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EDIÇÃO DE DEZEMBRO DE 1995                                                                       Preço: 20$00

                      EDITORIAL:
           Lá fora a noite brilha. E do recanto de cada casa
sobressaem sorrisos dourados envoltos em papel de fantasia,                             COPIMODEL
iluminados pelo som ondulante de velas multicores.                                      Fotocópia - Modelismo
                                                                                           e Serviços, Lda.
   À volta de um pinheiro decorado com alegrias passadas e
presentes, partilham-se sonhos para um futuro á medida de
cada coração.
           Este é o Natal de todos os que o comemoram, e que           FOTOCÓPIAS A PRETO E BRANCO
nesta época formulam desejos para um mundo melhor, em que               FOTOCÓPIAS A CORES (LASER)
a luz da felicidade irradie os rostos cansados e sofridos de         FOTOCÓPIAS DE GRANDES FORMATOS
todos os seres, e que a espada da justiça saiba separar o bem          FOTOCÓPIAS EM PAPEL ESPECIAL
do mal, punindo o mal e compensando o bem.                               ENCADERNAÇÕES TÉRMICAS
           Depois chega a noite mais longa do ano, sai-se de           ENCADERNAÇÕES COM ARGOLAS
casa para a comemorar e regressa-se só no ano seguinte. E é                   PLASTIFICAÇÕES
então que, envolvidos na esperança de que o novo ano nos                   IMPRESSÃO EM T-SHIRTS
possa trazer a felicidade há muito desejada, uma súbita energia       Rua Pedro de Santarém, Lj. 120
aloja-se no interior da nossa alma e nos faz sentir determinados   Tel. (043) 23401   -   2000 SANTARÉM
a começar uma nova vida, neste "novo" mundo.
           No entanto, não passará muito tempo para nos
voltarmos a acomodar à rotina de sempre, aos mesmos
tropeções, aos mesmos erros... Enfim ao mesmo mundo,                         Geração Rasca
donde um dia saímos atraídos pelo brilho e pela alegria da                      Pág. 3
passagem de mais um ano da nossa vida, em que o ambiente
de festa, de fraternidade, de compaixão e de solidariedade nos        Directo Com Mónica Mendonça
leva a desejar que este se prolongue indefinidamente até se
                                                                                 Pág. 6
tornar rotina. Falta depois a força de vontade, o apoio de todos
e a ambição de construir um mundo melhor, em que dar é tão
ou mais importante que receber é cobardemente esquecida...           Entrevista À Dr.ª Teresa Campos
Pelo menos, até ao próximo Natal e até à próxima passagem                         Pág. 8
de Ano.
           Mas antes que este sentimento se aposse de mim,                  Falando de Rádio
deixem-me desejar-vos com toda a sinceridade um bom Natal e                      Pág. 10
um feliz Ano Novo. Aproveitem bem o espírito natalício para
desenvolver acções com que se possam orgulhar durante todo
o ano. E não deixem de lutar pelo que acham que têm direito,
sabendo que os objectivos atingem-se com as pequenas
vitórias do dia-a-dia. Lembrem-se que o mundo está cheio de
pessoas que procuram a suprema felicidade, e ao mesmo
tempo menosprezam a simples satisfação.
                                         Luzia Valentim
                       SUMÁRIO
Pág. 2                                                                                                O IDEIAS
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                                                Foi Notícia...
   17/11 Decorreu no Auditório da ESGS um colóquio, seguido com uma visita à empresa Compal, em Almeirim. Puderam
   participar nesta iniciativa, organizada pelo Professor Sérgio Rato em colaboração com a Comissão Instaladora e com o
   Instituto Português da Qualidade, todos os alunos e professores da nossa escola.
   22/11 Teve lugar na sala de convívio da AE o Tribunal de Praxe, organizado este ano pela primeira vez, na nossa escola,
   onde desfilaram os caloiros acusados de incumprimento dos regulamentos de Praxe.
   A Dr.ª Teresa Campos foi nomeada Administradora dos Serviços de Acção Social Escolar do Instituo Politécnico de
   Santarém.
   23/11 Realizou-se uma reunião de esclarecimento sobre a Acção Social Escolar, em que foram convidados a participar
   representantes das AE.s de todas as escolas do IPS.
   28/11/95 A lista “A”, única candidata este ano á AE da nossa escola, organizou uma sessão de esclarecimento no
   auditório, para todos os alunos da ESGS.
   Prosseguem as reuniões entre a Comissão Instaladora, o Concelho Científico, Professores e Alunos para o CESE de
   Gestão Autárquica.
   6/12/95 Realizou-se o referendo para a AE da nossa escola, cujo resultado se cifrou em: 70 votos a favor, 12 contra e 1
   nulo.
   O prazo de candidatura ao programa ERASMOS terminou no dia 7/12/95.



                                                   É Notícia...
   Estão abertas as inscrições para os alunos do penúltimo ano do curso que frequentam, para a realização de estágios
   (PJENE) remunerados, com duração mínima de 1 mês e máxima de 3 meses entre Julho e Outubro de 1996. As inscrições
   podem ser entregues até ao dia 19 de Abril de 1996. Para mais informações contactar a AE da nossa escola.

   Estão abertas as candidaturas para o VIII Concurso Europeu Para Jovens Cientistas, destinado a estudantes dos 15 aos
   21 anos, e que se encontrem a frequentar o 1º ano do ensino superior. Os prémios podem ir até aos 350.000.$00 em
   material científico. Podem adquirir mais informações junto da AE da nossa escola.
                                                                                                       Luzia Valentim


        Nota de Redacção:
A equipa de redacção deste jornal vem por este meio esclarecer todos os interessados que:
        1. “O IDEIAS” não pretende ser um jornal de lavagem de “roupa suja”.
        2. As respostas dadas nas entrevistas, salvo erros de interpretação, são da responsabilidade dos entrevistados. E
           atendendo ao direito de livre expressão, serão publicadas as suas respostas sem censura, mesmo que nos
           pareçam incorrectas ou falsas.
        3. Reservamos para nós o direito de arbitrariedade de publicação de artigos, assente na oportunidade dos mesmos
           (incluindo também os que nos chegam como resposta a anteriores).
        4. O objectivo principal deste jornal é informar, divulgar, e possibilitar o intercâmbio de ideias entre os diversos
           componentes deste estabelecimento de Ensino Superior.
        Por último gostaríamos de agradecer a todos os professores, funcionários e alunos que ao longo deste mês vieram
ter connosco com o intuito de oferecer a sua colaboração para o jornal; fazendo votos de poder continuar a contar com a
vossa disponibilidade para que estas doze páginas se tornem no jornal de toda a escola.
        A todos os nossos leitores desejamos um bom Natal, um próspero Ano Novo e sobretudo umas boas férias.


                     Geração Rasca e Fúria Anti-sebentista
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O IDEIAS                                                                                                      Pág. 3
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                                                         Por:
                                              Engº Jorge Constantino
                                            (Assist. Área de Informática)

          Não duvido que todos os relatórios e estudos           dimensão das turmas) não condicionam o tipo de
elaborados pelos melhores especialistas mundiais apontem         aprendizagem? Uma aposta mais agressiva na formação
para um ensino que não 'forme' autómatos e recitadores de        permanente (incluindo pedagógica) dos docentes será
fórmulas. Contudo, custou-me ver, num número anterior            desnecessária? Uma cooperação mais visível da escola
d'O IDEIAS, invocadas as palavras desses melhores                com o meio empresarial terá pouca importância na
especialistas para dizer mal das sebentas, sem acompanhar        adequação dos programas das disciplinas? O conflito entre
essas palavras dum levantamento dos motivos que terão            os mundos do ensino e do emprego (o primeiro a não
levado quem mais as contesta (os alunos - e foi como aluno       querer formar autómatos recitadores de fórmulas e o
que eu aprendi a contestá-las...) a querer tê-las agora de       segundo a propôr cada vez mais empregos informatizados
volta.                                                           para os quais se procuram autómatos recitadores de
          O problema é comparável a outros fenómenos             fórmulas) já foi resolvido? A perspectiva de uma feroz
(xenofobia e ultra-nacionalismos, droga e prostituição,          competitividade no mercado de trabalho, com o inerente
violência juvenil e criminalidade, etc): haverá sempre bons      risco do desemprego, não leva ninguém a fazer nas
especialistas capazes de condenar esses fenómenos, sem           sebentas a busca ilusória duma melhor formação? A
que essa condenação resolva por si só os problemas -             criação de foruns de debate na Escola (louve-se o
critica-se por causa dos efeitos (aceito!), mas ignora-se ou     pioneirismo de O IDEIAS) não ajudaria os mais vulneráveis
fala-se com muito pouca convicção das suas causas (acho          a resistir aos encantos do sebentismo, contribuindo para a
mal!).                                                           procura de formas alternativas de ensino? E a recente
          Tal como nesses casos (em que mais vale prevenir       greve dos docentes não foi, afinal, um grito de protesto
do que reprimir), preferia ver discutir novas formas de evitar   contra os graves problemas que os afectam e, por inevitável
o sebentismo do que assistir à sua condenação pura e             consequência, aos seus alunos?
simples. Por isso, no início de cada ano lectivo, naquela                  Sebentas outra vez: porque será? Por mero
fatídica primeira aula que coroa os vencedores da corrida        "rasquismo"? Acho que sim. Mas por um "rasquismo" que
ao Ensino Superior e em que sinto recair sobre mim todo o        está menos nas pessoas e mais nas situações que as
peso da responsabilidade de não trair as suas enormes            condicionam (alunos, docentes, funcionários, dirigentes, ...).
expectativas, lá me vêm à cabeça, vezes sem conta, as            Sou contra as sebentas, mas que a situação está negra, lá
mesmas perguntas. A percentagem de alunos que não está           isso está. E quando isso acontece... salve-se quem puder.
no seu curso preferido não tem nenhum efeito no processo         Vem nas sebentas!
educativo? As condições de ensino (nomeadamente a




                                                  Sabias que ...
          No século XIV em Londres, os fiscais da cerveja, para além de exigirem o pagamento de taxas, tinham outra função:
assegurarem-se de que a cerveja vendida era de boa qualidade. Para tal, vertiam um pouco de cerveja para um banco e
sentavam-se em cima durante cerca de meia hora. Se ao fim desse tempo não conseguissem levantar-se facilmente,
siginificava que a cerveja tinha açúcar em excesso.

