
Magistério, nas hostes religiosas, nas
diversas mídias, etc. No Estado de São
Paulo e na cidade de São Paulo nada
é diferente.
Como se pode ver à saciedade, os
números são latentes. Oitenta milhões
de pessoas encontram-se fora dos
equipamentos e instrumentos sociais,
fato demonstrativo de que nossa geração também falhou na resolução
dessa chaga estrutural da sociedade
brasileira. Do racismo cordial à integração racial; do milagre brasileiro ao
neoliberalismo, prevalece a certeza,
de sempre, de que o mais intrincado e
decisivo dilema da nação permanece
intocável: o negro brasileiro continua
onde sempre esteve, no porão, separado e desigual.
Dessa realidade decorre a constatação da ilicitude de repassarmos
intacta para nossas futuras gerações
essa verdadeira “bomba de nêutrons”.

Se a vocação do Brasil é conviver em
lugar de destaque no concerto das nações, esse objetivo em sua plenitude
importa, antes de tudo, na obrigação
moral e ética da integração no gozo e
usufruto dos bens, riquezas e oportunidades nacionais de todos os filhos da
pátria, pois não se conhece na história
de todos os tempos o alcance da Paz e
felicidade geral numa nação cindida.
O dilema da nação não poderá ser
a vontade sincera, a coragem honesta
e o desejo legítimo da grande maioria
da sociedade brasileira de, empenhada
nas lutas de combate ao racismo e
discriminação racial, preparar para o
futuro uma nação pacificada, de glória, orgulho e felicidade para todos os
brasileiros. A isso juntamos nossa voz
e nossa esperança, elevando nossas
orações e pensamentos à memória dos
mártires sul-africanos de 21 de março
de 1960 e, por conseguinte, a todas as
vítimas do racismo e da discriminação
racial, neste Dia Internacional de Luta
Contra a Discriminação Racial.

Revista Boa Vontade

15
Especial — Dia da Consciência Negra

Políticas afirmativas
e contra a

discriminação
Estatuto da Igualdade Racial, em processo de aprovação, condensa as principais reivindicações do movimento negro.
Celso de Oliveira

H
“O Estatuto, ora
aprovado pelo
Congresso Nacional,
está para o Brasil
como a lei dos Direitos
Civis foi para os
negros americanos,
sancionada pelo
Congresso dos EUA
a partir da luta do
(Reverendo) Martin
Luther King (19291968).”

Paulo Paim, Senador.

16 Revista Boa Vontade

á alguns anos em tramitação
no Congresso Brasileiro, o
Estatuto da Igualdade Racial, de autoria do Senador
Paulo Paim, depois de passar pelo Senado, seguiu este mês para a Câmara dos
Deputados em mais um esforço para ter
sua aprovação. Considerado um marco
histórico, por condensar as principais
reivindicações do movimento negro nos
últimos 30 anos, traz a legislação que faltava para colocar em prática as medidas
previstas na Constituição de 1988.
Em entrevista exclusiva à repórter
Sônia Sabatine, da Rede Mundial de
Televisão — A TV da Educação, da
Cultura e da Cidadania Solidária com
Espiritualidade Ecumênica!, Paulo Paim
falou exatamente desse documento
que deve orientar as políticas públicas
brasileiras no sentido da superação das
desigualdades raciais.
Paim, que ocupa no Senado Federal as funções de Vice-Presidente
da Comissão de Direitos Humanos e
Presidente da Subcomissão Permanente de Igualdade Racial, discorreu ainda
sobre assuntos afins em sua caminhada
como parlamentar, na defesa do trabalhador, dos aposentados, dos índios,
das crianças e mulheres. Enalteceu
neste particular a presença marcante
da Legião da Boa Vontade que, por
meio da Solidariedade Altruística e da

__________
Leila Marco
transformação interior do Ser Humano
pela Espiritualidade Ecumênica, tem
melhorado a qualidade de vida de
nosso Povo.
Durante a conversa, destacou ainda
o lançamento do livro Salário Mínimo:
uma história de luta, de sua autoria,
realizado em 11 de novembro, na 51ª
Feira do Livro de Porto Alegre (Leia
matéria na p. 36), no Rio Grande do Sul.
Na ocasião também foi relançado pelo
Conselho Editorial do Senado o título
Batalha de Caiboaté, do historiador
Ptolomeu de Assis Brasil e apresentação
de Paulo Paim.
Aproveitando a oportunidade, o
Senador presenteou o dirigente da LBV
com os dois trabalhos. Em sua obra registra: “Ao Presidente Paiva Netto, com
abraços do seu sempre amigo Paim”.
E no trabalho do escritor Assis Brasil
reafirma: “Ao amigo Paiva Netto, com
carinho do sempre amigo Paim”.

BOA VONTADE — Qual
o principal objetivo da
Subcomissão que o senhor
está presidindo, quais são
suas metas?
Paulo Paim — A Subcomissão
trabalha na linha dos Direitos Humanos,
de não permitir a ação preconceituosa,
racista com o nosso Povo. Atuou (neste
Isador Knox

ano) em Porto Alegre (RS) num momento histórico: estava havendo o que nós
chamamos de despejo ilegal de 16 famílias do Quilombo Silva. Eu levei a Subcomissão à cidade, com a Assembléia
Legislativa, a Câmara de Vereadores,
a Prefeitura e o Governo do Estado. O
próprio Governo Federal, via Secretaria
Especial de Políticas de Promoção da
Igualdade Racial (Seppir); o Ministério
da Cultura, via Fundação Palmares e o
Ministério da Reforma Agrária, com o
Incra, conseguiram sustar a expulsão
dessas famílias negras que moram no
Centro da capital gaúcha. É o primeiro
quilombo urbano do País. Essa Subcomissão também pretende ouvir todas as
denúncias que possam vir da sociedade
em matéria de racismo, de preconceito,
seja contra a mulher, o negro, o índio, o
branco, as crianças, os idosos; enfim, por
religião, credo, origem, matriz, gênero.
Qualquer tipo de discriminação será
combatido nela. Por isso, ela pertence à
comissão principal, que é a de Direitos
Humanos.

BV — Outra bandeira
defendida pelo senhor é
a questão do Estatuto da
Igualdade Racial. Como o
Brasil receberá esta lei?
Paim — O Estatuto da Igualdade
Racial, do qual tenho muito orgulho de
ser o autor, e que o Senador Rodolpho
Tourinho foi relator; na Câmara dos
Deputados teve a participação do

Martin Luther
King, um dos grandes responsáveis
pela aprovação da
Lei dos Direitos
Civis norte-americanos.

Deputado Federal Reginaldo Germano;
e nas Comissões contou com os Senadores Roseana Sarney e César Borges,
que foram também relatores. Eu diria
que hoje ele é uma realidade, felizmente
foi aprovado e contempla as políticas
públicas, tudo aquilo que a Comunidade
Negra sonhou ao longo dos séculos, desses 505 anos, já que estamos em 2005.
Nele temos cotas no trabalho, na mídia,
na área privada, no serviço público, nas
escolas; e também nós contemplamos
políticas na área da saúde, da educação.
Abrimos espaço para a Comunidade
Negra, quando existir alguma denúncia
grave, para que tenha prioridade no
atendimento da justiça. Trabalhamos
também com a terra dos remanescentes
dos quilombolas, para terem direito à
titularidade delas. São mais de cinco mil
quilombos no Brasil. Há cerca de uma

“Esta Comissão (de
Direitos Humanos)
cumpre um papel de
Solidariedade entre os
Seres Humanos, que
é fundamental para
conquistar um mundo
dos nossos sonhos, da
igualdade, liberdade,
justiça, no qual o
Homem esteja em
primeiro lugar.”

centena de artigos, de políticas, que vêm
da linha da reparação, das chamadas políticas afirmativas, àqueles que ao longo
de sua vida deram tudo para esse País
e sempre ficaram marginalizados. Eu
digo que o Estatuto, ora aprovado pelo
Congresso Nacional, está para o Brasil
como a lei dos Direitos Civis foi para
os negros americanos, sancionada pelo
Congresso dos EUA a partir da luta do
(Reverendo) Martin Luther King, após
a marcha que liderou em Washington.
No Brasil, exatamente no mês de novembro em que temos duas marchas
em Brasília (DF), o Estatuto também
foi aprovado. É a verdadeira carta de
alforria que a nação negra não recebeu
em 13 de maio de 1888, já que naquele
dia foi assinado somente um artigo: “É
dada aos escravos a liberdade”. Mas
os direitos civis não foram dados, eles
estão sendo conquistados a partir desse
Estatuto.

BV — Esse avanço na política
pública é uma maneira de
o País quitar um pouco a
dívida com o negro?
Paim — O Estatuto é um avanço
enorme no Brasil, um exemplo até
para outros países. (...) De posse desse
documento, mesmo as discriminações
cometidas nos estádios de futebol,
quem for flagrado nesse crime poderá
pegar de dois a cinco anos de prisão
e ainda pagar multa. Entendo que ele
é uma peça fundamental de combate
ao racismo e ao preconceito, porque
estamos também fortalecendo a lei
da Educação. Do jardim da infância
à universidade, as crianças, jovens,
adultos vão entender a importância da
Solidariedade e que a capacidade de um
homem não é medida pela cor da pele.

BV — O que falta para
alcançar a questão da
igualdade racial?

Revista Boa Vontade

17
Celso de Oliveira

Especial

Paim — Mais da metade da população brasileira é composta de negros. Precisamos ter ações educativas,
programas como esse na televisão, no
rádio, mesmo nos cinemas, nos jornais,
enfim, em toda a mídia, uma campanha
afirmativa, em que negros, brancos e
índios caminhem juntos. Somente assim
esse País poderá ser de Primeiro Mundo,
quando efetivamente se afastar da chaga
do preconceito racial. (...) Necessário se
faz antecipar ao crime, não deixar que
ele aconteça e depois só punir.

BV — O senhor também é o
Vice-Presidente da Comissão
de Direitos Humanos no
Senado Federal.
Paim — O Presidente é o Senador
Cristovam Buarque. Nós estamos interagindo com a Comissão de Direitos Humanos de outras nações, com a Câmara
dos Deputados do nosso País. Faremos
um encontro chamando as Comissões de
Direitos Humanos de todas as Assembléias Legislativas dos Estados e vamos
trabalhar em um segundo momento com
as Câmaras de Vereadores dos Municípios. É um projeto interessantíssimo que
estou desenvolvendo com o Cristovam
para discutir a condição das mulheres,
crianças, deficientes, idosos, desempregados, renda do Salário Mínimo (a
importância dele para melhorar o padrão
de vida da nossa gente), negros e presos
políticos (anistia). Esta Comissão (de
Direitos Humanos) cumpre um papel de
Solidariedade entre os Seres Humanos,
que é fundamental para conquistar um
mundo dos nossos sonhos, da igualdade,
liberdade, justiça, no qual o Homem
esteja em primeiro lugar.

BV — Comparando com
outros países, como anda
a questão do respeito aos
Direitos Humanos no Brasil?
Paim — Nós temos de avançar muito ainda. É inegável que os chamados
países de Primeiro Mundo estão mais
à frente. Veja, por exemplo, a realidade
do negro norte-americano em relação
ao brasileiro. Nos Estados Unidos a
18 Revista Boa Vontade

de ser relembrado, eles têm seu espaço
na história. (...)

BV — Como está a vida do
nosso trabalhador?

“O Templo da Boa Vontade,
em Brasília,
é um Templo multirracial,
suprapartidário, interreligiões, universal. Um
belo espaço onde já estive
algumas vezes. Visitei
também em Glorinha, no
Rio Grande do Sul, o Lar e
Parque da LBV, onde há um
importante serviço com as
crianças.”
população negra corresponde a 11% (do
total), só que a qualidade, o padrão de
vida do americano está 50 anos na dianteira do negro do nosso País. Podíamos
lembrar de políticas para as mulheres,
as crianças, os índios, a situação do
índio é muito delicada. Faço parte da
Frente Parlamentar em Defesa do Povo
Indígena, tenho trabalhado muito no Rio
Grande do Sul, vou levar o assunto para
a Comissão de Direitos Humanos, no
próximo 7 de fevereiro de 2006, quando
lembraremos os 250 anos da morte de
Sepé Tiarajú, um dos grandes líderes do
País, que morreu defendendo as nossas
fronteiras. Ficou conhecido pela frase
histórica: “Essa terra tem dono”, em uma
luta que levou mais de dois mil índios
para combater a invasão dos espanhóis
e dos portugueses: a Batalha de Caiboaté, na qual foram assassinados 1.500
índios que pelejaram, resistiram em
defesa do solo brasileiro. Esse fato tem

Paim — Não está fácil, porque sou
obrigado a admitir que, infelizmente, o
salário mínimo continua com um valor
insignificante, não é decente. Qual o
casal com dois filhos que vive com trezentos reais? Não paga nem o aluguel,
calcule a Previdência Social, a alimentação, saúde, educação, transporte, lazer,
vestuário. Só essa referência nos deixa
muito preocupados pelo valor baixo,
apesar da luta. Temos de reconhecer que
a própria ONU diz que o Brasil em matéria de concentração de renda é o País
que está em primeiro lugar em toda a
América Latina, ou seja, é a nação onde
o dinheiro está na mão de uma minoria,
é o pior em distribuição de renda. O
número de desempregados é altíssimo
também. Por isso, temos de ser solidários, generosos, buscar alternativas. Sair
da especulação financeira e entrar no
mercado de produção, esse é que gera
emprego no campo e na cidade. (...)

BV — O senhor acompanha
o trabalho da LBV que possui
diversas ações ligadas à
igualdade racial, à promoção
da pessoa humana e do
seu Espírito eterno. Como
analisa essas iniciativas?
Paim — A Legião da Boa Vontade
faz um belíssimo trabalho. Sem dúvida,
o Paiva Netto é uma referência internacional, tive oportunidade de conversar
com ele. O Templo da Boa Vontade, em
Brasília, é um Templo multirracial, suprapartidário, inter-religiões, universal.
Um belo espaço onde já estive algumas
vezes. Visitei também em Glorinha,
no Rio Grande do Sul, o Lar e Parque da LBV, onde há um importante
serviço com as crianças. Entendo que
é isso, se cada um fizer a sua parte na
linha da Solidariedade e nas políticas
humanitárias, nós todos avançaremos,
venceremos. (...)
Arquivo rBV

Mundo

Registro
internacional
Comitê responsável do evento “O espírito
das Nações Unidas: Marcas para o Futuro”,
agradece a co-organização da LBV nas
comemorações dos 60 anos da ONU.

Amado Vieira

Carl Murrel, Julia Grindon-Welch e Diane
Williams.

Arquivo rBV

em particular, da inclusão no programa de
vozes transversais da
família ONU, vozes do Dag Hammarskjöld na sede das Nações Unidas em Nova
York (EUA).
passado e do presente
— incluindo a voz de
Dag Hammarskjöld que norteou o
evento relembrando a importância dos
princípios espirituais e de valores que
nos guiam.
O “Values Caucus” (espécie de
Comitê de Valores), o Comitê de Espiritualidade, Valores e Interesses Globais
— ligado à Conferência de ONGs com Audrey Kitagawa
Relação Consultiva com a ONU (Congo) — e seu projeto especial, o Conselho Espiritual para Desafios Globais,
em cooperação com o Conselho Staff
Recreation e inúmeras organizações de
apoio agradecem imensamente pela sua
generosa colaboração.
Danilo Parmegiani

Prezado senhor Paiva Netto,
Gostaríamos de estender nossos mais
elevados agradecimentos à Legião da
Boa Vontade pelo seu apoio como uma
das principais organizadoras do programa “O espírito das Nações Unidas:
Marcas para o Futuro”. Estamos todos
tocados pela dedicação e comprometimento dos integrantes da Legião da
Boa Vontade. Ficamos especialmente
impressionados com a finalização muito
profissional dos vídeos que ajudaram a
produzir para o programa. Foi um verdadeiro prazer ter trabalhado com a Legião
da Boa Vontade.
Recebemos inúmeras mensagens
de gratidão de toda a comunidade das
Nações Unidas expressando sua alegria
e sentido de renovação ao participarem
da celebração deste 60º aniversário e,

Sinceramente,
Julia Grindon-Welch, Co-líder do
Values Caucus.
Audrey Kitagawa, Co-líder do
Conselho Espiritual para Desafios
Globais.
Carl Murrel, Co-líder do Values
Caucus.
Diane Williams, Líder do Comitê
de Espiritualidade, Valores e Interesses Globais de ONGs nas Nações Unidas e co-Líder do Conselho Espiritual
para Desafios Globais.

Apresentação do vídeo relembrando os
valores que nortearam a criação da ONU
na década de 1940. O documentário foi
produzido pela LBV e pela Fundação José
de Paiva Netto, em parceria com o Comitê
de Espiritualidade, Valores e Interesses
Globais de ONGs nas Nações Unidas.

Revista Boa Vontade

19
Acontece

Intercâmbio

solidário
Daniel Trev

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harles Tan
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til LBV
ênico Infan
Coral Ecum

O

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s sorrisos das crianças atendidas pelo Conjunto Educacional da Legião da Boa
Vontade, na capital paulista,
logo cativaram o Presidente da Câmara
de Comércio e Indústria Brasil-China,
o sr. Charles Tang, e também a Gerente
Comercial da Câmara, sra. Carolina
G. Wu. Ambos visitaram o local no
dia 11 de novembro e, na ocasião, não
esconderam a felicidade de estar no
ambiente.
Ao serem recepcionados pelo Coral
Ecumênico Infantil LBV com belíssimas
canções, os convidados receberam dos
pequeninos dois cartões, confeccionados
por eles mesmos, utilizando material

20 Revista Boa Vontade

reciclável. A visita estendeu-se desde as
dependências da Supercreche Jesus até
os laboratórios de Química e Informática,
as quadras poliesportivas e a Biblioteca
do Instituto de Educação José de Paiva
Netto. Em cada sala que conheciam,
conversavam com a criançada.
O senhor Tang pôde manifestar sua
alegria no Livro do Coração, no qual
os convidados deixam suas impressões sobre o Conjunto Educacional.
“Estou muito sensibilizado pela
recepção carinhosa das crianças e em
ver o trabalho hercúleo feito com Amor e
dedicação. Devemos construir um maior
relacionamento entre o Povo da China
e a Nação Brasileira, com amizade e
respeito mútuo. Parabenizo o DiretorPresidente Paiva Netto pela visão que, já
há muito tempo, teve ao escrever artigos
referentes à China. Convidamos a LBV
a ajudar na construção da aliança entre
os gigantes da Ásia e da América do Sul,
com troca de visitas”.
Bem a propósito desta cordial visita,
reproduzimos, a seguir, a página “Não
há mundo sem a China”, de autoria do
jornalista José de Paiva Netto, publicada em importantes jornais brasileiros, a
exemplo da Folha de S. Paulo (São Paulo/SP), Correio Braziliense (Brasília/DF)
e Correio da Bahia (Salvador/BA), além
de ser reproduzida pela International

Daniel Trevisan

Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China
visita o Conjunto Educacional da LBV em São Paulo

Business and Management, em 1987 e entregue
também aos participantes
da “IV Conferência sobre
a Mulher”, realizada em
Beijing, em 1995. Na seqüência, é possível lê-la na
versão em mandarim.

