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Um livro por
Leonardo Clément
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Í Ú
www.ibraph.com.br
A versão mais recente desse e-Book será enviada periodicamente
por e-mail para os seguidores do IBRAPH
Este livro é fornecido gratuitamente, porque simplesmente
queremos difundir conhecimento, e o fato dele ter
chegado até você já nos dá satisfação suficiente. No
entanto, existe uma maneira de juntos compartilharmos
ainda mais esse conhecimento.
Você no entanto pode nos ajudar!
Entre em nossa página no Facebook e curta-nos para
receber mais informações sobre Suporte Básico de Vida e
outros assuntos relacionados ao Atendimento Pré-
Hospitalar (APH).
www.facebook.com.br/cobraph
Índice
Sobre Nós............................................................................3
O que é PCR........................................................................10
Ritmos de PCR....................................................................14
Quando Não Começar?......................................................23
RCP no Adulto....................................................................26
Avaliação.............................................................28
Compressões Cardíacas.......................................35
Ventilação no SBV................................................40
Mais de um de Socorrista....................................45
Desfibrilador Externo Automático.....................................47
Até Quando Reanimar?......................................................51
Acha que Acabou?..............................................................58
Sobre Nós
Olá todos, bem vindos ao Instituto Brasileiro de
Atendimento Pré-Hospitalar – IBRAPH.
Eu sou Leonardo Clement, moro atualmente em
Salvador/Ba desde 2005. Antes disso cresci no Sudeste
da França (1992 a 2005). Sou médico, 100% de minha
atuação está voltada para o APH e fundei IBRAPH.
Realmente, dentro da medicina, apesar de existiram diversas áreas
encantadoras para atuar, minha VERDADEIRA PAIXÃO está no APH,
não adianta lutar contra a natureza, esse é meu destino e talvez seja o
seu também...
Além do APH, tenho outra grande Paixão: ENSINAR...
Descobri essas duas vocações ainda durante a faculdade. Quando ainda
estava no quarto ano de medicina, fundei o ISI Cursos, grupo esse destinado
a realizar capacitações presenciais. Atuamos durante 3 anos com cursos de
Suporte Básico de Vida, Sutura, ECG, Atendimento inicial ao Trauma e neste
período tivemos a oportunidade de alcançar mais de 5 mil alunos
presencialmente.
Todos esses cursos foram realizados na Bahia, sendo mais de 90% em
Salvador. Tivemos muitos alunos vindos de outros Estados para realizar os
cursos conosco. Porém alguns nos procuraram alegando a vontade de
participar porém a impossibilidade devido a distância.
Neste momento surgiu a ideia, diante da
demanda, de disponibilizar esses conteúdos
ONLINE.
Desta forma podemos levar os conteúdos
para dentro das casas de todo o Brasil.
Associando a paixão pelo o APH e pelo o ensino e além disso a vontade
de levar conteúdos de qualidade para dentro das casas de todos os
apaixonados por APH de todo o Brasil, decidi em Abril de 2014, fundar o
Instituto Brasileiro de Atendimento Pré-Hospitalar, - o IBRAPH.
4 www.ibraph.com.br2015
Um livro porO Instituto Brasileiro de Atendimento Pré-Hospitalar, é uma empresa de iniciativa
privada, CNPJ: 147.175.150.001-11.
Nosso objetivo consiste em criar um canal de comunicação nacional que integre
os profissionais de diferentes áreas dentro do APH em todo o Brasil.
Para isso fornecemos 80% do conteúdo que produzimos gratuitamente e 100%
Online.
Assim, temos certeza que não excluiremos
ninguém do processo.
Os conteúdos que disponibilizamos consistem em entrevistas com profissionais de
APH de todo o país e até do exterior, mini aulas em vídeo, palestras, cursos e
congressos 100% Online.
Após a fundação do IBRAPH, já tivemos a oportunidade de
realizar o 1º Congresso Brasileiro de Atendimento Pré-Hospitalar
100% e Gratuito (COBRAPH).
Nesta oportunidades tivemos mais de 16 mil inscritos e uma
participação forte durante a transmissão das palestras.
Para quem deseja ir além e se aprofundar no estudo de
assuntos relacionados com APH, oferecemos o ACESSOU OURO
ao COBRAPH que proporciona um nível ainda maior de aprendizado.
Além das gravação de todas as palestras o Acesso Ouro ainda oferece diversos
bônus de APH com alto valor e uma possibilidade de Networking com os
palestrantes e com APAIXONADOS por APH em todo o território Nacional.
5 www.ibraph.com.br2015
Ao conversar e observar muitos colegas de profissão e até mesmo a população em
geral, é frequente observar pessoas que não vivem uma vida de forma 100%
realizada e feliz... o que é uma pena já que a priori temos apenas uma vida para
viver....
O pior é que não é tão incomum assim encontrar pessoas assim...
Muitas vezes, o motivo por trás disso é uma atividade profissional que por algum
motivo não está preenchendo o que deveria preencher da melhor forma.
Existe uma tríade na qual me guio para não deixar que o corre-corre do dia a dia
me afaste de minha auto realização e assim de minha felicidade.
Conheci essa tríade lendo um livro de um autor de desenvolvimento humano, que
por sinal eu admiro muito, chamado Anthony Robbins.
Segue para você o Tripé desta Tríade de Sucesso
TALENTO, PAIXÃO e RENDA
Muitas vezes o que nos une no APH é justamente a Paixão, já que de fato,
trate-se de uma profissão APAIXONANTE!
Desta forma, nossa frustação profissional pode ser o que nos mantém afastados
de nossa auto realização, através da falta de TALENTO e a RENDA satisfatória.
A boa notícia é que esses dois aspectos podem ser melhorados e assim nossa
“Tríade do Sucesso” ser Contemplada.
6 www.ibraph.com.br2015
O talento muitas vezes é inato, mas também pode ser adquirido com o treinamento.
E para o profissional de APH, treinamento significa
CAPACITAÇÃO + EXPERIÊNCIA
A boa notícia é que capacitação + experiência leva a
CRESCIMENTO PESSOAL
e PROFISSIONAL...
E Crescimento Pessoal e Profissional leva a
RECONHECIMENTO
PROFISSIONAL...
Sendo que Reconhecimento Profissional leva a
um aumento de OPORTUNIDADES e assim a uma
MELHOR REMUNERAÇÃO...
Neste pronto completamos nossa TRÍADE DO SUCESSO
Portanto segue a Fórmula da AUTO REALIZAÇÃO
7 www.ibraph.com.br
TALENTO + PAIXÃO + RENDA =
2015
Além disso, é possível ter algo que muitas vezes, infelizmente é comum a muitos
profissionais que atuam com urgência e emergência e principalmente APH...
Será que você também acha que trabalha muito e ganha pouco?
Para ajudar nessa questão, criamos o projeto Multiplicadores do Bem.
Essa é uma fundação, sem fins lucrativos que se destinada a realizar
treinamentos de Suporte Básico de Vida cobrando valores mínimos
que sirvam exclusivamente para remunerar os instrutores
Multiplicadores do bem. E você pode ser um deles!
Que tal reduzir um pouco a carga horária de trabalho, para
substitui-la por uma atividade de ensino remunerada em
treinamento práticos de SBV para profissionais de saúde e para
a população?
Torne-se um multiplicador do bem!
Para isso estamos criando núcleos e âncoras multiplicadoras Estaduais e Municipais
espalhadas pelo o Brasil para que você também possa participar desse projeto.
Ainda estamos estruturando esse lindo projeto que em breve estará fazendo uma grande
diferença tanto para a população quando para os profissionais de APH!
8 www.ibraph.com.br2015
Eu não faço ideia de como começar!
Eu não tenho acesso a treinamentos e capacitações porque
não tenho tempo, não tenho dinheiro, não tenho motivação.
Fique tranquilo! A gente vai resolver tudo isso!
O que é PCR?
Quando falo de Parada Cardiorrespiratória (PCR), e
mais especificamente de sua definição, sempre
costumo perguntar? Numa PCR, o coração
está PARADO ou em MOVIMENTO?
Se você respondeu “Parado” então você está certo, porém se
respondeu “Em movimento” também está certo...
O que define uma PCR não é o fato do coração estar parado ou em
movimento e sim a SUA CAPACIDADE EM BOMBEAR O
SANGUE PARA PERFUNDIR OS ÓRGÃO NOBRES.
É possível fazer essa verificação no exame físico através de checagem de
PULSO CENTRAL...
Existem quatro ritmos de PCR. Nos iremos conhecer melhor os 4
ritmos no próximo capítulo. Mas já posso adiantar que em algumas
situações de PCR o coração está sem movimento e em outras ele está
em movimento, porém...
...não possui a capacidade de bombear
o sangue ou possui essa capacidade
porém não tem o que bombear.
Nosso coração tem um “chefe de orquestra” responsável por ditar o
ritmo e assim comandar a contração cardíaca, o nó sinusal.
Em algumas situações esse controle é perdido e o coração começa a se
contrair de forma extremamente acelerada ou de
forma extremamente desorganizada.
Em ambas as situações, não haverá condição de enchimento
ventricular na diástole e esvaziamento ventricular na sístole.
11 www.ibraph.com.br2015
Outro exemplo de causa de PCR ocorre quando perdemos muito líquido, seja por
desidratação, sangramento ou infecção grave.
