2. 1879 - H. P. Blavatsky principiou a “debravar o terreno
para o seu novo livro”. Olcott preparou um esquema para a
obra. Idéias rudimentares;
Olcott ajuda H. P. Blavatsky a escrever o prefácio da obra
Durante vários anos nada mais se fez. Olcott e H. P.
Blavatsky ocupados em organizar a Sociedade na India;
1884 – Em The Theosophist ,de Janeiro aparece aviso sobre
A DOUTRINA SECRETA. Muitos clamavam por mais luz
sobre os ensinamentos contidos em Isis sem Véu (ISV).
Porpõe-se editar a obra em uma forma melhor e com mais
clareza, para entregas mensais (muitos não podiam
adquirir uma obra custosa como Isis sem Véu)
3. A DS seria uma melhora de Isis sem Véu, conservando tudo
de importante que fora apresentado nela, mas
reformulando o texto de maneira a agrupar assuntos
semelhantes, tornando a obra mais acessível;
Seriam apresentadas também informações adicionais, que
se tornaram possíveis de vir à público após 8 anos da
publicação de ISV e após a publicação de obras como “O
Mundo Oculto” e “Budismo Esotérico” as quais preparam o
terreno.
4. T. Subba Row escreveria a maior parte dos comentários e
explicações;
H. P. Blavatsky viaja para a Europa e leva consigo os
manuscritos;
H. P. Blavatsky declara que o Mestre ordenara que a obra
fosse reescrita. Não mais seria possível as entregas
mensais;
Sr. Q. W. Judge, que se encontrava em Paris, foi atraído ao
trabalho. Na casa de campo do Conde e da Condessa de
Adhemar, repassou, à pedido de HPB, as páginas e Isis Sem
Véu e anotou à margem os assuntos versados. Tais
anotações foram de suma utilidade para ela.
5. 1885 – Olcott escreve em seu Diary: “HPB recebe do
Mestre M o plano para sua Doutrina Secreta;
Neste mesmo ano o mestre K.H. escreve: “A DOUTRINA
SECRETA, quando estiver pronta, será uma tríplice produção
de M..., Upasika e minha”;
Condessa Constance Wachtmeister é “enviada” para ajudar
HPB;
HPB declara à Condessa que a obra teria 4 volumes e
revelaria ao mundo a doutrina esotérica que era possível
revelar à humanidade em seu estágio atual de evolução;
HPB dizia que só no próximo século os homens
começariam a compreender e discutir o livro de maneira
inteligente.
6. Condessa preparava cópias nítidas dos
manuscritos de HPB;
Condessa se intriga com a pobreza da
biblioteca ambulante de HPB. Não
obstante, abundavam nos manuscritos
referências à obras raras e secretas,
algumas somente encontradas no
Vaticano ou no Museu Britânico;
Posteriormente, a Condessa pode
verificar, por intermédio de amigos, a
veracidade das citações que HPB havia
visto na Luz Astral. Condessa Constance
Wachtmeister
(1838 – 1910)
7. 1886 – Em carta, HPB deixa claro à Olcott que abandonara
a idéia de o novo livro ser uma revisão de ISV;
HPB estava ansiosa por escrever a DS que devia ser sua
“justificação”. Tinha que demonstrar se existiam ou não os
Mestres, para responder à Sociedade de Investigações
Psíquicas que a acusara de impostora;
HPB instruiu Olcott a assegurar a colaboração de Subba
Row nos pontos relacionados ao Advaitismo e o ocultismo
da antiga Religião Ária.
Dissse HPB: “Eu vivo novamente duas vidas”. “Estou
preparada para ver tudo o que devo ver como se fosse
através de sonhos. Vejo grandes e largos rolos de papel, sobre
os quais estão escritas as coisas, e as registro”.
