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7
Planejamento estético
em dentes anteriores
                                                           Cristian Higashi
                                                       João Carlos Gomes
                                                               Sidney Kina
                                               Oswaldo Scopin de Andrade
                                                            Ronaldo Hirata


  A odontologia estética encontra-se em contínuo avanço e tem sido cada vez mais pra-
  ticada nos últimos anos em virtude dos procedimentos adesivos e do desenvolvimento
  de materiais restauradores que buscam a reprodução das características naturais das
  estruturas dentais.
       A estética para o ser humano é um conceito altamente subjetivo, pois se encontra
  relacionada a fatores sociais, culturais e psicológicos que se alteram em função do
  tempo, dos valores de vida e da idade do indivíduo. Devido a isto, a avaliação das
  expectativas do paciente e o entendimento das possíveis soluções terapêuticas são
  essenciais antes de iniciar qualquer planejamento.
       Atualmente o cirurgião-dentista possui diversas opções restauradoras para os
  dentes anteriores. Procedimentos diretos ou indiretos, com resinas compostas ou ce-
  râmicas, variáveis que muitas vezes dificultam o correto diagnóstico de qual técnica
  e qual material são mais adequados para cada situação clínica.
       O conceito da Odontologia Restauradora atual preconiza que, para qualquer
  tipo de procedimento, o profissional deve sempre optar pelo tratamento mais conser-
  vador, isto é, com maior preservação de estrutura dental sadia.
       O plano de tratamento deve ser realizado de modo que permita formular um
  bom prognóstico a médio e longo prazo, não apenas em termos de estética, como
  também considerando os aspectos biológicos e funcionais.
       Nenhum tipo de tratamento poderá ter êxito sem o estabelecimento de um corre-
  to diagnóstico e adequado planejamento. Esta etapa é, provavelmente, uma das mais
ODONTOLOGIA ESTÉTICA – Planejamento e técnica



      importantes e imprescindíveis para a obtenção de         que dificilmente podem ser anotadas durante a
      excelência (Baratieri, 2002).                            primeira consulta clínica. A obtenção de fotografias
           Este capítulo objetiva apresentar algumas           em diferentes ângulos pode auxiliar o profissional
      estratégias clínicas que visam facilitar o planeja-      a analisar com tranqüilidade detalhes estéticos na
      mento e execução das restaurações estéticas em           ausência do paciente (Gürel, 2003). Além do au-
      dentes anteriores, possibilitando trabalhar com          xílio na montagem do plano de tratamento inicial,
      uma maior previsibilidade de resultados e máxima         as fotografias podem ser úteis para diversas outras
      preservação da estrutura dental.                         situações. É uma forma muito interessante de trans-
                                                               mitir para o paciente, informações sobre os pro-
      ABORDAGEM INICIAL                                        blemas clínicos encontrados, podendo ampliar as
                                                               imagens para uma melhor visualização. Diante de
           O primeiro contato com o paciente que               um momento crítico de decisão, como previamente
      procura um tratamento odontológico estético              à cimentação de laminados cerâmicos, estas foto-
      tem por finalidade compreender as necessidades            grafias podem auxiliar na decisão de escolhas quan-
      primordiais deste paciente, isto é, entender qual        to à cor e forma das peças protéticas. Observando
      é o principal problema que o incomoda. Assim, o          as imagens o paciente consegue opinar com maior
      profissional deve ouvir atentamente as explicações        clareza sobre quais alterações serão necessárias.
                                                               Pode ser um excelente meio de comunicação com
      do mesmo, buscando definir a personalidade do
                                                               o laboratório de prótese (Magne, Belser, 2003), em
      paciente, o nível de expectativa e o grau de exi-
                                                               que permite ao ceramista ter a visualização da face,
      gência com relação ao tratamento a ser realizado
                                                               do sorriso e do contorno de lábios do paciente,
      (Fradeani, 2006).
                                                               favorecendo a confecção de restaurações perso-
           Uma seqüência de procedimentos pode ser
                                                               nalizadas e algumas fotografias específicas podem
      feita para obter informações essenciais para a
                                                               ser importantes nas correções cerâmicas a serem
      elaboração de um planejamento estético indi-
                                                               feitas. Atualmente, com a evolução das câmeras
      vidualizado, a começar por um exame clínico
                                                               digitais, esta etapa está bastante facilitada, pois
      detalhado, que deve ser complementado com a
                                                               permite a visualização e veiculação quase imediata
      requisição de radiografias, fotografias e modelos
                                                               das imagens registradas, no entanto é necessário
      de estudo.
                                                               objetividade e padronização do número e ângulos
                                                               das fotografias, a fim de realizar somente o registro
      Radiografia e fotografia digital                           das imagens que realmente serão aproveitadas, pois
                                                               ao contrário, esta etapa pode se um passo descon-
           A requisição de um levantamento radiográfi-          fortável e irritante para o paciente.
      co periapical é uma documentação extremamente                 Algumas fotografias podem ser padronizadas
      importante, pois dentre as suas várias funções,          para a análise estética inicial dos dentes anterio-
      possibilita a verificação de possíveis lesões cariosas,   res. Desta forma, oito fotos deverão ser realizadas
      acompanhamento de restaurações ou próteses den-          (Figuras 7.1 a 7.8).
      tárias antigas, além de possibilitar a observação da          As imagens registradas, juntamente com os
      situação endodôntica e periodontal do paciente.          modelos de estudo conferem uma condição mais
           Em uma análise estética de dentes anteriores        favorável para uma análise estética minuciosa a
      existem muitas informações a serem observadas,           ser conduzida sem a presença do paciente.




140
CAPÍTULO 7   •   PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM DENTES ANTERIORES




■ Figura 7.1                                                ■ Figura 7.2
Lábio em repouso e a boca entreaberta, para avaliar a ex-   Lábio em repouso e boca entreaberta (foto de perfil), para
posição dos incisivos superiores.                           a visualização do posicionamento dos dentes e do volume
                                                            dos lábios.




                                                            ■ Figura 7.3
                                                            Sorriso frontal, de pré-molar a pré-molar, utilizada para
                                                            observar a altura e largura do sorriso; inter-relação das bor-
                                                            das incisais dos dentes superiores com o lábio inferior.




                                                            ■ Figura 7.4
                                                            Dentes em MIH (máxima intercuspidação habitual), de
                                                            canino a canino com o auxílio de um afastador de lábios,
                                                            para avaliar o posicionamento e simetria entre os dentes
                                                            anteriores.

                                                                                                                             141
ODONTOLOGIA ESTÉTICA – Planejamento e técnica



      7.5                                      7.6




      7.7




                                               ■ Figuras 7.5 a 7.7
                                               Com o auxílio de um afastador de lábios e um fundo escuro,
                                               permitem avaliar as formas e os contornos dentais e verificar
                                               as proporções entre os dentes anteriores.




                                               ■ Figura 7.8
                                               Fotografia em “close-up” dos incisivos superiores para reg-
                                               istro de pequenos detalhes, como a textura, definição dos
                                               mamelos, cristas marginais e áreas de translucidez, presen-
                                               tes principalmente nos dentes de pacientes jovens.


