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INTRODUÇÃO
Meus brinquedos
De repente
Ao lembrar dos brinquedos queridos
Que ficaram esquecidos
Dentro do armário
Me bate uma saudade
Me bate uma vontade
De voltar no tempo
De voltar ao passado
Mas nada acontece
Nada parece acontecer
E eu choro
Choro como o bebê que fui
E a criança que quero voltar a ser
Não quero crescer!
(Clarice Pacheco)
O real sentido da ludicidade tem levado os profissionais da área da educação a
refletirem sobre o uso da mesma em sua prática pedagógica, como uma alternativa prazerosa
para o ensino de Língua Inglesa (LI), de forma que venha estimular o processo de apropriação
de conhecimentos dos discentes.
É preciso um avanço contínuo dos educandos, ou seja, um aluno de uma segunda
língua deve desenvolver as habilidades linguísticas para ter uma formação completa do
idioma (ler, ouvir, compreender e escrever). Faz-se necessário que os professores de LI
consigam aplicar de forma eficaz as competências e habilidades para que os alunos sintam-se
motivados com o ensino de Inglês a fim de que, o ensino dessa disciplina não seja apenas uma
matéria da grade curricular, mas sim atenda uma necessidade do mundo contemporâneo.
Constatados anseios, desejos e necessidades de alunos de LE dentro deste contexto do
presente estudo, surgiu a seguinte pergunta: Como as atividades lúdicas podem deixar o aluno
motivado para aprender uma LE em uma escola pública da zona rural?
Assim, este trabalho tem como objetivo geral a identificação de quais atividades
lúdicas facilitam a autonomia do aluno diante da abordagem comunicativa nas salas de aulas
da zona rural, e como objetivos específicos: (i) descrever a prática de ensino de Língua
Inglesa na zona rural e, (ii) apontar fatores que contribuam para aprendizagem significativa de
LI nas escolas públicas do campo.
Nesse sentido, percebe-se a relevância da introdução de novas abordagens de ensino, a
fim de que, as técnicas e habilidades utilizadas nas aulas de Língua Inglesa possam ser
11
aperfeiçoadas e que os alunos de língua estrangeira consigam desenvolver as habilidades
necessárias para adquirir proficiência na língua.
Este trabalho foca na maneira como se porta um professor de língua estrangeira em
um ambiente atípico, a vida campestre. Foi realizada uma pesquisa de cunho etnográfico,
buscando através de questionários, observações e entrevistas, analisar os recursos utilizados
pelo docente, tal como o material didático, o comportamento do professor na motivação dos
alunos e as dificuldades do meio em que se encontram. Enfim, pretendeu-se utilizar uma
metodologia que oferecesse subsídios teóricos e práticos para o desenvolvimento e a
construção de um trabalho que revelasse para o educador e para o educando a importância de
um ensino pautado em aspectos baseados no ensino das quatro habilidades comunicativas a
partir de atividades lúdicas.
A presente monografia foi estruturada em três capítulos. O primeiro capítulo apresenta
o referencial teórico sobre o tema ludicidade, com os autores que deram sustentação para
análise dos dados da pesquisa. A primeira seção deste capítulo trata sobre a importância do
lúdico no processo de ensino-aprendizagem da Língua Inglesa; e a segunda seção discute de
qual maneira o ensino comunicativo e as atividades lúdicas são desenvolvidos em escolas
públicas do campo. O segundo capítulo é composto pela metodologia que norteou o
desenvolvimento da pesquisa, optou-se por uma metodologia de cunho etnográfico, de base
qualitativa, que buscou coletar as concepções que o professor e os alunos da presente escola
têm sobre a ludicidade. No terceiro capítulo foi feita a apresentação, análise e interpretação
dos dados coletados na pesquisa; primeiro foi feita a análise pelas respostas dadas pelo
professor e, em seguida, sobre as respostas dadas por seus alunos.
Na conclusão do trabalho, foram tecidas considerações sobre os resultados obtidos,
evidenciando a compreensão que o professor e os alunos da zona rural têm sobre a ludicidade.
12
CAPÍTULO I
ATIVIDADES LÚDICAS NA APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA
O presente capítulo discute sobre a importância do uso da abordagem comunicativa
para melhorar a qualidade do ensino-aprendizagem de língua inglesa nas escolas públicas da
zona rural, mostrando que as atividades lúdicas têm o poder de incentivo para despertar no
aluno o prazer de aprender uma segunda língua. A primeira parte do capítulo traz um olhar
histórico sobre a ludicidade. A segunda seção trata sobre a importância do lúdico na
aprendizagem de uma língua estrangeira, nesse caso, a LI. A terceira e última seção reflete
como a atividade lúdica no ensino do inglês comunicativo poderá ajudar a incentivar os
nossos alunos a aprender essa L2.
1.1 A LUDICIDADE: UM OLHAR HISTÓRICO
A palavra lúdico se origina do latim “lúdus” que significa brincar. Para Luckesi
(2000, p. 96) o que caracteriza o lúdico “é a experiência de plenitude que ele possibilita a
quem o vivencia em seus atos.” A ludicidade contempla a diversão e o prazer, proporcionando
aos discentes novos conhecimentos de maneira complacente e agradável.
A atividade lúdica ganhou prestígio e importância como possibilidade de construção
de conhecimento. Mesmo sendo amplamente divulgada, definir o termo ludicidade é ainda
bastante complexo de ser obtido se levarmos em consideração a grande demanda de
posicionamentos diferentes por parte de algumas áreas que tentam compreendê-lo; assim
podemos encontrar posturas diferentes psicológicas, pedagógicas, filosóficas, biológicas,
históricas, antropológicas, entre outros. Cada uma dessas áreas possui a sua visão do lúdico,
sendo que todas possuem uma ótica parcial e não plena.
O lúdico passou a fazer parte das atividades humanas e caracteriza-se por ser
espontâneo, prático e satisfatório. Na atividade lúdica, o importante não é somente o
resultado, mas todo o processo em sua construção, ou seja, o movimento durante o
desenvolvimento das atividades. Tem o poder de facilitar tanto para a criança quanto para
adolescente, o progresso de sua personalidade, e o progresso de cada uma de suas funções
psicológicas, intelectuais, morais, motoras etc.
Como nos afirma a professora Carneiro:
13
A atividade lúdica é educativa quando, além do interesse, oferece condições
de observação, associação, escolha, julgamento, emissão de impressões,
classificação, estabelecimento de relações. O que importa, porém, é a
possibilidade de tomar decisões. Todo jogo é, por princípio, educativo, mas
se realizado livremente torna-se mais divertido, prazeroso, mutável e
arriscado. (CARNEIRO, 1998, p.97)
A ludicidade é uma ação natural. Desde o nascimento, já é intrínseco à criança o
comportamento lúdico e toda a sua trajetória está permeada de reações espontâneas. Na
medida em que as crianças crescem, as reações lúdicas se intensificam e começam a fazer
parte do cotidiano das mesmas. Para Sneyders (1996, p.36), “é de primordial importância à
utilização das brincadeiras e dos jogos no processo pedagógico, pois os conteúdos podem ser
ensinados por intermédio de atividades predominantemente lúdicas”.
Sabe-se que o lúdico além de assumir caráter instintivo, ou seja, ser natural do homem,
ele também faz parte da cultura. Está presente na forma de brincar, de cantar, nas frases,
palavras ou gestos, integrando as culturas através de suas peculiaridades e transmitindo-as de
geração em geração. Assim, na verdade, a ludicidade não envolve só o brincar, mas visa à
construção integral do ser humano dentro da sociedade.
Na educação, o lúdico se faz presente em toda parte, perpassa não só os bancos da
escola como também o modo de vida e as trocas de experiências, visando o indivíduo como
um todo. Para White:
A verdadeira educação significa mais do que a prossecução de um certo
curso de estudos. Significa mais do que a preparação para a vida presente.
Visa o ser todo, e todo período de existência possível ao homem. É o
desenvolvimento harmônico das faculdades físicas, intelectuais e espirituais.
Prepara o estudante para o gozo do serviço neste mundo, e para aquela
alegria mais elevada por um mais dilatado serviço no mundo vindouro
(WHITE, 1977, p.13).
É imprescindível que o professor, ao trabalhar com a cultura lúdica, tenha a
preocupação de conscientizar os discentes da importância de obedecer às regras,
especialmente no coletivo, ou seja, em grupos, valorizando o aluno como um ser social.
O lúdico permite um desenvolvimento geral e uma visão de mundo mais global. Por
meio das descobertas e das atividades, o indivíduo pode se expressar, analisar, criticar e
transformar a realidade. Se for apropriada e compreendida, a atividade lúdica poderá ajudar na
melhoria de ensino, favorecendo a qualificação ou formação pessoal do educando. É muito
importante aprender com alegria e com vontade. Como nos aponta Piaget (1976): a atividade
lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança. Essa não é apenas uma
14
forma de desopressão ou entretenimento para gastar energia, mas estratégias que contribuem e
enriquecem o desenvolvimento intelectual.
Muitas vezes, a ludicidade não acontece sem a motivação, como nos afirma Mednick:
É evidente que precisamos de ambas as coisas, aprendizagem e motivação,
para o desempenho de uma tarefa. A motivação sem aprendizagem
redundará, simplesmente, numa atividade às cegas; aprendizagem sem
motivação resultará, meramente em inatividade como o sono (MEDNICK,
1983, p. 21).
Dessa forma, para que aconteça a transformação é preciso querer estar aberto para o
novo. Motivação é ser feliz, e enxergar o mundo com outros olhos, conquistar resultados,
superar obstáculos, acreditar nos sonhos. Logo, a motivação está intimamente ligada aos
motivos que, segundo o dicionário Luft (2006, p.468), “é fato que leva uma pessoa a algum
estado, ou desperta o interesse, estimula e incentiva”.
Sabemos que motivação e ludicidade caminham juntas, pois sem motivar seus alunos
o professor não conseguirá obter sucesso em sua sala, mesmo que utilize qualquer outra
estratégia para conseguir prender a atenção dos mesmos. Para que aconteça a aprendizagem
significativa e o aluno alcance os objetivos almejados é necessário que o docente trabalhe
com essas duas ferramentas interligadas.
É papel da educação formar cidadãos críticos, reflexivos, criativos, que descubram,
inventem, que sejam capazes de construir conhecimento. Daí surge à importância de se ter
alunos ativos, que logo cedo aprendem a descobrir, adotando assim mais uma atitude de
iniciativa do que de expectativa.
Na perspectiva do ensino de LI, quando a criança vivencia momentos prazerosos no âmbito
dessas aulas, através de atividades como jogo da forca, jogo de tabuleiro, dominó, quebra-cabeça,
baralhos educativos ou através de músicas, danças, peças teatrais etc., essas atividades se constituem
não apenas como fontes de distração, mas sim como oportunidades construção de conhecimentos. E,
através do desenvolvimento das quatro habilidades linguísticas, o aluno propagará as suas
habilidades intelectuais, a criatividade, o senso crítico, o desejo da busca pelo novo etc. Ou
seja, o aluno estimulará a sua capacidade motora, intelectual, social e cultural.
1.2 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE
LÍNGUA INGLESA
15
Sabe-se que o aspecto lúdico é um suporte riquíssimo para um trabalho bem sucedido
na sala de aula de LI. O processo de ensino-aprendizagem dessa disciplina nas escolas
públicas, principalmente nas do campo, muitas vezes com resultados indesejáveis e
insatisfatórios, tem levado o docente a repensar a prática pedagógica. Percebe-se a falta de
conscientização, motivação, interesse, progressão dos conteúdos, assimilação do vocabulário,
e consequentemente aprendizagem significativa dos educandos, uma vez que algumas
atividades curriculares nem sempre proporcionam prazer, naturalidade e liberdade de ação
como as atividades lúdicas. Alunos e professores desmotivam-se, posto que o estudo abstrato
sintático, fonético ou morfológico de um idioma estrangeiro pouco interesse é capaz de
despertar no aluno, tornando difícil uma aprendizagem significativa. Dessa forma, para
conseguir êxito na aprendizagem dos discentes, buscam-se atividades inovadoras,
motivadoras, como forma de atingir uma aprendizagem significativa e eficaz e levar o
discente a conhecer as razões para se aprender uma ou mais línguas estrangeiras.
Assim, faz-se necessário que a atividade lúdica, seja estudada por educadores, para
poderem usá-las pedagogicamente como uma alternativa a mais, a serviço do
desenvolvimento integral do discente. Nota-se que o pensamento a respeito do lúdico, da
criatividade, da imaginação, sua história e importância do brincar, não só como atividade
psicológica, mas como uma atividade social e cultural, deixa o discente apto a aprender com
maior facilidade. Se em lugar de pensarmos, unicamente, nas habilidades linguísticas,
pensarmos em competências a serem dominadas, talvez seja possível estabelecermos as
razões que de fato justificam essa aprendizagem.
Alguns teóricos valorizam o lúdico como ferramenta pedagógica fundamental ao
desenvolvimento dos aspectos sociocognitivos dos educandos, com o intuito de promover a
motivação e a aprendizagem significativa. Segundo Vygotsky (1994), “a motivação é um dos
fatores principais, não só de aprendizagem como também de aquisição de uma língua
estrangeira”.
