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GD de Entomologia

1) Explique a formação e característica do processo tegumentar dos insetos.

Raramente a superfície externa da cutícula se apresenta polida ou nua, pois
normalmente ela é coberta por uma grande variedade de asperezas microscópicas, em
forma de pontos, cavidades, cristais, corrugações, desenhos esculturados , ou de grandes
processos tegumentares quem tem tomam a forma de espículas, espinhos, pêlos e
escamas.
Todos esses processos externos do tegumento podem, entretanto, ser classificados em
dois grupos, conforme as células da epiderme, tomem ou não parte direita na sua
produção. São, por isso, chamados também processos celulares e processos não
celulares. Os celulares por sua vez, podem ser unicelulares e multicelulares, segundo
sejam originados de uma única célula epidermal, ou de muitas delas, respectivamente.
Os processos não celulares seriam melhor denominados cuticulares.
*Processos unicelulares- os processos típicos dessas naturezas são as projeções do
tegumento parecidas com pelos, chamadas setas ou cerdas (macrotriquiais), que
normalmente constituem a cobertura principal do corpo da maioria dos insetos. Alguns
processos unicelulares, entretanto, são grossos e providos de espinhos, sendo por isso
denominados cerdas- espinhos. Outros se apresentam ramificados ou divididos,
parecidos com uma pluma, chamados pêlos plumosos. Outros ainda são estruturas
escamosas chatas, de várias formas, conhecidas por escamas. Também existem
processos unicelulares de algumas outras variedades, tendo a forma de ganchos, cones,
espátulas cavilhas, clavas, etc., mas todos são estruturas fundamentalmente cerdais.
-Estrutura de uma cerda. Uma cerda típica é um processo cuticular alongado,
semelhante a um pêlo, formado pelo crescimento plasmático de uma célula epidermal,
grande e simples. A base da cerda está alojada num pequeno anel membranoso de
tegumento, conhecido por membrana cerdal. Que pode estar deprimida numa cavidade
do pêlo, ou avéolo cerdal, podendo este último ser elevado sobre um tubérculo. Abaixo
da base da cerda existe uma cavidade interna e cilíndrica da cutícula, chamada
tricóporo, que contém as partes distais das células associadas com a cerda.
A célula epidermal que forma uma cerda, ou qualquer outra estrutura semelhante a um
pêlo, é chamado célula tricógeno. Intimamente associada ao tricógeno, existe
geralmente uma segunda célula que forma a membrana cerdal, mas visto que essa
membrana é geralmente a base do alvéolo, a sua célula geradora foi denominada
tormógeno. Associada a algumas cerdas, se não na maioria delas, pode estar uma célula
nervosa sensorial, nascendo abaixo da epiderme e ligando-se á cerda, por um processo
nervoso distal. As cerdas, assim enervadas transformam-se em órgãos sensoriais
cerdais, ou pêlos sensoriais.
- Escamas. As escamas estruturas escamosas, chatas, que constituem a cobertura do
corpo dos adultos de Lepidóptera,Trichoptera,Díptera- Culicidae e Psychodidae, alguns
Coleóptera- curulionidae e Ceramycidae, e outroe poucos insetos, são processos
unicelulares grandemente modificados, que provavelmente se desenvolveram de cerdas
comuns.Cada escama origina-se de um processo formado pelo desenvolvimento de uma
célula tricógena da epiderme da asa. Como o processo formado pelo desenvolvimento
de uma célula tricogena da epiderme da asa. Como o processo é alongado, a célula toma
a forma de uma bolsa ou saco, que finalmente se achata para formar a escama. Quando a
escama completa a sua formação, o triógeno se degenera, desaparecendo no interior da
escama. As duas paredes horizontais da escama são agora unidas por barras cuticulares
verticais, que lhe dão rigidez pela aplicação de uma parede contra a outra. A
pigmentação da escama é formada pelos corpúsculos doa sangue, que nela penetram
depois de completamente formada. As cores iridescentes, tão características da maioria
das escamas, são o resultado da esculturação das próprias escamas, que provocam
fenômenos de refração da luz.
-Cerdas venenosas. As lagartas de alguns lepidópteros das famílias Notdotidae,
Liparidae, Megalopygidae, Arctiidae, Noctuidae, Eucleidae, Saturniidae, e outras,
trazem cerdas venenosas, também chamados pêlos urticantes, que descarregam um
líquido cáustico ou urticante, irritante, formado numa célula glandular especial,
associada à célula tricógena. Esse líquido sai pelas extremidades dos pêlos urticantes,
quando elas são quebradas de encontro a um corpo estranho qualquer. Existem dois
tipos de pêlos urticantes, nas lagartas. Num primeiro tipo o aparelho consiste em pêlo
comum, que se torna tóxico pelo desenvolvimento de uma célula glandular de veneno,
imediatamente adjacente ao tricogeno e estendendo-se pelo interior do pêlo. No segundo
tipo, os elementos perfurantes, estiletes ou agulhas, são idênticos ao primeiro, mas a
cerda ou pêlo foi deslocado para a extremidade de um processo multicelular de
tegumento, espinho ou esporão tornando-se assim uma armadura terminal do pêlo. A
célula de veneno localiza-se dentro do espinho onde fica alojada, caracterizada pelo seu
grande tamanho e núcleo bastante desenvolvido, irregular e ramificado.
*Processos multicelulares- São projeções externas ocas,de toda parede do corpo,
sendo, portanto, forradas por uma camada de células epidermais, geralmente
desenvolvidos e em forma de espinhos, sendo a maioria solidamente fixa na cutícula,
rígida, sendo que alguns são providos de anéis membranosos basais, e portanto, moveis.
As variedades fixas ou desprovidas de movimentos são especificamente denominadas
espinhos, e as moveis são conhecidas por esporões. Exemplos de processos
multicelulares fixos são os espinhos das tíbias posteriores dos gafanhotos (Orthoptera),
enquanto que os esporoes se localizam nas extremidades das tíbias desses insetos,e
também

nas

de

algumas

vespas

(Hymenoptera)