        O homem mais pequeno do mundo Djail Salih, algeriano, media aos 25 anos de idade, em 1990, 55 centímetros e
pesava apenas 5 quilos.

         Isabel de Castela morreu de uma úlcera que não quis mostrar. A extrema unção foi-lhe administrada debaixo dos
lençóis porque não quis mostrar os pés.

        Na Índia, durarnte a época das monções uma única chuvada pode cobrir o solo com a mesma porção de água que
cai em França durante um ano.




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Pág. 4                                                                                                O IDEIAS
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                                         FOMOS A TRIBUNAL...
          “Deuses, defendei-me do fogo,
           da fome das espadas,
           da fúria do mar,
           do raio do trovão
           e da violência do amor.”
                                    In Medeia, Eurípedes.

          Decerto, Eurípedes ainda não conhecia a garra académica!
          Isso mesmo, garra. Cumprir um dever académico: praxar. Mostrar quem faz afinal as regras.
          Ser reles e miserável caloiro, não tem nada de anormal, todos o fomos e hoje somos respeitáveis veteranos. E...
quem não cumpre as regras aprende da maneira dura.
          Embora com uma aparente desorganização inicial, começou o Tribunal. Mas não sem antes, os reles e miseráveis
vermes dos réus, terem aprendido a respeitar e ter boas maneiras para com o Tribunal... Em todos predominava uma
esquisita e excitante sensação. Uma alegria e boa disposição fazia com que até os mais cépticos sentissem correr em si um
espiritismo de prazer! Afinal, é essencial ao ser humano demonstrar a sua agressividade positiva.
          E... se a alguém chocou as cenas do Tribunal, desenrasquem-se com essa vossa moral, decerto não vão conseguir
sobreviver na selva urbana onde estamos enfiados.
          Aos reles e miseráveis vermes dos réus, lembrem-se, só tiveram o que pediram!!
          A regra é a do mais forte. Sempre foi, qual é o espanto?!
                                                                                                                          Sílvia Inácio


                                            Finalizando As Praxes
            No passado dia 23 de Outubro iniciaram-se na ESGS as        exteriores à Comissão de Praxe incluindo caloiros e de lamentar a
nossas “belíssimas” e tradicionais praxes, das quais os caloiros        parca colaboração da grande maioria dos veteranos e de muitos
“gostaram” muito, e jamais esquecerão esta semana de contacto           caloiros.
com os magnânimos veteranos. Ao longo desta semana o caloiro                      Voltando à questão das “massas verdinhas”, obtivemos
viu-se obrigado a pagar um total de 700$ pelos seguintes objectos:      ainda dinheiro da parte dos veteranos através da compra dos
fita, cartão de identificação, sapato e fotocópias com as canções e     diplomas, 200$ cada, destinados aos «Reles e Miseráveis
os mandamentos do caloiro.                                              caloiros». Finalmente o dia da grande festa, a Festa do Caloiro, e
            A Comissão de Praxe exigiu este dinheiro aos caloiros de    mais verdinhas a entrar para a caixa, nomeadamente quando se
modo a conseguir verbas para os materiais que iriam ser utilizados      verificou que o consumo de vinho foi muito inferior ao esperado,
no desfile. Mas a angariação de verbas não se limitou a estas           estes caloiros são mesmo reles e miseráveis.
vendas, foram colocados caloiros «mascarados» em pontos                           Liquidadas as nossas compras, tendo pago o serviço dos
estratégicos do centro da cidade a realizar um peditório. Embora        bombeiros relativo ao baptismo, interrogámo-nos sobre como
as perspectivas relativamente ao peditório não fossem muito             aplicar o montante restante. Colocámos de parte o dinheiro da
optimistas este revelou-se extremamente positivo através de um          Festa da Horta da Fonte destinado à Comissão de Finalistas e feitas
saldo de 44 contos em apenas 2 horas e meia.                            as contas sobraram 55 000$. Decidimos aplicar esta quantia em
            A compra de materiais teve início imediatamente após o      actividades desenvolvidas nesta escola, nomeadamente Tuna
término das praxes, com uma análise cuidada quanto à qualidade e        Académica, equipa de Volei e futura equipa de Basquetebol,
preço dos produtos já que o dinheiro nunca é demais. Chegada a          certamente haverá críticas a esta decisão mas achámo-la a mais
hora do desfile tínhamos praticamente 100% dos fatos prontos, os        correcta e a mais proveitosa. Quanto ao caso do corte de cabelo, a
balões cheios e, felizmente para os caloiros, várias garrafas de        Comissão de Praxe, não aconselhou a caloira a apresentar queixa,
água, não esqueçamos que no ano passado foi um sufoco pois não          disse-se, isso sim, que a apoiaríamos fosse qual fosse a sua
havia água para ninguém.           Pretendia-se, enquanto houvesse      decisão. Para aqueles que sempre, ou quase sempre, duvidaram
dinheiro, gastá-lo em favor dos caloiros pois era destes a              da competência e até da honestidade da Comissão de Praxe
proveniência do dinheiro.                                               espero que a vitória no desfile, o facto de ainda ter sobrado dinheiro,
            Após a realização do desfile, concluído com uma brilhante   a aplicação deste e o presente artigo venham colocar um ponto final
vitória, que bem que soube, não esquecendo que o primeiro lugar         na questão.
para a ESGS nunca esteve em questão, sentiu-se finalmente a
recompensa pelo esforço desenvolvido ao longo de duas semanas                              Carla Santos (Xira) e Rui Costa
e meia. De realçar a excelente colaboração de alguns elementos


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O IDEIAS                                                                                                   Pág. 5
           ______________________________________________________________________________________//////////////



