SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 45
MODELO BLACK &
SCHOLES
Alysson Ramos Artuso
Derivativos
 Os mercados de derivativos (termos,
futuros, opções) são de oscilações
enormes  grandes ganhos e
GRANDES perdas.
 Remédio de TARJA PRETA  estude
muito seus efeitos antes e use sempre
pequenas doses.
Introdução às Opções
 A apólice de seguro de um carro é muito
parecida com o raciocínio de uma opção.
 Você paga um prêmio para a seguradora.
Isso lhe dá o direito, no período de um ano,
de receber um carro novo caso o seu seja
roubado (essa é a condição).
 A seguradora tem uma obrigação com você
 lhe dar um carro novo caso o seu seja
roubado durante esse ano.
Introdução às Opções
 Vamos discutir apenas as opções de
compra.
 Ao comprar uma opção você paga um certo
valor (pequeno perto do principal) para ter o
direito de adquirir ações sob certas
condições.
 Quem te vendeu a opção tem a obrigação
de lhe entregar as ações quando
determinadas condições ocorrem.
Introdução às Opções
 Exemplo: você compra por R$ 1 uma opção
PETRK26 que te dá o direito de adquirir
ações da Petrobrás por R$ 26 no dia
17/11/08.
 Se no dia 17/11 a ação custar R$ 25, você
não exerce seu direito (seu carro não foi
roubado).
 Se no dia 17/11 a ação custar R$ 30, você
exerce seu direito. Compra a ação por R$
26 e vende por R$ 30. Resultado: ganha R$
4 - 1 (o que pagou pelo direito).
Introdução às Opções
 O outro lado: você vende por R$ 1 uma opção
PETRK26 que te lhe obriga a vender ações da
Petrobrás por R$ 26 no dia 17/11/08.
 Se no dia 17/11 a ação custar R$ 25, você não
precisará entregar nada (nenhum carro foi roubado
e a seguradora não precisa desembolsar dinheiro
nenhum – ganhou o R$ 1 de prêmio).
 Se no dia 17/11 a ação custar R$ 30, você terá que
entregar as ações por R$ 26. Compra a ação por
R$ 30 (supondo que você não as tenha “em
estoque”) e vende por R$ 26. Resultado: perde R$
4 - 1 (o que recebeu pela obrigação).
Introdução às Opções
 A questão é:
 Para quem compra (dono do carro):
Quanto pagar pelo seguro? Quanto
pagar pela opção?
 Para quem vende (seguradora): Quanto
cobrar por essa obrigação? Quanto vale
o prêmio da opção?
MODELOS DE PRECIFICAÇÃO!
Histórico
 1900 - Bachelier defende a tese “Théorie de la
Especulation”, em que modela preços como um
movimento browniano.
 1955 - Samuelson – Teoria moderna de
precificação: log dos preços descreve um MB.
 1963 - Mandelbrot propõe distribuições de Levy
(caudas grossas – lei de potências) para os
retornos.
 1970 - Fama – Hipótese do Mercado Eficiente
 1973 - Black, Scholes e Merton desenvolvem o
Modelo de Black-Scholes para opções.
Hipótese do Mercado Eficiente
 Em um mercado eficiente o preço atual reflete toda
informação disponível.
 O passado não contém qualquer informação que já
não esteja incorporada no preço atual.
 Preços variam com a chegada de novas
informações  flutuações imprevisíveis 
descrição probabilística.
 S(t+1) = S(t) + variação aleatória
 Variações futuras do preço são independentes das
variações anteriores.
Preços seguem um movimento browniano
Movimento Browniano
Aritimético
 É um versão de tempo contínuo do Random
Walk.
 Usado em Física para modelar o movimento
das moléculas.
 Representação Matemática:
dS = μdt + σε
dS ~ N (μdt; σ2
dt)
dt
Limitações do MBA
 O MBA é conhecido como modelo aditivo
porque a variável cresce de um valor
constante a cada intervalo de tempo.
 Problemas:
 O valor da variável pode ser negativa.
 Taxa de retorno diminui conforme o preço
aumenta.
 Desvio padrão é constante ao longo do tempo e
independe do preço do ativo.
Movimento Browniano
Geométrico
 Modelo Multiplicativo
 Combinação de duas parcelas:
 Crescimento proporcional com taxa μ
 Crescimento aleatório proporcional com
distribuição normal e desvio padrão σ.
 Representação Matemática:
dS = μSdt + σSε
dS/S ~ N (μdt; σ2
dt)
dt
Retorno
 Ao invés de se modelar o preço, se modela
o retorno (escala, estacionariedade,
ergodicidade)
 Retorno bruto:
rt = ΔPt/Pt-1 =Pt/Pt-1 -1  1+ rt = Pt/Pt-1
 Retornos positivos e negativos não
possuem o mesmo significado.
 Assimetria dos retornos: negativo tem limite
em 100%.
Retorno
 Retorno logarítmico (log-retorno ou
retorno composto continuamente):
 Rt = ln (Pt/Pt-1) = ln (1 + rt)
 Expansão de Taylor:
 Para rt pequeno: Rt = ln (1+rt) = rt
 Retornos compostos:
1 + rt(k)= (1+rt)(1+rt-1)...(1+rt-k+1)
Rt(k) = Rt + Rt-1 +...+ Rt-k+1
Retorno Logarítmico
 Rt(k) = Rt + Rt-1 +...+ Rt-k+1
 Para k grande a soma pode ser
aproximada por uma v.a. de
distribuição gaussiana  Teorema
Central do Limite
 Generalização do TCL (sem restrições
de segundo momento)  distribuições
de Levy
Distribuição do Retorno
 Retornos R(t) = ln [S(t) / S(t-1)] seguem um
movimento browniano.
 Distribuição normal para os retornos
logarítmicos.
 Exemplo: retornos nos últimos 5 dias:
1%; -0,5%; 2%; -1,5%; -0,5%
μ = 0,10%
σ2
= 0,019%
σ = 1,39%
Distribuição do Retorno
 Projetando o retorno para daqui a um dia
 N (0,1%;1,39%2
)
 Projetando o retorno para daqui a dois dias:
μ = 2 x 0,10% = 0,20%
σ2
= 2 x 0,019% = 0,039
σ = x 1,39% = 1,96%
 N (0,2%;1,96%2
)
 R(1) ~ N(μ,σ2
)
 R(t) ~ N(tμ,tσ2
)
2
Distribuição do Preço
 Se o retorno segue uma distribuição
normal...
 Preço S(t) segue uma distribuição log-
normal.
Modelo Black-Scholes
 Usando esse modelo para o
comportamento dos preços das ações,
Fisher Black e Myron Scholes
desenvolveram um modelo de precificação
para as opções.
 O modelo B&S pode ser deduzido a partir
de três abordagens diferentes:
 Carteira Equivalente
 Risco Neutro
 Árvore Binomial
Carteira Equivalente
 Qualquer investidor que no lugar de adquirir
a opção aplique este valor no ativo
subjacente e num ativo sem risco teria o
mesmo fluxo de caixa do caso em que
compra a opção, ou seja, é possível obter o
mesmo retorno (e as mesmas variações) na
opção ou na carteira equivalente.
 Sendo investimentos iguais, devem ter
preços iguais.
Risco Neutro
 É possível, através da venda de uma
opção e da compra de unidades do
ativo, adquirir uma carteira de risco
neutro (delta hedge).
 Abordagem de Robert Merton 
Modelo de Black-Scholes-Merton
Abordagem Binomial
S.u4
S.u3
S.u2
S.u2
S.u S.u
S S S
S.d S.d
S.d2
S.d2
S.d3
S.d4
Premissas do B&S
 H1) A taxa de juros livre de risco é constante ao longo do tempo e é
possível emprestar recursos à essa taxa;
 H2) O preço do ativo-objeto segue um caminho aleatório e contínuo
ao longo do tempo, com distribuição log-normal;
 H3) A volatilidade do ativo-objeto é constante ao longo do tempo;
 H4) Não há custos de transação;
 H5) É possível ficar livremente comprado ou vendido em qualquer
quantidade fracionária de opção ou ação;
 H6) Não há oportunidade de arbitragem sem risco;
 H7) É permitida a venda a descoberto de todo o tipo de ativo, ou
seja, não é necessário possuir o ativo-objeto previamente para poder
vendê-lo;
 H8) O ativo-objeto não distribui dividendos;
 H9) Opções só podem ser exercidas no seu vencimento (européias).
Preço “justo”
 Opção de Compra (call):
 Na data de vencimento:
C(S,T) = max (S-K, 0)
K é o strike
 Preço Justo a t dias do vencimento:
C(S, t) = e-rt
E[C(S,t)]
Fórmula de B&S
 O valor V=V(t,S) de uma opção satisfaz a
equação diferencial (em [0,T] x R+
):
 Semelhança com a equação de difusão de
calor:
0
2
1
2
2
22
=−
∂
∂
+
∂
∂
+
∂
∂
rV
S
V
rS
S
V
S
t
V
σ
0)(2
2
=+
∂
∂
+
∂
∂
xf
r
u
t
u
η
Condições de Contorno
 Condição de Contorno (para calls):
 C(T,S) = (S-K)+
: Preço da opção é não-negativo
 C(t, 0) = 0: Se o ativo valer 0, a call vale 0
 limS  ∞ C(t,S)/S = 1: Se S for um valor muito grande o valor
da call coincide com o valor do ativo.
 Abordagem da Carteira Equivalente: O valor da
carteira no tempo T é igual ao retorno da opção.
 Solução através de transformadas de Fourier.
Fórmula B&S
 Solução:
 S: o preço do ativo-objeto; K: strike da opção; r:
taxa livre de risco; t: tempo para o exercício; σ:
volatilidade
tdd
tr
K
S
t
d
dNKedSNStC rt
σ
σ
σ
−=












