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Aula de Filosofia – 8ª série
Colégio Diocesano de Caruaru
Professora:Adeilsa Ferreira
 O mundo é percebido de diversas formas, porém, o que difere o
homem dos animais é a linguagem e é por meio da linguagem
verbal que o homem expressa melhor sua percepção de mundo.
 A linguagem só existe a partir da racionalidade, sendo assim,
apenas os seres humanos são capazes de construir símbolos com
o intuito de fazer suas ideias serem entendidas e aceitas.
 A linguagem é construída de elementos simbólicos que precisam
ser internalizados por um grupo social para que possa haver
comunicação, a partir de sua utilização entre os membros do
grupo.
 Falando em comunicação... Vamos voltar aos mitos gregos?
Mito de Tereu e o Poder da Comunicação
 A linguagem verbal não é a única linguagem usada
pelo ser humano.
 Matrizes da linguagem: verbal, visual e sonora.
 Linguagem: corporal, matemática, física, digital
etc.
1 Estruturação da linguagem
 Toda linguagem é um sistema de signos.
 “O signo é uma coisa que está em lugar de outra e
representa algo para alguém”. PEIRCE, Charles S.
Semiótica. São Paulo, Perspectiva, 1977. p. 46
 Exemplos: gestos com a mão, números substituem as
quantidades reais de objetos. Cão é o nome que se refere a
um determinado animal. Fumaça é signo de alguma coisa:
sinal de fogo ou de alguém fumando.
 Semiótica: Semeion: estudo dos signos. Uma das ciências
da linguagem.
Tipos de Signo
 O signo está no lugar do objeto. Mas não é o
objeto. Então ele está no lugar sob determinados
aspectos.
 O signo é uma representação do objeto. Esta
representação pode assumir variados aspectos
dependendo da relação que o signo mantém com o
objeto.
 Um signo pode ser: icônico(ícone), indicial(
índice), simbólico ( símbolo)
Signo icônico
 Signo icônico: quando a relação com o objeto é de
semelhança.
 Ex. um desenho que tenha semelhança com o objeto
representado: uma fotografia; uma palavra
onomatopaica ) cocorocó, bem-te-vi.)
 Comunicação poética: “Acho que a chuva ajuda a gente
a viver”. Caetano.
Signo Indicial
 Se a relação é de causa e efeito, uma relação afeta a
existência do objeto ou é por ela afetada, temos um signo
do tipo índice.
 Ex. as nuvens são signos indiciais de chuva. O chão
molhado também pode ser índice de chuva; a fumaça ou
cheiro de queimado signos de fogo. Os sinais matemático (
+, -, x, etc.) são signos das operações que devem ser
efetuadas.
 A febre é signo de uma determinada doença.
 O cão ao farejar drogas: o cheiro é signo da droga.
Signo Simbólico
 Se a relação com o objeto é arbitrária, regida por uma
convenção social, temos o signo simbólico. (item 3)
 As palavras são o melhor exemplo de símbolo. Mas há
outros: a cor preta nas culturas ocidentais representa o luto.
Na China e no Japão a cor branca é que representa luto e
pesar.
 Cor branca: representa pureza em algumas culturas.
 O significado destes signos foi construído por uma
convenção social, hábito ou tradição.
 O mundo humano é simbólico!
 O signo relaciona-se com o objeto de forma a dar
origem em nossa mente a um segundo signo que
explica o primeiro.
 O signo casa para uma criança: podemos fazer o
desenho. Segundo signo: lar.
 Este segundo signo que aparece em nossa mente
chama-se: interpretante.
Elementos da Linguagem
 Linguagem: sistema de signos que possui um repertório ( relação entre
os signos)
 Ex. dicionário: signos que pertencem a língua.
 Linguagem musical: sistema tonal: seleciona algumas notas para
compor o sistema: do, re, mi, fa, sol, lá, si ( acrescido de sustenidos e
bemóis.)
 Existem regras de combinação em todo sistema de linguagem.
 Ex. não podemos combinar signos que tenham sentidos opostos: subir
para baixo;
 Ex. Em quais ocasiões podemos usar a expressão “Vossa Senhoria”?
 Quando devemos usar a cor preta como luto?
 Regras: construção cultural.
2 Tipos de Linguagem
 Linguagem da matemática, do computador, linguagens artísticas (
arquitetura, musical, teatral, cinematográfica, moda, gestuais,
corporais etc.)
 As linguagens se estruturam de forma diferentes. Os sistemas de regras
de combinação, também, são diferentes.
 Algumas linguagens possuem estruturas mais flexíveis outras não.
 Ex. moda. Ela muda com o tempo.
 Ex. linguagem de computador: inflexíveis.
Não podemos esquecer! A palavra é a senha de entrada do homem no mundo. (Gusdorf,
Georges).
 Sistema simbólico. O humano é o único animal que é capaz de criar
símbolos, signos arbitrários em relação ao objeto que representam. Essa
criação é cultural e, portanto, depende da aceitação social.
 Ex. a palavra ´casa´ não tem relação nenhuma com o objeto que ela
representa, portanto, este signo é arbitrário. Mas convencionalmente
aceitamos que este signo represente o objeto.