                        QUAL O PAPEL DOS ALUNOS NO
                             ENSINO SUPERIOR
          Esta é uma questão bastante premente, tanto                      Relativamente aos professores e aos órgãos
mais que se vai dar início a um processo de definição            directivos, subsiste o dogma da intocabilidade da
desse mesmo papel no microcosmos chamado Escola                  autonomia científica e na crença da pseudo-
Superior de Gestão de Santarém, via elaboração de                irresponsabilidade e da pseudo-imaturidade dos alunos, o
estatutos próprios e revisão de regulamentos afins.              que em última análise acarreta a marginalização destes, ou
          Este papel passa, a meu ver, pelo incremento de        no mínimo, a sensação de que estes são ouvidos mas não
responsabilidades atribuídas aos alunos e por uma cada           escutados, donde resulta que as suas propostas e os seus
vez maior integração dos seus representantes nos                 pedidos de esclarecimento são liminarmente rejeitados por
meandros da gestão e orientação dos estabelecimentos de          provirem donde provêm.
ensino superior onde se inserem. Esta maior integração,                    Assim sendo, eu pergunto se não será possível
assente sobretudo num estreito diálogo entre a AE , os           criar bases, quer estatutárias, quer orgânicas, que
professores e os órgãos directivos (não esquecendo os            permitam que os alunos e os seus representantes
funcionários), possibilitará o franco debate sobre problemas     questionem, peçam esclarecimento ou mesmo apresentar
reais, ideias possíveis e posturas correctas e a existência      alternativas sobre as linhas gerais de orientação do
de um maior número de actividades curriculares e                 estabelecimento de ensino onde se inserem ou sobre
extracurriculares. Em suma, permitirá um esforço conjunto        criação ou alterações curriculares?
de trabalho e dedicação tendo em vista uma cada vez                        Pergunto se não será possível que essa proposta
maior valorização do estabelecimento de ensino e dos seus        provenha de quem de direito, (seja elemento directivo ou
formados.                                                        professor), de uma forma simples directa, correcta e
          Contudo, vários problemas estruturais e                fundamentada, ainda que muito crítica e negativa?
conjunturais subsistem. Relativamente aos problemas                        Pergunto se é assim tão inconcebível a ideia da
conjunturais, (e reporto-me apenas ao microcosmos                criação de um ensino superior onde as entidades
chamado ESGS), estes prendem-se sobretudo com a                  directivas, professores e alunos, quando errem, assumem
impossibilidade dos alunos participarem, opinarem e              que erraram (pois errar é humano) trabalhando-se em
dizerem de sua justiça aquilo que pensam sobre tudo o que        conjunto no sentido de se rectificarem esses erros.
lhes diz respeito porque o regime de instalação ainda                      Pergunto se é assim tão monstruoso, acreditar
subsiste e o regulamento interno é penalizante nesse             que os alunos são elementos responsáveis e que podem
aspecto. Esta situação deverá ser ultrapassada pela              dar um grande contributo para o engrandecimento do
elaboração e consubstanciação dos estatutos escolares e          estabelecimento de ensino onde se inserem.
regulamentos afins, diplomas estes que devem consagrar                     Pergunto se é assim tão difícil que os alunos se
um papel muito mais participante para os alunos e,               capacitem que já não estão na Escola Secundária, que têm
finalmente, assegurar que estes sejam membros activos de         direitos que não devem ser esquecidos, que têm muito
pleno direito da nova estrutura interna da ESGS, com             mais responsabilidades e deveres que não podem ser
direitos e deveres acrescidos.                                   negligenciados e que têm oportunidades de participar e
          No que diz respeito aos problemas estruturais          opinar, as quais devem ser aproveitadas.
estes prendem-se sobretudo com a subsistência de                           Ciente, estou, de que os estabelecimentos de
algumas mentalidades arcaicas, que pululam entre os              Ensino Superior nunca poderão, nem deverão, ser
alunos, entre os professores e entre os elementos                “geridos” pelos alunos mas, acredito que estes têm de ter,
directivos, mentalidades essas que foram exacerbadas             doravante, um papel muito mais activo e integrado na
pelo arrastar da vigência do regime de instalação.               estrutura interna das escolas.
          Por parte dos alunos, subsiste a mentalidade que                 Acredito que todos temos a ganhar se se
o ensino superior não é mais do que um mero seguimento           conseguir criar um clima de confiança apreço e respeito
do ensino secundário, onde o que interessa é "deixar             mútuos. Acredito sobretudo na praticabilidade daquilo que
andar", "não levantar ondas, pois os professores têm a faca      defendo.
e o queijo na mão", etc..., realidade esta que origina grande                                   Armando Rodrigues
indiferença e comodismo face a tudo quanto os rodeia,
perdendo-se desta forma não só o espírito de iniciativa, de
crítica e, quando necessário, de contestação mas também
a oportunidade de crescerem, moldarem a sua
personalidade e prepararem-se para o mundo não
estudantil.

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             EM DIRECTO COM MÓNICA MENDONÇA
          Visto que se encontra a decorrer o processo de eleição e tomada de posse de novos corpos directivos da Associação
de Estudantes da ESGS, o IDEIAS decidiu entrevistar a candidata a Presidente da Direcção pela única lista concorrente,
Mónica Mendonça, com o intuito de divulgar um pouco mais as suas ideias e projectos.
          ? O IDEIAS - Na tua opinião, qual deverá ser o papel dos alunos e seus representantes no ensino superior?
          Mónica Mendonça - Penso que deve ser um papel interventivo. Deve tentar promover o diálogo entre as partes pois
só assim se pode alcançar consensos que permitam melhorar a educação.
          ? O IDEIAS - Consideras que, actualmente, os alunos muitas vezes são ouvidos mas não são escutados?
          MM - Julgo que esse problema não é de agora, pois houve, após o 25 Abril, uma liberalização dos costumes que
originou excessos. Esses excessos provocaram uma certa imagem de descrédito e irresponsabilidade que prejudicou a
imagem dos alunos. Actualmente, os alunos ainda sofrem consequências desses excessos.
          ? O IDEIAS - Achas que a integração dos alunos nas estruturas orgânicas das escolas deve ser feita somente ao
nível do conselho pedagógico?
          MM - Acho que esta participação deve ser feito num conselho pedagógico de âmbito alargado, onde entre outras se
discutam questões relacionadas com aspectos científicos e de orientação de uma cadeira ou de um curso que os alunos
sintam que está a ser dado de uma forma menos boa, questões relacionadas com a ligação escola-meio e questões
relacionadas com o funcionamento organizativo da escola enquanto instituição. Os alunos podem ter opiniões diferentes
nestas matérias que devem ser escutadas.
          ? O IDEIAS - Então a autonomia científica não é intocável?
          MM - Não o deve ser, os alunos devem participar também nesta área.
          ? O IDEIAS - No teu entender, quais são os reais problemas que afectam a ESGS e a sua AE?
          MM - No meu entender, existe um afastamento entre as pessoas que decidem e a realidade. Os próprios alunos,
quando têm problemas, não tentam resolvê-los, limitam-se a tentar superá-los individualmente ou somente com a ajuda do
parceiro do lado. Nem sequer tentam superar os seus problemas em conjunto. Ao nível da AE, esta não tem defendido os
alunos, limitando-se somente a desenvolver alguns projectos que, sendo importantes, não demonstram o que é mais
essencial, que é a realidade, aquilo que se vai passando.
          ? O IDEIAS - Achas que na ESGS existe aquele sentimento que os alunos são ouvidos mas não são escutados?
          MM- Até certo ponto isso acontece. Talvez isso aconteça porque aqui ainda não houve uma demonstração do real
peso dos alunos. Os esforços que existiram foram isolados e desorganizados,.
          ? O IDEIAS - Subsiste entre os alunos uma mentalidade estilo “escola secundária”?
          MM - Sim, verifico isso, pois os alunos sabem que os problemas existem mas não agem porque acham que não vão
conseguir fazer nada que altere a situação.
          ? O IDEIAS - Qual irá ser a grande aposta desta nova AE?
          MM - A nossa grande aposta será incrementar o diálogo entre as partes. Como forma de melhorar o diálogo com os
alunos, pretendemos fazer funcionar as RGA, pôr à disposição dos alunos uma caixa de sugestões, promover inquéritos e
lançar debates sobre temas actuais com objectivo de ter mais dados sobre as ideias e problemas dos alunos. Relativamente
à Comissão Instaladora e professores pretendemos levar a cabo reuniões periódicas informais. Reuniões formais só poderão
existir quando os estatutos forem aprovados.
          ? O IDEIAS - Qual será a posição e o modo de actuar da AE no processo de elaboração de estatutos e
regulamentos afins?
          MM - Visto que já existe um elemento da antiga AE a trabalhar na elaboração de uma base de trabalho de
estatutos, pretendemos “apenas” apresentá-la em RGA aos alunos explanando quais são as hipóteses de escolha e suas
consequências. Acompanhando todo este processo estará uma pessoa com experiência em estatutos capaz de avaliar a
legalidade das propostas. Tudo isto será feito com o intuito de reforçar a opinião dos representantes dos alunos na
Assembleia Geral de criação de estatutos.
          ? O IDEIAS - Que outras iniciativas irão ser levadas a cabo?
          MM - Serão desenvolvidas acções em várias áreas, tais como o desporto, reprografia, cultura e área científica.
Dentro do Desporto, haverá duas vertentes: a da saúde e a do intercâmbio estudantil. Dentro da Reprografia, pretendemos
torna-la mais eficiente e mais organizada, continuando a preferir que sejam estudantes necessitados a trabalhar nela. Dentro
da Cultura, teremos várias “secções” com o jornal, que será apoiado mantendo-se no entanto autónomo; a rádio, onde será
estendida a ligação a todo o Complexo Andaluz (tentando-se talvez expandi-la às outras escolas) e onde tentar-se-á melhorar
a qualidade dos programas; e a tuna, onde existirá um apoio organizativo forte por parte de AE (para que esta secção não
pare), com regras definidas e um pouco mais de disciplina e organização. Tencionamos igualmente promover visitas de lazer
(dar a conhecer Portugal), pôr à disposição uma banca de jornais e revistas técnicas e lançar seminários sobre temas gerais

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relacionados com a juventude (racismo SIDA,. etc..). Relativamente à área científica pretendemos fomentar o UNIVA
(principalmente a vertente de estágios), realizar visitas de estudo e exposições técnicas. Pretendemos ainda lançar um
projecto de assistência técnica de software e hardware informático, destinado principalmente aos alunos que tenham poucas
bases em informática e criação de um posto ligado à Internet.
         ? O IDEIAS - Haverá distinção entre alunos e sócios?
         MM - Todas as iniciativas são voltadas para os sócios, que serão beneficiados monetariamente. Contudo, todos os
alunos serão defendidos e poderão usufruir dos serviços prestados pela AE.
         ? O IDEIAS - Qual será a posição da AE face a movimentos autónomos dos alunos? A AE irá tutelá-los ou
supervisiona-los?
         MM - Não deverá fazer nem uma coisa nem outra, deverá orientá-los. Se essas estruturas não existem, a AE deve
tentar criá-las; se já existem mas não conseguem subsistir sozinhas, a AE irá apoiá-las fortemente e deverá tutelá-las,
qualquer que seja essa estrutura; se essas estruturas tiverem “pernas para andar”, ser-lhe-á dado o apoio que necessitarem.
         ? O IDEIAS - Quais deverão ser os objectivos da FAS?
         MM - A FAS deverá defender os alunos de Santarém quer a nível regional quer a nível nacional. Deverá (e isso não
está a ser feito), pensar em dar mais voz aos estudantes desta cidade do que propriamente recriá-los.
         ? O IDEIAS - O que poderá ser feito em matéria de Acção Social Escolar?
         MM - Deverá haver uma participação mais activa dos alunos, quer através das AE, quer (e principalmente) através
da FAS na recém criada Comissão para a Acção Social Escolar, em matérias tão diversas como a questão dos montantes das
bolsas, das residências e da problemática do financiamento da própria Acção Social Escolar, por exemplo.
         ? O IDEIAS - Diga-nos uma frase que defina o espírito desta nova AE.
         MM - “ Vem e participa, pois não estás só na escola.”
         ? O IDEIAS - Se quiseres transmitir alguma mensagem, força.
         MM - O que eu tenho a dizer é que estamos cá e existimos. Queremos falar com toda a gente no sentido de se
conseguir criar um ambiente muito mais familiar e agradável dentro desta escola. É esse o nosso propósito.

