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O pioneirismo de Cândido Teobaldo
de Souza Andrade na pesquisa em
Relações Públicas no Brasil


Relações Públicas – NA1
Teorias e Técnicas de RP (profª Liliane)
Grupo: Bianka Carbonieri, Camila Silveira, Paulo Nicodemos, Paula Lauzen, Sofia
Wenceslau, Daniele Carvalho, Miqueias Castro, Francesco Arantes,
Em 1962, tornou-se Sócio da ABRP (Associação Brasileira de Relações
Públicas). Dentre muitos cargos importantes na associação, seu último
foi de Presidente da Zona Sul, em 1973.
Criou expressões muito utilizadas até hoje, como:
“via de duas mãos”, “avaliação das ações de relacionamento”, “equilíbrio de
interesses” e “administração de conflitos”.


* Teobaldo foi o primeiro a demonstrar preocupação com
a opinião do público e com o que eles realmente pensam.
Preocupava-se, também, com a quantidade de textos que
existiam para definir RP’s, pois isso tornava mais difícil na
época de encontrar uma definição única.
"O exercício profissional de Relações Públicas requer ação
planejada, com apoio na pesquisa na comunicação
sistemática e na participação programada, para elevar o
nível de entendimento, solidariedade e colaboração entre
uma entidade e os grupos sociais a ela ligados, num
processo de interação de interesses legítimos, para
promover seu desenvolvimento recíproco e da
comunidade a que pertencem."
   Definição sobre RP’s de acordo com o Acordo do México, I Assembléia
   Mundial de Presidentes de Associações de Relações Públicas, ocorrida de
   9 a 11 de agosto de 1978. Foi realizada na cidade do México, com a
   presença de mandatários e representantes de 34 associações nacionais.
“No campo das relações públicas, é evidente que também
temos de estabelecer pontos de referência antes de se
pensar em realizá-las. Há necessidade de se ficar um
processo em todas as suas fases, na busca de melhor
efetividade do seu objetivo. [...] Ou em outras palavras:
transformar os diversos espectadores, clientes e
funcionários da organização em autênticos públicos, por
meio de ampla liberdade de informação e discussão”
O processo de relações públicas (ANDRADE, 1962, p.111)
Veículos de comunicação de Relações Públicas:


     veículos de comunicação dirigida




   veículos de comunicação massiva
O primeiro livro de Teobaldo foi intitulado “Para Entender Relações Públicas”.
Foram lançadas quatro edições: 1962, 1965, 1983 e 1993.

Em 1983 nasceu a terceira edição do livro “Para Entender Relações Públicas”,
atualizado naquilo que era preciso. Era uma homenagem ao I Congressos
Universitário de Relações Públicas, realizado no Recife (PE), para uma nova
geração de estudantes, os quais eram alunos dos professores que se formaram
sob a égide das primeiras edições das obras do Teobaldo.
Em 1970, Teobaldo lançou o livro “Curso de Relações Públicas, com textos
originais, uma coletânea de textos científicos e apostilas que o professor usou
e testou em cursos de nível médio com diversas turmas, consciente do que
interessava às pessoas em uma época em que ainda não existiam cursos
superiores da área.
O livro foi utilizado como apostila quando surgiu o primeiro curso superior de
Relações Públicas na ECA-USP (Escola de Comunicação e Arte – Universidade
de São Paulo).
No livro “Curso Relações Públicas”, Teobaldo dividiu e analisou diferentes tipos
de públicos.


“O público encontra-se frente a uma dificuldade para agir
como unidade, uma vez que os seus componentes se
acham divididos. Ele adquire seu tipo de unidade,
procurando chegar a [uma] decisão coletiva, pela
discussão de seus membros. É essa decisão ou opinião
coletivas que permite a ação conjugada.”

Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1970, p.13)
Teobaldo alertava para as novas tecnologias que se avizinhavam aos
praticantes de relações públicas, que deveriam estar atentos aos
novos processos de informação e de comunicação que tomariam o
lugar do “exército de guerreiros”, colocando em seu lugar os “agentes
de comunicação”.
“Para as relações públicas, o vocabulário “público” adquire
uma significação especial, pois se refere aos grupos de
indivíduos cujos interesses comuns são atingidos pelas
ações de uma organização, instituição ou empresa, da
mesma forma que os atos desses grupos se refletem na
organização. Certos grupos têm maior significação para a
entidade, e outros, interesse mais remoto.”
Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1970, p.28)
História das Relações Públicas:




        27 países + 800 participantes
A missão do diretor de relações públicas, como assessor da
política empresarial reside me aconselhar a diretoria geral
em questões voltadas, principalmente, para o pessoal,
poder público, público em gera e comunidade. Contudo,
outras áreas da organização como, por exemplo, o
departamento de finanças ou comercial, poderão exigir
assessoramento de relações públicas, uma vez que suas
atividades provoquem impactos na opinião pública.”
Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1980, p.39)
“ (...) o profissional de relações públicas precisa estar devidamente
preparado à base de estudos e pesquisas reciclados constantemente,
dando demonstração de que a atividade de relações públicas é
conduzida com espírito crítico, competência e responsabilidade, sem
esquecer a opinião dos públicos da empresa.” (p. 44)

“O profissional de relações públicas deve integrar suas tarefas com as
dos outros, no sentido de que haja maior cooperação entre os
escalões, fomentando a criação de um espírito de equipe em direção a
objetivos prefixados. Isto deve ser realizado com muito tato e sem
críticas, com a mente aberta a todas as sugestões.” (p. 43)

Curso de Relações Públicas (ADRADE, 1988a)
Sobre pesquisas internas:


“ (...) deve ser objetivo, completo e escrito em estilo
impessoal, sem ênfase, interesse ou tomada de posição, e
deve explicar todos os processos adotados na pesquisa.
Encerra-se com uma conclusão e recomendações ao
cliente”.
Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 2003, p.77)
“O público deve sempre ser consideração como um
elemento da empresa, e não como um estranho. Ele é a
primeira e principal razão para a existência da instituição e
presta um favor quando proporciona oportunidade para
servi-lo em seus desejos e necessidades.”
Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1970, p.49)
Sobre a importância da comunicação com colaboradores:

“ (...) se não for realizada uma políticas de esclarecimento,
de respeito e de integração, os funcionários de uma
instituição podem transformar-se em poderosa força
negativa em relação à empresa. O problema de prestígio e
simpatia da organização perante o público misto e externo
repousa, principalmente, na confiança que os empregados
tenham na sua empresa.”
Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1970, p.61)
Sobre o reconhecimento da imprensa como um público:

“ (...) a imprensa em geral é considerada apenas um
instrumento de divulgação para ser usado de qualquer
maneira, sem levar em consideração que a imprensa é
também um público e, como tal, deve ser tratado. Essa é a
primeira tarefa de relações públicas: fazer com que a
imprensa em geral seja reconhecida como um público
pelas empresas.”
Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1974, p. 73)
“Comunidade é um agrupamento de pessoas que, vivendo
na mesma região, tem por característica essencial uma
forte coesão, baseada no consenso espontâneo dos seus
integrantes e traduzida por atitudes de cooperação, em
face de interesses e aspirações comuns.”
Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1970, p.85)
Sobre a integração com as comunidades:

“Essa política consiste em abrir as portas da organização a toda a
comunidade incentivando particularmente as visitas de autoridades,
líderes, jornalistas e estudantes à organização. Essas visitas têm por
objetivo precípuo mostrar à comunidade o que a empresa faz, como
faz e quem faz.”

Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 2003, P.159)
Sobre o público misto:


“ (...) ligações estreitas com as organizações e nas suas
manifestações se assemelham às reações do público
interno. Contudo, não se pode deixar de notar que essas
espécies de público também se apresentam com
características de público externo. Dessa maneira, seria
mais interessante classificá-los na categoria de público
misto”

Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1970, P.113)
Público                                 Público
Externo                                 Interno
(consumidores,                          (colaboradores,
clientes, etc.)                         diretoria, etc.)



                  Público Misto
                  (investidores,
                  fornecedores, etc.)
CONCORRENTES...
Empurrar, ignorar ou dar as mãos?
“A atividade humana não poderia progredir se os homens
não pudessem comunicar-se entre si, partilhar as suas
experiências e trocar idéias sobre assuntos de interesse
comum. Desse modo, aqueles que se ocupam do mesmo
ramo de negócios não podem deixar de ter contatos
permanentes, pois de outra forma correriam o risco de
estagnar, por carência de intercâmbio de informações, tão
necessário ao desenvolvimento de cada um...”
Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1970, P.119)
“Uma das principais medidas para que uma organização estrangeira se
torne “cidadã” do país é mudar a sua denominação para a língua
nacional, sem, contudo, esconder a sua origem e promover todos os
entendimentos, de negócios ou não, nesse mesmo idioma. [...] É
necessário que ela associe a seus justos objetivos pessoais e organizações
insuspeitas do país, de molde a tornar evidente o interesse da empresa
estrangeiras em adaptar-se totalmente aos próprio destino da nação.”

                                           Curso de Relações Públicas
                                           (ANDRADE, 1970, p.155)
“ (...) por muito tempo, entendeu-se que não se poderia falar em “público
consumidor”, mas simplesmente de “massa consumidora”, no campo de
relações públicas. Vivia-se a triste época em que o consumidor era explorado
pelos agentes de vendas, sem nenhum proteção por parte dos poderes
públicos. Hoje, começam a aparecer sinais muito positivos do novel público,
que culminaram, no Brasil, com o Código de Defesa do Consumidor.”

Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1944, P.145)
“Como forma de criar e manter um
conceito positivo, a empresa deve
preparar-se para atacar e atender os
interesses de deus diversos públicos
(investidores, funcionários, prestadores
de serviço, fornecedores, consumidores,
comunidade e governo), de modo ético
e sem prejuízos aos meio ambiente, por
intermédio de ações coordenadas pelo
serviço de relações públicas, que
contemplem esses interesses, e não
somente de seus proprietários e
acionistas.”

Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 2003, p.30)
Teobaldo sobre a nomenclatura: “Relações Públicas”

* Não admitia o uso da expressão “o relações-públicas” para o profissional da
área (“não chamamos o médico de ‘o medicina’”, costumava dizer);
* Não aceitava o uso da expressão em inglês, “public relations man”;
* Não concordava com o uso da expressão “o homem de relações públicas”,
que dava idéias distorcidas sobre o profissional;
* Tentou implantar o termo “Relator Público” para designar o profissional da
área, mas não consegui popularizá-lo.

A expressão “Relator Público” apareceu em 1962 no seu livro “Para Entender
Relações Públicas”. Os países hispano-americanos empregam, geralmente, o
termo “Relacionista”. No Brasil a Lei n. 5.377/67 oficializou a denominação
“profissional de relações públicas”.
Teobaldo sobre o enquadramento da área nas empresas:

“O diretor ou consultor de relações públicas deve
estar colocado entre os altos funcionários da
empresa. Se assim não acontecer faltar-lhe-á
prestígio e oportunidade para atuar e acabará por
se transformar em simples executante de tarefas,
nem sempre bem compreendidas”.
Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1970, p.168)
Teobaldo Andrade tornou-se uma das pessoas mais importantes
da área de Relações Públicas, principalmente nos aspectos do
ensino de graduação, pós-graduação e da pesquisa em relações
públicas.
Conclui-se que cada uma de suas obras trouxe inovação e todas
são fundamentais para o aprendizado de relações públicas.
Bibliografia:

KUNSCH, Margarida – Relações Públicas: história, teorias e estratégias nas
organizações contemporâneas.