8. HPB fez um extenso capítulo de introdução, preâmbulo ou
prólogo para mostrar que o texto inicia-se em cada seção
com uma página traduzida do Livro de Dzyan e do Livro
Secreto de Maitreya-Buddha;
Assim fez para dar uma sucinta exposição do que se sabia
historicamente e em literatura, através dos escritos
clássicos profanos e sagrados (desde 500aC até 500dC)
acerca da magia e da existência de uma Doutrina Secreta
Universal conhecida dos filósofos e iniciados de todos os
países;
A história completa se encontra também em forma
exotérica nos Purânas e Brâhmanas;
HPB dispunha de informações que dariam para encher
vinte volumes iguais aos de ISV, mas faltava-lhe a expressão
e a habilidade para as compilar.
9. Em 14 de julho de 1886 HPB escreva ao Coronel Olcott
dizendo-lhe que estava remetendo o manuscrito de mais
de 600 páginas contendo o Prefácio ao Leitor e o primeiro
capítulo de A DOUTRINA SECRETA;
Remessa seria feita após Subba Row aprovar o primeiro
capítulo onde constavan as Sete Estâncias de Dzyan
tomadas do Livro de Dzan (ou Dzyan), com os comentários;
HPB pedia cuidado com os manuscritos, que eram sua
última grande obra;
O Manuscrito do primeiro volume, de punho da Condessa
Wachtmeister e de outros, foi recebido por Olcott em 10 de
dezembro daquele ano. Seria publicado
concomitantemente em Londres e Nova Iorque;
Subba Row encontrou muitos erros. Obra teria de ser
reescrita.
10. Na oportunidade do centenário do nascimento de HPB, a
Casa Editora Teosófica de Adyar pensou em publicar pela
primeira vez o rascunho original do Volume I de A
DOUTRINA SECRETA, tal como preparado por HPB em
1886. O projeto foi abandonado por dificuldades editoriais
e de pontuação;
A segunda parte do manuscrito de 1886 está intitulada: A
DOUTRINA SECREA, Parte I. Período Arcaico. Capítulo I. Uma
visão da Eternidade. A Evolução Cósmica em Sete Estádios;
Do Volume ou Livro II, há somente algumas páginas no
manuscrito, com o título “Cronologia Arcaica, Ciclos,
Antropologia”;
Olcott recebe o manuscrito e considera a obra uma das
mais importantes contribuições ao conhecimento
filosófico e científico.
11. 1887 – HPB menciona a Olcott que um jovem inglês, E. D,
Fawcet, lhe prestara auxílio em Wurtzburg e em Ostend e,
mais tarde, na Inglaterra, com relação à hipótese
evolucionista, citações de obras científicas, e corroborações
de doutrinas ocultas. Várias páginas de seu manuscrito
foram incorporadas à obra de HPB;
HPB pediu novamente em 4 de Janeiro que Subba Row
procedesse à revisão do manuscrito. Deu-lhe carta branca
pois disse que tinha mais confiança na sabedoria dele do
que na dela. Ela temia não ter compreendido bem o Mestre
e o Velho Senhor (Mestre Jupiter, o Rishi Agastya);
O Mestre e o Velho Senhor apenas apresentavam os fatos e
raramente ditavam de forma continuada.
12. Em Ostende HPB prossegue seu labor. Esteve doente e às
portas da morte. Ficou preocupada com a DS.;
HPB foi então milagrosamente curada, mais uma vez. Disse
que o Mestre estivera com ela e lhe dera a opção: ou
morrer e libertar-se ou continuar viva para terminar a DS;
Pensando na Sociedade e nos estudantes de Teosofia, HPB
resolve aceitar o holocausto;
Dr. A Keightley encontrou HPB residindo em Ostend e lhe
foi confiada a revisão da redação do texto inglês como se
fosse dele o texto;
A Keightley fica impressionado com o número de citações
de obras que não existiam na pequena biblioteca de HPB
(cerca de 30 volumes);
Em 1º de maio, instada por vários membros da ST, HPB se
transfere para Londres, onde teria melhor assistência e
cuidados.