142
CAPÍTULO 7   •   PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM DENTES ANTERIORES



Modelos de estudo e                                           Ensaios diagnósticos intra-orais
enceramento diagnóstico                                       ou mock-up
     A obtenção de modelos de estudo da arcada                     A previsão do resultado final de um tratamen-
superior e inferior permitem uma visualização                 to é essencial quando do planejamento de uma
tridimensional dos dentes e tecidos adjacentes,               reabilitação estética substancial (Magne, 1999).
impossível de se obter clinicamente. Através dos                   Um planejamento restaurador em modelos de
modelos pode-se observar detalhes gengivais, posi-            estudo e um ensaio restaurador intra-oral permite
cionamento, inclinações, formas dentais e relações            ao profissional trabalhar com maior previsibilidade
dos dentes em conjunto e com os seus antagonis-               de resultados e conseqüentemente com uma menor
tas (Conceição, 2005).                                        margem de erros em casos mais difíceis, quando
     Quando múltiplas alterações estiverem indi-              múltiplas alterações deverão ser realizadas. Even-
cadas, um enceramento diagnóstico deve ser rea-               tualmente, pode não ser necessário para problemas
lizado sobre os modelos de estudo para facilitar              isolados envolvendo apenas um ou dois dentes.
a visualização da forma, posição e proporção das                   Inicialmente é extremamente importante re-
futuras restaurações, que devem ser realizadas de             definir a morfologia dental desejada através do
acordo com o melhor arranjo funcional e estético              enceramento diagnóstico. Quando há a necessidade
possível. Este enceramento é muito interessante               de alteração da forma, comprimento ou posição do
para os pacientes com dificuldade de imaginar                  dente no arco, o ensaio pode ter grande valia para
todas as possíveis modificações que podem ser                  a visualização prévia do resultado final desejado
realizadas em seu sorriso após o tratamento res-              (Figuras 7.9 a 7.14). Dependendo da situação clí-
taurador. Além de facilitar a comunicação entre               nica encontrada e dos conhecimentos e habilidades
profissional e paciente, o enceramento diagnósti-              do profissional, esta simulação pode ser realizada
co pode ser muito útil durante os procedimentos               diretamente sobre os dentes, inserindo resinas
diretos e indiretos. Sua aplicabilidade clínica será          compostas em áreas específicas para obtenção do
melhor comentada posteriormente.                              melhor resultado estético e funcional possível.




7.9                                                           7.10




■ Figuras 7.9 e 7.10
Enceramento diagnóstico para redefinição da morfologia dos dentes a serem restaurados.




                                                                                                                             143
ODONTOLOGIA ESTÉTICA – Planejamento e técnica



      7.11                                                          7.12




      7.13                                                          7.14




      ■ Figuras 7.11 a 7.14
      Enceramento diagnóstico para redefinição da morfologia dos dentes a serem restaurados.




           É importante salientar que estes ensaios intra-          mento diagnóstico com silicone por condensação
      orais ou “restaurações de diagnósticos” devem                 de uso laboratorial, posteriormente, a matriz obti-
      ser realizados sem o condicionamento dos tecidos              da desta moldagem (Figura 7.15) é preenchida
      dentais, para depois de cumprida a sua finalidade              com uma resina bis-acryl (Figura 7.16), levada aos
      poder ser facilmente removido.                                dentes não preparados, e mantida em posição até
           Uma outra forma de se realizar este ensaio               a completa polimerização. Ao final do tempo de
      é a utilização de uma resina composta para res-               polimerização, remove-se a matriz e pode-se ava-
      taurações provisórias, genericamente denominada               liar o ensaio diagnóstico em posição (Figuras 7.17
      bis-acryl, que se polimeriza quimicamente ao ser              e 7.18). Neste caso, se algum desgaste dental for
      automisturada em pistolas com pontas semelhan-                necessário, será realizado somente após a aprova-
      tes às utilizadas nos sistemas de silicone de adição.         ção da forma, tamanho e comprimento dental por
      Algumas marcas comerciais com o Structur 2 SC                 parte do profissional e do paciente. É muito válido
      (Voco), Ultra-Trim (Bosworth) e Systemp C&B                   principalmente para os casos em que apenas um
      (Ivoclar Vivadent) podem ser encontradas no mer-              aumento do volume dental é necessário, muito
      cado odontológico, disponíveis em diversas cores.             freqüente em pacientes adultos ou idosos com
      Primeiramente faz-se uma moldagem do encera-                  incisivos desgastados ou envelhecidos.


144
CAPÍTULO 7   •   PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM DENTES ANTERIORES




■ Figura 7.15                                             ■ Figura 7.16
Matriz obtida pela moldagem do enceramento diagnóstico,   A matriz de silicone é preenchida com uma resina bis-acryl,
utilizada para a confecção do ensaio intra-oral.          que deve ser levada aos dentes e mantida em posição por
                                                          um tempo de aproximadamente 5 minutos.




■ Figura 7.17                                             ■ Figura 7.18
Situação inicial.                                         Situação logo após a confecção do ensaio diagnóstico, pre-
                                                          viamente aos procedimentos de acabamento e polimento.
                                                          Observe que este ensaio permite uma correta visualização
                                                          do resultado final esperado, sem a necessidade de des-
                                                          gastes dentais prévios.




    Após a conclusão do ensaio restaurador é ne-          e modificações intra-orais poderão ser realizados
cessário que o paciente e o profissional avaliem o         de acordo com as características e anseios de cada
resultado obtido e havendo a necessidade, ajustes         paciente.


                                                                                                                         145
ODONTOLOGIA ESTÉTICA – Planejamento e técnica



      INDICAÇÕES CLÍNICAS PARA                               principal é o reposicionamento do dente no arco,
                                                             podendo também esta técnica ser empregada para
      RESTAURAÇÃO EM DENTES                                  o fechamento de diastemas e restaurações de
      ANTERIORES                                             dentes conóides. Desde que respeitadas as suas
                                                             limitações, principalmente com relação à seleção
           A reprodução das características dos dentes       do caso e a sensibilidade da técnica, os recon-
      naturais sempre foi um dos grandes objetivos das       tornos cosméticos são restaurações que podem
      técnicas e materiais restauradores.                    proporcionar ou devolver a harmonia do sorriso
           Após a preconização do condicionamento do         de forma excepcional.
      esmalte dental com ácido fosfórico por Buonoco-             As resinas compostas oferecem resultados
      re, em 1955, e o advento das resinas compostas         de tratamentos adequados para pacientes jovens.
      com Bowen, em 1963, soluções restauradoras             Em adultos são apropriadas quando o volume, a
      extremamente conservadoras e reversíveis torna-        extensão ou o número de restaurações é limitado
      ram-se possíveis.                                      (Magne, Belser, 2003).
           A busca constante da estética natural, jun-            Aqueles casos em que já existe um comprome-
      tamente com a evolução continuada de técnicas          timento razoável da cor, com escurecimento médio
      adesivas avançadas e formulações poliméricas           ou elevado, a alternativa restauradora invariavel-
      e cerâmicas garantiu ao clínico e ao paciente a        mente exigirá um preparo do remanescente dental,
      oportunidade para alcançar resultados funcionais       visando uma espessura e campo de trabalho para
      e estéticos em longo prazo (Christensen, 1991;         a execução de uma faceta. Outros casos que exi-
      Meijering, 1997; Rucker, 1990; Welbury, 1991).         girão preparo são dentes com extrema vestibulari-
           Várias são as alternativas de abordagem clí-      zação, onde para o correto alinhamento no arco,
      nica dos problemas relacionados com a forma,           exige-se um desgaste da superfície vestibular.
      posição e alinhamento, simetria e proporção,                Para os dentes escurecidos, o clareamento
      textura superficial e cor dos dentes anteriores         dental prévio sempre deve ser proposto como tra-
      (Heymann, 1987).                                       tamento inicial.
           As indicações atuais dos procedimentos ade-            Em situações isoladas, com a presença de pro-
      sivos são relativas, não existe mais a possibilidade   blemas localizados, referentes a apenas um dente
      que ocorria com as técnicas e materiais mais anti-     conóide ou fraturado ou escurecido, com muita
      gos de indicações e contra-indicações autoritárias     estrutura dental remanescente, talvez a técnica
      e seguras. Hoje quem define a indicação é o pró-        direta seja mais recomendada pela versatilidade e
      prio profissional, em vista de cada situação clínica    possibilidade de reprodução mais fiel dos dentes
      (que é extremamente particular) e com base em          vizinhos.
      conhecimentos científicos (Hirata, 1999).                    As restaurações diretas possuem a grande
           Dentro desta abordagem, o limite entre as         vantagem de ser unicamente dependente do profis-
      indicações para facetas diretas e indiretas será       sional, um procedimento centralizado; o resultado
      tênue, variando de acordo com o caso clínico em        será, portanto, diretamente proporcional à técnica
      questão.                                               e ao conhecimento daquele que estiver executan-
                                                             do, sendo também uma faca de dois gumes.
      Tratamento restaurador direto                               Outra vantagem do processo direto é o custo
                                                             do procedimento, que é relativamente mais baixo
           O recontorno cosmético com resinas compos-        do que aqueles que envolvem parte laboratorial.
      tas é a técnica mais simples de restauração direta,    O número de sessões para execução (sessão única)
      não requer qualquer espécie de preparo, exige          também mostra ser uma vantagem importante,
      simplesmente o condicionamento ácido total do          apesar de esta ser relativamente longa.
      dente. A resistência e retenção são providas pela           A resistência e a estabilidade de cor das resi-
      adesão ao esmalte. Representa a alternativa de         nas compostas, apesar de inferiores em relação às
      escolha em casos em que não existem alterações         cerâmicas, são satisfatórias e dependerão do caso
      de cor profundas, ou dentes cujo posicionamento        em que as restaurações foram indicadas e como
      não exige correção por meio de desgastes. Essa         foram executadas e ajustadas. O tempo estimado
      técnica representa a base do recontorno cosmético      de vida infelizmente não pode ser calculado devi-
      por aposição de resinas compostas, cujo objetivo       do ao caráter multifatorial envolvido.