PPT por Bianka Carbonieri

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O pioneirismo de Cândido Teobaldo de Souza Andrade na pesquisa em Relações Públicas no Brasil

  • 1. O pioneirismo de Cândido Teobaldo de Souza Andrade na pesquisa em Relações Públicas no Brasil Relações Públicas – NA1 Teorias e Técnicas de RP (profª Liliane) Grupo: Bianka Carbonieri, Camila Silveira, Paulo Nicodemos, Paula Lauzen, Sofia Wenceslau, Daniele Carvalho, Miqueias Castro, Francesco Arantes,
  • 2.
  • 3. Em 1962, tornou-se Sócio da ABRP (Associação Brasileira de Relações Públicas). Dentre muitos cargos importantes na associação, seu último foi de Presidente da Zona Sul, em 1973.
  • 4. Criou expressões muito utilizadas até hoje, como: “via de duas mãos”, “avaliação das ações de relacionamento”, “equilíbrio de interesses” e “administração de conflitos”. * Teobaldo foi o primeiro a demonstrar preocupação com a opinião do público e com o que eles realmente pensam. Preocupava-se, também, com a quantidade de textos que existiam para definir RP’s, pois isso tornava mais difícil na época de encontrar uma definição única.
  • 5. "O exercício profissional de Relações Públicas requer ação planejada, com apoio na pesquisa na comunicação sistemática e na participação programada, para elevar o nível de entendimento, solidariedade e colaboração entre uma entidade e os grupos sociais a ela ligados, num processo de interação de interesses legítimos, para promover seu desenvolvimento recíproco e da comunidade a que pertencem." Definição sobre RP’s de acordo com o Acordo do México, I Assembléia Mundial de Presidentes de Associações de Relações Públicas, ocorrida de 9 a 11 de agosto de 1978. Foi realizada na cidade do México, com a presença de mandatários e representantes de 34 associações nacionais.
  • 6. “No campo das relações públicas, é evidente que também temos de estabelecer pontos de referência antes de se pensar em realizá-las. Há necessidade de se ficar um processo em todas as suas fases, na busca de melhor efetividade do seu objetivo. [...] Ou em outras palavras: transformar os diversos espectadores, clientes e funcionários da organização em autênticos públicos, por meio de ampla liberdade de informação e discussão” O processo de relações públicas (ANDRADE, 1962, p.111)
  • 7. Veículos de comunicação de Relações Públicas: veículos de comunicação dirigida veículos de comunicação massiva
  • 8. O primeiro livro de Teobaldo foi intitulado “Para Entender Relações Públicas”. Foram lançadas quatro edições: 1962, 1965, 1983 e 1993. Em 1983 nasceu a terceira edição do livro “Para Entender Relações Públicas”, atualizado naquilo que era preciso. Era uma homenagem ao I Congressos Universitário de Relações Públicas, realizado no Recife (PE), para uma nova geração de estudantes, os quais eram alunos dos professores que se formaram sob a égide das primeiras edições das obras do Teobaldo.
  • 9. Em 1970, Teobaldo lançou o livro “Curso de Relações Públicas, com textos originais, uma coletânea de textos científicos e apostilas que o professor usou e testou em cursos de nível médio com diversas turmas, consciente do que interessava às pessoas em uma época em que ainda não existiam cursos superiores da área. O livro foi utilizado como apostila quando surgiu o primeiro curso superior de Relações Públicas na ECA-USP (Escola de Comunicação e Arte – Universidade de São Paulo).
  • 10. No livro “Curso Relações Públicas”, Teobaldo dividiu e analisou diferentes tipos de públicos. “O público encontra-se frente a uma dificuldade para agir como unidade, uma vez que os seus componentes se acham divididos. Ele adquire seu tipo de unidade, procurando chegar a [uma] decisão coletiva, pela discussão de seus membros. É essa decisão ou opinião coletivas que permite a ação conjugada.” Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1970, p.13)
  • 11. Teobaldo alertava para as novas tecnologias que se avizinhavam aos praticantes de relações públicas, que deveriam estar atentos aos novos processos de informação e de comunicação que tomariam o lugar do “exército de guerreiros”, colocando em seu lugar os “agentes de comunicação”.