13. O Dr Keightley e seu sobrinho Berttram Keightley leram,
releram, copiaram e corrigiram os manuscritos que
atingiam 3 pés de altura;
Eles ainda classificaram o material e recomendaram que o
mesmo fosse dividido em quatro volumes (1. Evolução do
Cosmos; 2. Evolução do Homem; 3. Vidas de Alguns
Grandes Ocultistas e 4. Ocultismo Prático) e que cada
volume se dividisse em três partes (1º Estâncias e
Comentários; 2º Simbolismo; 3º Ciência). HPB aprovou a
tudo;
Após a ordenação das matérias atinentes aos temas e a
aprovação de HPB, todo o manuscrito foi ordenado e
passado à máquina por mãos profissionais e conferido com
os originais;
14. Dr. Archibald Keightley (1859–1930)
Foi secretário geral da ST em Londres
de 1888 a 1890. Associou-se a W. Q.
Judge na rama americana da ST
(Sociedade Teosófica na América) e,
após a morte de Judge, à rama
Hargrove, formada por Ernest Temple
Hargrove que fixou a filial dessa rama
em Nova Iorque, enquanto a rama
formada por Judge permaneceu em
Pasadena-Califórnia .
Berttram Keightley (1860-1944)
Fundou a Seção Indiana da ST e
foi seu secretário geral de 1897 a
1901. Foi secretário geral da
Seção inglesa da ST de 1901 a
1905.
15. Os Keightley perceberam que os comentários ocupavam
poucas páginas. Sugeriram à HPB que escrevesse mais
comentários apropriados como fora prometido aos
leitores;
Cada Sloka das Estâncias foi escrito (ou recortado da cópia
datilografada e colado no alto de uma folha de papel) e
depois, em uma folha solta que se anexou, eram escritas
todas as perguntas que os Keightley julgaram oportunas
formular sobre cada Sloka. Assim, pouco a pouco, e com a
participação dos Keightley, os comentários foram sendo
melhorados;
Berttram Keightley relatou que fizera verificação das
referências, algumas vezes no Museu Britânico, e
constatou que as citações eram corretas no mais alto grau,
à exceção das referências às páginas que estavam
invertidas, por exemplo, página 321 por página 123,
ilustrando o avesso dos objetos quando vistos na luz astral.
16. 1888 – No início deste ano HPB propos mais uma vez
submeter o manuscrito a Subba Row. Este prestaria ajuda
deste que HPB suprimisse toda referência aos Mestres.
As negativas de Subba Row em prestar auxílio a HPB
tornam-se conhecidas;
O Sr. Judge e outros americanos pedem a HPB qeu leva a DS
à frente, a despeito de supostas solicitações para que ela
não publicasse a obra, a qual poderia contrariar alguns
Pandits indianos (profundos conhecedores da filosofia, da
lei, da música ou de outras áreas);
De Londres, Berttram Keightlei escreve que tivera início a
publicação de A DOUTRINA SECRETA.
17. Quando o Cel. Olcott viajava para a Inlgaterra em agosto,
recebeu em seu camarote uma carta em que o Mestre K.H
lhe dizia: “...sobre A Doutrina Secreta, podeis estar certo de
que tudo que ela não anotou de livros científicos ou de outras
obras lhe foi proporcionado ou sugerido por nós. Os erros e
as noções errôneas, por ela corrigidos e explicados, das obras
de outros Teósofos, foram corrigidos por mim ou sob minha
orientação. É um livro mais valioso que o precedente, um
epítome de verdades ocultas que será uma fonte de
informações e ensinamentos para estudantes sérios, durante
muitos anos vindoiros”;
Olcott chega a Londres e encontra HPB trabalhando de
manha até à noite. Os dois volumes deviam aparecer
naquele mês de agosto.
18. Ao redor de HPB havia um grupo de Teosofistas
devotados que haviam adiantado 1.500 libras
esterlinas para a edição da DS e a ajudavam ordenando
a matéria, corrigindo o inglês imperfeito e preparando
a mesma para impressão;
HPB destaca que nenhum deles poderia reinvidicar de
haver contribuído com a doutrina fundamental, as
conclusões e os ensinamentos filosóficos. Não que
HPB tivesse inventado tudo. Ela simplesmente
transmitiu a outros o que lhe foi ensinado;
A saúde de HPB se ressente com a carga de trabalho.
Levantava-se muito cedo e trabalhava até tarde.
19. Enfim o livro entrou no prelo...passou por três ou quatro
mãos em seus dois jogos de prova. HPB foi severa revisora.