++=
−= −
12
2
1
21
2
ln
1
)()(),(
Volatilidade
 A chamada volatilidade é o desvio padrão
anualizado. Desvio padrão para um
período de t dias é dado por .
 Normalmente, o intervalo t é t = 252 dias
e a volatilidade é dada por (com
valor em %).
σt
σ252
Volatilidade
 A volatilidade a ser colocada no modelo é a
volatilidade no período de existência da
opção (futura), mas como sabê-la?
 O mais comum é utilizar a volatilidade
histórica de curto ou longo prazo (desvio
padrão dos últimos 21 ou 252 pregões).
 Usando esse valor, normalmente o preço
teórico e o preço atual da opção são
diferentes.
Volatilidade Implícita
 Qual deveria ser a volatilidade para que o modelo
fornecesse o valor atual?  volatilidade implícita.
 Joga no modelo as quatro variáveis conhecidas e o
preço atual  retorna a volatilidade implícita (VI).
 A VI reflete qual a expectativa do mercado em
relação à movimentação futura do ativo.
 Espera uma oscilação maior que no passado? VI >
VH.
 Espera uma oscilação menor que no passado? VI <
VH.
 A volatilidade implícita costuma ser diferente para
cada uma das opções.
Smile da Volatilidade
Smile da Volatilidade
68,00%
69,00%
70,00%
71,00%
72,00%
73,00%
74,00%
75,00%
76,00%
18,0 20,0 22,0 24,0 26,0 28,0 30,0 32,0 34,0
Preço de Exercício
Volatilidade
Implícita
Gregas
 Derivadas parciais do preço de uma
opção.
 Explicam como as opções se
movimentam.
 Muito utilizadas para a montagem de
estratégias com opções.
 São cinco: delta, gamma, theta, vega
e rho
Delta
 Taxa de variação do preço da opção em
relação ao preço do ativo objeto.
 “Velocidade”, indica a movimentação do
prêmio da opção quando o ativo objeto se
movimenta.
)( 1dN
S
C
=
∂
∂
Gamma
 Taxa de variação do delta em relação
ao preço do ativo objeto.
 “Aceleração”, indica como o delta
(“velocidade”) se altera quando o ativo
objeto se movimenta.
tS
d
S
C
σ
ϕ )( 1
2
2
=
∂
∂
Theta
 Taxa de variação do prêmio da opção
relativo ao tempo até o vencimento.
 O sinal negativo indica que a opção
perde valor pela passagem do tempo.
)(
2
)(
2
1
dNrKe
t
dS
t
C rt−
−−=
∂
∂
−
σϕ
Vega
 Taxa de variação do prêmio da opção em
relação a uma mudança na volatilidade.
tdS
C
)( 1ϕ
σ
=
∂
∂
Rho
 Taxa de variação do valor da opção em
relação à taxa de juros.
 Para o mercado brasileiro, na maioria das
vezes é insignificante, pois as opções são
mensais e a mudança na taxa de juros
não costuma ser altamente significativa.
)( 2dNKte
r
C rt−
=
∂
∂
Exemplo
 PETR4: R$23,20
Exemplo de operação
 Borboleta (operação alvo):
 C 1000 PETRK22 por R$ 2,65
 V 2000 PETRK24 por R$ 1,68
 C 1000 PETRK26 por R$ 1,08
 Custo de R$ 370,00
Exemplo de Operação
 PETR4: R$23,20
 Delta: 7,6
 Gamma: -5,3
 Theta: 6,3
 Vega: -2,2
 Rho: 0,0
Novos Desenvolvimentos
 Relaxamento ou modificações das
premissas do modelo:
 Inclusão da distribuição de dividendos;
 Modelagem estocástica da taxa de juros;
 Modelo com saltos sobrepostos ao MBG;
 Soluções para opções americanas ao
invés de somente européias;
Novos Desenvolvimentos
 Matriz de volatilidades implícitas;
 Modelagem da volatilidade (EWMA, GARCH,
Volatilidade Estocástica);
 Uso de outras distribuições de probabilidade
para o preço ao invés da log-normal;
 Uso de outras premissas para o movimento dos
preços (efeitos de memória);
 Modelagem através do caos determinístico ao
invés de aleatoriedade para os preços;
LTCM
 Em 1994, John Meriwether, recrutou alguns dos mais
brilhantes matemáticos em finanças para gerir um fundo
o Long Term Capital Management, incluindo Scholes e
Merton.
 Durante 3 anos conseguiram retornos extraordinários de
40% ao ano, altamente alavancados.
 Na crise russa de 1998 o LTCM teve que zerar parte de
suas operações com grande prejuízo, diminuindo seu
capital de US$ 2,3 bi para US$ 600 mi em três
semanas.
 O FED, em conjunto com bancos de investimento,
arrecadou US$ 3,5 bi para tapar o rombo.
Referências
 DAMODARAN, Aswath. Avaliação de
Investimentos. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 1997.
 HISSA, Mauricio. Investindo em Opções.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
 HULL, John C. Fundamentos dos
Mercados Futuros e de Opções. São
Paulo: BM&F, 2005.
 MORETTIN, Pedro A.; TOLOI, Clélia M. C.
Análise de Séries Temporais. São Paulo:
Edgard Blücher, 2006.
Referências
 BONOTTO, Everaldo M. A equação de Black-Scholes com
ação impulsiva. Tese de Doutorado; USP, 2008.
 CARVALHO FILHO, José A. Modelo exponencial para
distribuição dos retornos do Ibovespa. Dissertação de
Mestrado; UFPE, 2004
 CURY, M. A. Controle ótimo estocástico a tempo discreto
e espaço de estado contínuo aplicado a derivativos. Tese
de Doutorado; USP, 2005.
 ODA, Luís F. A teoria da ciência no modelo Black-Scholes
de apreçamento de opções. Dissertação de Mestrado; USP,
2007.
 RAMOS, Antônio M. T. Modelo exponencial para opções:
aplicações ao índice Bovespa. Dissertação de Mestrado;
UFPE, 2007.