“A Parábola do
Velhinho Bobo

Carolina G. Wu

“Há tempos recebi da Juventude
Ecumênica da Boa Vontade de Deus esta
reportagem que tão bem se aplica aos
desafios que a população enfrenta nos
dias de hoje: “‘Morando há 18 anos no
Brasil, o professor de línguas orientais
na Universidade de São Paulo (USP),
Alexander Chung Yuan Yang, historiador e tradutor-intérprete chinês, em
entrevista ao Jornal da LBV (1988) reconheceu que a Legião da Boa Vontade
tem seu idealismo inspirado no Amor e
na Fraternidade Ecumênica. ‘A questão
fundamental da filosofia de Confúcio
(551-479 a.C.) também é o Amor e a
Fraternidade entre os povos’, comentou ele ao ler o artigo “Não há mundo
sem a China”, escrito pelo jornalista
Paiva Netto, em 1987, e publicado pela
revista International Business and Management, naquele país, e concluiu que
a mensagem da Instituição se resume
Um soco no globo

Haverá, porventura, solução

Arquivo rBV

que constituíam enorme obstáculo
para entrar na sua residência. Daí ter
resolvido acabar com elas. Mas ali
habitava também outro ancião que era
conhecido como Velhinho Inteligente,
e este achava graça na atitude do outro
exclamando: ‘Você é mesmo bobo!’. E o
Velhinho Bobo assim respondeu ao seu
interlocutor: ‘Se eu morrer, vou ter meu
filho, depois do meu filho virá meu neto,
após meu neto irá nascer outro filho e os
meus descendentes proliferarão, mas as
montanhas, não. Então, por que eu não
posso acabar com elas?’. A paciência e
a pertinácia juntaram-se aos seus filhos
e netos para darem fim às montanhas.
Os deuses ficaram comovidos com tamanha persistência que lhe mandaram
mais dois filhos fortes que conseguiram
realizar o objetivo do Velhinho Bobo.
“Moral da história: a saga do Velhinho Bobo é uma prova de que a Fé e
o trabalho pertinazes tudo regeneram.
“Houvesse outros tantos Velhinhos Bobos e teria acabado toda
a bobagem do mundo, já que os
Velhinhos Inteligentes ainda não
conseguiram livrar-se de tão grande
inteligência ociosa, que empurra a
Humanidade para o abismo. Certamente, movido pelo enfado contra
tamanha esperteza a serviço da
destruição da Terra, Alziro Zarur,
saudoso fundador da LBV, num
desabafo, escreveu:

João Preda

no mais nobre dos sentimentos. Destacando um ponto na página dedicada à
China que diz: ‘Todos nós pertencemos
a uma grande Família — a Sociedade
Humana’, prosseguiu: ‘Se cumprirmos
o ensinamento desse texto chinês, da
LBV, viveremos a Sociedade Solidária
Altruística Ecumênica*1 a que o Irmão
Paiva nele se referiu. Essa matéria se
assemelha ao pensamento de Confúcio.
E justamente o Brasil está na vanguarda
desse ideal. Nele se reúnem raças de
todo o mundo, numa imensa Família.
Precisamos na verdade reunir todos
para desenvolvermos um paraíso,
um país ideal, como exemplo para a
Humanidade. Eu acho o Brasil ótimo.
Orientais e ocidentais, índios e africanos
convivem aqui dentro. Então considero
muito bom a LBV ter começado aqui.
O próprio Brasil é o representante do futuro. E este é o caminho: um mundo só,
uma só Família. Que o dirigente da LBV
insista em sua Fé em querer implantar
esse Amor de Deus no Planeta. Continue
persistindo nesse caminho, pois um dia
seu objetivo será conseguido: pregar o
Amor de Deus em todas as nações’”.
De volta, com a palavra, prossegue
Paiva Netto:
“Na oportunidade, o senhor Alexander Chung Yuan Yang lembrou-se
de uma antiga parábola do seu país,
segundo a qual havia um velhinho que
foi apelidado de Velhinho Bobo:
— Ele morava na montanha do norte
e tinha quase 90 anos. Em frente de sua
casa havia duas gigantescas montanhas,

José de Paiva Netto,
jornalista, radialista e
escritor, é Presidente das
Instituições
da Boa Vontade.

Confúcio

Para o mal em que o mundo se debate?
Algo que empolgue ou algo que arre-	
			
[mate
A única e suprema salvação?
“Não há! Não há!” — responde o
		
[coração
Que no meu peito aflitamente bate.
“Não há! Não haverá!” — eis o rebate
Ao último S.O.S. da aflição!
Então o mundo é mesmo
[intransformável?
E há de ser sempre assim, tão
[miserável,
Por mais que a voz do Bem soluce e 	
[clame?
E vem-me, em fúria, uma alucinação:
Alcançar o universo nesta mão,
Para arrasar com um murro a terra 	 	
[infame!
“Mas, logo em seguida, sem maniqueísmo, concluiu em:		

Paisagem da Milenar Muralha da China

Revista Boa Vontade 21
Revista Boa Vontade 21
Arquivo rBV

Arquivo rBV

Acontece

A vitória final

De maneira que cada um de nós dará
conta de si mesmo a Deus (Paulo
Apóstolo na Epístola aos Romanos,
14:12).

E sofres, meu irmão... Sofres por quê?
Porque te caluniam detratores,
Esses ferrenhos, míseros censores
Da cega multidão que em Deus não 	
[crê?
Temes, acaso, suportar as dores
Que o teu preclaro espírito prevê?
As dores, para quem renasce e vê,
São como esses crisóis depuradores...
Adiante, pois, se queres ter a glória
De ouvir nos céus o canto da vitória,
Numa triunfal aclamação de sons...
Consciente, irmão, do que sozinho 	 	
			
[vales,
Deixa o mundo falar e nada fales,
Que a vitória final pertence aos bons!
“Eis por que o Ministro Marcelo Pimentel, na década de 1960, disse que ‘a Legião da Boa Vontade não é obra para uma
geração, mas para uma civilização’”.

22 Revista Boa Vontade

Alziro Zarur

Marcelo Pimentel

*****

Não há mundo sem a China

Pergunta de um leitor — Li com
agrado seu artigo “A Parábola do Velhinho Bobo”. Uma lição chinesa de
pertinácia acima de toda dificuldade.
Naquele artigo, de 1988, é citada página
que o senhor escreveu para a International Business and Management. Gostaria
de tê-la. É possível?
Paiva Netto responde — Sim. Eila na íntegra. Ressalto ainda que “Não
há mundo sem a China” foi reproduzida
para os participantes da IV Conferência
sobre a Mulher, realizada em Beijing,
em setembro de 1995:
A mensagem da Legião da Boa
Vontade (LBV) — Instituição fundada
em 1950 no Brasil pelo escritor, poeta,
jornalista e radialista Alziro Zarur,
falecido em 1979 — é universal, mas

também se dirige ao Ser Humano em
particular. E o indivíduo, salvo pequenas diferenças de latitude e longitude, é
em profundidade o mesmo, a despeito
de regimes políticos. Mormente agora,
quando o perigo nuclear ameaça, sem
privilégios, todos os povos da Terra,
não há que somar à violência já existente mais violência.
O caminho da LBV é a Paz. Chega
de guerras! A brutalidade é a lei dos
irracionais, não do Ser Humano, que se
considera superior.
Pregamos a valorização da criatura,
que é a riqueza de um país. A fortuna da
China são os chineses, como a do Brasil
e a das demais nações é o seu Povo.
Numa sociedade constantemente
ameaçada pela destruição, convém
lembrar que, a cada dia, pela queda das
barreiras de espaço e tempo, os Seres
da Terra devem compenetrar-se de que
formam a imensa família chamada Humanidade.
Não há mundo plausível sem a
China. A simples leitura desapaixonada da História mostra realidade tão
óbvia. A História é a mestra da vida,
no dizer de Marco Túlio Cícero. Ademais, basta abrir o mapa-múndi.
Por isso, a Legião da Boa Vontade
gostaria que a sua mensagem de Paz,
Fraternidade e Solidariedade Ecumênica chegasse até o empreendedor e
pertinaz Povo chinês.(...)
Não somos nem comerciantes nem
industriais, apenas simples pessoas de
Boa Vontade, isto é, homens e mulheres,
jovens e crianças que acreditam no bom
senso da Raça Humana, que tem sobrevivido, justamente em virtude do seu
bom senso, às piores crises nos muitos
milênios do que se convencionou chamar civilização, mas que o será de fato
quando os Seres Terrenos aprenderem a
viver em Paz, pois terão compreendido
que o sofrimento de uma nação é dor
para todo o Planeta. O organismo social é
como o corpo humano: um órgão doente
afeta-o por completo. A infelicidade do
indivíduo, por mais inexpressivo que
possa ser considerado, reflete sobre toda
sociedade que se preze. Realmente, não
há Ser Humano que não tenha elevada
significação. Todos possuem extraordinário valor, que não pode ser menosca-

bado. Importa que o nosso semelhante
é um Ser que sofre, luta, anseia vencer
como os demais. Tem qualidades, carências e defeitos, porque é humano...
É necessário que os que acreditam na
Paz se unam, vençam suas diferenças.
Se não, ninguém restará para contar a
História...
Está, pois, atendida a sua correspondência. Não há mundo sem a China,
realmente. Mas também não o há sem
os Estados Unidos, a Rússia, a África,
o Japão, o Canadá, o Chile, o Peru, a
Bolívia, a Argentina, o Uruguai, a Venezuela, a Colômbia, o México, a Espanha,
as Alemanhas*2, o Irã, a Índia, a Itália, a
França, Cuba, Portugal, a Bulgária, o
Iraque, a Inglaterra, os árabes, os judeus
e, para nós, muito menos sem o Brasil,
com todos os seus defeitos, que, na maior
parte das vezes, agravamos, esquecidos
das suas notáveis virtudes e qualidades,
que devemos aplicar para valer.
E já que falamos da China, este
pensamento de Confúcio:
— A compensação da vida é que
para cada sonho que se não concretize
há um pesadelo que não se realiza.

Vamos acreditar no nosso Povo e
respeitá-lo, conscientes de que Força
Armada e Civil, tudo é Brasil. E é
mesmo.
_____________________

Nota da Redação — Sociedade Solidária Altruística Ecumênica: Paiva Netto, ao formular este
pensamento há décadas, expandiu o conceito inicial de
sociedade, mostrando que, pela quebra das barreiras, ela
não mais pode se restringir a um grupo de pessoas, de
determinado local. Para ele, “(...) O exemplo para que
haja fartura vem do Cristo. Só pode haver abundância,
perfeitamente distribuída, na Sociedade Solidária Altruística Ecumênica, em que todos se entendam e cada um
reconheça que faz parte de um grande organismo ou
corpo social, chamado Humanidade. Um pequeno órgão,
por menor que seja, se estiver combalido, afetará todo
o organismo (...)”. Sociedade Solidária porque é preciso
união; Altruística para que essa aliança se realize sob a
égide do Amor Fraterno, exemplificado pelo Cristo, em
Seu Novo Mandamento: Amai-vos uns aos outros
como Eu vos amei (Evangelho de Jesus, segundo
João, 13:34); Ecumênica porque é necessário entendimento neste Planeta para que ele sobreviva, conforme
afirma o próprio Paiva Netto: “Conciliar é, portanto, a
nossa grande convocação, firmados que estamos na
extensa experiência ecumênica da LBV: o Brasil e o
mundo precisam da vivência imediata do ecumenismo
religioso, racial, partidário, empresarial, social, enfim,
o Ecumenismo Irrestrito e Total, com base nos valores
mais profundos do Espírito.”
*2
Alemanha — Hoje reunificada.
*1

Revista Boa Vontade

23
Capa

Nana Moraes

Carismática
Amiga de
Boa Vontade

Juliana Paes concede entrevista exclusiva em que fala da
carreira, igualdade dos gêneros e da Solidariedade no
Brasil. A atriz abre o coração à revista BOA VONTADE.

“Eu só tenho a
parabenizar a LBV
— essa jovem
senhora — e
agradecer por tudo
que essa Instituição
faz, e desejar muita
força, porque é
um trabalho difícil.
Então, parabéns, e
continuem com essa
perseverança, com
essa força e nós,
artistas, vamos estar
sempre à disposição
para ajudar no que
for preciso.”
Juliana Paes
24 Revista Boa Vontade

S

eja no saguão de um aeroporto, ao
caminhar pela praia ou no intervalo de uma gravação; é sempre
assim: ela desperta a atenção de
crianças, jovens e adultos. Uns podem
associar à beleza. Outros, à performance
artística. Mas, de modo geral, foi pelo seu
carisma que Juliana Couto Paes — ou
simplesmente, Juliana Paes — conquistou o sucesso que, em tão pouco tempo, a
tornou uma destacada atriz brasileira.
A personalidade forte e a determinação desta carioca foram a tônica de uma
entrevista exclusiva que ela concedeu à
BOA VONTADE. Apesar das viagens
internacionais, gravações e fotos publicitárias, reservou um espaço especial na
concorrida agenda para também dizer
sim à Campanha da LBV Amigos de
Boa Vontade, e ser clicada pela famosa
fotógrafa Nana Moraes. Aliás, a Solidariedade é outra face da atriz, madrinha
da Associação Estadual de Futebol
Feminino (leia sobre o assunto na p. 26)
e que, ao lado de representantes de cada
equipe que participa do torneio, esteve
visitando o Centro Educacional, Cultural
e Comunitário José de Paiva Netto, órgão
modelar da LBV, localizado na zona
norte do Rio.
Na visita, Juliana encantou-se com
as crianças atendidas pela Legião da

______________
Rodrigo Oliveira
Boa Vontade. Logo que chegou, foi
recebida pelo Coral Ecumênico Infantil
da Instituição, o que a deixou muito emocionada. A todo o momento, ela brincava
com as crianças, tirava fotos, distribuía
beijos e recebia o carinho da garotada.
Nas salas de aulas por onde passou, uma
homenagem diferente sensibilizou o
coração de Juliana. Um desses instantes
foi quando os pequeninos do maternal a
reconheceram como atriz.
Ela não escondeu a alegria que sentiu
ao visitar a unidade educacional. “Eu
fiquei muito feliz. Só tenho a agradecer
porque as crianças da LBV fizeram uma
homenagem linda. Vi como os meninos
e meninas são bem- tratados, é tudo com
muito cuidado e limpo. Você vê que é
tudo feito com muito Amor. Fiquei feliz
por ter vindo aqui na Legião da Boa
Vontade.”
Entre um autógrafo e outro, ela
aproveitou ainda para deixar a sua
mensagem à LBV pelos seus 56 anos
(a serem completados em 1º de janeiro
de 2006). “Eu só tenho a parabenizar
a LBV — essa jovem senhora — e
agradecer por tudo que essa Instituição
faz, e desejar muita força, porque é
um trabalho difícil. Então, parabéns, e
continuem com essa perseverança, com
essa força e nós, artistas, vamos estar
sempre à disposição para ajudar no que
for preciso.”

Juliana Paes
jeto de um longa-metragem, com texto
de Hugo Carvana. A gente vai entrar
em fase de pré-produção e preparação

pessoa que ainda tem muito a aprender
e quer aprender muito mais. Essa simplicidade acaba fazendo com que todos
a minha volta queiram me ajudar, desde
os camareiros aos diretores”.
Ao ser questionada sobre o dia-a-dia
de trabalho, a atriz afirma que “esse é
o verdadeiro luxo da minha profissão:
não ter uma rotina”. Ela conta que gosta
disso, já que “cada dia gravo em um lugar, com um personagem diferente, num
cenário diferente”. Mas o fato de não ter
rotina não significa que seu dia-a-dia seja
tranqüilo. Muito pelo contrário. “Nos
dias em que não gravo, faço leituras dos
textos para que fiquem bem decorados.
Quando não estou em frente às câmeras
tem sempre uma foto publicitária aqui,
outra ali, um comercial. Vou muito para

Fotos: Felipe Freitas

Talento que vem do berço
Juliana conquistou seu espaço nas
principais telenovelas, minisséries e,
recentemente, no cinema, no qual protagonizou o filme Mais uma vez Amor.
No entanto, vem do berço o embalo que a
levou a se dedicar ao teatro. “Eu acho que
já nasci assim. Sempre fui muito presepeira, como diz a minha mãe. Inventava
moda e personagens para viver no diaa-dia, tanto em casa quanto na escola.
Mesmo muito antes de começar a fazer
curso de teatro, já me via interessada em
criar outras vidas, outros mundos. Sempre fui muito intuitiva e criativa nesse
aspecto”, recorda-se.

“Eu acho que já
nasci assim. Sempre
fui muito presepeira,
como diz a minha
mãe. Inventava moda
e personagens para
viver no dia-a-dia,
tanto em casa quanto
na escola.”

Juliana Paes num momento de carinho e descontração durante visita ao Centro Educacional, Cultural e Comunitário da LBV. Na obra
modelar, localizada na zona norte do Rio de Janeiro, mais de 500 crianças em situação de risco social são diariamente atendidas e
cerca de duas mil famílias, que vivem nos bolsões de pobreza da cidade, recebem, todos os meses, os benefícios da LBV carioca.

A atriz conta que, depois de identificar seu talento, se interessou pelos
cursos de teatro. “Nunca fiz nenhum
curso profissional, como uma faculdade
ou um tablado. Sempre fiz cursos na
minha cidade e acabei sendo chamada
para fazer um teste para o meu primeiro
personagem, que foi a Ritinha em Laços
de Família. A partir daí tudo deslanchou
e eu não parei mais.”
E não parou mesmo. Para o futuro,
Juliana já tem marcadas participações
no cinema. “Ano que vem, tenho o pro-

de personagens. Ainda não há data de
estréia. Mas será em 2006”. A atriz
também tem planos para a vida pessoal.
“Meu grande sonho é ter filhos, mas, por
enquanto, esse é um sonho para daqui a
alguns anos. Ainda estou priorizando o
trabalho e quando eu tiver filhos, vou
querer dar atenção total”, planeja.
Para chegar ao sucesso, Juliana revela: “Fui, acima de tudo, muito humilde.
Comecei com um papel pequeno que
ganhou o público logo na primeira novela, mas sempre me comportei como uma

São Paulo, a trabalho, para ser entrevistada ou participar de programa de
televisão.”

Igualdade de gêneros
Outro tema abordado na entrevista
foi a força da Mulher. Atualmente, é a
madrinha da Associação Estadual de
Futebol Feminino (iniciativa que tem
o apoio da Legião da Boa Vontade e do
Governo do Estado do Rio de Janeiro),
que dá acesso ao esporte àquelas que
residem nos bolsões de pobreza do Rio.

Revista Boa Vontade

25
Capa

E completa: “Muitas dessas meninas
são mães, estudam, são esforçadas e, às
vezes, vêm de longe para treinar. Isso traz
dignidade. É o que todo mundo precisa
para viver”, acredita.
Também defendeu a idéia de exercer a Solidariedade no País. Para ela,
“é muito difícil exercer a cidadania
aqui no Brasil”, porque julga ser necessária a conscientização da sociedade quanto a esses temas. Juliana Paes

incentiva todos a abraçarem a causa:
“É possível a gente ajudar. Às vezes,
parecemos ser um pouco egoístas.
Mas dá para cada um fazer a sua parte:
juntar brinquedos e roupas que nós
temos e não damos muito valor; aquilo
ali para outra pessoa vai ser muito
valioso. É só pensar desse jeito que
a gente consegue ajudar a melhorar o
Brasil”, aconselha.

Danielly Arruda

Felipe Freitas

Esta é uma nomeação que carrega com
orgulho porque incentiva a prática do
desporto também pelas mulheres.
Ela conta que o mais interessante é
o fato de elas se sentirem integradas à
sociedade. “Muitas vezes, o que acontece
é que no esporte existe um apoio maior
para o futebol masculino, até porque há
maior público. O feminino encontra resistência, preconceito, porque acham que
‘ah, não é tão interessante!’”, assevera.

Na primeira foto, Juliana Paes (ao centro) posa ao lado de participantes da 1a Copa ONU de Futebol Feminino durante visita à Escola da
Instituição; à direita, o Secretário de Estado de Esportes, Francisco de Carvalho (Chiquinho da Mangueira). Na segunda, integrantes do time
CEPE Caxias seguram faixa da LBV saudando os 60 anos das Nações Unidas e de apoio à competição.

Gol de placa

Copa ONU de Futebol Feminino dá oportunidade a mulheres em situação de risco
social e cumpre um dos desafios do milênio. A LBV é parceira do evento esportivo.
_____________
A 1ª Copa ONU de Futebol Feminino, chancelada pelo Centro de Informações das Nações Unidas, no Rio de
Janeiro/RJ, comemora os 60 anos da
organização criada para estabilizar as
relações internacionais e firmar as bases
da Paz. Promovida pela Associação
Estadual de Futebol Feminino (Aeffe),
a Copa conta com o apoio do Unicef,
da Secretaria Especial de Política para
as Mulheres (órgão do Governo Federal), do Governo Estadual (por meio
das Secretarias de Esporte e Lazer e
do Governo — Administração Del
Castilho/Suburbana), Legião da Boa
26 Revista Boa Vontade

Vontade e Associação de Cronistas
Esportivos do Rio.
Este é o terceiro torneio conduzido
pela Associação em pouco mais de um
ano de existência. Ao longo desse curto
período, o projeto já envolveu cerca de
mil mulheres. Quem apóia essas competições é a atriz Juliana Paes. O evento
reúne 32 times de diversos municípios
do Rio de Janeiro. O torneio teve início
no dia 28 de outubro e termina em 11
de dezembro, com jogos sempre aos
sábados e domingos.
Com seus voluntários, a Legião
da Boa Vontade — grande parceira da

Simone Barreto
Organização das Nações Unidas e que
possui status consultivo geral no Ecosoc
— leva as faixas saudando o 60º aniversário da ONU. Essa parceria contribui
também para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, no
que diz respeito à valorização da Mulher
e igualdade de gêneros.
O Presidente da Aeffe, Francisco
Marins, comemora os resultados da
Copa e destaca a importância da parceria
com a Legião da Boa Vontade. “A Associação Estadual de Futebol Feminino
decidiu realizar esta competição para
poder, de uma forma ou de outra, incluir
Da esq. p/ dir., Francisco Marins (Presidente da Associação Estadual de
Futebol Feminino), a atriz Juliana Paes, Pedro Paulo Torres (Administrador
Estadual Suburbana/Del Castilho e da Secretaria de Governo do Estado/RJ),
Yêddo Bittencourt (Vice-Presidente de Desporto da Associação) e Eliel Brum,
representante da LBV no Rio de Janeiro/RJ.