                                                                                               Armando Rodrigues




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                ENTREVISTA À DR.ª TERESA CAMPOS
          Sendo do conhecimento geral que a residência do Complexo Andaluz já deveria estar a servir os alunos, o que não
se verifica ainda, a direcção do jornal resolveu entrevistar a Dr.ª Teresa Campos, administradora da acção social escolar
desde o passado dia 2 de Novembro. A entrevista decorreu no seu gabinete na passada quarta-feira dia 6 de Dezembro pelas
14h30m.
          Aqui fica o essencial dessa entrevista que se prolongou um pouco mais do que estava previsto e que assumiu mais a
forma de conversa, dada a extraordinária capacidade de comunicação da Dr.ª Teresa Campos.

         ? O IDEIAS - Em termos de estruturas físicas a residência do Complexo Andaluz está pronta para ser ocupada.
Confirma?
         Dr.ª Teresa Campos - Sim, de facto a residência do Complexo Andaluz está pronta a servir os estudantes, falta
apenas fazer a ligação do gás ao equipamento, mas isso é rápido, faz-se praticamente de um dia para o outro. Aliás só ainda
não foi feito porque será melhor, do ponto de vista técnico proceder-se a essa ligação pouco antes da ocupação das
residências...

         ? O IDEIAS - Então porque é que os alunos ainda não podem beneficiar desta nova estrutura?
         TC - O que se passa é que falta o equipamento necessário para que o interior das residências possa satisfazer as
necessidades dos alunos. E porque é que falta esse equipamento? Simplesmente porque ainda não recebemos o visto do
Tribunal de Contas, pois é com dinheiros públicos que esse equipamento é adquirido. De qualquer das formas este processo
deve ser resolvido até Janeiro de 1996.

         ? O IDEIAS - Uma das críticas mais comuns dos estudantes tem sido a falta de homogeneidade de critérios entre
as escolas no âmbito da acção social; pode garantir-nos que haverá homogeneidade de critérios aquando da apreciação das
candidaturas?
         TC - A ocupação das residências (tal como para as bolsas de estudo) não é um processo linear; não é fácil
determinar o montante a receber pelos bolseiros, isto não é uma questão objectiva, mas tentarei sempre, no que me diz
respeito, fazer com que haja uma convergência e uma homogeneidade na aplicação dos critérios estabelecidos tanto quanto
fôr possível. Mas creio que esse problema está a ser progressivamente ultrapassado, pelo menos é o que posso constatar
pelo nº de reclamações que tenho recebido.

          ? O IDEIAS - Quais os critérios que serão tidos em conta para a ocupação das residências?
          TC - Bem, neste preciso momento não posso dizer quais são os critérios que vão ser aplicados porque esses
critérios têm que ser definidos pelo Conselho de Acção Social que, tal como prevê o nº2 do artigo 10º do decreto-lei nº129/93
de 22 de Abril, será constituído pelo reitor ou presidente da instituição de ensino superior, pelo administrador para a acção
social e por dois representantes da associação de estudantes, um dos quais bolseiro.
No passado dia 23 de Novembro houve uma reunião com as associações de estudantes, mas só estiveram presentes a
E.S.G.S. e a E.S.E.S. Por outro lado estou também à espera que a lista candidata à A.E. da E.S.G.S. seja eleita para que
possamos avançar com uma nova reunião com vista a discutir as propostas que forem apresentadas, portanto assim que os
estudantes estiverem disponíveis o processo pode avançar, até porque eu já tenho uma proposta.

          ? O IDEIAS - De facto os estudantes às vezes querem ter acesso a determinadas coisas, mas quando são
solicitados a participar, simplesmente cruzam os braços. Teme que isso aconteça neste caso concreto?
          TC - É óbvio que temo que isso aconteça, mas creio que isso não vai acontecer. Note-se que são os estudantes os
principais beneficiários das residências.

         ? O IDEIAS - Pode adiantar-me quais é que serão as pessoas responsáveis pela apreciação das candidaturas?
         TC - Uma vez que o Conselho de Acção Social ainda não foi criado também ainda não posso dizer quem é que vai
ser responsável por esse processo.

         ? O IDEIAS - E relativamente a projectos para construir novas residências?
         TC - Bem, já construímos a residência de Tomar, esta começará a funcionar em breve, mas temos ainda um
projecto para construir uma residência em S. Pedro, depois avançamos com uma 2ª residência aqui no Andaluz, que na
realidade não será uma 2ª residência será um prolongamento desta, pois é mais barato. Além disso pretendemos depois
avançar também com uma 2ª fase em Tomar e estes são os principais. Cada residência construída ou a construir terá
capacidade para acolher 100 alunos.
         ? O IDEIAS - Já foi contratado o pessoal que vai trabalhar na residência?
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         TC - Não, mas isso não vai atrasar em nada o processo porque como esse pessoal é auxiliar não pertence ao
quadro é mais rápida a sua contratação.
         Além disso há ainda a questão da vigilância sobre a qual também ainda não posso adiantar quase nada porque não
depende só de mim. De qualquer das formas a minha proposta é a contratação duma empresa especializada que
desempenhará as funções durante 24 horas por dia. Isso pode ser muito vantajoso em termos económicos se a empresa
fizesse também a vigilância em Tomar. Por outro lado se pudéssemos contar com os serviços dessa empresa 24 horas por
dia os alunos escusavam de ter a chave, o que aumentava a segurança dos alunos, pois também não tinham possibilidade de
a emprestar a pessoas estranhas à residência.

         ? O IDEIAS - Para terminar podia adiantar as verbas já gastas na residência?
         TC - Bem, já foi gasto à volta de 210 mil contos nesta residência e ainda falta gastar com o equipamento à volta de
19 mil contos
                                                                                                  José Luís Carvalho



                                               “ Mau feitio “
         Mau feitio, é uma expressão por mim utilizada no rol dos meus amigos e conhecidos, que caracteriza a sua atitude
em não adoptarem atitudes e pensamentos progressistas.
         Perante isto, e informaticamente falando, olhei para o meu computador e verifiquei que a minha drive sofre de mau
feitio.
         Após 3 gerações de computadores de que fui proprietário, respectivamente 286, 386 e 486, foram e vieram as placas
de vídeo, monitores, teclados, discos cuja memória aumentou e o preço diminuiu, uma peça continua de origem e cumprindo
fielmente a sua missão.
         A minha drive...!
         No dia a dia, novos produtos se inventam e outros se melhoram; o Pentium subiu patamares em relação ao 486 e o
P6 já mora andares acima. O Windows 95 melhorou substancialmente o visual e o funcionamento do Windows 3.1. As placas
de vídeo mostram-nos agora imagens a cores reais (“true color”) e o bus PCI rebentou com as portas do velhinho bus ISA. No
entanto, a minha floppy disk drive é um componente que não viu melhoramentos no tempo.
         Encaremos a realidade. A disquete está obsoleta e a minha drive sofre de mau feitio.
                                                                                                     Carlos A. Pombo



                                                 Diz-se que...
- Há mais festas que alunos em Santarém.
- A tuna da ESGS está a arrancar.
- A nova associação de estudantes antes de estar eleita, já “geria” a mesma.
- Houve um elemento da actual associação que disse para um colega nosso que este não contava para nada.
- A rádio pode ter o dias contados.
- A Federação Académica não tem tido apoio da ESGS ultimamente.
- Nas festas há pouca gente a colaborar na sua organização.
- Os Ena Pá 2000 estarão em Santarém na semana académica.
- Vai-se acabar com os jogos de cartas nas universidades.
                                Tanta coisa se diz que alguma será verdade.




