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Interações gênicas,
Pleitropia, Alelismo
múltiplo
   Prof. Dra. Adriana Dantas
   UERGS – Bento Gonçalves
Conceitos Gerais
   Mendel – 1 gene = 1 caracteristica

   Polialelia (Alelos Múltiplos)
       1 Gene = Vários alelos
       1 indivíduo = 2 alelos

   Interação Gênica
      1 Gene = Várias características (Pleiotropia)
     Vários Genes = 1 Característica

    (Interação gênica simples e epistasia)
Genética Moderna (Pós-
Mendeliana)
   Heranças que se afastam, pouco ou muito, dos
    processos descritos por Mendel em seus
    trabalhos.
   As proporções fenotípicas podem variar em relação
    às proporções clássicas da genética mendeliana.
   Herança Qualitativa: O fenótipo depende de quais
    genes estão presentes no genótipo.
   Herança Quantitativa: O fenótipo depende de
    quantos genes estão presentes no genótipo.
Interações Gênicas
        Interações Simples
                                    Gene a

Genes com segregação independente
que agem em conjunto para
                                    Gene b   Caráter 1
determinar um fenótipo.
Ex.: forma das cristas em          Gene c
galináceos.



   Fenótipos       Genótipos
   crista noz        R_E_
   crista rosa       R_ee
  crista ervilha     rrE_
 crista simples      rree
 Interação Simples




                    R_E_              R_ee             rrE_             rree
 Genótipo
               (RREE ou RREe ou   (RRee ou Rree)   (rrEe ou rrEE)
 das Aves
                RrEe ou ReEE)


Fenótipo das
                  Crista Noz       Crista Rosa     Crista Ervilha   Crista Simples
  Cristas
INTERAÇÃO GÊNICA
 Interação Simples




       Esférica                                           Discóide
                              Alongada


Genótipo das           A_B_              A_bb ou aaB_                aabb
 Abóboras
                  (AABB ou AABb ou   (AAbb ou Aabb ou
                   AaBb ou AaBB)
                                         aaBB ou aaBb)
Fenótipo das      Forma Discóide         Forma Esférica              Forma
 Abóboras
                                                                Alongada
A Epistasia é um tipo de interação
gênica




   Um alelo epistático de um gene elimina a
    expressão dos fenótipos alternativos de outro
    gene e insere o seu proprio fenótipo.
   Os alelos epistáticos em geral atuam antes
    dos genes que eles cancelam, em alguma
    sequencia bioquímica ou de
    desenvolvimento.
Tipo de interações alélicas
1.   Dominância
    Se manifesta quando, em condição  heterozigótica, um
     alelo se impõe, impedindo  a ação do outro.
    Se considera dominante o alelo que codifica uma enzima
     funcional.
    O alelo recessivo devido a uma mutação que não produz
     enzima alguma, ou a uma mutação que produz uma
     enzima não funcional ou que funciona com defeito, sendo
     menos eficiente que a enzima produzida pelo alelo
     dominante.
    Como resultado da presença do alelo defeituoso na
     condição homozigótica, a via metabólica é interrompida ou
     a quantidade do produto final é diminuída
Dominância
                    Forma da semente em Ervilhas

    P              RR (lisa) X rr (rugosa)

    F1               100% Rr (lisas)

                         Rr X Rr

F2             1 RR (lisa) : 2 Rr (lisas) : 1 rr (rugosa)

   Proporção genotípica 1:2:1
   Proporção fenotípica 3:1
2. Dominância incompleta (semidominancia)
   Condição heterozigótica se expressa na forma
    quantitativa entre os dois homozigotos.

   O alelo dominante produz uma enzima funcional porém
    ineficiente, de modo que a quantidade de enzima que
    codifica um só alelo é capaz de produzir uma
    quantidade limitada de produto final.

   Dois alelos são capazes de codificar em dobro a
    enzima, que permite que a via metabólica elabore mais
    quantidade do produto final.

   O alelo recessivo é inoperante e não gera produto.
Semidominância
                      (vermelha) C1C1 X C2C2 (branca)
                      F1    C1C2 (100% rosada)
                             C1C2 X C1C2

                                   C1              C2

                          C1       C1C1       C 1C 2
                          C2       C1C2       C 2C 2


                 F2

                 1 C1C1 vermelha   2 C1C2 rosada        1 C2C2 branca


                     Aparece classe intermediária
                     Proporção fenotípica 1:2:1
                     Também chamada Dominância
                      Incompleta
3. Codominância
   Desde os experimentos de Mendel que se têm observado
    numerosos casos em que ambos alelos de um locus
    heterozigoto se expressam no fenótipo.

   Os alelos codominantes são ambos ativos e independentes.

   Cada alelo do heterozigoto condiciona a formação de uma
    proteína ou enzima funcional.

   Ambos os alelos se expressam, mas o fenótipo não é
    intermediário.

   O fenótipo é a soma ou mistura de ambos os fenótipos.

   Proporção fenotíca 1:2:1
Sistema MN
   Proteínas presentes nas hemácias que não são levadas em
    conta nas transfusões sangüíneas.
   Geneticamente é um caso de codominância.
   Grupo M: produz a proteína M.
   Grupo N: produz a proteína N.
   Grupo MN: produz as duas proteínas.



         Fenótipos     Genótipos
             M            LMLM                    Doações
             N            LNLN                M               N
            MN            LMLN                      MN
4. Sobredominância
   Existe evidência que indica que em alguns loci a
    condição heterozigótica, medida quantitativamente,
    pode produzir um fenótipo superior ao fenótipo do
    homozigoto de maior valor.

   Por exemplo: Aa > AA ou aa.

   Em Drosophila, por exemplo, o alelo responsável
    pelo fenótipo de olhos bancos, quando se encontra
    em condição heterozigótica, condiciona a produção
    de certos pigmentos fluorescentes em maior
    quantidade que em qualquer dos homozigotos.
5. Aditiva
   Modo de ação relacionado às características
    quantitativas.