Assim, busca-se o uso de atividades lúdicas a fim de ajudar o aluno a sanar suas
dificuldades em sala de aula. A aprendizagem deve acontecer por meio da internalização, a
partir de um processo anterior, de troca, que possui a dimensão coletiva. Tais atividades
devem ser dinâmicas, desafiadoras, e despertar o interesse do estudante, provocando o gosto e
curiosidade pelo conhecimento.
O lúdico pode trazer para a aula um momento prazeroso e de felicidade, seja qual for a
etapa de nossas vidas, acrescentando leveza à rotina escolar e fazendo com que o aluno
registre melhor os ensinamentos que lhe chegam, de forma mais significativa.
16
As atividades lúdicas, aplicadas à prática pedagógica, não apenas contribuem para
aprendizagem, como possibilita ao docente tornar as suas aulas mais dinâmicas e prazerosas.
Para Cunha (1994), o educador precisa ser capaz de respeitar e nutrir o interesse do seu aluno,
dando-lhe possibilidades para que envolva em seu processo, ou do contrário, perde-se a
riqueza que o lúdico representa, ou seja, a brincadeira oferece uma “situação de aprendizagem
delicada”.
Existe uma gama de razões para as dificuldades existentes no ensino de LI, porém a
falta de motivação tem sido destaque na maioria das vezes. A abordagem de ensino e as
atividades de pouca significância têm sido um dos fatores para tal desmotivação. Assim, cabe
ao educador buscar atividades que envolvam o aluno no processo, dando oportunidade de
internalizar as informações dadas de maneira que sejam significativas para ele e
proporcionem assimilação do conteúdo estudado.
Os desafios encontrados pelos que trabalham na educação são muitos, e os que lutam
por melhorias sabem que o alvo principal é o estudante. Pois não se pode pensar em educação
sem incluir nela o meio no qual se vive o indivíduo, seu grupo social, suas prioridades, suas
experiências. De acordo com Resende:
Não queremos uma escola cuja aprendizagem esteja centrada nos homens de
“talentos”, nem nos gênios, já rotulados. O mundo está cheio de talentos
fracassados e de gênios incompreendidos, abandonados à própria sorte.
Precisamos de uma escola que forma homens, que possam usar seu
conhecimento para o enriquecimento pessoal, atendendo os anseios de uma
sociedade em busca de igualdade de oportunidade para todos (RESENDE,
199, p.42-43).
Para que a aula se torne interessante e significativa, o lúdico é de grande importância,
pois o professor além de ensinar, aprende o que seu aluno construiu até o momento, condição
necessária para as próximas aprendizagens. A tendência é de superação, desde que o ambiente
seja propício à aprendizagem e que o educador tenha noção da responsabilidade que esta
busca exige. Estuda-se o passado, vive-se o presente, busca-se o futuro. Através da ludicidade
podemos fazer novas perguntas para velhas respostas.
Segundo Moser (2004), alguns grandes educadores do passado já reconheciam a
importância das atividades lúdicas no processo ensino/aprendizagem. A ludicidade deve ser
utilizada como recurso pedagógico, pois o lúdico apresenta dois elementos que o
caracterizam: o prazer e o esforço espontâneo. Ele integra as várias dimensões da
personalidade, mas é através do professor que poderão vir a ocorrer transformações em sala
de aula, uma vez que a abordagem ao conteúdo e a adaptação ao material didático tem cunho
17
pessoal, e intuitivamente revelam a personalidade do professor. Nas palavras de Almeida
Filho (1995)
A educação lúdica contribui e influencia na formação da criança,
possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente,
integrando-se ao mais alto espírito democrático enquanto investe em uma
produção séria de conhecimento. A sua prática exige a participação franca,
criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte
compromisso de transformação e modificação do meio (FILHO, 1995, p.
41).
No entanto, faz-se necessário apenas que os profissionais da área tomem cuidado para
não banalizarem essas atividades, pois, quando bem usadas, elas criam condições favoráveis
para que os alunos tenham uma aprendizagem significativa.
As atividades lúdicas diversificadas exigem comunicação entre os alunos, provocando
e ativando os mecanismos de aprendizagem da língua. O uso de tais atividades para o ensino
de língua estrangeira, em sua dinâmica, contém um mecanismo paralelo ao da aquisição da
língua materna, em que o indivíduo está em um ambiente em que todos falam a mesma
língua. No contexto de sala de aula de LI, o professor posiciona-se como mediador do
processo e aumenta a interação dos alunos.
A utilização da ludicidade nas aulas favorece a criação de um ambiente relaxado e
motivador, obtendo-se mais proveito das atividades. Como nos afirmam os PCN:
As tarefas, assim, integrando as dimensões interacional, lingüística, (sic) e
cognitiva da aprendizagem de Língua Estrangeira, funcionam como
experiências construtoras da aprendizagem. Elas correspondem, de
preferência, a atividades comunicativas do mundo extraclasse, mas às vezes
representam uma simulação, na sala de aula, de comportamentos do mundo
extraclasse, vivenciados em jogos, por exemplo, (PCN, 2004, p. 88).
Nessa perspectiva, o docente deve instigar o aluno a pensar, criar situações para que
ele interprete, solicitar que ele faça parte da construção do conhecimento de uma aula lúdica,
mas, terá que fazer isso o mais próximo possível da realidade do aluno, para que ele tenha
facilidade de identificar, investigar e resolver problemas. Pode parecer contraditório, mas é
através do brincar (lúdico) e da realidade que o professor poderá construir situações de
problematização que serão desencadeadoras de conhecimento. Ele não deverá dar a resposta
para o aluno, mas deverá colaborar para que a resposta venha do indivíduo aprendente,
criando um ambiente interativo, de respeito mútuo e confiança, onde toda dúvida é importante
e nenhuma pergunta é insignificante.
18
1.3 O INGLÊS COMUNICATIVO E AS ATIVIDADES LÚDICAS NA ESCOLA PÚBLICA
DO CAMPO
O ensino de Língua Inglesa nas escolas públicas é de grande importância para a vida
social dos nossos discentes. Na atual sociedade capitalista em que estamos vivendo, para que
o indivíduo seja incluído, ele deverá ser preparado por um sistema educacional homogêneo,
de comum acesso a todos. Mas a realidade não é esta, para Weber (apud QUINTANEIRO,
2002, p.31) “a crescente exigência de exames para a classificação dos mais capazes está
ligada a uma burocratização da sociedade, e aqui está o perigo, a uniformidade, o comum
(globalização)1
”.
A verdadeira falha desse sistema é que a educação, infelizmente, não é igual para
todas as pessoas, uma vez que os indivíduos não recebem as mesmas condições em sala de
aula.
Apesar de ainda estar defasada e com poucos avanços, a educação no campo tem
conquistado um pequeno espaço na agenda política nas instâncias municipal, estadual e
federal nos últimos anos, mas ainda tem muito que desenvolver. Para Quintaneiro (2002,
p.26) “a educação é um dos aspectos que compõem a realidade social”. Ela também afirma
que “existem outros meios de relações de interdependência, que são conjuntos de ações que
farão uma transformação social; esses conjuntos de ações podemos chamar de agente de
socialização”. E o ensino de língua inglesa pode ser um desses agentes socializadores, porque
ajuda na educação das nossas crianças e dos nossos jovens, podendo fazê-los bons cidadãos
dentro da sociedade.
Na trajetória da educação rural, o homem do campo foi concebido como exemplo do
atraso, e a política educacional se organizava em conformidade com os interesses capitalistas
predominantes em cada conjuntura. Nos anos de 1960, Freire “[ ] revolucionou a prática
educativa, criando os métodos de educação popular, tendo por suporte filosófico-ideológico
os valores e o universo sociolinguístico-cultural desses mesmos grupos” (Leite, 1999, p. 43).
A educação rural hoje assume um importante papel para o desenvolvimento das
comunidades do campo, pois é através de sua ação-construção educativa que as comunidades
escolares da zona rural buscam uma maior integração social, cultural e econômica, além de
ser um veículo difusor de conhecimento e saberes sociais. Com essa relação, a escola deve
1
Globalização - é um processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas do
mundo todo. Através deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam idéias, realizam transações
financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta.
http://www.suapesquisa.com/globalizacao/
19
assumir o seu papel como elo integrador das trocas dos saberes e técnicas que apontam para
uma nova proposta de desenvolvimento: o desenvolvimento rural.
Nesse contexto, é necessária a discussão em torno desses saberes construídos no meio
rural, que para Damasceno (1993), “esse é entendido como o saber básico que os integrantes
de um determinado grupo social necessitam para participar de seu ambiente, mediante o qual
o sujeito interfere na vida cotidiana”. Assim, a Língua Inglesa como disciplina escolar, tem
um papel importante, criando espaços de reflexões.
É de fundamental importância que a escola rural participe desse processo. Para tanto,
seus professores devem estar preparados para desenvolver uma visão crítica aguçada em seus
alunos quanto ao aspecto pedagógico das escolas do campo, bem como elaborar propostas de
práticas educativas contextualizadas, que incluam o agricultor como um agente de
desenvolvimento do lugar.
Para tentar resolver problemas relativos à desmotivação e falta de interesse nas aulas,
deverão ser corrigidos através de um sistema educacional que funcione e que atenda as classes
menos favorecidas. Neste sentido, “a educação pela via da ludicidade propõe-se a uma nova
postura existencial, cujo paradigma é um novo sistema do aprender brincando inspirado numa
concepção de educação para além da instrução”. (SANTOS, 2001, p. 53).
O lúdico é um recurso pedagógico poderoso, que deve ser utilizado em todas as
disciplinas e de formas diferenciadas, tais como: jogos, histórias, fábulas, mitos,
representações teatrais e dramatizações, além das artes visuais, das músicas, danças e canções.
Os jogos são atividades de caráter formativo, pois ao jogar o aluno desperta o seu
raciocínio lógico e aprende a respeitar regras. O lúdico influencia enormemente a criança. É
através do jogo que a criança pode aprender a agir, sua curiosidade é estimulada, adquire
iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da
concentração. (Vigotsky, 1994).
As histórias podem transmitir emoções como alegria, tristeza, raiva, angústia,
satisfação, felicidade, o medo, a insegurança, o bem estar, entre tantas outras, levando o
indivíduo a fazer parte do mundo da fantasia, dos sonhos e da imaginação. Levando o discente
a querer participar daquela história, e ficar cada vez mais integrado com a aula. Como nos
afirma a educadora Sandra Vaz de Lima:
“Ler histórias para crianças, sempre, sempre... É poder sorrir, rir, gargalhar
com as situações vividas pelas personagens, com a idéia (sic) do conto ou
com o jeito de escrever dum autor e, então, poder ser um pouco cúmplice
desse momento de humor, de brincadeira, de divertimento (...) o ouvir
histórias pode estimular o desenhar, o musicar, o sair, o ficar, o pensar, o
20
teatrar, o imaginar, o brincar, o ver o livro, o escrever, o querer ouvir de
novo” (LIMA apud ABRAMOVICH, 1994, p.17-23).
Através das apresentações teatrais e dramatizações, os alunos desenvolvem
habilidades na oralidade, pois esse tipo de atividade estimula a criatividade e a autonomia do
mesmo, fazendo com que ele passe a fazer parte da aula, de maneira mais produtiva. Como
nos afirma o professor Joelson Miranda (2011, p. 43) “os jogos teatrais são procedimentos
lúdicos, ou seja, ganham no âmbito escolar sentido e função, numa perspectiva inclusiva
colocando o aluno no eixo do processo em construção.” Ele afirma ainda que:
As atividades de expressão são excelente (sic) recurso para auxiliar no
crescimento em todos os aspectos afetivo, psicomotor e cognitivo do aluno.
Dentre os objetivos está o de desenvolver a capacidade de expressar-se e
posicionar-se frente aos questionamentos pertinentes de cada situação.
Abrindo oportunidades para expressar-se, opinar, criticar e sugerir
(JOELSON MIRANDA, 2011, p. 44).
Já a música é um recurso prazeroso que, além de estimular o sistema cognitivo,
desperta o interesse do discente através do ritmo, da rima, da melodia, da letra, tornando a
aprendizagem mais interessante e natural. A arte de cantar e dançar perpassa pela cultura do
aluno, fazendo com que ele seja interativo, e perceba as diferenças culturais através das
músicas e das danças. A música pode transmitir sentimentos e colocar pra fora as tristezas e
angústias. Os educadores Janaína Sousa e Leonardo Vivaldo (apud BRÉSCIA, 2003, pág. 25)
dizem que a música “é uma linguagem universal, tendo participado da história da humanidade
desde as primeiras civilizações”.
Dessa forma, deve-se trabalhar com a música e a dança de maneira que se tire proveito
da aprendizagem do aluno e não banalizando-as como uma arte qualquer, já que elas são
formas de expressão social e cultural que devem ser valorizadas.
As crianças sabem que se dança música, isto é, que a dança está associada à
música, e geralmente sentem grande prazer em dançar. Se os professores
levarem isso em conta e considerarem como ponto de partida o repertório
atual de sua classe e puderem expandir este repertório comum com o
repertório do seu grupo cultural e de outros grupos, criando situações em que
as crianças possam dançar, certamente estarão contribuindo
significativamente para a formação das crianças (ESTEVÃO, 2002 apud
ONGARO et al, p.33,2006).
Logo, percebe-se que, como nos afirma o professor Joelson Miranda, é através da
“ludicisação”, ou seja, lúdico e educação, que os docentes irão favorecer um ensino dinâmico
21
para seus discentes, levando-os a serem pessoas bem instruídas e autônomas no âmbito
escolar.