  • 12. “Para as relações públicas, o vocabulário “público” adquire uma significação especial, pois se refere aos grupos de indivíduos cujos interesses comuns são atingidos pelas ações de uma organização, instituição ou empresa, da mesma forma que os atos desses grupos se refletem na organização. Certos grupos têm maior significação para a entidade, e outros, interesse mais remoto.” Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1970, p.28)
  • 13. História das Relações Públicas: 27 países + 800 participantes
  • 14. A missão do diretor de relações públicas, como assessor da política empresarial reside me aconselhar a diretoria geral em questões voltadas, principalmente, para o pessoal, poder público, público em gera e comunidade. Contudo, outras áreas da organização como, por exemplo, o departamento de finanças ou comercial, poderão exigir assessoramento de relações públicas, uma vez que suas atividades provoquem impactos na opinião pública.” Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1980, p.39)
  • 15.
  • 16. “ (...) o profissional de relações públicas precisa estar devidamente preparado à base de estudos e pesquisas reciclados constantemente, dando demonstração de que a atividade de relações públicas é conduzida com espírito crítico, competência e responsabilidade, sem esquecer a opinião dos públicos da empresa.” (p. 44) “O profissional de relações públicas deve integrar suas tarefas com as dos outros, no sentido de que haja maior cooperação entre os escalões, fomentando a criação de um espírito de equipe em direção a objetivos prefixados. Isto deve ser realizado com muito tato e sem críticas, com a mente aberta a todas as sugestões.” (p. 43) Curso de Relações Públicas (ADRADE, 1988a)
  • 17. Sobre pesquisas internas: “ (...) deve ser objetivo, completo e escrito em estilo impessoal, sem ênfase, interesse ou tomada de posição, e deve explicar todos os processos adotados na pesquisa. Encerra-se com uma conclusão e recomendações ao cliente”. Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 2003, p.77)
  • 18. “O público deve sempre ser consideração como um elemento da empresa, e não como um estranho. Ele é a primeira e principal razão para a existência da instituição e presta um favor quando proporciona oportunidade para servi-lo em seus desejos e necessidades.” Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1970, p.49)
  • 19. Sobre a importância da comunicação com colaboradores: “ (...) se não for realizada uma políticas de esclarecimento, de respeito e de integração, os funcionários de uma instituição podem transformar-se em poderosa força negativa em relação à empresa. O problema de prestígio e simpatia da organização perante o público misto e externo repousa, principalmente, na confiança que os empregados tenham na sua empresa.” Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1970, p.61)
  • 20. Sobre o reconhecimento da imprensa como um público: “ (...) a imprensa em geral é considerada apenas um instrumento de divulgação para ser usado de qualquer maneira, sem levar em consideração que a imprensa é também um público e, como tal, deve ser tratado. Essa é a primeira tarefa de relações públicas: fazer com que a imprensa em geral seja reconhecida como um público pelas empresas.” Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1974, p. 73)
  • 21. “Comunidade é um agrupamento de pessoas que, vivendo na mesma região, tem por característica essencial uma forte coesão, baseada no consenso espontâneo dos seus integrantes e traduzida por atitudes de cooperação, em face de interesses e aspirações comuns.” Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1970, p.85)
  • 22. Sobre a integração com as comunidades: “Essa política consiste em abrir as portas da organização a toda a comunidade incentivando particularmente as visitas de autoridades, líderes, jornalistas e estudantes à organização. Essas visitas têm por objetivo precípuo mostrar à comunidade o que a empresa faz, como faz e quem faz.” Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 2003, P.159)