   Cada alelo acrescenta pouco ao fenótipo final.

   O termo acrescentar pode significar um valor
    negativo.

   Se existirem muitos genes envolvidos na
    determinação do genótipo final, então o valor aditivo
    de todos os alelos individualmente é que determina
    o valor fenotípico total.
Dominância   Codominância   Sobredominância
Régua Fenotípica




 Escala fenotípica das possibilidades de interações entre alelos.
 A régua representa uma medida, como quantidade de pigmento.
Genes Letais
   Provocam a morte ou não desenvolvimento do embrião.
   Determinam um desvio nas proporções fenotípicas esperadas,
    geralmente 2:1.




                           Aa                             Aa




           AA              Aa               Aa             aa
Letal recessivo em milho




   Alelo letal recessivo impede a formação da clorofila
    em plântulas de milho
CC, Cc normais        cc albinas
    P Cc x       Cc
    F1 CC Cc cc
       1 : 2 : letal

   A proporção fenotípica final é 1:2, pois ¼ dos
    indivíduos morrem após consumir a reserva
    energética do grão, pois não realizam
    fotossíntese devido à falta de clorofila.
Alelos Múltiplos (Polialelia)
   Herança determinada por 3 ou mais alelos que condicionam
    um só caráter, obedecendo os padrões mendelianos.

   Cada indivíduo tem, no genótipo, apenas dois alelos, um de
    origem paterna e outro de origem materna.

   Novos alelos surgem por mutações que provocam alterações
    na proteína original.

   Em uma população o número total de alelos diferentes para
    um único gene é em geral bem grande.

   A existência destes muitos alelos é chamada alelismo
    multiplo, e o conjunto de alelos é chamado de série alélica.
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS


•Controladas por poucos genes de
grande impacto

•Mudanças no ambiente não alteraram a
expressão da característica
CARACTERÍSTICAS QUANTITATIVAS

•Controladas por muitos genes de pequeno
impacto

•Mudanças no ambiente podem alterar a
expressão da característica

•Podem ser melhoradas pela seleção
artificial
POLIMERIA
   Herança Quantitativa onde ocorre efeito
    cumulativo na ação de vários pares de genes.

   Há uma variação fenotípica gradual e contínua
    entre um valor mínimo e um valor máximo,
    devida a adição de genes dominantes no
    genótipo, seguindo uma curva normal de
    distribuição.

   Ex.: altura, peso, cor da pele, cor dos olhos, grau
    de inteligência, altura de plantas, produção de
    leite em bovinos, comprimento de pêlos, etc.
Herança Quantitativa
Cor da Pele em Humanos

   Fenótipos     Genótipos           3


     Negro        SSTT
                   SsTT
 Mulato Escuro                                   Negro
                   SSTt          2       2
                                                 Mulato Escuro

                   SsTt                          Mulato Médio
                                                 Mulato Claro
  Mulato Médio     SStt
                                                 Branco
                   ssTT      1               1


                   Sstt
  Mulato Claro
                   ssTt
    Branco          sstt
Cor de Pelagem em
mamíferos
 Revelam claramente como genes

  diferentes cooperam na
  determinação de um caráter.
 Genes interagem para determinar a

  cor de pelagem em animais:
 A, B, C, D, E, S, O.
Genes da cor da pelagem
   Gene A
     Determina distribuiçao do pigmentos nos pelos.

     Alelo A selvagem produz fenótipo chamado agouti (cor acizentada)

     Alelo a – pêlo preto



   Gene B
     Determina a cor do pigmento

     Alelo B – codifica o pigmento preto

     Alelo b – codifica o pigmento marrom

     Alelo B combinado com A – normal agouti

     Alelo B combinado com aa – cor preta

     Alelo A_bb – cor marrom por inteiro
Padrão de herança dos genes A
e B   AAbb (cinnamon) x aaBB (preto)
      ou AABB (agouti) x aabb (marrom)

          F1    todos AaBb (agouti)

        AaBb (agouti) x AaBb (agouti)

           F2      9 A_B_ (agouti)
                   3 A_bb (cinnamon)
                   3 aaB_ ( preto)
                   1 aabb (marrom)
Genes da cor de pelagem C e

    
     D
    Gene C
      Permite a expressão da cor
       Alelo c – impede a expressão da cor
       Duplo recessivo cc – epistático em relaçao ao outros genes de cor.-
         albinos
       Albinos são comuns: coelhos, aves, peixes.

   Gene D
     Controla a intensidade do pigmento especificado pelos outros
      genes de cor de pelagem
     Genotipos DD e Dd – permite toda expressao da cor em
      camundongos
     Alelo dd – dilui a cor, fazendo com que pareça leitosa

     Agouti diluído; cinnamon diluído; marrom diluído e preto diluído

     Gene que atua gerando tal efeito ‘diluído’ é chamado gene
      modificador.
Alelos Múltiplos (Polialelia)

    Ex.: Cor da pelagem em
    coelhos.
                                             ch _
               4 alelos       cch _
   C  selvagem (aguti).
   cch  chinchila.
                                                    C_
   ch  himalaia.
   ca  albino.