No que diz respeito ao ensino de LE, nas escolas do campo, as aulas são ministradas
em salas com, em média, 40 alunos por turma; média essa alta para aprendizagem de uma
língua estrangeira, pois o professor não tem condição de trabalhar as quatro habilidades:
Listening, Reading, Writing e Speaking, restando-lhe apenas a condição de trabalhar a
gramática e a tradução, que também fazem parte do processo de ensino, mas que sozinhas não
conseguem dar subsídios para formar alunos críticos, reflexivos e autônomos na interação em
língua estrangeira dentro e fora da sala de aula.
No entanto, é importante o professor trabalhar as quatro habilidades linguísticas
(reading, speaking, listening, writing). É o conjunto destas habilidades, junto às atividades
lúdicas, que dará ao aluno a condição ampla de entender, falar e posicionar-se quanto ao
assunto trabalhado pelo professor. Diante disso, acredita-se que é possível um ensino de LE
diferente, e que muitas vezes isso não ocorre não por falta de conhecimento teórico do
educador e sim por falta de objetivos bem definidos.
Trabalhar nas escolas do campo, com atividades predominantemente lúdicas pode ser
de grande valia quando se tem o intuito de promover um ensino comunicativo de inglês
durante as aulas. O professor ao ensinar aos seus alunos deve ter a finalidade de compartilhar,
dividir, interagir e respeitar os limites colocados durante a realização daquela atividade.
Esse seria um procedimento de ensino de LE não pautado na gramática propriamente dita,
mas sim em práticas comunicativas reais, comuns ao universo do aluno, ou seja, o aluno
utilizando a língua em situações reais de comunicação através da contextualização.
(RICHARDS e ROGERS, 1986).
Uma vasta gama de jogos, dramatizações e atividades baseadas em situações
comunicativas devem fazer parte do material a ser utilizado pelo professor de inglês: jornais,
propagandas, revistas, cartazes com diálogo, entrevista, entre outras, bem como jogo da
memória, mímica, quebra-cabeça, que podem contribuir para a fixação do vocabulário, da
gramática, levando à aprendizagem, “processo pelo qual o indivíduo adquire informações,
habilidades, atitudes, valores a partir de seu contato com a realidade, o meio ambiente e, as
outras pessoas”. (KOHL, 1997, p. 57). Isto porque essa forma de ensino visa à compreensão
que o aluno construirá a partir de suas ações, agindo cognitivamente e assimilando as
informações que lhe for interessante, significativo; respondendo as questões provocadas pelo
docente e por fim, refletindo, a partir de instigações levantadas durante o desenvolvimento da
atividade.
22
O aluno quando chega à escola traz consigo um vasto conhecimento de mundo
oriundo da própria vivência. A escola, por sua vez, não aproveita esses conhecimentos,
criando uma separação entre a realidade vivida por ele na sala de aula e seus conhecimentos
prévios. Dessa forma, será necessário trabalhar o lúdico relacionando a prática pedagógica
com a realidade do aluno, contribuindo, assim, para a aprendizagem do discente e
possibilitando ao docente tornar suas aulas mais dinâmicas e prazerosas. Dessa forma, a
ludicidade, enquanto recurso pedagógico, deve ser encarada de forma séria e usada de
maneira correta.
Para se ter o entendimento da questão do uso comunicativo de uma língua, é
necessária a compreensão das questões que envolvem a competência comunicativa do
discente de LI. Canale e Swain (1980), dizem que a competência comunicativa é entendida
como sistemas subjacentes de conhecimento e habilidades requeridas para comunicação (por
exemplo, conhecimentos de vocabulário e habilidade de usar as convenções sociolingüísticas
da língua). Os autores também definem a competência comunicativa como “composta de
quatro competências interligadas, cujo desenvolvimento paralelo tornará o aprendiz de LE
proficiente na língua-alvo”. Para Almeida Filho,
Ser comunicativo significa preocupar-se mais com o próprio aluno enquanto
sujeito e agente no processo de formação através da língua estrangeira. Isso
significa menor ênfase no ensinar e mais força para aquilo que abre ao aluno
a possibilidade de se reconhecer nas práticas do que faz sentido para a sua
vida do que faz diferença para o seu futuro como pessoa (ALMEIDA
FILHO, 1998, p. 42).
Isso mostra que, a realidade de ensino metódico encontrada na metodologia gramatical
aplicada por essas escolas é ainda ineficaz, pois leva os alunos a simplesmente responder a
estímulos e satisfazer ao currículo escolar, dificultando o acesso ao conhecimento necessário
para os seus aprendizes.
Pesquisadores da área de Língua Inglesa afirmam que deveriam existir nas escolas
laboratórios de língua, onde os alunos estudassem todas as modalidades da língua e que as
turmas deveriam ter em média 10 alunos nas salas e que deveriam existir aparelhos de som,
TV, DVD, data show, computadores e outros meios que servissem de ferramentas para ajudar
na aquisição dessa segunda língua. Esses são só alguns dos exemplos de falhas encontrados
no sistema educacional das escolas públicas rurais, onde não se encontram essas condições.
O ensino de LE em escolas públicas do campo, geralmente com resultados
insatisfatórios, nos faz repensar a nossa prática pedagógica. Diante da realidade encontrada
23
na sala de aula, percebemos que é necessário uma abordagem que obtenha êxito nas aulas, que
motive os alunos a querer aprender uma L2. Ao trabalhar o inglês de maneira comunicativa,
juntamente com atividades lúdicas, que despertem o interesse dos discentes, acredita-se, o
docente fará a aula ser mais proveitosa, e os alunos conseguirão sanar alguns problemas
como: falta de motivação, dificuldade de assimilação dos conteúdos, falta de interação etc, e
dessa forma, a aprendizagem ocorrerá. É perceptível que o aspecto lúdico é um suporte
valoroso para um trabalho de sucesso em sala de aula.
24
CAPÍTULO II
O PERCURSO METODOLÓGICO
Este capítulo aborda a metodologia empregada na pesquisa do presente trabalho de
conclusão de curso. A pesquisa faz uma análise dos aspectos relacionados às metodologias de
algumas aulas ministradas pelo professor de Língua Inglesa. Para a realização da pesquisa,
foram utilizados como instrumentos os questionários semi-abertos e a observação feita em
sala de aula.
2.1 A PESQUISA QUALITATIVA
Foi utilizada a pesquisa de diagnóstico, que Moita Lopes (1996, p.86) define como
“centrada na investigação do processo de ensinar/aprender, conforme realizado nas salas de
aulas”. Neste tipo de pesquisa a tendência é para o “uso de abordagens de pesquisa
qualitativa, notadamente de natureza etnográfica”, em que se faz “uma descrição narrativa dos
padrões característicos da vida diária dos participantes sociais (professores e alunos) na sala
de aula de línguas na tentativa de compreender os processos de ensinar/aprender línguas.”
(MOITA LOPES, 1996, p.87-88).
Esse trabalho de pesquisa se afirma dentro do paradigma qualitativo que Ludke (1986,
p.11) destaca como “(...) contato direto e prolongado do pesquisador com o ambiente e a
situação que está sendo investigada (...)”, pois se destaca pela forma da coleta dos
questionários e observações feitas em sala de aula, preocupando-se em interpretar as atitudes
do professor e de seus alunos, detalhando os hábitos, as atitudes e a forma de ser de cada um.
Ainda sobre a pesquisa qualitativa, Deslandes completa que:
A pesquisa qualitativa responde a questões particulares. Ela se preocupa, nas
ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser o universo de
significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes que
correspondem a um espaço mais profundos das relações dos processos e dos
fenômenos que não podem ser reduzidos a operacionalização de variáveis
(DESLANDES, 1994, p. 21).
É um tipo de pesquisa importante, pois permite um contato mais direto e prolongado
com os sujeitos da pesquisa e o ambiente pesquisado. A escolha por esta modalidade de
pesquisa ocorreu pela necessidade de aproximação da realidade que se deseja estudar, para
25
observar as situações, como elas acontecem de forma natural, participando do cotidiano e
observar os fenômenos e as demandas que ocorrem no dia a dia.
2.2 OS INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS
Foi utilizada como instrumento de coleta de dados a aplicação de questionários para o
professor e para os alunos do Colégio de 1º Grau Roque Avelino de Queiroz Filho. O mesmo
consiste num elemento básico da pesquisa de cunho etnográfico, ajudando na identificação e
obtenção dos resultados da pesquisa, e possibilitando assim conhecer e explorar as
experiências das pessoas entrevistadas. Marconi e Lakatos (2003, p. 201) definem
questionários como sendo “um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série
ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do
entrevistador”. Dessa forma, a escolha pela utilização desse método foi feita pela facilidade de
sua aplicação e também por deixar o entrevistado um pouco mais à vontade devido à
possibilidade da ausência do entrevistador no momento das respostas.
O questionário foi aplicado para 14 alunos do 9º ano do Ensino Fundamental II. Foi
feita uma explanação sobre o que se tratava, entregue o questionário num dia e solicitado para
que respondessem em casa com mais calma e entregassem na secretaria da escola no dia
seguinte. O mesmo foi feito com o questionário do professor.
Outro procedimento utilizado para a coleta de dados foi a observação em sala de aula,
que é uma fase exploratória e essencial para o desenvolvimento da pesquisa. É um dos
instrumentos de pesquisa que permite ao pesquisador chegar mais próximo dos sujeitos
pesquisados. Segundo Ludke; André (1986, p.29), com esse procedimento, “o pesquisador
pode ter acesso a uma gama variada de informações, até mesmo confidenciais, pedindo
cooperação ao grupo. Contudo terá em geral que aceitar o controle do grupo sobre o que será
ou não tornado público pela pesquisa”.
A observação é um recurso indispensável na pesquisa por permitir um contato pessoal
com os sujeitos e o lócus pesquisados, nos proporcionando acompanhar a rotina diária das
aulas de Língua Inglesa desses sujeitos, e com isso comparar experiências com os relatos
obtidos nos questionários.
O processo de observação ocorreu em três semanas. As aulas eram desenvolvidas de
maneira, que a gramática era o ponto principal, sempre que sobrava tempo, o professor fazia o
uso da ludicidade, mesmo que sem perceber e sem objetivo específico. Foi um momento
crucial para minha pesquisa, pois pude observar a realidade das aulas e a rotina na sala de aula
26
dos mesmos, ajudando na identificação e obtenção de provas do fenômeno da pesquisa,
possibilitando assim um contato mais direto com a realidade. A observação é importante pela
investigação, por essa razão, optou-se por esse método.
Portanto, todos esses processos facilitam o entendimento dos questionamentos
referente aos procedimentos de pesquisa, contribuindo assim, para uma compreensão crítica
dos resultados.
2.3 O LÓCUS DA PESQUISA
O campo empírico da pesquisa foi o Colégio de 1º Grau Roque Avelino de Queiroz
Filho, situado no perímetro rural do Povoado de São Miguel do Ouricuri, na cidade de
Barrocas – Bahia.
A instituição foi escolhida em função de possuir todos os requisitos necessários para
uma boa pesquisa sobre o problema abordado, já que a mesma está situada na zona rural e
possui um número razoável de alunos desestimulados nas aulas de Língua Inglesa.
Possui uma estrutura com 06 salas de aula, 04 banheiros, 01 cantina, 01 secretaria, 01
laboratório de informática, 01 auditório e o pátio. O espaço atende a várias crianças nos turnos
matutino e vespertino.
Observando as relações entre a turma, o professor e o colégio como um todo, foi
possível notar que a convivência é agradável e harmoniosa, porém a motivação para o
aprendizado ainda deixam a desejar.
2.4 OS SUJEITOS DA PESQUISA
Os sujeitos pesquisados foram 14 alunos do 9º ano do Ensino Fundamental II. Os
alunos, em sua maioria, moram distante de onde está situada a escola, e mesmo diante desta
dificuldade, todos frequentam regularmente as aulas. A classe é mista, é composta por, 09
meninas e 05 meninos, a maioria está na faixa etária dos 14 aos 16 anos. A sala é composta
por pouco mais de 10 alunos, o que foge da triste realidade das escolas públicas, que têm salas
lotadas, dificultando o professor a acompanhar o aprendizado do aluno de perto. O docente
atua na área da educação há 20 anos e trabalha só com a disciplina de LI, está cursando pós-
graduação em História, e não é formado na área de Língua Inglesa. Participa de curso de
formação continuada, tendo como objetivo ampliar os seus conhecimentos. A turma foi
27
escolhida por já está saindo do Ensino Fundamental II e por ser sempre ativa e prestativa com
as atividades desenvolvidas nas aulas de Língua Inglesa.
28
CAPÍTULO III
A PERCEPÇÃO DA LUDICIDADE POR PROFESSOR E ALUNOS DO CAMPO
Neste capítulo está presente o ápice da pesquisa, onde será feita a apresentação dos
dados coletados e a análise desses dados. Está explícita a opinião do professor sobre a
ludicidade e sobre seus pontos positivos e negativos, e também a sua impressão sobre a
aceitação da ludicidade pelos alunos como instrumento enriquecedor do conhecimento.
3.1 O OLHAR DO PROFESSOR
Pode-se perceber que o professor mesmo não tendo formação na área de Língua
Inglesa tem conhecimento sobre o assunto em questão, a ludicidade no ensino de LI. Ele ainda
relatou que utiliza brincadeiras e jogos em suas aulas, mas que, geralmente, não tinha como
objetivo facilitar o ensino significativo e eficaz da língua.