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                                                              Falando de Rádio

          Quando em 94 surgiu a “Rádio Gest” fiquei                         Mas, contrariamente ao que se passou no ano
estupidamente feliz. Juro que fiquei !                           transacto, não se trata simplesmente de ter um programa
          Uma rádio pode servir de base ao                       para cada tipo de música, mas sim de tentar quebrar essa
desenvolvimento da A.E. e no mesmo contexto ajudar a             rigidez e intercalar subtilmente estilos diferentes em cada
desenvolver a Escola.                                            programa.
          O projecto original apontava para uma progressão                  Não é comercialmente correcto ocupar horários de
qualitativa que, pouco a pouco, daria lugar a uma rádio          grande audiência com programas para minorias.
amadora mas com qualidade semi-profissional.                                Quantas boas rádios se poderão dar ao “luxo” de
          Prevendo dificuldades na gestão dos recursos           suportar programas “heavy”, de música clássica ou mesmo
materiais e humanos propus à direcção da A.E. a criação          de outro tipo minoritário em horário nobre ?
de uma Direcção de Programação que se revelou de                            Se pretendermos alcançar (porque não ?!) a
enorme importância para a Gest, coordenando os                   difusão para o exterior em FM, devemos antes de mais
programas em termos de horários e intervindo, nalguns            nada incrementar a qualidade dos nossos programas.
casos, no conteúdo dos mesmos de forma a atenuar                            Por outro lado, grande parte da rede de difusão da
possíveis “atentados ao bom gosto”.                              Gest está implantada a nível de gabinetes de trabalho, e
          O que começou por ser um galope desenfreado,           não me parece muito viável trabalhar horas a fio ao som
depressa se tornou um trote ligeiro.                             ensurdecedor de “heavy“ e outras batidas do género forte,
          Programas houve que alcançaram grande                  embora esporadicamente se possa passar uma ou outra
audiência não só entre a população estudantil, mas               faixa desse género.
também entre os corpos docente e discente da ESGS, mas                      Certo programa, cujo nome não quero recordar,
a maioria acabou por se tornar intermitente e mais tarde         alcançou fama entre os funcionários e acabou por ser
“morrer”.                                                        apelidado de “A trovoada”, visto que quando começava
          No entanto, não pretendo falar-vos desses              toda a gente corria a desligar o som até que o mesmo
programas, mas sim alertar-vos noutro sentido.                   terminasse.
          A realização de um programa de rádio, ainda que                   Pelo contrário, faixas de programação do tipo
dirigido a um número mais ou menos restrito de ouvintes,         suave (“Janela indiscreta”, “Meia Hora”) e polémico
deve ter em conta, acima de tudo, critérios de bom gosto         (“Cantigas de escárnio e maldizer”) deixaram saudades.
ao nível da apresentação vocal e musical.                                   Em termos objectivos, houve grande força de
          Não basta querer fazer rádio, é preciso antes que      vontade para levar avante um projecto de vulto, mas não
tudo saber ouvir rádio.                                          houve recepção ao “feedback “ da audiência, que servisse
          Será por mero acaso que a RFM ou a Antena 3            de “filtro” à programação.
chegaram onde chegaram ?                                                    A necessidade de inquéritos periódicos à
          A aposta na diversidade é um trunfo                    audiência é mais que evidente.
indispensável!                                                              Componente fulcral desta nova etapa da Gest é a
          Fazer rádio não se deve confundir com ouvirmos         opinião pública e a sua repercussão em termos de
música em casa ou nos “headphones”.                              alterações na programação. Mais que nunca temos o dever
          Gostarmos de um determinado tipo de música é           não só de cumprir os horários que nos comprometemos
natural, mas será que devemos bombardear os ouvintes             fazer como de procurar estabelecer comunicação com o
com horas seguidas de ritmos idênticos?                          maior número possível de ouvintes, moldando a
          Será preferível fidelizar uma percentagem ínfima       estruturação dos programas de acordo com a sua vontade
da audiência passando apenas um género de música ou              explícita.
pelo contrário alcançar uma audiência muito mais vasta
dando a cada um, de vez em quando, aquilo que prefere?
                                                                                                     Joaquim Cardoso
          Ouvindo as rádios que são líderes de audiência, a
resposta é óbvia: variedade é a palavra chave.




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O IDEIAS                                                                                                   Pág. 11
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                                                    Comunicado
       A direcção da Comissão de Finalistas 92/95 de gestão     à referida data nenhum avanço. Logo sem preocupação de
de empresas e membros da Associação de Estudantes               negociar o subsídio, a Associação estava sem fundos.
cessante (Nuno Galego, Rui Pereira e Leonel Sérgio), vêm        Desta forma os responsáveis da Comissão de Finalistas
por este meio fazer algumas considerações relativas à           referiram que poderiam, caso tivessem o dinheiro, contribuir
entrevista publicada na secção “Associação em Actividade”       para os custos dos ciclos de conferências. Uma vez que a
na anterior edição de “O Ideias” na qual o entrevistado,        referida verba só foi disponibilizada no início de Junho, a
Frederico Reis, presidente cessante da A.E., decidiu atacar     Comissão de Finalistas não iria patrocinar um evento já
os elementos referidos.                                         realizado e com os custos cobertos.
       Apelidamos de totalmente falsas algumas das                     - Definitivamente não compreendemos o facto de
declarações proferidas nomeadamente as que visam estes          sermos criticados pelo dinheiro recebido, afinal se o
elementos, como o facto do aproveitamento financeiro da         gastámos no Gerês, foi por comum acordo dos elementos
A.E. para obter patrocínios de entidades oficiais.              que foram à viagem. Apesar de não ter sido empregue na
       - A Comissão de Finalistas 92/95, solicitou no passado   viagem à Tunísia, serviu para reembolsar algum dinheiro
mês de Fevereiro um apoio financeiro ao Governo Civil de        dado pelos finalistas para o pagamento integral da viagem.
Santarém para a viagem de finalistas a realizar em Abril,       O facto de a viatura da A.E. ter ido ao Gerês não tem nada
cujo destino foi a Tunísia. À referida data o déficite          a haver à Comissão de Finalistas, mas sim com os 5
financeiro orçava em 150000$00, verba essa pedida à             membros da Associação que se responsabilizaram pela sua
respectiva entidade.                                            utilização. Embora refira que não, o presidente (em título)
       - O pedido foi feito em nome da Comissão de              sabia, tendo inclusivé ameaçado um dos membros, caso
Finalistas 92/95 de Gestão de empresas e assinado pela          realizassem a viagem, uma atitude um tanto hipócrita, para
direcção da Comissão de Finalistas, não havendo qualquer        quem a utilizava com os mesmos fins.
menção à A.E. Foi pedido ao secretário da E.S.G.S., Dr.                - Relativamente à Associação de Estudantes não
Beirante, autorização para usarmos neste pedido envelopes       gostaríamos de deixar de referir a falta de legitimidade com
timbrados da E.S.G.S., para confirmar a origem e                que o presidente da Associação de Estudantes se refere ao
credibilidade do pedido, tendo-nos sido aconselhado enviar      trabalho neste ano na A.E.
por meio da A.E., uma vez, que um Instituto Público não                - O presidente não foi “queimado” pelos outros
poderia representar o nosso pedido. Dessa forma o pedido        membros, nomeadamente os visados neste artigo, estes
foi feito em papel timbrado e envelope da A.E., com o intuito   elementos procuraram recuperar um cargo que desde
de endereçar e credibilizar o pedido, não havendo qualquer      Fevereiro não funcionava na A.E., o de presidente. Se foi
menção no pedido à A.E.                                         feito muito trabalho na A.E., foi devido aos projectos que os
       - Por outro lado, a Associação de Estudantes é no        tais elementos em que o presidente apostou e que agora
fundo uma representação dos alunos de uma entidade, logo        critica levaram a cabo, sendo que a única incompatibilidade
deverá ser a primeira a expressar apoio aos núcleos de          era a atitude com que elas estavam na Associação de
estudantes formados, apoio esse que enquadro no âmbito          Estudantes.
referido. Quanto ao desconhecimento do pedido prendeu-se               - Promoção pessoal, contra os que procuravam
com o afastamento de alguns membros da A.E., logo não           dinamizar a A.E. através de trabalho e projectos pessoais.
havia muita comunicação com quem não estava. Não                       - É pena que para recuperar um protagonismo perdido,
compreendemos de que modo o presidente da A.E. vem              o nosso presidente venha agora questionar a actuação dos
criticar o referido pedido, uma vez que o patrocínio foi        seus colegas na Associação, o facto é que com ou sem
concedido na sua totalidade à Comissão de Finalistas,           presidente, o trabalho da Associação foi deveras positivo.
sendo o recibo assinado pelo seu responsável e autenticado
com um carimbo da Comissão de Finalistas, desta forma
está totalmente posta fora de causa a hipótese do pedido         A melhor das felicidades para os elementos da Associação
ter sido deferido para a Associação de Estudantes, com o                                  seguinte.
objectivo de ser gasto nessa viagem.
       - A Comissão de Finalistas não é uma subsidiária da              O Presidente do Conselho Fiscal
Santa Casa da Misericórdia, não tendo que repartir a verba                       Nuno Galego
do patrocínio com a A.E., pelo contrário a verba referiu-se a
                                                                              O Vice-Presidente
um défice real, colmatado pela entrada de dinheiro dos seus
membros. A questão do comprometimento desta direcção                             Rui Pereira
com a A.E. prendeu-se com o facto da A.E. estar a entrar
em colapso financeiro, devido aos gastos com o ciclo de
conferências e devido ao facto do processo de pedido de
subsídio, ao encargo do presidente da A.E. não ter tido até