                                      caca
          C > cch > ch > ca
Padrão de herança genes B e C
Proporção : 9:3:4 – epistasia recessiva
          BBcc (albino) x bbCC (marron)
         ou BBCC (preto) x bbcc (albino)

             F1 todos BbCc (pretos)

           BbCc (preto) x BbCc (preto)

               F2   9 B_C_ (preto)
                    3 bbC_ (marrom)
                    3 B_cc (albino)
                                    4
                    1 bbcc (albino)
Padrão de herança B e E
 Epistasia Recessiva                          Gene Epistático= recessivo
                                               Gene Hipostático = Dominante

 ee é epistatica em relaçao a B_ e bb




 Genótipo dos            B_E_                 bbE_           B_ee ou bbee
  Cachorros       (BBEE ou BbEe ou BBEe                       (BBee ou Bbee)
                                          (bbEE ou bbEe)
                        ou BbEE)

Fenótipo da Cor        Cor Preta           Cor Marrom         Cor Dourada
   dos Pêlos
Padrão de herança gene B e
D
     BBdd (preto diluido) x bbDD ( marrom)
    Ou BBDD ( preto) x bbdd (MArron diluido)

           F1        todos BbDd (pretos)

         BbDd (pretos) x BbDd (pretos)


                F2     9 B_D_ (preto)
                       3 B_dd ( preto diluido)
                       3 bbD_ ( marrom)
                       1 bbdd (marron diluido)
Padrão de herança gene S
   Controla a distribuiçao da
    pigmentaçao da cor por todo o
    corpo.
   Controla presença ou ausência de
    manchas
   Alelo S – ausência de manchas
   Alelo s – presença ed manchas –
    cavalo malhado
   Cruzamentos nos quais dois genes
    interagem sao heterozigotos para
    alelos que modificam a cor
Pelagem em mamíferos




* Alelo sensivel a temperatura do gene C,
resulta na sintese reduzida do pigmento escuro
melanina na pele que cobre as partes mais
quentes do corpo.
•Em temperaturas baixas as extremidades do
corpo do siames e coelhos himalaios o focinho,
orelhas, cauda e patas sao mais escuras. Ambos
sao geneotipos chch
Padrão de herança genes O e B
Gene O (o+) – pigmento laranja
Gene o (o-) – ausência do pigmento laranja
Gene B (b+) – pigmento preto
Gene b (b-)– ausência pigmento preto
Gene O e B

       OObb (laranja) x ooBB (preto)


             F1 OoBb (natural)

      OoBb (natural) x OoBb (natural)


             F2 9 O_B_ (natural)
                  3 O_bb (laranja)
                  3 ooB_ (preto)
                 1 oobb (albino)
Epistasia Dominante
DDww (vermelho-escuro) x dd WW (branca com pontos avermelhados)


   F1 DdWw (brancas com pontos avermelhados)

                      DdWw x DdWw

  F2     9 D_W_ - brancas com pontos vermelhos
         3 ddW_ - brancas com pontos vermelho
                                                                  12
         3 D_ww - vermelho escuro
         1 ddww - vermelho claro
Gene Epistático= Dominante
                                      Gene Hipostático = Recessivo

 Epistasia Dominante – Cor de Penas




  Genótipo das           C_ii              C_I_ ou ccI_ ou ccii
    Galinhas         (CCii ou Ccii)   (CCII ou CcII ou CcIi ou ccII ou ccIi)

  Fenótipo das        Galinhas              Galinhas Brancas
                      coloridas
    Galinhas
Gene C  penas coloridas.
Gene c  penas brancas.
Gene I  epistático sobre gene C.
Proporçoes fenotipicas modificadas
por interaçao gênica

Tipo de interaçao                       9           3       3          1    Proporçao
                                       A_A_        A_bb   aaB_       aabb   fenotipica

Nenhuma (4 genes distintos)             9           3      3          1      9:3:3:1


Açao genica complementar                9                  7                   9:7


Epistasia recessiva de aa agindo nos    9           3            4            9:3:4
alelos Be b

Epistasia dominnate de A agindo nos           12           3          1      12:3:1
alelos Be b

Genes duplicados                                   15                 1       15:1
Grupos Sangüíneos

     Determinado por proteínas presentes no plasma ou nas
      hemácias.
     Conhecimento importante nas transfusões, medicina legal,
      estudos étnicos, etc.
     Transfusões baseadas nas relações antígeno/anticorpo.
            A herança obedece os padrões mendelianos:
     Sistema ABO  Polialelia e codominância.
     Sistema Rh  Monoibridismo com dominância.
     Sistema MN  Monoibridismo e codominância.
Sistema ABO

Grupo Sangüíneo   Aglutinogênio nas       Aglutinina no
                      hemácias               plasma

      A                  A                   Anti-B

      B                  B                   Anti-A

      AB                AeB                     -

      O                   -           Anti-A e Anti-B
                         Doações
                            O
                  A                   B

                              AB
Epistasia
                                             Genótipos

                                             IAIA, IAiO

                                             IBIB, IBiO

                                             iOiO

                                             Todos

 Representação esquemática dos grupos grupos sanguíneos
 ABO.
Sistema ABO
     Os grupos do sistema ABO são determinados por uma
     série de 3 alelos, IA, IB e i onde:
                       IA = IB > i
    Gene IA determina a produção do aglutinogênio A.
    Gene IB determina a produção do aglutinogênio B.
    Gene i determina a não produção de aglutinogênios.


                     Fenótipos        Genótipos
                      Grupo A          IAIA ou IAi
                      Grupo B          IBIB ou IBi
                     Grupo AB             IAIB
                      Grupo O              ii
Sistema Rh

  Fator Rh  Proteína encontrada nas hemácias que pode
  agir como antígeno se for inserida em indivíduos que não
  a possuam.
      Rh+  indivíduos que possuem a proteína.
    Rh-  indivíduos que não possuem a proteína.