Quando o choque hipovolêmico é muito intenso, ou seja, a quantidade de
líquido perdido é muito grande, não haverá sangue suficiente retornando ao
coração.
Consequentemente o coração não terá como
bombear o sangue
(apesar da atividade elétrica estar normal).
Ainda existe uma quarta possibilidade. Neste caso, toda a
atividade elétrica do coração desaparece
e o coração fica “desligado”. Sendo assim, o miocárdio passa a não receber estímulos
para contrair e consequentemente permanece totalmente sem movimento.
12 www.ibraph.com.br2015
Principais Causas de PCR
Hipóxia
Hipovolemia Hipotermia
Hipo/Hipercalemia Acidose
Pneumotórax
Hipertensivo
Intoxicações
Infarto Agudo do
Miocárdio
Tromboembolismo
Pulmonar
Tamponamento
Cardíaco
Dica: Para memorização utilizar o mnemônico 5 “H” e 5 “T”
descrito no material didático do ACLS
Ritmos de PCR
Como foi mencionado no capítulo anterior, existem apenas
quatro ritmos de PCR. Para se familiarizar com esses ritmos, irei
lhe apresentar uma forma associativa que fará você aprender e
nunca mais esquecer esse conteúdo.
Para isso gostaria de lhe apresentar
“Os 4 Irmãos da Família Pinto...”
XY
16 www.ibraph.com.br
ASSIS – É o mais velho dos irmãos. Sua maior característica é a
tranquilidade. A sua tranquilidade é tão grande que chega a incomodar.
Por isso todos o classificam como uma pessoa “PARADONA”.
Assis representa um dos ritmos de PCR: ASSISTOLIA.
A Assistolia caracteriza um ritmo de PCR no qual não existe atividade
elétrica. Neste caso o coração não apresenta movimentação.
Segue a representação gráfica da ASSISTOLIA...
2015
17 www.ibraph.com.br
ANTÔNIO EDUARDO SILVA PINTO – É o segundo da prole.
Fenotipicamente aparenta ser uma pessoa do sexo feminino apenar de
geneticamente ser do sexo masculino por possuir um cromossomo “Y”.
Antônio Eduardo Silva Pinto representa
um dos ritmos de PCR:
ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO (AESP)..
Neste ritmo a atividade elétrica pode estar totalmente normal, porém por algum
outro motivo (hipovolemia por exemplo) o coração não está bombeando o sangue.
Por isso, apesar de PARECER ser um ritmo com pulso...não é!
Segue a representação gráfica da AESP...
XY
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“TÁ VELOZ” – É o terceiro da prole. Carrega esse apelido por ser uma pessoa
extremamente acelerada. É um empresário que vive correndo para cima e para
baixo, por esse motivo está sempre exausto. O “Tá Veloz” apesar de ser muito acelerado,
é bem ORGANIZADO!
Tá Veloz representa um dos ritmos de PCR:
TAQUICARDIA VENTRICULAR (TV)
Neste ritmo o coração assume um ritmo EXTREMAMENTE ACELERADO de origem
ventricular porém ORGANIZADO. As frequências Cardíaca costumam ser superiores a 250
batimentos por minuto. Apesar do coração estar em movimento o
bombeamento não ocorre.
Segue a representação gráfica da Taquicardia Ventricular (TV)...
2015
19 www.ibraph.com.br
FLAVINHA – É a caçulinha da turma. Ama música eletrônica, e sempre foi uma
criança muito ativa. Flavinha é extremamente acelerada assim como seu irmão
“Tá Veloz”, porém diferente dele, ela é TOTALMENTE DESORGANIZADA.
Flavinha representa um dos ritmos de PCR:
Fibrilação Ventricular (FV)
Neste ritmo o coração assume um ritmo EXTREMAMENTE ACELERADO de origem
ventricular porém DESORGANIZADO. As frequências Cardíaca costumam ser superiores a
250 batimentos por minuto. Apesar do coração também estar em
movimento o bombeamento não ocorre assim como na Taquicardia
Ventricular.
Segue a representação gráfica da Fibrilação Ventricular (FV)...
2015
Esses são os quatro ritmos de PCR
ASSISTOLIA, AESP, TV e FV. Iremos ver agora que o tratamento
elétrico, ou seja a indicação de Desfibrilação (Choque elétrico) irá variar a
depender do ritmo.
Para entendermos melhor, o porquê dessa variação, precisamos conhecer a
função do Choque.
Você já se perguntou para quê
serve um Choque no Coração?
Se respondeu que serve para normalizar o ritmo cardíaco ou para fazer o
coração voltar bater, está certo, porém temos uma forma mais precisa de
definir a função do choque realizado durante a Ressuscitação
Cardiopulmonar (RCP).
Caso a função do choque fosse simplesmente a citada anteriormente, então
pela a lógica o mesmo estaria indicado em todos os quatro ritmos de PCR...
20 www.ibraph.com.br2015
Porém, a desfibrilação está indicada em apenas dois ritmos, na TVe na
FV. Enquanto a Assistolia e AESP não possuem indicação de Desfibrilação.
Isso se explica pelo fato da função do choque ser de
PARAR o CORAÇÃO, ou seja, ZERAR a atividade
elétrica anteriormente DESORGANIZADA.
Desta forma, nosso marca passo natural, o nó sinusal terá uma maior probabilidade de
reassumir um ritmo eficaz que gere pulso central.
Como na AESP não há desorganização de ritmo e na assistolia não há ritmo,
consequentemente NÃO EXISTE INDICAÇÃO de DESFIBRILAÇÃO, cuja função é de
“PARAR COM UM RITMO DESORGANIZADO”.
21 www.ibraph.com.br2015
Ritmos de PCR
Assistolia
TV
FV
Dica: Em todos os 4 ritmos devemos manter as Compressões Cardíacas
A desfibrilação é indicado APENAS em dois ritmos  FV e TV
XY
AESP
Quando não começar?
O profissional de APH não médico, que atua com
Suporte Básico de Vida (SBV) não está autorizado
legalmente a constatar um óbito, sendo essa função
EXCLUSIVA do médico.
Antes de tomar a decisão de iniciar a Ressuscitação
Cardiopulmonar (RCP), o profissional deve avaliar a
vítima. A avaliação da vítima será vista detalhadamente
mais adiante.
Basicamente são três os achados durante a avaliação inicial que
conduzem ao diagnóstico de Parada Cardiorrespiratória (PCR):
Inconsciência, ausência de movimentos respiratórios e ausência
de pulso central (no adulto utilizamos o pulso carotídeo).
A não identificação desses sinais de PCR, representa a primeira
indicação para não iniciar a RCP.
Além disso existem mais 5 situações no SBV, que autoriza o
socorrista a não iniciar a RCP, veremos essas situações na próxima
página.
• Decapitação
• Carbonização
• Evisceração
• Decomposição
• Rigor Mortis (Rigidez Cadavérica)
Todas as situações descritas anteriormente não são compatíveis
com a vida, por esse motivo os esforços de Ressuscitação seriam
inúteis.
Além disso as 5 situações descritas, são facilmente identificáveis,
desta forma, um profissional que esteja atuando no Suporte Básico
de Vida não corre o risco de deixar de reanimar um paciente com
chances de sobrevida.
24 www.ibraph.com.br2015
Decomposição
Evisceração
Carbonização
Decapitação
Dica: Os Médicos são os únicos profissionais
autorizados legalmente a constatar um óbito
Quando não começar a RCP
Rigor Mortis
RCP no Adulto
São considerados adultos todos os seres a partir dos primeiros
sinais de puberdade, pelos nas axilas para os meninos e
aparecimento de mamas nas meninas.
A American Heart Association (AHA) separa os protocolos de SBV
em adultos, crianças e lactentes.
A principal causa de PCR no adulto é a doença
coronariana com o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
sendo 90% dos ritmos iniciais de PCR no adulto representados por
FV/TV.
O melhor tratamento para esses dois ritmos é a
desfibrilação, que não deve ser retarda.
A AHA criou a cadeia na sobrevivência da para pacientes vítimas de PCR,
representando as 5 etapas fundamentais para a SOBREVIDA dos
pacientes vítimas de PCR
27 www.ibraph.com.br
1. Acesso precoce - Identificar a PCR e pedir ajuda precocemente
2. RCP Precoce - Iniciar as manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP)
Compressões Cardíacas + Ventilações, precocemente
3. Desfibrilação Precoce - Ter acesso de preferência no local na PCR a um
Desfibrilador Externo Automático (DEA) e aplicar o choque, quando indicado,
precocemente
4. Suporte Avançado Rápido – Esse passo como o anterior, depende do primeiro
elo da cadeia. Não devemos esquecer de PEDIR AJUDA!
5. Cuidados PÓS-PCR – Todo paciente vítima de PCR, quando reanimado deverá
ter a causa da PCR tratada e receber os cuidados pós PCR em unidade de terapia
intensiva
2015
Avaliação Inicial
A avaliação inicial deve envolver a avaliação da cena e a avaliação do
paciente. Essa avaliação se aplica em pacientes a priori inconscientes
dentro do Suporte Básico de Vida (SBV).
O objetivo da avaliação inicial consiste em
checar o nível de consciência qualitativamente,
a respiração e a presença de pulso carotídeo.
Quando necessário, o socorrista deverá pedir ajuda ainda
dentro da avaliação inicial.
Veremos nas próximas páginas os 5 passos de uma boa
avaliação inicial no SBV para pacientes vítimas de morte súbita.