Segui-se a elaboração do Prefácio e por fim o livro saiu;
“Um tesouro sem igual de sabedoria oculta” (The
Theosophist, nov 1888, pag 69);
HPB sentiu-se feliz naquele dia;
HPB colocou na Introdução do Volume I: “... Eu fiz apenas
um ramalhete de flores escolhidas: nele nada existe de meu,
a não ser o cordão que as prende”;
Em outubro a DS foi publicada simultaneamente em
Londres e em Nova Iorque;
A primeira edição inglesa de 500 exemplares esgotou-se
antes do dia de sua publicação;
A segunda edição apareceu antes do final do ano.
20. Jornais dão pouca notícia sobre a DS mas a
procura da obra foi contínua;
No prefácio, HPB se justifica pela demora da obra:
precário estado de saúde e grande vulto do
trabalho;
Os dois volumes que sairam não completavam o
plano. HPB tencionava completar a obra com o
terceiro e quarto volumes;
Os volumes publicadas não continham sequer 20
páginas de ISV.
21. No Volume III deveria tratar de todos os Adeptos
conhecidos dos antigos e modernos assim como uma vista
geral dos Mistérios na Europa;
O Volume IV seria exclusivamente dedicado aos
Ensinamentos Ocultos;
A DS edição de 1888 visou também preparar o terreno
para os dois volumes subsequentes que seriam publicados
dependendo do acolhimento dos dois primeiros Volumes.
22. 1890 – HPB escreve em Lucifer (edição de março) que a
procura de ensinamento místico se tornara grande e que
era difícil satisfazer os pedidos. Mesmo a DS, com seu
preço proibitivo, teve excelente resultado financeiro;
1891 – Ao fim desse ano a segunda edição da DS estava
esgotada;
G.R.S. Mead e Besant se encarregaram de tirar uma nova
edição revista. Solicitam aos leitores que enviem listas de
erros observados nas edições anteriores para serem
corrigidos;
1895 – Os indíces da 1ª e 2ª edição não eram muito
adequados. O Sr. A. J. Faulding prepara um novo e amplo
índice;
1896 – Algumas partes dos manuscritos de HPB que não
faziam parte da DS foram recolhidos e preparados pela Sra.
Besant para publicação.
23. 1897 – O 3º Volume foi posto à venda em 14 de junho em
Chicago e em Londres ao mesmo tempo. Venda
ininterrupta;
Houve dúvidas sobre a segunda edição e se HPB teria sido
“editada”;
Dúvidas sobre a adulteração do manuscritos do terceiro
volume também apareceram. Aparentemente foram
dúvidas infundadas com relação ao trabalho de Mead e
Besant;
Revisão feita por Mead e Besant foi valiosa e eliminou
muitos erros gramaticais das primeiras duas edições;
Como o Volume III tinha muito menos matéria que os
outros dois, a Sra Annie Besant decidiu ampliá-lo
acrescentando instruções da Escola Esotérica, uma vez que
para tal recebera autorização de HPB.
24. Essas instruções ocupam o maior espaço do Volume IV
proposto do qual não foram encontradas senão algumas
páginas, o suficiente para marcar o ponto em que HPB
tinha parado de escrever;
Escreveu a Sra Besant em Lúcifer (maio de 1895):
O valor da DS não está em seus materiais considerados isoladamente mas na
incorporação deles em um todo amalgamado e coerente...HPB era bastante
descuidada em seus métodos literários, e usava citações para substanciar seus
argumentos tirando-os de qualquer fonte, física ou astral, sem muito
consideração para o emprego de aspas. Quanto não sofremos por esse motivo,
eu e o Sr. Mead ao preparar a última edição da DS? Meus irmão de todos os
países, os que aprenderam de HPB verdades profundas que fizeram da vida
espiritual uma realidade, devemos manter-nos firmes em sua defesa, sem
apregoar sua infalibilidade, sem reclamar que seja reconhecida como
‘autoridade’ – mas sustentando a verdade de seus conhecimentos e a de sua
vinculação com os Mestres, o esplêndido sacrifício de sua vida e o inestimável
serviço que ela prestou à causa da espiritualidade no mundo...”