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ESCOLA DE ENGENHARIA MAUÁ
ETC 104-Representação Gráfica e
Arquitetura das Edificações
Fallingwater - Frank Lloyd Wright
1ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Introdução
O PROJETO SOBRADO da disciplina de ETC 104 consiste no projeto
arquitetônico de uma residência unifamiliar, em conformidade com as
normas técnicas e a legislação vigente, bem como as condicionantes do
partido do projeto arquitetônico.
2ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Sumário
Introdução...................................................................... 1
Projeto Arquitetônico..................................................... 4
Partido Arquitetônico..................................................... 5
Programa de Necessidades ............................................ 6
Perfil da família............................................................... 7
No Projeto Final.............................................................. 7
Terreno......................................................................... 10
No Projeto Final............................................................ 10
Controle de Ocupação do terreno................................ 12
Taxa de Ocupação (TO)................................................. 12
Coeficiente de Aproveitamento (CA) ........................... 13
No Projeto Final............................................................ 14
O Clima ......................................................................... 15
No Projeto Final............................................................ 16
Vegetação..................................................................... 17
No Projeto Final............................................................ 17
Sistema construtivo - paredes...................................... 18
No Projeto Final.................Erro! Indicador não definido.
Sistema construtivo - telhado ...................................... 18
No Projeto Final............................................................ 19
Compartimentos........................................................... 20
Garagem....................................................................... 22
No Projeto Final............................................................ 22
Sanitários adaptados.................................................... 23
3ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
No Projeto Final............................................................ 23
Escada........................................................................... 24
No Projeto Final............................................................ 24
Sistema de aquecimento solar ..................................... 25
Sistema de coleta de água pluvial ................................ 26
No Projeto Final............................................................ 26
1ª Etapa ........................................................................ 27
2ª Etapa ........................................................................ 29
3ª Etapa ........................................................................ 30
Última Etapa................................................................. 33
Valor no Prazo .............................................................. 35
Etapa............................................................................. 35
Representação gráfica.................................................. 36
Anexos.......................................................................... 39
4ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Projeto Arquitetônico
Conforme a NBR 6492/1994, compõe as etapas de desenvolvimento do Projeto
Arquitetônico:
Estudo preliminar: Estudo da viabilidade de um programa e do partido arquitetônico a
ser adotado para sua apreciação e aprovação pelo cliente. Pode servir à consulta prévia
para aprovação em órgãos governamentais.
Projeto de Prefeitura: Projeto para aprovação junto à Prefeitura local, atendendo as
exigências legais;
Anteprojeto: Definição do partido arquitetônico e dos elementos construtivos,
considerando os projetos complementares (estrutura, instalações, etc.). Nesta etapa, o
projeto deve receber aprovação final do cliente e dos órgãos oficiais envolvidos e
possibilitar a contratação da obra.
Projeto Executivo: Apresenta, de forma clara e organizada, todas as informações
necessárias à execução da obra e todos os serviços inerentes.
O Projeto Final de ETC 104 segue as etapas do desenvolvimento do Projeto
Arquitetônico, iniciando-se com a definição do:
 Programa de Necessidades e do
 Partido Arquitetônico.
5ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Partido Arquitetônico
Para definir arquitetura o Prof. Carlos Lemos se utiliza
da noção de partido arquitetônico:
“Arquitetura é toda e qualquer intervenção no meio
ambiente criando novos espaços, quase sempre com
determinada intenção plástica, para atender a
necessidades imediatas ou a expectativas
programadas; e caracterizada pelo partido
arquitetônico.”
O que é arquitetura - Carlos Lemos.
Partido Arquitetônico resulta da análise de diversas condicionantes, entre as quais:
- Análise do entorno e localização do terreno;
- Preservação do meio ambiente e conservação da mata nativa;
- Condições físicas e topográficas, e dimensões do terreno;
- O clima, a orientação solar e a ventilação;
- Aspectos construtivos;
- Programa de Necessidades;
- Distribuição das funções e a circulação;
- Legislação regulamentadora e obediência às normas técnicas.
6ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Programa de Necessidades
Em arquitetura, um programa de necessidades é o conjunto sistematizado de
necessidades funcionais correspondentes à utilização do espaço interno e à sua divisão
em compartimentos ou ambientes, requerida para um determinado uso de uma
construção.
É usado nas fases iniciais do projeto a fim de nortear as decisões a serem tomadas,
sendo um dos principais determinantes do projeto, juntamente do partido, do sítio e
das restrições legais.
Sua utilização foi largamente difundida pelos arquitetos modernos, partidários de uma
produção arquitetônica baseada na eficácia total da edificação.
7ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Perfil da família
Uma das referências para o programa de necessidades é o perfil familiar.
No Projeto Final
Conforme previamente selecionado, o Projeto Final será feito a partir de um dos perfis
familiares abaixo:
a. Casal: industrial de 54 anos e líder ambientalista de 50 anos, filhos de
noruegueses, tem 1 filho de 23 anos e duas filhas: uma de 16 e outra de 12 anos.
Recebem amigos da comunidade europeia em casa. Amigos dos filhos dormem
em quarto próprio. Casal de empregados (casal com 20 e 18 anos) dorme na casa.
Possuem uma biblioteca, um salão de jogos (mesas de sinuca e de cartas) e um
escritório com um aquário de água salgada. Possuem um casal de Elkhound
pretos e um Lundehund.
b. Casal: engenheiro de materiais de 48 anos e orientadora educacional de 37 anos.
Recebem frequentemente os pais maternos e demais parentes que moram na
Síria. Possuem 4 meninos de 21, 16, 12 e 8 anos. Mãe paterna de 82 anos mora
na casa. Uma oficina com uma bancada fica próxima da garagem. Possuem
quatro cachorros (saluki) que, como manda a tradição árabe, foram dados de
presente. Crianças estudam na casa em local amplo e próprio.
c. Casal: homem de 50 anos e mulher de 46 anos, bascos donos de 2 Rotisseries de
produtos bascos, como os “pintos”, e uma Adega de vinhos. 4 filhos: 2 meninas
de 18 e 15 anos e 2 menino de 11 e 8 anos. Casal gosta de cozinhar. Recebem
muitos amigos e/ou parentes. Amigos das crianças dormem com frequência na
casa. Possuem três cachorros (euskal artzain txakurra gorbeiakoa) e dois gatos
(mau egípcio). Rotina com horários variáveis e flexíveis. Crianças estudam na
varanda alpendrada e escritório dos pais fica na casa, em local isolado
8ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
d. Casal: homem de 53 anos e mulher de 39 anos, tailandeses, donos de
restaurante típico que mistura os quatro sabores fundamentais. A filha de 19
anos mora com o marido (23 anos) e as três netas de 4, 2 e a caçula recém-
nascida. Pai materno de 63 anos mora na casa. Possuem quatro cachorros (2
Songshi Quan, 1 Akita Inu e 1 Shih-tzu).
e. Casal: professor de francês e tradutor oficial de 47 anos e terapeuta de casal de
44 anos, argelinos. 3 filho de 13, 10 e 4 anos (meninos). Irmão da esposa de 37
anos mora na casa e possui distrofia neuromuscular. Hospedam estrangeiros de
diversos países do Magreb. Possuem cinco cachorros (3 Azawakh e 2 Rhodesian
Ridgeback). O pai dá aulas particulares em casa em local próprio e ensolarado.
f. Casal: homem de 61 anos e mulher de 40 anos, dentistas formados em
Melbourne, ele é australiano. Possuem um menino de 16 anos e três meninas:
12, 9 e 6 anos. Viajam bastante para a casa que possuem em Angra dos Reis.
Poucas refeições são feitas em casa e não gostam de cozinhar. Há na casa um
local tranquilo e adequado para pesquisas e estudos acadêmicos. Na casa dispõe
de um salão para dançar próximo á piscina. Possuem quatro cachorros (2
Shepherd e 2 Kelpie).
g. Casal: secretário executivo de 56 anos e executiva do setor de petróleo de 44
anos, mexicanos. 1 enteada (filha do 1º casamento do pai) de 24 anos e 3 filhas
de 3 anos. A enteada tem, na casa, um estúdio de gravação e ensaio, com dois
ambientes, um com mesa de som, e outro, que comporta a sua banda, mas que
não afeta a tranquilidade da casa. O pai assessora a mãe e ambos viajam muito
profissionalmente. Três empregados domésticos (um casal de 40 e 38 anos e a
filha de 19 anos) moram na casa. Possuem dois Xoloitzcuintle.
9ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
h. Casal: gerente bancário de 58 anos e florista de 50 anos, nisseis. 4 filhos: 2
meninos de 24 e 18 anos e 2 meninas de 21 e 12 anos. Possuem 4 Shiba Inu. A
mãe do marido (87 anos) também mora na casa. Todos os filhos, além da escola,
fazem natação, artes marciais, inglês, francês e japonês. Na casa há uma estufa
de bonsai e tulipas na cobertura. Os filhos têm aulas particulares de Sho (órgão),
Taiko (grande tambor), Yokobue (flauta), Kogu (harpa), Yamatogoto (cítara) e
Sangen (banjo) na casa.
i. Casal: homem de 59 anos e mulher de 45 anos, descendentes de tradicional
família hindu, donos de concessionárias de carros fabricados na China. 5 filhos: 3
meninas de 19, 14 e 9 anos e 2 menino de 17 e 12 anos. A mãe do marido,
muito idosa (93 anos), mora na casa, acompanhada de uma dama de companhia
(17 anos). Garagem para 3 carros. Possuem 5 Afghan Round.
j. Casal: médico especialista em reprodução humana de 62 anos e fonoaudióloga
de 48 anos, catarinenses. 5 filhas: uma de 11 anos, uma de 8 anos e 3 de 4 anos
(babá mora com eles). Um quarto fica sempre disponível para receber os pais e
demais parentes do marido, que moram na Ucrânia. Possuem 4 Hortaya Borzaya.
No tempo livre, o casal compõe uma equipe de rally, categoria turismo, com
espaço na casa para 2 carros de competição (tipo SUV), além de uma vaga de
carro comum. A casa dispõe de uma sauna privativa para o casal.
k. Casal: homem de 50 anos e mulher de 49 anos, belgas, mas que moraram muito
tempo na África do Sul. Comercializam diamantes e pedras brasileiras. 6 filhos: 3
meninas de 16, 14 e 10 anos e 3 meninos de 17 e 12 anos (todos adotados de
origem africana). A irmã (40 anos) da esposa mora na casa. Criam 4 Boerboel e 2
Chien de berger belge. Amigos dos filhos dormem na casa. Casal tem escritório
em casa e saem pouco de casa. A casa possui duas salas íntimas nas quais a
família passa a maior parte do tempo livre.
10ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Terreno
O lote é uma parcela do terreno para urbanização.
De acordo com o Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo:
“A implantação de qualquer edificação no lote, além do atendimento às disposições
previstas na Lei de Parcelamento Uso e Ocupação do Solo, dos afastamentos em relação
às águas correntes ou dormentes, faixas de domínio público de rodovias e ferrovias,
linhas de alta tensão, dutos e canalizações deverá respeitar as normas previstas nesta
lei, visando assegurar a qualidade de vida das edificações vizinhas, bem como a higiene
e salubridade dos seus compartimentos”
No Projeto Final
As dimensões do terreno seguem conforme tabela abaixo:
Dimensões do
terreno (MxN)
Coeficiente de
Aproveitamento
(CA)
Taxa de ocupação
(TO)
X (19 X 42) m 37,5% 12,5%
Y (17 X 47) m 37,5% 12,5%
W (21 X 38) m 37,5% 12,5%
Z (18 X 44) m 37,5% 12,5%
O terreno em declive progressivo, em área de preservação ambiental, conforme
descrição abaixo:
Frente para uma rua local e fundo para o Rio Anhangá-Mirim. O terreno está em declive,
em relação à rua local, sendo que o primeiro quarto de terreno tem 1 m de declive, o
segundo quarto tem 2 m, o terceiro quarto tem 4 m, e a última fração do terreno tem
um declive de 8 m, sendo parte deste trecho tomada pela cheia do curso de água.
11ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
¼ do terreno
M
0,0 -1,0 -3,0 -7,0 -15,0
N
Como o Rio Anhangá-Mirim tem cerca de 20 metros de largura, os 18 m finais do
terreno são de área de preservação permanente (APP), não podendo sofrer quaisquer
modificações, movimentos de terra ou quaisquer outras interferências na mata nativa
local.
Segundo o Código Estadual do Meio Ambiente:
Seção II
Das Áreas de Preservação Permanente
Art. 115. São consideradas áreas de preservação permanente para efeito da
geomorfologia do Estado, pelo simples efeito desta Lei, as florestas e demais formas de
vegetação natural situadas:
I - ao longo dos rios ou de qualquer curso de água desde o seu nível mais alto em faixa
marginal cuja largura mínima seja:
a) de cinco metros para os cursos de água inferiores a cinco metros de largura;
b) de dez metros para os cursos de água que tenham de cinco até dez metros de largura;
c) de dez metros acrescidos de 50% (cinqüenta por cento) da medida excedente a dez
metros, para cursos de água que tenham largura superior a dez metros.
RuaLocal
Rio
Anhangá-Mirim
12ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Controle de Ocupação do terreno
Com relação ao porte da edificação, este é controlado através de índices que
estabelecem:
 A altura total da edificação;
 O Coeficiente de Aproveitamente (CA) máximo do lote, que representa a área
máxima possível de ser construída dividida pela área do lote;
 A Taxa de Ocupação (TO) máxima permitida para o lote;
 Os afastamentos frontal, laterais e de fundos; e
 O tamanho mínimo do lote.
Afastamentos.
Taxa de Ocupação (TO)
A TO é a relação percentual entre a projeção da edificação e a área do terreno. Ou seja,
ela representa a porcentagem do terreno sobre o qual há edificação.
A TO mede apenas a projeção da edificação sobre o terreno.
Por isso, a TO não está diretamente ligada ao número de pavimentos da edificação. Na
realidade, se os pavimentos superiores estiverem contidos dentro dos limites do
pavimento térreo, o número de pavimentos não fará diferença nenhuma na TO. Se, ao
13ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
contrário, um ou mais pavimentos tiverem elementos que se projetam para fora, então
a TO será alterada, conforme pode ser visto na imagem abaixo.
A TO apenas muda com o número de pavimentos se houver elementos que se projetam
para além dos limites do pavimento térreo.
Como padrão de referência, pode ser usada a seguinte imagem para se ter uma idéia do
que representam taxas de ocupação diferentes.
Parâmetros de referência para a TO.
Coeficiente de Aproveitamento (CA)
O Coeficiente de Aproveitamento é um número que, multiplicado pela área do lote,
indica a quantidade máxima de metros quadrados que podem ser construídos em
um lote, somando-se as áreas de todos os pavimentos.
14ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Os exemplos abaixo mostram duas possibilidades de edificação em um lote de 24 x
30m, com CA=2. A primeira, que utiliza TO=50%, permite apenas 4 pavimentos. A
segunda distribui a área edificada em 8 pavimentos, cada um com To de 25%.
Variações do número de pavimentos e da TO, mantendo o mesmo CA.
No Projeto Final
Além da Taxa de Ocupação e do Coeficiente de Aproveitamento, indicados junto as dimensões
do terreno, para o Projeto Final devem ser observados os seguintes parâmetros:
 Área de Permeabilidade Mínima – 50%
 Altura Máxima da Edificação – 10 m
 Recuo de Frente – 5 m
 Recuo da APP (área de preservação permanente) – 3 m
 Recuo Lateral – 1,5 m com janela e 1 m sem janela.
 A casa deverá ter 3 pavimentos com 1 semi-enterrado (subsolo).
15ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
O Clima
O clima, a orientação do sol e a direção dos ventos influenciam no partido arquitetônico:
16ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
No Projeto Final
O clima e a orientação do sol seguem conforme abaixo:
O clima de São Paulo é considerado subtropical com diminuição de chuvas no inverno e
temperatura média anual de 19,25 °C, tendo invernos brandos e verões com temperaturas
moderadamente altas, aumentadas pelo efeito da poluição e da altíssima concentração de
edifícios. O mês mais quente, fevereiro, tem temperatura média de 22,5°C e o mês mais frio,
julho, de 16 °C, por causa do efeito das ilhas de calor, causado por excessos de prédio, asfalto,
concreto e poucas áreas verdes, a cidade de São Paulo tem sofrido com os dias quentes e secos
durante o inverno, não raro ultrapassando a marca dos 28 °C nos meses de julho e agosto.
A umidade tem índices considerados aceitáveis durante todo o ano, embora a poluição atinja
níveis críticos no inverno, devido ao fenômeno de inversão térmica e pela menor ocorrência de
chuvas de maio a setembro.
A precipitação anual média é de 1 376,2 mm, concentrados principalmente no verão. As
estações do ano são relativamente bem definidas: o inverno é ameno e subseco, e o verão,
moderadamente quente e chuvoso. Outono e primavera são estações de transição. Geadas
ocorrem esporadicamente em regiões mais afastadas do centro, e em invernos rigorosos, em
boa parte do município.
Posição do Norte:
O Norte está a 45º em relação à margem do terreno, conforme indicado:
Rua A
C A
D B
17ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Vegetação
Com 21% da área do município coberta por área verde (incluindo reservas ecológicas),
São Paulo possui apenas entre 5 e 6 m² de área verde por habitante, abaixo dos 12 m²
por habitante recomendado pela Organização Mundial da Saúde.
A Mata Atlântica é um bioma presente na maior parte no território brasileiro,
abrangendo a área do Município de São Paulo. As florestas atlânticas são ecossistemas
que apresentam árvores com folhas largas e perenes. Abriga árvores que atingem de 20
a 30 metros de altura.
Atualmente existem menos de 10% da mata nativa. Um trabalho coordenado por
pesquisadores do Instituto Florestal de São Paulo mostrou que, neste início de século, a
área com vegetação natural em São Paulo aumentou 3,8% (1,2 quilômetro quadrado)
em relação à existente há dez anos. O crescimento, ainda tímido, concentrou-se na faixa
de Mata Atlântica, o ecossistema mais extenso do estado.
A Constituição Federal de 1988 coloca a Mata Atlântica como patrimônio nacional, junto
com a Floresta Amazônica brasileira, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a
Zona Costeira. A derrubada da mata primária é proibida.
No Projeto Final
No terreno deverá ser mantido um Manacá da Serra
(Tibouchina mutabilis), bem como 1,5 m de raio do
seu entorno, por ser uma árvore nativa da Mata
Atlântica com 9 m de altura e tronco de 20 cm de
diâmetro. Copa arredondada de mais ou menos 4 m
de diâmetro. Folhas pilosas, rígidas, de 9 cm por 4 cm,
verde-escuro nervurada. Suas flores mudam de cor à
medida que envelhecem. No início da floração
possuem cor branca, ficando lilás escuro com o passar
do tempo. Sua florada se destaca bem na paisagem e
ocorre no verão. Para quem está olhando o terreno
da calçada, a árvore está a 3 m da lateral direita da
divisa e a 4 m da frente do terreno.
18ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Sistema construtivo – Pilares e vigas (alvenaria)
Em uma edificação o projeto de Arquitetura e a Estrutura estão intimamente ligados.
Por isso a importância de estabelecer o tipo de sistema que vamos utilizar para
estabelecer tamanhos de vão a serem trabalhados.
Sistema construtivo – Pilares e vigas (alvenaria)
Em uma edificação o projeto de Arquitetura e a Estrutura estão intimamente ligados. Por isso a
importância de estabelecer o tipo de sistema que vamos utilizar para estabelecer tamanhos de
vão a serem trabalhados.
Vamos estabelecer o sistema básico de vigas e pilares em concreto com paredes em alvenaria,
considerando vãos de 4 á 5 m. Paredes com bloco de 19 cm mais revestimento.
Pilares com seção quadrada de 19 x 19 cm e Vigas de 20 x 40 cm.
Pilares – elemento conhecido da estrutura tem como função transmitir a carga da estrutura
para o solo.
Vigas – elemento horizontal da estrutura que tem como função transmitir a carga para os
pilares
Os projetos de estrutura são geralmente organizados em malhas de eixos, onde os pilares ficam
nos cruzamentos desses eixos. Importante que esta malha da estrutura deve ser representada
no projeto, tanto em planta como nos cortes. A nomenclatura deve ser dada de cima para baixo
(vigas) e da esquerda para direita (pilares).
19ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Sistema construtivo - telhado
Chama-se vulgarmente de telhado qualquer tipo de cobertura em uma edificação,
entretanto telhado é apenas um tipo de cobertura que possui um ou mais planos
inclinados em relação à linha horizontal, chamados de águas.