           Doações                Fenótipos    Genótipos
                                     Rh+        RR ou Rr
        Rh-         Rh+               Rh-           rr
Alelismo múltiplo em Plantas
 Transferência de pólen para o estigma
Plantas que necessitam de polinização cruzada apresentam
mecanismo de auto-incompatibilidade (SI)
É um sistema utilizado pelas plantas para prevenir a auto-
fertilização que é controlada por um único loco S.
                                               Etapas:
                                    Liberação do pólen
                                    Transferência do pólen
                                    Depósito do pólen
                                   Rosaceaes, tabaco, petunia,
                                   primulas e Solaneceaes,
                                   Brassicaceaes.
Auto-incompatibilidade (SI)
   Apresenta pares de alelos diferentes dentro de um conjunto
    de muitos alelos (> de 50 na primula e no trevo);

   Esta incompatibilidade é geneticamente controlada, pois é
    gametofítica, ocorre sempre que o pólen e o estigma
    apresentam o mesmo alelo S;

   Quando os alelos são idênticos, a velocidade de crescimento
    do tubo polínico é lenta, ou até mesmo nula, retardando a
    sua penetração até o ovário;

   Assim, ao atingi-lo, dificilmente ocorrerá à fecundação, pois o
    óvulo em geral já não está mais receptível.
AUTO - INCOMPATIBILIDADE

  PODE SER INDUZIDA DE DUAS MANEIRAS:


1. Pelo genótipo do micrósporo (Gametofítica) - Cada grão de pólen contém 1
                                 Gametofítica
   alelo de incompatibilidade responsável pelo fenótipo de incompatibilidade do
   estigma
   ex.: Solanaceas (fumo, batatinha, tomate); Rosaceas
    - loco S com muito alelos
    - Reação do estilete - glicoproteínas - ação tóxica ao tubo polínico


2. Pelo genótipo da planta que produz o pólen (Esporofítica)
                                               Esporofítica
   ex.: Brássicas
   - loco S, com muitos alelos - dominância
   - Reação no estigma nas células papilares - pólen não germina ou
                                                 não progride
gametofitica




esporofitica
Auto-incompatibilidade Gametofítica
Genética Relacionada ao Sexo

   Heranças determinadas por genes localizados nos
    cromossomos sexuais (alossomos) ou por genes
    autossômicos mas cujo efeito sofre influência dos hormônios
    sexuais.
    As principais são:
   Herança ligada ao sexo: genes localizados na porção não
    homóloga do cromossomo X.
   Herança restrita ao sexo: localizada na porção não homóloga
    do cromossomo Y.
   Herança influenciada pelo sexo: genes localizados em
    cromossomos autossomos que sofrem influência dos
    hormônios sexuais.
Determinação do Sexo
na Espécie Humana
      A espécie humana apresenta 23 pares de
       cromossomos. 22 pares são autossomos e
       não tem relação direta com a determinação
       do sexo. Um par, chamado de alossomos (X
       e Y), são os cromossomos sexuais.
      A mulher apresenta dois alossomos X e é
       chamada de sexo homogamético, pois seus
       gametas sempre terão o cromossomo X.
      O homem apresenta um X e um Y e é o
       sexo heterogamético, pois seus gametas
       serão metade com cromossomo X e metade
       com cromossomo Y.
      Na mulher, um dos cromossomos X em
       cada célula permanece inativo e se constitui
       na cromatina sexual ou corpúsculo de Barr.
Herança Ligada ao Sexo
   Genes localizados na porção
    não homóloga do cromossomo
    X.
   Quando dominantes, o caráter é
    transmitido pelas mães a todos
    os descendentes e pelos pais
    somente às filhas.
   Quando recessivos, o caráter é
    transmitido pelas mães aos
    filhos homens. As meninas só
    terão a característica se o pai
    também a tiver.
   Ex.: Daltonismo e Hemofilia.
Herança Ligada ao Sexo
Daltonismo
   Anomalia visual recessiva em que o indivíduo tem deficiência na
    distinção das cores vermelha ou verde.
   Os homens daltônicos (8%) tem um gene Xd pois são
    hemizigotos e as mulheres daltônicas (0,64%) devem ser
    homozigotas recessivas.


                               Fenótipo             Genótipo
                             Mulher normal            XDXD
                            Mulher portadora           XDXd
                            Mulher daltônica           XdXd
                            Homem normal               XDY
                           Homem daltônico             XdY
Herança Ligada ao Sexo
Hemofilia
       Anomalia que provoca a falta de coagulação do
        sangue.
       Homens hemofílicos são hemizigotos (1/10.000) e
        mulheres hemofílicas são homozigotas recessivas
        (1/100.000.000).

                Fenótipos        Genótipos
              Mulher normal         XHXH
             Mulher portadora       XHXh
             Mulher hemofílica      XhXh
              Homem normal          XHY
            Homem hemofílico        XhY
Genética Relacionada ao Sexo

  Herança Restrita ao
           Sexo
 Genes localizados na
  porção não homóloga
  do cromossomo Y.
 Genes Holândricos.

 Só ocorrem no sexo
  masculino.
 Ex.: Hipertricose
  auricular.
Herança Influenciada pelo Sexo

   Genes autossômicos cujo efeito sofre influência dos hormônios
    sexuais.
   Comportamento diferente em cada sexo, agindo como
    dominante em um e como recessivo em outro (variação de
    dominância).
   Ex.: Calvície (alopecia).

         Genótipos                      Fenótipos
             CC             Homem calvo          Mulher calva
             Cc             Homem calvo        Mulher não-calva
              cc         Homem não-calvo       Mulher não-calva
Prováveis Tipos de Herança




  Autossômica recessiva                 Autossômica dominante




                          Ligada ao Y (holândrica)
Prováveis Tipos de Herança




  Ligada ao X recessiva




                             Ligada ao X dominante
PLEIOTROPIA
   Herança em que um único par de genes condiciona
    várias características simultaneamente.
                                             Caracter 1
   Efeito múltiplo de um gene. Gene a       Caracter 2

Exemplos:                             Caracter 3
 Síndrome de Lawrence-Moon: obesidade, oligofrenia,
  polidactilia e hipogonadismo.
   Síndrome de Marfan: defeitos cardíacos, problemas
    visuais, aracnodactilia.
   Fenilcetonúria:   deficiência    mental,   convulsões,
    icterícia, queda de cabelo, urina muito concentrada.
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HERANÇA QUANTITATIVA
   Herança Quantitativa onde ocorre efeito cumulativo na
    ação de vários pares de genes.

