O documento descreve o Pentateuco/Torah como os primeiros cinco livros da Bíblia, que contém a história do povo de Israel e sua aliança com Deus. Ele foi compilado por volta de 450 a.C. a partir de várias fontes orais e escritas, embora tradicionalmente seja atribuído a Moisés. Suas principais fontes incluem a javista, eloísta, sacerdotal e deuteronomista.
2. Significado
Do grego pentateuco: Teukos, palavra grega para o estojo,
onde se costumava guardar o rolo de papiro. Cinco
estojos.
Do hebraico torah: ensinamento, instrução, orientação.
3. “Conteúdo” dos livros
Processo histórico da fé de Israel
Constituição do povo de Deus e escolha divina.
São os livros da Aliança, que constituem Israel num povo
particular, diferente de todos os outros.
Não é um código civil ou penal, mas a instrução da
vontade de Deus a respeito do povo que ele elegeu.
4. Autoria
Muitos atribuiam a Moisés, mas um exame aprofundado
mostra que a obra recolhe tradições narrativas e
legislativas da época dos patriarcas (1800 - 1500) até o
tempo de Esdras.
Redação final 450 a.C.
5. Por quê não Moisés?
Atribuir a uma pessoa representativa toda uma literatura
do mesmo gênero.
Cortes na narração.
Tradições duplicadas e triplicadas.
Diferença de vocabulário.
Diferença de estilo.
Como poderia narrar a própria morte?
6. Fontes do pentateuco
Pode se comparar o Pentateuco a um rio alimentado por
quatro fontes: javista, eloísta, sacerdotal, deuteronomista.
7. Fonte Javista
Chama a Deus por seu nome “YHWH”.
Designada pela inicial “j”.
Conservou o caráter pitoresco, variedade das tradições
orais relacionadas a certos santuários e ao flolcore do clã.
Composição se deu no reino do sul após o cisma, mas os
críticos modernos já cogitam datá-la no reinado de Davi.
8. Fonte eloísta
Composição se deu no Reino do Norte.
Quase sempre combinados com a camada Javista.
Chama Deus de eloim.
Pode-se notar nela uma viva preocupação pelas questões
morais, um sentido muito profundo de obediência a Deus,
um real interesse pelo verdadeiro culto, muito cuidado em
deixar claro que Deus é totalmente diferente do Homem,
e, portanto, fugirá drasticamente de todo
antropomorfismo, quando a Ele se referir.
9. Fonte sacerdotal
o Sacerdotal, indicada pela letra “P“ o
Priester-kodex, “ digo sacerdotal”
m
diversos.
Mais facilmente identificável.
10. Marcadas por repetições, certa rigidez, gosto por repetições
numéricas, genealogias, listas, e a predileção por tudo que
concerne ao culto e a liturgia.
Simbolizada pela inicial P de priestercodex, código sacerdotal.
Camada de fixação mais recente.
Fio condutor do pentateuco.
Dá testemunho de que Deus é senhor do universo inteiro, que
todo homem foi criado para servir e adorá-lo.
Recorre freqüentemente ao emprego da cronologia
11. Fonte Deuteronomista
Estilo muito particular.
Tradição compilada no Deuteronômio. Designada pela letra D.
Gênero literário é o da pregação, convite à obediência,
exortações, ameaças e as promessas.
Não atingiu apenas o Deuteronômio (Ex 12 – 13; Gn 18, 17 -
19).
Insistência no Deus único, fidelidade à promessa.
Caracterizado por fórmulas como: “Ouve Israel”, “o Senhor
teu Deus”, “terra que corre leite e mel”
12. Chaves de leitura
Divisão em sete blocos:
Gn. 1 – 11: História das
origens.
Gn. 12 – 50: História dos
patriarcas.
Ex 1 – 15: Opressão e
libertação.
Ex 15, 22 – 18, 27: Deserto I.
Ex 19 – Nm 10: Lei I.
Nm 10 – 36, 13: Deserto II.
Dt 1 – 34: Lei II.
O êxodo como tema central:
Narração das origens: Gn 1
– 11.
A história dos Patriarcas:
Gn 12 – 50.
Êxodo: Ex 1 -15
Deserto: Ex 16 – 18; Nm
10 – 36.
Leis: Ex 19 – Nm 10; Dt 1
– 34.