e

de

alguns

besouros

(Coleoptera).Também são processos multicelulares os chifres ou cornos, mais ou menos
desenvolvidos, que ornamentam A cabeça e algumas vezes o tórax (protórax) de um
grande numero de besouros e também de algumas cigarrinhas(Homoptera).
*Processos não celulares. Esses processos que deveriam ser chamados de cuticulares
são estruturas tipicamente cuticulares, da superfície externa do tegumento. Eles tem a
forma de minúsculos pontos, ou nódulos, espiculas, pequenos espinhos ou acúleos
(microtríquias), corrugaçoes e cristas, cuja finalidade é a ornamentação do corpo e
apêndices.
2)Defina e dê exemplo dos tipos de abdome dos insetos.
De acordo com as formas de conexão do abdome com o tórax, pode-se classificá-los
como:
a) Séssil ou aderente: quando o abdome liga-se ao tórax em toda sua largura (Figura
31). Ex.: baratas, gafanhotos, besouros, etc.
b) Livre: quando aparece, na união do abdome com o tórax, uma constrição mais ou
menos pronunciada (Figura 31). Ex.: moscas, abelhas, borboletas, etc.
c) Pedunculado: quando a ligação é feita através de uma constrição pronunciada, que
forma um pedúnculo ou pecíolo (Figura 31). Ex.: formigas e vespas.

Figura 31. Tipos de abdome. A- Séssil, B- Livre e C- Pedunculado.

3)Explique a constituição e função do sistema digestivo dos insetos.

O tubo digestivo dos insetos consiste num tubo que percorre o corpo no sentido
longitudinal desde a boca até o ânus, onde é feita a digestão das mais diversas
substancias orgânicas, sangue, vegetais e etc. Na anatomia do sistema digestivo dos
insetos temos três estruturas gerais: Estomodéu, Mesêntero e Proctodéu. Figura:
1.

Estomodêu: Formado por faringe, esôfago, papo ou inglúvio, proventrículo ou

moela e válvula cardíaca. O papo armazena momentaneamente o alimento realizando as
primeiras transformações enzimáticas, o Proventrículo apresenta dentes quitinosos nos
insetos mastigadores e a válvula cardíaca é a dobra circular que impede o retorno do
alimento ao estomodéu.

2.

Mesêntero: Formado por ventrículo, cecos gástricos e válvula pilórica. O

Ventrículo completa a digestão iniciada no estomodéu. Quase toda a assimilação ocorre
no ventrículo. Secreta amilases, maltases, invertases, lipases e proteases enquanto a
válvula pilórica impede o retorno do alimento ao mesêntero.

3.

Proctodéu: Formado por piloro, íleo, cólon, reto e ânus. Presença de glândulas

retais para absorção de água e nutrientes.
Como anexos ao sistema digestivo temos as glândulas salivares, a saliva, os cecos
gástricos, e o tubo de Malpighi.
Glândulas salivares: Localizadas na cabeça ou tórax, secretoras de saliva que é lançada
na hipofaringe.
Saliva: Umedece os alimentos, limpa os estiletes e nos hematófagos impede a
coagulação sangüínea.
Cecos gástricos: Divertículos em forma de bolsa em número de 2 a 8. Têm a função de
manter simbiontes e ampliar a área de secreção e absorção.
Tubos de Malpighi: Principal órgão de excreção dos insetos. Retira da hemolinfa, sais e
resíduos nitrogenados na forma de ácido úrico. Ocorrem em número variável,
normalmente múltiplos de dois.

4)Defina e dê exemplos dos órgãos dos sentidos dos insetos.
Todos os insetos possuem órgãos sensoriais que os capacitam a perceber o ambiente.
Estes órgãos convertem energia luminosa, química ou mecânica, originada do ambiente,
em impulsos nervosos que conduzirão a uma resposta comportamental apropriada :
encontrar recursos (alimento, acasalamento etc.), evitar predadores ou reagir a
mudanças ambientais. Podem ser agrupados em três categorias:
1. Receptores mecânicos: detectam movimentos, vibrações, toques etc.
2. Receptores químicos: detectam a presença de substâncias químicas no ar ou em um
substrato.
3. Fotoreceptores: detectam a presença e qualidade da luz incidente (radiação
eletromagnética).
RECEPTORES MECÂNICOS (sentido táctil)
1. Sensilo Tricógeno: são pelos associados a um neurônio simples, bipolar cujo dentrito
esta ligado à base do pelo. Grupo desses pelos são freqüentemente encontrados por trás
da cabeça, nas patas ou nas juntas, informando a respeito do movimento do próprio
corpo do inseto.
2. Sensilo Campaniforme: são discos ovais planos que servem para perceber qualquer
flexão ocorrida no exoesqueleto. São encontrados por todo o corpo do inseto,
especialmente nas patas, na base das asas e ao longo das suturas onde dois escleritos se
encontram.
3. Órgãos Cordotonais: incluem vários tipos de mecanoreceptores nos quais um ou mais
neurônios bipolares estabelecem ligação entre duas superfícies internas do exoesqueleto.
Tipos comuns desses órgãos são:
a) Órgãos subgenuais: localizados nas patas de vários insetos, são muito sensíveis a
vibração no substrato.
b) Órgãos timpanais: estão ligados a membranas que respondem à vibrações sonoras.
Essas estruturas estão localizadas no tórax (alguns Hemiptera), no abdome (gafanhotos
e algumas mariposas) ou na tíbia anterior (nas esperanças, grilos e paquinhas).

c) Órgão de Johnston :encontrado por dentro do pedicelo de cada antena. Nos Diptera,
estão associados à percepção das vibrações sonoras ocorridas nos pelos antenais.
RECEPTORES QUÍMICOS
1. Gustação: os receptores gustativos são os mesmos sensilos tricógenos, placodes e
basicônicos ligados a dentritos de vários neurônios sensoriais, expostas para o exterior
através de uma abertura (poro) na cutícula. Cada neurônio parece responder a tipos
diferentes de compostos (açúcar, sal, proteínas etc.). São mais abundantes nas peças
bucais mas podem também ser encontrados nas antenas, tarsos e genitália,
especialmente na parte apical do ovipositor.
2. Olfato: são cones (sensilo basicônico) ou placas (sensilo placode) com numerosos
poros através dos quais penetram as moléculas difusas das várias substancias químicas
existentes no ar. São extremamente sensíveis podendo perceber substancias mesmos em
baixíssimas concentrações (ex. feromônios). São mais comuns nas antenas mas podem
ser encontrados também nas peças bucais e genitália.
FOTORECEPTORES
1.Olhos Compostos: encontrado praticamente em todos os insetos adultos e em algumas
formas imaturas. Como o nome sugere, são compostos por omatídeos que são a unidade
estrutural e funcional da visão dos insetos. O número de omatideos é variável podendo
algumas operárias de formigas apresentar menos que seis, enquanto alguns Odonata
podem ter mais 25.000.
Estrutura do Omatídeo
-Córnea:

parte

transparente

da

cutícula;

possui

função

de

lente

- Cone cristalino: situado abaixo da córnea e que conjuntamente com ela, é responsáveis
por

concentrar

e

refletir

a

luz

para

a

região

contendo

pigmentos.