28 www.ibraph.com.br2015
Os 5 Passos da Avaliação Inicial
Checar a Segurança do Local
A segurança da cena é primordial para a equipe de saúde. Não
cabe ao profissionais de saúde adentrar a “zona quente”, sendo
esse papel reservado ao corpo de bombeiro e policia,
autoridades absolutas nessas circunstâncias.
A equipe da saúde deve aguardar a liberação do corpo de
bombeiro e/ou policia, uma vez que a segurança da cena esteja
garantida, para acessar o local. Em algumas situações, as vítimas
são retiradas da zona quente e trazidas para a zona fria para que o
atendimento seja efetuado.
A segurança do socorrista vem
sempre em primeiro lugar!
29 www.ibraph.com.br2015
Checar a Responsividade
Esse segundo paciente possui diversas funções. Ao mesmo tempo
checamos a consciência do paciente, e caso o paciente esteja
consciente a perviedade das vias aéreas.
Lembrando que neste momento não devemos quantificar o
nível de consciência aplicando a escala de Glasgow ou outras e
sim qualificar a consciência do paciente em
PRESENTE ou AUSENTE.
Para isso, devemos adotar a posição do socorrista com um joelho
no chão, apoiar as duas mãos na região superior do tórax e
aplicar estímulos vigorosos ao
mesmo tempo que chamamos o
paciente: “SENHOR, SENHOR, PODE
ME OUVIR?”
30 www.ibraph.com.br2015
Checar a Respiração
Caso o paciente não responda aos estímulos táteis e verbais do
segundo passo da avaliação, devemos então proceder ao
terceiro passo que consiste em chegar a respiração.
Para isso devemos observar o tóraxda vítima
embusca de movimentos de
elevação torácica, compatíveis
com uma respiração eficaz.
Vale salientar que é possíveis encontrar movimentos compatíveis
com respiração agônica ou gasping (mais comum em
crianças e lactentes), que deverão ser considerados
como PARADA RESPIRATÓRIA).
31 www.ibraph.com.br2015
Pedir Ajuda
Uma vez identificada a Parada Respiratória, devemos imediatamente
PEDIR AJUDA!
Para isso devemos Designar alguém que deverá LIGAR PARA
O 192 (SAMU) e BUSCAR um
DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO (DEA).
“Você! Ligue para o 192 e Traga um DEA!”
Idealmente deveria ter um DEA por perto para que a desfibrilação
não seja retardada (3º Elo da Cadeia da Sobrevivência).
Existe uma Lei, que obriga ter um DEA nos Locais públicos com mais
de 1500 transeuntes por dia.
A tendência é que esse equipamento seja cada vez mais popularizado
e disponível em locais públicos e privados pela importância que
possui na Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP).
32 www.ibraph.com.br2015
Checar o Pulso Central
Após pedir ajuda os profissionais de saúde treinados deverão
checar o Pulso Central (Pulso Carotídeo no Adulto).
A população leiga e profissionais de saúde NÃO treinados
previamente em checar o pulso, deverão “PULAR” esse passo e
iniciar IMEDIATAMENTE as
COMPRESSÕES CARDÍACAS.
A checagem de pulso por profissionais não treinados pode
atrasar o inicio da RCP e levar a erros de diagnóstico.
O profissional de saúde que identificar presença de pulso central
e ausência de movimento respiratórios, poderá definir a Parada
Respiratória e indicar o início imediato das
VENTILAÇÕES de RESGATE.
Ausência de movimentos respiratórios e ausência de pulso
central caracterizam a Parada Cardiorrespiratória
e requer o Início IMEDIATO das RCP
33 www.ibraph.com.br2015
Avaliação Inicial
Dica: A sequência de avaliação para pacientes
vítimas de trauma e afogamento diferem da sequência
utilizada para pacientes vítimas de morte súbita
Ajuda  SAMU + DEA
Respiração
Responsividade
Local
Pulso Central
Um livro porCompressões Cardíacas
Para falar das compressões, vamos relembrar das Leis de Isaac Newton:
Lei 1: Inércia
Lei 2: Fr = m.a
Lei 3: Ação e Reação
Lei 1 – Inércia
Toda objeto que está em repouso tende a continuar em repouso, todo objeto
que está em movimento tende a ficar em movimento.
Para descolocar um objeto que está em repouso ou parar um objeto que está
em movimento, devemos APLICAR UMA FORÇA EXTERNA
Aplicabilidade da 1º Lei na RCP – Um coração que se encontra em PCR, tende
a ficar em PCR, a não ser que uma FORÇA EXTERNA seja aplicada
(COMPRESSÕES + VENTILAÇÕES + DESFIBRILAÇÃO)
35 www.ibraph.com.br2015
Lei 2: Fr = m.a
A Força Resultante de um objeto em deslocamento é Diretamente Proporcional a
Massa do Objeto e a Aceleração do Objeto.
Quanto maior a Massa do Objeto e quanto maior a Aceleração
 MAIOR A FORÇA RESULTANTE.
Aplicabilidade da 2ª Lei na RCP – A Força Resultante equivale ao Débito Cardíaco
durante a RCP. Para obter um Débito Cardíaco OTIMIZADO devemos comprimir
FORTE e RÁPIDO.
FORTE = PROFUNDIDADE > 5cm
RÁPIDO = FREQUENCIA > 100 vezes/min
Atenção! A profundidade e a frequência são inversamente proporcionais.
Para atingir a meta de profundidade e frequência devemos equilibrar essas duas variáveis
fazendo compressões (UM POUCO) acima de 5cm e (UM POUCO) acima de 100 vezes
por minuto.
36 www.ibraph.com.br2015
Lei 3: Ação e Reação
Toda ação terá uma reação proporcional.
Aplicabilidade da 3º Lei na RCP – Uma Compressão
bem realizada, atendendo a todas as recomendações
técnicas de execução terá uma reação BOA
PROPORCIONALMENTE.
Além de realizar compressões FORTES (> 5cm) e
RÁPIDAS (>100x/min) também é necessário
posicionar corretamente 3 PARTES CRÍTICAS 
como veremos nas ilustrações a seguir...
37 www.ibraph.com.br2015
Um livro porPasso a passo para realização de Compressões Cardíacas
1. Localizar a linha Inter mamilar no corpo do Esterno
2. Posicionar a Região Hipotênar no tórax da vítima
3. Posicionar a outra mão por cima da primeira entrelaçando os dedos
4. Posição correta dos cotovelos e dos ombros
Os cotovelos devem estar ESTENDIDOS
Os ombros acima da vítima formando um ângulo de 90º
5. Aplicar Compressões FORTES e RAPIDO
38 www.ibraph.com.br
4
2015
Compressões Cardíacas
Dica: A velocidade e profundidade das compressões são inversamente
proporcionais. Cuidado para não comprimir rápido de mais porque
você irá correr o risco de estar comprimindo superficialmente
Diminuir
Interrupções
Retorno do Tórax
Rápido > 100/min
Forte > 5 cm
Ventilações no SBV
Para ventilar um paciente em Parada Cardiorrespiratória no Suporte Básico de Vida,
existem três formas:
1. Boca a Boca
2. Dispositivo Válvula Máscara (Pocket-Mask)
3. Dispositivo Bolsa-Válvula-Máscara (AMBU)
40 www.ibraph.com.br2015
Boca a Boca
O Boca a boca fornece cerca de 17% de oxigênio para o paciente. Apesar de não existir
relatos na literatura de contaminação de socorristas ao realizar essa manobra, é
recomendado que profissionais de saúde usem os dispositivos de barreira para
realização das ventilação (Veremos a seguir).
Para realizar uma ventilação boca a boca eficaz, seguir o passo a passo:
1. Abria via aérea através da inclinação da cabeça com elevação do queixo
2. Vedar 100% a boca do paciente com a boca do socorrista (Boca de peixe).
3. Obstruir as narinas do paciente para evitar o refluxo de ar.
4. Aplicar ventilações observando a elevação do tórax.
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Válvula Máscara (Pocket-Mask)
A ventilação com esse dispositivo fornece cerca de 17% de
oxigênio para o paciente a não ser que esteja acoplado a um
cilindro de O2, neste caso podemos chegar a mais de 90% de O2.
A Pocket-Mask permite tanto com proteção de contato graças a
sua estrutura de silicone quanto uma proteção respiratória
graças a sua Válvula UNIDIRECIONAL.
Alguns modelos podem ser acoplados a uma fonte de O2 e
outros não.
Para realizar uma ventilação com Pocket-Mask eficaz, seguir o
passo a passo:
1. Acoplar a máscara no rosto da vítima de forma
a vedar 100% a boca e o nariz do paciente e a
não permitir escape de ar pelas laterais.
2. Abrir a via aérea com a manobra de inclinação
da cabeça com elevação do queixo.
3. Aplicar ventilações observando a elevação do
tórax.
42 www.ibraph.com.br2015
Bolsa-Válvula-Máscara (A.M.B.U)
A ventilação com esse dispositivo fornece cerca de 21% de oxigênio para o paciente a não ser que esteja
acoplado a uma fonte de O2, neste caso podemos chegar a mais de 90% de O2.
O A.M.B.U permite tanto com proteção de contato graças a sua estrutura de plástico quanto uma
proteção respiratória já que a ventilação é feita pela reserva de ar contida na bolsa.