   Há uma variação fenotípica gradual e contínua entre
    um valor mínimo e um valor máximo, devida a adição
    de genes dominantes no genótipo, seguindo uma
    curva normal de distribuição.

   Ex.: altura, peso, cor da pele, cor dos olhos, grau de
    inteligência, altura de plantas, produção de leite em
    bovinos, comprimento de pêlos, etc.
   Para se saber o número de fenótipos ou quantos pares
    de genes estão envolvidos são utilizados modelos
    matemáticos.
Herança Quantitativa
Cor da Pele em Humanos
                            Herança Aditiva ou poligênica.
                            Quem define a características é o número
                            de genes efetivos.
  Fenótipos     Genótipos
                                         3
   Negro         SSTT
                  SsTT
Mulato Escuro
                  SSTt
                                                       Negro
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Interaçao genica

  • 1. Interações gênicas, Pleitropia, Alelismo múltiplo Prof. Dra. Adriana Dantas UERGS – Bento Gonçalves
  • 2. Conceitos Gerais  Mendel – 1 gene = 1 caracteristica  Polialelia (Alelos Múltiplos)  1 Gene = Vários alelos  1 indivíduo = 2 alelos  Interação Gênica  1 Gene = Várias características (Pleiotropia)  Vários Genes = 1 Característica (Interação gênica simples e epistasia)
  • 3. Genética Moderna (Pós- Mendeliana)  Heranças que se afastam, pouco ou muito, dos processos descritos por Mendel em seus trabalhos.  As proporções fenotípicas podem variar em relação às proporções clássicas da genética mendeliana.  Herança Qualitativa: O fenótipo depende de quais genes estão presentes no genótipo.  Herança Quantitativa: O fenótipo depende de quantos genes estão presentes no genótipo.
  • 4. Interações Gênicas Interações Simples Gene a Genes com segregação independente que agem em conjunto para Gene b Caráter 1 determinar um fenótipo. Ex.: forma das cristas em Gene c galináceos. Fenótipos Genótipos crista noz R_E_ crista rosa R_ee crista ervilha rrE_ crista simples rree
  • 5.  Interação Simples R_E_ R_ee rrE_ rree Genótipo (RREE ou RREe ou (RRee ou Rree) (rrEe ou rrEE) das Aves RrEe ou ReEE) Fenótipo das Crista Noz Crista Rosa Crista Ervilha Crista Simples Cristas
  • 6. INTERAÇÃO GÊNICA  Interação Simples Esférica Discóide Alongada Genótipo das A_B_ A_bb ou aaB_ aabb Abóboras (AABB ou AABb ou (AAbb ou Aabb ou AaBb ou AaBB) aaBB ou aaBb) Fenótipo das Forma Discóide Forma Esférica Forma Abóboras Alongada
  • 7. A Epistasia é um tipo de interação gênica  Um alelo epistático de um gene elimina a expressão dos fenótipos alternativos de outro gene e insere o seu proprio fenótipo.  Os alelos epistáticos em geral atuam antes dos genes que eles cancelam, em alguma sequencia bioquímica ou de desenvolvimento.
  • 8. Tipo de interações alélicas 1. Dominância  Se manifesta quando, em condição  heterozigótica, um alelo se impõe, impedindo  a ação do outro.  Se considera dominante o alelo que codifica uma enzima funcional.  O alelo recessivo devido a uma mutação que não produz enzima alguma, ou a uma mutação que produz uma enzima não funcional ou que funciona com defeito, sendo menos eficiente que a enzima produzida pelo alelo dominante.  Como resultado da presença do alelo defeituoso na condição homozigótica, a via metabólica é interrompida ou a quantidade do produto final é diminuída
  • 9. Dominância Forma da semente em Ervilhas P RR (lisa) X rr (rugosa) F1 100% Rr (lisas) Rr X Rr F2 1 RR (lisa) : 2 Rr (lisas) : 1 rr (rugosa)  Proporção genotípica 1:2:1  Proporção fenotípica 3:1
  • 10. 2. Dominância incompleta (semidominancia)  Condição heterozigótica se expressa na forma quantitativa entre os dois homozigotos.  O alelo dominante produz uma enzima funcional porém ineficiente, de modo que a quantidade de enzima que codifica um só alelo é capaz de produzir uma quantidade limitada de produto final.  Dois alelos são capazes de codificar em dobro a enzima, que permite que a via metabólica elabore mais quantidade do produto final.  O alelo recessivo é inoperante e não gera produto.
  • 11. Semidominância (vermelha) C1C1 X C2C2 (branca) F1 C1C2 (100% rosada) C1C2 X C1C2 C1 C2 C1 C1C1 C 1C 2 C2 C1C2 C 2C 2 F2 1 C1C1 vermelha 2 C1C2 rosada 1 C2C2 branca  Aparece classe intermediária  Proporção fenotípica 1:2:1  Também chamada Dominância Incompleta
  • 12. 3. Codominância  Desde os experimentos de Mendel que se têm observado numerosos casos em que ambos alelos de um locus heterozigoto se expressam no fenótipo.  Os alelos codominantes são ambos ativos e independentes.  Cada alelo do heterozigoto condiciona a formação de uma proteína ou enzima funcional.  Ambos os alelos se expressam, mas o fenótipo não é intermediário.  O fenótipo é a soma ou mistura de ambos os fenótipos.  Proporção fenotíca 1:2:1
  • 13. Sistema MN  Proteínas presentes nas hemácias que não são levadas em conta nas transfusões sangüíneas.  Geneticamente é um caso de codominância.  Grupo M: produz a proteína M.  Grupo N: produz a proteína N.  Grupo MN: produz as duas proteínas. Fenótipos Genótipos M LMLM Doações N LNLN M N MN LMLN MN
