1. O documento discute a leitura e escrita em História, abordando conceitos como textos, gêneros textuais e a mediação entre texto e leitor.
2. É destacada a importância de se considerar o contexto, público-alvo e objetivos na escolha de gêneros textuais a serem trabalhados.
3. A mediação do professor é apontada como fundamental para orientar os alunos antes, durante e depois da leitura de textos históricos.
1. Direitos de Aprendizagem
Leitura e Escrita em História
Superintendência Regional de Ensino de Caxambu
Programa de Intervenção Pedagógica – PIP
Encontro dos professores de História
3. A Leitura e Escrita em
História
Dimensão
Conceitual
(Saber)
Dimensão
Procedimental
(Saber Fazer)
Dimensão
Atitudinal
(Ser)
(Adaptado Zabala,2002)
4. A articulação dessas 3 dimensões devem
apresentar um significado para o aluno.
A Leitura e Escrita em
História
Textos
5. Mas, o que é um
texto?
A Leitura e Escrita em
História
6. É uma construção, oral ou escrita
caracterizada por um encadeamento de
palavras, organizadas em sequência de
forma a apresentar um significado sobre
um determinado assunto em uma
determinada situação.
(Nery, 2012)
A Leitura e Escrita em
História
7. Textos são objetos simbólicos que pedem para
ser interpretados. Mais do que decifrar signos e
códigos os leitores procuram compreender os
textos, acompanhando seu encadeamento e
progressão, analisando suas implicações,
aderindo ou não às proposições apresentadas
por seus autores.
9. Mas, o que é
tempo histórico?
As múltiplas possibilidades
de leitura de um texto
10. “O tempo histórico é produto das
ações, relações e formas de pensar dos
homens, e essas ações variam ao longo
do tempo cronológico”.
As múltiplas possibilidades
de leitura de um texto
11. Os textos nunca dizem tudo. A compreensão
dos mesmos dependem do trabalho
interpretativo do leitor, o que não significa que
o leitor esteja livre para atribuir qualquer
sentido ao que lê.
O papel do professor é mediar esse processo.
A prática da leitura como
interação entre textos e leitores
12. o conhecimento do gênero que o texto é
apresentado;
a proficiência leitora acumulada em experiências
anteriores;
a familiaridade com a linguagem usada no texto;
o domínio acerca do assunto tratado;
seus valores e crenças;
os objetivos que orientam a atividade.
O leitor ajusta o texto de acordo com:
13. Mas, o que é um
gênero textual?
O trabalho com os gêneros do
discurso em História
14. O gênero é definido como um instrumento para
agir em situações de linguagem. É considerado
como um elemento constitutivo dessa situação.
Uma Unidade do discurso.
(Schneuwly, 1994; 2007)
Ex.: Para se ter notícia tem que ter o Jornal e para
ter o Jornal tem que haver a notícia.
O trabalho com os gêneros do
discurso em História
15. Os gêneros textuais cumprem funções sociais
específicas, contribuem para a organização de
determinados conteúdos e propiciam esquemas de
interpretação para o leitor.
A estrutura de um poema é distinta da que está
presente em um conto de fadas, em uma carta, em um
artigo científico, em uma reportagem ou em um anúncio
de jornal.
O trabalho com os gêneros do
discurso em História
16. Domínios sociais de comunicação
Aspectos tipológicos
Exemplos de gêneros orais e escritos
Narrativos, cultura
literária ou ficcional
Contos, fábulas, lendas, narrativas de
aventuras, romance, crônicas
literárias, piadas, etc.
Relatos, documentação
das ações humanas
Relato de viagem, de experiências
vividas, diários, currículos, noticias,
reportagens, históricos, etc.
Argumentativos, discussão de
problemas sociais controversos
Textos de opinião, cartas ao leitor,
assembleias, deliberações, debates
regrados, resenhas criticas, ensaios
Expositivos, transmissão e construção
e saberes
Exposição oral, seminários, palestras,
verbetes, tomada de notas, textos
explicativos,.