Para realizar uma ventilação eficaz com o dispositivo bolsa-válvula-máscara, seguir o passo a passo:
1. O Socorrista deve se posicionar na cabeça da vítima. Acoplar a máscara no rosto da
vítima de forma a vedar 100% a boca e o nariz do paciente e a não permitir escape de
ar pelas laterais, utilizando a técnica do “C” e do “E”.
2. Abrir a via aérea com a manobra de inclinação da cabeça com elevação do queixo.
3. Aplicar ventilações observando a elevação do tórax.
43 www.ibraph.com.br2015
Ventilações no SBV
Dica: Cuidado com a insuflação gástrica, a mesma pode causar
aumento da pressão intra-abdominal, vômitos e bronco-aspiração
Observar Elevação
do Tórax
A.M.B.U
Pocket-Mask
Boca a boca
Abertura das
Vias Aéreas
Mais de 1 Socorrista na Cena
Quando temos a oportunidade de ter mais de um socorrista na cena precisamos aproveitar da
melhor forma.
Cada um terá uma função durante o atendimento.
Enquanto o 1º Socorrista está realizando as compressões cardíacas, o segundo
Socorrista se posiciona na cabeça da vítima, mantém a via aéreas aberta e
aplica ventilações com o AMBU.
Após 2min ou 5 ciclos de 30:2, deve ocorrer a troca de funções entre os socorristas, de forma
organizada para que não ocorra perda de tempo.
Caso tenha um terceiro socorrista na cena, o mesmo poderá segurar a máscara do A.M.B.U no rosto
da vítima, realizando uma vedação otimizada, enquanto o segundo socorrista aplica as ventilações.
45 www.ibraph.com.br2015
Mais de 1 Socorrista na Cena
Dica: Dois socorristas na cena aumentam as chances de sobrevida do
paciente. Precisamos utilizar essa oportunidade da melhor forma
possível. O entrosamento é tudo. Devemos TREINAR em equipe!
Contar em Voz Alta
2 em 2’ ou 5 Ciclos
Troca de Funções
Funções
Ventilação com AMBU
DEA
O Desfibrilador Externo Automático (DEA) é um aparelho
fantástico, desenvolvido para que qualquer pessoa, mesmo
não sendo profissional de saúde pudesse administrar uma
desfibrilação em um paciente vítima de PCR sempre que houver
indicação.
O DEA é de simples utilização e foi programado para analisar o ritmo
cardíaco do paciente e reconhecer uma FV/TV indicando o choque
sempre que necessário.
Além disso, o aparelho se comunica por voz e por sinais luminosos no seu
painel, com o socorrista, o orientando durante toda a Ressuscitação Cardio
Pulmonar (RCP).
O Equipamento
Existem alguns tipos de Desfibriladores Externos Automáticos no mercado,
de diferentes marcas. Todos eles possuem um funcionamento muito similar.
Vamos conhecer o equipamento e seus acessórios. Posteriormente iremos
aprender o passo a passo para o seu manuseio.
48 www.ibraph.com.br
Ligar
Controladores
de Volume
Choque
Conector
Das pás
Alto FalanteLâmina para
tricotomia
Toalha seca
Pás (01 par Adulto e
01 par pediátrico)
2015
Passo a Passo
O passo a passo para o uso do DEA é muito simples. Devemos agir de forma
rápida e precisa.
49 www.ibraph.com.br
Posicionar ao lado da cabeça da vítima + LIGAR
Colar as Pás no tórax da Vítima
Encaixar o Conector das Pás
Ouvir!
Analisando Ritmos  AFASTAR!
Choque Indicado?
Sim Não
Carregar + Chocar
Reiniciar RCP Reiniciar RCP
2015
Desfibrilador Externo Automático - DEA
Dica: Não devemos retardar o uso do DEA, quando mais rápida a
desfibrilação, maior as chances de sobrevida do paciente...
Colar as Pás
Abrir e Ligar
Posicionar ao lado
da Cabeça
Análise  AFASTAR
Choque Indicado?
Ouvir
Não Sim
RCP
AFASTAR
CHOCAR
RCP
Um livro por
Até Quando?
Uma das perguntas muito frequentes quando falamos de
Suporte Básico de Vida é: “Uma vez iniciada a RCP, até quando
devemos manter os esforços de Ressuscitação?
Os médicos são os únicos profissionais autorizados legalmente a
constatar o óbito. Os demais profissionais de saúde, não poderão
parar a RCP por achar que o paciente morreu. Porém existem 5
situações que autorizam o profissional de Suporte Básico a
interromper a RCP.
Veremos as 5 situações a seguir.
Um livro por
1. Chegada do Suporte a Avançado
Quando o Suporte Avançado de Vida
chega na cena, através do SAMU 192 ou
de qualquer outro grupo de
Atendimento Pré-Hospitalar com
médico, o Socorrista do Suporte Básico
poderá interromper a RCP e passar a
responsabilidade pelo atendimento
para o Suporte Avançado.
Os socorristas do Suporte Básico
devem ficar a disposição para
auxiliar no atendimento.
52 www.ibraph.com.br2015
Um livro por
2. Paciente Reanima
A segunda situação que autoriza o socorrista a
interromper a RCP é quando o paciente
REANIMA.
É importante salientar que REANIMA significa
que o paciente...
TOSSE, RESPIRA ou se MOVIMENTA.
O Mnemônico TRM, ajuda a lembrar desses 3
sinais sugestivos.
Quando o paciente Reanima o paciente deve ser
colocado na posição lateral de segurança e deve
ser monitorizado continuamente até a chegada
do Suporte Avançado. O paciente corre o risco
de ter uma nova PCR a qualquer momento.
53 www.ibraph.com.br2015
Um livro por
3. Exaustão
O Socorrista exausto está autorizado a
interromper a RCP.
Aqui devemos salientar que exaustão é
diferente de cansaço.
Costumo definir exaustão como o nível de
cansaço que você interromperia os esforços
caso a vítima fosse a pessoa mais querida
de sua vida.
Sempre que houver mais de um socorrista
na cena, é imprescindível REVEZAR as
compressões a cada 2 min ou 5 ciclos de
30:2 no máximo!
Exaustão = Cansaço
54 www.ibraph.com.br2015
Um livro por
4. Ambiente de Risco
Caso um ambiente inicialmente seguro, evolua para
um ambiente de risco ou zona quente, durante o
atendimento, o socorrista está...
...autorizado a interromper a RCP
para preservar a sua integridade.
Quando a vítima for uma criança pequena, e for
possível transportar essa vítima com facilidade, o
socorrista poderá realizar o transporte para um local
mais seguro, ou zona fria.
Exemplos de zona quente no APH, são, incêndios,
riscos de explosão, tiroteios, rodovias com
movimento de automóveis entre outros...
55 www.ibraph.com.br2015
Um livro por
5. Mudança de prioridade
No APH quando estamos falando de incidentes com Múltiplas Vítimas,
devemos sempre realizar uma triagem rápida para classificar os
paciente com risco de morte.
Dentre os paciente graves, devemos priorizar
aqueles que possuem a maior chance de
sobrevida.
Caso esteja sendo realizada RCP em um paciente e que durante o
atendimento surja outro paciente que necessite de atendimento e que se
encontra com maior chance de sobrevida, devemos interromper o
atendimento inicial e voltar os esforço para o segundo paciente.
Quando existem socorristas suficientes para atender ambos os pacientes,
neste caso é claro, podemos manter o atendimento para ambos.
56 www.ibraph.com.br2015
Até Quando Reanimar no SBV?
Dica: Para memorização utilizar o mnemônico 5 “H” e 5 “T”
descrito no material didático do ACLS
Ambiente de Risco
Exaustão
Reanima (T.R.M)
Chegada do
Suporte Avançado
Mudança de
Prioridade
Um livro por
Acha que acabou?
Esse E-book deve funcionar como ponto de partida para algo muito maior.
Trata-se de um ótimo começo. Se você leu com atenção e estudou esse e-
book, então você já tem uma boa noção de Suporte Básico de Vida em
Adultos e do uso do Desfibrilador Externo Automático.
Quando falando de Suporte Básico de Vida, podemos separar os
conteúdos em 3 grandes grupos.
Veremos a seguir...
Um livro por
Visão Geral do MUNDO Suporte Básico de Vida - SBV
1. Suporte Básico de Vida em pacientes clínicos
2. Suporte Básico de Vida no Afogamento
3. Suporte Básico de Vida no Trauma
Esse E-book focou em uma parte no primeiro grande grupo:
Suporte Básico de Vida em Pacientes Clínicos.
Segue o conteúdo programático completo
do curso de Suporte Básico de Vida em Pacientes Clínicos:
1. RCP no Adulto (ABORDADO NESSE E-BOOK)
2. Desfibrilador Externo Automático (ABORDADO NESSE E-BOOK)
3. RCP na Criança
4. RCP no Lactente
5. Desobstrução das Vias Aéreas em Adultos/Crianças
6. Desobstrução das Vias Aéreas em Lactentes
Portanto se deseja aprofundar seu conhecimento no Suporte Básico de Vida, gostaria de lhe dizer que
você está no caminho certo!
Estarei com minha equipe a sua disposição para trazer todos os conteúdos que precisa para
aprofundar os estudos e se tornar um MULTIPLICADOR do BEM!
59 www.ibraph.com.br
Tem Mais...
Dica: Lembre-se que a vida não é um Sprint e sim uma Maratona...
Um passo de cada vez nos levará ao Horizonte...