Alan Lincon

a Mulher por meio do futebol, e nesse
caso, o futebol feminino. Foram 32
clubes participantes com cerca de 600
atletas. (...) É de extrema importância
esta parceria com a LBV que, com seu
apoio e capilaridade, dentro do Estado
do Rio de Janeiro, está apoiando de
forma efetiva e bastante sólida a nossa
competição. Agradecemos o apoio
da LBV à 1ª Copa ONU promovida
pela Associação Estadual de Futebol
Feminino”.
Na opinião de Yêddo Bittencourt,
vice-Presidente de Esportes da Associação Estadual de Futebol Feminino,
o torneio é a realização de um sonho.
“É um grande projeto no qual nós
queremos, na realidade, valorizar as
mulheres, dando-lhes oportunidade. No
Rio de Janeiro, a Aeffe é
quem está organizando
com outros parceiros
e queremos agradecer
à LBV por nos dar a
oportunidade de divulgar
essa idéia”, destaca. Ao
término, faz votos de que
essa parceria se estenda.
Wagner Sales “A partir do momento
que temos o apoio da
Legião da Boa Vontade e estamos num
segmento de valorização do Ser Humano e de resgate da cidadania, as coisas
vão acontecendo, como sempre devem
acontecer na vida da gente. Nós temos o
Ser Maior, que é Deus, e temos a LBV.
Por isso, acreditamos que tudo, daqui
pra frente, dará certo”, pontua.

“É possível a gente
ajudar. Às vezes,
parecemos ser um
pouco egoístas. Mas
dá para cada um fazer
a sua parte: juntar
brinquedos e roupas
que nós temos e não
damos muito valor.”
Juliana Paes
Wagner Sales, Secretário-Geral da
Associação Estadual de Futebol Feminino, faz uma ligação entre o objetivo
da iniciativa da Associação com o da
Legião da Boa Vontade. “As duas entidades se congregam tanto pelo trabalho
socioeducacional promovido pela LBV
quanto pela ação desenvolvida pela
Aeffe. Essa parceria que a gente está
realizando tende a ampliar porque as
duas entidades têm os mesmos objetivos. Logicamente, a LBV tem um
trabalho muito mais amplo”, ressalta.
E conclui: “A gente sempre conta com
esse apoio da LBV. Tenho certeza de
que essa parceria vai se expandir e
estamos aí para dar continuidade a esse
trabalho, iniciado com a Copa ONU.
Outras competições vêm aí e certamente contaremos com a LBV”.

Site da ONU-Brasil destaca
parceria com a LBV

Em nota publicada em sua
página na internet, o Centro de
Informações das Nações Unidas
no Brasil reafirmou a parceria estabelecida para a realização da 1ª
Copa ONU de Futebol Feminino.
A matéria, de 24 de novembro,
apresenta as equipes que passaram
para a etapa final do campeonato.
Diz o texto: “Foram definidos os
semifinalistas da 1ª Copa ONU
de Futebol Feminino, organizada
pela Associação Estadual de Futebol Feminino do Rio de Janeiro
(Aeffe). A competição serve como
atrativo para os dois próximos
anos quando as atletas brasileiras
estarão disputando importantes
torneios internacionais: o Sul-americano sub-20, a Copa do Mundo,
na Rússia, e o Pan 2007, no Rio.
O Brasil é o atual campeão Panamericano da modalidade.
“Chancelada pelo Centro de
Informações da ONU, no Rio, em
comemoração aos 60 anos da Organização, a competição tem o apoio
do Unicef, Secretaria Especial da
Mulher subordinada ao Governo
Federal — Governo Estadual,
através das Secretarias de Governo
e de Esportes e Lazer, Associação
de Cronistas Esportivos do Rio e
Legião da Boa Vontade. A Copa
começou no dia 28 de outubro
com 32 clubes e termina em 11 de
dezembro”.

Revista Boa Vontade

27
Reportagem

Do tamanho do

coração
brasileiro

Ampla mobilização para distribuir mais de 350 toneladas de alimentos a famílias em situação
de risco social e, assim, fazer mais feliz o Natal de milhares de pessoas.

T

eve início em outubro uma grande
marcha em benefício do Povo
brasileiro, alavancada pelos ideais
da Legião da Boa Vontade. Prova
mais do que concreta de que a Solidariedade Altruística é o adjetivo que melhor
expressa os nossos cidadãos. A propósito, além dos que se conservam anônimos,
a Campanha Natal Permanente de Jesus
— o Pão Nosso de cada de dia!, promovida pela LBV, foi abraçada por artistas,
autoridades, comerciários, empresários,
personalidades e profissionais liberais.
Do Oiapoque ao Chuí, postos de
arrecadação foram montados e mutirões
organizados para angariar alimentos
não-perecíveis, os quais, posteriormente,
serão acondicionados em cestas a serem
entregues, no fim deste ano, pela Obra a
famílias que vivem em situação de risco

Wesley Quarto

Ribeirão Preto/SP

28 Revista Boa Vontade

social. A grandiosa meta é arrecadar mais
de 350 toneladas de mantimentos. Para
cumprir o desafio, cada semana é destinada a um item diferente. Nos primeiros
sete dias do lançamento, todos puderam
contribuir com arroz; nos dias seguintes,
os brasileiros doaram latas de óleo. Na
terceira semana, o foco foi para os quilos
de açúcar e, assim, até completar os itens
básicos da cesta.
No intento de aumentar a quantidade
de quilos arrecadados, as regiões onde
a Legião da Boa Vontade atua no território nacional foram divididas em sete,
sendo elas: Centro-Norte, Minas Gerais
e Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sul, São
Paulo/SP, São Paulo Interior e Nordeste.
Esses limites geográficos estabeleceram
uma competição sadia na qual todos
saem ganhando, principalmente os que
serão contemplados com a ajuda.

Solidariedade sem fronteiras

A mobilização ganhou força com o
amplo destaque que recebe nos meios
de comunicação pelo Brasil (leia o
subtítulo sobre o assunto), em especial,
na programação da Super Rede Boa
Vontade de Rádio e da Rede Mundial
de Televisão, além das páginas do Portal
www.boavontade.com. Os expectadores,
também sensibilizados pela iniciativa,
registram sua audiência e participação
ao doarem os alimentos. Exemplo disso
é o caminhoneiro Orlando Rodrigues,
morador do bairro Casa Verde, zona

norte da capital paulista, que fez questão
de levar a contribuição a um dos postos
de arrecadação da campanha, bem perto
da casa dele, no Bom Retiro. Rodrigues
trouxe trinta quilos de arroz e 24 garrafas
de óleo.
Para o empresário Elzimar Antunes,
Diretor Superintendente da Solitec Seguros, “a LBV realiza e prova que realiza
com eficiência. Eu sou um empresário
e apóio esse trabalho que é imbatível”.
Em entrevista, ele convida todos a se
juntarem nessa empreitada. “Convoco
os empresários de grande, médio ou
pequeno porte para que digam sim à
LBV e, então, ela possa prosseguir com
seu trabalho contínuo que não tem custos
baixos. As iniciativas da Legião da Boa
Vontade são para sempre. Nós vamos
passar, mas a LBV fica!”, adverte.
No Norte do País, em Belém/PA,
em um só dia a arrecadação foi de mais
de uma tonelada e meia de alimentos. O
êxito resultou do esforço do movimento
jovem da Instituição e das mães de alunos atendidos na Escola de Educação
Infantil Jesus, que promoveram ampla
mobilização no bairro Batista Campos.
O mutirão contou também com a ajuda
da empresa Nossa Senhora do Perpétuo,
que cedeu dois ônibus para o transporte
dos participantes da campanha e dos
alimentos.
Em Piracicaba/SP, a empreitada sensibilizou os empresários do Hipermercado Enxuto. Todos os que se inscreveram
Thiago Morello

Nádia Preda

Brasília/DF

no curso de culinária, oferecido pela rede,
doaram alimentos para a Campanha de
Natal da LBV. Além desta iniciativa, o
Hipermercado imprimiu em seu folheto
periódico, que traz as ofertas da semana,
uma nota destacando a atuação da Legião
da Boa Vontade.
O interior catarinense também se
mobilizou para registrar a participação
nessa maratona da Solidariedade. O
concurso 2ª Resistência de Joinville,
realizado pela KG Motos Ltda. e pela
Rádio Transamérica FM, entregou à
LBV uma tonelada de alimentos, arrecadados durante o processo de inscrição
para o concurso.
De porta em porta, voluntários da
Obra promoveram um grande “arrastão
do quilo” no bairro San Martin, em Recife/PE. A iniciativa chamou a atenção
do povo pernambucano que abraçou
a causa, contribuindo com quilos de
alimentos. Em Glorinha/RS, uma mobilização em conjunto com os moradores
do bairro Parque dos Anjos deu início à
marcha da Sociedade Solidária Altruís-

tica Ecumênica na região. Para a jovem
Márcia Rosa da Silva, é por meio dessa
campanha que ela “exercita a Solidariedade e proporciona às pessoas que
precisam um Natal mais feliz”. O mesmo
ocorreu em Belo Horizonte, capital de
Minas Gerais. Engajado nesta idéia, o
movimento jovem da LBV promoveu
uma grande campanha para angariar os
mantimentos.

Mutirão da Boa Vontade pauta
a mídia

Seja no impresso ou no eletrônico, os
meios de comunicação são outros fortes
aliados para o sucesso da Campanha
Natal Permanente de Jesus — o Pão
Nosso de Cada dia!. Em Minas Gerais,
os periódicos Hoje em Dia, Diário da
Tarde e As Margens do Ipiranga (Belo
Horizonte), Vale do Aço e Diário do
Aço (Ipatinga) deram amplo espaço à
iniciativa da LBV.
Da mesma maneira, jornais do
interior paulista destacaram a empreitada: Folha da Cidade (Araraquara), O

Imparcial (Presidente Prudente), Dhoje
e Bom Dia (São José do Rio Preto), A
Imprensa (Palestina), O Município de
Tanabi (Tanabi). No Estado do Rio,
destaque para O Municipal e Folha da
Cidade (Duque de Caxias) e Monitor
Mercantil (Rio de Janeiro).
A campanha também foi notícia nos
jornais gaúchos Correio do Povo, CS
Zona Sul e O Cristóvão (Porto Alegre),
RS 115 (Igrejinha), O Fato do Vale (Campo Bom), Da Cidade e Intercidades
(Viamão), O Guaíba e Folha Guaibense
(Guaíba), SP (Sapiranga), Revisão e Capital das Praias (Tramandaí), Jornal de
Capão (Capão da Canoa) e Correio Dinâmico (Alvorada). A revista do Duarte
(Esteio) também divulgou a Campanha
de Natal da Legião da Boa Vontade.
Aderiram à iniciativa os meios impressos do interior do Paraná Folha de
Colombo (Colombo), Tribuna de São
José (São José dos Pinhais), Jornal do
Povo e O Diário (Maringá), O Paraná
e Hoje (Cascavel) e Diário do Comércio
e Folha do Litoral (Paranaguá). Ainda

Salvador/BA
Cristiani Ranolfi

Rosana Serri

Joinville/SC

Florianópolis/SC

Revista Boa Vontade

29
Lícia Curvello

Almeida Oliveira

Reportagem

Fortaleza/CE

destacaram a atuação da LBV o Jornal
da Manhã, que circula em Criciúma/SC,
Tribuna do Planalto (Goiânia/GO), entre
outros.

Apoio em Rádios e TVs

Emissoras AM e FM também
abriram espaço na programação para
divulgar a Campanha Natal Permanente de Jesus — O Pão Nosso de
cada dia!, promovida pela Legião
da Boa Vontade. Em Minas Gerais,
o apoio à empreitada foi conferido
pelas Rádios Inconfidência e Alvorada
(Belo Horizonte), Alternativa FM (Teófilo Otoni), Globo Cultura, Itatiaia,
América e Educadora (Uberlândia),
Vanguarda, Itatiaia, Educadora e Vale
(Ipatinga). No interior paulista, a iniciativa foi noticiada pelas emissoras
Nova Sumaré e Aliança (Campinas) e
Metrópole e Espaço Aberto (São José
do Rio Preto).
No Estado de Santa Catarina, deram
amplo destaque à atuação: Difusora

Rio de Janeiro/RJ

e Bandeirantes (Florianópolis), Luar
(São José), Voz Serrana (Correia Pinto), Biguaçu (Biguaçu), Clube e Nereu
Ramos (Blumenau) e Nova Brasília
(Imbituba). No Rio Grande do Sul,
destaque para as emissoras Rural,
Farroupilha, Guaíba e Osório (Porto
Alegre), Igrejinha, Ativa e Amizade
(Igrejinha), Tarumã (Tavares), ABC
(Novo Hamburgo), Horizonte (Capão
da Canoa), Metrópole (Gravataí) e 96.9
FM e Tupanci (Pelotas).
Também disseram “sim” à LBV
diversas emissoras do Paraná. Destaque para as rádios CBN, Cultura
AM e FM, Mais, Atalaia (Maringá),
Cultura e Mundial (Foz do Iguaçu),
Pé Vermelho (Sarandi), Capital AM
e FM e Colméia (Cascavel), Boas
Novas (Campo Largo); de Curitiba,
as emissoras CBN, Globo AM, Comunitária do Boqueirão, Serra do
Mar Antonina e Clube AM.
Na capital pernambucana, as
emissoras Jovem Cap, Jornal AM,

Maringá/PR

Paulo Araújo

Liliane Cardoso

Glorinha/RS

30 Revista Boa Vontade

Clube, Recife, Dimensão, Folha e
Estação Sat. No Centro-Oeste brasileiro, a mobilização foi assunto nas
rádios Central AM e FM e Universitária, ambas de Goiânia/GO. No
interior goiano, divulgaram a ação
as rádios Manchester FM e Imprensa (Anápolis). Também apoiou a
campanha a rádio Moreninhas, de
Campo Grande/MS.
Na TV, a iniciativa foi destaque
nas emissoras Horizonte (Belo Horizonte/MG), Ubá (Juiz de Fora/MG),
Fronteira — TV Globo (Presidente
Prudente/SP) Record (Maringá/PR)
e Nova Era (Lages/SC). Já na web,
a campanha recebeu destaques nas
páginas eletrônicas www.maringanews.com.br, www.jmnet.com.
br, www.cponline.com.br, www.
folhape.com.br, www.diariodamanha.com, www.folhadecoqueiros.
com.br, www.jornal_floripa.com.
br e www.cidaschmidt.com.
			
[R.O.]
Atualidades

Diálogo com o

Universo
Congresso debate a possível existência de extraterrestres
pela ótica da Ciência e da Espiritualidade

H

____________________________
Ariane Camargo e Thiago Morello
Fotos: Vinícius Ramão

á muito tempo o Ser Humano questiona-se: Estaríamos
sós no Universo? Um bom
número de pessoas responde que não, entre estas estão as
que se dedicam a um estudo sério sobre
o assunto. De 12 a 15 de novembro, a
capital paranaense recebeu estudiosos,
pesquisadores e curiosos com este perfil
para discorrer a respeito do fenômeno
UFO ou ÓVNI (Objeto Voador NãoIdentificado, do inglês Unidentified
Flying Object) durante o “32º Congresso
Brasileiro de Ufologia Científica — 5º
Encontro Diálogo com o Universo”.
Entre as presenças internacionais, o astronauta norte-americano Bryan O’Leary
e o italiano Giorgio Bongiovanni.
No evento, os cientistas discutiram a
importância de popularizar informações
e relatos de experiências de quem afirma
ter sido abduzido por seres extraterrestres, além de tornarem públicas as atas
a respeito de acontecimentos ufológicos
da Força Aérea Brasileira (FAB). Após o

Rafael Cury

34 Revista Boa Vontade

passo histórico dado pelo Brasil, em 20
de maio último, quando — a exemplo do
ocorrido no Chile, na Espanha, na França e no Uruguai — a Comissão Brasileira de Ufólogos* recebeu informações
sobre o sistema de defesa aeroespacial
brasileiro e teve acesso a documentos
da FAB a respeito de acontecimentos
mantidos em sigilo.

Dr. Bryan O’Leary

“A inspiração de tratarmos
do assunto com enfoque
mais científico e espiritual
vem desse trabalho pioneiro
da LBV. Temos aqui uma
sementinha plantada em
função dessa atividade
magnífica que é feita no
ParlaMundi.”
Rafael Cury

Giorgio Bongiovanni

Para o Coordenador do Congresso, Rafael Cury, a caminhada para
este fato se iniciou com o I Fórum
Mundial de Ufologia, realizado em
14 dezembro de 1997, no Parlamento
Mundial da Fraternidade Ecumênica,
o ParlaMundi da LBV, na capital
federal. Nessa data, reuniram-se conferencistas de todo o País e Exterior
e, ao término do acontecimento, foi
subscrita a Carta de Brasília, dirigida
ao Ministro da Aeronáutica, que possibilitou o acesso aos arquivos até então
reservados sobre a Operação Prato e
os avistamentos, entre São José dos
Campos/SP e a capital paulista.
Segundo Cury, a Instituição
tem contribuído também de forma
decisiva para a temática central
do encontro Ufologia, Ciência e
Espiritualidade. “A inspiração de
tratarmos do assunto com enfoque
mais científico e espiritual vem desse
trabalho pioneiro da LBV. Temos
aqui uma sementinha plantada em

Ademar J. Gevaerd

Geraldo Medeiros Jr.
“É um prazer
conversar com a
LBV, Instituição
pela qual tenho a
maior admiração
e respeito por
Carlos Vereza
causa do trabalho
de Solidariedade
ao próximo que vem fazendo
há longos e longos anos. O meu
abraço cordial a Paiva Netto,
parabéns!.”
função dessa atividade magnífica
que é feita no ParlaMundi”.
O editor da Revista UFO (única
publicação impressa no País que trata
exclusivamente do assunto) e Coordenador do Centro Brasileiro de Pesquisas
de Discos Voadores, Ademar José Gevaerd, palestrou sobre O que falta para
um contato final de nossa Humanidade
com Seres Extraterrestres. Segundo
ele, a compreensão desses fenômenos
é apenas uma questão de tempo, que
“acontece gradativamente, como um
amadurecimento”.
Gevaerd relembrou também sua participação no Fórum da Instituição, que
para ele foi primordial para o sucesso da
iniciativa: “Com o apoio da LBV, dado
em larga escala, nós conseguimos fazer
um megaevento da ufologia, que até
hoje não foi superado em lugar algum
no mundo. Aí se vê a ajuda que a LBV
presta à ufologia e a maneira claramente
distinta com que ela trata dessa questão
de não estarmos sós no Universo”.

Carlos Vereza e os UFOs

Um dos mais respeitados artistas
brasileiros — com presença marcante
na TV, teatro e cinema — o ator Carlos
Vereza contou a experiência pessoal que
teve com ÓVNIS na cidade do Rio de
Janeiro.
Em entrevista à Super Rede Boa
Vontade de Comunicação aproveitou
para manifestar seu apreço pela Obra. “É
um prazer conversar com a LBV, Instituição pela qual tenho a maior admiração
e respeito por causa do trabalho de Solidariedade ao próximo que vem fazendo
há longos e longos anos. O meu abraço
cordial a Paiva Netto, parabéns!.”

Bioenergia na Saúde

Uma das palestras que chamaram
a atenção do público foi Aplicação
da Bioenergia na Saúde, por Geraldo
Medeiros Jr., professor e pesquisador
da Ciência da Bioenergia (Equilíbrio
Bioenergético). Nela, o estudioso destacou as energias que formam o corpo
humano, que promovem e mantêm a
Vida e o valor do equilíbrio delas para
o bem-estar físico e emocional. No
bate-papo alertou para o fato de que
uma disfunção energética deixa os
indivíduos mais sensíveis às toxinas
e parasitas. “Quando algumas dessas
energias não funcionam bem, o organismo sente reações que muitas vezes
não são detectadas clinicamente”.
O professor, que esteve participando do Congresso Preparatório do
Fórum Mundial Permanente Espírito
e Ciência (FOMPEC), da LBV, em
outubro de 2002, também registrou seu
carinho por aquela iniciativa. “Foi uma
das experiências mais encantadoras,

“Com o apoio da LBV,
dado em larga escala, nós
conseguimos fazer um
megaevento da ufologia, que
até hoje não foi superado em
lugar algum no mundo.”
Ademar Gevaerd
gratificantes que tive, e gostaria de
repeti-la. Primeiro porque o ambiente
é fantástico. Segundo, o assunto e o
interesse do público que freqüentou
foram o máximo, algo maravilhoso.
Esse evento realizado pela LBV abre
perspectiva ao Ser Humano e mostra
que realmente nós somos um universo
muito amplo”, finalizou.
*Comissão Brasileira de Ufólogos — Formada
pelos investigadores Ademar José Gevaerd, Rafael
Cury, Claudeir Covo, Marco Antonio Petit de Castro,
Fernando de Aragão Ramalho, Reginaldo Athayde e
Roberto Affonso Beck — foi convidada pelo Centro de
Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer) para
visitar as instalações do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindactal) e o Centro
de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), onde
foi recebida pelo Brigadeiro-do-Ar Antonio Guilherme
Telles Ribeiro, chefe do Cecomsaer, e pelo Brigadeiro
Atheneu Azambuja, chefe do Comdabra.