Descritivos de ações,
instruções e prescrições
Receita, regulamentos, regras de
jogos, textos prescritivos, instruções
O trabalho com os gêneros do
discurso em História
Dolz,
2007
17. Como o professor de História
pode trabalhar com
os gêneros textuais?
O trabalho com os gêneros do
discurso em História
18. “A escolha de um gênero se determina pela
esfera, as necessidades da temática, o conjunto
dos participantes e a vontade enunciativa ou
intenção do interlocutor”.
(Bakhtin, 1979)
O trabalho com os gêneros do
discurso em História
19. Exemplo
• Esfera (Contexto): Ano de escolaridade, escola pública, nível
socioeconômico. O grupo tem acesso ao conteúdo que irá
trabalhar?
• Conjunto dos Participantes (Público Alvo): 9º ano turma
heterogênea, mais meninas que meninos, faixa etária 13
anos.
• Necessidades da temática (Conteúdo – tópico): Eixo III-
Nação Trabalho e Cidadania no Brasil. Tópico 17 – Revolução
de 1930 no Brasil.
• Vontade enunciativa ou intenção do interlocutor (Objetivo -
Habilidade a ser desenvolvida): Compreender o processo de
crise do sistema oligárquico brasileiro, relacionando-o à
ascensão de novas forças políticas e economicas.
O trabalho com os gêneros do
discurso em História
20. Qual texto caberá melhor para o trabalho
com a turma descrita anteriormente?
O trabalho com os gêneros do
discurso em História
Texto de livro didático
a respeito dos
antecedentes da
Revolução de 1930
no Brasil
Artigo Científico
Vídeo que
aborda a Crise
de 1929.
Reportagem de
jornal a respeito
do confronto entre
as Coreias.
21. Mediação entre o texto e o leitor
Texto Contexto
Leitor
ANTES da leitura DURANTE a leitura
DEPOIS da leitura
22. Procedimentos a serem explorados
na leitura do texto
ANTES DURANTE DEPOIS
Levantamento do
conhecimento prévio dos
alunos sobre o assunto;
Confirmação ou retificação
das antecipações ou
expectativas de sentido
criadas antes ou durante a
leitura;
Construção da síntese
semântica do texto;
Expectativas em função da
apresentação dos textos, da
capa, quarta-capa, orelha
etc.;
Esclarecimento de palavras
desconhecidas a partir de
inferência ou consulta a
dicionário;
Troca de impressões a
respeito dos textos lidos
Antecipação do tema ou
ideia principal a partir do
exame de imagens ou de
saliências gráficas;
Busca de informações
complementares em textos
de apoio subordinados ao
texto principal ou por meio
de consulta a enciclopédias,
Internet e outras fontes.
Avaliação crítica do texto
23. Saber o que as pessoas daquela
comunidade leem, por que leem,
onde leem,o nível de leitura e que
práticas de leitura desenvolvem.
COMO ORGANIZAR A ESCOLA PARA IMPLEMENTAR
BOAS PRÁTICAS DE LEITURA?
24. Ensinar a ler e a escrever são tarefas de
todos os componentes curriculares
Trabalhar a linguagem escrita significa
trabalhar também a oralidade.
É tarefa da escola possibilitar aos estudantes
conhecer, reconhecer , ler e compreender
diferentes gêneros de textos.
A QUEM CABE A TAREFA DO ENSINO
DA LEITURA E ESCRITA NA ESCOLA?
25. 1 - Referencial de expectativas para o
desenvolvimento da competência leitora e escritora
no ciclo II do Ensino Fundamental - São Paulo:
SME/DOT 2006
2 – Schneuwly, Dolz. Gêneros Orais e Escritos na
Escola, Mercado das Letras, Campinas 2004.
3- Santos, Milton . Território, Globalização e
Fragmentação. São Paulo: Hucitec, 1994 .
4 – Proposta Curricular de História para o 6º ao 9º
ano do Ensino Fundamental de Minas Gerais –
Minas Gerais: SEE -2005.
Referências Bibliográficas