Através dos questionários e da observação levantaram-se informações imprescindíveis
acerca da questão em estudo, e sobre a realidade em que os sujeitos dessa pesquisa estão
inseridos.
Diante da compreensão sobre o tema pesquisado percebe-se que a ludicidade já não é
tão desconhecida dos alunos entrevistados, porém algumas crenças e desconhecimento do real
sentido da ludicidade foram notadas durante a observação das aulas.
Quando perguntado sobre o conceito de ludicidade o professor respondeu que seria a
aprendizagem ocorrendo de maneira prazerosa e divertida.
Esta afirmação corrobora ideias de Almeida (2000), ao propor que a inserção de
atividades lúdicas nas aulas de Língua Inglesa motiva e desperta o desejo de aprender nos
discentes. Segundo Almeida:
A educação lúdica integra uma teoria profunda e uma prática atuante. Seus
objetivos, além de explicar as relações múltiplas do ser humano em seu
contexto histórico, social, cultural, psicológico, enfatizam a libertação das
relações pessoais passivas, técnicas para as relações reflexivas, criadoras,
inteligentes, socializadoras, fazendo o ato de educar um compromisso
consciente intencional, de esforço, sem perder o caráter de prazer, de
satisfação individual e modificador da sociedade (ALMEIDA, 2000, p.22).
Quando questionado se toda brincadeira é pedagógica, o professor respondeu que
“não, pois nem toda brincadeira é feita com objetivo voltado para educação”. Na opinião do
29
docente, para fazer o uso de atividades lúdicas o professor deverá sempre deixar claro quais
os objetivos e quais os resultados esperados para tal atividade, pois não se deve brincar por
brincar, sem objetivos específicos.
A brincadeira, nesse contexto deverá ser parte integrante da aprendizagem e da
educação do aluno. Dallabona e Mendes (2004) apontam que o lúdico serve como um meio
pedagógico que envolve o aluno nas tarefas da sala de aula e afirmam que o educador deve ter
claro em mente os objetivos em relação ao desenvolvimento e à aprendizagem.
O docente afirma que o planejamento de suas aulas sempre contempla atividades
lúdicas e, mesmo quando não planejado e sem objetivo traçado, sempre busca utilizar a
ludicidade em suas aulas.
No entanto, ressalta-se que se faz necessário que o professor construa metas ao
planejar. Isto não significa, porém, que seu planejamento não vá sofrer alterações, mas que
essas mudanças sejam feitas com segurança para que não se torne uma armadilha a partir do
momento que não se conhecem os procedimentos das atividades que não foram previamente
elaboradas. Libâneo, diz que:
A ação de planejar, portanto, não se reduz ao simples preenchimento de
formulário para controle administrativo; e, antes a atividade consciente de
previsão dos docentes, fundamentadas em opções política-pedagógica, e ter
como referências permanentes as situações didáticas concretas [...]
(LIBANEO, 1990, p.222)
Conforme foi observado, as atividades lúdicas que já estavam inseridas no contexto da
turma eram os jogos e as brincadeiras. Infelizmente o professor ainda não tinha tentado inserir
outras formas de atividades lúdicas em seu currículo. Segundo Piaget (1975), os jogos estão
diretamente ligados ao desenvolvimento mental da infância; tanto a aprendizagem quanto as
atividade lúdicas constituem uma assimilação do real. Dessa forma, por intermédio dos jogos
e das brincadeiras o alunado poderá expressar as suas fantasias, seus desejos e suas
experiências reais de modo que a imaginação e a criatividade possam fluir por conta da
ludicidade.
O professor ainda complementou que o lúdico na sua sala de aula é muito importante.
Essa afirmação concorda com o que diz Roloff (s/d, p. 2), para quem o lúdico pode trazer à
aula um momento de felicidade, seja qual for à etapa da vida, acrescentando leveza à rotina
escolar e fazendo com que o aluno registre melhor os ensinamentos que lhe chegam, de forma
mais significativa.
30
Mesmo fazendo o uso de algumas atividades lúdicas, o docente enfrenta alguns
desafios.
No entanto, foi perceptível que quando houve intenção pedagógica, as brincadeiras e
jogos contribuíram para o desenvolvimento das competências e habilidades. O conhecimento
foi constituído pelas relações interpessoais e trocas que se estabelecem durante os processos
de aprendizagem.
Foi possível perceber também que o professor, mesmo sem ter, na maioria das vezes,
objetivos pedagógicos definidos, fez o uso da ludicidade no seu cotidiano, e que mesmo sem
formação na área, a sua experiência com a língua já lhe tornou conhecedor da mesma.
3.2 O OLHAR DOS DISCENTES
Aos discentes foram feitas perguntas similares. E os mesmos mostraram interesse ao
responder o questionário, estavam sempre prestativos e tiraram suas dúvidas quanto à
pesquisa.
Quando questionados sobre a motivação para a aprendizagem de Língua Inglesa,
apenas 1 aluno disse que não se sentia motivado e com desejo de aprender uma LE. Os
demais estavam todos com sede de aprendizagem. Essa situação mostra que “a ludicidade
poderia ser a ponte facilitadora da aprendizagem se o professor pudesse pensar e questionar-se
sobre a sua forma de ensinar, relacionando a utilização do lúdico como fator motivante de
qualquer tipo de aula” (CAMPOS, 1986, p. 111).
O docente precisa descobrir e trabalhar com a dimensão lúdica existente em sua
essência, no seu trajeto cultural, de forma que venha aperfeiçoar a sua prática pedagógica e
motivar cada vez mais o seu aluno para que, mesmo diante de todas as suas dificuldades,
tenham o prazer em aprender uma LE.
Todos disseram que, em todo o tempo em que estudaram LI, a gramática sempre foi
prioridade do professor, mas que também aprenderam leitura e músicas.
Rocha afirma que “ao professor cabe organizar o brincar e, para isto, é necessário que
ele conheça suas particularidades, seus elementos estruturais, as premissas necessárias para
seu surgimento e desenvolvimento”. (ROCHA, 2000, p. 48). Logo, o ambiente escolar deve
está preparado com suportes, com os quais o professor possa desenvolver atividades
diferenciadas e enriquecedoras, fazendo com que seu aluno obtenha sucesso na aprendizagem,
e passe a utilizar a gramática apenas como um suporte para a aprendizagem e não como o
único meio de obtê-la.
31
Os alunos salientaram, na sua maioria, que não buscavam o aprendizado de Inglês
apenas na sala de aula e utilizavam-se de outros meios para aprender a língua, como nas redes
sociais, na internet, através de músicas, filmes e games.
Foi feita a mesma pergunta sobre o conceito de ludicidade para os alunos, e foi
surpreendente, a maioria já conhecia o sentido da ludicidade e o seu valor na sala de aula, pois
acreditavam que ludicidade seria a aprendizagem ocorrendo de maneira prazerosa e divertida.
Apenas um aluno disse acreditar ser a ludicidade apenas jogos e brincadeiras.
Segundo Moser (2004), alguns grandes educadores do passado já reconheciam a
importância das atividades lúdicas no processo ensino/aprendizagem. Assim, quando se fala
em lúdico e no brincar não se está falando em algo fútil e superficial, mas de uma ação que o
estudante faz de forma autônoma e espontânea, sem o domínio direcionador do professor.
Quando questionados sobre o acesso que eles tinham a atividades lúdicas, os alunos
disseram que não tinham atividades lúdicas nas aulas de Língua Inglesa, pois a ocorrência
destas atividades na sala de aula era escassa. Isso reflete o fato de o professor não ter
objetivos pedagógicos especificados para as atividades lúdicas e, por conseguinte, não ter
deixado claro para os alunos o que se pode aprender através das atividades lúdicas que eram
trazidas para a sala de aula.
Segundo Luckesi (2000), as atividades lúdicas são aquelas que proporcionam
experiências de plenitude, em que nos envolvemos por inteiro, estando flexíveis e saudáveis.
Essas atividades podem ser desde uma brincadeira a uma música que se houve em sala de
aula, mas deve contribuir para que a criatividade do aluno aflore, o aprendizado se efetive e
haja assimilação e socialização do conteúdo.
Todos os alunos têm o desejo da inserção de mais atividades lúdicas no plano de aula
de LI. Eles ainda afirmam que o professor ao introduzir a ludicidade nas aulas não explícita
qual é o objetivo da mesma.
Para Almeida Filho (1998), aprender uma língua estrangeira de maneira que faça
sentido, que signifique na interação com o outro, numa busca de experiências profundas,
válidas, pessoalmente relevantes, capacitadoras de novas compreensões e mobilizadora para
ações subsequentes, é crescer numa matriz de relações interativas na língua-alvo. Se o
aprendizado se der dessa maneira, a língua estrangeira se “desestrangeiriza” para quem a
aprende. Assim, para que essa aprendizagem se concretize, cabe ao professor traçar objetivos
e metas para essas atividades e socializar com os discentes.
Os estudantes reconhecem que a dinâmica que o professor utiliza nas suas aulas não é
agradável, e deixa a desejar. Não basta que os alunos em sala de aula só recebam informação
32
e façam alguns exercícios escritos sobre o conteúdo para aprender. Eles devem ter um papel
mais ativo em sala, passando a ser o centro do processo ensino/aprendizagem (MOSER,
2004). Logo, os alunos devem ter a oportunidade de internalizar as informações dadas, de
maneira mais dinâmica e acessível, por isso a importância de atividades lúdicas que
oportunizem a assimilação do conteúdo trabalhado.
As atividades lúdicas facilitam a aprendizagem de Língua Inglesa, e o alunado em sua
maioria concorda. Como nos afirma o aluno A: “a ludicidade na sala de aula é importante,
pois incentiva mais a aprendizagem”, o aluno B ainda corrobora que “você poderia através
da ludicidade aprender brincando”.
Neste sentido, percebe-se que o professor utiliza a ludicidade em suas aulas, mas
nunca deixa claros os objetivos de tais atividades e qual era a sua real função. Por isso, os
alunos acreditavam que nas aulas de Língua Inglesa não são propostas atividades que
envolvem a ludicidade.
33
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer desta pesquisa foi trilhado um caminho que contribuiu efetivamente para
a minha formação profissional e pessoal. Sabe-se que o brincar é inato do indivíduo,
nascemos com ele. Por isso, trabalhar com atividades lúdicas é uma alternativa divertida e
prazerosa para ensinar e aprender inglês em escolas públicas do campo.
Os resultados obtidos nessa pesquisa deixaram claro que as atividades lúdicas podem
sim contribuir para um ensino de qualidade e eficaz de LI para alunos que estudam na zona
rural, pois através destas o discente sente-se mais motivado e com desejo de aprender, sem
medo de errar ou parecer ridículo.
Salienta-se apenas para que se tomem cuidado para não banalizar tais atividades, pois
quando bem usadas criam condições favoráveis para que o discente se envolva com o
conteúdo da disciplina de forma agradável.
A pesquisa buscou identificar quais as atividades lúdicas (música, dança, jogos,
brinquedos, teatro etc.) que motivam o aluno para aprender uma língua estrangeira, e concluiu
que todas, quando aplicadas no momento e da maneira correta, oferecem condições para um
ensino-aprendizagem eficaz. A pesquisa também descreveu, a prática de ensino de LI na
escola pública da zona rural e apontou diversos fatores que contribuem para aprendizagem
significativa de inglês no campo, tais como trabalhar atividades lúdicas correlacionadas com a
abordagem comunicativa.
Percebeu-se que a atividade lúdica é uma medida que renova e inova o trabalho na
educação, e que trabalhar a partir do lúdico requer que o professor entenda o que os discentes
necessitam para ter uma aprendizagem significativa.
Logo, considera-se o lúdico como norteador das atividades em todos os sentidos, de
modo que os alunos reconheçam a escola como um ambiente de exploração e experimentação.
34
REFERÊNCIAS
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Pontes, 1998.