Revista Boa Vontade

35
Reprodução RMTV

Literatura

Cultura
a céu

aberto

______________
Liliane Cardoso

Feira do Livro de Porto Alegre bate recorde de público e
vendas e se despede de olho na edição de 2006

O

Rio Grande do Sul das
tradições e da cultura típica
revelou que tem um quê a
mais para a Literatura. A
capital gaúcha, Porto Alegre, sediou a
51ª Feira do Livro — o maior evento
livreiro a céu aberto da América Latina
— organizada pela Câmara Rio-Grandense do Livro. De 28 de outubro ao dia
15 deste mês, 149 expositores tiveram
seus produtos espalhados pelos 21 mil
metros quadrados da Feira que ocorreu,
simultaneamente, nos seguintes locais:
Praça da Alfândega, Cais do Porto, Avenida Sepúlveda, Casa de Cultura Mário
Quintana, Centro Cultural CEEE Erico
Veríssimo, Memorial do Rio Grande do
Sul, Santander Cultural, Clube do Comércio e Assembléia Legislativa.
Como é de costume, cada edição
prestigia e homenageia um país diferente. Este ano, a Itália inspirou a realização
do encontro literário, que teve a participação de autores e artistas europeus para
saudar os 130 anos da imigração italiana
no Rio Grande do Sul. O Ceará foi o
local convidado e trouxe a representação
cultural da região.
A mídia gaúcha apoiou o evento,
sucesso de público e vendas, ao dar
amplo destaque nos programas e páginas
impressas e de web. A Super Rede Boa
Vontade de Comunicação (Rádio, TV e
Internet) transmitiu diretamente dos es-

36 Revista Boa Vontade

túdios, instalados na Praça da Alfândega,
toda a programação local desde o dia 28
de outubro. A emissora da Boa Vontade
foi a que inaugurou as transmissões na
abertura do evento, às 7 horas da manhã,
com o programa Sentinela dos Pampas,
dedicado à música e à cultura do Rio
Grande do Sul. Entre os entrevistados,
destacam-se o escritor e poeta Jacy
Farias Rodrigues; Pedro Schwengber,
diretor da ervateria Rainha dos Pampas;
o Deputado Estadual Giovani Cherini e o
empresário Carlos Alberto de Carvalho,
jornalista e diretor do Jornal de Glorinha

“O escritor Paiva Netto, com
a coleção O Apocalipse de
Jesus para os Simples de
Coração, vendeu mais de um
milhão de exemplares porque
nos passa Paz, Boa Vontade,
Caridade e tudo que o mundo
precisa. Tendo sido adquirido
por mais de um milhão de
leitores, com certeza vai
ser mais que isso, porque o
efeito multiplicador do livro é
maior.”
Waldir da Silveira,
Presidente da Câmara do Livro.

e de outros periódicos que circulam nos
bairros de Porto Alegre.
Na coletiva de imprensa, o Presidente da Câmara do Livro, Waldir da
Silveira, agradeceu a parceria com os
meios de comunicação. Em entrevista
à Super Rede Boa Vontade de Rádio,
disse ter ficado muito feliz ao saber que
“o escritor Paiva Netto, com a coleção O
Apocalipse de Jesus para os Simples de
Coração, vendeu mais de um milhão de
exemplares porque nos passa Paz, Boa
Vontade, Caridade e tudo que o mundo
precisa. Tendo sido adquirido por mais
de um milhão de leitores, com certeza
vai ser mais que isso, porque o efeito
multiplicador do livro é maior”.

As Profecias sem Mistério:
destaque no evento gaúcho.