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Mote Carlo y Quasi-Monte Carlo aplicado a los mercados financieros
Mote Carlo y Quasi-Monte Carlo aplicado a los mercados financieros Mote Carlo y Quasi-Monte Carlo aplicado a los mercados financieros
Mote Carlo y Quasi-Monte Carlo aplicado a los mercados financieros Rubén Colomina Citoler
 
Werken bij ICT Automatisering - brochure
Werken bij ICT Automatisering - brochureWerken bij ICT Automatisering - brochure
Werken bij ICT Automatisering - brochurekpilon
 
Brosur Tbm Baru
Brosur Tbm BaruBrosur Tbm Baru
Brosur Tbm Barurizal1907
 
Como construir blog Zona network
Como construir blog Zona networkComo construir blog Zona network
Como construir blog Zona networkluis pinto
 
GBS Seminarium Europejski Dzien Pracy Tarnow 2008
GBS Seminarium Europejski Dzien Pracy Tarnow 2008GBS Seminarium Europejski Dzien Pracy Tarnow 2008
GBS Seminarium Europejski Dzien Pracy Tarnow 2008Krystyna Kosecka
 
Calendario exames febreiro 11 12 abreviado
Calendario exames febreiro 11 12 abreviadoCalendario exames febreiro 11 12 abreviado
Calendario exames febreiro 11 12 abreviadoIES Nº 1
 
Na Szczescie
Na SzczescieNa Szczescie
Na Szczesciekarytek
 
Qortaba project
Qortaba projectQortaba project
Qortaba projectnmcegypt
 
Trabajo de secuencias para tercero cuarto y quinto
Trabajo de secuencias para tercero   cuarto y quintoTrabajo de secuencias para tercero   cuarto y quinto
Trabajo de secuencias para tercero cuarto y quintoshirleyprofe
 
Autobiografia de um bichorro 4ºa
Autobiografia de um bichorro   4ºaAutobiografia de um bichorro   4ºa
Autobiografia de um bichorro 4ºarosimeirea
 
2009 Channel Contenders Security Software(Rus)
2009 Channel Contenders Security Software(Rus)2009 Channel Contenders Security Software(Rus)
2009 Channel Contenders Security Software(Rus)guest1c2dfc2
 
Mi Practica De Diapositivas!!!
Mi Practica De Diapositivas!!!Mi Practica De Diapositivas!!!
Mi Practica De Diapositivas!!!Stefania Saltos
 
prehistòria i edat antiga
prehistòria i edat antigaprehistòria i edat antiga
prehistòria i edat antigamurtrona
 
Migliori posizioni a letto
Migliori posizioni a lettoMigliori posizioni a letto
Migliori posizioni a lettoEmma Running
 

Destaque (20)

Mote Carlo y Quasi-Monte Carlo aplicado a los mercados financieros
Mote Carlo y Quasi-Monte Carlo aplicado a los mercados financieros Mote Carlo y Quasi-Monte Carlo aplicado a los mercados financieros
Mote Carlo y Quasi-Monte Carlo aplicado a los mercados financieros
 
Black scholes
Black scholesBlack scholes
Black scholes
 
Werken bij ICT Automatisering - brochure
Werken bij ICT Automatisering - brochureWerken bij ICT Automatisering - brochure
Werken bij ICT Automatisering - brochure
 
M74bimaluno2013
M74bimaluno2013 M74bimaluno2013
M74bimaluno2013
 
Brosur Tbm Baru
Brosur Tbm BaruBrosur Tbm Baru
Brosur Tbm Baru
 
U4 clase-01
U4 clase-01U4 clase-01
U4 clase-01
 
Jobben först
Jobben förstJobben först
Jobben först
 
Como construir blog Zona network
Como construir blog Zona networkComo construir blog Zona network
Como construir blog Zona network
 
GBS Seminarium Europejski Dzien Pracy Tarnow 2008
GBS Seminarium Europejski Dzien Pracy Tarnow 2008GBS Seminarium Europejski Dzien Pracy Tarnow 2008
GBS Seminarium Europejski Dzien Pracy Tarnow 2008
 