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35
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  • 1. 10 INTRODUÇÃO Meus brinquedos De repente Ao lembrar dos brinquedos queridos Que ficaram esquecidos Dentro do armário Me bate uma saudade Me bate uma vontade De voltar no tempo De voltar ao passado Mas nada acontece Nada parece acontecer E eu choro Choro como o bebê que fui E a criança que quero voltar a ser Não quero crescer! (Clarice Pacheco) O real sentido da ludicidade tem levado os profissionais da área da educação a refletirem sobre o uso da mesma em sua prática pedagógica, como uma alternativa prazerosa para o ensino de Língua Inglesa (LI), de forma que venha estimular o processo de apropriação de conhecimentos dos discentes. É preciso um avanço contínuo dos educandos, ou seja, um aluno de uma segunda língua deve desenvolver as habilidades linguísticas para ter uma formação completa do idioma (ler, ouvir, compreender e escrever). Faz-se necessário que os professores de LI consigam aplicar de forma eficaz as competências e habilidades para que os alunos sintam-se motivados com o ensino de Inglês a fim de que, o ensino dessa disciplina não seja apenas uma matéria da grade curricular, mas sim atenda uma necessidade do mundo contemporâneo. Constatados anseios, desejos e necessidades de alunos de LE dentro deste contexto do presente estudo, surgiu a seguinte pergunta: Como as atividades lúdicas podem deixar o aluno motivado para aprender uma LE em uma escola pública da zona rural? Assim, este trabalho tem como objetivo geral a identificação de quais atividades lúdicas facilitam a autonomia do aluno diante da abordagem comunicativa nas salas de aulas da zona rural, e como objetivos específicos: (i) descrever a prática de ensino de Língua Inglesa na zona rural e, (ii) apontar fatores que contribuam para aprendizagem significativa de LI nas escolas públicas do campo. Nesse sentido, percebe-se a relevância da introdução de novas abordagens de ensino, a fim de que, as técnicas e habilidades utilizadas nas aulas de Língua Inglesa possam ser
  • 2. 11 aperfeiçoadas e que os alunos de língua estrangeira consigam desenvolver as habilidades necessárias para adquirir proficiência na língua. Este trabalho foca na maneira como se porta um professor de língua estrangeira em um ambiente atípico, a vida campestre. Foi realizada uma pesquisa de cunho etnográfico, buscando através de questionários, observações e entrevistas, analisar os recursos utilizados pelo docente, tal como o material didático, o comportamento do professor na motivação dos alunos e as dificuldades do meio em que se encontram. Enfim, pretendeu-se utilizar uma metodologia que oferecesse subsídios teóricos e práticos para o desenvolvimento e a construção de um trabalho que revelasse para o educador e para o educando a importância de um ensino pautado em aspectos baseados no ensino das quatro habilidades comunicativas a partir de atividades lúdicas. A presente monografia foi estruturada em três capítulos. O primeiro capítulo apresenta o referencial teórico sobre o tema ludicidade, com os autores que deram sustentação para análise dos dados da pesquisa. A primeira seção deste capítulo trata sobre a importância do lúdico no processo de ensino-aprendizagem da Língua Inglesa; e a segunda seção discute de qual maneira o ensino comunicativo e as atividades lúdicas são desenvolvidos em escolas públicas do campo. O segundo capítulo é composto pela metodologia que norteou o desenvolvimento da pesquisa, optou-se por uma metodologia de cunho etnográfico, de base qualitativa, que buscou coletar as concepções que o professor e os alunos da presente escola têm sobre a ludicidade. No terceiro capítulo foi feita a apresentação, análise e interpretação dos dados coletados na pesquisa; primeiro foi feita a análise pelas respostas dadas pelo professor e, em seguida, sobre as respostas dadas por seus alunos. Na conclusão do trabalho, foram tecidas considerações sobre os resultados obtidos, evidenciando a compreensão que o professor e os alunos da zona rural têm sobre a ludicidade.
  • 3. 12 CAPÍTULO I ATIVIDADES LÚDICAS NA APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA O presente capítulo discute sobre a importância do uso da abordagem comunicativa para melhorar a qualidade do ensino-aprendizagem de língua inglesa nas escolas públicas da zona rural, mostrando que as atividades lúdicas têm o poder de incentivo para despertar no aluno o prazer de aprender uma segunda língua. A primeira parte do capítulo traz um olhar histórico sobre a ludicidade. A segunda seção trata sobre a importância do lúdico na aprendizagem de uma língua estrangeira, nesse caso, a LI. A terceira e última seção reflete como a atividade lúdica no ensino do inglês comunicativo poderá ajudar a incentivar os nossos alunos a aprender essa L2. 1.1 A LUDICIDADE: UM OLHAR HISTÓRICO A palavra lúdico se origina do latim “lúdus” que significa brincar. Para Luckesi (2000, p. 96) o que caracteriza o lúdico “é a experiência de plenitude que ele possibilita a quem o vivencia em seus atos.” A ludicidade contempla a diversão e o prazer, proporcionando aos discentes novos conhecimentos de maneira complacente e agradável. A atividade lúdica ganhou prestígio e importância como possibilidade de construção de conhecimento. Mesmo sendo amplamente divulgada, definir o termo ludicidade é ainda bastante complexo de ser obtido se levarmos em consideração a grande demanda de posicionamentos diferentes por parte de algumas áreas que tentam compreendê-lo; assim podemos encontrar posturas diferentes psicológicas, pedagógicas, filosóficas, biológicas, históricas, antropológicas, entre outros. Cada uma dessas áreas possui a sua visão do lúdico, sendo que todas possuem uma ótica parcial e não plena. O lúdico passou a fazer parte das atividades humanas e caracteriza-se por ser espontâneo, prático e satisfatório. Na atividade lúdica, o importante não é somente o resultado, mas todo o processo em sua construção, ou seja, o movimento durante o desenvolvimento das atividades. Tem o poder de facilitar tanto para a criança quanto para adolescente, o progresso de sua personalidade, e o progresso de cada uma de suas funções psicológicas, intelectuais, morais, motoras etc. Como nos afirma a professora Carneiro:
  • 4. 13 A atividade lúdica é educativa quando, além do interesse, oferece condições de observação, associação, escolha, julgamento, emissão de impressões, classificação, estabelecimento de relações. O que importa, porém, é a possibilidade de tomar decisões. Todo jogo é, por princípio, educativo, mas se realizado livremente torna-se mais divertido, prazeroso, mutável e arriscado. (CARNEIRO, 1998, p.97) A ludicidade é uma ação natural. Desde o nascimento, já é intrínseco à criança o comportamento lúdico e toda a sua trajetória está permeada de reações espontâneas. Na medida em que as crianças crescem, as reações lúdicas se intensificam e começam a fazer parte do cotidiano das mesmas. Para Sneyders (1996, p.36), “é de primordial importância à utilização das brincadeiras e dos jogos no processo pedagógico, pois os conteúdos podem ser ensinados por intermédio de atividades predominantemente lúdicas”. Sabe-se que o lúdico além de assumir caráter instintivo, ou seja, ser natural do homem, ele também faz parte da cultura. Está presente na forma de brincar, de cantar, nas frases, palavras ou gestos, integrando as culturas através de suas peculiaridades e transmitindo-as de geração em geração. Assim, na verdade, a ludicidade não envolve só o brincar, mas visa à construção integral do ser humano dentro da sociedade. Na educação, o lúdico se faz presente em toda parte, perpassa não só os bancos da escola como também o modo de vida e as trocas de experiências, visando o indivíduo como um todo. Para White: A verdadeira educação significa mais do que a prossecução de um certo curso de estudos. Significa mais do que a preparação para a vida presente. Visa o ser todo, e todo período de existência possível ao homem. É o desenvolvimento harmônico das faculdades físicas, intelectuais e espirituais. Prepara o estudante para o gozo do serviço neste mundo, e para aquela alegria mais elevada por um mais dilatado serviço no mundo vindouro (WHITE, 1977, p.13). É imprescindível que o professor, ao trabalhar com a cultura lúdica, tenha a preocupação de conscientizar os discentes da importância de obedecer às regras, especialmente no coletivo, ou seja, em grupos, valorizando o aluno como um ser social. O lúdico permite um desenvolvimento geral e uma visão de mundo mais global. Por meio das descobertas e das atividades, o indivíduo pode se expressar, analisar, criticar e transformar a realidade. Se for apropriada e compreendida, a atividade lúdica poderá ajudar na melhoria de ensino, favorecendo a qualificação ou formação pessoal do educando. É muito importante aprender com alegria e com vontade. Como nos aponta Piaget (1976): a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança. Essa não é apenas uma
  • 5. 14 forma de desopressão ou entretenimento para gastar energia, mas estratégias que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Muitas vezes, a ludicidade não acontece sem a motivação, como nos afirma Mednick: É evidente que precisamos de ambas as coisas, aprendizagem e motivação, para o desempenho de uma tarefa. A motivação sem aprendizagem redundará, simplesmente, numa atividade às cegas; aprendizagem sem motivação resultará, meramente em inatividade como o sono (MEDNICK, 1983, p. 21). Dessa forma, para que aconteça a transformação é preciso querer estar aberto para o novo. Motivação é ser feliz, e enxergar o mundo com outros olhos, conquistar resultados, superar obstáculos, acreditar nos sonhos. Logo, a motivação está intimamente ligada aos motivos que, segundo o dicionário Luft (2006, p.468), “é fato que leva uma pessoa a algum estado, ou desperta o interesse, estimula e incentiva”. Sabemos que motivação e ludicidade caminham juntas, pois sem motivar seus alunos o professor não conseguirá obter sucesso em sua sala, mesmo que utilize qualquer outra estratégia para conseguir prender a atenção dos mesmos. Para que aconteça a aprendizagem significativa e o aluno alcance os objetivos almejados é necessário que o docente trabalhe com essas duas ferramentas interligadas. É papel da educação formar cidadãos críticos, reflexivos, criativos, que descubram, inventem, que sejam capazes de construir conhecimento. Daí surge à importância de se ter alunos ativos, que logo cedo aprendem a descobrir, adotando assim mais uma atitude de iniciativa do que de expectativa. Na perspectiva do ensino de LI, quando a criança vivencia momentos prazerosos no âmbito dessas aulas, através de atividades como jogo da forca, jogo de tabuleiro, dominó, quebra-cabeça, baralhos educativos ou através de músicas, danças, peças teatrais etc., essas atividades se constituem não apenas como fontes de distração, mas sim como oportunidades construção de conhecimentos. E, através do desenvolvimento das quatro habilidades linguísticas, o aluno propagará as suas habilidades intelectuais, a criatividade, o senso crítico, o desejo da busca pelo novo etc. Ou seja, o aluno estimulará a sua capacidade motora, intelectual, social e cultural. 1.2 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA
  • 6. 15 Sabe-se que o aspecto lúdico é um suporte riquíssimo para um trabalho bem sucedido na sala de aula de LI. O processo de ensino-aprendizagem dessa disciplina nas escolas públicas, principalmente nas do campo, muitas vezes com resultados indesejáveis e insatisfatórios, tem levado o docente a repensar a prática pedagógica. Percebe-se a falta de conscientização, motivação, interesse, progressão dos conteúdos, assimilação do vocabulário, e consequentemente aprendizagem significativa dos educandos, uma vez que algumas atividades curriculares nem sempre proporcionam prazer, naturalidade e liberdade de ação como as atividades lúdicas. Alunos e professores desmotivam-se, posto que o estudo abstrato sintático, fonético ou morfológico de um idioma estrangeiro pouco interesse é capaz de despertar no aluno, tornando difícil uma aprendizagem significativa. Dessa forma, para conseguir êxito na aprendizagem dos discentes, buscam-se atividades inovadoras, motivadoras, como forma de atingir uma aprendizagem significativa e eficaz e levar o discente a conhecer as razões para se aprender uma ou mais línguas estrangeiras. Assim, faz-se necessário que a atividade lúdica, seja estudada por educadores, para poderem usá-las pedagogicamente como uma alternativa a mais, a serviço do desenvolvimento integral do discente. Nota-se que o pensamento a respeito do lúdico, da criatividade, da imaginação, sua história e importância do brincar, não só como atividade psicológica, mas como uma atividade social e cultural, deixa o discente apto a aprender com maior facilidade. Se em lugar de pensarmos, unicamente, nas habilidades linguísticas, pensarmos em competências a serem dominadas, talvez seja possível estabelecermos as razões que de fato justificam essa aprendizagem. Alguns teóricos valorizam o lúdico como ferramenta pedagógica fundamental ao desenvolvimento dos aspectos sociocognitivos dos educandos, com o intuito de promover a motivação e a aprendizagem significativa. Segundo Vygotsky (1994), “a motivação é um dos fatores principais, não só de aprendizagem como também de aquisição de uma língua estrangeira”. Assim, busca-se o uso de atividades lúdicas a fim de ajudar o aluno a sanar suas dificuldades em sala de aula. A aprendizagem deve acontecer por meio da internalização, a partir de um processo anterior, de troca, que possui a dimensão coletiva. Tais atividades devem ser dinâmicas, desafiadoras, e despertar o interesse do estudante, provocando o gosto e curiosidade pelo conhecimento. O lúdico pode trazer para a aula um momento prazeroso e de felicidade, seja qual for a etapa de nossas vidas, acrescentando leveza à rotina escolar e fazendo com que o aluno registre melhor os ensinamentos que lhe chegam, de forma mais significativa.