- Rabdoma: é a parte fotossensivel do omatídeo em forma de bastonete produzido por 68 neurônios especializados chamados retínulas. Esta colocado logo abaixo do Cone
Cristalino.
-

Íris:

células

pigmentadas

situadas

em

torno

do

omatídeo.

- Retina: formada pelas retínulas; ligadas a neurônios.
2. Olhos Simples (Ocelos): podem ser laterais ou dorsais:
a) Ocelos Dorsais: comumente encontrados nos adultos e em forma imaturas de insetos
hemimetabólicos. Diferem dos olhos compostos por apresentarem apenas uma córnea
cobrindo vários rabdomas. Não formam uma imagem do ambiente mas respondem a
mudanças na intensidade luminosa.
b) Ocelos Laterais: são os olhos das larvas dos insetos holometabólicos e de alguns
adultos. Sempre ocorrem lateralmente e são estruturalmente semelhantes ao dorsais
apresentando muitas vezes um cone cristalino sob a córnea.
TIPOS DE VISÃO: a visão dos insetos é explicada pela teoria do mosaico ou seja, cada
omatídeo apresenta um pequeno campo visual, sendo possível a visão apenas pela
junção de inúmeras imagens individuais. Dependendo do grupo temos os seguintes tipos
de visão:
- Aposição ou Justaposição: colocação lado a lado dos pontos luminosos dos omatídeos.
Ex. Odonata Diptera.
- Superposição: pontos de luz vizinhos (até 30 omatídeos) podem ser concentrados em
um único rabdoma. Ex. mariposas.
FOTORECEPTORES EXTRA -OCULARES
Alguns insetos respondem a mudanças na intensidade luminosas, mesmo sem o
funcionamento dos fotoreceptores conhecidos. Nenhum receptor específico foi
encontrado até o presente.

5)Explique a função e localização do sistema endócrino.

Muitos órgãos dos insetos produzem hormônios, a maioria com função de controle nos
processos reprodutivos, metamorfose e muda.
Células neurosecretoras: ocorrem em forma de gânglios que localizam-se no sistema
nervoso central. São neurônios que produzem um ou mais hormônios com papel no
crescimento, metamorfose, reprodução.
Corpora allata: produz hormônio juvenil. Este hormônio tem função de inibir a
metamorfose. Está envolvido na vitelogênese, glândulas reprodutivas acessórias,
produção de feromônio e comportamento sexual.
Corpora cardiaca: produz ecdisotropina. Tem importância na diferenciação de ovários e
glândulas reprodutivas acessórias, e também na oogônese. Glândula protorácica: está
envolvida na produção de ecdisônio (hormônio da muda).

6)Explique a função e localização do sistema nervoso.
O sistema nervoso dos insetos consiste em um cérebro localizado na cabeça, e
um cordão nervoso localizado ventralmente, com gânglios em cada segmento. Pode
acontecer de o cordão nervoso estar fundido e haver mais segmentos do que gânglios.
As

células

nervosas

se

comunicam

através

das

sinapses

com

ação

de

neurotransmissores, como a acetilcolina, e os impulsos são transmitidos através de
mudanças na carga elétrica nas sinapses. Algumas células são conhecidas como
neuroendócrinas.As células sensoriais captam estímulos do ambiente e transmitem esses
estímulos para o sistema nervoso central. Um interneurônio recebe essa informação e
passa para outro neurônio, como os neurônios motores, que transmitem o impulso para
os músculos. Observe a Figura: 10

7)Explique o desenvolvimento pós-embrionário nos insetos.
O desenvolvimento pós-embrionário dos ovos dos insetos até formar insetos adultos
pode ser através de dois tipos: Direto e indireto. O que distingui o seu crescimento ou o
ciclo de vida são os animais pertencentes às classes:
a) Ametábolo: Desenvolvimento direto, é o tipo de metamorfose onde não há mudança
de forma. O inseto recém-eclodido já possui a forma de adulto, apresentando apenas os
órgãos reprodutores pouco desenvolvidos. É típica dos primitivos como os das ordens
Archaeognatha e Thysanura.

b) Paurometábolo: Desenvolvimento indireto; é o tipo onde o inseto recém-eclodido se
assemelha ao adulto com a diferença externa de ausência de asas e órgãos genitais
imaturos. Há diversas ecdises a fase larval é chamada forma jovem ou ninfa, não
havendo pupas. As ninfas crescem em cada muda e aquelas próximas a fase adulta
apresentam inicio de formação das asas, caracterizadas pelas fecas alares. Observa-se
nos insetos das ordens Orthptera, Blattodea, Hemiptera, Isoptera, etc.
c)Hemimetabolo: Desenvolvimento indireto é o tipo de metamorfose também conhecida
como Batmetábolo. É típica de insetos como Odonata, Ephemeroptera e Plecoptera. As
formas jovens são aquáticas, desenvolvendo-se de maneira semelhante aos insetos
Paurometábolo e são chamados náiades, que após a última ecdise transforma-se em
adultos de hábitos terrestre e aéreos.
d) Hipometábolo: Desenvolvimento indireto é o tipo que apresenta caracteristicamente
uma última fase de ninfa imóvel com hábitos semelhantes as pupas, porém
morfologicamente igual as formas precedentes. È típica das cigarras que, na forma de
ninfa móvel, são subterrâneas e quando se tornam ninfas imóveis fixam-se sobre os
troncos e ramos.
e) Holometábolo: Desenvolvimento indireto é o tipo de metamorfose que compreende
as fases de ovo, larva, pupa e adulto. È o tipo de desenvolvimento que se passa nos
representantes dos Coeopteros, Lepidopteros ,Himenopteros ,Himenóteros, Sifonáptros,
Dipteros, Neurópteros, etc.
f)Hipermetábolo : Desenvolvimento indireto, é o tipo que se caracteriza por apresentar
diversos tipos de larva . Assim, por exemplo em uma espécie europeia de meloe
(coleóptera, Meloidae), do ovo nasce uma larva do tipo campodeiforme, predadora dos
ovos de outros insetos subterrâneos. Transforma-se depois em larva caracbiforme com
pouca movimentação, e em seguida em larva do tipo escarabeiforme incapaz de se
locomover. Finalmente transforma-se em pupa e em seguida em adulto.

