O herpes genital é uma infecção viral transmitida sexualmente que causa lesões na pele ou mucosas dos órgãos genitais. Embora não tenha cura, pode ser tratado com medicamentos para aliviar sintomas e controlar surtos. É importante o uso de preservativos e evitar múltiplos parceiros sexuais para prevenir a transmissão.
2. O que é?
O herpes genital é uma infecção por vírus transmitidos
sexualmente, que afeta a pele e/ou mucosas dos órgãos
genitais. Uma vez contraído, dificilmente esse vírus é
eliminado do organismo, porque o sistema imunológico das
pessoas não tem pleno acesso a ele, pois ele se abriga nas
raízes nervosas, que esse sistema não atinge. A infecção é,
por isso, considerada uma infecção recorrente, havendo às
vezes longos períodos em que ela não se manifesta. Ela
parece eclodir em situações em que o sistema imunológico
da pessoa contaminada esteja enfraquecido.
3. Causas
Mais comumente, o herpes é transmitida quando a pele do receptor
tem alguma lesão visível que serve como porta de entrada para o
vírus ou a pele do doador apresenta bolhas ou erupções (crise
ativa), mas também pode acontecer que NÃO haja lesões visíveis e
a pessoa nem saiba que está infectada. Pode haver transmissão
pelo contato com os fluidos da boca ou da vagina de uma pessoa
infectada para outra não infectada. Muitas pessoas infectadas
(cerca de 80%) permanecem assintomáticas, mas podem transmitir
a doença. Existe também a transmissão vertical do vírus, da mãe
para o feto e para o bebê, no momento do nascimento.
4. Sintomas
O período de incubação do vírus varia de 10 a 15 dias depois de a
infecção ter-se realizado (às vezes mais). Nos primeiros dias da infecção
pode não haver sintomas ou ocorrer um simples prurido. Alguns dias
depois aparecem as vesículas. A primeira infecção é mais intensa e longa
que as demais, porque ainda não se formaram as defesas para combater
o vírus, mas, apesar da formação posterior de anticorpos, permanece o
risco de recidivas. As lesões do herpes genital se caraterizam por serem
pequenas vesículas localizadas nos genitais (masculinos e femininos).
Antes ou paralelamente ao surgimento das vesículas podem ocorrer ardor,
prurido, formigamento, gânglios linfáticos inflamados e aumentados de
tamanho, dores de cabeça, dores musculares e articulares.
5. Diagnóstico
Além da visualização direta das lesões, o médico (ginecologista ou
urologista) deve proceder a uma raspagem das feridas e retirar
delas uma pequena quantidade de líquido, para observação ao
microscópio. O herpes genital também pode ser diagnosticada por
alguns exames laboratórias. Os exames de sangue medem os
anticorpos contra o vírus e podem identificar se uma pessoa tenha
sido infectada alguma vez, mesmo que não esteja em crise no
momento. O teste da reação em cadeia da polimerase (PCR) pode
ser realizado no fluido de uma bolha. É o exame mais específico
para o herpes. A cultura do fluido contido nas bolhas pode também
detectar o vírus.
6. Tratamento
O herpes genital não tem cura. Medicamentos antivirais podem ser
usados para um melhor controle da doença. O aciclovir pode destruir
ou impedir que o vírus mantenha sua cadeia de replicação, mas
quando o vírus está abrigado no sistema neural (habitualmente num
gânglio neural), esse remédio não tem efeito. Podem ser usados
também medicamentos para aliviar os sintomas (analgésicos, anti-inflamatórios,
etc.). Conforme o caso, são esporadicamente receitados
antibióticos para uso tópico e limpeza das lesões com soro fisiológico.
7. Prevenção
● Sempre usar camisinha nas relações sexuais, isso ajuda a evitar a
transmissão da doença. Fazer sempre uma boa higienização das regiões
genitais antes e depois de cada relação sexual.
● Evitar múltiplos (as) parceiros (as) sexuais.
● A mulher deve informar ao médico que é portadora do vírus do herpes
genital, se pretende engravidar, mesmo que no momento não tenha
lesões ativas, pela possibilidade de transmissão para o filho.
● Mesmo as pessoas que estejam sem lesões podem transmitir o herpes
genital.
● A escarificação das lesões pelo ato de coçar pode disseminar as lesões.