146
CAPÍTULO 7   •   PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM DENTES ANTERIORES



                                                        UTILIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO
Tratamento restaurador indireto                         INICIAL PARA O TRATAMENTO
                                                        RESTAURADOR
     Quando vários dentes anteriores apresentam
perda significativa da estrutura coronal, as res-             O planejamento inicial é fundamental na bus-
taurações cerâmicas são indicadas (Magne, Belser,       ca pelos melhores resultados estéticos e funcionais
2003).                                                  dos procedimentos restauradores. A utilização de
     Casos clínicos em que problemas generaliza-        algumas técnicas aliadas a este planejamento per-
dos são observados, bem como grande número              mite a execução do trabalho com maior previsi-
de restaurações extensas, com manchamentos,             bilidade de resultados e com máxima preservação
alterações de forma observados em vários dentes,        da estrutura dental.
estes são sérios candidatos ao facetamento indi-
reto. Descolorações por tetraciclina, resistentes
ao clareamento, podem também ser efetivamente
                                                        Uso do enceramento diagnóstico
tratadas com laminados cerâmicos, podendo               e matriz palatina para confecção
apresentar elevada satisfação com relação à             de restaurações diretas
cor após 2,5 anos de acompanhamento clínico
(Chen, 2005).                                                Um bom tipo de matriz para dentes anteriores
     Na necessidade de reposição de guia anterior,      fraturados, restaurações classe IV extensas, redu-
provavelmente as facetas indiretas sejam mais in-       ção e/ou fechamento de diastemas e recontornos
dicadas, pela maior resistência mecânica oferecida.     cosméticos pode ser obtido a partir de um ensaio
Lembre-se que um correto ajuste dos movimentos          restaurador diagnóstico (Figura 7.19), por meio de
excursivos influencia diretamente a longevidade e        uma moldagem com a parte densa de um silico-
preservação da área incisal.                            ne por adição ou condensação. Essa matriz é na
     Pacientes com expectativas altas, com senti-       verdade um “guia de silicone”, que pode ser feita
dos apurados para estética, que apresentam face-        diretamente na boca ou a partir de um modelo
tas de resinas compostas insatisfatórias realizadas     de gesso (Baratieri et al., 2002). Para ambos os
anteriormente, solicitando resultados com outros        casos devem-se primeiramente realizar um ensaio
materiais mais estáveis, com menos manchamen-           diagnóstico, como citado anteriormente. Após a
tos e melhor estética são casos para facetamento        reconstrução dos dentes a serem restaurados, na
indireto.                                               boca ou no modelo de gesso (enceramento diagnós-
     A grande vantagem da natureza da técnica           tico), uma moldagem, sem moldeira, com a parte
indireta é a fabricação das peças de forma extra-       densa de um silicone por adição ou condensação
oral, otimizando os resultados estéticos e os pro-      deverá ser feita, envolvendo todo o dente (Figura
cedimentos de acabamento e polimento.                   7.20). Pode-se também utilizar silicones polimeri-
     Os laminados cerâmicos apresentam diversas         zados por condensação, de uso laboratorial, como
vantagens, pois reúnem algumas das qualidades           o Zetalabor (Zhermack), Silon IP (Dentsply) ou
dos compósitos, como a capacidade de ser cola-          Perfil Lab (Vigodent), sendo estes muito rígidos e
do ao substrato dental; e das cerâmicas, como a         excelentes para este fim. Após a presa do material
estabilidade de cor, alta resistência e durabilidade,   de moldagem, o molde deverá ser retirado e, com
expansão térmica e rigidez semelhante ao esmalte        auxílio de uma lâmina de bisturi nº 12 ou 15 (fea-
dental.                                                 ther), recortado no sentido mesio-distal, removendo
     Estudos in vivo demonstram um elevado po-          apenas a porção vestibular, de modo que o rebordo
tencial para o estabelecimento de uma excelente         incisal permaneça na matriz de silicone (Behle,
adaptação marginal, manutenção da integridade           2000) (Figura 7.21). Após o recorte do molde, este
periodontal e alto grau de satisfação pelos pacien-     deve ser levado em posição para verificar e testar o
tes (Peumans et al., 2000).                             assentamento correto (Figura 7.25).




                                                                                                                       147
ODONTOLOGIA ESTÉTICA – Planejamento e técnica




      ■ Figura 7.19                                                   ■ Figura 7.20
      Planejamento inicial com enceramento diagnóstico sobre os       Moldagem do enceramento diagnóstico com um silicone de
      modelos de estudo do paciente.                                  uso laboratorial Zetalabor (Zhermack). Observe o completo
                                                                      envolvimento de todo o dente.




      ■ Figura 7.21                                                   ■ Figura 7.22
      Recorte da matriz no sentido mesio-distal, preservando so-      Posicionamento da matriz palatina no modelo de gesso
      mente a região palatina e incisal.                              encerado.


      7.23                                                            7.24




      ■ Figuras 7.23 e 7.24
      Caso inicial antes e após a remoção das restaurações antigas, respectivamente. Foi utilizada uma técnica de isolamento abso-
      luto modificado.


148
CAPÍTULO 7   •   PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM DENTES ANTERIORES




                                                   ■ Figura 7.25
                                                   Verificação intra-oral do correto assentamento da matriz
                                                   palatina.




    Uma das grandes vantagens de se trabalhar      onde a partir da região palatina outras camadas
com este tipo de matriz é a segurança do correto   de resinas são inseridas pela técnica incremental
posicionamento dos bordos incisais e proximais,    policromática (Figuras 7.26 a 7.28).




7.26                                               7.27




7.28




                                                   ■ Figuras 7.26 a 7.28
                                                   Restauração pela técnica incremental policromática com
                                                   inserção das resinas a partir da região palatina. Note que
                                                   a utilização matriz permite a visualização prévia do cor-
                                                   reto posicionamento e comprimento da restauração final
                                                   planejada.

                                                                                                                  149
ODONTOLOGIA ESTÉTICA – Planejamento e técnica



      7.29                                                 7.30




      7.31                                                 7.32




      ■ Figuras 7.29 a 7.32
      Resultado final obtido.




