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05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 1
ALEX SANTIAGO NINA
Geólogo (UFPA-2013)
Mestre em Gestão de Recursos Naturais
e Desenvolvimento Local na Amazônia
História Ambiental
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A escassez dos recursos naturais sempre foi uma das maiores preocupações humanas, mas foi a partir da Revolução
Industrial que essa questão gerou uma das visões mais pessimistas, principalmente depois da obra de Thomas Malthus
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demanda de alimentos seria reestabelecido por guerras,
epidemias e outros freios positivos
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 2
As primeiras iniciativas ambientais
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 3
Parque Nacional de Yellowstone (1872)
Neomalthusianos
No século XX, principalmente na segunda metade, algumas publicações retomam as ideias malthusianas, dentre os
quais:
- “A tragédia dos Comuns”, de Hardin
- “Os limites do crescimento”, do Clube de Roma
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05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 4
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Superutilização dos recursos de acesso livre (comuns)
Ex: peixes de um lago (fora de uma propriedade privada)
Ninguém é dono destes recursos e eles estão disponíveis aos usuários de forma gratuita
Garrett Hardin
Os recursos comuns apresentam duas características básicas:
- Exclusividade: relaciona-se ao fato do controle do acesso aos recursos ser custoso
ou virtualmente impossível;
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prosperidade do outro.
A tragédia dos comuns ocorre quando, sobre condições de densidade populacional
relativamente alta, há uma sobrecarga do uso dos bens comuns, comprometendo a
disponibilidade deste e provocando um colapso socioeconômico.
De acordo com Hardin (1968), há um grande estímulo ao uso indiscriminado dos
bens comuns, uma vez que enquanto seus benefícios são individuais, seus custos são
repartidos por toda sociedade.
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 5
Hardin sugere que para reverter este estímulo, há duas medidas básicas: Regulamentação (limitação do uso
à todos os agentes); Restrição (exclusão de uso por alguns agentes).
O sucesso destas medidas depende do tipo de regime de propriedade, que podem ser basicamente quatro (FEENY, 1990)
Regime de
propriedade
Características Eficiência para se evitar a Tragédia dos Comuns
Livre acesso
Não há regulamentação e nem
restrição
A tragédia dos comuns é inevitável
Propriedade
privada
Uso do recurso é limitado a um
indivíduo ou a um grupo de
indivíduo (restrição), cuja
finalidade é atender um
mercado
A tragédia dos comuns pode ser evitada pela restrição, embora existam
custos para garantir os direitos de propriedades. Um problema deste
regime é que ele objetiva unicamente o ótimo econômico, o que
muitas vezes não constitui o ótimo sustentável
Propriedade
estatal
O Estado é tido como
proprietário do bem comum
O Estado pode estabelecer estratégias tanto de restrição como de
regulamentação. Estas estratégias, no entanto, geralmente envolvem
grandes custos operacionais, estão sujeitas a implementação de
políticas tendenciosas e/ou não funcionam e, na prática, estabelecem
um regime de livre acesso
Propriedade
comunal
O uso dos bens comuns é
limitado a uma determinada
comunidade com a finalidade de
sustento da mesma
Fenny et al. (1990) consideram este regime o mais eficiente, pois ele
tanto restringe o uso a indivíduos externos à comunidade, como é
passivo de estabelecimento de normas para limitar o uso pela própria
comunidade.
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 6
Globais Comuns
Os globais comuns, como a atmosfera e os oceanos fora das águas territoriais, inicialmente constituem recursos livres em
escala global, disponíveis para todos
Porém, quando as nações estabelecem acordos para limitar seu uso e evitar abusos, elas estão efetivamente
transformando recursos globais de livre acesso em recursos globais de propriedade comunal
Como os globais comuns são bens de todas as nações, nenhuma se sentirá na obrigação de cuidar deles sozinha, uma vez
que os custos de uma ação isolado serão somente seus, mas os resultados irão beneficiar a todos.