A respeito das obras literárias, uma
gama de opções esteve à disposição dos
interessados. Neste contexto, destaque
para os livros da Editora Elevação, presentes nos principais estandes da Feira. O
leitor pôde comprar as obras literárias de
Paiva Netto, a exemplo do mais recente
título, As Profecias sem Mistério — edição revista e ampliada pelo autor e que,
a menos de um ano de lançamento, já é
sucesso de vendas em todo o território
nacional. A literatura do escritor também
foi pauta para os meios de comunicação,
a exemplo do jornal RBS Notícias, da TV
Revista Boa Vontade, edição 207
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  • 3.
  • 4. Cartas Parabéns à BOA VONTADE Ecumenismo Acabei de ler um exemplar da revista BOA VONTADE em comemoração ao aniversário último do Templo da Boa Vontade. Quero parabenizálos pela qualidade editorial, montagem e tudo mais. A revista está muito boa. E o melhor de tudo, espiritualmente elevada. Desconheço outra publicação de igual valor ao Espírito humano em circulação pelo Brasil. Fiquei particularmente comovido por ver retratado meu encontro com o Diretor-Presidente da LBV, o Irmão Paiva Netto, em outubro de 2005. Tenho viajado por templos espirituais de todo o mundo, particularmente no Peru, o santuário de Machu Picchu; na Bolívia, o Lago Sagrado Titikaka, as ruínas de Tiawanaku, dentre outros mais. São lugares onde percebemos a poderosa presença de uma força espiritual superior. Mas jamais senti tamanha Paz interior e encontro com o meu Eu Maior como nas madrugadas em que tive o privilégio de meditar e orar no Templo da Boa Vontade. Sempre me recordo dessas noites que ficaram registradas na memória como muito especiais. Justamente por isso, comprometi-me, comigo mesmo, a estar ao menos uma vez ao ano no TBV, afinal momentos assim devem ser refeitos. Obrigado e muita Luz a todos da revista BOA VONTADE, em especial ao Irmão Maior Paiva Netto, que sempre me impressiona pela lucidez espiritual. (Alcione Giacomitti, escritor, Curitiba/PR) Valorizando o Brasil Fiquei muito feliz com a edição de setembro da BOA VONTADE, pois traz importante  matéria sobre o turismo na cidade de Recife. Como pernambucana, vejo que BOA VONTADE, as Instituições da Boa edição nº 205. Vontade (IBVs) valorizam as diversas culturas existentes em nosso grande País, principalmente Revista Boa Vontade Revista BOA VONTADE Mulher inspira tese de mestrado A edição especial da revista BOA VONTADE Mulher é uma singela homenagem do Diretor-Presidente da LBV a todas as mulheres: as anônimas e as que se destacam nos diversos campos de atuação do gênero humano. A publicação, lançada em setembro de 2005, servirá de base para a estudante e assessora da Secretaria de Assuntos Comunitários da Prefeitura Municipal de Cascavel/PR, Rosângela de Lima, fazer sua tese de mestrado. Ela conta que estava buscando subsídios para o seu trabalho sobre as personagens femininas que ajudaram a transformar a História. A revista também foi destacada pela jornalista Lilia Riedlinger, apresentadora do programa Gente Que Faz, no ar de segunda a sexta-feira, no Canal 21. com a matéria Recife — a capital da alegria, enfocando as belezas naturais que temos e a nossa cultura em particular. Parabéns! (Alyne Lins, operadora de Telemarketing, de Pernambuco, via e-mail) grande Paz que envolvia nosso ser e renovava nossas energias materiais e espirituais. (Aparecida Zuquette Fernandes de Souza, Rio de Janeiro/RJ) 16 anos do Templo da Boa Vontade Tive a grande alegria de estar presente no 16º aniversário do Templo da Boa Vontade e quero agradecer do fundo da minha alma os momentos de tanta elevação espiritual e emoção que vivenciamos naquele pedacinho do Céu na Terra. Enquanto ouvíamos a mensagem do Espírito Irmão Bezerra de Menezes (1831-1900), sentíamos Revista BOA VONTADE recebe voto de congratulações da Assembléia Legislativa do Espírito Santo A revista BOA VONTADE é muito positiva, nem sempre as publicações no Brasil são assim. A maioria trabalha com notícias negativas, desastres, crimes, corrupção, coisas que não instruem, que não elevam. Essa revista é abrangente, tem a grande vantagem de ser ecumênica, ou seja, ela não trata apenas de uma confissão religiosa, aborda as diversas crenças no Brasil e no mundo. Possui um editorial bem diversificado, destacando temas com enfoque educativo. Considero isso de imensa importância. Quero parabenizar a Legião da Boa Vontade por este trabalho, além dos serviços sociais que vem desempenhando no país há tanto tempo. (Deputado Estadual Parabéns pelos 16 anos do Templo da Paz. A ligação que tenho com o TBV, há 9 anos, mudou a minha vida para melhor: nunca mais fiquei doente nem desanimei. Deus me proporcionou uma visita a este Templo em 2000. Essa Obra Divina avançará sempre, porque vive o Novo Mandamento de Jesus: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei (Evangelho do Cristo, segundo João, 13:34). (Helga Giebelhausen de Campos, Maia/Portugal) Cláudio Vereza, de Vitória/ES) Ainda da capital capixaba, chega-nos carta do Deputado Marcelo Santos, em que ele informa a homenagem que a Casa Legislativa daquele Estado fez a BOA VONTADE, esta publicação. Diz a edição nº 206 missiva: “Comunicamos que a Assembléia Legislativa aprovou o requerimento nº 2036/2005, de autoria dos senhores Deputados Brice Bragato, Cláudio Vereza e Carlos Casteglione e inseriu nos Anais desta Casa de Leis um Voto de Congratulações com o povo Espírito-Santense, em especial com a revista BOA VONTADE, pelas matérias que vem publicando”.
  • 5. Professor Evanildo Bechara, SecretárioGeral da ABL Reconhecimento Quero parabenizar a revista BOA VONTADE pela excelência da publicação e aproveito para colocar meu gabinete ao inteiro dispor. (Vereador Domingos Dissei, São Paulo/SP) Meus cumprimentos à Editora Elevação, à LBV e ao Irmão Paiva Netto pelos seus trabalhos e livros lançados em prol dos Seres Humanos. Tenho ouvido pela Super Rede Boa Vontade o programa Cortando Estradas, além das preces de hora em hora. Acredito muito em Deus. (William Gurzoni, São Paulo/SP) Reflexões da Alma Sou leitora assídua dos livros de Paiva Netto. O Reflexões da Alma tem me ajudado bastante. (...) Sou portadora de artrite há 20 anos e estou com a saúde debilitada sem poder me locomover direito. Meu marido tem de trabalhar para sustentar a família. Meus filhos cresceram e estão assumindo compromissos. Então, meus companheiros, durante o dia, são os livros. Para mim foi melhor que tratamento psiquiátrico e psicológico. Antes eu não tinha tempo para ler. Só trabalhava, estudava e cuidava da família. Hoje entendo que se tivesse tirado um tempo a mais para leitura, poderia ter uma vida melhor e evitado coisas desagradáveis, pois, com a riqueza do Cida Linares No terceiro romance de Moacir Japiassu Quando alegre partiste (287 páginas), recém-lançado nas livrarias, o autor supera-se mais uma vez ao engendrar um melodrama que mistura realidade e ficção de maneira peculiar, como só um bom jornalista poderia fazer. O autor recria os “causos”, como ele mesmo costuma dizer, com o humor que aprendeu a usar na dose certa, de forma inteligente. O escritor utiliza-se também de recursos didáticos para situar o leitor, com recuos de tempo. Outro detalhe interessante é que Japiassu transcreve na obra recortes de jornais da época, nos quais pode-se ver, entre as raridades, opiniões de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), além de fazer uma homenagem a diversos colegas de profissão. Não contente em engendrar suas incríveis narrativas, em seu refúgio em Cunha, interior de São Paulo, este Dom Quixote dos tempos modernos, um andarilho via internet, quer transformar pensamentos em livros, matérias, e levá-los aos Moacir Japiassu (D) com seu velho amigo Paiva Netto rincões do País e também aos amigos. E foi de lá, do Sítio Maravalha, que Moacir encaminhou a outro companheiro das letras seu mais recente trabalho. Diz ele, na dedicatória ao dirigente da Legião da Boa Vontade: “Ao consideradíssimo amigo e Irmão José de Paiva Netto, com o abraço sempre saudoso e afetuoso do Moacir Japiassu”. conhecimento, minha mente se abriu para muitas realidades. Agradeço a Deus por haver escritores a exemplo de Paiva Netto. O livro Reflexões da Alma ganhei de aniversário do meu filho e todas as noites antes de dormir eu releio uma mensagem. Logo depois, oro e durmo em paz. (Eloisa Dias, Guaíba — Porto Alegre/RS) Embaixada da Indonésia presenteia TBV Em agradecimento à Legião da Boa Vontade por integrar a exposição Tramas, Pontos e Nós, a Embaixada da República da Indonésia presenteou o Templo da Boa Vontade com uma bela lembrança (foto acima) daquele país. Em missiva ao TBV, o Primeiro-Secretário Cultural da Embaixada, Ahimsa Soekartono, escreve: “O sucesso obtido neste evento foi certamente resultado do incansável trabalho realizado pela LBV, bem como o bom entendimento entre os organizadores e os participantes. Como demons- tração de apreço e reconhecimento, estamos enviando umas pequenas lembranças do nosso país para a vossa Instituição”. E encerra: “Congratulamo-nos pelo excelente trabalho. Ahimsa Soekartono Aproveitamos para reiterar à Legião da Boa Vontade os protestos de nossa mais alta estima e distinta consideração. Ahimsa Soekartono, Primeiro-Secretário Cultural”. Revista Boa Vontade Reprodução RMTV “Vocês estão de parabéns pela revista BOA VONTADE.” Jornalismo, humor e romance em único livro. João Preda Jon Corzine, Governador eleito de Nova Jersey, entusiasma-se com a revista Sociedade Solidária Altruística Ecumênica, da LBV (7ª edição, versão em Inglês), entregue, na ocasião, por Eliana Gonçalves e Mariana Malaman, integrantes da Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus dos Estados Unidos. Nascido em Illinois em 1º de janeiro de 1947, Corzine exerceu o cargo de Senador em 1999. Simone Barreto Conceição Malaman Governador de Nova Jersey (EUA)
  • 6. Índice Ao Leitor O projeto Amigos de Boa Vontade — que reúne artistas, esportistas, profissionais voluntários e personalidades da mídia para apoiar as diversas ações socioeducacionais da Legião da Boa Vontade — ganhou este mês o reforço da carismática atriz Juliana Paes, que é capa desta edição. A exemplo dela, muitos outros estão incentivando os trabalhos da LBV, especialmente no fim de ano, quando a Obra, ao lado de sua lide diária, realiza grande movimentação com o objetivo de distribuir 350 toneladas de alimentos a famílias em situação de risco social e, assim, fazer mais feliz o Natal de milhares de pessoas. Em torno da Solidariedade Ecumênica gira também o artigo “Não há mundo sem a China”, do jornalista Paiva Netto, no qual entre os muitos ensinamentos lembra que, mais do que nunca, a sociedade, que vive ameaçada pela destruição, pela queda das barreiras de espaço e tempo, deve compenetrar-se de que somos uma “imensa família chamada Humanidade”. E conclui: “É necessário que os que acreditam na Paz se unam, vençam suas diferenças. Se não, ninguém restará para contar a História...”. No mês da Consciência Negra, o sutil, silencioso, mas ainda muito presente preconceito contra o negro no Brasil é analisado nesta revista em quatro importantes contextos. Nas entrevistas do Senador Paulo Paim e da Ministra Matilde Ribeiro, titular da Secretaria Especial para Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir); na matéria do Dr. José Vicente, Presidente da Sociedade Afro-Brasileira de Desenvolvimento Sócio-Cultural; e no bate-papo com a querida atriz e cantora Zezé Motta, no qual ela conta detalhes da trajetória vencedora, falando de papéis relevantes como a interpretação de Xica da Silva, que se tornou uma referência na carreira dela. Boa leitura! Reflexão A Vida não acaba com a morte e tem seu começo antes da concepção carnal, porque o Espírito antecede o corpo. (Paiva Netto) Edição nº 207 4 Cartas 6 Ao Leitor 8 Notícias de Brasília 9 Coluna de Esportes 10 Samba e História 12 Especial — Dia da Consciência Negra 19 Mundo 20 Acontece 24 Capa 28 Reportagem 34 Atualidades Revista Boa Vontade 36 Literatura 40 Melhor Idade 42 Ação Jovem LBV 44 Soldadinhos de Deus 46 Homenagem 50 Saúde 51 História 52 Variedades 57 Acontece no Mundo 58 Opinião 62 Pedagogia do Cidadão Ecumênico BOA VONTADE ANO XXIII • Nº 207 • NOVEMBRO de 2005 BOA VONTADE é uma publicação mensal das IBVs, editada pela Editora Elevação. Diretor e Editor responsável Francisco de Assis Periotto MTE/DRTE/RJ 19.916 JP Coordenação Gerdeilson Botelho Revisão Adriane Schirmer Neuza Alves Walter Periotto Wanderly Albieri Baptista Colaboradores Alvino Barros, Cida Linares, Daniel Trevisan, Danielly Arruda, Débora Verdan, Elias Paulo, Leonardo Mattiuzzo, Maria Aparecida da Silva, Mário Augusto Brandão, Natália Lombardi, Paulo Azor, Pedro de Paiva, Profa Nádia Lauriti, Rita Silvestre e William Luz Arte Projeto Gráfico: Alziro Braga A revista BOA VONTADE agradece à renomada fotógrafa Nana Moraes pela produção da foto de capa que foi encaminhada, gentilmente, à nossa redação pela atriz Juliana Paes. Produção Endereço para correspondência: Av. Rudge, 938 — Bom Retiro CEP 01134-000 — São Paulo/SP Tel.: (11) 3358-6868 — Caixa Postal 13.833-9 CEP 01216-970 Internet: www.boavontade.com E-mail: info@boavontade.com Impressão: PROL Editora Gráfica A revista BOA VONTADE não se responsabiliza por conceitos emitidos em seus artigos assinados. Fr
  • 7. 9 24 Coluna de Esportes Capa 28 Francisco de Assis Periotto MTE/DRTE/RJ 19.916 JP Reportagem 36 50 Literatura Saúde 12 58 Especial — Dia da Consciência Negra Opinião 20 Acontece Portal BOA VONTADE: www.boavontade.com Revista Boa Vontade
  • 8. Nilton Preda Notícias de Brasília Conjunto Ecumênico da LBV. À direita, o Templo da Boa Vontade; ao centro, a sede administrativa; à esquerda, o Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica (ParlaMundi). Visitado por mais de 15 milhões de turistas e peregrinos, é o líder de visitação do Distrito Federal, segundo dados oficiais da Secretaria de Turismo (Setur). Elias Fábio Templo da Boa Vontade é destaque no Jornal do Brasil _____________ A edição de 30 de novembro do Jornal do Brasil indicou aos leitores do Caderno Viagem o Templo da Boa Vontade — a Pirâmide dos Espíritos LuCarlos Alberto minosos. O texto aborda Guimarães os pontos místicos da capital do País e dedica meia página ao TBV, contando um pouco da história do monumento que, em 21 de outubro, completou 16 anos. O jornalista Carlos Alberto Guimarães, que redigiu a matéria, visitou a Pirâmide da Paz no dia 19 deste mês e pôde transmitir os pontos que fazem do Templo da Boa Vontade uma parada obrigatória para visitantes de todo o mundo, o que o consolidou como o monumento mais visitado de Brasília/DF, segundo dados oficiais da Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur). “Templo da Paz completa 16 anos no Distrito Federal “A capital federal não é apenas o centro do poder e das tensões políticas. Numa superquadra da Asa Sul repousa um espaço de paz e ecumenismo que se tornou o ponto turístico mais visitado de Brasília: o Templo da Boa Vontade, também conhecido como Pirâmide dos Espíritos Luminosos. Trata-se de um complexo de dois mil metros quadrados, inaugurado em outubro de 1989, a partir de doações de todo o país, capitaneadas pelo jornalista José de Paiva Netto, Lícia Curvello Presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). De portas abertas 24 horas por dia, o templo atraiu mais de 15 milhões de turistas e peregrinos nos 16 anos de existência. “A pirâmide de sete faces e 21 metros de altura abriga em seu interior vários ambientes, como uma galeria de arte, com exposições itinerantes de artistas nacionais e estrangeiros; a Sala Egípcia, reservada à meditação e decorada com tapetes, pinturas e esculturas representativas da milenar cultura do Nilo; e até uma fonte de água mineral, tida como a mais ‘energética’ da região. No topo da pirâmide, uma pedra de cristal de 21 quilos catalisa as energias que adentram o monumento. Outro pólo de concentração dos visitantes é a Mandala, escultura semelhante a um grande e colorido olho. Muitos turistas dizem sentir vibrações ao tocá-la. Um restaurante e uma livraria também estão à disposição dos viajantes. “O espaço mais procurado do Templo, no entanto, é sua nave, com uma imensa espiral desenhada no piso, simbolizando a caminhada do homem na Terra. Os visitantes que ali chegam costumam tirar os sapatos e seguir a marcação, até alcançar o centro da espiral, exatamente embaixo da pedra de cristal, onde dedicam alguns momentos à oração. Diariamente, às 18h, um culto é realizado no local, com acompanhamento de um dos vários corais da LBV. Não há símbolos religiosos (...), apenas um altar, concebido pelo escultor italiano Roberto Moriconi (1932-1993), “Estive no Templo da LBV há 10 anos e, hoje, vejo a mesma Paz, o mesmo ambiente caloroso, a Fé e a devoção das pessoas que aqui visitam. (...) Eu destaco a questão da Espiritualidade presente em todos os pontos do Templo da Boa Vontade. (...) As pessoas entram aqui como turistas — O TBV é o ponto turístico mais visitado de Brasília — e saem da Pirâmide da LBV mais espiritualizadas, mais conscientes. (...) Quem vai lá uma vez, sempre volta.” Carlos Alberto Guimarães, jornalista do Jornal do Brasil, em visita ao Templo da Boa Vontade, no dia 19 de novembro. representando os quatro elementos da natureza: fogo, ar, água e terra. “Em meio a uma atmosfera tão mística, não há como evitar de se pensar em milagres. Os responsáveis pelo Templo, entretanto, são cautelosos ao tratar do assunto. — Não prometemos nada, mas há vários casos de doentes que saíram daqui curados de seus males — comenta Enaildo Viana, assessor de imprensa da LBV. — Seus depoimentos, confirmados por parentes, estão todos gravados em nosso acervo — complementa. O Templo da Boa Vontade está localizado na SGAS 915, Lotes 75 e 76. Maiores informações pelo telefone (61) 3245-1070”. Fac-símile d o Jornal do Brasil
  • 9. Felipe Freitas Coluna do Garotinho D Brasileiro: Justiças e injustiças. epois de 8 meses de competição, terminou o mais conturbado de todos os Campeonatos Brasileiros. No fim das contas, deu Corinthians na cabeça*. O milionário Timão de muitos craques conquistou seu quarto título de campeão nacional. Para muitos, foi uma conquista injusta, uma vez que o Internacional, vice-campeão, embora com um time bem mais modesto, sem tantos craques, apresentou um futebol mais convincente em campo, pela força de seu conjunto. Alegam ainda que as 11 partidas anuladas pelo STJD, por supostas manipulações de resultados por uma quadrilha de apostadores, beneficiaram exclusivamente o Corinthians, em prejuízo justamente do Internacional: o Corinthians teve a oportunidade de jogar de novo partidas em que havia sido derrotado e, na segunda chance, conseguiu vencer. Não há como discutir essa verdade: se os jogos em questão não fossem anulados, valendo os resultados anteriores, o título certamente viajaria de São Paulo para Porto Alegre. Mas não importa quem tem razão. As lamentações fazem parte do futebol, cuja magia está também em sua imprevisibilidade. Se o campeão fosse sempre o melhor, o mais forte, não haveria emoção na disputa. Temos de parabenizar o Internacional pela campanha que realizou e mais ainda o Corinthians, porque montou um grande elenco, capaz de oferecer aos torcedores grandes espetáculos, com jogadas fantásticas de atletas diferenciados, como o argentino Tevez, Roger, Carlos Alberto e outros. Injustiças sempre existiram e sempre vão existir. Elas também fazem parte do espetáculo. Mas nada pode tirar o brilho da conquista corintiana. Afinal, o clube paulista soube aproveitar as oportunidades que teve e alcançou seu objetivo: é o legítimo campeão brasileiro de 2005. Na outra ponta da tabela, mais um tradicional clube cai para a segunda divisão. Depois de Palmeiras, Botafogo, Fluminense e Grêmio, que caíram e voltaram à elite do futebol brasileiro, o Atlético Mineiro, primeiro campeão nacional, acabou rebaixado. Que siga o exemplo do Grêmio, que caiu, formou um time competitivo e, com muita raça, conquistou em campo o direito de retornar à primeira divisão. O Atlético Mineiro foi o rebaixado. Mas poderia ter a companhia de outros grandes clubes, já que Flamengo e Vasco pas- saram a maior parte do campeonato em perigoso namoro com as quatro últimas posições da tabela. Enfim, o que não faltou foi emoção. Esse é o Campeonato Brasileiro. Não por acaso, apontado como o mais difícil do mundo, pela quantidade de clubes em condições de disputar o título. Reprodução BV José Carlos Araújo é locutor esportivo da Rádio Globo do Rio de Janeiro/RJ Campeonato * Este artigo chegou à redação da revista BOA VONTADE, em 5/12/2005, quando fechávamos esta edição. Carlitos Tevez Revista Boa Vontade
  • 10. Arquivo pessoal Samba e História “Muito prazer, Zezé ” Atriz e cantora abre o coração e conta sua trajetória de vida Reprodução RMTV N O radialista Hilton Abi-Rihan (E), ao lado da atriz e cantora Zezé Motta, durante gravação do programa Samba e História, no Rio de Janeiro/RJ. Na Super RBV, o ouvinte pode acompanhar essas entrevistas aos domingos, às 5, 14 e 20 horas. Pela Rede Mundial de Televisão (RMTV) é exibido aos sábados, às 23 horas. O telespectador pode assisti-las também aos domingos: às 15 ou às 23 horas. 10 Revista Boa Vontade o clima agradável e do puro verde da Lagoa Rodrigo de Freitas, localizada na zona sul carioca, o programa Samba e História teve o prazer de conversar com a renomada atriz e cantora Zezé Motta. Nascida em Campos, município do norte fluminense, mudou-se para a capital aos 3 anos de idade. Ela guarda boas recordações dos tempos em que viveu no interior. “Eu me lembro de ficar brincando no quintal dos meus avós, do fogão de lenha sempre com uma batata-doce assando”. Ao chegar ao Rio de Janeiro, a família de Zezé foi morar no morro do Cantagalo, que fica entre os bairros de Copacabana e Ipanema. “Como tinham de trabalhar, eu ficava na casa de um tio. Aos 6 anos de idade fui para o colégio interno e fiquei lá até os 12.” A veia artística foi herança do pai — que era músico e professor de violão. Por conta do exemplo de casa, Zezé descobriu muito cedo sua vocação para cantar. “Ele queria que eu seguisse a música, já minha mãe desejava que fosse estilista igual a ela”. O destino foi quem conduziu a sua vida para o campo das artes. Quando concluiu o ensino médio ganhou, por intermédio do professor Jader de Britto, uma bolsa para estudar no Tablado, curso de teatro de Maria Clara Machado. Ela justifica a escolha, afirmando que desde cedo “era muito dedicada, passava o fim de semana decorando peças de teatro, poesias, em todas aquelas festas históricas estava eu lá me exibindo”. O fato de cantar e interpretar ajudou Zezé a sobressair-se na carreira de atriz nos palcos em 1967. Na data, estrelou em “Roda-viva”, sua primeira peça profissional, de autoria do cantor Chico Buarque e sob a direção de José Celso Martinez Corrêa. Enquanto estava em cartaz com “Roda-viva”, ficou muito amiga da atriz Marília Pêra e dessa amizade surgiu o convite para estrear na televisão. “A Marília foi convidada para fazer a novela Beto Rockfeller na antiga TV Tupi e me indicou para atuar na novela também. (...) Tive muita sorte porque no dia em que estava fazendo a apresentação da peça, o ator Flávio Santiago viu minha atuação e me convidou para fazer o teste”.