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O IDEIAS
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                                                BUROCRACIAS
        Talvez a maior parte dos estudantes ainda não saiba, mas a   as fotocópias dos cartões de estudante porque acham que não
verdade é que, em termos legais, para provar que um aluno está       provam nada. Assim nós não temos outro remédio a não ser
a estudar num determinado estabelecimento de ensino basta            pedir sucessivamente no início de cada ano lectivo certificados de
entregar uma fotocópia do seu cartão de estudante ou do boletim      matrícula para tudo e mais alguma coisa, desembolsando mais
de matrícula. Neste sentido basta que o cartão de estudante ou o     uns trocos sem necessidade. E o que é mais absurdo é que a
boletim de matrícula contenham o nome completo do aluno, o           esmagadora maior parte das vezes são as próprias instituições
grau de ensino e o ano lectivo da matrícula. É precisamente disto    da Administração Pública que recusam a apresentação do cartão
que trata o decreto-lei nº 416/93 de 24 de Dezembro.                 de estudante, enquanto que pelo contrário há entidades privadas
        Os certificados de matrícula dos cerca de 500 mil alunos     para as quais basta uma simples fotocópia do cartão de
dos ensinos secundário, profissional, artístico e superior são       estudante para os alunos obterem as regalias a que têm direito.
exigidos para uma quantidade enorme de processos, tais como o              Mas o absurdo transforma-se em ridículo quando temos em
abono de família, adiamento ao serviço militar obrigatório, bolsas   linha de conta os custos inerentes aos certificados de matrícula.
de estudo, etc. Daí que a aplicação deste decreto traga muitas       Se o decreto-lei nº 416/93 fosse de facto aplicado a comunidade
vantagens, nomeadamente, o desaparecimento de milhares de            chegaria a poupar mais de um milhão e trezentos mil contos por
papéis que se preenchem aquando do acto de matrícula, a              ano.
diminuição dos custos administrativos do Estado, menores custos            É por isso que, ao contrário de alguns colegas meus, eu
financeiros para os alunos e ainda ganhos em termos de tempo,        não fico nada admirado pelo facto de haver alunos nesta escola
na medida em que se pode obter uma fotocópia do cartão de            que nem sequer requereram o seu cartão de estudante junto do
estudante dum momento para o outro, enquanto que um                  representante da C.G.D. que se deslocou propositadamente aqui
certificado de matrícula não se obtém muitas vezes nem dum dia       para esse efeito. De facto, para quê perder tempo a requerer um
para o outro.                                                        cartão que na prática não serve para nada ?
        Mas o problema é que as instituições que costumam pedir
os certificados de matrícula desconhecem este decreto . E as                                              José Luís Carvalho
instituições que conhecem o decreto simplesmente não aceitam




                                          As palavras do Zé...
          Aproveito este espaço para convidar, e desculpem-me todos os alunos, todos os membros do Instituto Politécnico,
Comissões Instaladoras das diversas escolas, professores e auxiliares de acção educativa, a almoçar e jantar, não
esporadicamente, mas diariamente, no refeitório, digo, cantina do IPS.
          Lamentável é ser eu, Zé do Telhado, o portador deste convite e não serem vocês, caros docentes a tomarem a
iniciativa. Estou, penso eu, nos tempos que correm, a ser vosso amigo. Isto porque tenho dúvidas que encontrem um local na
cidade onde possam, pelos preços praticados, tomar uma refeição. No fundo, é tudo uma questão de poupança. Mas se esta
questão de poupança fôr uma falsa questão, então porque não almoçam lá?
          Será devido à qualidade, quantidade ou higiene dos bens confeccionados?
          Na minha modesta opinião, isso é uma questão absurda; as empregadas raramente usam touca no cabelo, várias
vezes as ementas não são cumpridas , as batatas, ou estão mal cozidas, ou quando fritas estão frias, a carne de vaca parece
“sola de sapato”, a sopa é confeccionada à base de água e massa, o arroz (branco ou de legumes) sabe mal, os
hambúrgueres não têm qualidade, nas saladas é normal aparecerem pequenos caracóis (que luxo!), espera-se meia hora na
fila, mas isso não tem a mínima importância. É tudo tão natural para nós, alunos, e o que é natural é benéfico para a saúde e
até terá qualidades medicinais....
                                                                                                                 Zé do Telhado




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Debatendo as causas do sebentismo