Engasgo
Lactentes
Crianças
SBV ONLINE
Afogamento
Trauma
Gostou?Querirmaislonge?
NósdoInstitutoBrasileirodeAPHtemosumcursoonline
queensinavocêemvídeotudoqueestánestee-book.
Alémdissolheexplicareicomorealizarapratica
simultaneamentecomseuINSTRUTORVIRTUAL...
FiqueatentoparanossoTreinamento CompletodeSuporteBásicodeVida
ProgramaMultiplicadoresdoBem.
ProgramaessequepodelhetransformaremuminstrutordeSBV
credenciadopeloIBRAPH...

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  • 1. Um livro por Leonardo Clément SUPORTE BÁSICO DE VIDA Í Ú
  • 2. www.ibraph.com.br A versão mais recente desse e-Book será enviada periodicamente por e-mail para os seguidores do IBRAPH Este livro é fornecido gratuitamente, porque simplesmente queremos difundir conhecimento, e o fato dele ter chegado até você já nos dá satisfação suficiente. No entanto, existe uma maneira de juntos compartilharmos ainda mais esse conhecimento. Você no entanto pode nos ajudar! Entre em nossa página no Facebook e curta-nos para receber mais informações sobre Suporte Básico de Vida e outros assuntos relacionados ao Atendimento Pré- Hospitalar (APH). www.facebook.com.br/cobraph
  • 3. Índice Sobre Nós............................................................................3 O que é PCR........................................................................10 Ritmos de PCR....................................................................14 Quando Não Começar?......................................................23 RCP no Adulto....................................................................26 Avaliação.............................................................28 Compressões Cardíacas.......................................35 Ventilação no SBV................................................40 Mais de um de Socorrista....................................45 Desfibrilador Externo Automático.....................................47 Até Quando Reanimar?......................................................51 Acha que Acabou?..............................................................58
  • 4. Sobre Nós Olá todos, bem vindos ao Instituto Brasileiro de Atendimento Pré-Hospitalar – IBRAPH. Eu sou Leonardo Clement, moro atualmente em Salvador/Ba desde 2005. Antes disso cresci no Sudeste da França (1992 a 2005). Sou médico, 100% de minha atuação está voltada para o APH e fundei IBRAPH. Realmente, dentro da medicina, apesar de existiram diversas áreas encantadoras para atuar, minha VERDADEIRA PAIXÃO está no APH, não adianta lutar contra a natureza, esse é meu destino e talvez seja o seu também...
  • 5. Além do APH, tenho outra grande Paixão: ENSINAR... Descobri essas duas vocações ainda durante a faculdade. Quando ainda estava no quarto ano de medicina, fundei o ISI Cursos, grupo esse destinado a realizar capacitações presenciais. Atuamos durante 3 anos com cursos de Suporte Básico de Vida, Sutura, ECG, Atendimento inicial ao Trauma e neste período tivemos a oportunidade de alcançar mais de 5 mil alunos presencialmente. Todos esses cursos foram realizados na Bahia, sendo mais de 90% em Salvador. Tivemos muitos alunos vindos de outros Estados para realizar os cursos conosco. Porém alguns nos procuraram alegando a vontade de participar porém a impossibilidade devido a distância. Neste momento surgiu a ideia, diante da demanda, de disponibilizar esses conteúdos ONLINE. Desta forma podemos levar os conteúdos para dentro das casas de todo o Brasil. Associando a paixão pelo o APH e pelo o ensino e além disso a vontade de levar conteúdos de qualidade para dentro das casas de todos os apaixonados por APH de todo o Brasil, decidi em Abril de 2014, fundar o Instituto Brasileiro de Atendimento Pré-Hospitalar, - o IBRAPH. 4 www.ibraph.com.br2015
  • 6. Um livro porO Instituto Brasileiro de Atendimento Pré-Hospitalar, é uma empresa de iniciativa privada, CNPJ: 147.175.150.001-11. Nosso objetivo consiste em criar um canal de comunicação nacional que integre os profissionais de diferentes áreas dentro do APH em todo o Brasil. Para isso fornecemos 80% do conteúdo que produzimos gratuitamente e 100% Online. Assim, temos certeza que não excluiremos ninguém do processo. Os conteúdos que disponibilizamos consistem em entrevistas com profissionais de APH de todo o país e até do exterior, mini aulas em vídeo, palestras, cursos e congressos 100% Online. Após a fundação do IBRAPH, já tivemos a oportunidade de realizar o 1º Congresso Brasileiro de Atendimento Pré-Hospitalar 100% e Gratuito (COBRAPH). Nesta oportunidades tivemos mais de 16 mil inscritos e uma participação forte durante a transmissão das palestras. Para quem deseja ir além e se aprofundar no estudo de assuntos relacionados com APH, oferecemos o ACESSOU OURO ao COBRAPH que proporciona um nível ainda maior de aprendizado. Além das gravação de todas as palestras o Acesso Ouro ainda oferece diversos bônus de APH com alto valor e uma possibilidade de Networking com os palestrantes e com APAIXONADOS por APH em todo o território Nacional. 5 www.ibraph.com.br2015
  • 7. Ao conversar e observar muitos colegas de profissão e até mesmo a população em geral, é frequente observar pessoas que não vivem uma vida de forma 100% realizada e feliz... o que é uma pena já que a priori temos apenas uma vida para viver.... O pior é que não é tão incomum assim encontrar pessoas assim... Muitas vezes, o motivo por trás disso é uma atividade profissional que por algum motivo não está preenchendo o que deveria preencher da melhor forma. Existe uma tríade na qual me guio para não deixar que o corre-corre do dia a dia me afaste de minha auto realização e assim de minha felicidade. Conheci essa tríade lendo um livro de um autor de desenvolvimento humano, que por sinal eu admiro muito, chamado Anthony Robbins. Segue para você o Tripé desta Tríade de Sucesso TALENTO, PAIXÃO e RENDA Muitas vezes o que nos une no APH é justamente a Paixão, já que de fato, trate-se de uma profissão APAIXONANTE! Desta forma, nossa frustação profissional pode ser o que nos mantém afastados de nossa auto realização, através da falta de TALENTO e a RENDA satisfatória. A boa notícia é que esses dois aspectos podem ser melhorados e assim nossa “Tríade do Sucesso” ser Contemplada. 6 www.ibraph.com.br2015
  • 8. O talento muitas vezes é inato, mas também pode ser adquirido com o treinamento. E para o profissional de APH, treinamento significa CAPACITAÇÃO + EXPERIÊNCIA A boa notícia é que capacitação + experiência leva a CRESCIMENTO PESSOAL e PROFISSIONAL... E Crescimento Pessoal e Profissional leva a RECONHECIMENTO PROFISSIONAL... Sendo que Reconhecimento Profissional leva a um aumento de OPORTUNIDADES e assim a uma MELHOR REMUNERAÇÃO... Neste pronto completamos nossa TRÍADE DO SUCESSO Portanto segue a Fórmula da AUTO REALIZAÇÃO 7 www.ibraph.com.br TALENTO + PAIXÃO + RENDA = 2015
  • 9. Além disso, é possível ter algo que muitas vezes, infelizmente é comum a muitos profissionais que atuam com urgência e emergência e principalmente APH... Será que você também acha que trabalha muito e ganha pouco? Para ajudar nessa questão, criamos o projeto Multiplicadores do Bem. Essa é uma fundação, sem fins lucrativos que se destinada a realizar treinamentos de Suporte Básico de Vida cobrando valores mínimos que sirvam exclusivamente para remunerar os instrutores Multiplicadores do bem. E você pode ser um deles! Que tal reduzir um pouco a carga horária de trabalho, para substitui-la por uma atividade de ensino remunerada em treinamento práticos de SBV para profissionais de saúde e para a população? Torne-se um multiplicador do bem! Para isso estamos criando núcleos e âncoras multiplicadoras Estaduais e Municipais espalhadas pelo o Brasil para que você também possa participar desse projeto. Ainda estamos estruturando esse lindo projeto que em breve estará fazendo uma grande diferença tanto para a população quando para os profissionais de APH! 8 www.ibraph.com.br2015
  • 10. Eu não faço ideia de como começar! Eu não tenho acesso a treinamentos e capacitações porque não tenho tempo, não tenho dinheiro, não tenho motivação. Fique tranquilo! A gente vai resolver tudo isso!
  • 11. O que é PCR? Quando falo de Parada Cardiorrespiratória (PCR), e mais especificamente de sua definição, sempre costumo perguntar? Numa PCR, o coração está PARADO ou em MOVIMENTO? Se você respondeu “Parado” então você está certo, porém se respondeu “Em movimento” também está certo... O que define uma PCR não é o fato do coração estar parado ou em movimento e sim a SUA CAPACIDADE EM BOMBEAR O SANGUE PARA PERFUNDIR OS ÓRGÃO NOBRES. É possível fazer essa verificação no exame físico através de checagem de PULSO CENTRAL...