      Uso do enceramento diagnóstico                       face vestibular da mesma. Posiciona-se a matriz
                                                           nos dentes antes de iniciar o procedimento de
      em preparos dentais para                             preparo para verificar sua estabilidade e correto
      laminados cerâmicos                                  assentamento, porém quando o posicionamento
                                                           dos dentes não permitir que isto ocorra, alguns
           Para o desgaste da superfície do esmalte é      desgastes prévios serão necessários (Figuras 7.33
      essencial restabelecer o volume original do dente.   a 7.35). Durante o preparo dental esta mesma
      Para isto, o uso de um enceramento diagnóstico e     matriz deve ser novamente posicionada para
      uma correspondente matriz de silicone é imperati-    avaliar os locais específicos a serem desgastados,
      vo a esta consideração (Magne, 1999).                permitindo assim preparos mais conservadores.
           Para os procedimentos indiretos, a forma        O espaço necessário na região incisal pode ser
      e a espessura do preparo dental são variáveis        controlado com uma matriz palatal (Figura 7.36)
      possíveis para o sucesso das restaurações cerâ-      e após a finalização de todo preparo é necessário
      micas e diferentes geometrias de preparos podem      o posicionamento da matriz para verificar se há
      ser encontradas na literatura. Dentre as várias      uma espessura adequada para a confecção da res-
      técnicas de preparo descritas, independente do       tauração (Figura 7.37). Portanto, a quantidade de
      autor e tipo de tratamento proposto, um dos          desgaste da estrutura dental é calculada tendo em
      objetivos principais é a máxima preservação das      vista o resultado final da restauração cerâmica e
      estruturas dentais sadias, desta forma, pode-se      não em relação ao que está presente no paciente,
      utilizar uma matriz para nortear a espessura de      como era realizado na técnica convencional da
      desgaste. Esta matriz é obtida pela moldagem do      silhueta. Resulta-se assim em preparos minima-
      enceramento diagnóstico e deve ser recortada no      mente invasivos e com máxima preservação da
      sentido horizontal, de forma a utilizar somente a    estrutura dental sadia (Figura 7.38).

150
CAPÍTULO 7   •   PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM DENTES ANTERIORES



7.33                                                7.34




7.35




                                                    ■ Figuras 7.33 a 7.35 *
                                                    Desgastes dentais necessários para o correto assentamento
                                                    da matriz (setas).




■ Figura 7.36*                                      ■ Figura 7.37 *
Espaço de aproximadamente 2 mm necessários para a   Verificação da espessura necessária para a confecção da
região incisal dos laminados cerâmicos.             restauração.




                                                    ■ Figura 7.38 *
                                                    Preparos dentais finalizados.
* (Mesmo paciente das Figuras 7.9 a 7.18).


                                                                                                                   151
ODONTOLOGIA ESTÉTICA – Planejamento e técnica



      Uso do enceramento diagnóstico                                posição até a completa polimerização da resina.
                                                                    Ao final do tempo de polimerização, remove-se a
      para confecção de provisórios                                 matriz (Figura 7.39) e se realiza os acabamentos
      diretos                                                       e polimentos necessários nas restaurações provisó-
                                                                    rias, que estão unidas entre si e serão cimentadas
           Uma restauração provisória adequada é ne-                provisoriamente com cimentos translúcidos como
      cessária para proteção dental contra as injúrias              o Temp Bond Clear (SDS Kerr) ou Provitemp
      térmicas e infiltrações bacterianas. Para os casos             (Biodinâmica), proporcionando assim uma maior
      de laminados cerâmicos, o objetivo dos provisó-               previsibilidade dos resultados finais relacionados
      rios, além dos já citados acima, é prover a função            à forma dos laminados cerâmicos a serem con-
      e estética planejada no início do tratamento, pos-            feccionados. Um glazeamento final (polimento
      sibilitando uma comunicação direta com o pa-                  através da aplicação de uma resina líquida) des-
      ciente e o laboratório a fim de melhorar pequenos              tes provisórios pode ser feito com uma resina
      detalhes que podem influenciar no resultado final               fotopolimerizável própria para este procedimento,
      da restauração.                                               como o Biscover (Bisco) utilizado para aumentar o
           Os provisórios diretos podem ser confeccio-              brilho, a estabilidade de cor e o polimento destas
      nados da mesma forma que os ensaios restaura-                 restaurações (Figuras 7.40 a 7.42). É importante
      dores de diagnóstico (Figuras 7.15 a 7.18), isto é,           salientar que este produto não se polimeriza com-
      utilizando as resinas denominadas bis-acryl, com              pletamente com ativação por algumas luzes de
      a mesma matriz obtida do enceramento diagnós-                 aparelhos LED, sendo necessário a fotoativação
      tico. Ela é levada aos preparos e mantida em                  com luz halógena.




                                                                    ■ Figura 7.39 *
                                                                    Após aproximadamente 5 minutos, tempo necessário para
                                                                    a polimerização da resina bis-acryl, remove-se a matriz e se
                                                                    realiza os acabamentos e correções necessárias.

      7.40                                                          7.41




      ■ Figuras 7.40 e 7.41 *
      Visão final dos provisórios para laminados cerâmicos, após a remoção dos excessos e glazeamento.

      * (Mesmo paciente das Figuras 7.9 a 7.18).


152
CAPÍTULO 7   •   PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM DENTES ANTERIORES




                                                      ■ Figura 7.42 *
                                                      Caso finalizado.




     Após a cimentação dos provisórios, é normal
o paciente queixar-se do excessivo volume dental.     ÚLTIMAS CONSIDERAÇÕES
Para isto, ele deve ser informado que o objetivo
da avaliação estética dos provisórios requer uma           Um correto conhecimento das técnicas e
análise clínica de vários dias e conseqüentemente     materiais restauradores é essencial para o plane-
deve-se “provar” as restaurações provisórias por 1    jamento e execução de restaurações estéticas em
a 2 semanas, para em uma outra consulta discutir      dentes anteriores.
alterações possíveis a serem feitas.                       O protocolo de tratamento descrito neste
     Se alterações forem posteriormente realizadas,   capítulo possibilita uma melhor interação entre
uma melhor forma de transferir estas alterações       o profissional, o paciente e o laboratório, através
para o laboratório é por meio de uma moldagem         das fotografias e dos modelos de estudo encera-
final dos provisórios com alginato ou silicone por     dos. Demonstrou que a utilização do enceramento
condensação. Este é o melhor meio de transferir       diagnóstico com o auxílio das matrizes de silicone
a correta posição incisal, forma e posicionamento     facilita a confecção de restaurações diretas, auxilia
dos dentes para o laboratório e deve ser enviado      no planejamento de laminados cerâmicos e permi-
juntamente com as fotografias intra e extra-orais      te a realização de preparos dentais tendo em vista
do paciente.                                          o resultado final estético desejado.




* (Mesmo paciente das Figuras 7.9 a 7.18).

                                                                                                                     153
ODONTOLOGIA ESTÉTICA – Planejamento e técnica



      Referências                                                   9. Fradeani M. Análise Estética: uma abordagem sis-
                                                                       temática para o tratamento protético. São Paulo,
       1. Baratieri LN et al. Caderno de Dentística: restau-           Quintessence Editora Ltda, 2006.
          rações adhesivas diretas com resinas compostas em        10. Gürel G. The science and art of porcelain laminate
          dentes ateriores. São Paulo, Livraria Editora Santos,        veneers. Baden-Baden, Quintessence Books, 2003.
          2002.                                                    11. Heymann HO. The artistry of conservative esthetic
       2. Behle C. Placement of direct composite veneers utili-        dentistry. J Am Dent Assoc (Special Issue) p. 14E-
          zing a silicone buildup guide and intraoral mock-up.         23E, Dec.1987.
          Pract Periodontics Aesthet Dent v. 12, n. 3, p. 259-     12. Hirata R, Carniel CZ. Solucionando alguns proble-
          66, apr. 2000.                                               mas clínicos comuns com uso de facetamento direto
       3. Bowen RL. Properties of silica-reinforced polymer            e indireto: uma visão ampla. JBC J Bras Clin Estét
          for dental restorations. J Am Dent Assoc Chicago v.          Odontol v. 3, n. 15, p. 7-17, 1999.
          66, n. 1, p. 57-64, jan. 1963.                           13. Magne P, Belser U. Restaurações adesivas de porcela-
       4. Buonocore MG. A simple method of increasing the              na na dentição anterior – uma abordagem biomiméti-
          adhesion of acrylic filling materials to enamel surfa-        ca. Quintessence Editora Ltda, São Paulo, 2003.
          ces. J Dent Res v. 34, n. 6, p. 849-853, dec. 1955.      14. Magne P et al. Crack propensity of porcelain la-
       5. Chen J et al. Clinical evaluation of 546 tetracycline-       minate veneers: A simulated operatory evaluation.
          stained teeth treated with porcelain laminate veneers.       J Prosthet Dent v. 81, n. 3, p. 327-34, mar. 1999.
          J Dent v. 33, n. 1, p. 3-8, jan. 2005.                   15. Meijering AC et al. Pacients’ satisfaction with diffe-
       6. Conceição EN et al. Restaurações Estéticas: compó-           rent types of veneer restorations. J Dent v. 25, n. 6,
          sitos, cerâmicas e implantes. Porto Alegre, Artmed,          p. 493-97, nov. 1997.
          2005.                                                    16. Peumans M et al. Porcelain veneers: a review of the
       7. Christensen GJ, Christensen RP. Clinical obser-              literature. J Dent v. 28, n. 3, p. 163-77, mar. 2000.
          vations of porcelain veneers: a three year report.       17. Rucker ML et al. Porcelain and resin veneers clini-
          J Esthet Dent v. 3, n. 5, p. 174-9, sep./oct. 1991.          cally evaluated: 2-year results. J Am Dent Assoc v.
       8. Dietschi D, Dietschi JM. Current developments in             121, n. 5, p. 594-6, nov. 1990.
          composite materials and techniques. Pract Perio-         18. Welbury RR. A clinical study of a microfilled com-
          dontics Aesthet Dent v. 8, n. 7, p. 603-13, Sep.             posite resin for labial veneers. Int J Paediatr Dent v.
          1996.                                                        1, n. 1, p. 9-15, 1991.