Sep07
Sep07Sep07
Sep07
 
Calendario exames febreiro 11 12 abreviado
Calendario exames febreiro 11 12 abreviadoCalendario exames febreiro 11 12 abreviado
Calendario exames febreiro 11 12 abreviado
 
Na Szczescie
Na SzczescieNa Szczescie
Na Szczescie
 
Qortaba project
Qortaba projectQortaba project
Qortaba project
 
Trabajo de secuencias para tercero cuarto y quinto
Trabajo de secuencias para tercero   cuarto y quintoTrabajo de secuencias para tercero   cuarto y quinto
Trabajo de secuencias para tercero cuarto y quinto
 
Recurso especial 1.350.169
Recurso especial 1.350.169Recurso especial 1.350.169
Recurso especial 1.350.169
 
Autobiografia de um bichorro 4ºa
Autobiografia de um bichorro   4ºaAutobiografia de um bichorro   4ºa
Autobiografia de um bichorro 4ºa
 
2009 Channel Contenders Security Software(Rus)
2009 Channel Contenders Security Software(Rus)2009 Channel Contenders Security Software(Rus)
2009 Channel Contenders Security Software(Rus)
 
Mi Practica De Diapositivas!!!
Mi Practica De Diapositivas!!!Mi Practica De Diapositivas!!!
Mi Practica De Diapositivas!!!
 
prehistòria i edat antiga
prehistòria i edat antigaprehistòria i edat antiga
prehistòria i edat antiga
 
Migliori posizioni a letto
Migliori posizioni a lettoMigliori posizioni a letto
Migliori posizioni a letto
 

Semelhante a Modelo Black-Scholes

Introdução aos Derivativos Exóticos
Introdução aos Derivativos ExóticosIntrodução aos Derivativos Exóticos
Introdução aos Derivativos ExóticosAugusto_Carvalho
 
Derivativos
DerivativosDerivativos
Derivativosrsampaio
 
ANTONIO CLAUDIO LAGE BUFFARA RESPONDE: QUESTÕES PUC-RIO - ECONOMIA NA LISTA
ANTONIO CLAUDIO LAGE BUFFARA RESPONDE: QUESTÕES PUC-RIO - ECONOMIA NA LISTAANTONIO CLAUDIO LAGE BUFFARA RESPONDE: QUESTÕES PUC-RIO - ECONOMIA NA LISTA
ANTONIO CLAUDIO LAGE BUFFARA RESPONDE: QUESTÕES PUC-RIO - ECONOMIA NA LISTAAntonio Claudio Lage Buffara
 
Pontos importantes análise técnica
Pontos importantes   análise técnicaPontos importantes   análise técnica
Pontos importantes análise técnicaGrupo Shield
 
Teoria das carteiras
Teoria das carteirasTeoria das carteiras
Teoria das carteirasFelipe Pontes
 
Teorias de consumo e produção
Teorias de consumo e produçãoTeorias de consumo e produção
Teorias de consumo e produção Dayane Dias
 
2009 - Semana de estatística UFPR - A estatística e o mercado de ações
2009 - Semana de estatística UFPR - A estatística e o mercado de ações2009 - Semana de estatística UFPR - A estatística e o mercado de ações
2009 - Semana de estatística UFPR - A estatística e o mercado de açõesAlysson Ramos Artuso
 
1ª Lista de exercício de administração financeira completa com respostas
1ª Lista de exercício de administração financeira completa com respostas1ª Lista de exercício de administração financeira completa com respostas
1ª Lista de exercício de administração financeira completa com respostasFelipe Pontes
 
Contabilidade decifrada 22
Contabilidade decifrada 22Contabilidade decifrada 22
Contabilidade decifrada 22simuladocontabil
 

Semelhante a Modelo Black-Scholes (16)

Introdução aos Derivativos Exóticos
Introdução aos Derivativos ExóticosIntrodução aos Derivativos Exóticos
Introdução aos Derivativos Exóticos
 
ADM115-Aula4_2011-2 - Risco (1).pdf
ADM115-Aula4_2011-2 - Risco (1).pdfADM115-Aula4_2011-2 - Risco (1).pdf
ADM115-Aula4_2011-2 - Risco (1).pdf
 
Aula3
Aula3Aula3
Aula3
 
ADM115-Aula4_2011-2 - Risco.pptx
ADM115-Aula4_2011-2 - Risco.pptxADM115-Aula4_2011-2 - Risco.pptx
ADM115-Aula4_2011-2 - Risco.pptx
 
Derivativos
DerivativosDerivativos
Derivativos
 
ANTONIO CLAUDIO LAGE BUFFARA RESPONDE: QUESTÕES PUC-RIO - ECONOMIA NA LISTA
ANTONIO CLAUDIO LAGE BUFFARA RESPONDE: QUESTÕES PUC-RIO - ECONOMIA NA LISTAANTONIO CLAUDIO LAGE BUFFARA RESPONDE: QUESTÕES PUC-RIO - ECONOMIA NA LISTA
ANTONIO CLAUDIO LAGE BUFFARA RESPONDE: QUESTÕES PUC-RIO - ECONOMIA NA LISTA
 
Pontos importantes análise técnica
Pontos importantes   análise técnicaPontos importantes   análise técnica
Pontos importantes análise técnica
 
Matematica liz
Matematica lizMatematica liz
Matematica liz
 
Teoria das carteiras
Teoria das carteirasTeoria das carteiras
Teoria das carteiras
 
Cap12 macro
Cap12 macroCap12 macro
Cap12 macro
 
Unidade 8
Unidade 8Unidade 8
Unidade 8
 
Teorias de consumo e produção
Teorias de consumo e produçãoTeorias de consumo e produção
Teorias de consumo e produção
 
2009 - Semana de estatística UFPR - A estatística e o mercado de ações
2009 - Semana de estatística UFPR - A estatística e o mercado de ações2009 - Semana de estatística UFPR - A estatística e o mercado de ações
2009 - Semana de estatística UFPR - A estatística e o mercado de ações
 
ADM4007 Derivativos.pptx
ADM4007 Derivativos.pptxADM4007 Derivativos.pptx
ADM4007 Derivativos.pptx
 
1ª Lista de exercício de administração financeira completa com respostas
1ª Lista de exercício de administração financeira completa com respostas1ª Lista de exercício de administração financeira completa com respostas
1ª Lista de exercício de administração financeira completa com respostas
 
Contabilidade decifrada 22
Contabilidade decifrada 22Contabilidade decifrada 22
Contabilidade decifrada 22
 