Ex: Não adianta o Brasil sozinho reduzir suas emissões de CO2, se os outros países também não se esforçarem
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05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 8
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de 7 bilhões de pessoas
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05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 10
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05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 11
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Paul e Anne Ehrlich publicaram versões mais atuais sobre a
problemática do crescimento populacional
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(1997)
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da População (2004)
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05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 12
Cornucopianos
Alguns autores acreditam que as previsões feitas pelos neomalthusianos são catastróficas demais e fazem um
diagnóstico errado do cenário da sustentabilidade global
Dentre eles, estão aqueles considerados exageradamente otimistas, conhecidos como Cornucopianos, em referência a
figura da mitologia grega, Cornucópia, que simboliza a fortuna e a abundância eterna
Neomalthusianos
(pessimistas)
Cornucopianos
(otimistas)
Representam pólos extremos de pensamento
a respeito da escassez dos recursos naturais e
dos problemas gerados pela superpopulação
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 13
Um dos cornucopianos mais destacados é o economista Julian Simon, que
afirmava que o crescimento da população ao elevar os preços constitui
uma oportunidade para os empreendedores procurarem novos meios para
resolver os problemas da escassez, desde que haja uma economia livre.
Os cornucopianos geralmente são adeptos das ideologias de neoliberais,
as quais defendem o capitalismo de livre mercado com mínima
intervenção estatal.
Os cornucopianos acreditam que qualquer problema de escassez poderá ser solucionado, uma vez que à media que o
mercado visualiza a possibilidade de esgotamento de certos recursos naturais, seu preço aumentaria e isso estimularia as
atividades de pesquisa e desenvolvimento para melhor aproveitar estes recursos e/ou encontrar novas alternativas.
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 14
A aposta...
Julian Simon e Paul Ehrlich fizeram uma aposta, em 1980, que ficou famosa.
Juliam Simon defendia a ideia de que os avanços tecnológicos são capazes de superar os limites da Terra criando meios
para sustentar uma população crescente, de modo que o crescimento populacional não provocaria o aumento do preço
dos alimentos, nem a elevação do preço das commodities.
Paul Ehrlich sustentava que o crescimento populacional iria pressionar os recursos naturais e que os avanços
tecnológicos seriam incapazes de contrabalançar as leis dos rendimentos decrescentes. Como resultado o aumento dos
preços dos alimentos e das matérias primas seria inevitável.
Os dois escolheram consensualmente cinco metais: cobre, cromo,
níquel, estanho e tungsténio. Ehrlich apostou que o preço destas
commodities aumentaria até 1990. Simon apostou que os preços
diminuiriam.
Ehrlich perdeu a aposta, pois os preços dos minerais (assim como o
preço do petróleo e dos alimentos) caíram na década de 1980 e
continuaram em nível baixo até o fim da década de 1990
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 15
Por outro lado...
Na décadas de 1980 e 1990, o preço das commodities dependia muito da demanda dos países desenvolvidos que tem
uma população estável e que vinha investindo na eficiência energética e produtiva.
Isto mudou a partir da virada do milênio, quando os países em desenvolvimento passaram a liderar o crescimento da
economia internacional.
Particularmente importante tem sido o crescimento econômico da China e da Índia (Chíndia), que são os dois países mais
populosos do mundo.
O rápido crescimento da Chíndia e do Terceiro Mundo tem aumentado a demanda por produtos básicos e contribuído
para a elevação do preço das commodities.
Talvez Ehrlich esteja certo, no final
Além disso, pode-se argumentar de o preço dos commodies ainda não levam em conta as externalidade ambientais, ou
seja, os impactos relacionados à perca das funções ecológicas.
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 16
Gestão Ambiental Global
De acordo com Ribeiro, a evolução dos acordos multilaterais ambientais podem ser dividida em três fases:
1ª Fase: surgem no início do século XX e visam regular a ação dos colonos das metrópoles imperialistas no continente
africano que destruíam a base natural das terras conquistadas. No geral forma malsucedidas.
2ª Fase: começa com a Guerra Fria, quando surgem iniciativas bem-sucedidas, como o Tratado Antártico e a emergência
da temáticas ambiental no âmbito da ONU e de suas entidades como a Unesco, a FAO, e o PNUMA
3ª Fase: no período pós-Guerra Fria, onde questões centrais dos acordos multilaterais privilegiam os conceitos de
segurança ambiental global e desenvolvimento sustentável
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 17
Primeiras Iniciativas
Criação de Parques Nacionais nos EUA, iniciado com o Parque de Yellow Stone (1872)
Primeiro acordo internacional assinado em Paris (1883): visa proteger as focas no mar de Behring
Nesta cidade também ocorreram: a Convenção para Proteção dos Pássaros Úteis à Agricultura (1895) e o Congresso
Internacional para Proteção da Natureza (1923)
Estes eventos caracterizaram-se pela forma fragmentada e pontual (acordos para proteção de pássaros, peixes,
mamíferos, etc.) e desvinculada que qualquer preocupação com o desenvolvimento econômico e social
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 18
A partir do final da década de 1970...