  • 11. Boa tarde, Xica da Silva. Um dos papéis mais marcantes da atriz na televisão foi, sem dúvida, em Xica da Silva, como também ficou conhecida durante muito tempo. Nessa época, Zezé já estava com oito anos de carreira, mas havia um teste para a escolha da personagem. “Soube que o Cacá Diegues estava constrangido de me convidar para fazer o teste porque ele não conhecia o meu trabalho, estava exilado em Londres (Inglaterra).” Determinada, a atriz não perdeu tempo, ligou para o diretor e disse que gostaria de participar da seleção. “Concorri com 30 atores e esperei 30 dias roendo as unhas”, brinca. Nesse período, Zezé estava em Salvador, capital da Bahia, na gravação do filme A força de Xangô, com Iberê Cavalcanti; todos os dias, ela telefonava ao Rio de Janeiro a fim de saber o resultado. Quando já estava quase desistindo, o telefone tocou enquanto gravava e do outro lado da linha a resposta tão aguardada: “Um dos produtores me chamou e disse: ‘Boa tarde, Xica da Silva!’. Aí eu pirei, perdi a fome e comecei a ligar para todo mundo”. O curioso é que a alegria da atriz era tamanha que nem mesmo a imprensa conseguia falar com Reprodução “O papel de Xica da Silva foi tão significativo na trajetória da atriz que virou uma referência. ‘Até hoje, quando vou me apresentar como cantora em algum lugar, eles põem em cartaz: Show com Zezé Motta, atriz de Xica da Silva’.” ela, porque o único telefone de contato naquele momento só dava ocupado. O papel de Xica da Silva foi tão significativo na trajetória da atriz que virou uma referência. “Até hoje, quando vou me apresentar como cantora em algum lugar, eles põem em cartaz ‘Show com Zezé Motta, atriz de Xica da Silva’”. Mesmo no cinema, teatro e TV, Zezé sempre alimentou um sonho paralelo ao de ser atriz: ser cantora. Como seu pai tinha um conjunto musical e ensaiava em casa, a atriz costuma dizer que tem contato com o som desde o ventre da mãe. Foi o pai quem notou o bom ouvido da filha para a música. “Eu dizia a ele que precisava ouvir a música que a Nora Nei gravou ou que a Ângela Maria gravou e, assim, começava a cantar”. Nessa época, o pai de Zezé Motta passou a fazer as cifras e ela cantava. “Mesmo antes do sucesso de Xica da Silva, eu tinha gravado um disco compacto de uma peça de teatro musical chamada ‘A moreninha’. O pessoal perguntava: ‘E agora, Zezé?’ e eu dizia: ‘Agora vou cantar’”, recorda-se. Guilherme Araújo foi quem se interessou para ser empresário de Zezé e, logo no início, promoveu um jantar dela com intérpretes da Música Popular Brasileira. “Ele Na imagem histórica, Zezé Motta interpreta a personagem Xica da Silva. convidou o Caetano Veloso, a Rita Lee, o Gilberto Gil, o Luiz Melodia, o Moraes Moreira, e foi incrível porque todos estão no meu primeiro disco, que é: Muito prazer, Zezé. A música mais tocada do primeiro disco foi Dores de amores; já no segundo, o sucesso nas rádios era Senhora liberdade. Em 2000, Zezé Motta resolveu prestar uma homenagem à sua grande amiga Elizeth Cardoso (1920-1990), com o CD Divina saudade, o que para a atriz e cantora foi um projeto mágico. A inspiração veio do livro Elizete, uma vida, de Sérgio Cabral. “Na época, pensei: ‘Essa diva ainda não foi homenageada em grande estilo’. Aí, me empolguei com a idéia, liguei para o meu empresário e começamos a procurar patrocínio.” Zezé levou para o teatro a vida e as canções de Elizeth Cardoso. “Eu adoro essa coisa da Elizeth que é de dar a volta por cima. Fala de amor, de dor de cotovelo, mas sem entregar os pontos. A Elizeth é um mito e quando eu resolvi homenagear a ‘divina’, reli o livro sobre sua vida. E esse é um trabalho que dá a oportunidade também aos jovens de conhecerem a boa música”, finaliza. Revista Boa Vontade 11
  • 12. Especial — Dia da Consciência Negra Racismo sutil, mas de resultados desastrosos. João Areis Preda Ministra Matilde Ribeiro defende a aplicação de leis específicas para vencer o mal no Brasil D urante a semana que precedeu o Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, o estudo “Retrato das Desigualdades”, divulgado no último dia 17, pelo InstiMinistra Matilde Ribeiro tuto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher, reafirmou que há uma realidade em nosso País que mostra quanto temos ainda de caminhar. De acordo com a pesquisa, 21% das mulheres negras trabalham como empregadas domésticas e apenas 23% têm carteira assinada. No público feminino branco, apenas 12,5% delas estão nesta atividade e 30% possuem registro em carteira. O documento traz também as desigualdades entre etnias e gêneros, nos campos da educação, mercado de 12 Revista Boa Vontade trabalho e acesso a bens e serviços, e o público feminino negro apresenta os piores indicadores. Para melhorar referências como estas, foi criada a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), a fim de “coordenar políticas de governo para a inclusão da população negra, em especial, e tratando também das questões indígena, cigana, dos palestinos, dos judeus”, explica a titular da pasta, Ministra Matilde Ribeiro. Por sinal, ela recebeu a equipe da revista BOA VONTADE para uma entrevista, na qual falou da situação vigente no País nesta área e das perspectivas para o futuro. Matilde, que tem a formação acadêmica de assistente e psicóloga social, afirma que chegou ao cargo por uma contingência: “Todas as pessoas no Brasil que se indignam com o racismo, com o machismo, e se colocam nas trincheiras de luta a partir dos movimentos sociais, o que esperam com a sua prática é que a sociedade seja mudada positiva- mente, (...) garantindo o que está escrito em nossa Constituição”. Ela diz que o racismo no Brasil “é sutil, silencioso, mas é tão forte quanto nos Estados Unidos e na África do Sul nos seus resultados. Em qualquer pesquisa nós vamos constatar que as pessoas negras, sobretudo as mulheres, são as mais pobres entre os carentes (...), o que impede a plena presença e participação delas na vida política do País”. De acordo com a Ministra, o problema tem recebido o apoio de outros órgãos federais: “O Ministério da Educação (MEC) monitora ações em curso, como o Programa Pró-Uni que prevê políticas afirmativas em universidades privadas, ampliando a presença de alunos das escolas públicas, considerando o percentual de negros e indígenas nos Estados. Além disso, há a Lei 10.639 que obriga o ensino da história afro-brasileira nos ensinos médio e fundamental. (...) Existe um trabalho intenso no Ministério
  • 13. Parceria A Ministra entende que esses programas só serão possíveis se governo e sociedade civil trabalharem juntos. Um dos resultados desta parceria surgiu no ano passado com a realização da Primeira Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, na qual ocorreram 26 reuniões estaduais e mais a do Distrito Federal. A Ministra, que acompanhou pessoalmente todos os encontros, faz um retrato do alcance da iniciativa. “Nós pudemos constatar a diversidade brasileira, e essa pluralidade é apresentada tanto no seu aspecto organizativo e de resistência como nas desigualdades presentes no Reprodução rBV Rosa Parks, ícone dos direitos humanos. R osa Parks, considerada uma das principais responsáveis pelo movimento de igualdade pelos direitos civis nos Estados Unidos da América, faleceu, aos 92 anos, no último 24 de outubro, em Detroit (Texas). Seu corpo foi velado no Capitólio de Washington D.C. Ela foi a primeira mulher a receber esta homenagem, concedida antes apenas a governantes e heróis de guerra norteamericanos. A costureira negra ficou conhecida pelo episódio que protagonizou em 1955, quando se recusou a ceder o assento no ônibus em que estava acomodada a um homem branco, o que era previsto na lei de segregação em vigência no Alabama e que exigia que negros liberassem seus lugares no transporte público para pessoas brancas. O fato rendeu a Parks a prisão e uma multa equivalente a US$ 14. A repercussão do ocorrido desencadeou um boicote de 381 dias ao sistema de ônibus, organizado pelo pastor da Igreja Batista Martin Luther King Jr. (1929-1968) (Prêmio Nobel da Paz pelas constantes lutas em benefício da igualdade civil). A aguerrida decisão da costureira resultou no fim da segregação nos transportes públicos e, em 1964, entrava em vigor a Lei dos Direitos Civis. Depois de receber ameaças e perder o emprego, mudou-se para o Texas. Em 1996, Parks foi premiada com a Medalha Presidencial pela Liberdade e, três anos mais tarde, com a Medalha de Ouro do Congresso americano, a mais alta honraria civil. No dia 1º de dezembro completam-se 50 anos do ocorrido e, mais que uma lição Brasil, nas várias regiões. (...) Temos em mão mais de mil propostas elaboradas nessa Conferência que agora estão sendo analisadas e trabalhadas por nós para fazerem parte do Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial, que será o documento final, no qual o governo apresentará as metas e as perspectivas efetivas para aplicação dessas políticas”. Por fim, falou com entusiasmo da urgência de tornar-se realidade o Estatuto de Igualdade Racial: “O Estatuto passou pelo Senado e agora precisa ser aprovado na Câmara Federal. É uma peça importantíssima no que diz respeito ao aprimoramento do nosso sistema legal brasileiro. Ele indica a necessidade de desenvolvimento, por parte do Estado, visando à inclusão da população negra na área de educação, do trabalho, da cultura e da saúde”, finalizou. [L.S.M.] rBV reforçar as experiências que estão em curso. Existem já 18 universidades no País aplicando a política de ações afirmativas”. Reprodução das Relações Exteriores, provocado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é a aproximação com os africanos. Ele já esteve em 14 países desse Continente, onde existem vários projetos com cada uma dessas nações. Realizaremos no próximo ano uma conferência das Américas, considerando a presença de governos e sociedade civil, além de estimular, por meio do Ministério do Desenvolvimento Social, o combate à fome, estimulando o programa bolsa-família para que abarque a realidade negra e indígena”. Neste sentido, fala ainda do projeto-lei que prevê a reserva de 50% das vagas das universidades do governo para alunos da rede pública. “Esse projeto já passou pela Comissão de Educação, Desporto e Cultura e várias outras, está pronto para ser votado. Estamos monitorando o processo, considerando-o de extrema importância para, inclusive, Há cinqüenta anos, Parks ficou conhecida como “mãe do movimento pelos direitos civis” ao se negar a ceder seu assento para um passageiro branco em um ônibus, nos Estados Unidos. de coragem, Parks deixou para o mundo a lição da igualdade, que deve prevalecer superando as diferenças raciais, étnicas e de religião. [R.O.] Revista Boa Vontade 13
  • 14. Especial — Dia da Consciência Negra O dilema da nação ______________ Dr. José Vicente Divulgação N Dr. José Vicente, Presidente da Afrobras (Sociedade AfroBrasileira de Desenvolvimento Sócio-Cultural). 14 Revista Boa Vontade o dia 21 de março de 1960, em Shaperville, África do Sul, dezenas de negros africanos foram barbaramente assassinados pela polícia do regime do apartheid porque se rebelaram contra a injustiça, pelo direito à Vida, à liberdade e à igualdade de direitos em seu próprio país, construído com o sangue e o suor de seus antepassados e pilhado pelo colonialismo inglês. Da segregação dos guetos aos fuzilamentos oficiais, dos seqüestros e mercancia dos corpos às chibatas, enforcamento e fogueiras em praça pública ao longo da História, essa trágica epopéia — negação dos mais comezinhos princípios de valores humanos — sempre representou um fardo muito pesado para ser carregado e importante demais para permanecer ignorado. Compreendido que a nenhum ente político é legítima a supressão dos direitos indisponíveis do Ser Humano, menos ainda, fundamentado na intolerância e desrespeito às diferen- ças raciais, essa data, a Comunidade Internacional de Países, em louvor aos valores éticos e morais do respeito à pessoa humana, elegeu como o Dia Internacional de Luta Contra a Discriminação Racial. No Brasil, a despeito do discurso oficial em contrário que justifica a distância e a invisibilidade social na tese da discriminação, a prática do racismo contra os negros — que sempre constituiu uma teia complexa, de difícil análise e compreensão —, ganhou nos últimos tempos um aliado incontestável e surpreendentemente revelador: os dados de pesquisas isentas e bem-conduzidas. Somados à porção mais perceptível dos sentidos, com predominância para o visual, esses esforços de estudiosos e técnicos abnegados e a pressão dos organismos internos e externos confluíram para colocar por inteiro, e confirmar à exaustão, o que sempre se soube informalmente: no Brasil, o segundo maior contingente de negros
  • 15. PhotoDisc Reprodução rBV ou afrodescendentes do Planeta, a discriminação pelo racismo atinge níveis estratosféricos. Segundo o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os negros representam 45% dos brasileiros. O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) noticia que nos últimos 10 anos (oito de social-democracia) a distância social do negro em relação aos brancos aumentou. O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) comunica que, para trabalho igual, o negro recebe até 50% menos que os trabalhadores brancos e o Ministério da Educação aponta que dos quase 800 mil universitários nas instituições públicas, os negros respondem por tão-somente 2,2% do contingente. Acresça-se a esses alguns dados factuais, tais como a invisibilidade do negro nos primeiro, segundo e terceiro escalões dos Ministérios, Estatais, Secretarias Estaduais e Municipais, no Congresso, Suprema Corte, Tribunais Superiores, Magistratura e Ministério Público Federal e Estadual, Exército, Magistério, nas hostes religiosas, nas diversas mídias, etc. No Estado de São Paulo e na cidade de São Paulo nada é diferente. Como se pode ver à saciedade, os números são latentes. Oitenta milhões de pessoas encontram-se fora dos equipamentos e instrumentos sociais, fato demonstrativo de que nossa geração também falhou na resolução dessa chaga estrutural da sociedade brasileira. Do racismo cordial à integração racial; do milagre brasileiro ao neoliberalismo, prevalece a certeza, de sempre, de que o mais intrincado e decisivo dilema da nação permanece intocável: o negro brasileiro continua onde sempre esteve, no porão, separado e desigual. Dessa realidade decorre a constatação da ilicitude de repassarmos intacta para nossas futuras gerações essa verdadeira “bomba de nêutrons”. Se a vocação do Brasil é conviver em lugar de destaque no concerto das nações, esse objetivo em sua plenitude importa, antes de tudo, na obrigação moral e ética da integração no gozo e usufruto dos bens, riquezas e oportunidades nacionais de todos os filhos da pátria, pois não se conhece na história de todos os tempos o alcance da Paz e felicidade geral numa nação cindida. O dilema da nação não poderá ser a vontade sincera, a coragem honesta e o desejo legítimo da grande maioria da sociedade brasileira de, empenhada nas lutas de combate ao racismo e discriminação racial, preparar para o futuro uma nação pacificada, de glória, orgulho e felicidade para todos os brasileiros. A isso juntamos nossa voz e nossa esperança, elevando nossas orações e pensamentos à memória dos mártires sul-africanos de 21 de março de 1960 e, por conseguinte, a todas as vítimas do racismo e da discriminação racial, neste Dia Internacional de Luta Contra a Discriminação Racial. Revista Boa Vontade 15
  • 16. Especial — Dia da Consciência Negra Políticas afirmativas e contra a discriminação Estatuto da Igualdade Racial, em processo de aprovação, condensa as principais reivindicações do movimento negro. Celso de Oliveira H “O Estatuto, ora aprovado pelo Congresso Nacional, está para o Brasil como a lei dos Direitos Civis foi para os negros americanos, sancionada pelo Congresso dos EUA a partir da luta do (Reverendo) Martin Luther King (19291968).” Paulo Paim, Senador. 16 Revista Boa Vontade á alguns anos em tramitação no Congresso Brasileiro, o Estatuto da Igualdade Racial, de autoria do Senador Paulo Paim, depois de passar pelo Senado, seguiu este mês para a Câmara dos Deputados em mais um esforço para ter sua aprovação. Considerado um marco histórico, por condensar as principais reivindicações do movimento negro nos últimos 30 anos, traz a legislação que faltava para colocar em prática as medidas previstas na Constituição de 1988. Em entrevista exclusiva à repórter Sônia Sabatine, da Rede Mundial de Televisão — A TV da Educação, da Cultura e da Cidadania Solidária com Espiritualidade Ecumênica!, Paulo Paim falou exatamente desse documento que deve orientar as políticas públicas brasileiras no sentido da superação das desigualdades raciais. Paim, que ocupa no Senado Federal as funções de Vice-Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Presidente da Subcomissão Permanente de Igualdade Racial, discorreu ainda sobre assuntos afins em sua caminhada como parlamentar, na defesa do trabalhador, dos aposentados, dos índios, das crianças e mulheres. Enalteceu neste particular a presença marcante da Legião da Boa Vontade que, por meio da Solidariedade Altruística e da __________ Leila Marco transformação interior do Ser Humano pela Espiritualidade Ecumênica, tem melhorado a qualidade de vida de nosso Povo. Durante a conversa, destacou ainda o lançamento do livro Salário Mínimo: uma história de luta, de sua autoria, realizado em 11 de novembro, na 51ª Feira do Livro de Porto Alegre (Leia matéria na p. 36), no Rio Grande do Sul. Na ocasião também foi relançado pelo Conselho Editorial do Senado o título Batalha de Caiboaté, do historiador Ptolomeu de Assis Brasil e apresentação de Paulo Paim. Aproveitando a oportunidade, o Senador presenteou o dirigente da LBV com os dois trabalhos. Em sua obra registra: “Ao Presidente Paiva Netto, com abraços do seu sempre amigo Paim”. E no trabalho do escritor Assis Brasil reafirma: “Ao amigo Paiva Netto, com carinho do sempre amigo Paim”. BOA VONTADE — Qual o principal objetivo da Subcomissão que o senhor está presidindo, quais são suas metas? Paulo Paim — A Subcomissão trabalha na linha dos Direitos Humanos, de não permitir a ação preconceituosa, racista com o nosso Povo. Atuou (neste
  • 17. Isador Knox ano) em Porto Alegre (RS) num momento histórico: estava havendo o que nós chamamos de despejo ilegal de 16 famílias do Quilombo Silva. Eu levei a Subcomissão à cidade, com a Assembléia Legislativa, a Câmara de Vereadores, a Prefeitura e o Governo do Estado. O próprio Governo Federal, via Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir); o Ministério da Cultura, via Fundação Palmares e o Ministério da Reforma Agrária, com o Incra, conseguiram sustar a expulsão dessas famílias negras que moram no Centro da capital gaúcha. É o primeiro quilombo urbano do País. Essa Subcomissão também pretende ouvir todas as denúncias que possam vir da sociedade em matéria de racismo, de preconceito, seja contra a mulher, o negro, o índio, o branco, as crianças, os idosos; enfim, por religião, credo, origem, matriz, gênero. Qualquer tipo de discriminação será combatido nela. Por isso, ela pertence à comissão principal, que é a de Direitos Humanos. BV — Outra bandeira defendida pelo senhor é a questão do Estatuto da Igualdade Racial. Como o Brasil receberá esta lei? Paim — O Estatuto da Igualdade Racial, do qual tenho muito orgulho de ser o autor, e que o Senador Rodolpho Tourinho foi relator; na Câmara dos Deputados teve a participação do Martin Luther King, um dos grandes responsáveis pela aprovação da Lei dos Direitos Civis norte-americanos. Deputado Federal Reginaldo Germano; e nas Comissões contou com os Senadores Roseana Sarney e César Borges, que foram também relatores. Eu diria que hoje ele é uma realidade, felizmente foi aprovado e contempla as políticas públicas, tudo aquilo que a Comunidade Negra sonhou ao longo dos séculos, desses 505 anos, já que estamos em 2005. Nele temos cotas no trabalho, na mídia, na área privada, no serviço público, nas escolas; e também nós contemplamos políticas na área da saúde, da educação. Abrimos espaço para a Comunidade Negra, quando existir alguma denúncia grave, para que tenha prioridade no atendimento da justiça. Trabalhamos também com a terra dos remanescentes dos quilombolas, para terem direito à titularidade delas. São mais de cinco mil quilombos no Brasil. Há cerca de uma “Esta Comissão (de Direitos Humanos) cumpre um papel de Solidariedade entre os Seres Humanos, que é fundamental para conquistar um mundo dos nossos sonhos, da igualdade, liberdade, justiça, no qual o Homem esteja em primeiro lugar.” centena de artigos, de políticas, que vêm da linha da reparação, das chamadas políticas afirmativas, àqueles que ao longo de sua vida deram tudo para esse País e sempre ficaram marginalizados. Eu digo que o Estatuto, ora aprovado pelo Congresso Nacional, está para o Brasil como a lei dos Direitos Civis foi para os negros americanos, sancionada pelo Congresso dos EUA a partir da luta do (Reverendo) Martin Luther King, após a marcha que liderou em Washington. No Brasil, exatamente no mês de novembro em que temos duas marchas em Brasília (DF), o Estatuto também foi aprovado. É a verdadeira carta de alforria que a nação negra não recebeu em 13 de maio de 1888, já que naquele dia foi assinado somente um artigo: “É dada aos escravos a liberdade”. Mas os direitos civis não foram dados, eles estão sendo conquistados a partir desse Estatuto. BV — Esse avanço na política pública é uma maneira de o País quitar um pouco a dívida com o negro? Paim — O Estatuto é um avanço enorme no Brasil, um exemplo até para outros países. (...) De posse desse documento, mesmo as discriminações cometidas nos estádios de futebol, quem for flagrado nesse crime poderá pegar de dois a cinco anos de prisão e ainda pagar multa. Entendo que ele é uma peça fundamental de combate ao racismo e ao preconceito, porque estamos também fortalecendo a lei da Educação. Do jardim da infância à universidade, as crianças, jovens, adultos vão entender a importância da Solidariedade e que a capacidade de um homem não é medida pela cor da pele. BV — O que falta para alcançar a questão da igualdade racial? Revista Boa Vontade 17
  • 18. Celso de Oliveira Especial Paim — Mais da metade da população brasileira é composta de negros. Precisamos ter ações educativas, programas como esse na televisão, no rádio, mesmo nos cinemas, nos jornais, enfim, em toda a mídia, uma campanha afirmativa, em que negros, brancos e índios caminhem juntos. Somente assim esse País poderá ser de Primeiro Mundo, quando efetivamente se afastar da chaga do preconceito racial. (...) Necessário se faz antecipar ao crime, não deixar que ele aconteça e depois só punir. BV — O senhor também é o Vice-Presidente da Comissão de Direitos Humanos no Senado Federal. Paim — O Presidente é o Senador Cristovam Buarque. Nós estamos interagindo com a Comissão de Direitos Humanos de outras nações, com a Câmara dos Deputados do nosso País. Faremos um encontro chamando as Comissões de Direitos Humanos de todas as Assembléias Legislativas dos Estados e vamos trabalhar em um segundo momento com as Câmaras de Vereadores dos Municípios. É um projeto interessantíssimo que estou desenvolvendo com o Cristovam para discutir a condição das mulheres, crianças, deficientes, idosos, desempregados, renda do Salário Mínimo (a importância dele para melhorar o padrão de vida da nossa gente), negros e presos políticos (anistia). Esta Comissão (de Direitos Humanos) cumpre um papel de Solidariedade entre os Seres Humanos, que é fundamental para conquistar um mundo dos nossos sonhos, da igualdade, liberdade, justiça, no qual o Homem esteja em primeiro lugar. BV — Comparando com outros países, como anda a questão do respeito aos Direitos Humanos no Brasil? Paim — Nós temos de avançar muito ainda. É inegável que os chamados países de Primeiro Mundo estão mais à frente. Veja, por exemplo, a realidade do negro norte-americano em relação ao brasileiro. Nos Estados Unidos a 18 Revista Boa Vontade de ser relembrado, eles têm seu espaço na história. (...) BV — Como está a vida do nosso trabalhador? “O Templo da Boa Vontade, em Brasília, é um Templo multirracial, suprapartidário, interreligiões, universal. Um belo espaço onde já estive algumas vezes. Visitei também em Glorinha, no Rio Grande do Sul, o Lar e Parque da LBV, onde há um importante serviço com as crianças.” população negra corresponde a 11% (do total), só que a qualidade, o padrão de vida do americano está 50 anos na dianteira do negro do nosso País. Podíamos lembrar de políticas para as mulheres, as crianças, os índios, a situação do índio é muito delicada. Faço parte da Frente Parlamentar em Defesa do Povo Indígena, tenho trabalhado muito no Rio Grande do Sul, vou levar o assunto para a Comissão de Direitos Humanos, no próximo 7 de fevereiro de 2006, quando lembraremos os 250 anos da morte de Sepé Tiarajú, um dos grandes líderes do País, que morreu defendendo as nossas fronteiras. Ficou conhecido pela frase histórica: “Essa terra tem dono”, em uma luta que levou mais de dois mil índios para combater a invasão dos espanhóis e dos portugueses: a Batalha de Caiboaté, na qual foram assassinados 1.500 índios que pelejaram, resistiram em defesa do solo brasileiro. Esse fato tem Paim — Não está fácil, porque sou obrigado a admitir que, infelizmente, o salário mínimo continua com um valor insignificante, não é decente. Qual o casal com dois filhos que vive com trezentos reais? Não paga nem o aluguel, calcule a Previdência Social, a alimentação, saúde, educação, transporte, lazer, vestuário. Só essa referência nos deixa muito preocupados pelo valor baixo, apesar da luta. Temos de reconhecer que a própria ONU diz que o Brasil em matéria de concentração de renda é o País que está em primeiro lugar em toda a América Latina, ou seja, é a nação onde o dinheiro está na mão de uma minoria, é o pior em distribuição de renda. O número de desempregados é altíssimo também. Por isso, temos de ser solidários, generosos, buscar alternativas. Sair da especulação financeira e entrar no mercado de produção, esse é que gera emprego no campo e na cidade. (...) BV — O senhor acompanha o trabalho da LBV que possui diversas ações ligadas à igualdade racial, à promoção da pessoa humana e do seu Espírito eterno. Como analisa essas iniciativas? Paim — A Legião da Boa Vontade faz um belíssimo trabalho. Sem dúvida, o Paiva Netto é uma referência internacional, tive oportunidade de conversar com ele. O Templo da Boa Vontade, em Brasília, é um Templo multirracial, suprapartidário, inter-religiões, universal. Um belo espaço onde já estive algumas vezes. Visitei também em Glorinha, no Rio Grande do Sul, o Lar e Parque da LBV, onde há um importante serviço com as crianças. Entendo que é isso, se cada um fizer a sua parte na linha da Solidariedade e nas políticas humanitárias, nós todos avançaremos, venceremos. (...)