A função principal do telhado é proteger o espaço interno das intempéries, tais como o
sol intenso e a chuva, fornece privacidade e conforto ao morador e permite a captação
das águas pluviais.
O principal elemento construtivo do telhado é a telha.
No Projeto Final
O telhado será composto por telhas de cimento e estrutura de madeira, e terá caimento
para todas as fachadas (mínimo de 4 águas). O beiral mínimo é de 0,60m, mas 1 fachada
(mínimo) terá um alpendre de 2m.Para calcular o telhado consulte o boletim técnico em:
www.tegula.com.br/site/folheto_tecnico_azul_alta.pdf.
20ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Compartimentos
Os ambientes na edificação deverão ser posicionados e dimensionados de forma a
proporcionar conforto ambiental, térmico, acústico e proteção contra a umidade, sendo
classificados em Grupos em razão da função exercida, que determinará seu
dimensionamento mínimo, bem como a insolação e ventilação necessários, conforme o
Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo.
Em uma Habitação temos:
Grupo Compartimento Dimensionamento mínimo Abertura (%
da área)
Abertura
mínima (m2)
Pé-
direito
(m)
Área
(m2)
Conter
círculo (m)
Insol
ação
Ventil
ação
Insol
ação
Ventil
ação
A Repouso, Estar e
Estudo
2,50 5,00 2,00 15,00 7,50 0,60 0,30
C Cozinha e
Lavanderia
2,50 - 1,20 10,00 5,00 0,60 0,30
D Sanitários,
corredores e
depósitos
2,30 - 0,80 - 5,00 0,60 0,30
21ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
No Projeto Final
 Todos os sanitários, no Projeto Final, deverão ter ventilação e insolação naturais;
 O centro da edificação deverá comportar um jardim de inverno, com dimensões
mínimas de 2m x 2m. O jardim de
inverno tem este nome
porque possibilita um
maior contato com a
natureza mesmo em dias
mais frios ou chuvosos;
 Nos fundos do terreno deverá ser
projetada uma piscina
descoberta com dimensões de 12
m x 4 m (h = 1,4 m). A borda da
piscina terá pelo menos 80 cm
para circulação e distância mínima
de 1 m tanto para os limites do terreno, como para a edificação;
 Na testada do lote não há muro, apenas gradil com 10% de vedação. Na área de
proteção permanente também não pode haver muro.
22ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Garagem
A garagem consiste em um abrigo para veículos, e assim consiste em uma área edificada.
No Projeto Final
Nesta residência deve comportar duas vagas, com pelo menos uma para cadeirante,
com espaço para o seu desembarque.
Conforme o Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo:
Dimensão das vagas:
Tipo de Veículo
Vaga para Estacionamento
Altura Largura
Comprime
nto
Médio 2,10 2,10 4,70
Grande 2,30 2,50 5,50
Deficiente Físico 2,30 3,50 5,50
Cálculo da ventilação:
Quando as vagas forem cobertas, deverão dispor de ventilação permanente garantida
por aberturas, pelo menos em duas paredes opostas ou nos tetos junto a estas paredes e
que correspondam, no mínimo, à proporção de 60 cm² (sessenta centímetros quadrados)
de abertura para cada metro cúbico de volume total do compartimento, ambiente ou
local.
23ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Sanitários adaptados
A acessibilidade e a
deficiência física
fazem parte da
nossa realidade,
assim uma
construção
eficiente tem que
atender a todas as
pessoas.
No Projeto Final
Nesta residência um banheiro (chuveiro, vaso sanitário e lavatório) deve estar em conformidade
com a NBR 9050, com a porta abrindo “para fora” e com acesso à garagem.
24ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Escada
A escada é uma série de degraus para permitir a circulação vertical em uma edificação.
No Projeto Final
As dimensões dos pisos e espelhos
devem ser constantes em toda a
escada, atendendo às seguintes
condições:
a) pisos (p): 0,28 m < p < 0,32 m;
b) espelhos (e) 0,16 m < e < 0,18 m;
c) 0,63 m < p + 2e < 0,65 m.
Todas as demais referências para o
projeto da escada devem basear-se,
como citado acima, na NBR 9050.
25ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Sistema de aquecimento solar
A Lei 14.459/07 estabelece que
todas as novas construções,
residenciais ou não, instalem
sistema de aquecimento solar,
conforme as suas características.
Compõe o sistema de aquecimento
solar:
 A placa coletora: que
absorve a radiação solar,
transferindo o calor para a
água que circula em uma
tubulação revestida de cobre em seu interior. Em geral cada m2 de placa aquece
100 litros de água;
 O reservatório térmico (boiler): tem a função de armazenar a água aquecida.
 A tubulação: por onde circulam a água fria e a água aquecida e;
 A caixa d’água: o reservatório normal de água da residência.
Podemos de maneira geral dimensionar assim:
• 60 litros por pessoa para utilização no chuveiro, considerando 1 banho de 10
minutos por dia com vazão da ducha de 8 a 10 litros por minuto.
Para uma família de 5 pessoas, por exemplo, seria necessário um boiler de 300 litros,
Para calcular as placas coletoras temos:
A = V x S1/ 100 (m2)
Sendo:
A = área total necessária dos coletores;
V = volume do Boiler;
S1 = Fator de correção do clima (considerar para São Paulo 0,9);
Considerando que as placas coletoras estejam posicionadas no Norte
Assim, no exemplo temos A = 2,7 m2 e, se cada placa coletora tiver 1 m2, precisamos de
3 placas coletoras, para um boiler de 300 litros.
26ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Sistema de coleta de água pluvial
O sistema de coleta de água pluvial consiste no aproveitamento da água da chuva,
visando o uso racional da água.
No Projeto Final
As residências, no Projeto Final, devem conter uma cisterna com capacidade para 2 mil
litros. Deste modo a água captada pelo telhado deverá abastecer esta cisterna.
Para calcular o potencial de armazenamento do telhado temos:
Q = A x I x P x D
Sendo:
A = área de captação de água pluvial, que é a área do telhado usada para este fim;
I = índice pluviométrico (ver clima) é a quantidade de água que cai, por m2, por ano, em
uma região;
P = Potencial do telhado (considerar 0,88), pois nem toda água que cai no telhado é
coletada;
D = água descartada (considerar 0,9) já que o início da chuva lava o telhado, deixando a
água inicial muito suja, água esta que deverá ser descarta.
Assim, os cálculos devem ser feitos para que a área de captação seja suficiente para
abastecer 80% da capacidade da cisterna por mês.
27ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
1ª Etapa
A 1ª Etapa refere-se ao Estudo Preliminar e Anteprojeto de uma Residência Unifamiliar,
que, no Projeto Final, corresponde a:
1. Estudos preliminares:
a. Programa de necessidades:
i. Texto descrevendo o perfil da família e o conjunto de
necessidades funcionais quer decorrente do perfil familiar, quer
decorrente das demais condicionantes de projeto;
ii. Desenho preliminar do espaço interno divididos em ambientes,
em conformidade com o programa de necessidades;
iii. Tabela com: nome do ambiente, área estima do ambiente
(conforme programa de necessidades), área total estimada.
b. Estudo da viabilidade do terreno
i. Desenho preliminar da planta de implantação da residência
unifamiliar no terreno pré-definido, em função:
 Dos recuos aos limites do terreno;
 Do dimensionamento da área de preservação permanente;
 Da taxa de ocupação (TO) e coeficiente de aproveitamento
(CA);
 Do dimensionamento da área de permeabilidade.
2. Anteprojeto:
a. Desenho preliminar das plantas e cortes (escala 1:100) dos pavimentos:
Demonstrar através de desenho de estudo:
i. A aproximação dos ambientes por setorização, demonstrada
através da divisão do espaço interno em setores: social, íntimo,
serviço e outros;
ii. O posicionamento dos ambientes a fim de diminuir percursos,
demonstrando a inexistência de situações críticas ou de conflito;
28ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
iii. Os principais percursos dos moradores, vertical e horizontalmente,
demonstrado os acessos e trajetos dos moradores, cadeirante e
seus veículos, localizando corredores, rampas e escadas;
iv. O posicionamento de todos os ambientes de repouso, estar e
estudo (compartimento A) de maneira que as janelas destes
ambientes estejam orientadas para o Norte;
v. O pé-direito demonstrando que este dimensionamento está
acima do mínimo para cada ambiente e verificando se, somado ao
telhado e à laje, não irá ultrapassar o gabarito máximo;
b. Calcular e posicionar as escadas, definindo as dimensões dos degraus,
dos patamares, dos corrimãos e altura e largura final das escadas.
Demonstrar que todas as dimensões obedecem às leis e normas vigentes
e apresentar desenho preliminar em planta e corte (escala 1:20) e que
suas dimensões são compatíveis com o espaço a qual estão localizada;
c. Dimensionar o banheiro adaptado conforme leis e normas de
acessibilidade contendo, no mínimo: um chuveiro, um vaso sanitário e
um lavatório, devidamente dimensionados, com o dimensionamento e
posicionamento das respectivas barras de apoio. Apresentar desenho
preliminar em planta e corte (escala 1:20), demonstrando que suas
dimensões estão adequadas ao espaço interno da casa, que a porta (com
abertura “para fora”) e a janela tenham dimensões adequadas, e o
banheiro tenha livre acesso à vaga do veículo adaptado da garagem;
d. Tabela com: nome dos ambientes, categoria do compartimento,
dimensões do ambiente (conforme o desenho preliminar), área do
ambiente, dimensões e área mínimos, área de ventilação e insolação
estimada das janelas, área de ventilação e insolação mínima, dimensões
mínimas das janelas;
.
29ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
2ª Etapa
A 2ª Etapa refere-se ao aprimoramento da etapa anterior, detalhando o Anteprojeto da
Residência Unifamiliar, que, no Projeto Final, corresponde a:
1. Detalhamento do Anteprojeto:
a. Terraplenagem
i. A partir dos desenhos preliminares anteriores definir o
movimento de terra necessário;
ii. Demonstrativo de cálculo de volume de corte e volume de aterro,
bem como a comparação entre estes volumes;
iii. Desenho pré-definitivo – plantas e cortes (escala 1:100) – das
áreas de corte e aterro, compatíveis com os cálculos apresentados;
b. Sistema Construtivo;
i. Desenho pré-definitivo – plantas e cortes (escala 1:100) – com
malhas de eixos definidos;
c. Telhado:
i. Definição das dimensões e do formato da telha, conforme
especificação do fabricante;
ii. Definição da inclinação do telhado e cálculo da área do telhado;
iii. Demonstrativo de cálculo de recobrimento e estimativa de
número de telhas utilizadas;
iv. Desenho pré- definitivo em planta e cortes (escala 1:100) do
telhado e de sua estrutura;
30ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
3ª Etapa
A 3ª Etapa refere-se ao Projeto da Residência Unifamiliar, que, no Projeto Final,
corresponde a:
1. Maquete de estudo (escala 1:100):
A maquete de estudo consiste na última etapa antes da apresentação definitiva do
projeto e visa demonstrar que as etapas anteriores compõem um corpo único e
coerente, e que está corretamente representado em planta e corte.