Inicia a segunda fase com a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Estocolmo)
Marcada pelo antagonismo entre dois blocos:
1) Países desenvolvidos: preocupados com a poluição e o esgotamento de recursos naturais estratégicos, como o
petróleo
2) Demais países: defendiam o direito de usarem seus recursos para crescer e assim terem acesso aos padrões de bem-
estar alcançados pelas populações dos países ricos.
Resultado: Declaração sobre o Meio Ambiente Humano – um plano de ação constituído de 110
recomendações
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 19
Começou de fato a construção de uma infraestrutura internacional para gestão ambiental global, no qual se destacaram
os seguintes eventos:
- Criação de observatórios para monitorar e avaliar o estado do meio ambiente
- Maior envolvimento dos bancos internacionais multilaterais e regionais de desenvolvimento (Banco Mundial, Banco
Interamericano de Desenvolvimento etc.)
- Criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que passaria a centralizar as ações da ONU
- O Meio Ambiente passou a não ser visto mais como desvinculado do Desenvolvimento.
- Em 1983, a ONU cria a Comissão Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), que em 1987
elaborou o relatório “Nosso Futuro Comum”, o qual conceitua o Desenvolvimento Sustentável
“Aqueles que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras
de atenderem às suas próprias necessidades” (Brundtland, 1987)
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 20
Conforme a CMMAD, os principais objetivos de políticas ambientais e desenvolvimentistas derivados desse conceito de
desenvolvimento são:
1. Retomar o crescimento econômico como condição necessária para erradicar a pobreza
2. Mudar a qualidade do crescimento para torna-lo mais justo, equitativo e menos intensivo em matéria e energia
3. Atender às necessidades humanas essenciais de emprego, alimentação, energi, água e saneamento
4. Manter um nível populacional sustentável
5. Conservar e melhorar a base de recursos
6. Reorientar a tecnologia e administra os ricos
7. Incluir o meio ambiente e a economia no processo decisório
O Desenvolvimento Sustentável implica em dois pactos: intergeracional e intrageracional
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 21
Terceira Fase (ECO – 1992)
Mundo Brasil
- Conferência das Nações Unidas para o Meio
Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro
- Participação de 103 chefes de Estado e 182 nações.
- Pela primeira vez, foi permitida a participação de
ONGs
- Grande participação cidadã
- O principal resultado foi a Agenda 21, com cinco
acordos oficiais:
- Declaração do Rio Sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento
- Agenda 21 e os meios para sua
implementação
- Declaração de Florestas
- Convenção-Quadro sobre Mudanças
Climáticas
- Convenção sobre Diversidade Biológica
- Mas também teve o tratado educação ambiental para
sociedades sustentáveis e responsabilidade global
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 22
Pontos Positivos Pontos Negativos
- 2.500 recomendações para a comunidade mundial
- Sugere ao desenvolvimento de Agendas Locais
- Dos cinco acordos, o que mais evoluiu foi o sobre o
clima, o qual deu base pra o Protocolo de Kyoto
(1997)
- Primeira versão da Carta da Terra, concluída em 2000
- Falta de compromissos financeiros concretos
- Posição conservadora do presidente Bush foi um
grande obstáculo
- Não possibilitou que os países ricos mudassem seu
modelo consumista de recursos naturais
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 23
Tratado educação ambiental para sociedades
sustentáveis e responsabilidade global
- Documento em permanente construção
- Deve portanto propiciar a reflexão, o debate e a sua
própria modificação.
- Qualquer pessoa pode ser signatária
Um momento marcante da ECO-92, foi o discurso de Severn Suzuki, uma garota de 12 anos
Link na internet
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 24
Terceira Fase
05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 25
Referências
REIGOTA, M. O que é educação ambiental? 2ª ed. São Paulo: Brasiliense, 2009.
CAMPINA, N.; NASCIMENTO, F. Educação Ambiental. São Paulo: Editora Sol, 2011.