  • 7. 16 As atividades lúdicas, aplicadas à prática pedagógica, não apenas contribuem para aprendizagem, como possibilita ao docente tornar as suas aulas mais dinâmicas e prazerosas. Para Cunha (1994), o educador precisa ser capaz de respeitar e nutrir o interesse do seu aluno, dando-lhe possibilidades para que envolva em seu processo, ou do contrário, perde-se a riqueza que o lúdico representa, ou seja, a brincadeira oferece uma “situação de aprendizagem delicada”. Existe uma gama de razões para as dificuldades existentes no ensino de LI, porém a falta de motivação tem sido destaque na maioria das vezes. A abordagem de ensino e as atividades de pouca significância têm sido um dos fatores para tal desmotivação. Assim, cabe ao educador buscar atividades que envolvam o aluno no processo, dando oportunidade de internalizar as informações dadas de maneira que sejam significativas para ele e proporcionem assimilação do conteúdo estudado. Os desafios encontrados pelos que trabalham na educação são muitos, e os que lutam por melhorias sabem que o alvo principal é o estudante. Pois não se pode pensar em educação sem incluir nela o meio no qual se vive o indivíduo, seu grupo social, suas prioridades, suas experiências. De acordo com Resende: Não queremos uma escola cuja aprendizagem esteja centrada nos homens de “talentos”, nem nos gênios, já rotulados. O mundo está cheio de talentos fracassados e de gênios incompreendidos, abandonados à própria sorte. Precisamos de uma escola que forma homens, que possam usar seu conhecimento para o enriquecimento pessoal, atendendo os anseios de uma sociedade em busca de igualdade de oportunidade para todos (RESENDE, 199, p.42-43). Para que a aula se torne interessante e significativa, o lúdico é de grande importância, pois o professor além de ensinar, aprende o que seu aluno construiu até o momento, condição necessária para as próximas aprendizagens. A tendência é de superação, desde que o ambiente seja propício à aprendizagem e que o educador tenha noção da responsabilidade que esta busca exige. Estuda-se o passado, vive-se o presente, busca-se o futuro. Através da ludicidade podemos fazer novas perguntas para velhas respostas. Segundo Moser (2004), alguns grandes educadores do passado já reconheciam a importância das atividades lúdicas no processo ensino/aprendizagem. A ludicidade deve ser utilizada como recurso pedagógico, pois o lúdico apresenta dois elementos que o caracterizam: o prazer e o esforço espontâneo. Ele integra as várias dimensões da personalidade, mas é através do professor que poderão vir a ocorrer transformações em sala de aula, uma vez que a abordagem ao conteúdo e a adaptação ao material didático tem cunho
  • 8. 17 pessoal, e intuitivamente revelam a personalidade do professor. Nas palavras de Almeida Filho (1995) A educação lúdica contribui e influencia na formação da criança, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integrando-se ao mais alto espírito democrático enquanto investe em uma produção séria de conhecimento. A sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e modificação do meio (FILHO, 1995, p. 41). No entanto, faz-se necessário apenas que os profissionais da área tomem cuidado para não banalizarem essas atividades, pois, quando bem usadas, elas criam condições favoráveis para que os alunos tenham uma aprendizagem significativa. As atividades lúdicas diversificadas exigem comunicação entre os alunos, provocando e ativando os mecanismos de aprendizagem da língua. O uso de tais atividades para o ensino de língua estrangeira, em sua dinâmica, contém um mecanismo paralelo ao da aquisição da língua materna, em que o indivíduo está em um ambiente em que todos falam a mesma língua. No contexto de sala de aula de LI, o professor posiciona-se como mediador do processo e aumenta a interação dos alunos. A utilização da ludicidade nas aulas favorece a criação de um ambiente relaxado e motivador, obtendo-se mais proveito das atividades. Como nos afirmam os PCN: As tarefas, assim, integrando as dimensões interacional, lingüística, (sic) e cognitiva da aprendizagem de Língua Estrangeira, funcionam como experiências construtoras da aprendizagem. Elas correspondem, de preferência, a atividades comunicativas do mundo extraclasse, mas às vezes representam uma simulação, na sala de aula, de comportamentos do mundo extraclasse, vivenciados em jogos, por exemplo, (PCN, 2004, p. 88). Nessa perspectiva, o docente deve instigar o aluno a pensar, criar situações para que ele interprete, solicitar que ele faça parte da construção do conhecimento de uma aula lúdica, mas, terá que fazer isso o mais próximo possível da realidade do aluno, para que ele tenha facilidade de identificar, investigar e resolver problemas. Pode parecer contraditório, mas é através do brincar (lúdico) e da realidade que o professor poderá construir situações de problematização que serão desencadeadoras de conhecimento. Ele não deverá dar a resposta para o aluno, mas deverá colaborar para que a resposta venha do indivíduo aprendente, criando um ambiente interativo, de respeito mútuo e confiança, onde toda dúvida é importante e nenhuma pergunta é insignificante.
  • 9. 18 1.3 O INGLÊS COMUNICATIVO E AS ATIVIDADES LÚDICAS NA ESCOLA PÚBLICA DO CAMPO O ensino de Língua Inglesa nas escolas públicas é de grande importância para a vida social dos nossos discentes. Na atual sociedade capitalista em que estamos vivendo, para que o indivíduo seja incluído, ele deverá ser preparado por um sistema educacional homogêneo, de comum acesso a todos. Mas a realidade não é esta, para Weber (apud QUINTANEIRO, 2002, p.31) “a crescente exigência de exames para a classificação dos mais capazes está ligada a uma burocratização da sociedade, e aqui está o perigo, a uniformidade, o comum (globalização)1 ”. A verdadeira falha desse sistema é que a educação, infelizmente, não é igual para todas as pessoas, uma vez que os indivíduos não recebem as mesmas condições em sala de aula. Apesar de ainda estar defasada e com poucos avanços, a educação no campo tem conquistado um pequeno espaço na agenda política nas instâncias municipal, estadual e federal nos últimos anos, mas ainda tem muito que desenvolver. Para Quintaneiro (2002, p.26) “a educação é um dos aspectos que compõem a realidade social”. Ela também afirma que “existem outros meios de relações de interdependência, que são conjuntos de ações que farão uma transformação social; esses conjuntos de ações podemos chamar de agente de socialização”. E o ensino de língua inglesa pode ser um desses agentes socializadores, porque ajuda na educação das nossas crianças e dos nossos jovens, podendo fazê-los bons cidadãos dentro da sociedade. Na trajetória da educação rural, o homem do campo foi concebido como exemplo do atraso, e a política educacional se organizava em conformidade com os interesses capitalistas predominantes em cada conjuntura. Nos anos de 1960, Freire “[ ] revolucionou a prática educativa, criando os métodos de educação popular, tendo por suporte filosófico-ideológico os valores e o universo sociolinguístico-cultural desses mesmos grupos” (Leite, 1999, p. 43). A educação rural hoje assume um importante papel para o desenvolvimento das comunidades do campo, pois é através de sua ação-construção educativa que as comunidades escolares da zona rural buscam uma maior integração social, cultural e econômica, além de ser um veículo difusor de conhecimento e saberes sociais. Com essa relação, a escola deve 1 Globalização - é um processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam idéias, realizam transações financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta. http://www.suapesquisa.com/globalizacao/
  • 10. 19 assumir o seu papel como elo integrador das trocas dos saberes e técnicas que apontam para uma nova proposta de desenvolvimento: o desenvolvimento rural. Nesse contexto, é necessária a discussão em torno desses saberes construídos no meio rural, que para Damasceno (1993), “esse é entendido como o saber básico que os integrantes de um determinado grupo social necessitam para participar de seu ambiente, mediante o qual o sujeito interfere na vida cotidiana”. Assim, a Língua Inglesa como disciplina escolar, tem um papel importante, criando espaços de reflexões. É de fundamental importância que a escola rural participe desse processo. Para tanto, seus professores devem estar preparados para desenvolver uma visão crítica aguçada em seus alunos quanto ao aspecto pedagógico das escolas do campo, bem como elaborar propostas de práticas educativas contextualizadas, que incluam o agricultor como um agente de desenvolvimento do lugar. Para tentar resolver problemas relativos à desmotivação e falta de interesse nas aulas, deverão ser corrigidos através de um sistema educacional que funcione e que atenda as classes menos favorecidas. Neste sentido, “a educação pela via da ludicidade propõe-se a uma nova postura existencial, cujo paradigma é um novo sistema do aprender brincando inspirado numa concepção de educação para além da instrução”. (SANTOS, 2001, p. 53). O lúdico é um recurso pedagógico poderoso, que deve ser utilizado em todas as disciplinas e de formas diferenciadas, tais como: jogos, histórias, fábulas, mitos, representações teatrais e dramatizações, além das artes visuais, das músicas, danças e canções. Os jogos são atividades de caráter formativo, pois ao jogar o aluno desperta o seu raciocínio lógico e aprende a respeitar regras. O lúdico influencia enormemente a criança. É através do jogo que a criança pode aprender a agir, sua curiosidade é estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração. (Vigotsky, 1994). As histórias podem transmitir emoções como alegria, tristeza, raiva, angústia, satisfação, felicidade, o medo, a insegurança, o bem estar, entre tantas outras, levando o indivíduo a fazer parte do mundo da fantasia, dos sonhos e da imaginação. Levando o discente a querer participar daquela história, e ficar cada vez mais integrado com a aula. Como nos afirma a educadora Sandra Vaz de Lima: “Ler histórias para crianças, sempre, sempre... É poder sorrir, rir, gargalhar com as situações vividas pelas personagens, com a idéia (sic) do conto ou com o jeito de escrever dum autor e, então, poder ser um pouco cúmplice desse momento de humor, de brincadeira, de divertimento (...) o ouvir histórias pode estimular o desenhar, o musicar, o sair, o ficar, o pensar, o
  • 11. 20 teatrar, o imaginar, o brincar, o ver o livro, o escrever, o querer ouvir de novo” (LIMA apud ABRAMOVICH, 1994, p.17-23). Através das apresentações teatrais e dramatizações, os alunos desenvolvem habilidades na oralidade, pois esse tipo de atividade estimula a criatividade e a autonomia do mesmo, fazendo com que ele passe a fazer parte da aula, de maneira mais produtiva. Como nos afirma o professor Joelson Miranda (2011, p. 43) “os jogos teatrais são procedimentos lúdicos, ou seja, ganham no âmbito escolar sentido e função, numa perspectiva inclusiva colocando o aluno no eixo do processo em construção.” Ele afirma ainda que: As atividades de expressão são excelente (sic) recurso para auxiliar no crescimento em todos os aspectos afetivo, psicomotor e cognitivo do aluno. Dentre os objetivos está o de desenvolver a capacidade de expressar-se e posicionar-se frente aos questionamentos pertinentes de cada situação. Abrindo oportunidades para expressar-se, opinar, criticar e sugerir (JOELSON MIRANDA, 2011, p. 44). Já a música é um recurso prazeroso que, além de estimular o sistema cognitivo, desperta o interesse do discente através do ritmo, da rima, da melodia, da letra, tornando a aprendizagem mais interessante e natural. A arte de cantar e dançar perpassa pela cultura do aluno, fazendo com que ele seja interativo, e perceba as diferenças culturais através das músicas e das danças. A música pode transmitir sentimentos e colocar pra fora as tristezas e angústias. Os educadores Janaína Sousa e Leonardo Vivaldo (apud BRÉSCIA, 2003, pág. 25) dizem que a música “é uma linguagem universal, tendo participado da história da humanidade desde as primeiras civilizações”. Dessa forma, deve-se trabalhar com a música e a dança de maneira que se tire proveito da aprendizagem do aluno e não banalizando-as como uma arte qualquer, já que elas são formas de expressão social e cultural que devem ser valorizadas. As crianças sabem que se dança música, isto é, que a dança está associada à música, e geralmente sentem grande prazer em dançar. Se os professores levarem isso em conta e considerarem como ponto de partida o repertório atual de sua classe e puderem expandir este repertório comum com o repertório do seu grupo cultural e de outros grupos, criando situações em que as crianças possam dançar, certamente estarão contribuindo significativamente para a formação das crianças (ESTEVÃO, 2002 apud ONGARO et al, p.33,2006). Logo, percebe-se que, como nos afirma o professor Joelson Miranda, é através da “ludicisação”, ou seja, lúdico e educação, que os docentes irão favorecer um ensino dinâmico
  • 12. 21 para seus discentes, levando-os a serem pessoas bem instruídas e autônomas no âmbito escolar. No que diz respeito ao ensino de LE, nas escolas do campo, as aulas são ministradas em salas com, em média, 40 alunos por turma; média essa alta para aprendizagem de uma língua estrangeira, pois o professor não tem condição de trabalhar as quatro habilidades: Listening, Reading, Writing e Speaking, restando-lhe apenas a condição de trabalhar a gramática e a tradução, que também fazem parte do processo de ensino, mas que sozinhas não conseguem dar subsídios para formar alunos críticos, reflexivos e autônomos na interação em língua estrangeira dentro e fora da sala de aula. No entanto, é importante o professor trabalhar as quatro habilidades linguísticas (reading, speaking, listening, writing). É o conjunto destas habilidades, junto às atividades lúdicas, que dará ao aluno a condição ampla de entender, falar e posicionar-se quanto ao assunto trabalhado pelo professor. Diante disso, acredita-se que é possível um ensino de LE diferente, e que muitas vezes isso não ocorre não por falta de conhecimento teórico do educador e sim por falta de objetivos bem definidos. Trabalhar nas escolas do campo, com atividades predominantemente lúdicas pode ser de grande valia quando se tem o intuito de promover um ensino comunicativo de inglês durante as aulas. O professor ao ensinar aos seus alunos deve ter a finalidade de compartilhar, dividir, interagir e respeitar os limites colocados durante a realização daquela atividade. Esse seria um procedimento de ensino de LE não pautado na gramática propriamente dita, mas sim em práticas comunicativas reais, comuns ao universo do aluno, ou seja, o aluno utilizando a língua em situações reais de comunicação através da contextualização. (RICHARDS e ROGERS, 1986). Uma vasta gama de jogos, dramatizações e atividades baseadas em situações comunicativas devem fazer parte do material a ser utilizado pelo professor de inglês: jornais, propagandas, revistas, cartazes com diálogo, entrevista, entre outras, bem como jogo da memória, mímica, quebra-cabeça, que podem contribuir para a fixação do vocabulário, da gramática, levando à aprendizagem, “processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes, valores a partir de seu contato com a realidade, o meio ambiente e, as outras pessoas”. (KOHL, 1997, p. 57). Isto porque essa forma de ensino visa à compreensão que o aluno construirá a partir de suas ações, agindo cognitivamente e assimilando as informações que lhe for interessante, significativo; respondendo as questões provocadas pelo docente e por fim, refletindo, a partir de instigações levantadas durante o desenvolvimento da atividade.