  • 12. Existem quatro ritmos de PCR. Nos iremos conhecer melhor os 4 ritmos no próximo capítulo. Mas já posso adiantar que em algumas situações de PCR o coração está sem movimento e em outras ele está em movimento, porém... ...não possui a capacidade de bombear o sangue ou possui essa capacidade porém não tem o que bombear. Nosso coração tem um “chefe de orquestra” responsável por ditar o ritmo e assim comandar a contração cardíaca, o nó sinusal. Em algumas situações esse controle é perdido e o coração começa a se contrair de forma extremamente acelerada ou de forma extremamente desorganizada. Em ambas as situações, não haverá condição de enchimento ventricular na diástole e esvaziamento ventricular na sístole. 11 www.ibraph.com.br2015
  • 13. Outro exemplo de causa de PCR ocorre quando perdemos muito líquido, seja por desidratação, sangramento ou infecção grave. Quando o choque hipovolêmico é muito intenso, ou seja, a quantidade de líquido perdido é muito grande, não haverá sangue suficiente retornando ao coração. Consequentemente o coração não terá como bombear o sangue (apesar da atividade elétrica estar normal). Ainda existe uma quarta possibilidade. Neste caso, toda a atividade elétrica do coração desaparece e o coração fica “desligado”. Sendo assim, o miocárdio passa a não receber estímulos para contrair e consequentemente permanece totalmente sem movimento. 12 www.ibraph.com.br2015
  • 14. Principais Causas de PCR Hipóxia Hipovolemia Hipotermia Hipo/Hipercalemia Acidose Pneumotórax Hipertensivo Intoxicações Infarto Agudo do Miocárdio Tromboembolismo Pulmonar Tamponamento Cardíaco Dica: Para memorização utilizar o mnemônico 5 “H” e 5 “T” descrito no material didático do ACLS
  • 15. Ritmos de PCR Como foi mencionado no capítulo anterior, existem apenas quatro ritmos de PCR. Para se familiarizar com esses ritmos, irei lhe apresentar uma forma associativa que fará você aprender e nunca mais esquecer esse conteúdo. Para isso gostaria de lhe apresentar “Os 4 Irmãos da Família Pinto...”
  • 16. XY
  • 17. 16 www.ibraph.com.br ASSIS – É o mais velho dos irmãos. Sua maior característica é a tranquilidade. A sua tranquilidade é tão grande que chega a incomodar. Por isso todos o classificam como uma pessoa “PARADONA”. Assis representa um dos ritmos de PCR: ASSISTOLIA. A Assistolia caracteriza um ritmo de PCR no qual não existe atividade elétrica. Neste caso o coração não apresenta movimentação. Segue a representação gráfica da ASSISTOLIA... 2015
  • 18. 17 www.ibraph.com.br ANTÔNIO EDUARDO SILVA PINTO – É o segundo da prole. Fenotipicamente aparenta ser uma pessoa do sexo feminino apenar de geneticamente ser do sexo masculino por possuir um cromossomo “Y”. Antônio Eduardo Silva Pinto representa um dos ritmos de PCR: ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO (AESP).. Neste ritmo a atividade elétrica pode estar totalmente normal, porém por algum outro motivo (hipovolemia por exemplo) o coração não está bombeando o sangue. Por isso, apesar de PARECER ser um ritmo com pulso...não é! Segue a representação gráfica da AESP... XY 2015
  • 19. 18 www.ibraph.com.br “TÁ VELOZ” – É o terceiro da prole. Carrega esse apelido por ser uma pessoa extremamente acelerada. É um empresário que vive correndo para cima e para baixo, por esse motivo está sempre exausto. O “Tá Veloz” apesar de ser muito acelerado, é bem ORGANIZADO! Tá Veloz representa um dos ritmos de PCR: TAQUICARDIA VENTRICULAR (TV) Neste ritmo o coração assume um ritmo EXTREMAMENTE ACELERADO de origem ventricular porém ORGANIZADO. As frequências Cardíaca costumam ser superiores a 250 batimentos por minuto. Apesar do coração estar em movimento o bombeamento não ocorre. Segue a representação gráfica da Taquicardia Ventricular (TV)... 2015
  • 20. 19 www.ibraph.com.br FLAVINHA – É a caçulinha da turma. Ama música eletrônica, e sempre foi uma criança muito ativa. Flavinha é extremamente acelerada assim como seu irmão “Tá Veloz”, porém diferente dele, ela é TOTALMENTE DESORGANIZADA. Flavinha representa um dos ritmos de PCR: Fibrilação Ventricular (FV) Neste ritmo o coração assume um ritmo EXTREMAMENTE ACELERADO de origem ventricular porém DESORGANIZADO. As frequências Cardíaca costumam ser superiores a 250 batimentos por minuto. Apesar do coração também estar em movimento o bombeamento não ocorre assim como na Taquicardia Ventricular. Segue a representação gráfica da Fibrilação Ventricular (FV)... 2015
  • 21. Esses são os quatro ritmos de PCR ASSISTOLIA, AESP, TV e FV. Iremos ver agora que o tratamento elétrico, ou seja a indicação de Desfibrilação (Choque elétrico) irá variar a depender do ritmo. Para entendermos melhor, o porquê dessa variação, precisamos conhecer a função do Choque. Você já se perguntou para quê serve um Choque no Coração? Se respondeu que serve para normalizar o ritmo cardíaco ou para fazer o coração voltar bater, está certo, porém temos uma forma mais precisa de definir a função do choque realizado durante a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP). Caso a função do choque fosse simplesmente a citada anteriormente, então pela a lógica o mesmo estaria indicado em todos os quatro ritmos de PCR... 20 www.ibraph.com.br2015
  • 22. Porém, a desfibrilação está indicada em apenas dois ritmos, na TVe na FV. Enquanto a Assistolia e AESP não possuem indicação de Desfibrilação. Isso se explica pelo fato da função do choque ser de PARAR o CORAÇÃO, ou seja, ZERAR a atividade elétrica anteriormente DESORGANIZADA. Desta forma, nosso marca passo natural, o nó sinusal terá uma maior probabilidade de reassumir um ritmo eficaz que gere pulso central. Como na AESP não há desorganização de ritmo e na assistolia não há ritmo, consequentemente NÃO EXISTE INDICAÇÃO de DESFIBRILAÇÃO, cuja função é de “PARAR COM UM RITMO DESORGANIZADO”. 21 www.ibraph.com.br2015
  • 23. Ritmos de PCR Assistolia TV FV Dica: Em todos os 4 ritmos devemos manter as Compressões Cardíacas A desfibrilação é indicado APENAS em dois ritmos  FV e TV XY AESP
  • 24. Quando não começar? O profissional de APH não médico, que atua com Suporte Básico de Vida (SBV) não está autorizado legalmente a constatar um óbito, sendo essa função EXCLUSIVA do médico. Antes de tomar a decisão de iniciar a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), o profissional deve avaliar a vítima. A avaliação da vítima será vista detalhadamente mais adiante. Basicamente são três os achados durante a avaliação inicial que conduzem ao diagnóstico de Parada Cardiorrespiratória (PCR): Inconsciência, ausência de movimentos respiratórios e ausência de pulso central (no adulto utilizamos o pulso carotídeo).
  • 25. A não identificação desses sinais de PCR, representa a primeira indicação para não iniciar a RCP. Além disso existem mais 5 situações no SBV, que autoriza o socorrista a não iniciar a RCP, veremos essas situações na próxima página. • Decapitação • Carbonização • Evisceração • Decomposição • Rigor Mortis (Rigidez Cadavérica) Todas as situações descritas anteriormente não são compatíveis com a vida, por esse motivo os esforços de Ressuscitação seriam inúteis. Além disso as 5 situações descritas, são facilmente identificáveis, desta forma, um profissional que esteja atuando no Suporte Básico de Vida não corre o risco de deixar de reanimar um paciente com chances de sobrevida. 24 www.ibraph.com.br2015
  • 26. Decomposição Evisceração Carbonização Decapitação Dica: Os Médicos são os únicos profissionais autorizados legalmente a constatar um óbito Quando não começar a RCP Rigor Mortis
  • 27. RCP no Adulto São considerados adultos todos os seres a partir dos primeiros sinais de puberdade, pelos nas axilas para os meninos e aparecimento de mamas nas meninas. A American Heart Association (AHA) separa os protocolos de SBV em adultos, crianças e lactentes. A principal causa de PCR no adulto é a doença coronariana com o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) sendo 90% dos ritmos iniciais de PCR no adulto representados por FV/TV. O melhor tratamento para esses dois ritmos é a desfibrilação, que não deve ser retarda.