  • 14. 4. Sobredominância  Existe evidência que indica que em alguns loci a condição heterozigótica, medida quantitativamente, pode produzir um fenótipo superior ao fenótipo do homozigoto de maior valor.  Por exemplo: Aa > AA ou aa.  Em Drosophila, por exemplo, o alelo responsável pelo fenótipo de olhos bancos, quando se encontra em condição heterozigótica, condiciona a produção de certos pigmentos fluorescentes em maior quantidade que em qualquer dos homozigotos.
  • 15. 5. Aditiva  Modo de ação relacionado às características quantitativas.  Cada alelo acrescenta pouco ao fenótipo final.  O termo acrescentar pode significar um valor negativo.  Se existirem muitos genes envolvidos na determinação do genótipo final, então o valor aditivo de todos os alelos individualmente é que determina o valor fenotípico total.
  • 16. Dominância Codominância Sobredominância
  • 17. Régua Fenotípica Escala fenotípica das possibilidades de interações entre alelos. A régua representa uma medida, como quantidade de pigmento.
  • 18. Genes Letais  Provocam a morte ou não desenvolvimento do embrião.  Determinam um desvio nas proporções fenotípicas esperadas, geralmente 2:1. Aa Aa AA Aa Aa aa
  • 19. Letal recessivo em milho  Alelo letal recessivo impede a formação da clorofila em plântulas de milho
  • 20. CC, Cc normais cc albinas P Cc x Cc F1 CC Cc cc 1 : 2 : letal  A proporção fenotípica final é 1:2, pois ¼ dos indivíduos morrem após consumir a reserva energética do grão, pois não realizam fotossíntese devido à falta de clorofila.
  • 21. Alelos Múltiplos (Polialelia)  Herança determinada por 3 ou mais alelos que condicionam um só caráter, obedecendo os padrões mendelianos.  Cada indivíduo tem, no genótipo, apenas dois alelos, um de origem paterna e outro de origem materna.  Novos alelos surgem por mutações que provocam alterações na proteína original.  Em uma população o número total de alelos diferentes para um único gene é em geral bem grande.  A existência destes muitos alelos é chamada alelismo multiplo, e o conjunto de alelos é chamado de série alélica.
  • 22. CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS •Controladas por poucos genes de grande impacto •Mudanças no ambiente não alteraram a expressão da característica
  • 23. CARACTERÍSTICAS QUANTITATIVAS •Controladas por muitos genes de pequeno impacto •Mudanças no ambiente podem alterar a expressão da característica •Podem ser melhoradas pela seleção artificial
  • 24. POLIMERIA  Herança Quantitativa onde ocorre efeito cumulativo na ação de vários pares de genes.  Há uma variação fenotípica gradual e contínua entre um valor mínimo e um valor máximo, devida a adição de genes dominantes no genótipo, seguindo uma curva normal de distribuição.  Ex.: altura, peso, cor da pele, cor dos olhos, grau de inteligência, altura de plantas, produção de leite em bovinos, comprimento de pêlos, etc.
  • 25. Herança Quantitativa Cor da Pele em Humanos Fenótipos Genótipos 3 Negro SSTT SsTT Mulato Escuro Negro SSTt 2 2 Mulato Escuro SsTt Mulato Médio Mulato Claro Mulato Médio SStt Branco ssTT 1 1 Sstt Mulato Claro ssTt Branco sstt
  • 26. Cor de Pelagem em mamíferos  Revelam claramente como genes diferentes cooperam na determinação de um caráter.  Genes interagem para determinar a cor de pelagem em animais:  A, B, C, D, E, S, O.
  • 27. Genes da cor da pelagem  Gene A  Determina distribuiçao do pigmentos nos pelos.  Alelo A selvagem produz fenótipo chamado agouti (cor acizentada)  Alelo a – pêlo preto  Gene B  Determina a cor do pigmento  Alelo B – codifica o pigmento preto  Alelo b – codifica o pigmento marrom  Alelo B combinado com A – normal agouti  Alelo B combinado com aa – cor preta  Alelo A_bb – cor marrom por inteiro
  • 28. Padrão de herança dos genes A e B AAbb (cinnamon) x aaBB (preto) ou AABB (agouti) x aabb (marrom) F1 todos AaBb (agouti) AaBb (agouti) x AaBb (agouti) F2 9 A_B_ (agouti) 3 A_bb (cinnamon) 3 aaB_ ( preto) 1 aabb (marrom)
  • 29. Genes da cor de pelagem C e   D Gene C Permite a expressão da cor  Alelo c – impede a expressão da cor  Duplo recessivo cc – epistático em relaçao ao outros genes de cor.- albinos  Albinos são comuns: coelhos, aves, peixes.  Gene D  Controla a intensidade do pigmento especificado pelos outros genes de cor de pelagem  Genotipos DD e Dd – permite toda expressao da cor em camundongos  Alelo dd – dilui a cor, fazendo com que pareça leitosa  Agouti diluído; cinnamon diluído; marrom diluído e preto diluído  Gene que atua gerando tal efeito ‘diluído’ é chamado gene modificador.
  • 30. Alelos Múltiplos (Polialelia) Ex.: Cor da pelagem em coelhos. ch _ 4 alelos cch _  C  selvagem (aguti).  cch  chinchila. C_  ch  himalaia.  ca  albino. caca C > cch > ch > ca
  • 31. Padrão de herança genes B e C Proporção : 9:3:4 – epistasia recessiva BBcc (albino) x bbCC (marron) ou BBCC (preto) x bbcc (albino) F1 todos BbCc (pretos) BbCc (preto) x BbCc (preto) F2 9 B_C_ (preto) 3 bbC_ (marrom) 3 B_cc (albino) 4 1 bbcc (albino)