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Planej estet dentes_anter_final

  • 1. 7 Planejamento estético em dentes anteriores Cristian Higashi João Carlos Gomes Sidney Kina Oswaldo Scopin de Andrade Ronaldo Hirata A odontologia estética encontra-se em contínuo avanço e tem sido cada vez mais pra- ticada nos últimos anos em virtude dos procedimentos adesivos e do desenvolvimento de materiais restauradores que buscam a reprodução das características naturais das estruturas dentais. A estética para o ser humano é um conceito altamente subjetivo, pois se encontra relacionada a fatores sociais, culturais e psicológicos que se alteram em função do tempo, dos valores de vida e da idade do indivíduo. Devido a isto, a avaliação das expectativas do paciente e o entendimento das possíveis soluções terapêuticas são essenciais antes de iniciar qualquer planejamento. Atualmente o cirurgião-dentista possui diversas opções restauradoras para os dentes anteriores. Procedimentos diretos ou indiretos, com resinas compostas ou ce- râmicas, variáveis que muitas vezes dificultam o correto diagnóstico de qual técnica e qual material são mais adequados para cada situação clínica. O conceito da Odontologia Restauradora atual preconiza que, para qualquer tipo de procedimento, o profissional deve sempre optar pelo tratamento mais conser- vador, isto é, com maior preservação de estrutura dental sadia. O plano de tratamento deve ser realizado de modo que permita formular um bom prognóstico a médio e longo prazo, não apenas em termos de estética, como também considerando os aspectos biológicos e funcionais. Nenhum tipo de tratamento poderá ter êxito sem o estabelecimento de um corre- to diagnóstico e adequado planejamento. Esta etapa é, provavelmente, uma das mais
  • 2. ODONTOLOGIA ESTÉTICA – Planejamento e técnica importantes e imprescindíveis para a obtenção de que dificilmente podem ser anotadas durante a excelência (Baratieri, 2002). primeira consulta clínica. A obtenção de fotografias Este capítulo objetiva apresentar algumas em diferentes ângulos pode auxiliar o profissional estratégias clínicas que visam facilitar o planeja- a analisar com tranqüilidade detalhes estéticos na mento e execução das restaurações estéticas em ausência do paciente (Gürel, 2003). Além do au- dentes anteriores, possibilitando trabalhar com xílio na montagem do plano de tratamento inicial, uma maior previsibilidade de resultados e máxima as fotografias podem ser úteis para diversas outras preservação da estrutura dental. situações. É uma forma muito interessante de trans- mitir para o paciente, informações sobre os pro- ABORDAGEM INICIAL blemas clínicos encontrados, podendo ampliar as imagens para uma melhor visualização. Diante de O primeiro contato com o paciente que um momento crítico de decisão, como previamente procura um tratamento odontológico estético à cimentação de laminados cerâmicos, estas foto- tem por finalidade compreender as necessidades grafias podem auxiliar na decisão de escolhas quan- primordiais deste paciente, isto é, entender qual to à cor e forma das peças protéticas. Observando é o principal problema que o incomoda. Assim, o as imagens o paciente consegue opinar com maior profissional deve ouvir atentamente as explicações clareza sobre quais alterações serão necessárias. Pode ser um excelente meio de comunicação com do mesmo, buscando definir a personalidade do o laboratório de prótese (Magne, Belser, 2003), em paciente, o nível de expectativa e o grau de exi- que permite ao ceramista ter a visualização da face, gência com relação ao tratamento a ser realizado do sorriso e do contorno de lábios do paciente, (Fradeani, 2006). favorecendo a confecção de restaurações perso- Uma seqüência de procedimentos pode ser nalizadas e algumas fotografias específicas podem feita para obter informações essenciais para a ser importantes nas correções cerâmicas a serem elaboração de um planejamento estético indi- feitas. Atualmente, com a evolução das câmeras vidualizado, a começar por um exame clínico digitais, esta etapa está bastante facilitada, pois detalhado, que deve ser complementado com a permite a visualização e veiculação quase imediata requisição de radiografias, fotografias e modelos das imagens registradas, no entanto é necessário de estudo. objetividade e padronização do número e ângulos das fotografias, a fim de realizar somente o registro Radiografia e fotografia digital das imagens que realmente serão aproveitadas, pois ao contrário, esta etapa pode se um passo descon- A requisição de um levantamento radiográfi- fortável e irritante para o paciente. co periapical é uma documentação extremamente Algumas fotografias podem ser padronizadas importante, pois dentre as suas várias funções, para a análise estética inicial dos dentes anterio- possibilita a verificação de possíveis lesões cariosas, res. Desta forma, oito fotos deverão ser realizadas acompanhamento de restaurações ou próteses den- (Figuras 7.1 a 7.8). tárias antigas, além de possibilitar a observação da As imagens registradas, juntamente com os situação endodôntica e periodontal do paciente. modelos de estudo conferem uma condição mais Em uma análise estética de dentes anteriores favorável para uma análise estética minuciosa a existem muitas informações a serem observadas, ser conduzida sem a presença do paciente. 140
  • 3. CAPÍTULO 7 • PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM DENTES ANTERIORES ■ Figura 7.1 ■ Figura 7.2 Lábio em repouso e a boca entreaberta, para avaliar a ex- Lábio em repouso e boca entreaberta (foto de perfil), para posição dos incisivos superiores. a visualização do posicionamento dos dentes e do volume dos lábios. ■ Figura 7.3 Sorriso frontal, de pré-molar a pré-molar, utilizada para observar a altura e largura do sorriso; inter-relação das bor- das incisais dos dentes superiores com o lábio inferior. ■ Figura 7.4 Dentes em MIH (máxima intercuspidação habitual), de canino a canino com o auxílio de um afastador de lábios, para avaliar o posicionamento e simetria entre os dentes anteriores. 141
  • 4. ODONTOLOGIA ESTÉTICA – Planejamento e técnica 7.5 7.6 7.7 ■ Figuras 7.5 a 7.7 Com o auxílio de um afastador de lábios e um fundo escuro, permitem avaliar as formas e os contornos dentais e verificar as proporções entre os dentes anteriores. ■ Figura 7.8 Fotografia em “close-up” dos incisivos superiores para reg- istro de pequenos detalhes, como a textura, definição dos mamelos, cristas marginais e áreas de translucidez, presen- tes principalmente nos dentes de pacientes jovens. 142