  • 19. Arquivo rBV Mundo Registro internacional Comitê responsável do evento “O espírito das Nações Unidas: Marcas para o Futuro”, agradece a co-organização da LBV nas comemorações dos 60 anos da ONU. Amado Vieira Carl Murrel, Julia Grindon-Welch e Diane Williams. Arquivo rBV em particular, da inclusão no programa de vozes transversais da família ONU, vozes do Dag Hammarskjöld na sede das Nações Unidas em Nova York (EUA). passado e do presente — incluindo a voz de Dag Hammarskjöld que norteou o evento relembrando a importância dos princípios espirituais e de valores que nos guiam. O “Values Caucus” (espécie de Comitê de Valores), o Comitê de Espiritualidade, Valores e Interesses Globais — ligado à Conferência de ONGs com Audrey Kitagawa Relação Consultiva com a ONU (Congo) — e seu projeto especial, o Conselho Espiritual para Desafios Globais, em cooperação com o Conselho Staff Recreation e inúmeras organizações de apoio agradecem imensamente pela sua generosa colaboração. Danilo Parmegiani Prezado senhor Paiva Netto, Gostaríamos de estender nossos mais elevados agradecimentos à Legião da Boa Vontade pelo seu apoio como uma das principais organizadoras do programa “O espírito das Nações Unidas: Marcas para o Futuro”. Estamos todos tocados pela dedicação e comprometimento dos integrantes da Legião da Boa Vontade. Ficamos especialmente impressionados com a finalização muito profissional dos vídeos que ajudaram a produzir para o programa. Foi um verdadeiro prazer ter trabalhado com a Legião da Boa Vontade. Recebemos inúmeras mensagens de gratidão de toda a comunidade das Nações Unidas expressando sua alegria e sentido de renovação ao participarem da celebração deste 60º aniversário e, Sinceramente, Julia Grindon-Welch, Co-líder do Values Caucus. Audrey Kitagawa, Co-líder do Conselho Espiritual para Desafios Globais. Carl Murrel, Co-líder do Values Caucus. Diane Williams, Líder do Comitê de Espiritualidade, Valores e Interesses Globais de ONGs nas Nações Unidas e co-Líder do Conselho Espiritual para Desafios Globais. Apresentação do vídeo relembrando os valores que nortearam a criação da ONU na década de 1940. O documentário foi produzido pela LBV e pela Fundação José de Paiva Netto, em parceria com o Comitê de Espiritualidade, Valores e Interesses Globais de ONGs nas Nações Unidas. Revista Boa Vontade 19
  • 20. Acontece Intercâmbio solidário Daniel Trev isan ianças do g com as cr harles Tan O sr. C til LBV ênico Infan Coral Ecum O PhotoDisc s sorrisos das crianças atendidas pelo Conjunto Educacional da Legião da Boa Vontade, na capital paulista, logo cativaram o Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, o sr. Charles Tang, e também a Gerente Comercial da Câmara, sra. Carolina G. Wu. Ambos visitaram o local no dia 11 de novembro e, na ocasião, não esconderam a felicidade de estar no ambiente. Ao serem recepcionados pelo Coral Ecumênico Infantil LBV com belíssimas canções, os convidados receberam dos pequeninos dois cartões, confeccionados por eles mesmos, utilizando material 20 Revista Boa Vontade reciclável. A visita estendeu-se desde as dependências da Supercreche Jesus até os laboratórios de Química e Informática, as quadras poliesportivas e a Biblioteca do Instituto de Educação José de Paiva Netto. Em cada sala que conheciam, conversavam com a criançada. O senhor Tang pôde manifestar sua alegria no Livro do Coração, no qual os convidados deixam suas impressões sobre o Conjunto Educacional. “Estou muito sensibilizado pela recepção carinhosa das crianças e em ver o trabalho hercúleo feito com Amor e dedicação. Devemos construir um maior relacionamento entre o Povo da China e a Nação Brasileira, com amizade e respeito mútuo. Parabenizo o DiretorPresidente Paiva Netto pela visão que, já há muito tempo, teve ao escrever artigos referentes à China. Convidamos a LBV a ajudar na construção da aliança entre os gigantes da Ásia e da América do Sul, com troca de visitas”. Bem a propósito desta cordial visita, reproduzimos, a seguir, a página “Não há mundo sem a China”, de autoria do jornalista José de Paiva Netto, publicada em importantes jornais brasileiros, a exemplo da Folha de S. Paulo (São Paulo/SP), Correio Braziliense (Brasília/DF) e Correio da Bahia (Salvador/BA), além de ser reproduzida pela International Daniel Trevisan Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China visita o Conjunto Educacional da LBV em São Paulo Business and Management, em 1987 e entregue também aos participantes da “IV Conferência sobre a Mulher”, realizada em Beijing, em 1995. Na seqüência, é possível lê-la na versão em mandarim. “A Parábola do Velhinho Bobo Carolina G. Wu “Há tempos recebi da Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus esta reportagem que tão bem se aplica aos desafios que a população enfrenta nos dias de hoje: “‘Morando há 18 anos no Brasil, o professor de línguas orientais na Universidade de São Paulo (USP), Alexander Chung Yuan Yang, historiador e tradutor-intérprete chinês, em entrevista ao Jornal da LBV (1988) reconheceu que a Legião da Boa Vontade tem seu idealismo inspirado no Amor e na Fraternidade Ecumênica. ‘A questão fundamental da filosofia de Confúcio (551-479 a.C.) também é o Amor e a Fraternidade entre os povos’, comentou ele ao ler o artigo “Não há mundo sem a China”, escrito pelo jornalista Paiva Netto, em 1987, e publicado pela revista International Business and Management, naquele país, e concluiu que a mensagem da Instituição se resume
  • 21. Um soco no globo Haverá, porventura, solução Arquivo rBV que constituíam enorme obstáculo para entrar na sua residência. Daí ter resolvido acabar com elas. Mas ali habitava também outro ancião que era conhecido como Velhinho Inteligente, e este achava graça na atitude do outro exclamando: ‘Você é mesmo bobo!’. E o Velhinho Bobo assim respondeu ao seu interlocutor: ‘Se eu morrer, vou ter meu filho, depois do meu filho virá meu neto, após meu neto irá nascer outro filho e os meus descendentes proliferarão, mas as montanhas, não. Então, por que eu não posso acabar com elas?’. A paciência e a pertinácia juntaram-se aos seus filhos e netos para darem fim às montanhas. Os deuses ficaram comovidos com tamanha persistência que lhe mandaram mais dois filhos fortes que conseguiram realizar o objetivo do Velhinho Bobo. “Moral da história: a saga do Velhinho Bobo é uma prova de que a Fé e o trabalho pertinazes tudo regeneram. “Houvesse outros tantos Velhinhos Bobos e teria acabado toda a bobagem do mundo, já que os Velhinhos Inteligentes ainda não conseguiram livrar-se de tão grande inteligência ociosa, que empurra a Humanidade para o abismo. Certamente, movido pelo enfado contra tamanha esperteza a serviço da destruição da Terra, Alziro Zarur, saudoso fundador da LBV, num desabafo, escreveu: João Preda no mais nobre dos sentimentos. Destacando um ponto na página dedicada à China que diz: ‘Todos nós pertencemos a uma grande Família — a Sociedade Humana’, prosseguiu: ‘Se cumprirmos o ensinamento desse texto chinês, da LBV, viveremos a Sociedade Solidária Altruística Ecumênica*1 a que o Irmão Paiva nele se referiu. Essa matéria se assemelha ao pensamento de Confúcio. E justamente o Brasil está na vanguarda desse ideal. Nele se reúnem raças de todo o mundo, numa imensa Família. Precisamos na verdade reunir todos para desenvolvermos um paraíso, um país ideal, como exemplo para a Humanidade. Eu acho o Brasil ótimo. Orientais e ocidentais, índios e africanos convivem aqui dentro. Então considero muito bom a LBV ter começado aqui. O próprio Brasil é o representante do futuro. E este é o caminho: um mundo só, uma só Família. Que o dirigente da LBV insista em sua Fé em querer implantar esse Amor de Deus no Planeta. Continue persistindo nesse caminho, pois um dia seu objetivo será conseguido: pregar o Amor de Deus em todas as nações’”. De volta, com a palavra, prossegue Paiva Netto: “Na oportunidade, o senhor Alexander Chung Yuan Yang lembrou-se de uma antiga parábola do seu país, segundo a qual havia um velhinho que foi apelidado de Velhinho Bobo: — Ele morava na montanha do norte e tinha quase 90 anos. Em frente de sua casa havia duas gigantescas montanhas, José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor, é Presidente das Instituições da Boa Vontade. Confúcio Para o mal em que o mundo se debate? Algo que empolgue ou algo que arre- [mate A única e suprema salvação? “Não há! Não há!” — responde o [coração Que no meu peito aflitamente bate. “Não há! Não haverá!” — eis o rebate Ao último S.O.S. da aflição! Então o mundo é mesmo [intransformável? E há de ser sempre assim, tão [miserável, Por mais que a voz do Bem soluce e [clame? E vem-me, em fúria, uma alucinação: Alcançar o universo nesta mão, Para arrasar com um murro a terra [infame! “Mas, logo em seguida, sem maniqueísmo, concluiu em: Paisagem da Milenar Muralha da China Revista Boa Vontade 21 Revista Boa Vontade 21
  • 22. Arquivo rBV Arquivo rBV Acontece A vitória final De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus (Paulo Apóstolo na Epístola aos Romanos, 14:12). E sofres, meu irmão... Sofres por quê? Porque te caluniam detratores, Esses ferrenhos, míseros censores Da cega multidão que em Deus não [crê? Temes, acaso, suportar as dores Que o teu preclaro espírito prevê? As dores, para quem renasce e vê, São como esses crisóis depuradores... Adiante, pois, se queres ter a glória De ouvir nos céus o canto da vitória, Numa triunfal aclamação de sons... Consciente, irmão, do que sozinho [vales, Deixa o mundo falar e nada fales, Que a vitória final pertence aos bons! “Eis por que o Ministro Marcelo Pimentel, na década de 1960, disse que ‘a Legião da Boa Vontade não é obra para uma geração, mas para uma civilização’”. 22 Revista Boa Vontade Alziro Zarur Marcelo Pimentel ***** Não há mundo sem a China Pergunta de um leitor — Li com agrado seu artigo “A Parábola do Velhinho Bobo”. Uma lição chinesa de pertinácia acima de toda dificuldade. Naquele artigo, de 1988, é citada página que o senhor escreveu para a International Business and Management. Gostaria de tê-la. É possível? Paiva Netto responde — Sim. Eila na íntegra. Ressalto ainda que “Não há mundo sem a China” foi reproduzida para os participantes da IV Conferência sobre a Mulher, realizada em Beijing, em setembro de 1995: A mensagem da Legião da Boa Vontade (LBV) — Instituição fundada em 1950 no Brasil pelo escritor, poeta, jornalista e radialista Alziro Zarur, falecido em 1979 — é universal, mas também se dirige ao Ser Humano em particular. E o indivíduo, salvo pequenas diferenças de latitude e longitude, é em profundidade o mesmo, a despeito de regimes políticos. Mormente agora, quando o perigo nuclear ameaça, sem privilégios, todos os povos da Terra, não há que somar à violência já existente mais violência. O caminho da LBV é a Paz. Chega de guerras! A brutalidade é a lei dos irracionais, não do Ser Humano, que se considera superior. Pregamos a valorização da criatura, que é a riqueza de um país. A fortuna da China são os chineses, como a do Brasil e a das demais nações é o seu Povo. Numa sociedade constantemente ameaçada pela destruição, convém lembrar que, a cada dia, pela queda das barreiras de espaço e tempo, os Seres da Terra devem compenetrar-se de que formam a imensa família chamada Humanidade. Não há mundo plausível sem a China. A simples leitura desapaixonada da História mostra realidade tão óbvia. A História é a mestra da vida,
  • 23. no dizer de Marco Túlio Cícero. Ademais, basta abrir o mapa-múndi. Por isso, a Legião da Boa Vontade gostaria que a sua mensagem de Paz, Fraternidade e Solidariedade Ecumênica chegasse até o empreendedor e pertinaz Povo chinês.(...) Não somos nem comerciantes nem industriais, apenas simples pessoas de Boa Vontade, isto é, homens e mulheres, jovens e crianças que acreditam no bom senso da Raça Humana, que tem sobrevivido, justamente em virtude do seu bom senso, às piores crises nos muitos milênios do que se convencionou chamar civilização, mas que o será de fato quando os Seres Terrenos aprenderem a viver em Paz, pois terão compreendido que o sofrimento de uma nação é dor para todo o Planeta. O organismo social é como o corpo humano: um órgão doente afeta-o por completo. A infelicidade do indivíduo, por mais inexpressivo que possa ser considerado, reflete sobre toda sociedade que se preze. Realmente, não há Ser Humano que não tenha elevada significação. Todos possuem extraordinário valor, que não pode ser menosca- bado. Importa que o nosso semelhante é um Ser que sofre, luta, anseia vencer como os demais. Tem qualidades, carências e defeitos, porque é humano... É necessário que os que acreditam na Paz se unam, vençam suas diferenças. Se não, ninguém restará para contar a História... Está, pois, atendida a sua correspondência. Não há mundo sem a China, realmente. Mas também não o há sem os Estados Unidos, a Rússia, a África, o Japão, o Canadá, o Chile, o Peru, a Bolívia, a Argentina, o Uruguai, a Venezuela, a Colômbia, o México, a Espanha, as Alemanhas*2, o Irã, a Índia, a Itália, a França, Cuba, Portugal, a Bulgária, o Iraque, a Inglaterra, os árabes, os judeus e, para nós, muito menos sem o Brasil, com todos os seus defeitos, que, na maior parte das vezes, agravamos, esquecidos das suas notáveis virtudes e qualidades, que devemos aplicar para valer. E já que falamos da China, este pensamento de Confúcio: — A compensação da vida é que para cada sonho que se não concretize há um pesadelo que não se realiza. Vamos acreditar no nosso Povo e respeitá-lo, conscientes de que Força Armada e Civil, tudo é Brasil. E é mesmo. _____________________ Nota da Redação — Sociedade Solidária Altruística Ecumênica: Paiva Netto, ao formular este pensamento há décadas, expandiu o conceito inicial de sociedade, mostrando que, pela quebra das barreiras, ela não mais pode se restringir a um grupo de pessoas, de determinado local. Para ele, “(...) O exemplo para que haja fartura vem do Cristo. Só pode haver abundância, perfeitamente distribuída, na Sociedade Solidária Altruística Ecumênica, em que todos se entendam e cada um reconheça que faz parte de um grande organismo ou corpo social, chamado Humanidade. Um pequeno órgão, por menor que seja, se estiver combalido, afetará todo o organismo (...)”. Sociedade Solidária porque é preciso união; Altruística para que essa aliança se realize sob a égide do Amor Fraterno, exemplificado pelo Cristo, em Seu Novo Mandamento: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei (Evangelho de Jesus, segundo João, 13:34); Ecumênica porque é necessário entendimento neste Planeta para que ele sobreviva, conforme afirma o próprio Paiva Netto: “Conciliar é, portanto, a nossa grande convocação, firmados que estamos na extensa experiência ecumênica da LBV: o Brasil e o mundo precisam da vivência imediata do ecumenismo religioso, racial, partidário, empresarial, social, enfim, o Ecumenismo Irrestrito e Total, com base nos valores mais profundos do Espírito.” *2 Alemanha — Hoje reunificada. *1 Revista Boa Vontade 23
  • 24. Capa Nana Moraes Carismática Amiga de Boa Vontade Juliana Paes concede entrevista exclusiva em que fala da carreira, igualdade dos gêneros e da Solidariedade no Brasil. A atriz abre o coração à revista BOA VONTADE. “Eu só tenho a parabenizar a LBV — essa jovem senhora — e agradecer por tudo que essa Instituição faz, e desejar muita força, porque é um trabalho difícil. Então, parabéns, e continuem com essa perseverança, com essa força e nós, artistas, vamos estar sempre à disposição para ajudar no que for preciso.” Juliana Paes 24 Revista Boa Vontade S eja no saguão de um aeroporto, ao caminhar pela praia ou no intervalo de uma gravação; é sempre assim: ela desperta a atenção de crianças, jovens e adultos. Uns podem associar à beleza. Outros, à performance artística. Mas, de modo geral, foi pelo seu carisma que Juliana Couto Paes — ou simplesmente, Juliana Paes — conquistou o sucesso que, em tão pouco tempo, a tornou uma destacada atriz brasileira. A personalidade forte e a determinação desta carioca foram a tônica de uma entrevista exclusiva que ela concedeu à BOA VONTADE. Apesar das viagens internacionais, gravações e fotos publicitárias, reservou um espaço especial na concorrida agenda para também dizer sim à Campanha da LBV Amigos de Boa Vontade, e ser clicada pela famosa fotógrafa Nana Moraes. Aliás, a Solidariedade é outra face da atriz, madrinha da Associação Estadual de Futebol Feminino (leia sobre o assunto na p. 26) e que, ao lado de representantes de cada equipe que participa do torneio, esteve visitando o Centro Educacional, Cultural e Comunitário José de Paiva Netto, órgão modelar da LBV, localizado na zona norte do Rio. Na visita, Juliana encantou-se com as crianças atendidas pela Legião da ______________ Rodrigo Oliveira Boa Vontade. Logo que chegou, foi recebida pelo Coral Ecumênico Infantil da Instituição, o que a deixou muito emocionada. A todo o momento, ela brincava com as crianças, tirava fotos, distribuía beijos e recebia o carinho da garotada. Nas salas de aulas por onde passou, uma homenagem diferente sensibilizou o coração de Juliana. Um desses instantes foi quando os pequeninos do maternal a reconheceram como atriz. Ela não escondeu a alegria que sentiu ao visitar a unidade educacional. “Eu fiquei muito feliz. Só tenho a agradecer porque as crianças da LBV fizeram uma homenagem linda. Vi como os meninos e meninas são bem- tratados, é tudo com muito cuidado e limpo. Você vê que é tudo feito com muito Amor. Fiquei feliz por ter vindo aqui na Legião da Boa Vontade.” Entre um autógrafo e outro, ela aproveitou ainda para deixar a sua mensagem à LBV pelos seus 56 anos (a serem completados em 1º de janeiro de 2006). “Eu só tenho a parabenizar a LBV — essa jovem senhora — e agradecer por tudo que essa Instituição faz, e desejar muita força, porque é um trabalho difícil. Então, parabéns, e continuem com essa perseverança, com essa força e nós, artistas, vamos estar
  • 25. sempre à disposição para ajudar no que for preciso.” Juliana Paes jeto de um longa-metragem, com texto de Hugo Carvana. A gente vai entrar em fase de pré-produção e preparação pessoa que ainda tem muito a aprender e quer aprender muito mais. Essa simplicidade acaba fazendo com que todos a minha volta queiram me ajudar, desde os camareiros aos diretores”. Ao ser questionada sobre o dia-a-dia de trabalho, a atriz afirma que “esse é o verdadeiro luxo da minha profissão: não ter uma rotina”. Ela conta que gosta disso, já que “cada dia gravo em um lugar, com um personagem diferente, num cenário diferente”. Mas o fato de não ter rotina não significa que seu dia-a-dia seja tranqüilo. Muito pelo contrário. “Nos dias em que não gravo, faço leituras dos textos para que fiquem bem decorados. Quando não estou em frente às câmeras tem sempre uma foto publicitária aqui, outra ali, um comercial. Vou muito para Fotos: Felipe Freitas Talento que vem do berço Juliana conquistou seu espaço nas principais telenovelas, minisséries e, recentemente, no cinema, no qual protagonizou o filme Mais uma vez Amor. No entanto, vem do berço o embalo que a levou a se dedicar ao teatro. “Eu acho que já nasci assim. Sempre fui muito presepeira, como diz a minha mãe. Inventava moda e personagens para viver no diaa-dia, tanto em casa quanto na escola. Mesmo muito antes de começar a fazer curso de teatro, já me via interessada em criar outras vidas, outros mundos. Sempre fui muito intuitiva e criativa nesse aspecto”, recorda-se. “Eu acho que já nasci assim. Sempre fui muito presepeira, como diz a minha mãe. Inventava moda e personagens para viver no dia-a-dia, tanto em casa quanto na escola.” Juliana Paes num momento de carinho e descontração durante visita ao Centro Educacional, Cultural e Comunitário da LBV. Na obra modelar, localizada na zona norte do Rio de Janeiro, mais de 500 crianças em situação de risco social são diariamente atendidas e cerca de duas mil famílias, que vivem nos bolsões de pobreza da cidade, recebem, todos os meses, os benefícios da LBV carioca. A atriz conta que, depois de identificar seu talento, se interessou pelos cursos de teatro. “Nunca fiz nenhum curso profissional, como uma faculdade ou um tablado. Sempre fiz cursos na minha cidade e acabei sendo chamada para fazer um teste para o meu primeiro personagem, que foi a Ritinha em Laços de Família. A partir daí tudo deslanchou e eu não parei mais.” E não parou mesmo. Para o futuro, Juliana já tem marcadas participações no cinema. “Ano que vem, tenho o pro- de personagens. Ainda não há data de estréia. Mas será em 2006”. A atriz também tem planos para a vida pessoal. “Meu grande sonho é ter filhos, mas, por enquanto, esse é um sonho para daqui a alguns anos. Ainda estou priorizando o trabalho e quando eu tiver filhos, vou querer dar atenção total”, planeja. Para chegar ao sucesso, Juliana revela: “Fui, acima de tudo, muito humilde. Comecei com um papel pequeno que ganhou o público logo na primeira novela, mas sempre me comportei como uma São Paulo, a trabalho, para ser entrevistada ou participar de programa de televisão.” Igualdade de gêneros Outro tema abordado na entrevista foi a força da Mulher. Atualmente, é a madrinha da Associação Estadual de Futebol Feminino (iniciativa que tem o apoio da Legião da Boa Vontade e do Governo do Estado do Rio de Janeiro), que dá acesso ao esporte àquelas que residem nos bolsões de pobreza do Rio. Revista Boa Vontade 25