8)Explique o aparelho respiratório e circulatório nos insetos.

O aparelho respiratório é um conjunto de estruturas envolvidas nas trocas
gasosas com o meio. Dessas, as estruturas onde se efetua o movimento de gases
respiratórios entre os meios externo e interno designam-se superfícies respiratórias. O
oxigênio gasoso entra no corpo dos insetos através de espiráculos, passa pelas traquéias
e traquéolas até atingir os tecidos, é metabolizado e deixa o corpo na forma de dióxido
de carbono na direção oposta à que entrou. Esse processo é feito por difusão simples.Os
espiráculos localizam-se na lateral do corpo, de 1 a 10 pares, começando no mesotórax,
metatórax, e nos primeiros sete ou oito segmentos. Alguns insetos, como os Orthoptera
possuem um mecanismo que leva o ar do tórax direto ao abdômen, aumentando a
eficiência do processo. Ocorrem algumas adaptações de acordo com o modo de vida dos
insetos, como em insetos aquáticos, de deserto ou parasitas. Os insetos aquáticos podem
ter brânquias nas laterais do abdômen, no ânus, ou nas pernas. São providos com um
grande número de traquéias. Outros podem ter uma cobertura de pêlos que forma umas
bolhas de ar. Alguns insetos podem fechar seus espiráculos evitando a perda de água.
As filotraquéias ou pulmões foliáceos são estruturas exclusivas dos aracnídeos, sempre
existindo aos pares.
Cada pulmão foliáceo é uma invaginação da parede abdominal ventral,
formando uma bolsa onde várias lamelas paralelas, altamente vascularizadas, realizam
as trocas gasosas diretamente com o ar que entra por uma abertura do exoesqueleto. A
organização das filotraquéias lembra a das brânquias, com a diferença de que estão
adaptadas à respiração aérea. Observe a Figura: 09

O aparelho circulatório dos insetos não possui um sistema de vasos fechados para
circulação do sangue, como nos animais superiores. Na realidade, consta todo aparelho
circulatório apenas de um vaso dorsal sanguíneo fechado. A maior parte da circulação
tem lugar nas cavidades do corpo e dos apêndices, ocupando o sangue os espaços não
ocupados pelos órgãos internos. A maioria desses espaços pode estar limitada por
membranas especiais, formando cavidades definidas, ou seios. Com exceção do
prolongamento anterior do vaso dorsal que se assemelha a uma aorta, dividida
comumente em dois ramos terminais, não existem, via de regra , veias ou artérias
definidas como as encontradas em alguns outros Arthropoda. Entretanto, nos apêndices
e nas nervuras das asas, o sangue corre ao longo de canais definidos , análogos aos
vasos sanguíneo. O coração encontra-se na parede dorsal do abdômen em uma cavidade
pericárdica e controlada por uma membrana diafragma que bombeia o flúido para a
aorta e daí para aberturas laterais que são os ostíolos que se estende até a cabeça,
enquanto que, o sentido contrário, temos: os hemocelos (vasos que distribuem o
(sangue) flúido serve principalmente para transportar alimentos e resíduos no corpo
adiposo, onde ocorre as trocas gasosas para a metamorfose do animal.

9)Explique o aparelho reprodutor masculino nos insetos.

O aparelho reprodutor masculino nos insetos compreende : um par de testículos; um
par de ductos laterais, ou vasos deferentes; um tubo final mediano e ectodermal, ou
ducto ejaculatdor. Geralmente ao lado destas partes essenciais, ou constantes existem
estruturas acessórias, como por exemplo, uma parte de cada vaso deferente que é
frequentemente alargada, para servir como um reservatório de esperma, conhecido por
vesícula seminal; outras vezes, uma considerável extensão do vaso deferente é toda
irregularmente enovelada, formando o que se chama epidídimo. Glândulas acessórias
estão comumente presentes, sob a forma de bolsas onde tubos cegos, ramificado-se da
parte superior do ducto ejaculador. A abertura externa do aparelho masculino, também
chamada gonóporo masculino, está geralmente situada sobre ou dentro de um órgão
intromitente mediano, o pênis ou falo.

Testículos: Formado por folículos, ligados ao vaso deferente pelos vasos eferentes.
Apresentam: Germário: Espermatogônios; Zona de crescimento: Espermatócitos; Zona
de divisão e redução: Espermátides; Zona de transformação: Espermatozóides
Vasos Deferentes: Partem dos testículos e depois se alargam formando a vesícula
seminal. Unem-se para formar o canal ejaculador.
Glândulas Acessórias: Liberam substâncias que formam o espermatóforo.
10)Explique o aparelho reprodutor feminino nos insetos.
O aparelho reprodutor feminino consta das seguintes partes essenciais: um par de
ovários; dois ovidutos laterais, convergindo posteriormente dos ovários; um oviduto
comum ou mediano, geralmente presente, que recebe anteriormente os ovidutos laterais,
e abrindo-se posteriormente para o exterior, num gonopóro. Como partes acessórias são
comumente encontradas: um receptáculo seminal, ou espermateca, com a forma de uma
pequena bolsa, servindo à recepção e ao armazenamento dos espermatozoides; um par
de glândulas acessórias, desempenhando várias funções; e uma bolsa copuladora da
parede do corpo( Bursa copulatrix), que pode ser uma câmara genital aberta, ou uma
porção terminal do oviduto mediano, conhecida como vagina.
Ovários: Colocados lateralmente ao tubo digestivo. Composto por ovaríolos que se
abrem no oviduto lateral. Os ovaríolos são tubos alongados em número variável
apresentando quatro regiões: Filamento terminal, germarium, vitellarium e pedicelo. Os
diversos tipos de ováriolos são:
Panoístico: sem células nutrizes. Ex. Odonata.
Politrófico: com células nutrizes, alternadas com os oócitos. Ex. Hymenoptera.
Acrotrófico: com células nutrizes localizadas no ápice dos ovaríolos. Ex. Hemiptera.
Ovidutos Laterais: Condutos que partem de cada ovário que se unem para formar o
oviduto comum.
Espermateca: Serve para recepção e armazenamento dos espermatozóides.
Glândulas Acessórias ou Coletéricas: Elaboram substâncias associadas a oviposição.
123 gd de entomologia12