Mais de Alysson Ramos Artuso

2016 - Produção de materiais didáticos - exemplos de física
2016 - Produção de materiais didáticos - exemplos de física2016 - Produção de materiais didáticos - exemplos de física
2016 - Produção de materiais didáticos - exemplos de físicaAlysson Ramos Artuso
 
2016 - Seminário UFPR - Livro didático - uma visão do autor e do editor
2016 - Seminário UFPR - Livro didático - uma visão do autor e do editor2016 - Seminário UFPR - Livro didático - uma visão do autor e do editor
2016 - Seminário UFPR - Livro didático - uma visão do autor e do editorAlysson Ramos Artuso
 
2015 - Semana de Física da UFU - Produção de materiais didáticos
2015 - Semana de Física da UFU - Produção de materiais didáticos2015 - Semana de Física da UFU - Produção de materiais didáticos
2015 - Semana de Física da UFU - Produção de materiais didáticosAlysson Ramos Artuso
 
2015 - SNEF - Diferenças na dinâmica de aula dos professores e sua relação co...
2015 - SNEF - Diferenças na dinâmica de aula dos professores e sua relação co...2015 - SNEF - Diferenças na dinâmica de aula dos professores e sua relação co...
2015 - SNEF - Diferenças na dinâmica de aula dos professores e sua relação co...Alysson Ramos Artuso
 
2015 - SNEF - A dinâmica de aula e sua relação com o livro didático de física...
2015 - SNEF - A dinâmica de aula e sua relação com o livro didático de física...2015 - SNEF - A dinâmica de aula e sua relação com o livro didático de física...
2015 - SNEF - A dinâmica de aula e sua relação com o livro didático de física...Alysson Ramos Artuso
 
2014 - ENDIPE - Para que ser o livro didatico de Fisica? - as respostas dos p...
2014 - ENDIPE - Para que ser o livro didatico de Fisica? - as respostas dos p...2014 - ENDIPE - Para que ser o livro didatico de Fisica? - as respostas dos p...
2014 - ENDIPE - Para que ser o livro didatico de Fisica? - as respostas dos p...Alysson Ramos Artuso
 
2014 - Minicurso ministrado na UFTM - Inovação, a escola do século xxi e o li...
2014 - Minicurso ministrado na UFTM - Inovação, a escola do século xxi e o li...2014 - Minicurso ministrado na UFTM - Inovação, a escola do século xxi e o li...
2014 - Minicurso ministrado na UFTM - Inovação, a escola do século xxi e o li...Alysson Ramos Artuso
 
2013 - Seminário graduação UFPR - mundo editorial para um físico
2013 - Seminário graduação UFPR - mundo editorial para um físico2013 - Seminário graduação UFPR - mundo editorial para um físico
2013 - Seminário graduação UFPR - mundo editorial para um físicoAlysson Ramos Artuso
 
2013 - ENPEC - Usos do livro didático de física segundo alunos
2013 - ENPEC - Usos do livro didático de física segundo alunos2013 - ENPEC - Usos do livro didático de física segundo alunos
2013 - ENPEC - Usos do livro didático de física segundo alunosAlysson Ramos Artuso
 
2013 - Canadian English Centre - The role of the textbook
2013 - Canadian English Centre - The role of the textbook2013 - Canadian English Centre - The role of the textbook
2013 - Canadian English Centre - The role of the textbookAlysson Ramos Artuso
 
2013 - Canadian English Centre - Digital textbooks
2013 - Canadian English Centre - Digital textbooks2013 - Canadian English Centre - Digital textbooks
2013 - Canadian English Centre - Digital textbooksAlysson Ramos Artuso
 
2012 - Tese - Análise multivariada e filtros de graham
2012 - Tese - Análise multivariada e filtros de graham2012 - Tese - Análise multivariada e filtros de graham
2012 - Tese - Análise multivariada e filtros de grahamAlysson Ramos Artuso
 
2012 - Iartem - usos do livro didatico de física segundo professores
2012 - Iartem - usos do livro didatico de física segundo professores2012 - Iartem - usos do livro didatico de física segundo professores
2012 - Iartem - usos do livro didatico de física segundo professoresAlysson Ramos Artuso
 
2009 - Seminário pós-graduação UFPR - Arch e garch
2009 - Seminário pós-graduação UFPR - Arch e garch2009 - Seminário pós-graduação UFPR - Arch e garch
2009 - Seminário pós-graduação UFPR - Arch e garchAlysson Ramos Artuso
 
2008 - SBPO - Filtros de Graham aplicados ao mercado acionário brasileiro
2008 - SBPO - Filtros de Graham aplicados ao mercado acionário brasileiro2008 - SBPO - Filtros de Graham aplicados ao mercado acionário brasileiro
2008 - SBPO - Filtros de Graham aplicados ao mercado acionário brasileiroAlysson Ramos Artuso
 
2008 - Semana acadêmica UFPR - Internet e ensino de física
2008 - Semana acadêmica UFPR - Internet e ensino de física2008 - Semana acadêmica UFPR - Internet e ensino de física
2008 - Semana acadêmica UFPR - Internet e ensino de físicaAlysson Ramos Artuso
 
2007 - Virtual Educa - Internet e o ensino de física
2007 - Virtual Educa - Internet e o ensino de física2007 - Virtual Educa - Internet e o ensino de física
2007 - Virtual Educa - Internet e o ensino de físicaAlysson Ramos Artuso
 
2014 - Seminário pós-graduação UTFPR - Tecnologias, livro didático e a escola...
2014 - Seminário pós-graduação UTFPR - Tecnologias, livro didático e a escola...2014 - Seminário pós-graduação UTFPR - Tecnologias, livro didático e a escola...
2014 - Seminário pós-graduação UTFPR - Tecnologias, livro didático e a escola...Alysson Ramos Artuso
 

Mais de Alysson Ramos Artuso (18)

2016 - Produção de materiais didáticos - exemplos de física
2016 - Produção de materiais didáticos - exemplos de física2016 - Produção de materiais didáticos - exemplos de física
2016 - Produção de materiais didáticos - exemplos de física
 
2016 - Seminário UFPR - Livro didático - uma visão do autor e do editor
2016 - Seminário UFPR - Livro didático - uma visão do autor e do editor2016 - Seminário UFPR - Livro didático - uma visão do autor e do editor
2016 - Seminário UFPR - Livro didático - uma visão do autor e do editor
 
2015 - Semana de Física da UFU - Produção de materiais didáticos
2015 - Semana de Física da UFU - Produção de materiais didáticos2015 - Semana de Física da UFU - Produção de materiais didáticos
2015 - Semana de Física da UFU - Produção de materiais didáticos
 
2015 - SNEF - Diferenças na dinâmica de aula dos professores e sua relação co...
2015 - SNEF - Diferenças na dinâmica de aula dos professores e sua relação co...2015 - SNEF - Diferenças na dinâmica de aula dos professores e sua relação co...
2015 - SNEF - Diferenças na dinâmica de aula dos professores e sua relação co...
 