  • 13. 22 O aluno quando chega à escola traz consigo um vasto conhecimento de mundo oriundo da própria vivência. A escola, por sua vez, não aproveita esses conhecimentos, criando uma separação entre a realidade vivida por ele na sala de aula e seus conhecimentos prévios. Dessa forma, será necessário trabalhar o lúdico relacionando a prática pedagógica com a realidade do aluno, contribuindo, assim, para a aprendizagem do discente e possibilitando ao docente tornar suas aulas mais dinâmicas e prazerosas. Dessa forma, a ludicidade, enquanto recurso pedagógico, deve ser encarada de forma séria e usada de maneira correta. Para se ter o entendimento da questão do uso comunicativo de uma língua, é necessária a compreensão das questões que envolvem a competência comunicativa do discente de LI. Canale e Swain (1980), dizem que a competência comunicativa é entendida como sistemas subjacentes de conhecimento e habilidades requeridas para comunicação (por exemplo, conhecimentos de vocabulário e habilidade de usar as convenções sociolingüísticas da língua). Os autores também definem a competência comunicativa como “composta de quatro competências interligadas, cujo desenvolvimento paralelo tornará o aprendiz de LE proficiente na língua-alvo”. Para Almeida Filho, Ser comunicativo significa preocupar-se mais com o próprio aluno enquanto sujeito e agente no processo de formação através da língua estrangeira. Isso significa menor ênfase no ensinar e mais força para aquilo que abre ao aluno a possibilidade de se reconhecer nas práticas do que faz sentido para a sua vida do que faz diferença para o seu futuro como pessoa (ALMEIDA FILHO, 1998, p. 42). Isso mostra que, a realidade de ensino metódico encontrada na metodologia gramatical aplicada por essas escolas é ainda ineficaz, pois leva os alunos a simplesmente responder a estímulos e satisfazer ao currículo escolar, dificultando o acesso ao conhecimento necessário para os seus aprendizes. Pesquisadores da área de Língua Inglesa afirmam que deveriam existir nas escolas laboratórios de língua, onde os alunos estudassem todas as modalidades da língua e que as turmas deveriam ter em média 10 alunos nas salas e que deveriam existir aparelhos de som, TV, DVD, data show, computadores e outros meios que servissem de ferramentas para ajudar na aquisição dessa segunda língua. Esses são só alguns dos exemplos de falhas encontrados no sistema educacional das escolas públicas rurais, onde não se encontram essas condições. O ensino de LE em escolas públicas do campo, geralmente com resultados insatisfatórios, nos faz repensar a nossa prática pedagógica. Diante da realidade encontrada
  • 14. 23 na sala de aula, percebemos que é necessário uma abordagem que obtenha êxito nas aulas, que motive os alunos a querer aprender uma L2. Ao trabalhar o inglês de maneira comunicativa, juntamente com atividades lúdicas, que despertem o interesse dos discentes, acredita-se, o docente fará a aula ser mais proveitosa, e os alunos conseguirão sanar alguns problemas como: falta de motivação, dificuldade de assimilação dos conteúdos, falta de interação etc, e dessa forma, a aprendizagem ocorrerá. É perceptível que o aspecto lúdico é um suporte valoroso para um trabalho de sucesso em sala de aula.
  • 15. 24 CAPÍTULO II O PERCURSO METODOLÓGICO Este capítulo aborda a metodologia empregada na pesquisa do presente trabalho de conclusão de curso. A pesquisa faz uma análise dos aspectos relacionados às metodologias de algumas aulas ministradas pelo professor de Língua Inglesa. Para a realização da pesquisa, foram utilizados como instrumentos os questionários semi-abertos e a observação feita em sala de aula. 2.1 A PESQUISA QUALITATIVA Foi utilizada a pesquisa de diagnóstico, que Moita Lopes (1996, p.86) define como “centrada na investigação do processo de ensinar/aprender, conforme realizado nas salas de aulas”. Neste tipo de pesquisa a tendência é para o “uso de abordagens de pesquisa qualitativa, notadamente de natureza etnográfica”, em que se faz “uma descrição narrativa dos padrões característicos da vida diária dos participantes sociais (professores e alunos) na sala de aula de línguas na tentativa de compreender os processos de ensinar/aprender línguas.” (MOITA LOPES, 1996, p.87-88). Esse trabalho de pesquisa se afirma dentro do paradigma qualitativo que Ludke (1986, p.11) destaca como “(...) contato direto e prolongado do pesquisador com o ambiente e a situação que está sendo investigada (...)”, pois se destaca pela forma da coleta dos questionários e observações feitas em sala de aula, preocupando-se em interpretar as atitudes do professor e de seus alunos, detalhando os hábitos, as atitudes e a forma de ser de cada um. Ainda sobre a pesquisa qualitativa, Deslandes completa que: A pesquisa qualitativa responde a questões particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes que correspondem a um espaço mais profundos das relações dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos a operacionalização de variáveis (DESLANDES, 1994, p. 21). É um tipo de pesquisa importante, pois permite um contato mais direto e prolongado com os sujeitos da pesquisa e o ambiente pesquisado. A escolha por esta modalidade de pesquisa ocorreu pela necessidade de aproximação da realidade que se deseja estudar, para
  • 16. 25 observar as situações, como elas acontecem de forma natural, participando do cotidiano e observar os fenômenos e as demandas que ocorrem no dia a dia. 2.2 OS INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS Foi utilizada como instrumento de coleta de dados a aplicação de questionários para o professor e para os alunos do Colégio de 1º Grau Roque Avelino de Queiroz Filho. O mesmo consiste num elemento básico da pesquisa de cunho etnográfico, ajudando na identificação e obtenção dos resultados da pesquisa, e possibilitando assim conhecer e explorar as experiências das pessoas entrevistadas. Marconi e Lakatos (2003, p. 201) definem questionários como sendo “um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador”. Dessa forma, a escolha pela utilização desse método foi feita pela facilidade de sua aplicação e também por deixar o entrevistado um pouco mais à vontade devido à possibilidade da ausência do entrevistador no momento das respostas. O questionário foi aplicado para 14 alunos do 9º ano do Ensino Fundamental II. Foi feita uma explanação sobre o que se tratava, entregue o questionário num dia e solicitado para que respondessem em casa com mais calma e entregassem na secretaria da escola no dia seguinte. O mesmo foi feito com o questionário do professor. Outro procedimento utilizado para a coleta de dados foi a observação em sala de aula, que é uma fase exploratória e essencial para o desenvolvimento da pesquisa. É um dos instrumentos de pesquisa que permite ao pesquisador chegar mais próximo dos sujeitos pesquisados. Segundo Ludke; André (1986, p.29), com esse procedimento, “o pesquisador pode ter acesso a uma gama variada de informações, até mesmo confidenciais, pedindo cooperação ao grupo. Contudo terá em geral que aceitar o controle do grupo sobre o que será ou não tornado público pela pesquisa”. A observação é um recurso indispensável na pesquisa por permitir um contato pessoal com os sujeitos e o lócus pesquisados, nos proporcionando acompanhar a rotina diária das aulas de Língua Inglesa desses sujeitos, e com isso comparar experiências com os relatos obtidos nos questionários. O processo de observação ocorreu em três semanas. As aulas eram desenvolvidas de maneira, que a gramática era o ponto principal, sempre que sobrava tempo, o professor fazia o uso da ludicidade, mesmo que sem perceber e sem objetivo específico. Foi um momento crucial para minha pesquisa, pois pude observar a realidade das aulas e a rotina na sala de aula
  • 17. 26 dos mesmos, ajudando na identificação e obtenção de provas do fenômeno da pesquisa, possibilitando assim um contato mais direto com a realidade. A observação é importante pela investigação, por essa razão, optou-se por esse método. Portanto, todos esses processos facilitam o entendimento dos questionamentos referente aos procedimentos de pesquisa, contribuindo assim, para uma compreensão crítica dos resultados. 2.3 O LÓCUS DA PESQUISA O campo empírico da pesquisa foi o Colégio de 1º Grau Roque Avelino de Queiroz Filho, situado no perímetro rural do Povoado de São Miguel do Ouricuri, na cidade de Barrocas – Bahia. A instituição foi escolhida em função de possuir todos os requisitos necessários para uma boa pesquisa sobre o problema abordado, já que a mesma está situada na zona rural e possui um número razoável de alunos desestimulados nas aulas de Língua Inglesa. Possui uma estrutura com 06 salas de aula, 04 banheiros, 01 cantina, 01 secretaria, 01 laboratório de informática, 01 auditório e o pátio. O espaço atende a várias crianças nos turnos matutino e vespertino. Observando as relações entre a turma, o professor e o colégio como um todo, foi possível notar que a convivência é agradável e harmoniosa, porém a motivação para o aprendizado ainda deixam a desejar. 2.4 OS SUJEITOS DA PESQUISA Os sujeitos pesquisados foram 14 alunos do 9º ano do Ensino Fundamental II. Os alunos, em sua maioria, moram distante de onde está situada a escola, e mesmo diante desta dificuldade, todos frequentam regularmente as aulas. A classe é mista, é composta por, 09 meninas e 05 meninos, a maioria está na faixa etária dos 14 aos 16 anos. A sala é composta por pouco mais de 10 alunos, o que foge da triste realidade das escolas públicas, que têm salas lotadas, dificultando o professor a acompanhar o aprendizado do aluno de perto. O docente atua na área da educação há 20 anos e trabalha só com a disciplina de LI, está cursando pós- graduação em História, e não é formado na área de Língua Inglesa. Participa de curso de formação continuada, tendo como objetivo ampliar os seus conhecimentos. A turma foi
  • 18. 27 escolhida por já está saindo do Ensino Fundamental II e por ser sempre ativa e prestativa com as atividades desenvolvidas nas aulas de Língua Inglesa.
  • 19. 28 CAPÍTULO III A PERCEPÇÃO DA LUDICIDADE POR PROFESSOR E ALUNOS DO CAMPO Neste capítulo está presente o ápice da pesquisa, onde será feita a apresentação dos dados coletados e a análise desses dados. Está explícita a opinião do professor sobre a ludicidade e sobre seus pontos positivos e negativos, e também a sua impressão sobre a aceitação da ludicidade pelos alunos como instrumento enriquecedor do conhecimento. 3.1 O OLHAR DO PROFESSOR Pode-se perceber que o professor mesmo não tendo formação na área de Língua Inglesa tem conhecimento sobre o assunto em questão, a ludicidade no ensino de LI. Ele ainda relatou que utiliza brincadeiras e jogos em suas aulas, mas que, geralmente, não tinha como objetivo facilitar o ensino significativo e eficaz da língua. Através dos questionários e da observação levantaram-se informações imprescindíveis acerca da questão em estudo, e sobre a realidade em que os sujeitos dessa pesquisa estão inseridos. Diante da compreensão sobre o tema pesquisado percebe-se que a ludicidade já não é tão desconhecida dos alunos entrevistados, porém algumas crenças e desconhecimento do real sentido da ludicidade foram notadas durante a observação das aulas. Quando perguntado sobre o conceito de ludicidade o professor respondeu que seria a aprendizagem ocorrendo de maneira prazerosa e divertida. Esta afirmação corrobora ideias de Almeida (2000), ao propor que a inserção de atividades lúdicas nas aulas de Língua Inglesa motiva e desperta o desejo de aprender nos discentes. Segundo Almeida: A educação lúdica integra uma teoria profunda e uma prática atuante. Seus objetivos, além de explicar as relações múltiplas do ser humano em seu contexto histórico, social, cultural, psicológico, enfatizam a libertação das relações pessoais passivas, técnicas para as relações reflexivas, criadoras, inteligentes, socializadoras, fazendo o ato de educar um compromisso consciente intencional, de esforço, sem perder o caráter de prazer, de satisfação individual e modificador da sociedade (ALMEIDA, 2000, p.22). Quando questionado se toda brincadeira é pedagógica, o professor respondeu que “não, pois nem toda brincadeira é feita com objetivo voltado para educação”. Na opinião do
  • 20. 29 docente, para fazer o uso de atividades lúdicas o professor deverá sempre deixar claro quais os objetivos e quais os resultados esperados para tal atividade, pois não se deve brincar por brincar, sem objetivos específicos. A brincadeira, nesse contexto deverá ser parte integrante da aprendizagem e da educação do aluno. Dallabona e Mendes (2004) apontam que o lúdico serve como um meio pedagógico que envolve o aluno nas tarefas da sala de aula e afirmam que o educador deve ter claro em mente os objetivos em relação ao desenvolvimento e à aprendizagem. O docente afirma que o planejamento de suas aulas sempre contempla atividades lúdicas e, mesmo quando não planejado e sem objetivo traçado, sempre busca utilizar a ludicidade em suas aulas. No entanto, ressalta-se que se faz necessário que o professor construa metas ao planejar. Isto não significa, porém, que seu planejamento não vá sofrer alterações, mas que essas mudanças sejam feitas com segurança para que não se torne uma armadilha a partir do momento que não se conhecem os procedimentos das atividades que não foram previamente elaboradas. Libâneo, diz que: A ação de planejar, portanto, não se reduz ao simples preenchimento de formulário para controle administrativo; e, antes a atividade consciente de previsão dos docentes, fundamentadas em opções política-pedagógica, e ter como referências permanentes as situações didáticas concretas [...] (LIBANEO, 1990, p.222) Conforme foi observado, as atividades lúdicas que já estavam inseridas no contexto da turma eram os jogos e as brincadeiras. Infelizmente o professor ainda não tinha tentado inserir outras formas de atividades lúdicas em seu currículo. Segundo Piaget (1975), os jogos estão diretamente ligados ao desenvolvimento mental da infância; tanto a aprendizagem quanto as atividade lúdicas constituem uma assimilação do real. Dessa forma, por intermédio dos jogos e das brincadeiras o alunado poderá expressar as suas fantasias, seus desejos e suas experiências reais de modo que a imaginação e a criatividade possam fluir por conta da ludicidade. O professor ainda complementou que o lúdico na sua sala de aula é muito importante. Essa afirmação concorda com o que diz Roloff (s/d, p. 2), para quem o lúdico pode trazer à aula um momento de felicidade, seja qual for à etapa da vida, acrescentando leveza à rotina escolar e fazendo com que o aluno registre melhor os ensinamentos que lhe chegam, de forma mais significativa.