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123 gd de entomologia12

  • 1. GD de Entomologia 1) Explique a formação e característica do processo tegumentar dos insetos. Raramente a superfície externa da cutícula se apresenta polida ou nua, pois normalmente ela é coberta por uma grande variedade de asperezas microscópicas, em forma de pontos, cavidades, cristais, corrugações, desenhos esculturados , ou de grandes processos tegumentares quem tem tomam a forma de espículas, espinhos, pêlos e escamas. Todos esses processos externos do tegumento podem, entretanto, ser classificados em dois grupos, conforme as células da epiderme, tomem ou não parte direita na sua produção. São, por isso, chamados também processos celulares e processos não celulares. Os celulares por sua vez, podem ser unicelulares e multicelulares, segundo sejam originados de uma única célula epidermal, ou de muitas delas, respectivamente. Os processos não celulares seriam melhor denominados cuticulares. *Processos unicelulares- os processos típicos dessas naturezas são as projeções do tegumento parecidas com pelos, chamadas setas ou cerdas (macrotriquiais), que normalmente constituem a cobertura principal do corpo da maioria dos insetos. Alguns processos unicelulares, entretanto, são grossos e providos de espinhos, sendo por isso denominados cerdas- espinhos. Outros se apresentam ramificados ou divididos, parecidos com uma pluma, chamados pêlos plumosos. Outros ainda são estruturas escamosas chatas, de várias formas, conhecidas por escamas. Também existem processos unicelulares de algumas outras variedades, tendo a forma de ganchos, cones, espátulas cavilhas, clavas, etc., mas todos são estruturas fundamentalmente cerdais. -Estrutura de uma cerda. Uma cerda típica é um processo cuticular alongado, semelhante a um pêlo, formado pelo crescimento plasmático de uma célula epidermal, grande e simples. A base da cerda está alojada num pequeno anel membranoso de tegumento, conhecido por membrana cerdal. Que pode estar deprimida numa cavidade do pêlo, ou avéolo cerdal, podendo este último ser elevado sobre um tubérculo. Abaixo
  • 2. da base da cerda existe uma cavidade interna e cilíndrica da cutícula, chamada tricóporo, que contém as partes distais das células associadas com a cerda. A célula epidermal que forma uma cerda, ou qualquer outra estrutura semelhante a um pêlo, é chamado célula tricógeno. Intimamente associada ao tricógeno, existe geralmente uma segunda célula que forma a membrana cerdal, mas visto que essa membrana é geralmente a base do alvéolo, a sua célula geradora foi denominada tormógeno. Associada a algumas cerdas, se não na maioria delas, pode estar uma célula nervosa sensorial, nascendo abaixo da epiderme e ligando-se á cerda, por um processo nervoso distal. As cerdas, assim enervadas transformam-se em órgãos sensoriais cerdais, ou pêlos sensoriais. - Escamas. As escamas estruturas escamosas, chatas, que constituem a cobertura do corpo dos adultos de Lepidóptera,Trichoptera,Díptera- Culicidae e Psychodidae, alguns Coleóptera- curulionidae e Ceramycidae, e outroe poucos insetos, são processos unicelulares grandemente modificados, que provavelmente se desenvolveram de cerdas comuns.Cada escama origina-se de um processo formado pelo desenvolvimento de uma célula tricógena da epiderme da asa. Como o processo formado pelo desenvolvimento de uma célula tricogena da epiderme da asa. Como o processo é alongado, a célula toma a forma de uma bolsa ou saco, que finalmente se achata para formar a escama. Quando a escama completa a sua formação, o triógeno se degenera, desaparecendo no interior da escama. As duas paredes horizontais da escama são agora unidas por barras cuticulares verticais, que lhe dão rigidez pela aplicação de uma parede contra a outra. A pigmentação da escama é formada pelos corpúsculos doa sangue, que nela penetram depois de completamente formada. As cores iridescentes, tão características da maioria das escamas, são o resultado da esculturação das próprias escamas, que provocam fenômenos de refração da luz. -Cerdas venenosas. As lagartas de alguns lepidópteros das famílias Notdotidae, Liparidae, Megalopygidae, Arctiidae, Noctuidae, Eucleidae, Saturniidae, e outras, trazem cerdas venenosas, também chamados pêlos urticantes, que descarregam um líquido cáustico ou urticante, irritante, formado numa célula glandular especial, associada à célula tricógena. Esse líquido sai pelas extremidades dos pêlos urticantes, quando elas são quebradas de encontro a um corpo estranho qualquer. Existem dois tipos de pêlos urticantes, nas lagartas. Num primeiro tipo o aparelho consiste em pêlo
  • 3. comum, que se torna tóxico pelo desenvolvimento de uma célula glandular de veneno, imediatamente adjacente ao tricogeno e estendendo-se pelo interior do pêlo. No segundo tipo, os elementos perfurantes, estiletes ou agulhas, são idênticos ao primeiro, mas a cerda ou pêlo foi deslocado para a extremidade de um processo multicelular de tegumento, espinho ou esporão tornando-se assim uma armadura terminal do pêlo. A célula de veneno localiza-se dentro do espinho onde fica alojada, caracterizada pelo seu grande tamanho e núcleo bastante desenvolvido, irregular e ramificado. *Processos multicelulares- São projeções externas ocas,de toda parede do corpo, sendo, portanto, forradas por uma camada de células epidermais, geralmente desenvolvidos e em forma de espinhos, sendo a maioria solidamente fixa na cutícula, rígida, sendo que alguns são providos de anéis membranosos basais, e portanto, moveis. As variedades fixas ou desprovidas de movimentos são especificamente denominadas espinhos, e as moveis são conhecidas por esporões. Exemplos de processos multicelulares fixos são os espinhos das tíbias posteriores dos gafanhotos (Orthoptera), enquanto que os esporoes se localizam nas extremidades das tíbias desses insetos,e também nas de algumas vespas (Hymenoptera) e de alguns besouros (Coleoptera).Também são processos multicelulares os chifres ou cornos, mais ou menos desenvolvidos, que ornamentam A cabeça e algumas vezes o tórax (protórax) de um grande numero de besouros e também de algumas cigarrinhas(Homoptera). *Processos não celulares. Esses processos que deveriam ser chamados de cuticulares são estruturas tipicamente cuticulares, da superfície externa do tegumento. Eles tem a forma de minúsculos pontos, ou nódulos, espiculas, pequenos espinhos ou acúleos (microtríquias), corrugaçoes e cristas, cuja finalidade é a ornamentação do corpo e apêndices. 