2015 - SNEF - A dinâmica de aula e sua relação com o livro didático de física...
2015 - SNEF - A dinâmica de aula e sua relação com o livro didático de física...2015 - SNEF - A dinâmica de aula e sua relação com o livro didático de física...
2015 - SNEF - A dinâmica de aula e sua relação com o livro didático de física...
 
2014 - ENDIPE - Para que ser o livro didatico de Fisica? - as respostas dos p...
2014 - ENDIPE - Para que ser o livro didatico de Fisica? - as respostas dos p...2014 - ENDIPE - Para que ser o livro didatico de Fisica? - as respostas dos p...
2014 - ENDIPE - Para que ser o livro didatico de Fisica? - as respostas dos p...
 
2014 - Minicurso ministrado na UFTM - Inovação, a escola do século xxi e o li...
2014 - Minicurso ministrado na UFTM - Inovação, a escola do século xxi e o li...2014 - Minicurso ministrado na UFTM - Inovação, a escola do século xxi e o li...
2014 - Minicurso ministrado na UFTM - Inovação, a escola do século xxi e o li...
 
2013 - Seminário graduação UFPR - mundo editorial para um físico
2013 - Seminário graduação UFPR - mundo editorial para um físico2013 - Seminário graduação UFPR - mundo editorial para um físico
2013 - Seminário graduação UFPR - mundo editorial para um físico
 
2013 - ENPEC - Usos do livro didático de física segundo alunos
2013 - ENPEC - Usos do livro didático de física segundo alunos2013 - ENPEC - Usos do livro didático de física segundo alunos
2013 - ENPEC - Usos do livro didático de física segundo alunos
 
2013 - Canadian English Centre - The role of the textbook
2013 - Canadian English Centre - The role of the textbook2013 - Canadian English Centre - The role of the textbook
2013 - Canadian English Centre - The role of the textbook
 
2013 - Canadian English Centre - Digital textbooks
2013 - Canadian English Centre - Digital textbooks2013 - Canadian English Centre - Digital textbooks
2013 - Canadian English Centre - Digital textbooks
 
2012 - Tese - Análise multivariada e filtros de graham
2012 - Tese - Análise multivariada e filtros de graham2012 - Tese - Análise multivariada e filtros de graham
2012 - Tese - Análise multivariada e filtros de graham
 
2012 - Iartem - usos do livro didatico de física segundo professores
2012 - Iartem - usos do livro didatico de física segundo professores2012 - Iartem - usos do livro didatico de física segundo professores
2012 - Iartem - usos do livro didatico de física segundo professores
 
2009 - Seminário pós-graduação UFPR - Arch e garch
2009 - Seminário pós-graduação UFPR - Arch e garch2009 - Seminário pós-graduação UFPR - Arch e garch
2009 - Seminário pós-graduação UFPR - Arch e garch
 
2008 - SBPO - Filtros de Graham aplicados ao mercado acionário brasileiro
2008 - SBPO - Filtros de Graham aplicados ao mercado acionário brasileiro2008 - SBPO - Filtros de Graham aplicados ao mercado acionário brasileiro
2008 - SBPO - Filtros de Graham aplicados ao mercado acionário brasileiro
 
2008 - Semana acadêmica UFPR - Internet e ensino de física
2008 - Semana acadêmica UFPR - Internet e ensino de física2008 - Semana acadêmica UFPR - Internet e ensino de física
2008 - Semana acadêmica UFPR - Internet e ensino de física
 
2007 - Virtual Educa - Internet e o ensino de física
2007 - Virtual Educa - Internet e o ensino de física2007 - Virtual Educa - Internet e o ensino de física
2007 - Virtual Educa - Internet e o ensino de física
 
2014 - Seminário pós-graduação UTFPR - Tecnologias, livro didático e a escola...
2014 - Seminário pós-graduação UTFPR - Tecnologias, livro didático e a escola...2014 - Seminário pós-graduação UTFPR - Tecnologias, livro didático e a escola...
2014 - Seminário pós-graduação UTFPR - Tecnologias, livro didático e a escola...
 