 Só a partir deste aceitar é que podemos nos COMUNICAR! Ao usarmos
este signo sabemos que nosso interlocutor saberá a que estamos nos
referindo.
 “A linguagem, portanto, é um sistema de representações aceitas por um
grupo social, que possibilita a comunicação entre os integrantes desse
mesmo grupo.
 Linguagem: construção da razão. Invenção do sujeito para se aproximar da
realidade.
 Reflexão: rompemos com a natureza, com os objetos e criamos a linguagem.
Por sua vez a linguagem re-inventa e re-cria o homem!
 Através dela toda a herança cultural é repassada para o sujeito e se constitui
como ser de linguagem!
 Linguagem, portanto, é um dos principais instrumentos na formação do
mundo cultural e formação do homem! Porque nos permite transcender a
nossa experiência!
 “ No momento em que damos nome a qualquer objeto da natureza, nós o
individuamos, o diferenciamos do resto que o cerca; ele passa a existir em
nossa consciência. Entramos no mundo simbólico.
 Re-criamos o mundo porque inventamos nomes que não estão na natureza:
tristeza, beleza, liberdade etc.
 O signo tem a capacidade de tornar presente para a nossa consciência o objeto
que está longe de nós.
 Signo: interpretação: outro signo aparece em nossa
consciência = Interpretante!
 O signo é retido na memória, enquanto idéia!
 Ex. cheiro do mar, o perfume do jasmim numa noite de
verão, o toque da mão da pessoa amada, o som da voz do
pai, etc.
 Basta uma palavra para tornar presente o que está
ausente.
 PRESENÇA DE UMA AUSÊNCIA!
 Construção do tempo: pensamos o passado e
projetamos o futuro.

4.Linguagem, pensamento e
cultura
 Existem diversos tipos de linguagem, existem diversos tipos
de pensamento.
 Pensamento concreto: se forma a partir da percepção, da
representação de objetos reais. Ele é sensível e intuitivo!
 Pensamento abstrato: as relações não são perceptíveis. Há a
criação de conceitos e noções gerais e é racional! Ex. da
matemática.
 Para cada tipo de linguagem há um tipo de pensamento.
 Pensamento abstrato: língua: como sistema simbólicos, ele
transcende o dado vivido e permite construir o mundo
das idéias.
 As várias linguagens fixam e passam adiante os
produtos do pensamentos sob a forma de ciência,
técnicas e artes = cultura. A cultura modifica as
linguagens: há modificações de repertório e das novas
descobertas da técnica.

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Aula Filosofia Linguagem

  • 1. Aula de Filosofia – 8ª série Colégio Diocesano de Caruaru Professora:Adeilsa Ferreira
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5.  O mundo é percebido de diversas formas, porém, o que difere o homem dos animais é a linguagem e é por meio da linguagem verbal que o homem expressa melhor sua percepção de mundo.  A linguagem só existe a partir da racionalidade, sendo assim, apenas os seres humanos são capazes de construir símbolos com o intuito de fazer suas ideias serem entendidas e aceitas.  A linguagem é construída de elementos simbólicos que precisam ser internalizados por um grupo social para que possa haver comunicação, a partir de sua utilização entre os membros do grupo.  Falando em comunicação... Vamos voltar aos mitos gregos? Mito de Tereu e o Poder da Comunicação
  • 6.  A linguagem verbal não é a única linguagem usada pelo ser humano.  Matrizes da linguagem: verbal, visual e sonora.  Linguagem: corporal, matemática, física, digital etc.
  • 7. 1 Estruturação da linguagem  Toda linguagem é um sistema de signos.  “O signo é uma coisa que está em lugar de outra e representa algo para alguém”. PEIRCE, Charles S. Semiótica. São Paulo, Perspectiva, 1977. p. 46  Exemplos: gestos com a mão, números substituem as quantidades reais de objetos. Cão é o nome que se refere a um determinado animal. Fumaça é signo de alguma coisa: sinal de fogo ou de alguém fumando.  Semiótica: Semeion: estudo dos signos. Uma das ciências da linguagem.
  • 8. Tipos de Signo  O signo está no lugar do objeto. Mas não é o objeto. Então ele está no lugar sob determinados aspectos.  O signo é uma representação do objeto. Esta representação pode assumir variados aspectos dependendo da relação que o signo mantém com o objeto.  Um signo pode ser: icônico(ícone), indicial( índice), simbólico ( símbolo)
  • 9. Signo icônico  Signo icônico: quando a relação com o objeto é de semelhança.  Ex. um desenho que tenha semelhança com o objeto representado: uma fotografia; uma palavra onomatopaica ) cocorocó, bem-te-vi.)  Comunicação poética: “Acho que a chuva ajuda a gente a viver”. Caetano.