2)Defina e dê exemplo dos tipos de abdome dos insetos. De acordo com as formas de conexão do abdome com o tórax, pode-se classificá-los como: a) Séssil ou aderente: quando o abdome liga-se ao tórax em toda sua largura (Figura 31). Ex.: baratas, gafanhotos, besouros, etc. b) Livre: quando aparece, na união do abdome com o tórax, uma constrição mais ou menos pronunciada (Figura 31). Ex.: moscas, abelhas, borboletas, etc.
  • 4. c) Pedunculado: quando a ligação é feita através de uma constrição pronunciada, que forma um pedúnculo ou pecíolo (Figura 31). Ex.: formigas e vespas. Figura 31. Tipos de abdome. A- Séssil, B- Livre e C- Pedunculado. 3)Explique a constituição e função do sistema digestivo dos insetos. O tubo digestivo dos insetos consiste num tubo que percorre o corpo no sentido longitudinal desde a boca até o ânus, onde é feita a digestão das mais diversas substancias orgânicas, sangue, vegetais e etc. Na anatomia do sistema digestivo dos insetos temos três estruturas gerais: Estomodéu, Mesêntero e Proctodéu. Figura:
  • 5. 1. Estomodêu: Formado por faringe, esôfago, papo ou inglúvio, proventrículo ou moela e válvula cardíaca. O papo armazena momentaneamente o alimento realizando as primeiras transformações enzimáticas, o Proventrículo apresenta dentes quitinosos nos insetos mastigadores e a válvula cardíaca é a dobra circular que impede o retorno do alimento ao estomodéu. 2. Mesêntero: Formado por ventrículo, cecos gástricos e válvula pilórica. O Ventrículo completa a digestão iniciada no estomodéu. Quase toda a assimilação ocorre no ventrículo. Secreta amilases, maltases, invertases, lipases e proteases enquanto a válvula pilórica impede o retorno do alimento ao mesêntero. 3. Proctodéu: Formado por piloro, íleo, cólon, reto e ânus. Presença de glândulas retais para absorção de água e nutrientes. Como anexos ao sistema digestivo temos as glândulas salivares, a saliva, os cecos gástricos, e o tubo de Malpighi. Glândulas salivares: Localizadas na cabeça ou tórax, secretoras de saliva que é lançada na hipofaringe. Saliva: Umedece os alimentos, limpa os estiletes e nos hematófagos impede a coagulação sangüínea. Cecos gástricos: Divertículos em forma de bolsa em número de 2 a 8. Têm a função de manter simbiontes e ampliar a área de secreção e absorção.
  • 6. Tubos de Malpighi: Principal órgão de excreção dos insetos. Retira da hemolinfa, sais e resíduos nitrogenados na forma de ácido úrico. Ocorrem em número variável, normalmente múltiplos de dois. 4)Defina e dê exemplos dos órgãos dos sentidos dos insetos. Todos os insetos possuem órgãos sensoriais que os capacitam a perceber o ambiente. Estes órgãos convertem energia luminosa, química ou mecânica, originada do ambiente, em impulsos nervosos que conduzirão a uma resposta comportamental apropriada : encontrar recursos (alimento, acasalamento etc.), evitar predadores ou reagir a mudanças ambientais. Podem ser agrupados em três categorias: 1. Receptores mecânicos: detectam movimentos, vibrações, toques etc. 2. Receptores químicos: detectam a presença de substâncias químicas no ar ou em um substrato. 3. Fotoreceptores: detectam a presença e qualidade da luz incidente (radiação eletromagnética). RECEPTORES MECÂNICOS (sentido táctil) 1. Sensilo Tricógeno: são pelos associados a um neurônio simples, bipolar cujo dentrito esta ligado à base do pelo. Grupo desses pelos são freqüentemente encontrados por trás da cabeça, nas patas ou nas juntas, informando a respeito do movimento do próprio corpo do inseto. 2. Sensilo Campaniforme: são discos ovais planos que servem para perceber qualquer flexão ocorrida no exoesqueleto. São encontrados por todo o corpo do inseto, especialmente nas patas, na base das asas e ao longo das suturas onde dois escleritos se encontram.
  • 7. 3. Órgãos Cordotonais: incluem vários tipos de mecanoreceptores nos quais um ou mais neurônios bipolares estabelecem ligação entre duas superfícies internas do exoesqueleto. Tipos comuns desses órgãos são: a) Órgãos subgenuais: localizados nas patas de vários insetos, são muito sensíveis a vibração no substrato. b) Órgãos timpanais: estão ligados a membranas que respondem à vibrações sonoras. Essas estruturas estão localizadas no tórax (alguns Hemiptera), no abdome (gafanhotos e algumas mariposas) ou na tíbia anterior (nas esperanças, grilos e paquinhas). c) Órgão de Johnston :encontrado por dentro do pedicelo de cada antena. Nos Diptera, estão associados à percepção das vibrações sonoras ocorridas nos pelos antenais. RECEPTORES QUÍMICOS 1. Gustação: os receptores gustativos são os mesmos sensilos tricógenos, placodes e basicônicos ligados a dentritos de vários neurônios sensoriais, expostas para o exterior através de uma abertura (poro) na cutícula. Cada neurônio parece responder a tipos diferentes de compostos (açúcar, sal, proteínas etc.). São mais abundantes nas peças bucais mas podem também ser encontrados nas antenas, tarsos e genitália, especialmente na parte apical do ovipositor. 2. Olfato: são cones (sensilo basicônico) ou placas (sensilo placode) com numerosos poros através dos quais penetram as moléculas difusas das várias substancias químicas existentes no ar. São extremamente sensíveis podendo perceber substancias mesmos em baixíssimas concentrações (ex. feromônios). São mais comuns nas antenas mas podem ser encontrados também nas peças bucais e genitália. FOTORECEPTORES 1.Olhos Compostos: encontrado praticamente em todos os insetos adultos e em algumas formas imaturas. Como o nome sugere, são compostos por omatídeos que são a unidade estrutural e funcional da visão dos insetos. O número de omatideos é variável podendo