  • 23. Sobre o público misto: “ (...) ligações estreitas com as organizações e nas suas manifestações se assemelham às reações do público interno. Contudo, não se pode deixar de notar que essas espécies de público também se apresentam com características de público externo. Dessa maneira, seria mais interessante classificá-los na categoria de público misto” Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1970, P.113)
  • 24. Público Público Externo Interno (consumidores, (colaboradores, clientes, etc.) diretoria, etc.) Público Misto (investidores, fornecedores, etc.)
  • 26. “A atividade humana não poderia progredir se os homens não pudessem comunicar-se entre si, partilhar as suas experiências e trocar idéias sobre assuntos de interesse comum. Desse modo, aqueles que se ocupam do mesmo ramo de negócios não podem deixar de ter contatos permanentes, pois de outra forma correriam o risco de estagnar, por carência de intercâmbio de informações, tão necessário ao desenvolvimento de cada um...” Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1970, P.119)
  • 27. “Uma das principais medidas para que uma organização estrangeira se torne “cidadã” do país é mudar a sua denominação para a língua nacional, sem, contudo, esconder a sua origem e promover todos os entendimentos, de negócios ou não, nesse mesmo idioma. [...] É necessário que ela associe a seus justos objetivos pessoais e organizações insuspeitas do país, de molde a tornar evidente o interesse da empresa estrangeiras em adaptar-se totalmente aos próprio destino da nação.” Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1970, p.155)
  • 28. “ (...) por muito tempo, entendeu-se que não se poderia falar em “público consumidor”, mas simplesmente de “massa consumidora”, no campo de relações públicas. Vivia-se a triste época em que o consumidor era explorado pelos agentes de vendas, sem nenhum proteção por parte dos poderes públicos. Hoje, começam a aparecer sinais muito positivos do novel público, que culminaram, no Brasil, com o Código de Defesa do Consumidor.” Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1944, P.145)
  • 29. “Como forma de criar e manter um conceito positivo, a empresa deve preparar-se para atacar e atender os interesses de deus diversos públicos (investidores, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade e governo), de modo ético e sem prejuízos aos meio ambiente, por intermédio de ações coordenadas pelo serviço de relações públicas, que contemplem esses interesses, e não somente de seus proprietários e acionistas.” Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 2003, p.30)
  • 30. Teobaldo sobre a nomenclatura: “Relações Públicas” * Não admitia o uso da expressão “o relações-públicas” para o profissional da área (“não chamamos o médico de ‘o medicina’”, costumava dizer); * Não aceitava o uso da expressão em inglês, “public relations man”; * Não concordava com o uso da expressão “o homem de relações públicas”, que dava idéias distorcidas sobre o profissional; * Tentou implantar o termo “Relator Público” para designar o profissional da área, mas não consegui popularizá-lo. A expressão “Relator Público” apareceu em 1962 no seu livro “Para Entender Relações Públicas”. Os países hispano-americanos empregam, geralmente, o termo “Relacionista”. No Brasil a Lei n. 5.377/67 oficializou a denominação “profissional de relações públicas”.
  • 31. Teobaldo sobre o enquadramento da área nas empresas: “O diretor ou consultor de relações públicas deve estar colocado entre os altos funcionários da empresa. Se assim não acontecer faltar-lhe-á prestígio e oportunidade para atuar e acabará por se transformar em simples executante de tarefas, nem sempre bem compreendidas”. Curso de Relações Públicas (ANDRADE, 1970, p.168)
  • 32. Teobaldo Andrade tornou-se uma das pessoas mais importantes da área de Relações Públicas, principalmente nos aspectos do ensino de graduação, pós-graduação e da pesquisa em relações públicas. Conclui-se que cada uma de suas obras trouxe inovação e todas são fundamentais para o aprendizado de relações públicas.
  • 33. Bibliografia: KUNSCH, Margarida – Relações Públicas: história, teorias e estratégias nas organizações contemporâneas. PPT por Bianka Carbonieri