  • 10. Signo Indicial  Se a relação é de causa e efeito, uma relação afeta a existência do objeto ou é por ela afetada, temos um signo do tipo índice.  Ex. as nuvens são signos indiciais de chuva. O chão molhado também pode ser índice de chuva; a fumaça ou cheiro de queimado signos de fogo. Os sinais matemático ( +, -, x, etc.) são signos das operações que devem ser efetuadas.  A febre é signo de uma determinada doença.  O cão ao farejar drogas: o cheiro é signo da droga.
  • 11. Signo Simbólico  Se a relação com o objeto é arbitrária, regida por uma convenção social, temos o signo simbólico. (item 3)  As palavras são o melhor exemplo de símbolo. Mas há outros: a cor preta nas culturas ocidentais representa o luto. Na China e no Japão a cor branca é que representa luto e pesar.  Cor branca: representa pureza em algumas culturas.  O significado destes signos foi construído por uma convenção social, hábito ou tradição.  O mundo humano é simbólico!
  • 12.  O signo relaciona-se com o objeto de forma a dar origem em nossa mente a um segundo signo que explica o primeiro.  O signo casa para uma criança: podemos fazer o desenho. Segundo signo: lar.  Este segundo signo que aparece em nossa mente chama-se: interpretante.
  • 13. Elementos da Linguagem  Linguagem: sistema de signos que possui um repertório ( relação entre os signos)  Ex. dicionário: signos que pertencem a língua.  Linguagem musical: sistema tonal: seleciona algumas notas para compor o sistema: do, re, mi, fa, sol, lá, si ( acrescido de sustenidos e bemóis.)  Existem regras de combinação em todo sistema de linguagem.  Ex. não podemos combinar signos que tenham sentidos opostos: subir para baixo;  Ex. Em quais ocasiões podemos usar a expressão “Vossa Senhoria”?  Quando devemos usar a cor preta como luto?  Regras: construção cultural.
  • 14. 2 Tipos de Linguagem  Linguagem da matemática, do computador, linguagens artísticas ( arquitetura, musical, teatral, cinematográfica, moda, gestuais, corporais etc.)  As linguagens se estruturam de forma diferentes. Os sistemas de regras de combinação, também, são diferentes.  Algumas linguagens possuem estruturas mais flexíveis outras não.  Ex. moda. Ela muda com o tempo.  Ex. linguagem de computador: inflexíveis.
  • 15. Não podemos esquecer! A palavra é a senha de entrada do homem no mundo. (Gusdorf, Georges).  Sistema simbólico. O humano é o único animal que é capaz de criar símbolos, signos arbitrários em relação ao objeto que representam. Essa criação é cultural e, portanto, depende da aceitação social.  Ex. a palavra ´casa´ não tem relação nenhuma com o objeto que ela representa, portanto, este signo é arbitrário. Mas convencionalmente aceitamos que este signo represente o objeto.  Só a partir deste aceitar é que podemos nos COMUNICAR! Ao usarmos este signo sabemos que nosso interlocutor saberá a que estamos nos referindo.  “A linguagem, portanto, é um sistema de representações aceitas por um grupo social, que possibilita a comunicação entre os integrantes desse mesmo grupo.
  • 16.  Linguagem: construção da razão. Invenção do sujeito para se aproximar da realidade.  Reflexão: rompemos com a natureza, com os objetos e criamos a linguagem. Por sua vez a linguagem re-inventa e re-cria o homem!  Através dela toda a herança cultural é repassada para o sujeito e se constitui como ser de linguagem!  Linguagem, portanto, é um dos principais instrumentos na formação do mundo cultural e formação do homem! Porque nos permite transcender a nossa experiência!  “ No momento em que damos nome a qualquer objeto da natureza, nós o individuamos, o diferenciamos do resto que o cerca; ele passa a existir em nossa consciência. Entramos no mundo simbólico.  Re-criamos o mundo porque inventamos nomes que não estão na natureza: tristeza, beleza, liberdade etc.  O signo tem a capacidade de tornar presente para a nossa consciência o objeto que está longe de nós.
  • 17.  Signo: interpretação: outro signo aparece em nossa consciência = Interpretante!  O signo é retido na memória, enquanto idéia!  Ex. cheiro do mar, o perfume do jasmim numa noite de verão, o toque da mão da pessoa amada, o som da voz do pai, etc.  Basta uma palavra para tornar presente o que está ausente.  PRESENÇA DE UMA AUSÊNCIA!  Construção do tempo: pensamos o passado e projetamos o futuro. 
  • 18. 4.Linguagem, pensamento e cultura  Existem diversos tipos de linguagem, existem diversos tipos de pensamento.  Pensamento concreto: se forma a partir da percepção, da representação de objetos reais. Ele é sensível e intuitivo!  Pensamento abstrato: as relações não são perceptíveis. Há a criação de conceitos e noções gerais e é racional! Ex. da matemática.  Para cada tipo de linguagem há um tipo de pensamento.  Pensamento abstrato: língua: como sistema simbólicos, ele transcende o dado vivido e permite construir o mundo das idéias.
  • 19.  As várias linguagens fixam e passam adiante os produtos do pensamentos sob a forma de ciência, técnicas e artes = cultura. A cultura modifica as linguagens: há modificações de repertório e das novas descobertas da técnica.