  • 8. algumas operárias de formigas apresentar menos que seis, enquanto alguns Odonata podem ter mais 25.000. Estrutura do Omatídeo -Córnea: parte transparente da cutícula; possui função de lente - Cone cristalino: situado abaixo da córnea e que conjuntamente com ela, é responsáveis por concentrar e refletir a luz para a região contendo pigmentos. - Rabdoma: é a parte fotossensivel do omatídeo em forma de bastonete produzido por 68 neurônios especializados chamados retínulas. Esta colocado logo abaixo do Cone Cristalino. - Íris: células pigmentadas situadas em torno do omatídeo. - Retina: formada pelas retínulas; ligadas a neurônios. 2. Olhos Simples (Ocelos): podem ser laterais ou dorsais: a) Ocelos Dorsais: comumente encontrados nos adultos e em forma imaturas de insetos hemimetabólicos. Diferem dos olhos compostos por apresentarem apenas uma córnea cobrindo vários rabdomas. Não formam uma imagem do ambiente mas respondem a mudanças na intensidade luminosa. b) Ocelos Laterais: são os olhos das larvas dos insetos holometabólicos e de alguns adultos. Sempre ocorrem lateralmente e são estruturalmente semelhantes ao dorsais apresentando muitas vezes um cone cristalino sob a córnea. TIPOS DE VISÃO: a visão dos insetos é explicada pela teoria do mosaico ou seja, cada omatídeo apresenta um pequeno campo visual, sendo possível a visão apenas pela junção de inúmeras imagens individuais. Dependendo do grupo temos os seguintes tipos de visão: - Aposição ou Justaposição: colocação lado a lado dos pontos luminosos dos omatídeos. Ex. Odonata Diptera. - Superposição: pontos de luz vizinhos (até 30 omatídeos) podem ser concentrados em um único rabdoma. Ex. mariposas. FOTORECEPTORES EXTRA -OCULARES
  • 9. Alguns insetos respondem a mudanças na intensidade luminosas, mesmo sem o funcionamento dos fotoreceptores conhecidos. Nenhum receptor específico foi encontrado até o presente. 5)Explique a função e localização do sistema endócrino. Muitos órgãos dos insetos produzem hormônios, a maioria com função de controle nos processos reprodutivos, metamorfose e muda. Células neurosecretoras: ocorrem em forma de gânglios que localizam-se no sistema nervoso central. São neurônios que produzem um ou mais hormônios com papel no crescimento, metamorfose, reprodução. Corpora allata: produz hormônio juvenil. Este hormônio tem função de inibir a metamorfose. Está envolvido na vitelogênese, glândulas reprodutivas acessórias, produção de feromônio e comportamento sexual. Corpora cardiaca: produz ecdisotropina. Tem importância na diferenciação de ovários e glândulas reprodutivas acessórias, e também na oogônese. Glândula protorácica: está envolvida na produção de ecdisônio (hormônio da muda). 6)Explique a função e localização do sistema nervoso. O sistema nervoso dos insetos consiste em um cérebro localizado na cabeça, e um cordão nervoso localizado ventralmente, com gânglios em cada segmento. Pode acontecer de o cordão nervoso estar fundido e haver mais segmentos do que gânglios. As células nervosas se comunicam através das sinapses com ação de neurotransmissores, como a acetilcolina, e os impulsos são transmitidos através de mudanças na carga elétrica nas sinapses. Algumas células são conhecidas como neuroendócrinas.As células sensoriais captam estímulos do ambiente e transmitem esses estímulos para o sistema nervoso central. Um interneurônio recebe essa informação e
  • 10. passa para outro neurônio, como os neurônios motores, que transmitem o impulso para os músculos. Observe a Figura: 10 7)Explique o desenvolvimento pós-embrionário nos insetos. O desenvolvimento pós-embrionário dos ovos dos insetos até formar insetos adultos pode ser através de dois tipos: Direto e indireto. O que distingui o seu crescimento ou o ciclo de vida são os animais pertencentes às classes: a) Ametábolo: Desenvolvimento direto, é o tipo de metamorfose onde não há mudança de forma. O inseto recém-eclodido já possui a forma de adulto, apresentando apenas os
  • 11. órgãos reprodutores pouco desenvolvidos. É típica dos primitivos como os das ordens Archaeognatha e Thysanura. b) Paurometábolo: Desenvolvimento indireto; é o tipo onde o inseto recém-eclodido se assemelha ao adulto com a diferença externa de ausência de asas e órgãos genitais imaturos. Há diversas ecdises a fase larval é chamada forma jovem ou ninfa, não havendo pupas. As ninfas crescem em cada muda e aquelas próximas a fase adulta apresentam inicio de formação das asas, caracterizadas pelas fecas alares. Observa-se nos insetos das ordens Orthptera, Blattodea, Hemiptera, Isoptera, etc. c)Hemimetabolo: Desenvolvimento indireto é o tipo de metamorfose também conhecida como Batmetábolo. É típica de insetos como Odonata, Ephemeroptera e Plecoptera. As formas jovens são aquáticas, desenvolvendo-se de maneira semelhante aos insetos Paurometábolo e são chamados náiades, que após a última ecdise transforma-se em adultos de hábitos terrestre e aéreos.
  • 12. d) Hipometábolo: Desenvolvimento indireto é o tipo que apresenta caracteristicamente uma última fase de ninfa imóvel com hábitos semelhantes as pupas, porém morfologicamente igual as formas precedentes. È típica das cigarras que, na forma de ninfa móvel, são subterrâneas e quando se tornam ninfas imóveis fixam-se sobre os troncos e ramos. e) Holometábolo: Desenvolvimento indireto é o tipo de metamorfose que compreende as fases de ovo, larva, pupa e adulto. È o tipo de desenvolvimento que se passa nos representantes dos Coeopteros, Lepidopteros ,Himenopteros ,Himenóteros, Sifonáptros, Dipteros, Neurópteros, etc. f)Hipermetábolo : Desenvolvimento indireto, é o tipo que se caracteriza por apresentar diversos tipos de larva . Assim, por exemplo em uma espécie europeia de meloe (coleóptera, Meloidae), do ovo nasce uma larva do tipo campodeiforme, predadora dos ovos de outros insetos subterrâneos. Transforma-se depois em larva caracbiforme com pouca movimentação, e em seguida em larva do tipo escarabeiforme incapaz de se locomover. Finalmente transforma-se em pupa e em seguida em adulto. 8)Explique o aparelho respiratório e circulatório nos insetos. O aparelho respiratório é um conjunto de estruturas envolvidas nas trocas gasosas com o meio. Dessas, as estruturas onde se efetua o movimento de gases respiratórios entre os meios externo e interno designam-se superfícies respiratórias. O oxigênio gasoso entra no corpo dos insetos através de espiráculos, passa pelas traquéias e traquéolas até atingir os tecidos, é metabolizado e deixa o corpo na forma de dióxido de carbono na direção oposta à que entrou. Esse processo é feito por difusão simples.Os espiráculos localizam-se na lateral do corpo, de 1 a 10 pares, começando no mesotórax, metatórax, e nos primeiros sete ou oito segmentos. Alguns insetos, como os Orthoptera