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História ambiental

  • 1. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 1 ALEX SANTIAGO NINA Geólogo (UFPA-2013) Mestre em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia História Ambiental
  • 2. A hipótese de Malthus A escassez dos recursos naturais sempre foi uma das maiores preocupações humanas, mas foi a partir da Revolução Industrial que essa questão gerou uma das visões mais pessimistas, principalmente depois da obra de Thomas Malthus (1798). De acordo com Malthus, o equilíbrio entre a oferta e demanda de alimentos seria reestabelecido por guerras, epidemias e outros freios positivos 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 2
  • 3. As primeiras iniciativas ambientais 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 3 Parque Nacional de Yellowstone (1872)
  • 4. Neomalthusianos No século XX, principalmente na segunda metade, algumas publicações retomam as ideias malthusianas, dentre os quais: - “A tragédia dos Comuns”, de Hardin - “Os limites do crescimento”, do Clube de Roma - Bomba populacional, de Paul e Anne Ehrich 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 4
  • 5. A tragédia dos Comuns Superutilização dos recursos de acesso livre (comuns) Ex: peixes de um lago (fora de uma propriedade privada) Ninguém é dono destes recursos e eles estão disponíveis aos usuários de forma gratuita Garrett Hardin Os recursos comuns apresentam duas características básicas: - Exclusividade: relaciona-se ao fato do controle do acesso aos recursos ser custoso ou virtualmente impossível; - Subtração: relaciona-se a capacidade de que cada usuário possui de subtrair da prosperidade do outro. A tragédia dos comuns ocorre quando, sobre condições de densidade populacional relativamente alta, há uma sobrecarga do uso dos bens comuns, comprometendo a disponibilidade deste e provocando um colapso socioeconômico. De acordo com Hardin (1968), há um grande estímulo ao uso indiscriminado dos bens comuns, uma vez que enquanto seus benefícios são individuais, seus custos são repartidos por toda sociedade. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 5
  • 6. Hardin sugere que para reverter este estímulo, há duas medidas básicas: Regulamentação (limitação do uso à todos os agentes); Restrição (exclusão de uso por alguns agentes). O sucesso destas medidas depende do tipo de regime de propriedade, que podem ser basicamente quatro (FEENY, 1990) Regime de propriedade Características Eficiência para se evitar a Tragédia dos Comuns Livre acesso Não há regulamentação e nem restrição A tragédia dos comuns é inevitável Propriedade privada Uso do recurso é limitado a um indivíduo ou a um grupo de indivíduo (restrição), cuja finalidade é atender um mercado A tragédia dos comuns pode ser evitada pela restrição, embora existam custos para garantir os direitos de propriedades. Um problema deste regime é que ele objetiva unicamente o ótimo econômico, o que muitas vezes não constitui o ótimo sustentável Propriedade estatal O Estado é tido como proprietário do bem comum O Estado pode estabelecer estratégias tanto de restrição como de regulamentação. Estas estratégias, no entanto, geralmente envolvem grandes custos operacionais, estão sujeitas a implementação de políticas tendenciosas e/ou não funcionam e, na prática, estabelecem um regime de livre acesso Propriedade comunal O uso dos bens comuns é limitado a uma determinada comunidade com a finalidade de sustento da mesma Fenny et al. (1990) consideram este regime o mais eficiente, pois ele tanto restringe o uso a indivíduos externos à comunidade, como é passivo de estabelecimento de normas para limitar o uso pela própria comunidade. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 6
  • 7. Globais Comuns Os globais comuns, como a atmosfera e os oceanos fora das águas territoriais, inicialmente constituem recursos livres em escala global, disponíveis para todos Porém, quando as nações estabelecem acordos para limitar seu uso e evitar abusos, elas estão efetivamente transformando recursos globais de livre acesso em recursos globais de propriedade comunal Como os globais comuns são bens de todas as nações, nenhuma se sentirá na obrigação de cuidar deles sozinha, uma vez que os custos de uma ação isolado serão somente seus, mas os resultados irão beneficiar a todos. Ex: Não adianta o Brasil sozinho reduzir suas emissões de CO2, se os outros países também não se esforçarem 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 7
  • 8. Limites para o crescimento 1972 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 8
  • 9. Atualmente somos cerca de 7 bilhões de pessoas Estima-se que em 2050 seremos mais de 9 bilhões Crescimento populacional Expectativa de vida humana 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 9
  • 10. Aumento do padrão de consumo http://www.forumconsumo.com/Artigos/Consumidor/Aevoluçãodoconsumoatravésdosobjectos.aspx 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 10