  • 1. EDIÇÃO DE DEZEMBRO DE 1995 Preço: 20$00 EDITORIAL: Lá fora a noite brilha. E do recanto de cada casa sobressaem sorrisos dourados envoltos em papel de fantasia, COPIMODEL iluminados pelo som ondulante de velas multicores. Fotocópia - Modelismo e Serviços, Lda. À volta de um pinheiro decorado com alegrias passadas e presentes, partilham-se sonhos para um futuro á medida de cada coração. Este é o Natal de todos os que o comemoram, e que FOTOCÓPIAS A PRETO E BRANCO nesta época formulam desejos para um mundo melhor, em que FOTOCÓPIAS A CORES (LASER) a luz da felicidade irradie os rostos cansados e sofridos de FOTOCÓPIAS DE GRANDES FORMATOS todos os seres, e que a espada da justiça saiba separar o bem FOTOCÓPIAS EM PAPEL ESPECIAL do mal, punindo o mal e compensando o bem. ENCADERNAÇÕES TÉRMICAS Depois chega a noite mais longa do ano, sai-se de ENCADERNAÇÕES COM ARGOLAS casa para a comemorar e regressa-se só no ano seguinte. E é PLASTIFICAÇÕES então que, envolvidos na esperança de que o novo ano nos IMPRESSÃO EM T-SHIRTS possa trazer a felicidade há muito desejada, uma súbita energia Rua Pedro de Santarém, Lj. 120 aloja-se no interior da nossa alma e nos faz sentir determinados Tel. (043) 23401 - 2000 SANTARÉM a começar uma nova vida, neste "novo" mundo. No entanto, não passará muito tempo para nos voltarmos a acomodar à rotina de sempre, aos mesmos tropeções, aos mesmos erros... Enfim ao mesmo mundo, Geração Rasca donde um dia saímos atraídos pelo brilho e pela alegria da Pág. 3 passagem de mais um ano da nossa vida, em que o ambiente de festa, de fraternidade, de compaixão e de solidariedade nos Directo Com Mónica Mendonça leva a desejar que este se prolongue indefinidamente até se Pág. 6 tornar rotina. Falta depois a força de vontade, o apoio de todos e a ambição de construir um mundo melhor, em que dar é tão ou mais importante que receber é cobardemente esquecida... Entrevista À Dr.ª Teresa Campos Pelo menos, até ao próximo Natal e até à próxima passagem Pág. 8 de Ano. Mas antes que este sentimento se aposse de mim, Falando de Rádio deixem-me desejar-vos com toda a sinceridade um bom Natal e Pág. 10 um feliz Ano Novo. Aproveitem bem o espírito natalício para desenvolver acções com que se possam orgulhar durante todo o ano. E não deixem de lutar pelo que acham que têm direito, sabendo que os objectivos atingem-se com as pequenas vitórias do dia-a-dia. Lembrem-se que o mundo está cheio de pessoas que procuram a suprema felicidade, e ao mesmo tempo menosprezam a simples satisfação. Luzia Valentim SUMÁRIO
  • 2. Pág. 2 O IDEIAS /////////////______________________________________________________________________________________ Foi Notícia... 17/11 Decorreu no Auditório da ESGS um colóquio, seguido com uma visita à empresa Compal, em Almeirim. Puderam participar nesta iniciativa, organizada pelo Professor Sérgio Rato em colaboração com a Comissão Instaladora e com o Instituto Português da Qualidade, todos os alunos e professores da nossa escola. 22/11 Teve lugar na sala de convívio da AE o Tribunal de Praxe, organizado este ano pela primeira vez, na nossa escola, onde desfilaram os caloiros acusados de incumprimento dos regulamentos de Praxe. A Dr.ª Teresa Campos foi nomeada Administradora dos Serviços de Acção Social Escolar do Instituo Politécnico de Santarém. 23/11 Realizou-se uma reunião de esclarecimento sobre a Acção Social Escolar, em que foram convidados a participar representantes das AE.s de todas as escolas do IPS. 28/11/95 A lista “A”, única candidata este ano á AE da nossa escola, organizou uma sessão de esclarecimento no auditório, para todos os alunos da ESGS. Prosseguem as reuniões entre a Comissão Instaladora, o Concelho Científico, Professores e Alunos para o CESE de Gestão Autárquica. 6/12/95 Realizou-se o referendo para a AE da nossa escola, cujo resultado se cifrou em: 70 votos a favor, 12 contra e 1 nulo. O prazo de candidatura ao programa ERASMOS terminou no dia 7/12/95. É Notícia... Estão abertas as inscrições para os alunos do penúltimo ano do curso que frequentam, para a realização de estágios (PJENE) remunerados, com duração mínima de 1 mês e máxima de 3 meses entre Julho e Outubro de 1996. As inscrições podem ser entregues até ao dia 19 de Abril de 1996. Para mais informações contactar a AE da nossa escola. Estão abertas as candidaturas para o VIII Concurso Europeu Para Jovens Cientistas, destinado a estudantes dos 15 aos 21 anos, e que se encontrem a frequentar o 1º ano do ensino superior. Os prémios podem ir até aos 350.000.$00 em material científico. Podem adquirir mais informações junto da AE da nossa escola. Luzia Valentim Nota de Redacção: A equipa de redacção deste jornal vem por este meio esclarecer todos os interessados que: 1. “O IDEIAS” não pretende ser um jornal de lavagem de “roupa suja”. 2. As respostas dadas nas entrevistas, salvo erros de interpretação, são da responsabilidade dos entrevistados. E atendendo ao direito de livre expressão, serão publicadas as suas respostas sem censura, mesmo que nos pareçam incorrectas ou falsas. 3. Reservamos para nós o direito de arbitrariedade de publicação de artigos, assente na oportunidade dos mesmos (incluindo também os que nos chegam como resposta a anteriores). 4. O objectivo principal deste jornal é informar, divulgar, e possibilitar o intercâmbio de ideias entre os diversos componentes deste estabelecimento de Ensino Superior. Por último gostaríamos de agradecer a todos os professores, funcionários e alunos que ao longo deste mês vieram ter connosco com o intuito de oferecer a sua colaboração para o jornal; fazendo votos de poder continuar a contar com a vossa disponibilidade para que estas doze páginas se tornem no jornal de toda a escola. A todos os nossos leitores desejamos um bom Natal, um próspero Ano Novo e sobretudo umas boas férias. Geração Rasca e Fúria Anti-sebentista ///////////_________________________________________________________________________________________________
  • 3. O IDEIAS Pág. 3 ______________________________________________________________________________________////////////// Por: Engº Jorge Constantino (Assist. Área de Informática) Não duvido que todos os relatórios e estudos dimensão das turmas) não condicionam o tipo de elaborados pelos melhores especialistas mundiais apontem aprendizagem? Uma aposta mais agressiva na formação para um ensino que não 'forme' autómatos e recitadores de permanente (incluindo pedagógica) dos docentes será fórmulas. Contudo, custou-me ver, num número anterior desnecessária? Uma cooperação mais visível da escola d'O IDEIAS, invocadas as palavras desses melhores com o meio empresarial terá pouca importância na especialistas para dizer mal das sebentas, sem acompanhar adequação dos programas das disciplinas? O conflito entre essas palavras dum levantamento dos motivos que terão os mundos do ensino e do emprego (o primeiro a não levado quem mais as contesta (os alunos - e foi como aluno querer formar autómatos recitadores de fórmulas e o que eu aprendi a contestá-las...) a querer tê-las agora de segundo a propôr cada vez mais empregos informatizados volta. para os quais se procuram autómatos recitadores de O problema é comparável a outros fenómenos fórmulas) já foi resolvido? A perspectiva de uma feroz (xenofobia e ultra-nacionalismos, droga e prostituição, competitividade no mercado de trabalho, com o inerente violência juvenil e criminalidade, etc): haverá sempre bons risco do desemprego, não leva ninguém a fazer nas especialistas capazes de condenar esses fenómenos, sem sebentas a busca ilusória duma melhor formação? A que essa condenação resolva por si só os problemas - criação de foruns de debate na Escola (louve-se o critica-se por causa dos efeitos (aceito!), mas ignora-se ou pioneirismo de O IDEIAS) não ajudaria os mais vulneráveis fala-se com muito pouca convicção das suas causas (acho a resistir aos encantos do sebentismo, contribuindo para a mal!). procura de formas alternativas de ensino? E a recente Tal como nesses casos (em que mais vale prevenir greve dos docentes não foi, afinal, um grito de protesto do que reprimir), preferia ver discutir novas formas de evitar contra os graves problemas que os afectam e, por inevitável o sebentismo do que assistir à sua condenação pura e consequência, aos seus alunos? simples. Por isso, no início de cada ano lectivo, naquela Sebentas outra vez: porque será? Por mero fatídica primeira aula que coroa os vencedores da corrida "rasquismo"? Acho que sim. Mas por um "rasquismo" que ao Ensino Superior e em que sinto recair sobre mim todo o está menos nas pessoas e mais nas situações que as peso da responsabilidade de não trair as suas enormes condicionam (alunos, docentes, funcionários, dirigentes, ...). expectativas, lá me vêm à cabeça, vezes sem conta, as Sou contra as sebentas, mas que a situação está negra, lá mesmas perguntas. A percentagem de alunos que não está isso está. E quando isso acontece... salve-se quem puder. no seu curso preferido não tem nenhum efeito no processo Vem nas sebentas! educativo? As condições de ensino (nomeadamente a Sabias que ... No século XIV em Londres, os fiscais da cerveja, para além de exigirem o pagamento de taxas, tinham outra função: assegurarem-se de que a cerveja vendida era de boa qualidade. Para tal, vertiam um pouco de cerveja para um banco e sentavam-se em cima durante cerca de meia hora. Se ao fim desse tempo não conseguissem levantar-se facilmente, siginificava que a cerveja tinha açúcar em excesso. O homem mais pequeno do mundo Djail Salih, algeriano, media aos 25 anos de idade, em 1990, 55 centímetros e pesava apenas 5 quilos. Isabel de Castela morreu de uma úlcera que não quis mostrar. A extrema unção foi-lhe administrada debaixo dos lençóis porque não quis mostrar os pés. Na Índia, durarnte a época das monções uma única chuvada pode cobrir o solo com a mesma porção de água que cai em França durante um ano. __________________________________________________________________________________________________////////////