  • 13. possuem um mecanismo que leva o ar do tórax direto ao abdômen, aumentando a eficiência do processo. Ocorrem algumas adaptações de acordo com o modo de vida dos insetos, como em insetos aquáticos, de deserto ou parasitas. Os insetos aquáticos podem ter brânquias nas laterais do abdômen, no ânus, ou nas pernas. São providos com um grande número de traquéias. Outros podem ter uma cobertura de pêlos que forma umas bolhas de ar. Alguns insetos podem fechar seus espiráculos evitando a perda de água. As filotraquéias ou pulmões foliáceos são estruturas exclusivas dos aracnídeos, sempre existindo aos pares. Cada pulmão foliáceo é uma invaginação da parede abdominal ventral, formando uma bolsa onde várias lamelas paralelas, altamente vascularizadas, realizam as trocas gasosas diretamente com o ar que entra por uma abertura do exoesqueleto. A organização das filotraquéias lembra a das brânquias, com a diferença de que estão adaptadas à respiração aérea. Observe a Figura: 09 O aparelho circulatório dos insetos não possui um sistema de vasos fechados para circulação do sangue, como nos animais superiores. Na realidade, consta todo aparelho circulatório apenas de um vaso dorsal sanguíneo fechado. A maior parte da circulação
  • 14. tem lugar nas cavidades do corpo e dos apêndices, ocupando o sangue os espaços não ocupados pelos órgãos internos. A maioria desses espaços pode estar limitada por membranas especiais, formando cavidades definidas, ou seios. Com exceção do prolongamento anterior do vaso dorsal que se assemelha a uma aorta, dividida comumente em dois ramos terminais, não existem, via de regra , veias ou artérias definidas como as encontradas em alguns outros Arthropoda. Entretanto, nos apêndices e nas nervuras das asas, o sangue corre ao longo de canais definidos , análogos aos vasos sanguíneo. O coração encontra-se na parede dorsal do abdômen em uma cavidade pericárdica e controlada por uma membrana diafragma que bombeia o flúido para a aorta e daí para aberturas laterais que são os ostíolos que se estende até a cabeça, enquanto que, o sentido contrário, temos: os hemocelos (vasos que distribuem o (sangue) flúido serve principalmente para transportar alimentos e resíduos no corpo adiposo, onde ocorre as trocas gasosas para a metamorfose do animal. 9)Explique o aparelho reprodutor masculino nos insetos. O aparelho reprodutor masculino nos insetos compreende : um par de testículos; um par de ductos laterais, ou vasos deferentes; um tubo final mediano e ectodermal, ou ducto ejaculatdor. Geralmente ao lado destas partes essenciais, ou constantes existem estruturas acessórias, como por exemplo, uma parte de cada vaso deferente que é frequentemente alargada, para servir como um reservatório de esperma, conhecido por vesícula seminal; outras vezes, uma considerável extensão do vaso deferente é toda irregularmente enovelada, formando o que se chama epidídimo. Glândulas acessórias estão comumente presentes, sob a forma de bolsas onde tubos cegos, ramificado-se da parte superior do ducto ejaculador. A abertura externa do aparelho masculino, também
  • 15. chamada gonóporo masculino, está geralmente situada sobre ou dentro de um órgão intromitente mediano, o pênis ou falo. Testículos: Formado por folículos, ligados ao vaso deferente pelos vasos eferentes. Apresentam: Germário: Espermatogônios; Zona de crescimento: Espermatócitos; Zona de divisão e redução: Espermátides; Zona de transformação: Espermatozóides Vasos Deferentes: Partem dos testículos e depois se alargam formando a vesícula seminal. Unem-se para formar o canal ejaculador. Glândulas Acessórias: Liberam substâncias que formam o espermatóforo.
  • 16. 10)Explique o aparelho reprodutor feminino nos insetos. O aparelho reprodutor feminino consta das seguintes partes essenciais: um par de ovários; dois ovidutos laterais, convergindo posteriormente dos ovários; um oviduto comum ou mediano, geralmente presente, que recebe anteriormente os ovidutos laterais, e abrindo-se posteriormente para o exterior, num gonopóro. Como partes acessórias são comumente encontradas: um receptáculo seminal, ou espermateca, com a forma de uma pequena bolsa, servindo à recepção e ao armazenamento dos espermatozoides; um par de glândulas acessórias, desempenhando várias funções; e uma bolsa copuladora da parede do corpo( Bursa copulatrix), que pode ser uma câmara genital aberta, ou uma porção terminal do oviduto mediano, conhecida como vagina. Ovários: Colocados lateralmente ao tubo digestivo. Composto por ovaríolos que se abrem no oviduto lateral. Os ovaríolos são tubos alongados em número variável apresentando quatro regiões: Filamento terminal, germarium, vitellarium e pedicelo. Os diversos tipos de ováriolos são: Panoístico: sem células nutrizes. Ex. Odonata. Politrófico: com células nutrizes, alternadas com os oócitos. Ex. Hymenoptera. Acrotrófico: com células nutrizes localizadas no ápice dos ovaríolos. Ex. Hemiptera. Ovidutos Laterais: Condutos que partem de cada ovário que se unem para formar o oviduto comum. Espermateca: Serve para recepção e armazenamento dos espermatozóides. Glândulas Acessórias ou Coletéricas: Elaboram substâncias associadas a oviposição.