  • 5. CAPÍTULO 7 • PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM DENTES ANTERIORES Modelos de estudo e Ensaios diagnósticos intra-orais enceramento diagnóstico ou mock-up A obtenção de modelos de estudo da arcada A previsão do resultado final de um tratamen- superior e inferior permitem uma visualização to é essencial quando do planejamento de uma tridimensional dos dentes e tecidos adjacentes, reabilitação estética substancial (Magne, 1999). impossível de se obter clinicamente. Através dos Um planejamento restaurador em modelos de modelos pode-se observar detalhes gengivais, posi- estudo e um ensaio restaurador intra-oral permite cionamento, inclinações, formas dentais e relações ao profissional trabalhar com maior previsibilidade dos dentes em conjunto e com os seus antagonis- de resultados e conseqüentemente com uma menor tas (Conceição, 2005). margem de erros em casos mais difíceis, quando Quando múltiplas alterações estiverem indi- múltiplas alterações deverão ser realizadas. Even- cadas, um enceramento diagnóstico deve ser rea- tualmente, pode não ser necessário para problemas lizado sobre os modelos de estudo para facilitar isolados envolvendo apenas um ou dois dentes. a visualização da forma, posição e proporção das Inicialmente é extremamente importante re- futuras restaurações, que devem ser realizadas de definir a morfologia dental desejada através do acordo com o melhor arranjo funcional e estético enceramento diagnóstico. Quando há a necessidade possível. Este enceramento é muito interessante de alteração da forma, comprimento ou posição do para os pacientes com dificuldade de imaginar dente no arco, o ensaio pode ter grande valia para todas as possíveis modificações que podem ser a visualização prévia do resultado final desejado realizadas em seu sorriso após o tratamento res- (Figuras 7.9 a 7.14). Dependendo da situação clí- taurador. Além de facilitar a comunicação entre nica encontrada e dos conhecimentos e habilidades profissional e paciente, o enceramento diagnósti- do profissional, esta simulação pode ser realizada co pode ser muito útil durante os procedimentos diretamente sobre os dentes, inserindo resinas diretos e indiretos. Sua aplicabilidade clínica será compostas em áreas específicas para obtenção do melhor comentada posteriormente. melhor resultado estético e funcional possível. 7.9 7.10 ■ Figuras 7.9 e 7.10 Enceramento diagnóstico para redefinição da morfologia dos dentes a serem restaurados. 143
  • 6. ODONTOLOGIA ESTÉTICA – Planejamento e técnica 7.11 7.12 7.13 7.14 ■ Figuras 7.11 a 7.14 Enceramento diagnóstico para redefinição da morfologia dos dentes a serem restaurados. É importante salientar que estes ensaios intra- mento diagnóstico com silicone por condensação orais ou “restaurações de diagnósticos” devem de uso laboratorial, posteriormente, a matriz obti- ser realizados sem o condicionamento dos tecidos da desta moldagem (Figura 7.15) é preenchida dentais, para depois de cumprida a sua finalidade com uma resina bis-acryl (Figura 7.16), levada aos poder ser facilmente removido. dentes não preparados, e mantida em posição até Uma outra forma de se realizar este ensaio a completa polimerização. Ao final do tempo de é a utilização de uma resina composta para res- polimerização, remove-se a matriz e pode-se ava- taurações provisórias, genericamente denominada liar o ensaio diagnóstico em posição (Figuras 7.17 bis-acryl, que se polimeriza quimicamente ao ser e 7.18). Neste caso, se algum desgaste dental for automisturada em pistolas com pontas semelhan- necessário, será realizado somente após a aprova- tes às utilizadas nos sistemas de silicone de adição. ção da forma, tamanho e comprimento dental por Algumas marcas comerciais com o Structur 2 SC parte do profissional e do paciente. É muito válido (Voco), Ultra-Trim (Bosworth) e Systemp C&B principalmente para os casos em que apenas um (Ivoclar Vivadent) podem ser encontradas no mer- aumento do volume dental é necessário, muito cado odontológico, disponíveis em diversas cores. freqüente em pacientes adultos ou idosos com Primeiramente faz-se uma moldagem do encera- incisivos desgastados ou envelhecidos. 144
  • 7. CAPÍTULO 7 • PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM DENTES ANTERIORES ■ Figura 7.15 ■ Figura 7.16 Matriz obtida pela moldagem do enceramento diagnóstico, A matriz de silicone é preenchida com uma resina bis-acryl, utilizada para a confecção do ensaio intra-oral. que deve ser levada aos dentes e mantida em posição por um tempo de aproximadamente 5 minutos. ■ Figura 7.17 ■ Figura 7.18 Situação inicial. Situação logo após a confecção do ensaio diagnóstico, pre- viamente aos procedimentos de acabamento e polimento. Observe que este ensaio permite uma correta visualização do resultado final esperado, sem a necessidade de des- gastes dentais prévios. Após a conclusão do ensaio restaurador é ne- e modificações intra-orais poderão ser realizados cessário que o paciente e o profissional avaliem o de acordo com as características e anseios de cada resultado obtido e havendo a necessidade, ajustes paciente. 145
  • 8. ODONTOLOGIA ESTÉTICA – Planejamento e técnica INDICAÇÕES CLÍNICAS PARA principal é o reposicionamento do dente no arco, podendo também esta técnica ser empregada para RESTAURAÇÃO EM DENTES o fechamento de diastemas e restaurações de ANTERIORES dentes conóides. Desde que respeitadas as suas limitações, principalmente com relação à seleção A reprodução das características dos dentes do caso e a sensibilidade da técnica, os recon- naturais sempre foi um dos grandes objetivos das tornos cosméticos são restaurações que podem técnicas e materiais restauradores. proporcionar ou devolver a harmonia do sorriso Após a preconização do condicionamento do de forma excepcional. esmalte dental com ácido fosfórico por Buonoco- As resinas compostas oferecem resultados re, em 1955, e o advento das resinas compostas de tratamentos adequados para pacientes jovens. com Bowen, em 1963, soluções restauradoras Em adultos são apropriadas quando o volume, a extremamente conservadoras e reversíveis torna- extensão ou o número de restaurações é limitado ram-se possíveis. (Magne, Belser, 2003). A busca constante da estética natural, jun- Aqueles casos em que já existe um comprome- tamente com a evolução continuada de técnicas timento razoável da cor, com escurecimento médio adesivas avançadas e formulações poliméricas ou elevado, a alternativa restauradora invariavel- e cerâmicas garantiu ao clínico e ao paciente a mente exigirá um preparo do remanescente dental, oportunidade para alcançar resultados funcionais visando uma espessura e campo de trabalho para e estéticos em longo prazo (Christensen, 1991; a execução de uma faceta. Outros casos que exi- Meijering, 1997; Rucker, 1990; Welbury, 1991). girão preparo são dentes com extrema vestibulari- Várias são as alternativas de abordagem clí- zação, onde para o correto alinhamento no arco, nica dos problemas relacionados com a forma, exige-se um desgaste da superfície vestibular. posição e alinhamento, simetria e proporção, Para os dentes escurecidos, o clareamento textura superficial e cor dos dentes anteriores dental prévio sempre deve ser proposto como tra- (Heymann, 1987). tamento inicial. As indicações atuais dos procedimentos ade- Em situações isoladas, com a presença de pro- sivos são relativas, não existe mais a possibilidade blemas localizados, referentes a apenas um dente que ocorria com as técnicas e materiais mais anti- conóide ou fraturado ou escurecido, com muita gos de indicações e contra-indicações autoritárias estrutura dental remanescente, talvez a técnica e seguras. Hoje quem define a indicação é o pró- direta seja mais recomendada pela versatilidade e prio profissional, em vista de cada situação clínica possibilidade de reprodução mais fiel dos dentes (que é extremamente particular) e com base em vizinhos. conhecimentos científicos (Hirata, 1999). As restaurações diretas possuem a grande Dentro desta abordagem, o limite entre as vantagem de ser unicamente dependente do profis- indicações para facetas diretas e indiretas será sional, um procedimento centralizado; o resultado tênue, variando de acordo com o caso clínico em será, portanto, diretamente proporcional à técnica questão. e ao conhecimento daquele que estiver executan- do, sendo também uma faca de dois gumes. Tratamento restaurador direto Outra vantagem do processo direto é o custo do procedimento, que é relativamente mais baixo O recontorno cosmético com resinas compos- do que aqueles que envolvem parte laboratorial. tas é a técnica mais simples de restauração direta, O número de sessões para execução (sessão única) não requer qualquer espécie de preparo, exige também mostra ser uma vantagem importante, simplesmente o condicionamento ácido total do apesar de esta ser relativamente longa. dente. A resistência e retenção são providas pela A resistência e a estabilidade de cor das resi- adesão ao esmalte. Representa a alternativa de nas compostas, apesar de inferiores em relação às escolha em casos em que não existem alterações cerâmicas, são satisfatórias e dependerão do caso de cor profundas, ou dentes cujo posicionamento em que as restaurações foram indicadas e como não exige correção por meio de desgastes. Essa foram executadas e ajustadas. O tempo estimado técnica representa a base do recontorno cosmético de vida infelizmente não pode ser calculado devi- por aposição de resinas compostas, cujo objetivo do ao caráter multifatorial envolvido. 146