  • 32. Padrão de herança B e E Epistasia Recessiva Gene Epistático= recessivo Gene Hipostático = Dominante ee é epistatica em relaçao a B_ e bb Genótipo dos B_E_ bbE_ B_ee ou bbee Cachorros (BBEE ou BbEe ou BBEe (BBee ou Bbee) (bbEE ou bbEe) ou BbEE) Fenótipo da Cor Cor Preta Cor Marrom Cor Dourada dos Pêlos
  • 33. Padrão de herança gene B e D BBdd (preto diluido) x bbDD ( marrom) Ou BBDD ( preto) x bbdd (MArron diluido) F1 todos BbDd (pretos) BbDd (pretos) x BbDd (pretos) F2 9 B_D_ (preto) 3 B_dd ( preto diluido) 3 bbD_ ( marrom) 1 bbdd (marron diluido)
  • 34. Padrão de herança gene S  Controla a distribuiçao da pigmentaçao da cor por todo o corpo.  Controla presença ou ausência de manchas  Alelo S – ausência de manchas  Alelo s – presença ed manchas – cavalo malhado  Cruzamentos nos quais dois genes interagem sao heterozigotos para alelos que modificam a cor
  • 35. Pelagem em mamíferos * Alelo sensivel a temperatura do gene C, resulta na sintese reduzida do pigmento escuro melanina na pele que cobre as partes mais quentes do corpo. •Em temperaturas baixas as extremidades do corpo do siames e coelhos himalaios o focinho, orelhas, cauda e patas sao mais escuras. Ambos sao geneotipos chch
  • 36. Padrão de herança genes O e B Gene O (o+) – pigmento laranja Gene o (o-) – ausência do pigmento laranja Gene B (b+) – pigmento preto Gene b (b-)– ausência pigmento preto
  • 37. Gene O e B OObb (laranja) x ooBB (preto) F1 OoBb (natural) OoBb (natural) x OoBb (natural) F2 9 O_B_ (natural) 3 O_bb (laranja) 3 ooB_ (preto) 1 oobb (albino)
  • 38. Epistasia Dominante DDww (vermelho-escuro) x dd WW (branca com pontos avermelhados) F1 DdWw (brancas com pontos avermelhados) DdWw x DdWw F2 9 D_W_ - brancas com pontos vermelhos 3 ddW_ - brancas com pontos vermelho 12 3 D_ww - vermelho escuro 1 ddww - vermelho claro
  • 39. Gene Epistático= Dominante Gene Hipostático = Recessivo  Epistasia Dominante – Cor de Penas Genótipo das C_ii C_I_ ou ccI_ ou ccii Galinhas (CCii ou Ccii) (CCII ou CcII ou CcIi ou ccII ou ccIi) Fenótipo das Galinhas Galinhas Brancas coloridas Galinhas Gene C  penas coloridas. Gene c  penas brancas. Gene I  epistático sobre gene C.
  • 40. Proporçoes fenotipicas modificadas por interaçao gênica Tipo de interaçao 9 3 3 1 Proporçao A_A_ A_bb aaB_ aabb fenotipica Nenhuma (4 genes distintos) 9 3 3 1 9:3:3:1 Açao genica complementar 9 7 9:7 Epistasia recessiva de aa agindo nos 9 3 4 9:3:4 alelos Be b Epistasia dominnate de A agindo nos 12 3 1 12:3:1 alelos Be b Genes duplicados 15 1 15:1
  • 41. Grupos Sangüíneos  Determinado por proteínas presentes no plasma ou nas hemácias.  Conhecimento importante nas transfusões, medicina legal, estudos étnicos, etc.  Transfusões baseadas nas relações antígeno/anticorpo. A herança obedece os padrões mendelianos:  Sistema ABO  Polialelia e codominância.  Sistema Rh  Monoibridismo com dominância.  Sistema MN  Monoibridismo e codominância.
  • 42. Sistema ABO Grupo Sangüíneo Aglutinogênio nas Aglutinina no hemácias plasma A A Anti-B B B Anti-A AB AeB - O - Anti-A e Anti-B Doações O A B AB
  • 43. Epistasia Genótipos IAIA, IAiO IBIB, IBiO iOiO Todos Representação esquemática dos grupos grupos sanguíneos ABO.
  • 44. Sistema ABO Os grupos do sistema ABO são determinados por uma série de 3 alelos, IA, IB e i onde: IA = IB > i  Gene IA determina a produção do aglutinogênio A.  Gene IB determina a produção do aglutinogênio B.  Gene i determina a não produção de aglutinogênios. Fenótipos Genótipos Grupo A IAIA ou IAi Grupo B IBIB ou IBi Grupo AB IAIB Grupo O ii
  • 45. Sistema Rh Fator Rh  Proteína encontrada nas hemácias que pode agir como antígeno se for inserida em indivíduos que não a possuam. Rh+  indivíduos que possuem a proteína. Rh-  indivíduos que não possuem a proteína. Doações Fenótipos Genótipos Rh+ RR ou Rr Rh- Rh+ Rh- rr
  • 46. Alelismo múltiplo em Plantas  Transferência de pólen para o estigma Plantas que necessitam de polinização cruzada apresentam mecanismo de auto-incompatibilidade (SI) É um sistema utilizado pelas plantas para prevenir a auto- fertilização que é controlada por um único loco S. Etapas:  Liberação do pólen  Transferência do pólen  Depósito do pólen Rosaceaes, tabaco, petunia, primulas e Solaneceaes, Brassicaceaes.
  • 47. Auto-incompatibilidade (SI)  Apresenta pares de alelos diferentes dentro de um conjunto de muitos alelos (> de 50 na primula e no trevo);  Esta incompatibilidade é geneticamente controlada, pois é gametofítica, ocorre sempre que o pólen e o estigma apresentam o mesmo alelo S;  Quando os alelos são idênticos, a velocidade de crescimento do tubo polínico é lenta, ou até mesmo nula, retardando a sua penetração até o ovário;  Assim, ao atingi-lo, dificilmente ocorrerá à fecundação, pois o óvulo em geral já não está mais receptível.
