3. Prioridade à vigilância
epidemiológica
Magnitude: aplicável a doenças de elevada frequência;
Potencial de disseminação: Expressa pela
transmissibilidade da doença;
Transcendência: severidade (danos neurais) relevância
social e econômica;
Vulnerabilidade: prevenção e controle que permitem a
atuação concreta e efetiva dos serviços de saúde.
4. Casos novos de hanseníase, segundo região/nível mundial,
2004 - 2010
228.474 casos (2011)
( DATASUS, 2011; (WHO). Global leprosy situation, 2011 )
5. Casos novos de hanseníase, segundo país com maior
carga da doença; 2004 - 2010
Brasil: 41.264 casos (2011)
DATASUS, 2011; (WHO). Global leprosy situation, 2011 )
6. Detecção geral e em menores de 15 anos de hanseníase por
região, Brasil 2011
MT: 84,6
DATASUS, 2011
8. Recidiva
Classificação operacional
Pacientes que, após alta por cura:
dor no trajeto de nervos, novas áreas com alteração de
PB sensibilidade, lesões novas e/ou exacerbação de lesões
anteriores e que não respondem com tratamento com
corticosteróides por, pelo menos, 90 dias
Pacientes que, após alta por cura:
lesões cutâneas e/ou exacerbação de lesões antigas,
MB
novas alterações neurológicas que não responderem ao
tratamento com talidomida e/ou corticosteróide nas doses e
prazos recomendados e baciloscopia positiva.
MS, 2009;2010
9. Objetivo
Comparar as novas entradas por recidiva de hanseníase
em unidades básicas de saúde (UBS) e em unidades
especializadas (UE) no estado de Mato Grosso.
10. Método
Estudo transversal de todas as entradas de casos de
recidiva(SINAN) no período de 2004 a 2006.
Foram definidos:
Recidiva diagnosticados em unidades especializadas (UE):
residentes nos municípios de Cuiabá, Cáceres, Diamantino,
Rondonópolis e Várzea Grande; e
Recidiva nos demais municípios do Estado com unidades básicas
de saúde (UBs).
11. Do total de 344 registros de casos de recidiva (SINAN )
Foram excluídos: n= 21 entradas por erro diagnóstico, duplicidade
e transferência para outro estado.
Foram analisados 323 casos.
12. Resultados da análise comparativa da
proporção de casos de recidiva
diagnosticados em UBS e UE
13. Características individuais e geográficas
Tabela 1.
Recidiva Total
Variáveis UBs UE χ2 (p-valor)
n % n % n %
Sexo
Masculino 180 69,8 49 75,4 229 70,9 0,79 (0,373)
Feminino 78 30,2 16 24,6 94 29,1
Idade em anos
Menor de 15 05 1,9 - - 05 1,5 1,28 (0,258)
Maior de 15 253 98,1 65 100,0 318 98,5
Município residência
Cáceres - - 04 6,2 04 1,2 179,58 (0,000)
Cuiabá 19 7,4 24 36,9 43 13,3
Diamantino - - 08 12,3 08 2,5
Rondonópolis 04 1,5 10 15,4 14 4,3
Várzea Grande - - 09 13,8 09 2,8
Outros Municípios 235 91,1 10 15,4 245 75,9
16. Tabela 4. Razão de taxas de recidiva
Total Recidiva (A) Total Recidiva (B) Total Diferença
Variável de de de Recidiva %
casos casos casos Recidiva
(!)
n n % n n % n n %
PB 9.959 46 0,5 6.116 11 0,2 16.075 57 0,4 150,0
MB 10.338 212 2,1 4.723 54 1,1 15.061 266 1,8 90,9
Total MT 20.297 258 1,3 10.839 65 0,6 31.136 323 1,0 116,7
Total de casos e recidiva (A) = UBs ; Total de casos e recidiva (B) = UE.
(!) (UBs/UE)-1)*100)
17. A – Total de munícipios com
casos de recidivas
B – Recidivas Multibacilares
C – Recidivas Paucibacilares
18. Conclusão
As novas entradas de casos de recidiva em Mato
Grosso são influenciadas pelos diagnósticos feitos
em UBS, sugerindo que há deficiência na rede de
serviços de saúde em reconhecer casos de
recidiva.
19. Rev Brasileira de Epidemiologia (15): 3, setembro/2012.*
Características clínico-laboratoriais no
retratamento por recidiva em hanseníase
* Capítulo (2) tese: Profa. Dra. Silvana M. Benevides ferreira – UNIC
Profa Dra. Eliane Egnotti – UNEMAT
Profa. Dra. Monica Antar - UNIFESP
21. Método
Estudo transversal de casos diagnosticados de recidiva em
hanseníase em unidades de referência de 2005 a 2007 em cinco
municípios do Estado
Foram definidos:
Recidiva diagnosticados em unidades especializadas (UE):
residentes nos municípios de Cuiabá, Cáceres, Diamantino,
Rondonópolis e Várzea Grande;
O tratamento inicial foi considerado t1 e a recidiva t2.
23. Tabela 1. Distribuição dos casos de recidiva em hanseníase, segundo
intervalo de tempo entre a alta do tratamento e recidiva; Mato Grosso,
2009.
Sem informação= 7; (!) Média = 7 anos e 6 meses ; Mediana = 3 anos; DP = 5,71
24. Tabela 2. Comparação de proporção de casos entre tratamento inicial (t1) e
recidiva (t2) em hanseníase, segundo características clínico-laboratoriais; Mato
Grosso, 2009.
25. Tabela 3. Comparação de proporção de casos entre tratamento inicial
(t1) e recidiva (t2) em hanseníase, segundo características clínico-
laboratoriais; Mato Grosso, 2009.
GIF= grau de incapacidade física no diagnóstico
26. Tabela 4. Comparação de proporção de casos entre tratamento inicial
(t1) e recidiva (t2) em hanseníase, segundo características clínico-
laboratoriais; Mato Grosso, 2009.
27. Conclusão
Os casos de recidiva caracterizam o agravamento
da doença indicadas pelo aumento do índice
baciloscópico e do grau de incapacidade física.
28. Recomendações
O percentual de 6 a 20%, de registros de casos de recidivas em no
período estudado demanda investigação e monitoramento das
intercorrências após alta por cura;
Maior percentual, 80%, de registros de recidiva em UBs e de 37%
dos casos multibacilares diagnosticados reforçam a necessidade de
encaminhamento para unidades de referência, dos casos suspeitos
de recidiva, para esclarecimentos e confirmação dos diagnósticos;
29. Recomendações
A organização de serviços quanto à capacitação de recursos
humanos, apoio laboratorial e maior acessibilidade ao tratamento e
acompanhamento enfatizam prioridade para estes indivíduos;
Maior atenção à confirmação diagnostica de recidiva por meio de
exames baciloscópicos, em especial, nos multibacilares e da
avaliação neurológica sistemática de todos os pacientes de
hanseníase.
30. Recordações
As medidas adicionais de vigilância epidemiológica para este grupo de
indivíduos com maior chance de reincidência da doença deve incluir:
Melhoria das condições de vida, por meio da implementação de
políticas públicas e maior responsabilidade do Estado e sociedade na
organização de serviços, para alcance de melhores resultados do
controle da hanseníase.