  • 9. CAPÍTULO 7 • PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM DENTES ANTERIORES UTILIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO Tratamento restaurador indireto INICIAL PARA O TRATAMENTO RESTAURADOR Quando vários dentes anteriores apresentam perda significativa da estrutura coronal, as res- O planejamento inicial é fundamental na bus- taurações cerâmicas são indicadas (Magne, Belser, ca pelos melhores resultados estéticos e funcionais 2003). dos procedimentos restauradores. A utilização de Casos clínicos em que problemas generaliza- algumas técnicas aliadas a este planejamento per- dos são observados, bem como grande número mite a execução do trabalho com maior previsi- de restaurações extensas, com manchamentos, bilidade de resultados e com máxima preservação alterações de forma observados em vários dentes, da estrutura dental. estes são sérios candidatos ao facetamento indi- reto. Descolorações por tetraciclina, resistentes ao clareamento, podem também ser efetivamente Uso do enceramento diagnóstico tratadas com laminados cerâmicos, podendo e matriz palatina para confecção apresentar elevada satisfação com relação à de restaurações diretas cor após 2,5 anos de acompanhamento clínico (Chen, 2005). Um bom tipo de matriz para dentes anteriores Na necessidade de reposição de guia anterior, fraturados, restaurações classe IV extensas, redu- provavelmente as facetas indiretas sejam mais in- ção e/ou fechamento de diastemas e recontornos dicadas, pela maior resistência mecânica oferecida. cosméticos pode ser obtido a partir de um ensaio Lembre-se que um correto ajuste dos movimentos restaurador diagnóstico (Figura 7.19), por meio de excursivos influencia diretamente a longevidade e uma moldagem com a parte densa de um silico- preservação da área incisal. ne por adição ou condensação. Essa matriz é na Pacientes com expectativas altas, com senti- verdade um “guia de silicone”, que pode ser feita dos apurados para estética, que apresentam face- diretamente na boca ou a partir de um modelo tas de resinas compostas insatisfatórias realizadas de gesso (Baratieri et al., 2002). Para ambos os anteriormente, solicitando resultados com outros casos devem-se primeiramente realizar um ensaio materiais mais estáveis, com menos manchamen- diagnóstico, como citado anteriormente. Após a tos e melhor estética são casos para facetamento reconstrução dos dentes a serem restaurados, na indireto. boca ou no modelo de gesso (enceramento diagnós- A grande vantagem da natureza da técnica tico), uma moldagem, sem moldeira, com a parte indireta é a fabricação das peças de forma extra- densa de um silicone por adição ou condensação oral, otimizando os resultados estéticos e os pro- deverá ser feita, envolvendo todo o dente (Figura cedimentos de acabamento e polimento. 7.20). Pode-se também utilizar silicones polimeri- Os laminados cerâmicos apresentam diversas zados por condensação, de uso laboratorial, como vantagens, pois reúnem algumas das qualidades o Zetalabor (Zhermack), Silon IP (Dentsply) ou dos compósitos, como a capacidade de ser cola- Perfil Lab (Vigodent), sendo estes muito rígidos e do ao substrato dental; e das cerâmicas, como a excelentes para este fim. Após a presa do material estabilidade de cor, alta resistência e durabilidade, de moldagem, o molde deverá ser retirado e, com expansão térmica e rigidez semelhante ao esmalte auxílio de uma lâmina de bisturi nº 12 ou 15 (fea- dental. ther), recortado no sentido mesio-distal, removendo Estudos in vivo demonstram um elevado po- apenas a porção vestibular, de modo que o rebordo tencial para o estabelecimento de uma excelente incisal permaneça na matriz de silicone (Behle, adaptação marginal, manutenção da integridade 2000) (Figura 7.21). Após o recorte do molde, este periodontal e alto grau de satisfação pelos pacien- deve ser levado em posição para verificar e testar o tes (Peumans et al., 2000). assentamento correto (Figura 7.25). 147
  • 10. ODONTOLOGIA ESTÉTICA – Planejamento e técnica ■ Figura 7.19 ■ Figura 7.20 Planejamento inicial com enceramento diagnóstico sobre os Moldagem do enceramento diagnóstico com um silicone de modelos de estudo do paciente. uso laboratorial Zetalabor (Zhermack). Observe o completo envolvimento de todo o dente. ■ Figura 7.21 ■ Figura 7.22 Recorte da matriz no sentido mesio-distal, preservando so- Posicionamento da matriz palatina no modelo de gesso mente a região palatina e incisal. encerado. 7.23 7.24 ■ Figuras 7.23 e 7.24 Caso inicial antes e após a remoção das restaurações antigas, respectivamente. Foi utilizada uma técnica de isolamento abso- luto modificado. 148
  • 11. CAPÍTULO 7 • PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM DENTES ANTERIORES ■ Figura 7.25 Verificação intra-oral do correto assentamento da matriz palatina. Uma das grandes vantagens de se trabalhar onde a partir da região palatina outras camadas com este tipo de matriz é a segurança do correto de resinas são inseridas pela técnica incremental posicionamento dos bordos incisais e proximais, policromática (Figuras 7.26 a 7.28). 7.26 7.27 7.28 ■ Figuras 7.26 a 7.28 Restauração pela técnica incremental policromática com inserção das resinas a partir da região palatina. Note que a utilização matriz permite a visualização prévia do cor- reto posicionamento e comprimento da restauração final planejada. 149
  • 12. ODONTOLOGIA ESTÉTICA – Planejamento e técnica 7.29 7.30 7.31 7.32 ■ Figuras 7.29 a 7.32 Resultado final obtido. Uso do enceramento diagnóstico face vestibular da mesma. Posiciona-se a matriz nos dentes antes de iniciar o procedimento de em preparos dentais para preparo para verificar sua estabilidade e correto laminados cerâmicos assentamento, porém quando o posicionamento dos dentes não permitir que isto ocorra, alguns Para o desgaste da superfície do esmalte é desgastes prévios serão necessários (Figuras 7.33 essencial restabelecer o volume original do dente. a 7.35). Durante o preparo dental esta mesma Para isto, o uso de um enceramento diagnóstico e matriz deve ser novamente posicionada para uma correspondente matriz de silicone é imperati- avaliar os locais específicos a serem desgastados, vo a esta consideração (Magne, 1999). permitindo assim preparos mais conservadores. Para os procedimentos indiretos, a forma O espaço necessário na região incisal pode ser e a espessura do preparo dental são variáveis controlado com uma matriz palatal (Figura 7.36) possíveis para o sucesso das restaurações cerâ- e após a finalização de todo preparo é necessário micas e diferentes geometrias de preparos podem o posicionamento da matriz para verificar se há ser encontradas na literatura. Dentre as várias uma espessura adequada para a confecção da res- técnicas de preparo descritas, independente do tauração (Figura 7.37). Portanto, a quantidade de autor e tipo de tratamento proposto, um dos desgaste da estrutura dental é calculada tendo em objetivos principais é a máxima preservação das vista o resultado final da restauração cerâmica e estruturas dentais sadias, desta forma, pode-se não em relação ao que está presente no paciente, utilizar uma matriz para nortear a espessura de como era realizado na técnica convencional da desgaste. Esta matriz é obtida pela moldagem do silhueta. Resulta-se assim em preparos minima- enceramento diagnóstico e deve ser recortada no mente invasivos e com máxima preservação da sentido horizontal, de forma a utilizar somente a estrutura dental sadia (Figura 7.38). 150