Deste modo esta maquete não tem com objetivo analisar o projeto do ponto de
vista formal ou estético, e por isso também não necessita de técnica específica para
sua confecção.
A maquete, assim, deverá ser confeccionada com papel paraná ou papelão,
representando, a partir dos desenhos já apresentados:
a. O terreno e o projeto de terraplenagem (sem a área de preservação
permanente);
b. A piscina, as rampas e acessos, e todas as demais áreas descobertas;
c. Os pavimentos com paredes internas e externas, definindo todos os
ambientes, e com aberturas de portas e janelas, de modo que permita
sua visualização interna (desmontável);
d. Aberturas entre pavimentos com representação em maquete das escadas
e rampas existentes;
e. Indicar na maquete a posição do Norte, da Rua e do rio Anhangá-Mirim;
f. Representar em maquete o telhado com as inclinações, cumeeiras e
beirais.
Dicas:
 Esta maquete não precisa ser pintada, mas precisa representar em escala as
dimensões da residência, indo da espessura da parede ao tamanho do
degrau, do tamanho da árvore a inclinação do terreno.
 Para isso, recomenda-se que as plantas sejam coladas no papelão, facilitando
a colocação das paredes.
 Use colas de secagem rápida combinadas com cola branca.
 Use uma base leve, como isopor.
 Use papel canson para fazer a escada.
 Cole as paredes nos pisos, encaixando, sem colar, um pavimento sobre o
outro.
31ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
2. Projeto Definitivo (Parte A) contendo:
a. Descrição do lote (Escala 1:100): Desenho cotado em planta e corte do
terreno antes do projeto com:
i. Curvas de nível metro a metro;
ii. Ângulos dos vértices do lote;
iii. Indicação do Norte;
iv. Posicionamento de árvores internas ao lote
Desenhar o logradouro público (rua que, no caso deste projeto,
tem 10m) contendo e identificando: passeio público (calçada com
2m), meio fio (guia com 15cm), sarjeta (45cm), bueiro (tampa de
80cm por 120cm), leito carroçável (rua = leito carroçável + sarjetas),
poste (raio de 15cm, distante 50cm da sarjeta), árvore (neste
projeto localizar na frente da testada do lote um ipê branco com 2m
de altura, com tronco de 20cm de diâmetro e com a copa de 1,5m).
b. Projeto de terraplenagem (Escala 1:100): Desenho que, apesar de conter
todas as informações contidas no item a (Descrição do lote), destaca o
movimento de terra no terreno, diferenciando as áreas que receberam
terra (aterros) das áreas em que a terra foi removida (cortes). Indicar e
especificar altura dos muros de arrimo (quando existente) em relação ao
Perfil Natural do Terreno (PNT).
c. Planta de Implantação (Escala 1:100): Planta cotada que situa o
perímetro da edificação sobre o lote contendo:
i. Todas as informações do estudo de viabilidade do terreno (1ª
Etapa);
ii. Logradouro público, árvores preservadas (internas e externas ao
lote) e indicação do Norte;
iii. Identificação da área drenante e da área impermeável não
edificada, determinando os pisos e as grelhas de coleta de água
pluvial;
iv. Desenhar em destaque o contorno externo da edificação,
localizando também a projeção da cobertura e os elementos
internos ao lote e externos à edificação.
32ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Exemplo de Planta do Lote
33ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Última Etapa
A Última Etapa refere-se ao Projeto da Residência Unifamiliar, que, no Projeto Final,
corresponde a:
1. Registro fotográfico da maquete da etapa anterior sendo:
a. 1 foto do aluno com a maquete;
b. 1 foto da maquete montada;
c. 1 foto da maquete desmontada (por pavimento);
d. 1 foto de cada fachada;
e. 1 foto de cada pavimento e;
f. 1 foto da cobertura (telhado).
As fotos devem estar nítidas e conterem breve texto de identificação
2. Projeto Definitivo (Parte B) contendo:
a. As plantas – por pavimento – da residência unifamiliar (Escala 1:50):
Desenho cotado dos pavimentos da residência:
i. Os pavimentos: Térreo e Subsolo, devem conter os elementos da
Planta de Implantação;
ii. Os níveis dos pisos devem corresponder ao Projeto de
Terraplenagem;
iii. Desenhar projeção da cobertura. Indicar projeção do pavimento
superior que excede o pavimento térreo e ou beiral com suas
cotas, demarcando o afastamento ou recuo da projeção da
construção e cobertura em relação à divisa;
iv. Indicar por onde passam os cortes e a visualização da fachada;
v. Indicar os acessos de automóveis, cadeirante e pedestres,
indicando os tipos de revestimento de piso;
vi. Indicar e especificar altura de muros e muretas, rampas (cotas e
inclinações), escadas (degraus numerados, indicação ascendente)
e demais elementos arquitetônicos e paisagísticos;
vii. Indicar as instalações sanitárias e o mobiliário em todos os
ambientes;
viii. Indicar níveis de cada pavimento;
ix. Indicar projeção do alçapão de acesso ao forro ( ax. 0,80 x 0,80m);
x. Identificar os pavimento e em todos colocar a escala utilizada;
xi. Indicar o Norte.
34ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
b. Os cortes – mínimo 3 – da residência unifamiliar (Escala 1:50): Desenhos
cotados de cortes (modalidade corte total) longitudinais e transversais da
residência:
i. Os cortes devem corresponder às indicações contidas nas plantas
dos pavimentos;
ii. Os níveis dos pisos devem corresponder ao Projeto de
Terraplenagem;
iii. Cotar pé-direito de piso a piso de cada pavimento;
iv. Indicar nome de cada ambiente;
v. Indicar e localizar a caixa d´água de 2000 litros;
vi. Indicar e cotar muros de divisa;
vii. Indicar a altura do ponto mais alto da cobertura até o nível da rua
(gabarito);
viii. Pelo menos um corte deve se estender do passeio público ao Rio
Anhangá-mirim;
ix. Pelo menos um corte deve passar pela garagem, mostrando sua
ventilação.
c. As fachadas da residência unifamiliar (Escala 1:100): Desenhos não
cotados das quatro elevações da residência.
d. A cobertura (telhado) da residência unifamiliar compreendendo:
i. Uma planta do telhado (Escala 1:100);
ii. Um corte transversal e um corte longitudinal (Escala 1:100);
iii. As plantas deverão ser feitas tendo como base a Planta de
Implantação;
iv. Desenhar e cotar a locação da planta de cobertura no terreno,
especificando as inclinações do telhado, rufos, dutos, chaminés,
calhas e outros elementos que venham fazer parte da cobertura;
v. O detalhe em corte do beiral deve conter o sistema de captação
de água pluvial, localizando calhas e rufos, bem como sua fixação
no telhado;
vi. Locar e cotar a caixa d’água de 2000 litros;
vii. Locar e cotar o sistema de aquecimento solar calculado.
e. O banheiro adaptado (Escala 1:20): desenho final, em planta e corte, do
banheiro dimensionado na 1ª etapa;
f. A escada (Escala 1:20): desenho final, em planta e corte, do banheiro
dimensionado na 1ª etapa;
35ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
g. Quadros:
i. Esquadrias: Tabela com descrição das janelas e portas: com
códigos de identificação, dimensões e peitoris;
ii. Áreas: Tabela com: área total do lote, área construída de cada
pavimento térreo, pavimento superior, área total construída, área
e percentual de ocupação, e área e percentual de absorção de
água pluvial;
O Projeto de Residência Unifamiliar, nesta etapa, deve representar um projeto único,
havendo total coerência entre plantas, cortes, fachadas, escadas e detalhes.
O Projeto de Residência Unifamiliar, nesta etapa, deve representar também o
resultado final das etapas anteriores, sendo resultado dos estudos e desenhos
anteriores.
Valor no
Prazo Etapa
0 -1 1ª Etapa.
0 -1 2ª Etapa.
0 -4 3ª Etapa.
0 -4 Última Etapa
Para a última entrega, todas as demais precisam já ter sido
entregues.
Cada etapa entregue com uma semana de atraso, valerá
60% da nota.
36ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Representação gráfica
O desenho do projeto de arquitetura é o registro gráfico de que se vale o profissional
habilitado, para representar o volume edificado e seu sistema construtivo, obedecendo
à norma do desenho técnico.
(A não observância à NT levará a perda de até 50% do trabalho).
Os desenhos devem conter:
Simbologia de representação gráfica (linhas de 0,13mm):
o Cotas de nível em planta e em elevação;
o Cotas de distância vertical e horizontal;
o Indicação de cortes, elevações, chamada para detalhes e áreas ampliadas;
o Indicação de nomenclatura (nomes de andares e ambientes);
o Indicação de Norte Magnético.
 Escrituração:
o Legenda;
o Título (tamanho 4mm, traço 0,3mm);
o Nomenclatura dos ambientes (tamanho 2,5mm, traço 0,2mm);
o Cotas de distância, de nível, de curva de nível, etc. (tamanho 1,5mm, traço
0,18mm).
 Escalas:
o Indicada ao lado inferior esquerdo do desenho (tamanho 2,5mm, traço 0,2mm).
 Legenda para apresentação de projetos à prefeitura:
(Escrito em letra maiúscula: tamanho 1,5mm, traço 0,18mm “ASSUNTO” e tamanho
2,5mm, traço 0,2mm “PROJETO DE RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR”).
o Título da folha: PROJETO DE ARQUITETURA (tamanho 5mm, traço 0,3mm).
o Número da folha/número total de folhas
o Assunto: PROJETO DE RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR
o Proprietário: Nome dos alunos
o Local: Rua (turma dos alunos) Bairro (Engenharia Civil)
o Categoria de uso: R1
o Zona de uso: ZER-1
o Número do contribuinte: Número do RA dos alunos
o Escala: utilizar apenas se utilizar uma única escala em toda a folha do desenho,
do contrário deixar este espaço em branco e informar a escala em cada desenho.
o Situação: croqui sem escala da situação do lote, indicando no mínimo a quadra,
o Norte e a distância até a esquina mais próxima.
37ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
o Áreas:
 Do terreno;
 A construir: Pavimento Inferior, Pavimento Térreo, Pavimento Superior e
Total;
 Taxa de Ocupação (%) e Coeficiente de Aproveitamento (%)
o Arquiteto: Nome do Professor.
38ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
39ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
Anexos
Esse material foi elaborado pelo prof. Cristiano Othon.

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Projeto residência unifamiliar perfil familiar mexicano

  • 1. ESCOLA DE ENGENHARIA MAUÁ ETC 104-Representação Gráfica e Arquitetura das Edificações Fallingwater - Frank Lloyd Wright
  • 2. 1ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Introdução O PROJETO SOBRADO da disciplina de ETC 104 consiste no projeto arquitetônico de uma residência unifamiliar, em conformidade com as normas técnicas e a legislação vigente, bem como as condicionantes do partido do projeto arquitetônico.
  • 3. 2ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Sumário Introdução...................................................................... 1 Projeto Arquitetônico..................................................... 4 Partido Arquitetônico..................................................... 5 Programa de Necessidades ............................................ 6 Perfil da família............................................................... 7 No Projeto Final.............................................................. 7 Terreno......................................................................... 10 No Projeto Final............................................................ 10 Controle de Ocupação do terreno................................ 12 Taxa de Ocupação (TO)................................................. 12 Coeficiente de Aproveitamento (CA) ........................... 13 No Projeto Final............................................................ 14 O Clima ......................................................................... 15 No Projeto Final............................................................ 16 Vegetação..................................................................... 17 No Projeto Final............................................................ 17 Sistema construtivo - paredes...................................... 18 No Projeto Final.................Erro! Indicador não definido. Sistema construtivo - telhado ...................................... 18 No Projeto Final............................................................ 19 Compartimentos........................................................... 20 Garagem....................................................................... 22 No Projeto Final............................................................ 22 Sanitários adaptados.................................................... 23
  • 4. 3ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações No Projeto Final............................................................ 23 Escada........................................................................... 24 No Projeto Final............................................................ 24 Sistema de aquecimento solar ..................................... 25 Sistema de coleta de água pluvial ................................ 26 No Projeto Final............................................................ 26 1ª Etapa ........................................................................ 27 2ª Etapa ........................................................................ 29 3ª Etapa ........................................................................ 30 Última Etapa................................................................. 33 Valor no Prazo .............................................................. 35 Etapa............................................................................. 35 Representação gráfica.................................................. 36 Anexos.......................................................................... 39
  • 5. 4ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Projeto Arquitetônico Conforme a NBR 6492/1994, compõe as etapas de desenvolvimento do Projeto Arquitetônico: Estudo preliminar: Estudo da viabilidade de um programa e do partido arquitetônico a ser adotado para sua apreciação e aprovação pelo cliente. Pode servir à consulta prévia para aprovação em órgãos governamentais. Projeto de Prefeitura: Projeto para aprovação junto à Prefeitura local, atendendo as exigências legais; Anteprojeto: Definição do partido arquitetônico e dos elementos construtivos, considerando os projetos complementares (estrutura, instalações, etc.). Nesta etapa, o projeto deve receber aprovação final do cliente e dos órgãos oficiais envolvidos e possibilitar a contratação da obra. Projeto Executivo: Apresenta, de forma clara e organizada, todas as informações necessárias à execução da obra e todos os serviços inerentes. O Projeto Final de ETC 104 segue as etapas do desenvolvimento do Projeto Arquitetônico, iniciando-se com a definição do:  Programa de Necessidades e do  Partido Arquitetônico.
  • 6. 5ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Partido Arquitetônico Para definir arquitetura o Prof. Carlos Lemos se utiliza da noção de partido arquitetônico: “Arquitetura é toda e qualquer intervenção no meio ambiente criando novos espaços, quase sempre com determinada intenção plástica, para atender a necessidades imediatas ou a expectativas programadas; e caracterizada pelo partido arquitetônico.” O que é arquitetura - Carlos Lemos. Partido Arquitetônico resulta da análise de diversas condicionantes, entre as quais: - Análise do entorno e localização do terreno; - Preservação do meio ambiente e conservação da mata nativa; - Condições físicas e topográficas, e dimensões do terreno; - O clima, a orientação solar e a ventilação; - Aspectos construtivos; - Programa de Necessidades; - Distribuição das funções e a circulação; - Legislação regulamentadora e obediência às normas técnicas.
  • 7. 6ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Programa de Necessidades Em arquitetura, um programa de necessidades é o conjunto sistematizado de necessidades funcionais correspondentes à utilização do espaço interno e à sua divisão em compartimentos ou ambientes, requerida para um determinado uso de uma construção. É usado nas fases iniciais do projeto a fim de nortear as decisões a serem tomadas, sendo um dos principais determinantes do projeto, juntamente do partido, do sítio e das restrições legais. Sua utilização foi largamente difundida pelos arquitetos modernos, partidários de uma produção arquitetônica baseada na eficácia total da edificação.
  • 8. 7ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Perfil da família Uma das referências para o programa de necessidades é o perfil familiar. No Projeto Final Conforme previamente selecionado, o Projeto Final será feito a partir de um dos perfis familiares abaixo: a. Casal: industrial de 54 anos e líder ambientalista de 50 anos, filhos de noruegueses, tem 1 filho de 23 anos e duas filhas: uma de 16 e outra de 12 anos. Recebem amigos da comunidade europeia em casa. Amigos dos filhos dormem em quarto próprio. Casal de empregados (casal com 20 e 18 anos) dorme na casa. Possuem uma biblioteca, um salão de jogos (mesas de sinuca e de cartas) e um escritório com um aquário de água salgada. Possuem um casal de Elkhound pretos e um Lundehund. b. Casal: engenheiro de materiais de 48 anos e orientadora educacional de 37 anos. Recebem frequentemente os pais maternos e demais parentes que moram na Síria. Possuem 4 meninos de 21, 16, 12 e 8 anos. Mãe paterna de 82 anos mora na casa. Uma oficina com uma bancada fica próxima da garagem. Possuem quatro cachorros (saluki) que, como manda a tradição árabe, foram dados de presente. Crianças estudam na casa em local amplo e próprio. c. Casal: homem de 50 anos e mulher de 46 anos, bascos donos de 2 Rotisseries de produtos bascos, como os “pintos”, e uma Adega de vinhos. 4 filhos: 2 meninas de 18 e 15 anos e 2 menino de 11 e 8 anos. Casal gosta de cozinhar. Recebem muitos amigos e/ou parentes. Amigos das crianças dormem com frequência na casa. Possuem três cachorros (euskal artzain txakurra gorbeiakoa) e dois gatos (mau egípcio). Rotina com horários variáveis e flexíveis. Crianças estudam na varanda alpendrada e escritório dos pais fica na casa, em local isolado
  • 9. 8ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações d. Casal: homem de 53 anos e mulher de 39 anos, tailandeses, donos de restaurante típico que mistura os quatro sabores fundamentais. A filha de 19 anos mora com o marido (23 anos) e as três netas de 4, 2 e a caçula recém- nascida. Pai materno de 63 anos mora na casa. Possuem quatro cachorros (2 Songshi Quan, 1 Akita Inu e 1 Shih-tzu). e. Casal: professor de francês e tradutor oficial de 47 anos e terapeuta de casal de 44 anos, argelinos. 3 filho de 13, 10 e 4 anos (meninos). Irmão da esposa de 37 anos mora na casa e possui distrofia neuromuscular. Hospedam estrangeiros de diversos países do Magreb. Possuem cinco cachorros (3 Azawakh e 2 Rhodesian Ridgeback). O pai dá aulas particulares em casa em local próprio e ensolarado. f. Casal: homem de 61 anos e mulher de 40 anos, dentistas formados em Melbourne, ele é australiano. Possuem um menino de 16 anos e três meninas: 12, 9 e 6 anos. Viajam bastante para a casa que possuem em Angra dos Reis. Poucas refeições são feitas em casa e não gostam de cozinhar. Há na casa um local tranquilo e adequado para pesquisas e estudos acadêmicos. Na casa dispõe de um salão para dançar próximo á piscina. Possuem quatro cachorros (2 Shepherd e 2 Kelpie). g. Casal: secretário executivo de 56 anos e executiva do setor de petróleo de 44 anos, mexicanos. 1 enteada (filha do 1º casamento do pai) de 24 anos e 3 filhas de 3 anos. A enteada tem, na casa, um estúdio de gravação e ensaio, com dois ambientes, um com mesa de som, e outro, que comporta a sua banda, mas que não afeta a tranquilidade da casa. O pai assessora a mãe e ambos viajam muito profissionalmente. Três empregados domésticos (um casal de 40 e 38 anos e a filha de 19 anos) moram na casa. Possuem dois Xoloitzcuintle.
  • 10. 9ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações h. Casal: gerente bancário de 58 anos e florista de 50 anos, nisseis. 4 filhos: 2 meninos de 24 e 18 anos e 2 meninas de 21 e 12 anos. Possuem 4 Shiba Inu. A mãe do marido (87 anos) também mora na casa. Todos os filhos, além da escola, fazem natação, artes marciais, inglês, francês e japonês. Na casa há uma estufa de bonsai e tulipas na cobertura. Os filhos têm aulas particulares de Sho (órgão), Taiko (grande tambor), Yokobue (flauta), Kogu (harpa), Yamatogoto (cítara) e Sangen (banjo) na casa. i. Casal: homem de 59 anos e mulher de 45 anos, descendentes de tradicional família hindu, donos de concessionárias de carros fabricados na China. 5 filhos: 3 meninas de 19, 14 e 9 anos e 2 menino de 17 e 12 anos. A mãe do marido, muito idosa (93 anos), mora na casa, acompanhada de uma dama de companhia (17 anos). Garagem para 3 carros. Possuem 5 Afghan Round. j. Casal: médico especialista em reprodução humana de 62 anos e fonoaudióloga de 48 anos, catarinenses. 5 filhas: uma de 11 anos, uma de 8 anos e 3 de 4 anos (babá mora com eles). Um quarto fica sempre disponível para receber os pais e demais parentes do marido, que moram na Ucrânia. Possuem 4 Hortaya Borzaya. No tempo livre, o casal compõe uma equipe de rally, categoria turismo, com espaço na casa para 2 carros de competição (tipo SUV), além de uma vaga de carro comum. A casa dispõe de uma sauna privativa para o casal. k. Casal: homem de 50 anos e mulher de 49 anos, belgas, mas que moraram muito tempo na África do Sul. Comercializam diamantes e pedras brasileiras. 6 filhos: 3 meninas de 16, 14 e 10 anos e 3 meninos de 17 e 12 anos (todos adotados de origem africana). A irmã (40 anos) da esposa mora na casa. Criam 4 Boerboel e 2 Chien de berger belge. Amigos dos filhos dormem na casa. Casal tem escritório em casa e saem pouco de casa. A casa possui duas salas íntimas nas quais a família passa a maior parte do tempo livre.