  • 48. AUTO - INCOMPATIBILIDADE PODE SER INDUZIDA DE DUAS MANEIRAS: 1. Pelo genótipo do micrósporo (Gametofítica) - Cada grão de pólen contém 1 Gametofítica alelo de incompatibilidade responsável pelo fenótipo de incompatibilidade do estigma ex.: Solanaceas (fumo, batatinha, tomate); Rosaceas - loco S com muito alelos - Reação do estilete - glicoproteínas - ação tóxica ao tubo polínico 2. Pelo genótipo da planta que produz o pólen (Esporofítica) Esporofítica ex.: Brássicas - loco S, com muitos alelos - dominância - Reação no estigma nas células papilares - pólen não germina ou não progride
  • 51. Genética Relacionada ao Sexo  Heranças determinadas por genes localizados nos cromossomos sexuais (alossomos) ou por genes autossômicos mas cujo efeito sofre influência dos hormônios sexuais. As principais são:  Herança ligada ao sexo: genes localizados na porção não homóloga do cromossomo X.  Herança restrita ao sexo: localizada na porção não homóloga do cromossomo Y.  Herança influenciada pelo sexo: genes localizados em cromossomos autossomos que sofrem influência dos hormônios sexuais.
  • 52. Determinação do Sexo na Espécie Humana  A espécie humana apresenta 23 pares de cromossomos. 22 pares são autossomos e não tem relação direta com a determinação do sexo. Um par, chamado de alossomos (X e Y), são os cromossomos sexuais.  A mulher apresenta dois alossomos X e é chamada de sexo homogamético, pois seus gametas sempre terão o cromossomo X.  O homem apresenta um X e um Y e é o sexo heterogamético, pois seus gametas serão metade com cromossomo X e metade com cromossomo Y.  Na mulher, um dos cromossomos X em cada célula permanece inativo e se constitui na cromatina sexual ou corpúsculo de Barr.
  • 53. Herança Ligada ao Sexo  Genes localizados na porção não homóloga do cromossomo X.  Quando dominantes, o caráter é transmitido pelas mães a todos os descendentes e pelos pais somente às filhas.  Quando recessivos, o caráter é transmitido pelas mães aos filhos homens. As meninas só terão a característica se o pai também a tiver.  Ex.: Daltonismo e Hemofilia.
  • 54. Herança Ligada ao Sexo Daltonismo  Anomalia visual recessiva em que o indivíduo tem deficiência na distinção das cores vermelha ou verde.  Os homens daltônicos (8%) tem um gene Xd pois são hemizigotos e as mulheres daltônicas (0,64%) devem ser homozigotas recessivas. Fenótipo Genótipo Mulher normal XDXD Mulher portadora XDXd Mulher daltônica XdXd Homem normal XDY Homem daltônico XdY
  • 55. Herança Ligada ao Sexo Hemofilia  Anomalia que provoca a falta de coagulação do sangue.  Homens hemofílicos são hemizigotos (1/10.000) e mulheres hemofílicas são homozigotas recessivas (1/100.000.000). Fenótipos Genótipos Mulher normal XHXH Mulher portadora XHXh Mulher hemofílica XhXh Homem normal XHY Homem hemofílico XhY
  • 56. Genética Relacionada ao Sexo Herança Restrita ao Sexo  Genes localizados na porção não homóloga do cromossomo Y.  Genes Holândricos.  Só ocorrem no sexo masculino.  Ex.: Hipertricose auricular.
  • 57. Herança Influenciada pelo Sexo  Genes autossômicos cujo efeito sofre influência dos hormônios sexuais.  Comportamento diferente em cada sexo, agindo como dominante em um e como recessivo em outro (variação de dominância).  Ex.: Calvície (alopecia). Genótipos Fenótipos CC Homem calvo Mulher calva Cc Homem calvo Mulher não-calva cc Homem não-calvo Mulher não-calva
  • 58. Prováveis Tipos de Herança Autossômica recessiva Autossômica dominante Ligada ao Y (holândrica)
  • 59. Prováveis Tipos de Herança Ligada ao X recessiva Ligada ao X dominante
  • 60. PLEIOTROPIA  Herança em que um único par de genes condiciona várias características simultaneamente. Caracter 1  Efeito múltiplo de um gene. Gene a Caracter 2 Exemplos: Caracter 3  Síndrome de Lawrence-Moon: obesidade, oligofrenia, polidactilia e hipogonadismo.  Síndrome de Marfan: defeitos cardíacos, problemas visuais, aracnodactilia.  Fenilcetonúria: deficiência mental, convulsões, icterícia, queda de cabelo, urina muito concentrada.
  • 61. Pleiotropia  Herança em que um único par de genes condiciona várias características simultaneamente.  Efeito múltiplo de um gene. Exemplos:  Síndrome de Lawrence-Moon: obesidade, oligofrenia, polidactilia e hipogonadismo.  Síndrome de Marfan: defeitos cardíacos, problemas visuais, aracnodactilia.  Fenilcetonúria: deficiência mental, convulsões, icterícia, queda de cabelo, urina muito concentrada.
  • 62. HERANÇA QUANTITATIVA  Herança Quantitativa onde ocorre efeito cumulativo na ação de vários pares de genes.  Há uma variação fenotípica gradual e contínua entre um valor mínimo e um valor máximo, devida a adição de genes dominantes no genótipo, seguindo uma curva normal de distribuição.  Ex.: altura, peso, cor da pele, cor dos olhos, grau de inteligência, altura de plantas, produção de leite em bovinos, comprimento de pêlos, etc.  Para se saber o número de fenótipos ou quantos pares de genes estão envolvidos são utilizados modelos matemáticos.
  • 63. Herança Quantitativa Cor da Pele em Humanos Herança Aditiva ou poligênica. Quem define a características é o número de genes efetivos. Fenótipos Genótipos 3 Negro SSTT SsTT Mulato Escuro SSTt Negro SsTt 2 2 Mulato Escuro Mulato Médio SStt Mulato Médio ssTT Mulato Claro Branco Sstt 1 1 Mulato Claro ssTt Branco sstt