  • 26. Capa E completa: “Muitas dessas meninas são mães, estudam, são esforçadas e, às vezes, vêm de longe para treinar. Isso traz dignidade. É o que todo mundo precisa para viver”, acredita. Também defendeu a idéia de exercer a Solidariedade no País. Para ela, “é muito difícil exercer a cidadania aqui no Brasil”, porque julga ser necessária a conscientização da sociedade quanto a esses temas. Juliana Paes incentiva todos a abraçarem a causa: “É possível a gente ajudar. Às vezes, parecemos ser um pouco egoístas. Mas dá para cada um fazer a sua parte: juntar brinquedos e roupas que nós temos e não damos muito valor; aquilo ali para outra pessoa vai ser muito valioso. É só pensar desse jeito que a gente consegue ajudar a melhorar o Brasil”, aconselha. Danielly Arruda Felipe Freitas Esta é uma nomeação que carrega com orgulho porque incentiva a prática do desporto também pelas mulheres. Ela conta que o mais interessante é o fato de elas se sentirem integradas à sociedade. “Muitas vezes, o que acontece é que no esporte existe um apoio maior para o futebol masculino, até porque há maior público. O feminino encontra resistência, preconceito, porque acham que ‘ah, não é tão interessante!’”, assevera. Na primeira foto, Juliana Paes (ao centro) posa ao lado de participantes da 1a Copa ONU de Futebol Feminino durante visita à Escola da Instituição; à direita, o Secretário de Estado de Esportes, Francisco de Carvalho (Chiquinho da Mangueira). Na segunda, integrantes do time CEPE Caxias seguram faixa da LBV saudando os 60 anos das Nações Unidas e de apoio à competição. Gol de placa Copa ONU de Futebol Feminino dá oportunidade a mulheres em situação de risco social e cumpre um dos desafios do milênio. A LBV é parceira do evento esportivo. _____________ A 1ª Copa ONU de Futebol Feminino, chancelada pelo Centro de Informações das Nações Unidas, no Rio de Janeiro/RJ, comemora os 60 anos da organização criada para estabilizar as relações internacionais e firmar as bases da Paz. Promovida pela Associação Estadual de Futebol Feminino (Aeffe), a Copa conta com o apoio do Unicef, da Secretaria Especial de Política para as Mulheres (órgão do Governo Federal), do Governo Estadual (por meio das Secretarias de Esporte e Lazer e do Governo — Administração Del Castilho/Suburbana), Legião da Boa 26 Revista Boa Vontade Vontade e Associação de Cronistas Esportivos do Rio. Este é o terceiro torneio conduzido pela Associação em pouco mais de um ano de existência. Ao longo desse curto período, o projeto já envolveu cerca de mil mulheres. Quem apóia essas competições é a atriz Juliana Paes. O evento reúne 32 times de diversos municípios do Rio de Janeiro. O torneio teve início no dia 28 de outubro e termina em 11 de dezembro, com jogos sempre aos sábados e domingos. Com seus voluntários, a Legião da Boa Vontade — grande parceira da Simone Barreto Organização das Nações Unidas e que possui status consultivo geral no Ecosoc — leva as faixas saudando o 60º aniversário da ONU. Essa parceria contribui também para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, no que diz respeito à valorização da Mulher e igualdade de gêneros. O Presidente da Aeffe, Francisco Marins, comemora os resultados da Copa e destaca a importância da parceria com a Legião da Boa Vontade. “A Associação Estadual de Futebol Feminino decidiu realizar esta competição para poder, de uma forma ou de outra, incluir
  • 27. Da esq. p/ dir., Francisco Marins (Presidente da Associação Estadual de Futebol Feminino), a atriz Juliana Paes, Pedro Paulo Torres (Administrador Estadual Suburbana/Del Castilho e da Secretaria de Governo do Estado/RJ), Yêddo Bittencourt (Vice-Presidente de Desporto da Associação) e Eliel Brum, representante da LBV no Rio de Janeiro/RJ. Alan Lincon a Mulher por meio do futebol, e nesse caso, o futebol feminino. Foram 32 clubes participantes com cerca de 600 atletas. (...) É de extrema importância esta parceria com a LBV que, com seu apoio e capilaridade, dentro do Estado do Rio de Janeiro, está apoiando de forma efetiva e bastante sólida a nossa competição. Agradecemos o apoio da LBV à 1ª Copa ONU promovida pela Associação Estadual de Futebol Feminino”. Na opinião de Yêddo Bittencourt, vice-Presidente de Esportes da Associação Estadual de Futebol Feminino, o torneio é a realização de um sonho. “É um grande projeto no qual nós queremos, na realidade, valorizar as mulheres, dando-lhes oportunidade. No Rio de Janeiro, a Aeffe é quem está organizando com outros parceiros e queremos agradecer à LBV por nos dar a oportunidade de divulgar essa idéia”, destaca. Ao término, faz votos de que essa parceria se estenda. Wagner Sales “A partir do momento que temos o apoio da Legião da Boa Vontade e estamos num segmento de valorização do Ser Humano e de resgate da cidadania, as coisas vão acontecendo, como sempre devem acontecer na vida da gente. Nós temos o Ser Maior, que é Deus, e temos a LBV. Por isso, acreditamos que tudo, daqui pra frente, dará certo”, pontua. “É possível a gente ajudar. Às vezes, parecemos ser um pouco egoístas. Mas dá para cada um fazer a sua parte: juntar brinquedos e roupas que nós temos e não damos muito valor.” Juliana Paes Wagner Sales, Secretário-Geral da Associação Estadual de Futebol Feminino, faz uma ligação entre o objetivo da iniciativa da Associação com o da Legião da Boa Vontade. “As duas entidades se congregam tanto pelo trabalho socioeducacional promovido pela LBV quanto pela ação desenvolvida pela Aeffe. Essa parceria que a gente está realizando tende a ampliar porque as duas entidades têm os mesmos objetivos. Logicamente, a LBV tem um trabalho muito mais amplo”, ressalta. E conclui: “A gente sempre conta com esse apoio da LBV. Tenho certeza de que essa parceria vai se expandir e estamos aí para dar continuidade a esse trabalho, iniciado com a Copa ONU. Outras competições vêm aí e certamente contaremos com a LBV”. Site da ONU-Brasil destaca parceria com a LBV Em nota publicada em sua página na internet, o Centro de Informações das Nações Unidas no Brasil reafirmou a parceria estabelecida para a realização da 1ª Copa ONU de Futebol Feminino. A matéria, de 24 de novembro, apresenta as equipes que passaram para a etapa final do campeonato. Diz o texto: “Foram definidos os semifinalistas da 1ª Copa ONU de Futebol Feminino, organizada pela Associação Estadual de Futebol Feminino do Rio de Janeiro (Aeffe). A competição serve como atrativo para os dois próximos anos quando as atletas brasileiras estarão disputando importantes torneios internacionais: o Sul-americano sub-20, a Copa do Mundo, na Rússia, e o Pan 2007, no Rio. O Brasil é o atual campeão Panamericano da modalidade. “Chancelada pelo Centro de Informações da ONU, no Rio, em comemoração aos 60 anos da Organização, a competição tem o apoio do Unicef, Secretaria Especial da Mulher subordinada ao Governo Federal — Governo Estadual, através das Secretarias de Governo e de Esportes e Lazer, Associação de Cronistas Esportivos do Rio e Legião da Boa Vontade. A Copa começou no dia 28 de outubro com 32 clubes e termina em 11 de dezembro”. Revista Boa Vontade 27
  • 28. Reportagem Do tamanho do coração brasileiro Ampla mobilização para distribuir mais de 350 toneladas de alimentos a famílias em situação de risco social e, assim, fazer mais feliz o Natal de milhares de pessoas. T eve início em outubro uma grande marcha em benefício do Povo brasileiro, alavancada pelos ideais da Legião da Boa Vontade. Prova mais do que concreta de que a Solidariedade Altruística é o adjetivo que melhor expressa os nossos cidadãos. A propósito, além dos que se conservam anônimos, a Campanha Natal Permanente de Jesus — o Pão Nosso de cada de dia!, promovida pela LBV, foi abraçada por artistas, autoridades, comerciários, empresários, personalidades e profissionais liberais. Do Oiapoque ao Chuí, postos de arrecadação foram montados e mutirões organizados para angariar alimentos não-perecíveis, os quais, posteriormente, serão acondicionados em cestas a serem entregues, no fim deste ano, pela Obra a famílias que vivem em situação de risco Wesley Quarto Ribeirão Preto/SP 28 Revista Boa Vontade social. A grandiosa meta é arrecadar mais de 350 toneladas de mantimentos. Para cumprir o desafio, cada semana é destinada a um item diferente. Nos primeiros sete dias do lançamento, todos puderam contribuir com arroz; nos dias seguintes, os brasileiros doaram latas de óleo. Na terceira semana, o foco foi para os quilos de açúcar e, assim, até completar os itens básicos da cesta. No intento de aumentar a quantidade de quilos arrecadados, as regiões onde a Legião da Boa Vontade atua no território nacional foram divididas em sete, sendo elas: Centro-Norte, Minas Gerais e Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sul, São Paulo/SP, São Paulo Interior e Nordeste. Esses limites geográficos estabeleceram uma competição sadia na qual todos saem ganhando, principalmente os que serão contemplados com a ajuda. Solidariedade sem fronteiras A mobilização ganhou força com o amplo destaque que recebe nos meios de comunicação pelo Brasil (leia o subtítulo sobre o assunto), em especial, na programação da Super Rede Boa Vontade de Rádio e da Rede Mundial de Televisão, além das páginas do Portal www.boavontade.com. Os expectadores, também sensibilizados pela iniciativa, registram sua audiência e participação ao doarem os alimentos. Exemplo disso é o caminhoneiro Orlando Rodrigues, morador do bairro Casa Verde, zona norte da capital paulista, que fez questão de levar a contribuição a um dos postos de arrecadação da campanha, bem perto da casa dele, no Bom Retiro. Rodrigues trouxe trinta quilos de arroz e 24 garrafas de óleo. Para o empresário Elzimar Antunes, Diretor Superintendente da Solitec Seguros, “a LBV realiza e prova que realiza com eficiência. Eu sou um empresário e apóio esse trabalho que é imbatível”. Em entrevista, ele convida todos a se juntarem nessa empreitada. “Convoco os empresários de grande, médio ou pequeno porte para que digam sim à LBV e, então, ela possa prosseguir com seu trabalho contínuo que não tem custos baixos. As iniciativas da Legião da Boa Vontade são para sempre. Nós vamos passar, mas a LBV fica!”, adverte. No Norte do País, em Belém/PA, em um só dia a arrecadação foi de mais de uma tonelada e meia de alimentos. O êxito resultou do esforço do movimento jovem da Instituição e das mães de alunos atendidos na Escola de Educação Infantil Jesus, que promoveram ampla mobilização no bairro Batista Campos. O mutirão contou também com a ajuda da empresa Nossa Senhora do Perpétuo, que cedeu dois ônibus para o transporte dos participantes da campanha e dos alimentos. Em Piracicaba/SP, a empreitada sensibilizou os empresários do Hipermercado Enxuto. Todos os que se inscreveram
  • 29. Thiago Morello Nádia Preda Brasília/DF no curso de culinária, oferecido pela rede, doaram alimentos para a Campanha de Natal da LBV. Além desta iniciativa, o Hipermercado imprimiu em seu folheto periódico, que traz as ofertas da semana, uma nota destacando a atuação da Legião da Boa Vontade. O interior catarinense também se mobilizou para registrar a participação nessa maratona da Solidariedade. O concurso 2ª Resistência de Joinville, realizado pela KG Motos Ltda. e pela Rádio Transamérica FM, entregou à LBV uma tonelada de alimentos, arrecadados durante o processo de inscrição para o concurso. De porta em porta, voluntários da Obra promoveram um grande “arrastão do quilo” no bairro San Martin, em Recife/PE. A iniciativa chamou a atenção do povo pernambucano que abraçou a causa, contribuindo com quilos de alimentos. Em Glorinha/RS, uma mobilização em conjunto com os moradores do bairro Parque dos Anjos deu início à marcha da Sociedade Solidária Altruís- tica Ecumênica na região. Para a jovem Márcia Rosa da Silva, é por meio dessa campanha que ela “exercita a Solidariedade e proporciona às pessoas que precisam um Natal mais feliz”. O mesmo ocorreu em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Engajado nesta idéia, o movimento jovem da LBV promoveu uma grande campanha para angariar os mantimentos. Mutirão da Boa Vontade pauta a mídia Seja no impresso ou no eletrônico, os meios de comunicação são outros fortes aliados para o sucesso da Campanha Natal Permanente de Jesus — o Pão Nosso de Cada dia!. Em Minas Gerais, os periódicos Hoje em Dia, Diário da Tarde e As Margens do Ipiranga (Belo Horizonte), Vale do Aço e Diário do Aço (Ipatinga) deram amplo espaço à iniciativa da LBV. Da mesma maneira, jornais do interior paulista destacaram a empreitada: Folha da Cidade (Araraquara), O Imparcial (Presidente Prudente), Dhoje e Bom Dia (São José do Rio Preto), A Imprensa (Palestina), O Município de Tanabi (Tanabi). No Estado do Rio, destaque para O Municipal e Folha da Cidade (Duque de Caxias) e Monitor Mercantil (Rio de Janeiro). A campanha também foi notícia nos jornais gaúchos Correio do Povo, CS Zona Sul e O Cristóvão (Porto Alegre), RS 115 (Igrejinha), O Fato do Vale (Campo Bom), Da Cidade e Intercidades (Viamão), O Guaíba e Folha Guaibense (Guaíba), SP (Sapiranga), Revisão e Capital das Praias (Tramandaí), Jornal de Capão (Capão da Canoa) e Correio Dinâmico (Alvorada). A revista do Duarte (Esteio) também divulgou a Campanha de Natal da Legião da Boa Vontade. Aderiram à iniciativa os meios impressos do interior do Paraná Folha de Colombo (Colombo), Tribuna de São José (São José dos Pinhais), Jornal do Povo e O Diário (Maringá), O Paraná e Hoje (Cascavel) e Diário do Comércio e Folha do Litoral (Paranaguá). Ainda Salvador/BA Cristiani Ranolfi Rosana Serri Joinville/SC Florianópolis/SC Revista Boa Vontade 29
  • 30. Lícia Curvello Almeida Oliveira Reportagem Fortaleza/CE destacaram a atuação da LBV o Jornal da Manhã, que circula em Criciúma/SC, Tribuna do Planalto (Goiânia/GO), entre outros. Apoio em Rádios e TVs Emissoras AM e FM também abriram espaço na programação para divulgar a Campanha Natal Permanente de Jesus — O Pão Nosso de cada dia!, promovida pela Legião da Boa Vontade. Em Minas Gerais, o apoio à empreitada foi conferido pelas Rádios Inconfidência e Alvorada (Belo Horizonte), Alternativa FM (Teófilo Otoni), Globo Cultura, Itatiaia, América e Educadora (Uberlândia), Vanguarda, Itatiaia, Educadora e Vale (Ipatinga). No interior paulista, a iniciativa foi noticiada pelas emissoras Nova Sumaré e Aliança (Campinas) e Metrópole e Espaço Aberto (São José do Rio Preto). No Estado de Santa Catarina, deram amplo destaque à atuação: Difusora Rio de Janeiro/RJ e Bandeirantes (Florianópolis), Luar (São José), Voz Serrana (Correia Pinto), Biguaçu (Biguaçu), Clube e Nereu Ramos (Blumenau) e Nova Brasília (Imbituba). No Rio Grande do Sul, destaque para as emissoras Rural, Farroupilha, Guaíba e Osório (Porto Alegre), Igrejinha, Ativa e Amizade (Igrejinha), Tarumã (Tavares), ABC (Novo Hamburgo), Horizonte (Capão da Canoa), Metrópole (Gravataí) e 96.9 FM e Tupanci (Pelotas). Também disseram “sim” à LBV diversas emissoras do Paraná. Destaque para as rádios CBN, Cultura AM e FM, Mais, Atalaia (Maringá), Cultura e Mundial (Foz do Iguaçu), Pé Vermelho (Sarandi), Capital AM e FM e Colméia (Cascavel), Boas Novas (Campo Largo); de Curitiba, as emissoras CBN, Globo AM, Comunitária do Boqueirão, Serra do Mar Antonina e Clube AM. Na capital pernambucana, as emissoras Jovem Cap, Jornal AM, Maringá/PR Paulo Araújo Liliane Cardoso Glorinha/RS 30 Revista Boa Vontade Clube, Recife, Dimensão, Folha e Estação Sat. No Centro-Oeste brasileiro, a mobilização foi assunto nas rádios Central AM e FM e Universitária, ambas de Goiânia/GO. No interior goiano, divulgaram a ação as rádios Manchester FM e Imprensa (Anápolis). Também apoiou a campanha a rádio Moreninhas, de Campo Grande/MS. Na TV, a iniciativa foi destaque nas emissoras Horizonte (Belo Horizonte/MG), Ubá (Juiz de Fora/MG), Fronteira — TV Globo (Presidente Prudente/SP) Record (Maringá/PR) e Nova Era (Lages/SC). Já na web, a campanha recebeu destaques nas páginas eletrônicas www.maringanews.com.br, www.jmnet.com. br, www.cponline.com.br, www. folhape.com.br, www.diariodamanha.com, www.folhadecoqueiros. com.br, www.jornal_floripa.com. br e www.cidaschmidt.com. [R.O.]
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  • 34. Atualidades Diálogo com o Universo Congresso debate a possível existência de extraterrestres pela ótica da Ciência e da Espiritualidade H ____________________________ Ariane Camargo e Thiago Morello Fotos: Vinícius Ramão á muito tempo o Ser Humano questiona-se: Estaríamos sós no Universo? Um bom número de pessoas responde que não, entre estas estão as que se dedicam a um estudo sério sobre o assunto. De 12 a 15 de novembro, a capital paranaense recebeu estudiosos, pesquisadores e curiosos com este perfil para discorrer a respeito do fenômeno UFO ou ÓVNI (Objeto Voador NãoIdentificado, do inglês Unidentified Flying Object) durante o “32º Congresso Brasileiro de Ufologia Científica — 5º Encontro Diálogo com o Universo”. Entre as presenças internacionais, o astronauta norte-americano Bryan O’Leary e o italiano Giorgio Bongiovanni. No evento, os cientistas discutiram a importância de popularizar informações e relatos de experiências de quem afirma ter sido abduzido por seres extraterrestres, além de tornarem públicas as atas a respeito de acontecimentos ufológicos da Força Aérea Brasileira (FAB). Após o Rafael Cury 34 Revista Boa Vontade passo histórico dado pelo Brasil, em 20 de maio último, quando — a exemplo do ocorrido no Chile, na Espanha, na França e no Uruguai — a Comissão Brasileira de Ufólogos* recebeu informações sobre o sistema de defesa aeroespacial brasileiro e teve acesso a documentos da FAB a respeito de acontecimentos mantidos em sigilo. Dr. Bryan O’Leary “A inspiração de tratarmos do assunto com enfoque mais científico e espiritual vem desse trabalho pioneiro da LBV. Temos aqui uma sementinha plantada em função dessa atividade magnífica que é feita no ParlaMundi.” Rafael Cury Giorgio Bongiovanni Para o Coordenador do Congresso, Rafael Cury, a caminhada para este fato se iniciou com o I Fórum Mundial de Ufologia, realizado em 14 dezembro de 1997, no Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV, na capital federal. Nessa data, reuniram-se conferencistas de todo o País e Exterior e, ao término do acontecimento, foi subscrita a Carta de Brasília, dirigida ao Ministro da Aeronáutica, que possibilitou o acesso aos arquivos até então reservados sobre a Operação Prato e os avistamentos, entre São José dos Campos/SP e a capital paulista. Segundo Cury, a Instituição tem contribuído também de forma decisiva para a temática central do encontro Ufologia, Ciência e Espiritualidade. “A inspiração de tratarmos do assunto com enfoque mais científico e espiritual vem desse trabalho pioneiro da LBV. Temos aqui uma sementinha plantada em Ademar J. Gevaerd Geraldo Medeiros Jr.
  • 35. “É um prazer conversar com a LBV, Instituição pela qual tenho a maior admiração e respeito por Carlos Vereza causa do trabalho de Solidariedade ao próximo que vem fazendo há longos e longos anos. O meu abraço cordial a Paiva Netto, parabéns!.” função dessa atividade magnífica que é feita no ParlaMundi”. O editor da Revista UFO (única publicação impressa no País que trata exclusivamente do assunto) e Coordenador do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores, Ademar José Gevaerd, palestrou sobre O que falta para um contato final de nossa Humanidade com Seres Extraterrestres. Segundo ele, a compreensão desses fenômenos é apenas uma questão de tempo, que “acontece gradativamente, como um amadurecimento”. Gevaerd relembrou também sua participação no Fórum da Instituição, que para ele foi primordial para o sucesso da iniciativa: “Com o apoio da LBV, dado em larga escala, nós conseguimos fazer um megaevento da ufologia, que até hoje não foi superado em lugar algum no mundo. Aí se vê a ajuda que a LBV presta à ufologia e a maneira claramente distinta com que ela trata dessa questão de não estarmos sós no Universo”. Carlos Vereza e os UFOs Um dos mais respeitados artistas brasileiros — com presença marcante na TV, teatro e cinema — o ator Carlos Vereza contou a experiência pessoal que teve com ÓVNIS na cidade do Rio de Janeiro. Em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Comunicação aproveitou para manifestar seu apreço pela Obra. “É um prazer conversar com a LBV, Instituição pela qual tenho a maior admiração e respeito por causa do trabalho de Solidariedade ao próximo que vem fazendo há longos e longos anos. O meu abraço cordial a Paiva Netto, parabéns!.” Bioenergia na Saúde Uma das palestras que chamaram a atenção do público foi Aplicação da Bioenergia na Saúde, por Geraldo Medeiros Jr., professor e pesquisador da Ciência da Bioenergia (Equilíbrio Bioenergético). Nela, o estudioso destacou as energias que formam o corpo humano, que promovem e mantêm a Vida e o valor do equilíbrio delas para o bem-estar físico e emocional. No bate-papo alertou para o fato de que uma disfunção energética deixa os indivíduos mais sensíveis às toxinas e parasitas. “Quando algumas dessas energias não funcionam bem, o organismo sente reações que muitas vezes não são detectadas clinicamente”. O professor, que esteve participando do Congresso Preparatório do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência (FOMPEC), da LBV, em outubro de 2002, também registrou seu carinho por aquela iniciativa. “Foi uma das experiências mais encantadoras, “Com o apoio da LBV, dado em larga escala, nós conseguimos fazer um megaevento da ufologia, que até hoje não foi superado em lugar algum no mundo.” Ademar Gevaerd gratificantes que tive, e gostaria de repeti-la. Primeiro porque o ambiente é fantástico. Segundo, o assunto e o interesse do público que freqüentou foram o máximo, algo maravilhoso. Esse evento realizado pela LBV abre perspectiva ao Ser Humano e mostra que realmente nós somos um universo muito amplo”, finalizou. *Comissão Brasileira de Ufólogos — Formada pelos investigadores Ademar José Gevaerd, Rafael Cury, Claudeir Covo, Marco Antonio Petit de Castro, Fernando de Aragão Ramalho, Reginaldo Athayde e Roberto Affonso Beck — foi convidada pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer) para visitar as instalações do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindactal) e o Centro de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), onde foi recebida pelo Brigadeiro-do-Ar Antonio Guilherme Telles Ribeiro, chefe do Cecomsaer, e pelo Brigadeiro Atheneu Azambuja, chefe do Comdabra. Revista Boa Vontade 35
  • 36. Reprodução RMTV Literatura Cultura a céu aberto ______________ Liliane Cardoso Feira do Livro de Porto Alegre bate recorde de público e vendas e se despede de olho na edição de 2006 O Rio Grande do Sul das tradições e da cultura típica revelou que tem um quê a mais para a Literatura. A capital gaúcha, Porto Alegre, sediou a 51ª Feira do Livro — o maior evento livreiro a céu aberto da América Latina — organizada pela Câmara Rio-Grandense do Livro. De 28 de outubro ao dia 15 deste mês, 149 expositores tiveram seus produtos espalhados pelos 21 mil metros quadrados da Feira que ocorreu, simultaneamente, nos seguintes locais: Praça da Alfândega, Cais do Porto, Avenida Sepúlveda, Casa de Cultura Mário Quintana, Centro Cultural CEEE Erico Veríssimo, Memorial do Rio Grande do Sul, Santander Cultural, Clube do Comércio e Assembléia Legislativa. Como é de costume, cada edição prestigia e homenageia um país diferente. Este ano, a Itália inspirou a realização do encontro literário, que teve a participação de autores e artistas europeus para saudar os 130 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul. O Ceará foi o local convidado e trouxe a representação cultural da região. A mídia gaúcha apoiou o evento, sucesso de público e vendas, ao dar amplo destaque nos programas e páginas impressas e de web. A Super Rede Boa Vontade de Comunicação (Rádio, TV e Internet) transmitiu diretamente dos es- 36 Revista Boa Vontade túdios, instalados na Praça da Alfândega, toda a programação local desde o dia 28 de outubro. A emissora da Boa Vontade foi a que inaugurou as transmissões na abertura do evento, às 7 horas da manhã, com o programa Sentinela dos Pampas, dedicado à música e à cultura do Rio Grande do Sul. Entre os entrevistados, destacam-se o escritor e poeta Jacy Farias Rodrigues; Pedro Schwengber, diretor da ervateria Rainha dos Pampas; o Deputado Estadual Giovani Cherini e o empresário Carlos Alberto de Carvalho, jornalista e diretor do Jornal de Glorinha “O escritor Paiva Netto, com a coleção O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, vendeu mais de um milhão de exemplares porque nos passa Paz, Boa Vontade, Caridade e tudo que o mundo precisa. Tendo sido adquirido por mais de um milhão de leitores, com certeza vai ser mais que isso, porque o efeito multiplicador do livro é maior.” Waldir da Silveira, Presidente da Câmara do Livro. e de outros periódicos que circulam nos bairros de Porto Alegre. Na coletiva de imprensa, o Presidente da Câmara do Livro, Waldir da Silveira, agradeceu a parceria com os meios de comunicação. Em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Rádio, disse ter ficado muito feliz ao saber que “o escritor Paiva Netto, com a coleção O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, vendeu mais de um milhão de exemplares porque nos passa Paz, Boa Vontade, Caridade e tudo que o mundo precisa. Tendo sido adquirido por mais de um milhão de leitores, com certeza vai ser mais que isso, porque o efeito multiplicador do livro é maior”. As Profecias sem Mistério: destaque no evento gaúcho. A respeito das obras literárias, uma gama de opções esteve à disposição dos interessados. Neste contexto, destaque para os livros da Editora Elevação, presentes nos principais estandes da Feira. O leitor pôde comprar as obras literárias de Paiva Netto, a exemplo do mais recente título, As Profecias sem Mistério — edição revista e ampliada pelo autor e que, a menos de um ano de lançamento, já é sucesso de vendas em todo o território nacional. A literatura do escritor também foi pauta para os meios de comunicação, a exemplo do jornal RBS Notícias, da TV