  • 28. A AHA criou a cadeia na sobrevivência da para pacientes vítimas de PCR, representando as 5 etapas fundamentais para a SOBREVIDA dos pacientes vítimas de PCR 27 www.ibraph.com.br 1. Acesso precoce - Identificar a PCR e pedir ajuda precocemente 2. RCP Precoce - Iniciar as manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) Compressões Cardíacas + Ventilações, precocemente 3. Desfibrilação Precoce - Ter acesso de preferência no local na PCR a um Desfibrilador Externo Automático (DEA) e aplicar o choque, quando indicado, precocemente 4. Suporte Avançado Rápido – Esse passo como o anterior, depende do primeiro elo da cadeia. Não devemos esquecer de PEDIR AJUDA! 5. Cuidados PÓS-PCR – Todo paciente vítima de PCR, quando reanimado deverá ter a causa da PCR tratada e receber os cuidados pós PCR em unidade de terapia intensiva 2015
  • 29. Avaliação Inicial A avaliação inicial deve envolver a avaliação da cena e a avaliação do paciente. Essa avaliação se aplica em pacientes a priori inconscientes dentro do Suporte Básico de Vida (SBV). O objetivo da avaliação inicial consiste em checar o nível de consciência qualitativamente, a respiração e a presença de pulso carotídeo. Quando necessário, o socorrista deverá pedir ajuda ainda dentro da avaliação inicial. Veremos nas próximas páginas os 5 passos de uma boa avaliação inicial no SBV para pacientes vítimas de morte súbita. 28 www.ibraph.com.br2015
  • 30. Os 5 Passos da Avaliação Inicial Checar a Segurança do Local A segurança da cena é primordial para a equipe de saúde. Não cabe ao profissionais de saúde adentrar a “zona quente”, sendo esse papel reservado ao corpo de bombeiro e policia, autoridades absolutas nessas circunstâncias. A equipe da saúde deve aguardar a liberação do corpo de bombeiro e/ou policia, uma vez que a segurança da cena esteja garantida, para acessar o local. Em algumas situações, as vítimas são retiradas da zona quente e trazidas para a zona fria para que o atendimento seja efetuado. A segurança do socorrista vem sempre em primeiro lugar! 29 www.ibraph.com.br2015
  • 31. Checar a Responsividade Esse segundo paciente possui diversas funções. Ao mesmo tempo checamos a consciência do paciente, e caso o paciente esteja consciente a perviedade das vias aéreas. Lembrando que neste momento não devemos quantificar o nível de consciência aplicando a escala de Glasgow ou outras e sim qualificar a consciência do paciente em PRESENTE ou AUSENTE. Para isso, devemos adotar a posição do socorrista com um joelho no chão, apoiar as duas mãos na região superior do tórax e aplicar estímulos vigorosos ao mesmo tempo que chamamos o paciente: “SENHOR, SENHOR, PODE ME OUVIR?” 30 www.ibraph.com.br2015
  • 32. Checar a Respiração Caso o paciente não responda aos estímulos táteis e verbais do segundo passo da avaliação, devemos então proceder ao terceiro passo que consiste em chegar a respiração. Para isso devemos observar o tóraxda vítima embusca de movimentos de elevação torácica, compatíveis com uma respiração eficaz. Vale salientar que é possíveis encontrar movimentos compatíveis com respiração agônica ou gasping (mais comum em crianças e lactentes), que deverão ser considerados como PARADA RESPIRATÓRIA). 31 www.ibraph.com.br2015
  • 33. Pedir Ajuda Uma vez identificada a Parada Respiratória, devemos imediatamente PEDIR AJUDA! Para isso devemos Designar alguém que deverá LIGAR PARA O 192 (SAMU) e BUSCAR um DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO (DEA). “Você! Ligue para o 192 e Traga um DEA!” Idealmente deveria ter um DEA por perto para que a desfibrilação não seja retardada (3º Elo da Cadeia da Sobrevivência). Existe uma Lei, que obriga ter um DEA nos Locais públicos com mais de 1500 transeuntes por dia. A tendência é que esse equipamento seja cada vez mais popularizado e disponível em locais públicos e privados pela importância que possui na Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP). 32 www.ibraph.com.br2015
  • 34. Checar o Pulso Central Após pedir ajuda os profissionais de saúde treinados deverão checar o Pulso Central (Pulso Carotídeo no Adulto). A população leiga e profissionais de saúde NÃO treinados previamente em checar o pulso, deverão “PULAR” esse passo e iniciar IMEDIATAMENTE as COMPRESSÕES CARDÍACAS. A checagem de pulso por profissionais não treinados pode atrasar o inicio da RCP e levar a erros de diagnóstico. O profissional de saúde que identificar presença de pulso central e ausência de movimento respiratórios, poderá definir a Parada Respiratória e indicar o início imediato das VENTILAÇÕES de RESGATE. Ausência de movimentos respiratórios e ausência de pulso central caracterizam a Parada Cardiorrespiratória e requer o Início IMEDIATO das RCP 33 www.ibraph.com.br2015
  • 35. Avaliação Inicial Dica: A sequência de avaliação para pacientes vítimas de trauma e afogamento diferem da sequência utilizada para pacientes vítimas de morte súbita Ajuda  SAMU + DEA Respiração Responsividade Local Pulso Central
  • 36. Um livro porCompressões Cardíacas Para falar das compressões, vamos relembrar das Leis de Isaac Newton: Lei 1: Inércia Lei 2: Fr = m.a Lei 3: Ação e Reação Lei 1 – Inércia Toda objeto que está em repouso tende a continuar em repouso, todo objeto que está em movimento tende a ficar em movimento. Para descolocar um objeto que está em repouso ou parar um objeto que está em movimento, devemos APLICAR UMA FORÇA EXTERNA Aplicabilidade da 1º Lei na RCP – Um coração que se encontra em PCR, tende a ficar em PCR, a não ser que uma FORÇA EXTERNA seja aplicada (COMPRESSÕES + VENTILAÇÕES + DESFIBRILAÇÃO) 35 www.ibraph.com.br2015
  • 37. Lei 2: Fr = m.a A Força Resultante de um objeto em deslocamento é Diretamente Proporcional a Massa do Objeto e a Aceleração do Objeto. Quanto maior a Massa do Objeto e quanto maior a Aceleração  MAIOR A FORÇA RESULTANTE. Aplicabilidade da 2ª Lei na RCP – A Força Resultante equivale ao Débito Cardíaco durante a RCP. Para obter um Débito Cardíaco OTIMIZADO devemos comprimir FORTE e RÁPIDO. FORTE = PROFUNDIDADE > 5cm RÁPIDO = FREQUENCIA > 100 vezes/min Atenção! A profundidade e a frequência são inversamente proporcionais. Para atingir a meta de profundidade e frequência devemos equilibrar essas duas variáveis fazendo compressões (UM POUCO) acima de 5cm e (UM POUCO) acima de 100 vezes por minuto. 36 www.ibraph.com.br2015
  • 38. Lei 3: Ação e Reação Toda ação terá uma reação proporcional. Aplicabilidade da 3º Lei na RCP – Uma Compressão bem realizada, atendendo a todas as recomendações técnicas de execução terá uma reação BOA PROPORCIONALMENTE. Além de realizar compressões FORTES (> 5cm) e RÁPIDAS (>100x/min) também é necessário posicionar corretamente 3 PARTES CRÍTICAS  como veremos nas ilustrações a seguir... 37 www.ibraph.com.br2015
  • 39. Um livro porPasso a passo para realização de Compressões Cardíacas 1. Localizar a linha Inter mamilar no corpo do Esterno 2. Posicionar a Região Hipotênar no tórax da vítima 3. Posicionar a outra mão por cima da primeira entrelaçando os dedos 4. Posição correta dos cotovelos e dos ombros Os cotovelos devem estar ESTENDIDOS Os ombros acima da vítima formando um ângulo de 90º 5. Aplicar Compressões FORTES e RAPIDO 38 www.ibraph.com.br 4 2015
  • 40. Compressões Cardíacas Dica: A velocidade e profundidade das compressões são inversamente proporcionais. Cuidado para não comprimir rápido de mais porque você irá correr o risco de estar comprimindo superficialmente Diminuir Interrupções Retorno do Tórax Rápido > 100/min Forte > 5 cm
  • 41. Ventilações no SBV Para ventilar um paciente em Parada Cardiorrespiratória no Suporte Básico de Vida, existem três formas: 1. Boca a Boca 2. Dispositivo Válvula Máscara (Pocket-Mask) 3. Dispositivo Bolsa-Válvula-Máscara (AMBU) 40 www.ibraph.com.br2015
  • 42. Boca a Boca O Boca a boca fornece cerca de 17% de oxigênio para o paciente. Apesar de não existir relatos na literatura de contaminação de socorristas ao realizar essa manobra, é recomendado que profissionais de saúde usem os dispositivos de barreira para realização das ventilação (Veremos a seguir). Para realizar uma ventilação boca a boca eficaz, seguir o passo a passo: 1. Abria via aérea através da inclinação da cabeça com elevação do queixo 2. Vedar 100% a boca do paciente com a boca do socorrista (Boca de peixe). 3. Obstruir as narinas do paciente para evitar o refluxo de ar. 4. Aplicar ventilações observando a elevação do tórax. 41 www.ibraph.com.br2015
  • 43. Válvula Máscara (Pocket-Mask) A ventilação com esse dispositivo fornece cerca de 17% de oxigênio para o paciente a não ser que esteja acoplado a um cilindro de O2, neste caso podemos chegar a mais de 90% de O2. A Pocket-Mask permite tanto com proteção de contato graças a sua estrutura de silicone quanto uma proteção respiratória graças a sua Válvula UNIDIRECIONAL. Alguns modelos podem ser acoplados a uma fonte de O2 e outros não. Para realizar uma ventilação com Pocket-Mask eficaz, seguir o passo a passo: 1. Acoplar a máscara no rosto da vítima de forma a vedar 100% a boca e o nariz do paciente e a não permitir escape de ar pelas laterais. 2. Abrir a via aérea com a manobra de inclinação da cabeça com elevação do queixo. 3. Aplicar ventilações observando a elevação do tórax. 42 www.ibraph.com.br2015
  • 44. Bolsa-Válvula-Máscara (A.M.B.U) A ventilação com esse dispositivo fornece cerca de 21% de oxigênio para o paciente a não ser que esteja acoplado a uma fonte de O2, neste caso podemos chegar a mais de 90% de O2. O A.M.B.U permite tanto com proteção de contato graças a sua estrutura de plástico quanto uma proteção respiratória já que a ventilação é feita pela reserva de ar contida na bolsa. Para realizar uma ventilação eficaz com o dispositivo bolsa-válvula-máscara, seguir o passo a passo: 1. O Socorrista deve se posicionar na cabeça da vítima. Acoplar a máscara no rosto da vítima de forma a vedar 100% a boca e o nariz do paciente e a não permitir escape de ar pelas laterais, utilizando a técnica do “C” e do “E”. 2. Abrir a via aérea com a manobra de inclinação da cabeça com elevação do queixo. 3. Aplicar ventilações observando a elevação do tórax. 43 www.ibraph.com.br2015
  • 45. Ventilações no SBV Dica: Cuidado com a insuflação gástrica, a mesma pode causar aumento da pressão intra-abdominal, vômitos e bronco-aspiração Observar Elevação do Tórax A.M.B.U Pocket-Mask Boca a boca Abertura das Vias Aéreas
  • 46. Mais de 1 Socorrista na Cena Quando temos a oportunidade de ter mais de um socorrista na cena precisamos aproveitar da melhor forma. Cada um terá uma função durante o atendimento. Enquanto o 1º Socorrista está realizando as compressões cardíacas, o segundo Socorrista se posiciona na cabeça da vítima, mantém a via aéreas aberta e aplica ventilações com o AMBU. Após 2min ou 5 ciclos de 30:2, deve ocorrer a troca de funções entre os socorristas, de forma organizada para que não ocorra perda de tempo. Caso tenha um terceiro socorrista na cena, o mesmo poderá segurar a máscara do A.M.B.U no rosto da vítima, realizando uma vedação otimizada, enquanto o segundo socorrista aplica as ventilações. 45 www.ibraph.com.br2015
  • 47. Mais de 1 Socorrista na Cena Dica: Dois socorristas na cena aumentam as chances de sobrevida do paciente. Precisamos utilizar essa oportunidade da melhor forma possível. O entrosamento é tudo. Devemos TREINAR em equipe! Contar em Voz Alta 2 em 2’ ou 5 Ciclos Troca de Funções Funções Ventilação com AMBU
  • 48. DEA O Desfibrilador Externo Automático (DEA) é um aparelho fantástico, desenvolvido para que qualquer pessoa, mesmo não sendo profissional de saúde pudesse administrar uma desfibrilação em um paciente vítima de PCR sempre que houver indicação. O DEA é de simples utilização e foi programado para analisar o ritmo cardíaco do paciente e reconhecer uma FV/TV indicando o choque sempre que necessário. Além disso, o aparelho se comunica por voz e por sinais luminosos no seu painel, com o socorrista, o orientando durante toda a Ressuscitação Cardio Pulmonar (RCP).