  • 13. CAPÍTULO 7 • PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM DENTES ANTERIORES 7.33 7.34 7.35 ■ Figuras 7.33 a 7.35 * Desgastes dentais necessários para o correto assentamento da matriz (setas). ■ Figura 7.36* ■ Figura 7.37 * Espaço de aproximadamente 2 mm necessários para a Verificação da espessura necessária para a confecção da região incisal dos laminados cerâmicos. restauração. ■ Figura 7.38 * Preparos dentais finalizados. * (Mesmo paciente das Figuras 7.9 a 7.18). 151
  • 14. ODONTOLOGIA ESTÉTICA – Planejamento e técnica Uso do enceramento diagnóstico posição até a completa polimerização da resina. Ao final do tempo de polimerização, remove-se a para confecção de provisórios matriz (Figura 7.39) e se realiza os acabamentos diretos e polimentos necessários nas restaurações provisó- rias, que estão unidas entre si e serão cimentadas Uma restauração provisória adequada é ne- provisoriamente com cimentos translúcidos como cessária para proteção dental contra as injúrias o Temp Bond Clear (SDS Kerr) ou Provitemp térmicas e infiltrações bacterianas. Para os casos (Biodinâmica), proporcionando assim uma maior de laminados cerâmicos, o objetivo dos provisó- previsibilidade dos resultados finais relacionados rios, além dos já citados acima, é prover a função à forma dos laminados cerâmicos a serem con- e estética planejada no início do tratamento, pos- feccionados. Um glazeamento final (polimento sibilitando uma comunicação direta com o pa- através da aplicação de uma resina líquida) des- ciente e o laboratório a fim de melhorar pequenos tes provisórios pode ser feito com uma resina detalhes que podem influenciar no resultado final fotopolimerizável própria para este procedimento, da restauração. como o Biscover (Bisco) utilizado para aumentar o Os provisórios diretos podem ser confeccio- brilho, a estabilidade de cor e o polimento destas nados da mesma forma que os ensaios restaura- restaurações (Figuras 7.40 a 7.42). É importante dores de diagnóstico (Figuras 7.15 a 7.18), isto é, salientar que este produto não se polimeriza com- utilizando as resinas denominadas bis-acryl, com pletamente com ativação por algumas luzes de a mesma matriz obtida do enceramento diagnós- aparelhos LED, sendo necessário a fotoativação tico. Ela é levada aos preparos e mantida em com luz halógena. ■ Figura 7.39 * Após aproximadamente 5 minutos, tempo necessário para a polimerização da resina bis-acryl, remove-se a matriz e se realiza os acabamentos e correções necessárias. 7.40 7.41 ■ Figuras 7.40 e 7.41 * Visão final dos provisórios para laminados cerâmicos, após a remoção dos excessos e glazeamento. * (Mesmo paciente das Figuras 7.9 a 7.18). 152
  • 15. CAPÍTULO 7 • PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM DENTES ANTERIORES ■ Figura 7.42 * Caso finalizado. Após a cimentação dos provisórios, é normal o paciente queixar-se do excessivo volume dental. ÚLTIMAS CONSIDERAÇÕES Para isto, ele deve ser informado que o objetivo da avaliação estética dos provisórios requer uma Um correto conhecimento das técnicas e análise clínica de vários dias e conseqüentemente materiais restauradores é essencial para o plane- deve-se “provar” as restaurações provisórias por 1 jamento e execução de restaurações estéticas em a 2 semanas, para em uma outra consulta discutir dentes anteriores. alterações possíveis a serem feitas. O protocolo de tratamento descrito neste Se alterações forem posteriormente realizadas, capítulo possibilita uma melhor interação entre uma melhor forma de transferir estas alterações o profissional, o paciente e o laboratório, através para o laboratório é por meio de uma moldagem das fotografias e dos modelos de estudo encera- final dos provisórios com alginato ou silicone por dos. Demonstrou que a utilização do enceramento condensação. Este é o melhor meio de transferir diagnóstico com o auxílio das matrizes de silicone a correta posição incisal, forma e posicionamento facilita a confecção de restaurações diretas, auxilia dos dentes para o laboratório e deve ser enviado no planejamento de laminados cerâmicos e permi- juntamente com as fotografias intra e extra-orais te a realização de preparos dentais tendo em vista do paciente. o resultado final estético desejado. * (Mesmo paciente das Figuras 7.9 a 7.18). 153
  • 16. ODONTOLOGIA ESTÉTICA – Planejamento e técnica Referências 9. Fradeani M. Análise Estética: uma abordagem sis- temática para o tratamento protético. São Paulo, 1. Baratieri LN et al. Caderno de Dentística: restau- Quintessence Editora Ltda, 2006. rações adhesivas diretas com resinas compostas em 10. Gürel G. The science and art of porcelain laminate dentes ateriores. São Paulo, Livraria Editora Santos, veneers. Baden-Baden, Quintessence Books, 2003. 2002. 11. Heymann HO. The artistry of conservative esthetic 2. Behle C. Placement of direct composite veneers utili- dentistry. J Am Dent Assoc (Special Issue) p. 14E- zing a silicone buildup guide and intraoral mock-up. 23E, Dec.1987. Pract Periodontics Aesthet Dent v. 12, n. 3, p. 259- 12. Hirata R, Carniel CZ. Solucionando alguns proble- 66, apr. 2000. mas clínicos comuns com uso de facetamento direto 3. Bowen RL. Properties of silica-reinforced polymer e indireto: uma visão ampla. JBC J Bras Clin Estét for dental restorations. J Am Dent Assoc Chicago v. Odontol v. 3, n. 15, p. 7-17, 1999. 66, n. 1, p. 57-64, jan. 1963. 13. Magne P, Belser U. Restaurações adesivas de porcela- 4. Buonocore MG. A simple method of increasing the na na dentição anterior – uma abordagem biomiméti- adhesion of acrylic filling materials to enamel surfa- ca. Quintessence Editora Ltda, São Paulo, 2003. ces. J Dent Res v. 34, n. 6, p. 849-853, dec. 1955. 14. Magne P et al. Crack propensity of porcelain la- 5. Chen J et al. Clinical evaluation of 546 tetracycline- minate veneers: A simulated operatory evaluation. stained teeth treated with porcelain laminate veneers. J Prosthet Dent v. 81, n. 3, p. 327-34, mar. 1999. J Dent v. 33, n. 1, p. 3-8, jan. 2005. 15. Meijering AC et al. Pacients’ satisfaction with diffe- 6. Conceição EN et al. Restaurações Estéticas: compó- rent types of veneer restorations. J Dent v. 25, n. 6, sitos, cerâmicas e implantes. Porto Alegre, Artmed, p. 493-97, nov. 1997. 2005. 16. Peumans M et al. Porcelain veneers: a review of the 7. Christensen GJ, Christensen RP. Clinical obser- literature. J Dent v. 28, n. 3, p. 163-77, mar. 2000. vations of porcelain veneers: a three year report. 17. Rucker ML et al. Porcelain and resin veneers clini- J Esthet Dent v. 3, n. 5, p. 174-9, sep./oct. 1991. cally evaluated: 2-year results. J Am Dent Assoc v. 8. Dietschi D, Dietschi JM. Current developments in 121, n. 5, p. 594-6, nov. 1990. composite materials and techniques. Pract Perio- 18. Welbury RR. A clinical study of a microfilled com- dontics Aesthet Dent v. 8, n. 7, p. 603-13, Sep. posite resin for labial veneers. Int J Paediatr Dent v. 1996. 1, n. 1, p. 9-15, 1991. 154