  • 11. 10ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Terreno O lote é uma parcela do terreno para urbanização. De acordo com o Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo: “A implantação de qualquer edificação no lote, além do atendimento às disposições previstas na Lei de Parcelamento Uso e Ocupação do Solo, dos afastamentos em relação às águas correntes ou dormentes, faixas de domínio público de rodovias e ferrovias, linhas de alta tensão, dutos e canalizações deverá respeitar as normas previstas nesta lei, visando assegurar a qualidade de vida das edificações vizinhas, bem como a higiene e salubridade dos seus compartimentos” No Projeto Final As dimensões do terreno seguem conforme tabela abaixo: Dimensões do terreno (MxN) Coeficiente de Aproveitamento (CA) Taxa de ocupação (TO) X (19 X 42) m 37,5% 12,5% Y (17 X 47) m 37,5% 12,5% W (21 X 38) m 37,5% 12,5% Z (18 X 44) m 37,5% 12,5% O terreno em declive progressivo, em área de preservação ambiental, conforme descrição abaixo: Frente para uma rua local e fundo para o Rio Anhangá-Mirim. O terreno está em declive, em relação à rua local, sendo que o primeiro quarto de terreno tem 1 m de declive, o segundo quarto tem 2 m, o terceiro quarto tem 4 m, e a última fração do terreno tem um declive de 8 m, sendo parte deste trecho tomada pela cheia do curso de água.
  • 12. 11ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações ¼ do terreno M 0,0 -1,0 -3,0 -7,0 -15,0 N Como o Rio Anhangá-Mirim tem cerca de 20 metros de largura, os 18 m finais do terreno são de área de preservação permanente (APP), não podendo sofrer quaisquer modificações, movimentos de terra ou quaisquer outras interferências na mata nativa local. Segundo o Código Estadual do Meio Ambiente: Seção II Das Áreas de Preservação Permanente Art. 115. São consideradas áreas de preservação permanente para efeito da geomorfologia do Estado, pelo simples efeito desta Lei, as florestas e demais formas de vegetação natural situadas: I - ao longo dos rios ou de qualquer curso de água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima seja: a) de cinco metros para os cursos de água inferiores a cinco metros de largura; b) de dez metros para os cursos de água que tenham de cinco até dez metros de largura; c) de dez metros acrescidos de 50% (cinqüenta por cento) da medida excedente a dez metros, para cursos de água que tenham largura superior a dez metros. RuaLocal Rio Anhangá-Mirim
  • 13. 12ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Controle de Ocupação do terreno Com relação ao porte da edificação, este é controlado através de índices que estabelecem:  A altura total da edificação;  O Coeficiente de Aproveitamente (CA) máximo do lote, que representa a área máxima possível de ser construída dividida pela área do lote;  A Taxa de Ocupação (TO) máxima permitida para o lote;  Os afastamentos frontal, laterais e de fundos; e  O tamanho mínimo do lote. Afastamentos. Taxa de Ocupação (TO) A TO é a relação percentual entre a projeção da edificação e a área do terreno. Ou seja, ela representa a porcentagem do terreno sobre o qual há edificação. A TO mede apenas a projeção da edificação sobre o terreno. Por isso, a TO não está diretamente ligada ao número de pavimentos da edificação. Na realidade, se os pavimentos superiores estiverem contidos dentro dos limites do pavimento térreo, o número de pavimentos não fará diferença nenhuma na TO. Se, ao
  • 14. 13ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações contrário, um ou mais pavimentos tiverem elementos que se projetam para fora, então a TO será alterada, conforme pode ser visto na imagem abaixo. A TO apenas muda com o número de pavimentos se houver elementos que se projetam para além dos limites do pavimento térreo. Como padrão de referência, pode ser usada a seguinte imagem para se ter uma idéia do que representam taxas de ocupação diferentes. Parâmetros de referência para a TO. Coeficiente de Aproveitamento (CA) O Coeficiente de Aproveitamento é um número que, multiplicado pela área do lote, indica a quantidade máxima de metros quadrados que podem ser construídos em um lote, somando-se as áreas de todos os pavimentos.
  • 15. 14ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Os exemplos abaixo mostram duas possibilidades de edificação em um lote de 24 x 30m, com CA=2. A primeira, que utiliza TO=50%, permite apenas 4 pavimentos. A segunda distribui a área edificada em 8 pavimentos, cada um com To de 25%. Variações do número de pavimentos e da TO, mantendo o mesmo CA. No Projeto Final Além da Taxa de Ocupação e do Coeficiente de Aproveitamento, indicados junto as dimensões do terreno, para o Projeto Final devem ser observados os seguintes parâmetros:  Área de Permeabilidade Mínima – 50%  Altura Máxima da Edificação – 10 m  Recuo de Frente – 5 m  Recuo da APP (área de preservação permanente) – 3 m  Recuo Lateral – 1,5 m com janela e 1 m sem janela.  A casa deverá ter 3 pavimentos com 1 semi-enterrado (subsolo).
  • 16. 15ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações O Clima O clima, a orientação do sol e a direção dos ventos influenciam no partido arquitetônico:
  • 17. 16ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações No Projeto Final O clima e a orientação do sol seguem conforme abaixo: O clima de São Paulo é considerado subtropical com diminuição de chuvas no inverno e temperatura média anual de 19,25 °C, tendo invernos brandos e verões com temperaturas moderadamente altas, aumentadas pelo efeito da poluição e da altíssima concentração de edifícios. O mês mais quente, fevereiro, tem temperatura média de 22,5°C e o mês mais frio, julho, de 16 °C, por causa do efeito das ilhas de calor, causado por excessos de prédio, asfalto, concreto e poucas áreas verdes, a cidade de São Paulo tem sofrido com os dias quentes e secos durante o inverno, não raro ultrapassando a marca dos 28 °C nos meses de julho e agosto. A umidade tem índices considerados aceitáveis durante todo o ano, embora a poluição atinja níveis críticos no inverno, devido ao fenômeno de inversão térmica e pela menor ocorrência de chuvas de maio a setembro. A precipitação anual média é de 1 376,2 mm, concentrados principalmente no verão. As estações do ano são relativamente bem definidas: o inverno é ameno e subseco, e o verão, moderadamente quente e chuvoso. Outono e primavera são estações de transição. Geadas ocorrem esporadicamente em regiões mais afastadas do centro, e em invernos rigorosos, em boa parte do município. Posição do Norte: O Norte está a 45º em relação à margem do terreno, conforme indicado: Rua A C A D B
  • 18. 17ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Vegetação Com 21% da área do município coberta por área verde (incluindo reservas ecológicas), São Paulo possui apenas entre 5 e 6 m² de área verde por habitante, abaixo dos 12 m² por habitante recomendado pela Organização Mundial da Saúde. A Mata Atlântica é um bioma presente na maior parte no território brasileiro, abrangendo a área do Município de São Paulo. As florestas atlânticas são ecossistemas que apresentam árvores com folhas largas e perenes. Abriga árvores que atingem de 20 a 30 metros de altura. Atualmente existem menos de 10% da mata nativa. Um trabalho coordenado por pesquisadores do Instituto Florestal de São Paulo mostrou que, neste início de século, a área com vegetação natural em São Paulo aumentou 3,8% (1,2 quilômetro quadrado) em relação à existente há dez anos. O crescimento, ainda tímido, concentrou-se na faixa de Mata Atlântica, o ecossistema mais extenso do estado. A Constituição Federal de 1988 coloca a Mata Atlântica como patrimônio nacional, junto com a Floresta Amazônica brasileira, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira. A derrubada da mata primária é proibida. No Projeto Final No terreno deverá ser mantido um Manacá da Serra (Tibouchina mutabilis), bem como 1,5 m de raio do seu entorno, por ser uma árvore nativa da Mata Atlântica com 9 m de altura e tronco de 20 cm de diâmetro. Copa arredondada de mais ou menos 4 m de diâmetro. Folhas pilosas, rígidas, de 9 cm por 4 cm, verde-escuro nervurada. Suas flores mudam de cor à medida que envelhecem. No início da floração possuem cor branca, ficando lilás escuro com o passar do tempo. Sua florada se destaca bem na paisagem e ocorre no verão. Para quem está olhando o terreno da calçada, a árvore está a 3 m da lateral direita da divisa e a 4 m da frente do terreno.
  • 19. 18ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Sistema construtivo – Pilares e vigas (alvenaria) Em uma edificação o projeto de Arquitetura e a Estrutura estão intimamente ligados. Por isso a importância de estabelecer o tipo de sistema que vamos utilizar para estabelecer tamanhos de vão a serem trabalhados. Sistema construtivo – Pilares e vigas (alvenaria) Em uma edificação o projeto de Arquitetura e a Estrutura estão intimamente ligados. Por isso a importância de estabelecer o tipo de sistema que vamos utilizar para estabelecer tamanhos de vão a serem trabalhados. Vamos estabelecer o sistema básico de vigas e pilares em concreto com paredes em alvenaria, considerando vãos de 4 á 5 m. Paredes com bloco de 19 cm mais revestimento. Pilares com seção quadrada de 19 x 19 cm e Vigas de 20 x 40 cm. Pilares – elemento conhecido da estrutura tem como função transmitir a carga da estrutura para o solo. Vigas – elemento horizontal da estrutura que tem como função transmitir a carga para os pilares Os projetos de estrutura são geralmente organizados em malhas de eixos, onde os pilares ficam nos cruzamentos desses eixos. Importante que esta malha da estrutura deve ser representada no projeto, tanto em planta como nos cortes. A nomenclatura deve ser dada de cima para baixo (vigas) e da esquerda para direita (pilares).