Modelo Black-Scholes

  • 2. Derivativos  Os mercados de derivativos (termos, futuros, opções) são de oscilações enormes  grandes ganhos e GRANDES perdas.  Remédio de TARJA PRETA  estude muito seus efeitos antes e use sempre pequenas doses.
  • 3. Introdução às Opções  A apólice de seguro de um carro é muito parecida com o raciocínio de uma opção.  Você paga um prêmio para a seguradora. Isso lhe dá o direito, no período de um ano, de receber um carro novo caso o seu seja roubado (essa é a condição).  A seguradora tem uma obrigação com você  lhe dar um carro novo caso o seu seja roubado durante esse ano.
  • 4. Introdução às Opções  Vamos discutir apenas as opções de compra.  Ao comprar uma opção você paga um certo valor (pequeno perto do principal) para ter o direito de adquirir ações sob certas condições.  Quem te vendeu a opção tem a obrigação de lhe entregar as ações quando determinadas condições ocorrem.
  • 5. Introdução às Opções  Exemplo: você compra por R$ 1 uma opção PETRK26 que te dá o direito de adquirir ações da Petrobrás por R$ 26 no dia 17/11/08.  Se no dia 17/11 a ação custar R$ 25, você não exerce seu direito (seu carro não foi roubado).  Se no dia 17/11 a ação custar R$ 30, você exerce seu direito. Compra a ação por R$ 26 e vende por R$ 30. Resultado: ganha R$ 4 - 1 (o que pagou pelo direito).
  • 6. Introdução às Opções  O outro lado: você vende por R$ 1 uma opção PETRK26 que te lhe obriga a vender ações da Petrobrás por R$ 26 no dia 17/11/08.  Se no dia 17/11 a ação custar R$ 25, você não precisará entregar nada (nenhum carro foi roubado e a seguradora não precisa desembolsar dinheiro nenhum – ganhou o R$ 1 de prêmio).  Se no dia 17/11 a ação custar R$ 30, você terá que entregar as ações por R$ 26. Compra a ação por R$ 30 (supondo que você não as tenha “em estoque”) e vende por R$ 26. Resultado: perde R$ 4 - 1 (o que recebeu pela obrigação).
  • 7. Introdução às Opções  A questão é:  Para quem compra (dono do carro): Quanto pagar pelo seguro? Quanto pagar pela opção?  Para quem vende (seguradora): Quanto cobrar por essa obrigação? Quanto vale o prêmio da opção? MODELOS DE PRECIFICAÇÃO!
  • 8. Histórico  1900 - Bachelier defende a tese “Théorie de la Especulation”, em que modela preços como um movimento browniano.  1955 - Samuelson – Teoria moderna de precificação: log dos preços descreve um MB.  1963 - Mandelbrot propõe distribuições de Levy (caudas grossas – lei de potências) para os retornos.  1970 - Fama – Hipótese do Mercado Eficiente  1973 - Black, Scholes e Merton desenvolvem o Modelo de Black-Scholes para opções.
  • 9. Hipótese do Mercado Eficiente  Em um mercado eficiente o preço atual reflete toda informação disponível.  O passado não contém qualquer informação que já não esteja incorporada no preço atual.  Preços variam com a chegada de novas informações  flutuações imprevisíveis  descrição probabilística.  S(t+1) = S(t) + variação aleatória  Variações futuras do preço são independentes das variações anteriores. Preços seguem um movimento browniano
  • 10. Movimento Browniano Aritimético  É um versão de tempo contínuo do Random Walk.  Usado em Física para modelar o movimento das moléculas.  Representação Matemática: dS = μdt + σε dS ~ N (μdt; σ2 dt) dt
  • 11. Limitações do MBA  O MBA é conhecido como modelo aditivo porque a variável cresce de um valor constante a cada intervalo de tempo.  Problemas:  O valor da variável pode ser negativa.  Taxa de retorno diminui conforme o preço aumenta.  Desvio padrão é constante ao longo do tempo e independe do preço do ativo.
  • 12. Movimento Browniano Geométrico  Modelo Multiplicativo  Combinação de duas parcelas:  Crescimento proporcional com taxa μ  Crescimento aleatório proporcional com distribuição normal e desvio padrão σ.  Representação Matemática: dS = μSdt + σSε dS/S ~ N (μdt; σ2 dt) dt
  • 13. Retorno  Ao invés de se modelar o preço, se modela o retorno (escala, estacionariedade, ergodicidade)  Retorno bruto: rt = ΔPt/Pt-1 =Pt/Pt-1 -1  1+ rt = Pt/Pt-1  Retornos positivos e negativos não possuem o mesmo significado.  Assimetria dos retornos: negativo tem limite em 100%.
  • 14. Retorno  Retorno logarítmico (log-retorno ou retorno composto continuamente):  Rt = ln (Pt/Pt-1) = ln (1 + rt)  Expansão de Taylor:  Para rt pequeno: Rt = ln (1+rt) = rt  Retornos compostos: 1 + rt(k)= (1+rt)(1+rt-1)...(1+rt-k+1) Rt(k) = Rt + Rt-1 +...+ Rt-k+1
  • 15. Retorno Logarítmico  Rt(k) = Rt + Rt-1 +...+ Rt-k+1  Para k grande a soma pode ser aproximada por uma v.a. de distribuição gaussiana  Teorema Central do Limite  Generalização do TCL (sem restrições de segundo momento)  distribuições de Levy
  • 16. Distribuição do Retorno  Retornos R(t) = ln [S(t) / S(t-1)] seguem um movimento browniano.  Distribuição normal para os retornos logarítmicos.  Exemplo: retornos nos últimos 5 dias: 1%; -0,5%; 2%; -1,5%; -0,5% μ = 0,10% σ2 = 0,019% σ = 1,39%
  • 17. Distribuição do Retorno  Projetando o retorno para daqui a um dia  N (0,1%;1,39%2 )  Projetando o retorno para daqui a dois dias: μ = 2 x 0,10% = 0,20% σ2 = 2 x 0,019% = 0,039 σ = x 1,39% = 1,96%  N (0,2%;1,96%2 )  R(1) ~ N(μ,σ2 )  R(t) ~ N(tμ,tσ2 ) 2
  • 18. Distribuição do Preço  Se o retorno segue uma distribuição normal...  Preço S(t) segue uma distribuição log- normal.
  • 19. Modelo Black-Scholes  Usando esse modelo para o comportamento dos preços das ações, Fisher Black e Myron Scholes desenvolveram um modelo de precificação para as opções.  O modelo B&S pode ser deduzido a partir de três abordagens diferentes:  Carteira Equivalente  Risco Neutro  Árvore Binomial
  • 20. Carteira Equivalente  Qualquer investidor que no lugar de adquirir a opção aplique este valor no ativo subjacente e num ativo sem risco teria o mesmo fluxo de caixa do caso em que compra a opção, ou seja, é possível obter o mesmo retorno (e as mesmas variações) na opção ou na carteira equivalente.  Sendo investimentos iguais, devem ter preços iguais.
  • 21. Risco Neutro  É possível, através da venda de uma opção e da compra de unidades do ativo, adquirir uma carteira de risco neutro (delta hedge).  Abordagem de Robert Merton  Modelo de Black-Scholes-Merton
  • 22. Abordagem Binomial S.u4 S.u3 S.u2 S.u2 S.u S.u S S S S.d S.d S.d2 S.d2 S.d3 S.d4