  • 21. 30 Mesmo fazendo o uso de algumas atividades lúdicas, o docente enfrenta alguns desafios. No entanto, foi perceptível que quando houve intenção pedagógica, as brincadeiras e jogos contribuíram para o desenvolvimento das competências e habilidades. O conhecimento foi constituído pelas relações interpessoais e trocas que se estabelecem durante os processos de aprendizagem. Foi possível perceber também que o professor, mesmo sem ter, na maioria das vezes, objetivos pedagógicos definidos, fez o uso da ludicidade no seu cotidiano, e que mesmo sem formação na área, a sua experiência com a língua já lhe tornou conhecedor da mesma. 3.2 O OLHAR DOS DISCENTES Aos discentes foram feitas perguntas similares. E os mesmos mostraram interesse ao responder o questionário, estavam sempre prestativos e tiraram suas dúvidas quanto à pesquisa. Quando questionados sobre a motivação para a aprendizagem de Língua Inglesa, apenas 1 aluno disse que não se sentia motivado e com desejo de aprender uma LE. Os demais estavam todos com sede de aprendizagem. Essa situação mostra que “a ludicidade poderia ser a ponte facilitadora da aprendizagem se o professor pudesse pensar e questionar-se sobre a sua forma de ensinar, relacionando a utilização do lúdico como fator motivante de qualquer tipo de aula” (CAMPOS, 1986, p. 111). O docente precisa descobrir e trabalhar com a dimensão lúdica existente em sua essência, no seu trajeto cultural, de forma que venha aperfeiçoar a sua prática pedagógica e motivar cada vez mais o seu aluno para que, mesmo diante de todas as suas dificuldades, tenham o prazer em aprender uma LE. Todos disseram que, em todo o tempo em que estudaram LI, a gramática sempre foi prioridade do professor, mas que também aprenderam leitura e músicas. Rocha afirma que “ao professor cabe organizar o brincar e, para isto, é necessário que ele conheça suas particularidades, seus elementos estruturais, as premissas necessárias para seu surgimento e desenvolvimento”. (ROCHA, 2000, p. 48). Logo, o ambiente escolar deve está preparado com suportes, com os quais o professor possa desenvolver atividades diferenciadas e enriquecedoras, fazendo com que seu aluno obtenha sucesso na aprendizagem, e passe a utilizar a gramática apenas como um suporte para a aprendizagem e não como o único meio de obtê-la.
  • 22. 31 Os alunos salientaram, na sua maioria, que não buscavam o aprendizado de Inglês apenas na sala de aula e utilizavam-se de outros meios para aprender a língua, como nas redes sociais, na internet, através de músicas, filmes e games. Foi feita a mesma pergunta sobre o conceito de ludicidade para os alunos, e foi surpreendente, a maioria já conhecia o sentido da ludicidade e o seu valor na sala de aula, pois acreditavam que ludicidade seria a aprendizagem ocorrendo de maneira prazerosa e divertida. Apenas um aluno disse acreditar ser a ludicidade apenas jogos e brincadeiras. Segundo Moser (2004), alguns grandes educadores do passado já reconheciam a importância das atividades lúdicas no processo ensino/aprendizagem. Assim, quando se fala em lúdico e no brincar não se está falando em algo fútil e superficial, mas de uma ação que o estudante faz de forma autônoma e espontânea, sem o domínio direcionador do professor. Quando questionados sobre o acesso que eles tinham a atividades lúdicas, os alunos disseram que não tinham atividades lúdicas nas aulas de Língua Inglesa, pois a ocorrência destas atividades na sala de aula era escassa. Isso reflete o fato de o professor não ter objetivos pedagógicos especificados para as atividades lúdicas e, por conseguinte, não ter deixado claro para os alunos o que se pode aprender através das atividades lúdicas que eram trazidas para a sala de aula. Segundo Luckesi (2000), as atividades lúdicas são aquelas que proporcionam experiências de plenitude, em que nos envolvemos por inteiro, estando flexíveis e saudáveis. Essas atividades podem ser desde uma brincadeira a uma música que se houve em sala de aula, mas deve contribuir para que a criatividade do aluno aflore, o aprendizado se efetive e haja assimilação e socialização do conteúdo. Todos os alunos têm o desejo da inserção de mais atividades lúdicas no plano de aula de LI. Eles ainda afirmam que o professor ao introduzir a ludicidade nas aulas não explícita qual é o objetivo da mesma. Para Almeida Filho (1998), aprender uma língua estrangeira de maneira que faça sentido, que signifique na interação com o outro, numa busca de experiências profundas, válidas, pessoalmente relevantes, capacitadoras de novas compreensões e mobilizadora para ações subsequentes, é crescer numa matriz de relações interativas na língua-alvo. Se o aprendizado se der dessa maneira, a língua estrangeira se “desestrangeiriza” para quem a aprende. Assim, para que essa aprendizagem se concretize, cabe ao professor traçar objetivos e metas para essas atividades e socializar com os discentes. Os estudantes reconhecem que a dinâmica que o professor utiliza nas suas aulas não é agradável, e deixa a desejar. Não basta que os alunos em sala de aula só recebam informação
  • 23. 32 e façam alguns exercícios escritos sobre o conteúdo para aprender. Eles devem ter um papel mais ativo em sala, passando a ser o centro do processo ensino/aprendizagem (MOSER, 2004). Logo, os alunos devem ter a oportunidade de internalizar as informações dadas, de maneira mais dinâmica e acessível, por isso a importância de atividades lúdicas que oportunizem a assimilação do conteúdo trabalhado. As atividades lúdicas facilitam a aprendizagem de Língua Inglesa, e o alunado em sua maioria concorda. Como nos afirma o aluno A: “a ludicidade na sala de aula é importante, pois incentiva mais a aprendizagem”, o aluno B ainda corrobora que “você poderia através da ludicidade aprender brincando”. Neste sentido, percebe-se que o professor utiliza a ludicidade em suas aulas, mas nunca deixa claros os objetivos de tais atividades e qual era a sua real função. Por isso, os alunos acreditavam que nas aulas de Língua Inglesa não são propostas atividades que envolvem a ludicidade.
  • 24. 33 CONSIDERAÇÕES FINAIS No decorrer desta pesquisa foi trilhado um caminho que contribuiu efetivamente para a minha formação profissional e pessoal. Sabe-se que o brincar é inato do indivíduo, nascemos com ele. Por isso, trabalhar com atividades lúdicas é uma alternativa divertida e prazerosa para ensinar e aprender inglês em escolas públicas do campo. Os resultados obtidos nessa pesquisa deixaram claro que as atividades lúdicas podem sim contribuir para um ensino de qualidade e eficaz de LI para alunos que estudam na zona rural, pois através destas o discente sente-se mais motivado e com desejo de aprender, sem medo de errar ou parecer ridículo. Salienta-se apenas para que se tomem cuidado para não banalizar tais atividades, pois quando bem usadas criam condições favoráveis para que o discente se envolva com o conteúdo da disciplina de forma agradável. A pesquisa buscou identificar quais as atividades lúdicas (música, dança, jogos, brinquedos, teatro etc.) que motivam o aluno para aprender uma língua estrangeira, e concluiu que todas, quando aplicadas no momento e da maneira correta, oferecem condições para um ensino-aprendizagem eficaz. A pesquisa também descreveu, a prática de ensino de LI na escola pública da zona rural e apontou diversos fatores que contribuem para aprendizagem significativa de inglês no campo, tais como trabalhar atividades lúdicas correlacionadas com a abordagem comunicativa. Percebeu-se que a atividade lúdica é uma medida que renova e inova o trabalho na educação, e que trabalhar a partir do lúdico requer que o professor entenda o que os discentes necessitam para ter uma aprendizagem significativa. Logo, considera-se o lúdico como norteador das atividades em todos os sentidos, de modo que os alunos reconheçam a escola como um ambiente de exploração e experimentação.
  • 25. 34 REFERÊNCIAS ALMEIDA FILHO, J.C.P. Dimensões Comunicativas no Ensino de Línguas. Campinas: Pontes, 1998. _____. A abordagem comunicativa do ensino de línguas: promessa ou renovação na década de 1980? In: ALMEIDA FILHO, J. C. P. Linguística Aplicada ensino de línguas e comunicação. Campinas, SP: Pontes, 2005.p.42. ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação Lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola, 2000. BRASIL. Secretaria de Educação Básica: Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais, Língua Inglesa, 2004. CAMPOS, D. M. S. – Psicologia da Aprendizagem, 19º ed., Petropólis: Vozes, 1986. CANALE, M., SWAIN, M. Theoretical bases of communicative approaches to second language teaching and testing. Applied Linguistics. Vol. 1, 1: 1-47. CARNEIRO, Maria Ângela Barbato. O jogo: Uma Sugestão de Trabalho para o curso noturno – O Ensino Noturno: A Grande Questão. In: FTC - EaD Faculdade de Ciências e Tecnologias. Séries Ideias n. 25, São Paulo: FDE, 1998. P.91-107. CUNHA, Nylse Helena. “Brinquedoteca: um mergulho no brincar”. São Paulo: Matese, 1994. DALLABONA, Sandra Regina. MENDES, Sueli Maria Schimitt. “O lúdico na educação infantil: jogar, brincar, uma forma de educador” In: Revista de divulgação técnico-científica Vol. 1 n. 4. Ano: 2004. Disponível em: http://www.icpg.com.br/artigos/rev04-16.pdf Acesso em 12 Out. 2013. Às 15:00hs. DAMASCENO, Maria Nobre. Educação e Escola no Campo. Campinas. SP. Papirus,1993. Disponível em: http://blog.educacaoadventista.org.br/seulima/index.php?op=post&idpost=120 Acesso em 18 Abr. 2013. DESLANDES,Suely Ferreira. (Organizadores) Suely Ferreira Deslandes, Otávio Cruz Neto, Romeu Gomes, Maria Cecília de Souza Minaio. Pesquisa social: Teoria, Método e Criatividade. Petrópolis: RJ Vozes, 1994. HUIZINGA,Johan..Homoludens. SãoPaulo:Perspectiva,1990. KOHL, M. Vygotskv: aprendizado e desenvolvimento: Um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 1997. LEITE, S.C. Escola rural: urbanização e políticas educacionais. São Paulo: Cortez, 1999, p.43.
  • 26. 35 LIMA, Sandra Vaz. Literatura Infantil e Educação. Disponível em:http://www.artigonal.com/marketing-internacional-artigos/literatura-infantil-e-educacao- 1863690.html . Acesso em 17 Mai. 2013. LUCKESI, Cipriano Carlos. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem. Revista Pátio, ano 3, n12. fev/abr 2000. LUDKE, Menga e Marli, E. D. A. André. Pesquisa em Educação: Abordagens qualitativas. São Paulo. EPU, 1986. LUFT, Celso Pedro. Dicionário Escolar da Língua Portuguesa. SP: 21 ed. Editora Ática, 2006. MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. MEDNICK, S. A. - Aprendizagem, 3º ed. , Rio de Janeiro: Zahar, 1983. MIRANDA, Joelson. Ludicisação. 3. Ed. Salvador: Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, 2011. 76 p. MOITA LOPES, Luiz Paulo da. Oficina de Linguística Aplicada - a natureza social e educacional do processo de ensino/aprendizagem de línguas. Campinas: Mercado de Letras, 1996. MOSER, Sandra Maria Coelho de Souza. Sala de aula: espaço para aprendizagem significativa. Maringá, 2004. Mimeografado. _____. Atividades Lúdicas e Jogos em sala de aula de Língua Estrangeira. Maringá, 2004. Mimeografado. PIAGET, Jean. A formação da simbologia na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1975. QUINTANEIRO, Tânia. Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber. 2. Ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002. RICHARDS, J. C.; RODGERS, T. Approaches and Methods in Language Teaching. England: Cambridge University Press, 1986. ROLOFF, Eleane Margarete. A importância do lúdico em sala de aula. Disponível em http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/anais/Xsemanadeletras/comunicacoes/Eleana-Margarete- Roloff.pdf Acesso em 12 Out. 2013. SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Record, 2001. SNEYDERS, Georges. Alunos felizes. São Paulo: Paz e Terra, 1996. WHITE, Ellen G. 1977. Educação. Santo André, Casa Publicadora Brasileira.