  • 11. Limites para o crescimento 5 problemas fundamentais: - Crescimento populacional - Produção de alimentos - Industrialização - Degradação ambiental - Consumo dos recursos naturais. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 11
  • 12. A Bomba Populacional (1968) Trata especificamente da questão do crescimento populacional Paul e Anne Ehrlich publicaram versões mais atuais sobre a problemática do crescimento populacional - A explosão populacional (1990) - Um mundo de Chagas: ecologistas e o dilema humano (1997) - Nas asas de checkerspots: um sistema modelo para Biologia da População (2004) - Esperança na Terra: A conversão (2014) 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 12
  • 13. Cornucopianos Alguns autores acreditam que as previsões feitas pelos neomalthusianos são catastróficas demais e fazem um diagnóstico errado do cenário da sustentabilidade global Dentre eles, estão aqueles considerados exageradamente otimistas, conhecidos como Cornucopianos, em referência a figura da mitologia grega, Cornucópia, que simboliza a fortuna e a abundância eterna Neomalthusianos (pessimistas) Cornucopianos (otimistas) Representam pólos extremos de pensamento a respeito da escassez dos recursos naturais e dos problemas gerados pela superpopulação 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 13
  • 14. Um dos cornucopianos mais destacados é o economista Julian Simon, que afirmava que o crescimento da população ao elevar os preços constitui uma oportunidade para os empreendedores procurarem novos meios para resolver os problemas da escassez, desde que haja uma economia livre. Os cornucopianos geralmente são adeptos das ideologias de neoliberais, as quais defendem o capitalismo de livre mercado com mínima intervenção estatal. Os cornucopianos acreditam que qualquer problema de escassez poderá ser solucionado, uma vez que à media que o mercado visualiza a possibilidade de esgotamento de certos recursos naturais, seu preço aumentaria e isso estimularia as atividades de pesquisa e desenvolvimento para melhor aproveitar estes recursos e/ou encontrar novas alternativas. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 14
  • 15. A aposta... Julian Simon e Paul Ehrlich fizeram uma aposta, em 1980, que ficou famosa. Juliam Simon defendia a ideia de que os avanços tecnológicos são capazes de superar os limites da Terra criando meios para sustentar uma população crescente, de modo que o crescimento populacional não provocaria o aumento do preço dos alimentos, nem a elevação do preço das commodities. Paul Ehrlich sustentava que o crescimento populacional iria pressionar os recursos naturais e que os avanços tecnológicos seriam incapazes de contrabalançar as leis dos rendimentos decrescentes. Como resultado o aumento dos preços dos alimentos e das matérias primas seria inevitável. Os dois escolheram consensualmente cinco metais: cobre, cromo, níquel, estanho e tungsténio. Ehrlich apostou que o preço destas commodities aumentaria até 1990. Simon apostou que os preços diminuiriam. Ehrlich perdeu a aposta, pois os preços dos minerais (assim como o preço do petróleo e dos alimentos) caíram na década de 1980 e continuaram em nível baixo até o fim da década de 1990 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 15
  • 16. Por outro lado... Na décadas de 1980 e 1990, o preço das commodities dependia muito da demanda dos países desenvolvidos que tem uma população estável e que vinha investindo na eficiência energética e produtiva. Isto mudou a partir da virada do milênio, quando os países em desenvolvimento passaram a liderar o crescimento da economia internacional. Particularmente importante tem sido o crescimento econômico da China e da Índia (Chíndia), que são os dois países mais populosos do mundo. O rápido crescimento da Chíndia e do Terceiro Mundo tem aumentado a demanda por produtos básicos e contribuído para a elevação do preço das commodities. Talvez Ehrlich esteja certo, no final Além disso, pode-se argumentar de o preço dos commodies ainda não levam em conta as externalidade ambientais, ou seja, os impactos relacionados à perca das funções ecológicas. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 16
  • 17. Gestão Ambiental Global De acordo com Ribeiro, a evolução dos acordos multilaterais ambientais podem ser dividida em três fases: 1ª Fase: surgem no início do século XX e visam regular a ação dos colonos das metrópoles imperialistas no continente africano que destruíam a base natural das terras conquistadas. No geral forma malsucedidas. 2ª Fase: começa com a Guerra Fria, quando surgem iniciativas bem-sucedidas, como o Tratado Antártico e a emergência da temáticas ambiental no âmbito da ONU e de suas entidades como a Unesco, a FAO, e o PNUMA 3ª Fase: no período pós-Guerra Fria, onde questões centrais dos acordos multilaterais privilegiam os conceitos de segurança ambiental global e desenvolvimento sustentável 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 17