  • 20. 19ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Sistema construtivo - telhado Chama-se vulgarmente de telhado qualquer tipo de cobertura em uma edificação, entretanto telhado é apenas um tipo de cobertura que possui um ou mais planos inclinados em relação à linha horizontal, chamados de águas. A função principal do telhado é proteger o espaço interno das intempéries, tais como o sol intenso e a chuva, fornece privacidade e conforto ao morador e permite a captação das águas pluviais. O principal elemento construtivo do telhado é a telha. No Projeto Final O telhado será composto por telhas de cimento e estrutura de madeira, e terá caimento para todas as fachadas (mínimo de 4 águas). O beiral mínimo é de 0,60m, mas 1 fachada (mínimo) terá um alpendre de 2m.Para calcular o telhado consulte o boletim técnico em: www.tegula.com.br/site/folheto_tecnico_azul_alta.pdf.
  • 21. 20ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Compartimentos Os ambientes na edificação deverão ser posicionados e dimensionados de forma a proporcionar conforto ambiental, térmico, acústico e proteção contra a umidade, sendo classificados em Grupos em razão da função exercida, que determinará seu dimensionamento mínimo, bem como a insolação e ventilação necessários, conforme o Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo. Em uma Habitação temos: Grupo Compartimento Dimensionamento mínimo Abertura (% da área) Abertura mínima (m2) Pé- direito (m) Área (m2) Conter círculo (m) Insol ação Ventil ação Insol ação Ventil ação A Repouso, Estar e Estudo 2,50 5,00 2,00 15,00 7,50 0,60 0,30 C Cozinha e Lavanderia 2,50 - 1,20 10,00 5,00 0,60 0,30 D Sanitários, corredores e depósitos 2,30 - 0,80 - 5,00 0,60 0,30
  • 22. 21ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações No Projeto Final  Todos os sanitários, no Projeto Final, deverão ter ventilação e insolação naturais;  O centro da edificação deverá comportar um jardim de inverno, com dimensões mínimas de 2m x 2m. O jardim de inverno tem este nome porque possibilita um maior contato com a natureza mesmo em dias mais frios ou chuvosos;  Nos fundos do terreno deverá ser projetada uma piscina descoberta com dimensões de 12 m x 4 m (h = 1,4 m). A borda da piscina terá pelo menos 80 cm para circulação e distância mínima de 1 m tanto para os limites do terreno, como para a edificação;  Na testada do lote não há muro, apenas gradil com 10% de vedação. Na área de proteção permanente também não pode haver muro.
  • 23. 22ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Garagem A garagem consiste em um abrigo para veículos, e assim consiste em uma área edificada. No Projeto Final Nesta residência deve comportar duas vagas, com pelo menos uma para cadeirante, com espaço para o seu desembarque. Conforme o Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo: Dimensão das vagas: Tipo de Veículo Vaga para Estacionamento Altura Largura Comprime nto Médio 2,10 2,10 4,70 Grande 2,30 2,50 5,50 Deficiente Físico 2,30 3,50 5,50 Cálculo da ventilação: Quando as vagas forem cobertas, deverão dispor de ventilação permanente garantida por aberturas, pelo menos em duas paredes opostas ou nos tetos junto a estas paredes e que correspondam, no mínimo, à proporção de 60 cm² (sessenta centímetros quadrados) de abertura para cada metro cúbico de volume total do compartimento, ambiente ou local.
  • 24. 23ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Sanitários adaptados A acessibilidade e a deficiência física fazem parte da nossa realidade, assim uma construção eficiente tem que atender a todas as pessoas. No Projeto Final Nesta residência um banheiro (chuveiro, vaso sanitário e lavatório) deve estar em conformidade com a NBR 9050, com a porta abrindo “para fora” e com acesso à garagem.
  • 25. 24ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Escada A escada é uma série de degraus para permitir a circulação vertical em uma edificação. No Projeto Final As dimensões dos pisos e espelhos devem ser constantes em toda a escada, atendendo às seguintes condições: a) pisos (p): 0,28 m < p < 0,32 m; b) espelhos (e) 0,16 m < e < 0,18 m; c) 0,63 m < p + 2e < 0,65 m. Todas as demais referências para o projeto da escada devem basear-se, como citado acima, na NBR 9050.
  • 26. 25ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Sistema de aquecimento solar A Lei 14.459/07 estabelece que todas as novas construções, residenciais ou não, instalem sistema de aquecimento solar, conforme as suas características. Compõe o sistema de aquecimento solar:  A placa coletora: que absorve a radiação solar, transferindo o calor para a água que circula em uma tubulação revestida de cobre em seu interior. Em geral cada m2 de placa aquece 100 litros de água;  O reservatório térmico (boiler): tem a função de armazenar a água aquecida.  A tubulação: por onde circulam a água fria e a água aquecida e;  A caixa d’água: o reservatório normal de água da residência. Podemos de maneira geral dimensionar assim: • 60 litros por pessoa para utilização no chuveiro, considerando 1 banho de 10 minutos por dia com vazão da ducha de 8 a 10 litros por minuto. Para uma família de 5 pessoas, por exemplo, seria necessário um boiler de 300 litros, Para calcular as placas coletoras temos: A = V x S1/ 100 (m2) Sendo: A = área total necessária dos coletores; V = volume do Boiler; S1 = Fator de correção do clima (considerar para São Paulo 0,9); Considerando que as placas coletoras estejam posicionadas no Norte Assim, no exemplo temos A = 2,7 m2 e, se cada placa coletora tiver 1 m2, precisamos de 3 placas coletoras, para um boiler de 300 litros.
  • 27. 26ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Sistema de coleta de água pluvial O sistema de coleta de água pluvial consiste no aproveitamento da água da chuva, visando o uso racional da água. No Projeto Final As residências, no Projeto Final, devem conter uma cisterna com capacidade para 2 mil litros. Deste modo a água captada pelo telhado deverá abastecer esta cisterna. Para calcular o potencial de armazenamento do telhado temos: Q = A x I x P x D Sendo: A = área de captação de água pluvial, que é a área do telhado usada para este fim; I = índice pluviométrico (ver clima) é a quantidade de água que cai, por m2, por ano, em uma região; P = Potencial do telhado (considerar 0,88), pois nem toda água que cai no telhado é coletada; D = água descartada (considerar 0,9) já que o início da chuva lava o telhado, deixando a água inicial muito suja, água esta que deverá ser descarta. Assim, os cálculos devem ser feitos para que a área de captação seja suficiente para abastecer 80% da capacidade da cisterna por mês.
  • 28. 27ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações 1ª Etapa A 1ª Etapa refere-se ao Estudo Preliminar e Anteprojeto de uma Residência Unifamiliar, que, no Projeto Final, corresponde a: 1. Estudos preliminares: a. Programa de necessidades: i. Texto descrevendo o perfil da família e o conjunto de necessidades funcionais quer decorrente do perfil familiar, quer decorrente das demais condicionantes de projeto; ii. Desenho preliminar do espaço interno divididos em ambientes, em conformidade com o programa de necessidades; iii. Tabela com: nome do ambiente, área estima do ambiente (conforme programa de necessidades), área total estimada. b. Estudo da viabilidade do terreno i. Desenho preliminar da planta de implantação da residência unifamiliar no terreno pré-definido, em função:  Dos recuos aos limites do terreno;  Do dimensionamento da área de preservação permanente;  Da taxa de ocupação (TO) e coeficiente de aproveitamento (CA);  Do dimensionamento da área de permeabilidade. 2. Anteprojeto: a. Desenho preliminar das plantas e cortes (escala 1:100) dos pavimentos: Demonstrar através de desenho de estudo: i. A aproximação dos ambientes por setorização, demonstrada através da divisão do espaço interno em setores: social, íntimo, serviço e outros; ii. O posicionamento dos ambientes a fim de diminuir percursos, demonstrando a inexistência de situações críticas ou de conflito;
  • 29. 28ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações iii. Os principais percursos dos moradores, vertical e horizontalmente, demonstrado os acessos e trajetos dos moradores, cadeirante e seus veículos, localizando corredores, rampas e escadas; iv. O posicionamento de todos os ambientes de repouso, estar e estudo (compartimento A) de maneira que as janelas destes ambientes estejam orientadas para o Norte; v. O pé-direito demonstrando que este dimensionamento está acima do mínimo para cada ambiente e verificando se, somado ao telhado e à laje, não irá ultrapassar o gabarito máximo; b. Calcular e posicionar as escadas, definindo as dimensões dos degraus, dos patamares, dos corrimãos e altura e largura final das escadas. Demonstrar que todas as dimensões obedecem às leis e normas vigentes e apresentar desenho preliminar em planta e corte (escala 1:20) e que suas dimensões são compatíveis com o espaço a qual estão localizada; c. Dimensionar o banheiro adaptado conforme leis e normas de acessibilidade contendo, no mínimo: um chuveiro, um vaso sanitário e um lavatório, devidamente dimensionados, com o dimensionamento e posicionamento das respectivas barras de apoio. Apresentar desenho preliminar em planta e corte (escala 1:20), demonstrando que suas dimensões estão adequadas ao espaço interno da casa, que a porta (com abertura “para fora”) e a janela tenham dimensões adequadas, e o banheiro tenha livre acesso à vaga do veículo adaptado da garagem; d. Tabela com: nome dos ambientes, categoria do compartimento, dimensões do ambiente (conforme o desenho preliminar), área do ambiente, dimensões e área mínimos, área de ventilação e insolação estimada das janelas, área de ventilação e insolação mínima, dimensões mínimas das janelas; .