  • 23. Premissas do B&S  H1) A taxa de juros livre de risco é constante ao longo do tempo e é possível emprestar recursos à essa taxa;  H2) O preço do ativo-objeto segue um caminho aleatório e contínuo ao longo do tempo, com distribuição log-normal;  H3) A volatilidade do ativo-objeto é constante ao longo do tempo;  H4) Não há custos de transação;  H5) É possível ficar livremente comprado ou vendido em qualquer quantidade fracionária de opção ou ação;  H6) Não há oportunidade de arbitragem sem risco;  H7) É permitida a venda a descoberto de todo o tipo de ativo, ou seja, não é necessário possuir o ativo-objeto previamente para poder vendê-lo;  H8) O ativo-objeto não distribui dividendos;  H9) Opções só podem ser exercidas no seu vencimento (européias).
  • 24. Preço “justo”  Opção de Compra (call):  Na data de vencimento: C(S,T) = max (S-K, 0) K é o strike  Preço Justo a t dias do vencimento: C(S, t) = e-rt E[C(S,t)]
  • 25. Fórmula de B&S  O valor V=V(t,S) de uma opção satisfaz a equação diferencial (em [0,T] x R+ ):  Semelhança com a equação de difusão de calor: 0 2 1 2 2 22 =− ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ rV S V rS S V S t V σ 0)(2 2 =+ ∂ ∂ + ∂ ∂ xf r u t u η
  • 26. Condições de Contorno  Condição de Contorno (para calls):  C(T,S) = (S-K)+ : Preço da opção é não-negativo  C(t, 0) = 0: Se o ativo valer 0, a call vale 0  limS  ∞ C(t,S)/S = 1: Se S for um valor muito grande o valor da call coincide com o valor do ativo.  Abordagem da Carteira Equivalente: O valor da carteira no tempo T é igual ao retorno da opção.  Solução através de transformadas de Fourier.
  • 27. Fórmula B&S  Solução:  S: o preço do ativo-objeto; K: strike da opção; r: taxa livre de risco; t: tempo para o exercício; σ: volatilidade tdd tr K S t d dNKedSNStC rt σ σ σ −=             ++= −= − 12 2 1 21 2 ln 1 )()(),(
  • 28. Volatilidade  A chamada volatilidade é o desvio padrão anualizado. Desvio padrão para um período de t dias é dado por .  Normalmente, o intervalo t é t = 252 dias e a volatilidade é dada por (com valor em %). σt σ252
  • 29. Volatilidade  A volatilidade a ser colocada no modelo é a volatilidade no período de existência da opção (futura), mas como sabê-la?  O mais comum é utilizar a volatilidade histórica de curto ou longo prazo (desvio padrão dos últimos 21 ou 252 pregões).  Usando esse valor, normalmente o preço teórico e o preço atual da opção são diferentes.
  • 30. Volatilidade Implícita  Qual deveria ser a volatilidade para que o modelo fornecesse o valor atual?  volatilidade implícita.  Joga no modelo as quatro variáveis conhecidas e o preço atual  retorna a volatilidade implícita (VI).  A VI reflete qual a expectativa do mercado em relação à movimentação futura do ativo.  Espera uma oscilação maior que no passado? VI > VH.  Espera uma oscilação menor que no passado? VI < VH.  A volatilidade implícita costuma ser diferente para cada uma das opções.
  • 31. Smile da Volatilidade Smile da Volatilidade 68,00% 69,00% 70,00% 71,00% 72,00% 73,00% 74,00% 75,00% 76,00% 18,0 20,0 22,0 24,0 26,0 28,0 30,0 32,0 34,0 Preço de Exercício Volatilidade Implícita
  • 32. Gregas  Derivadas parciais do preço de uma opção.  Explicam como as opções se movimentam.  Muito utilizadas para a montagem de estratégias com opções.  São cinco: delta, gamma, theta, vega e rho
  • 33. Delta  Taxa de variação do preço da opção em relação ao preço do ativo objeto.  “Velocidade”, indica a movimentação do prêmio da opção quando o ativo objeto se movimenta. )( 1dN S C = ∂ ∂
  • 34. Gamma  Taxa de variação do delta em relação ao preço do ativo objeto.  “Aceleração”, indica como o delta (“velocidade”) se altera quando o ativo objeto se movimenta. tS d S C σ ϕ )( 1 2 2 = ∂ ∂
  • 35. Theta  Taxa de variação do prêmio da opção relativo ao tempo até o vencimento.  O sinal negativo indica que a opção perde valor pela passagem do tempo. )( 2 )( 2 1 dNrKe t dS t C rt− −−= ∂ ∂ − σϕ
  • 36. Vega  Taxa de variação do prêmio da opção em relação a uma mudança na volatilidade. tdS C )( 1ϕ σ = ∂ ∂
  • 37. Rho  Taxa de variação do valor da opção em relação à taxa de juros.  Para o mercado brasileiro, na maioria das vezes é insignificante, pois as opções são mensais e a mudança na taxa de juros não costuma ser altamente significativa. )( 2dNKte r C rt− = ∂ ∂
  • 39. Exemplo de operação  Borboleta (operação alvo):  C 1000 PETRK22 por R$ 2,65  V 2000 PETRK24 por R$ 1,68  C 1000 PETRK26 por R$ 1,08  Custo de R$ 370,00
  • 40. Exemplo de Operação  PETR4: R$23,20  Delta: 7,6  Gamma: -5,3  Theta: 6,3  Vega: -2,2  Rho: 0,0
  • 41. Novos Desenvolvimentos  Relaxamento ou modificações das premissas do modelo:  Inclusão da distribuição de dividendos;  Modelagem estocástica da taxa de juros;  Modelo com saltos sobrepostos ao MBG;  Soluções para opções americanas ao invés de somente européias;
  • 42. Novos Desenvolvimentos  Matriz de volatilidades implícitas;  Modelagem da volatilidade (EWMA, GARCH, Volatilidade Estocástica);  Uso de outras distribuições de probabilidade para o preço ao invés da log-normal;  Uso de outras premissas para o movimento dos preços (efeitos de memória);  Modelagem através do caos determinístico ao invés de aleatoriedade para os preços;
  • 43. LTCM  Em 1994, John Meriwether, recrutou alguns dos mais brilhantes matemáticos em finanças para gerir um fundo o Long Term Capital Management, incluindo Scholes e Merton.  Durante 3 anos conseguiram retornos extraordinários de 40% ao ano, altamente alavancados.  Na crise russa de 1998 o LTCM teve que zerar parte de suas operações com grande prejuízo, diminuindo seu capital de US$ 2,3 bi para US$ 600 mi em três semanas.  O FED, em conjunto com bancos de investimento, arrecadou US$ 3,5 bi para tapar o rombo.
  • 44. Referências  DAMODARAN, Aswath. Avaliação de Investimentos. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997.  HISSA, Mauricio. Investindo em Opções. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.  HULL, John C. Fundamentos dos Mercados Futuros e de Opções. São Paulo: BM&F, 2005.  MORETTIN, Pedro A.; TOLOI, Clélia M. C. Análise de Séries Temporais. São Paulo: Edgard Blücher, 2006.
  • 45. Referências  BONOTTO, Everaldo M. A equação de Black-Scholes com ação impulsiva. Tese de Doutorado; USP, 2008.  CARVALHO FILHO, José A. Modelo exponencial para distribuição dos retornos do Ibovespa. Dissertação de Mestrado; UFPE, 2004  CURY, M. A. Controle ótimo estocástico a tempo discreto e espaço de estado contínuo aplicado a derivativos. Tese de Doutorado; USP, 2005.  ODA, Luís F. A teoria da ciência no modelo Black-Scholes de apreçamento de opções. Dissertação de Mestrado; USP, 2007.  RAMOS, Antônio M. T. Modelo exponencial para opções: aplicações ao índice Bovespa. Dissertação de Mestrado; UFPE, 2007.