  • 49. O Equipamento Existem alguns tipos de Desfibriladores Externos Automáticos no mercado, de diferentes marcas. Todos eles possuem um funcionamento muito similar. Vamos conhecer o equipamento e seus acessórios. Posteriormente iremos aprender o passo a passo para o seu manuseio. 48 www.ibraph.com.br Ligar Controladores de Volume Choque Conector Das pás Alto FalanteLâmina para tricotomia Toalha seca Pás (01 par Adulto e 01 par pediátrico) 2015
  • 50. Passo a Passo O passo a passo para o uso do DEA é muito simples. Devemos agir de forma rápida e precisa. 49 www.ibraph.com.br Posicionar ao lado da cabeça da vítima + LIGAR Colar as Pás no tórax da Vítima Encaixar o Conector das Pás Ouvir! Analisando Ritmos  AFASTAR! Choque Indicado? Sim Não Carregar + Chocar Reiniciar RCP Reiniciar RCP 2015
  • 51. Desfibrilador Externo Automático - DEA Dica: Não devemos retardar o uso do DEA, quando mais rápida a desfibrilação, maior as chances de sobrevida do paciente... Colar as Pás Abrir e Ligar Posicionar ao lado da Cabeça Análise  AFASTAR Choque Indicado? Ouvir Não Sim RCP AFASTAR CHOCAR RCP
  • 52. Um livro por Até Quando? Uma das perguntas muito frequentes quando falamos de Suporte Básico de Vida é: “Uma vez iniciada a RCP, até quando devemos manter os esforços de Ressuscitação? Os médicos são os únicos profissionais autorizados legalmente a constatar o óbito. Os demais profissionais de saúde, não poderão parar a RCP por achar que o paciente morreu. Porém existem 5 situações que autorizam o profissional de Suporte Básico a interromper a RCP. Veremos as 5 situações a seguir.
  • 53. Um livro por 1. Chegada do Suporte a Avançado Quando o Suporte Avançado de Vida chega na cena, através do SAMU 192 ou de qualquer outro grupo de Atendimento Pré-Hospitalar com médico, o Socorrista do Suporte Básico poderá interromper a RCP e passar a responsabilidade pelo atendimento para o Suporte Avançado. Os socorristas do Suporte Básico devem ficar a disposição para auxiliar no atendimento. 52 www.ibraph.com.br2015
  • 54. Um livro por 2. Paciente Reanima A segunda situação que autoriza o socorrista a interromper a RCP é quando o paciente REANIMA. É importante salientar que REANIMA significa que o paciente... TOSSE, RESPIRA ou se MOVIMENTA. O Mnemônico TRM, ajuda a lembrar desses 3 sinais sugestivos. Quando o paciente Reanima o paciente deve ser colocado na posição lateral de segurança e deve ser monitorizado continuamente até a chegada do Suporte Avançado. O paciente corre o risco de ter uma nova PCR a qualquer momento. 53 www.ibraph.com.br2015
  • 55. Um livro por 3. Exaustão O Socorrista exausto está autorizado a interromper a RCP. Aqui devemos salientar que exaustão é diferente de cansaço. Costumo definir exaustão como o nível de cansaço que você interromperia os esforços caso a vítima fosse a pessoa mais querida de sua vida. Sempre que houver mais de um socorrista na cena, é imprescindível REVEZAR as compressões a cada 2 min ou 5 ciclos de 30:2 no máximo! Exaustão = Cansaço 54 www.ibraph.com.br2015
  • 56. Um livro por 4. Ambiente de Risco Caso um ambiente inicialmente seguro, evolua para um ambiente de risco ou zona quente, durante o atendimento, o socorrista está... ...autorizado a interromper a RCP para preservar a sua integridade. Quando a vítima for uma criança pequena, e for possível transportar essa vítima com facilidade, o socorrista poderá realizar o transporte para um local mais seguro, ou zona fria. Exemplos de zona quente no APH, são, incêndios, riscos de explosão, tiroteios, rodovias com movimento de automóveis entre outros... 55 www.ibraph.com.br2015
  • 57. Um livro por 5. Mudança de prioridade No APH quando estamos falando de incidentes com Múltiplas Vítimas, devemos sempre realizar uma triagem rápida para classificar os paciente com risco de morte. Dentre os paciente graves, devemos priorizar aqueles que possuem a maior chance de sobrevida. Caso esteja sendo realizada RCP em um paciente e que durante o atendimento surja outro paciente que necessite de atendimento e que se encontra com maior chance de sobrevida, devemos interromper o atendimento inicial e voltar os esforço para o segundo paciente. Quando existem socorristas suficientes para atender ambos os pacientes, neste caso é claro, podemos manter o atendimento para ambos. 56 www.ibraph.com.br2015
  • 58. Até Quando Reanimar no SBV? Dica: Para memorização utilizar o mnemônico 5 “H” e 5 “T” descrito no material didático do ACLS Ambiente de Risco Exaustão Reanima (T.R.M) Chegada do Suporte Avançado Mudança de Prioridade
  • 59. Um livro por Acha que acabou? Esse E-book deve funcionar como ponto de partida para algo muito maior. Trata-se de um ótimo começo. Se você leu com atenção e estudou esse e- book, então você já tem uma boa noção de Suporte Básico de Vida em Adultos e do uso do Desfibrilador Externo Automático. Quando falando de Suporte Básico de Vida, podemos separar os conteúdos em 3 grandes grupos. Veremos a seguir...
  • 60. Um livro por Visão Geral do MUNDO Suporte Básico de Vida - SBV 1. Suporte Básico de Vida em pacientes clínicos 2. Suporte Básico de Vida no Afogamento 3. Suporte Básico de Vida no Trauma Esse E-book focou em uma parte no primeiro grande grupo: Suporte Básico de Vida em Pacientes Clínicos. Segue o conteúdo programático completo do curso de Suporte Básico de Vida em Pacientes Clínicos: 1. RCP no Adulto (ABORDADO NESSE E-BOOK) 2. Desfibrilador Externo Automático (ABORDADO NESSE E-BOOK) 3. RCP na Criança 4. RCP no Lactente 5. Desobstrução das Vias Aéreas em Adultos/Crianças 6. Desobstrução das Vias Aéreas em Lactentes Portanto se deseja aprofundar seu conhecimento no Suporte Básico de Vida, gostaria de lhe dizer que você está no caminho certo! Estarei com minha equipe a sua disposição para trazer todos os conteúdos que precisa para aprofundar os estudos e se tornar um MULTIPLICADOR do BEM! 59 www.ibraph.com.br
  • 61. Tem Mais... Dica: Lembre-se que a vida não é um Sprint e sim uma Maratona... Um passo de cada vez nos levará ao Horizonte... Engasgo Lactentes Crianças SBV ONLINE Afogamento Trauma