  • 30. 29ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações 2ª Etapa A 2ª Etapa refere-se ao aprimoramento da etapa anterior, detalhando o Anteprojeto da Residência Unifamiliar, que, no Projeto Final, corresponde a: 1. Detalhamento do Anteprojeto: a. Terraplenagem i. A partir dos desenhos preliminares anteriores definir o movimento de terra necessário; ii. Demonstrativo de cálculo de volume de corte e volume de aterro, bem como a comparação entre estes volumes; iii. Desenho pré-definitivo – plantas e cortes (escala 1:100) – das áreas de corte e aterro, compatíveis com os cálculos apresentados; b. Sistema Construtivo; i. Desenho pré-definitivo – plantas e cortes (escala 1:100) – com malhas de eixos definidos; c. Telhado: i. Definição das dimensões e do formato da telha, conforme especificação do fabricante; ii. Definição da inclinação do telhado e cálculo da área do telhado; iii. Demonstrativo de cálculo de recobrimento e estimativa de número de telhas utilizadas; iv. Desenho pré- definitivo em planta e cortes (escala 1:100) do telhado e de sua estrutura;
  • 31. 30ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações 3ª Etapa A 3ª Etapa refere-se ao Projeto da Residência Unifamiliar, que, no Projeto Final, corresponde a: 1. Maquete de estudo (escala 1:100): A maquete de estudo consiste na última etapa antes da apresentação definitiva do projeto e visa demonstrar que as etapas anteriores compõem um corpo único e coerente, e que está corretamente representado em planta e corte. Deste modo esta maquete não tem com objetivo analisar o projeto do ponto de vista formal ou estético, e por isso também não necessita de técnica específica para sua confecção. A maquete, assim, deverá ser confeccionada com papel paraná ou papelão, representando, a partir dos desenhos já apresentados: a. O terreno e o projeto de terraplenagem (sem a área de preservação permanente); b. A piscina, as rampas e acessos, e todas as demais áreas descobertas; c. Os pavimentos com paredes internas e externas, definindo todos os ambientes, e com aberturas de portas e janelas, de modo que permita sua visualização interna (desmontável); d. Aberturas entre pavimentos com representação em maquete das escadas e rampas existentes; e. Indicar na maquete a posição do Norte, da Rua e do rio Anhangá-Mirim; f. Representar em maquete o telhado com as inclinações, cumeeiras e beirais. Dicas:  Esta maquete não precisa ser pintada, mas precisa representar em escala as dimensões da residência, indo da espessura da parede ao tamanho do degrau, do tamanho da árvore a inclinação do terreno.  Para isso, recomenda-se que as plantas sejam coladas no papelão, facilitando a colocação das paredes.  Use colas de secagem rápida combinadas com cola branca.  Use uma base leve, como isopor.  Use papel canson para fazer a escada.  Cole as paredes nos pisos, encaixando, sem colar, um pavimento sobre o outro.
  • 32. 31ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações 2. Projeto Definitivo (Parte A) contendo: a. Descrição do lote (Escala 1:100): Desenho cotado em planta e corte do terreno antes do projeto com: i. Curvas de nível metro a metro; ii. Ângulos dos vértices do lote; iii. Indicação do Norte; iv. Posicionamento de árvores internas ao lote Desenhar o logradouro público (rua que, no caso deste projeto, tem 10m) contendo e identificando: passeio público (calçada com 2m), meio fio (guia com 15cm), sarjeta (45cm), bueiro (tampa de 80cm por 120cm), leito carroçável (rua = leito carroçável + sarjetas), poste (raio de 15cm, distante 50cm da sarjeta), árvore (neste projeto localizar na frente da testada do lote um ipê branco com 2m de altura, com tronco de 20cm de diâmetro e com a copa de 1,5m). b. Projeto de terraplenagem (Escala 1:100): Desenho que, apesar de conter todas as informações contidas no item a (Descrição do lote), destaca o movimento de terra no terreno, diferenciando as áreas que receberam terra (aterros) das áreas em que a terra foi removida (cortes). Indicar e especificar altura dos muros de arrimo (quando existente) em relação ao Perfil Natural do Terreno (PNT). c. Planta de Implantação (Escala 1:100): Planta cotada que situa o perímetro da edificação sobre o lote contendo: i. Todas as informações do estudo de viabilidade do terreno (1ª Etapa); ii. Logradouro público, árvores preservadas (internas e externas ao lote) e indicação do Norte; iii. Identificação da área drenante e da área impermeável não edificada, determinando os pisos e as grelhas de coleta de água pluvial; iv. Desenhar em destaque o contorno externo da edificação, localizando também a projeção da cobertura e os elementos internos ao lote e externos à edificação.
  • 33. 32ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Exemplo de Planta do Lote
  • 34. 33ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Última Etapa A Última Etapa refere-se ao Projeto da Residência Unifamiliar, que, no Projeto Final, corresponde a: 1. Registro fotográfico da maquete da etapa anterior sendo: a. 1 foto do aluno com a maquete; b. 1 foto da maquete montada; c. 1 foto da maquete desmontada (por pavimento); d. 1 foto de cada fachada; e. 1 foto de cada pavimento e; f. 1 foto da cobertura (telhado). As fotos devem estar nítidas e conterem breve texto de identificação 2. Projeto Definitivo (Parte B) contendo: a. As plantas – por pavimento – da residência unifamiliar (Escala 1:50): Desenho cotado dos pavimentos da residência: i. Os pavimentos: Térreo e Subsolo, devem conter os elementos da Planta de Implantação; ii. Os níveis dos pisos devem corresponder ao Projeto de Terraplenagem; iii. Desenhar projeção da cobertura. Indicar projeção do pavimento superior que excede o pavimento térreo e ou beiral com suas cotas, demarcando o afastamento ou recuo da projeção da construção e cobertura em relação à divisa; iv. Indicar por onde passam os cortes e a visualização da fachada; v. Indicar os acessos de automóveis, cadeirante e pedestres, indicando os tipos de revestimento de piso; vi. Indicar e especificar altura de muros e muretas, rampas (cotas e inclinações), escadas (degraus numerados, indicação ascendente) e demais elementos arquitetônicos e paisagísticos; vii. Indicar as instalações sanitárias e o mobiliário em todos os ambientes; viii. Indicar níveis de cada pavimento; ix. Indicar projeção do alçapão de acesso ao forro ( ax. 0,80 x 0,80m); x. Identificar os pavimento e em todos colocar a escala utilizada; xi. Indicar o Norte.
  • 35. 34ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações b. Os cortes – mínimo 3 – da residência unifamiliar (Escala 1:50): Desenhos cotados de cortes (modalidade corte total) longitudinais e transversais da residência: i. Os cortes devem corresponder às indicações contidas nas plantas dos pavimentos; ii. Os níveis dos pisos devem corresponder ao Projeto de Terraplenagem; iii. Cotar pé-direito de piso a piso de cada pavimento; iv. Indicar nome de cada ambiente; v. Indicar e localizar a caixa d´água de 2000 litros; vi. Indicar e cotar muros de divisa; vii. Indicar a altura do ponto mais alto da cobertura até o nível da rua (gabarito); viii. Pelo menos um corte deve se estender do passeio público ao Rio Anhangá-mirim; ix. Pelo menos um corte deve passar pela garagem, mostrando sua ventilação. c. As fachadas da residência unifamiliar (Escala 1:100): Desenhos não cotados das quatro elevações da residência. d. A cobertura (telhado) da residência unifamiliar compreendendo: i. Uma planta do telhado (Escala 1:100); ii. Um corte transversal e um corte longitudinal (Escala 1:100); iii. As plantas deverão ser feitas tendo como base a Planta de Implantação; iv. Desenhar e cotar a locação da planta de cobertura no terreno, especificando as inclinações do telhado, rufos, dutos, chaminés, calhas e outros elementos que venham fazer parte da cobertura; v. O detalhe em corte do beiral deve conter o sistema de captação de água pluvial, localizando calhas e rufos, bem como sua fixação no telhado; vi. Locar e cotar a caixa d’água de 2000 litros; vii. Locar e cotar o sistema de aquecimento solar calculado. e. O banheiro adaptado (Escala 1:20): desenho final, em planta e corte, do banheiro dimensionado na 1ª etapa; f. A escada (Escala 1:20): desenho final, em planta e corte, do banheiro dimensionado na 1ª etapa;
  • 36. 35ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações g. Quadros: i. Esquadrias: Tabela com descrição das janelas e portas: com códigos de identificação, dimensões e peitoris; ii. Áreas: Tabela com: área total do lote, área construída de cada pavimento térreo, pavimento superior, área total construída, área e percentual de ocupação, e área e percentual de absorção de água pluvial; O Projeto de Residência Unifamiliar, nesta etapa, deve representar um projeto único, havendo total coerência entre plantas, cortes, fachadas, escadas e detalhes. O Projeto de Residência Unifamiliar, nesta etapa, deve representar também o resultado final das etapas anteriores, sendo resultado dos estudos e desenhos anteriores. Valor no Prazo Etapa 0 -1 1ª Etapa. 0 -1 2ª Etapa. 0 -4 3ª Etapa. 0 -4 Última Etapa Para a última entrega, todas as demais precisam já ter sido entregues. Cada etapa entregue com uma semana de atraso, valerá 60% da nota.
  • 37. 36ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Representação gráfica O desenho do projeto de arquitetura é o registro gráfico de que se vale o profissional habilitado, para representar o volume edificado e seu sistema construtivo, obedecendo à norma do desenho técnico. (A não observância à NT levará a perda de até 50% do trabalho). Os desenhos devem conter: Simbologia de representação gráfica (linhas de 0,13mm): o Cotas de nível em planta e em elevação; o Cotas de distância vertical e horizontal; o Indicação de cortes, elevações, chamada para detalhes e áreas ampliadas; o Indicação de nomenclatura (nomes de andares e ambientes); o Indicação de Norte Magnético.  Escrituração: o Legenda; o Título (tamanho 4mm, traço 0,3mm); o Nomenclatura dos ambientes (tamanho 2,5mm, traço 0,2mm); o Cotas de distância, de nível, de curva de nível, etc. (tamanho 1,5mm, traço 0,18mm).  Escalas: o Indicada ao lado inferior esquerdo do desenho (tamanho 2,5mm, traço 0,2mm).  Legenda para apresentação de projetos à prefeitura: (Escrito em letra maiúscula: tamanho 1,5mm, traço 0,18mm “ASSUNTO” e tamanho 2,5mm, traço 0,2mm “PROJETO DE RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR”). o Título da folha: PROJETO DE ARQUITETURA (tamanho 5mm, traço 0,3mm). o Número da folha/número total de folhas o Assunto: PROJETO DE RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR o Proprietário: Nome dos alunos o Local: Rua (turma dos alunos) Bairro (Engenharia Civil) o Categoria de uso: R1 o Zona de uso: ZER-1 o Número do contribuinte: Número do RA dos alunos o Escala: utilizar apenas se utilizar uma única escala em toda a folha do desenho, do contrário deixar este espaço em branco e informar a escala em cada desenho. o Situação: croqui sem escala da situação do lote, indicando no mínimo a quadra, o Norte e a distância até a esquina mais próxima.
  • 38. 37ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações o Áreas:  Do terreno;  A construir: Pavimento Inferior, Pavimento Térreo, Pavimento Superior e Total;  Taxa de Ocupação (%) e Coeficiente de Aproveitamento (%) o Arquiteto: Nome do Professor.
  • 39. 38ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações
  • 40. 39ETC 104-Representações Graficas e Arquitetura das Edificações Anexos Esse material foi elaborado pelo prof. Cristiano Othon.