  • 18. Primeiras Iniciativas Criação de Parques Nacionais nos EUA, iniciado com o Parque de Yellow Stone (1872) Primeiro acordo internacional assinado em Paris (1883): visa proteger as focas no mar de Behring Nesta cidade também ocorreram: a Convenção para Proteção dos Pássaros Úteis à Agricultura (1895) e o Congresso Internacional para Proteção da Natureza (1923) Estes eventos caracterizaram-se pela forma fragmentada e pontual (acordos para proteção de pássaros, peixes, mamíferos, etc.) e desvinculada que qualquer preocupação com o desenvolvimento econômico e social 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 18
  • 19. A partir do final da década de 1970... Inicia a segunda fase com a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Estocolmo) Marcada pelo antagonismo entre dois blocos: 1) Países desenvolvidos: preocupados com a poluição e o esgotamento de recursos naturais estratégicos, como o petróleo 2) Demais países: defendiam o direito de usarem seus recursos para crescer e assim terem acesso aos padrões de bem- estar alcançados pelas populações dos países ricos. Resultado: Declaração sobre o Meio Ambiente Humano – um plano de ação constituído de 110 recomendações 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 19
  • 20. Começou de fato a construção de uma infraestrutura internacional para gestão ambiental global, no qual se destacaram os seguintes eventos: - Criação de observatórios para monitorar e avaliar o estado do meio ambiente - Maior envolvimento dos bancos internacionais multilaterais e regionais de desenvolvimento (Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento etc.) - Criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que passaria a centralizar as ações da ONU - O Meio Ambiente passou a não ser visto mais como desvinculado do Desenvolvimento. - Em 1983, a ONU cria a Comissão Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), que em 1987 elaborou o relatório “Nosso Futuro Comum”, o qual conceitua o Desenvolvimento Sustentável “Aqueles que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras de atenderem às suas próprias necessidades” (Brundtland, 1987) 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 20
  • 21. Conforme a CMMAD, os principais objetivos de políticas ambientais e desenvolvimentistas derivados desse conceito de desenvolvimento são: 1. Retomar o crescimento econômico como condição necessária para erradicar a pobreza 2. Mudar a qualidade do crescimento para torna-lo mais justo, equitativo e menos intensivo em matéria e energia 3. Atender às necessidades humanas essenciais de emprego, alimentação, energi, água e saneamento 4. Manter um nível populacional sustentável 5. Conservar e melhorar a base de recursos 6. Reorientar a tecnologia e administra os ricos 7. Incluir o meio ambiente e a economia no processo decisório O Desenvolvimento Sustentável implica em dois pactos: intergeracional e intrageracional 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 21
  • 22. Terceira Fase (ECO – 1992) Mundo Brasil - Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro - Participação de 103 chefes de Estado e 182 nações. - Pela primeira vez, foi permitida a participação de ONGs - Grande participação cidadã - O principal resultado foi a Agenda 21, com cinco acordos oficiais: - Declaração do Rio Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - Agenda 21 e os meios para sua implementação - Declaração de Florestas - Convenção-Quadro sobre Mudanças Climáticas - Convenção sobre Diversidade Biológica - Mas também teve o tratado educação ambiental para sociedades sustentáveis e responsabilidade global 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 22
  • 23. Pontos Positivos Pontos Negativos - 2.500 recomendações para a comunidade mundial - Sugere ao desenvolvimento de Agendas Locais - Dos cinco acordos, o que mais evoluiu foi o sobre o clima, o qual deu base pra o Protocolo de Kyoto (1997) - Primeira versão da Carta da Terra, concluída em 2000 - Falta de compromissos financeiros concretos - Posição conservadora do presidente Bush foi um grande obstáculo - Não possibilitou que os países ricos mudassem seu modelo consumista de recursos naturais 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 23
  • 24. Tratado educação ambiental para sociedades sustentáveis e responsabilidade global - Documento em permanente construção - Deve portanto propiciar a reflexão, o debate e a sua própria modificação. - Qualquer pessoa pode ser signatária Um momento marcante da ECO-92, foi o discurso de Severn Suzuki, uma garota de 12 anos Link na internet 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 24
  • 25. Terceira Fase 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 25
  • 26. Referências REIGOTA, M. O que é educação ambiental? 2ª ed. São Paulo: Brasiliense, 2009. CAMPINA, N.; NASCIMENTO, F. Educação Ambiental. São Paulo: Editora Sol, 2011. 05/11/2016 Professor: Msc. Alex Santiago Nina 26