O documento contém vários poemas curtos escritos por crianças sobre objetos do cotidiano como janelas, lápis, guarda-roupas, televisões e bolas. Os poemas descrevem as características e funções dos objetos de uma perspectiva infantil e lúdica.
3. A janela
Olivam
Eu sou uma janela
Geni Pereira de Faria
Sou redondo como uma
panela
Sou feita de vidro e de Rita de Lourdes dos Santos Pereira Reis
madeira
Madeira igual uma Cristiane Soares de Godoy
cadeira
Heloísa Helena da Silva Rezende
Sou prima da cadeira
Que também é madeira
Que é prima da porta Fernando Luis de Souza
Que é muito porca 5ª Ano PIC
E eu sou amiga da pia
Que é muito fria
4. O lápis O menino
Samuel Nicolas
Eu sou um lápis Sou pequenina
Um lápis colorido De perna grossa
Sou de vários tamanhos Vestido curto
E também sou cumprido Que papai não
Sou muito bonita Sou o pai dessa menina
Sou usado pelo Júnior Nunca deixei ela ter
Gosto muito dele vestido
Curto porque ela é
E quem me comprou foi
gordinha
o Vitor
E tenho medo dos
meninos mexerem com
E eu sou preto e ela.
vermelho
Com um grafite no meio Sou a tia, acho que ele
Na hora de desenhar exagera muito
Rodopio sem parar Pois ele não deixa feliz
5. O Guarda Roupa O Infante
Adriely
Samuel
Eu sou um guarda roupa Deus quer, o homem
Sou feito de marfim sonha, a obra nasce
Tenho quatro portas Deus quis que a terra
Que sou bonito assim. fosse de todos
Que o mar unisse, já não
Eu tenho tabua separasse
E sou muito dura Sagrou-te, e foste
E eu sei que sou feia desvendando a espuma
Com muito orgulho
E a orla branca foi de
Quando eu vou tirar a ilha em continente
minha roupa Clareou, correndo, até
Vejo a tabua estragada ao fim do mundo
Fico com muito ódio E viu-se a terra inteira,
Que fico arrasada. de profundo
6. Num jardim O Céu
Caroline
Luiz Gabriel
Num jardim tem um No céu tudo esta no
jardineiro, papel
Com muito amor e É como no quartel
carinho, Não adianta ir para o
E ele chamou um céu
freguês Se você esta em cima
Que é muito lindinho. chapéu
Numa pétala de flor, Mas todos usam a
Tem um amor, palavra Deus
Com um beija-flor, Como tudo é Deus
Pousada num terror. Na rua usam a palavra
meu Deus
Um girassol, E não falam que perdeu
Falando de um amor,
7. O Estojo Menino Solitário
Olivam
Ingrid
O menino não tem
Eu sou um objeto para
amigos
escola
Seu nome e Paulo
Que fica na carteira
Sua mãe e Maria
Carteira para estudar
E seu pai é Mário
Para pegar a lapiseira e
usar
Seu pai é pioneiro
Sua mãe é estilista
Eu sou estojo
O Paulo quer ser
Que é horroroso
vaqueiro
Ninguém gosta de mim
E sua erma é
Porque eu sou roxo
maquinista.
Eu sou estojo
Mas Paulo não tem
Com cara de miojo
amigos
Quando alguém me
Só tem sua vaca fumas
8. ‘Brincadeiras Antigas’ Desci o Morro
Luis Gabriel Davy
Brincar de pega-pega é Desci o morro para
uma beleza encontrar
Alguns batem outros Um poço muito legal
estão correndo Esse poço que dar para
Como seus amigos é nadar
uma chatice Esse poço é especial
Outros acham que estão
morrendo Desci outro morro
Para trabalhar
Esconde - esconde E esse morro é torto
muita gente gosta Para pintar
Têm alguns idiotas e
bobocas Perto desse poço
Os meninos folgados, Tem um mato seco
pois são botas Perto do morro torto
As criançinhas gostam E esse poço preto
9. A televisão A vida é difícil
Glaucius
Glaucius
Eu sou uma televisão A vida é muito difícil
Sou grande e minha imagem é
Tem pessoas que não
boa
Eu pego muitos canais gosta de trabalhar
Eu gosto de passar desenho Tem pessoas que a vida
Com as crianças eu me divirto é divina
Tem gente que gosta de
Eu fui feito em Rio de Janeiro
Fui comprado em pintar
Guaratinguetá
Na loja de eletrodoméstico A vida é rápida
Meu volume é muito alto
E é muito difícil
E é claro eu vim com controle
remoto Tem gente que acha que
ela é chata
Eu ligo bem certinho Outras acha que são
Pra passar o menininho
divinas
Eu ligo bem direitinha
Pra passar a novelinha
Eu ligo bem de noitinha Umas não cuidam de
10. ‘A bola’ A gavetinha
Camila
Caroline
Eu sou uma bola Eu sou a gavetinha,
Sou feito de plástico Que tem uma caixinha,
Quando eu fico velho Com uma estrelinha,
Eu fico um elástico Bem bonitinha.
Eu pego a bola A gaveta,
E jogo a bola Tem uma vareta,
Um gol eu vou fazer Com uma maçaneta,
Para a trave atender Perto da borboleta.
Quando me estoura A gaveta,
Me joga no lixo Tem uma violeta,
Eu fico com nojo Com uma torta,
E também fico triste. Que não se importa e
nem entorta.