  • 4. Pág. 4 O IDEIAS /////////////______________________________________________________________________________________ FOMOS A TRIBUNAL... “Deuses, defendei-me do fogo, da fome das espadas, da fúria do mar, do raio do trovão e da violência do amor.” In Medeia, Eurípedes. Decerto, Eurípedes ainda não conhecia a garra académica! Isso mesmo, garra. Cumprir um dever académico: praxar. Mostrar quem faz afinal as regras. Ser reles e miserável caloiro, não tem nada de anormal, todos o fomos e hoje somos respeitáveis veteranos. E... quem não cumpre as regras aprende da maneira dura. Embora com uma aparente desorganização inicial, começou o Tribunal. Mas não sem antes, os reles e miseráveis vermes dos réus, terem aprendido a respeitar e ter boas maneiras para com o Tribunal... Em todos predominava uma esquisita e excitante sensação. Uma alegria e boa disposição fazia com que até os mais cépticos sentissem correr em si um espiritismo de prazer! Afinal, é essencial ao ser humano demonstrar a sua agressividade positiva. E... se a alguém chocou as cenas do Tribunal, desenrasquem-se com essa vossa moral, decerto não vão conseguir sobreviver na selva urbana onde estamos enfiados. Aos reles e miseráveis vermes dos réus, lembrem-se, só tiveram o que pediram!! A regra é a do mais forte. Sempre foi, qual é o espanto?! Sílvia Inácio Finalizando As Praxes No passado dia 23 de Outubro iniciaram-se na ESGS as exteriores à Comissão de Praxe incluindo caloiros e de lamentar a nossas “belíssimas” e tradicionais praxes, das quais os caloiros parca colaboração da grande maioria dos veteranos e de muitos “gostaram” muito, e jamais esquecerão esta semana de contacto caloiros. com os magnânimos veteranos. Ao longo desta semana o caloiro Voltando à questão das “massas verdinhas”, obtivemos viu-se obrigado a pagar um total de 700$ pelos seguintes objectos: ainda dinheiro da parte dos veteranos através da compra dos fita, cartão de identificação, sapato e fotocópias com as canções e diplomas, 200$ cada, destinados aos «Reles e Miseráveis os mandamentos do caloiro. caloiros». Finalmente o dia da grande festa, a Festa do Caloiro, e A Comissão de Praxe exigiu este dinheiro aos caloiros de mais verdinhas a entrar para a caixa, nomeadamente quando se modo a conseguir verbas para os materiais que iriam ser utilizados verificou que o consumo de vinho foi muito inferior ao esperado, no desfile. Mas a angariação de verbas não se limitou a estas estes caloiros são mesmo reles e miseráveis. vendas, foram colocados caloiros «mascarados» em pontos Liquidadas as nossas compras, tendo pago o serviço dos estratégicos do centro da cidade a realizar um peditório. Embora bombeiros relativo ao baptismo, interrogámo-nos sobre como as perspectivas relativamente ao peditório não fossem muito aplicar o montante restante. Colocámos de parte o dinheiro da optimistas este revelou-se extremamente positivo através de um Festa da Horta da Fonte destinado à Comissão de Finalistas e feitas saldo de 44 contos em apenas 2 horas e meia. as contas sobraram 55 000$. Decidimos aplicar esta quantia em A compra de materiais teve início imediatamente após o actividades desenvolvidas nesta escola, nomeadamente Tuna término das praxes, com uma análise cuidada quanto à qualidade e Académica, equipa de Volei e futura equipa de Basquetebol, preço dos produtos já que o dinheiro nunca é demais. Chegada a certamente haverá críticas a esta decisão mas achámo-la a mais hora do desfile tínhamos praticamente 100% dos fatos prontos, os correcta e a mais proveitosa. Quanto ao caso do corte de cabelo, a balões cheios e, felizmente para os caloiros, várias garrafas de Comissão de Praxe, não aconselhou a caloira a apresentar queixa, água, não esqueçamos que no ano passado foi um sufoco pois não disse-se, isso sim, que a apoiaríamos fosse qual fosse a sua havia água para ninguém. Pretendia-se, enquanto houvesse decisão. Para aqueles que sempre, ou quase sempre, duvidaram dinheiro, gastá-lo em favor dos caloiros pois era destes a da competência e até da honestidade da Comissão de Praxe proveniência do dinheiro. espero que a vitória no desfile, o facto de ainda ter sobrado dinheiro, Após a realização do desfile, concluído com uma brilhante a aplicação deste e o presente artigo venham colocar um ponto final vitória, que bem que soube, não esquecendo que o primeiro lugar na questão. para a ESGS nunca esteve em questão, sentiu-se finalmente a recompensa pelo esforço desenvolvido ao longo de duas semanas Carla Santos (Xira) e Rui Costa e meia. De realçar a excelente colaboração de alguns elementos /////////////_______________________________________________________________________________________________
  • 5. O IDEIAS Pág. 5 ______________________________________________________________________________________////////////// QUAL O PAPEL DOS ALUNOS NO ENSINO SUPERIOR Esta é uma questão bastante premente, tanto Relativamente aos professores e aos órgãos mais que se vai dar início a um processo de definição directivos, subsiste o dogma da intocabilidade da desse mesmo papel no microcosmos chamado Escola autonomia científica e na crença da pseudo- Superior de Gestão de Santarém, via elaboração de irresponsabilidade e da pseudo-imaturidade dos alunos, o estatutos próprios e revisão de regulamentos afins. que em última análise acarreta a marginalização destes, ou Este papel passa, a meu ver, pelo incremento de no mínimo, a sensação de que estes são ouvidos mas não responsabilidades atribuídas aos alunos e por uma cada escutados, donde resulta que as suas propostas e os seus vez maior integração dos seus representantes nos pedidos de esclarecimento são liminarmente rejeitados por meandros da gestão e orientação dos estabelecimentos de provirem donde provêm. ensino superior onde se inserem. Esta maior integração, Assim sendo, eu pergunto se não será possível assente sobretudo num estreito diálogo entre a AE , os criar bases, quer estatutárias, quer orgânicas, que professores e os órgãos directivos (não esquecendo os permitam que os alunos e os seus representantes funcionários), possibilitará o franco debate sobre problemas questionem, peçam esclarecimento ou mesmo apresentar reais, ideias possíveis e posturas correctas e a existência alternativas sobre as linhas gerais de orientação do de um maior número de actividades curriculares e estabelecimento de ensino onde se inserem ou sobre extracurriculares. Em suma, permitirá um esforço conjunto criação ou alterações curriculares? de trabalho e dedicação tendo em vista uma cada vez Pergunto se não será possível que essa proposta maior valorização do estabelecimento de ensino e dos seus provenha de quem de direito, (seja elemento directivo ou formados. professor), de uma forma simples directa, correcta e Contudo, vários problemas estruturais e fundamentada, ainda que muito crítica e negativa? conjunturais subsistem. Relativamente aos problemas Pergunto se é assim tão inconcebível a ideia da conjunturais, (e reporto-me apenas ao microcosmos criação de um ensino superior onde as entidades chamado ESGS), estes prendem-se sobretudo com a directivas, professores e alunos, quando errem, assumem impossibilidade dos alunos participarem, opinarem e que erraram (pois errar é humano) trabalhando-se em dizerem de sua justiça aquilo que pensam sobre tudo o que conjunto no sentido de se rectificarem esses erros. lhes diz respeito porque o regime de instalação ainda Pergunto se é assim tão monstruoso, acreditar subsiste e o regulamento interno é penalizante nesse que os alunos são elementos responsáveis e que podem aspecto. Esta situação deverá ser ultrapassada pela dar um grande contributo para o engrandecimento do elaboração e consubstanciação dos estatutos escolares e estabelecimento de ensino onde se inserem. regulamentos afins, diplomas estes que devem consagrar Pergunto se é assim tão difícil que os alunos se um papel muito mais participante para os alunos e, capacitem que já não estão na Escola Secundária, que têm finalmente, assegurar que estes sejam membros activos de direitos que não devem ser esquecidos, que têm muito pleno direito da nova estrutura interna da ESGS, com mais responsabilidades e deveres que não podem ser direitos e deveres acrescidos. negligenciados e que têm oportunidades de participar e No que diz respeito aos problemas estruturais opinar, as quais devem ser aproveitadas. estes prendem-se sobretudo com a subsistência de Ciente, estou, de que os estabelecimentos de algumas mentalidades arcaicas, que pululam entre os Ensino Superior nunca poderão, nem deverão, ser alunos, entre os professores e entre os elementos “geridos” pelos alunos mas, acredito que estes têm de ter, directivos, mentalidades essas que foram exacerbadas doravante, um papel muito mais activo e integrado na pelo arrastar da vigência do regime de instalação. estrutura interna das escolas. Por parte dos alunos, subsiste a mentalidade que Acredito que todos temos a ganhar se se o ensino superior não é mais do que um mero seguimento conseguir criar um clima de confiança apreço e respeito do ensino secundário, onde o que interessa é "deixar mútuos. Acredito sobretudo na praticabilidade daquilo que andar", "não levantar ondas, pois os professores têm a faca defendo. e o queijo na mão", etc..., realidade esta que origina grande Armando Rodrigues indiferença e comodismo face a tudo quanto os rodeia, perdendo-se desta forma não só o espírito de iniciativa, de crítica e, quando necessário, de contestação mas também a oportunidade de crescerem, moldarem a sua personalidade e prepararem-se para o mundo não estudantil. __________________________________________________________________________________________________////////////
  • 6. Pág. 6 O IDEIAS /////////////______________________________________________________________________________________ EM DIRECTO COM MÓNICA MENDONÇA Visto que se encontra a decorrer o processo de eleição e tomada de posse de novos corpos directivos da Associação de Estudantes da ESGS, o IDEIAS decidiu entrevistar a candidata a Presidente da Direcção pela única lista concorrente, Mónica Mendonça, com o intuito de divulgar um pouco mais as suas ideias e projectos. ? O IDEIAS - Na tua opinião, qual deverá ser o papel dos alunos e seus representantes no ensino superior? Mónica Mendonça - Penso que deve ser um papel interventivo. Deve tentar promover o diálogo entre as partes pois só assim se pode alcançar consensos que permitam melhorar a educação. ? O IDEIAS - Consideras que, actualmente, os alunos muitas vezes são ouvidos mas não são escutados? MM - Julgo que esse problema não é de agora, pois houve, após o 25 Abril, uma liberalização dos costumes que originou excessos. Esses excessos provocaram uma certa imagem de descrédito e irresponsabilidade que prejudicou a imagem dos alunos. Actualmente, os alunos ainda sofrem consequências desses excessos. ? O IDEIAS - Achas que a integração dos alunos nas estruturas orgânicas das escolas deve ser feita somente ao nível do conselho pedagógico? MM - Acho que esta participação deve ser feito num conselho pedagógico de âmbito alargado, onde entre outras se discutam questões relacionadas com aspectos científicos e de orientação de uma cadeira ou de um curso que os alunos sintam que está a ser dado de uma forma menos boa, questões relacionadas com a ligação escola-meio e questões relacionadas com o funcionamento organizativo da escola enquanto instituição. Os alunos podem ter opiniões diferentes nestas matérias que devem ser escutadas. ? O IDEIAS - Então a autonomia científica não é intocável? MM - Não o deve ser, os alunos devem participar também nesta área. ? O IDEIAS - No teu entender, quais são os reais problemas que afectam a ESGS e a sua AE? MM - No meu entender, existe um afastamento entre as pessoas que decidem e a realidade. Os próprios alunos, quando têm problemas, não tentam resolvê-los, limitam-se a tentar superá-los individualmente ou somente com a ajuda do parceiro do lado. Nem sequer tentam superar os seus problemas em conjunto. Ao nível da AE, esta não tem defendido os alunos, limitando-se somente a desenvolver alguns projectos que, sendo importantes, não demonstram o que é mais essencial, que é a realidade, aquilo que se vai passando. ? O IDEIAS - Achas que na ESGS existe aquele sentimento que os alunos são ouvidos mas não são escutados? MM- Até certo ponto isso acontece. Talvez isso aconteça porque aqui ainda não houve uma demonstração do real peso dos alunos. Os esforços que existiram foram isolados e desorganizados,. ? O IDEIAS - Subsiste entre os alunos uma mentalidade estilo “escola secundária”? MM - Sim, verifico isso, pois os alunos sabem que os problemas existem mas não agem porque acham que não vão conseguir fazer nada que altere a situação. ? O IDEIAS - Qual irá ser a grande aposta desta nova AE? MM - A nossa grande aposta será incrementar o diálogo entre as partes. Como forma de melhorar o diálogo com os alunos, pretendemos fazer funcionar as RGA, pôr à disposição dos alunos uma caixa de sugestões, promover inquéritos e lançar debates sobre temas actuais com objectivo de ter mais dados sobre as ideias e problemas dos alunos. Relativamente à Comissão Instaladora e professores pretendemos levar a cabo reuniões periódicas informais. Reuniões formais só poderão existir quando os estatutos forem aprovados. ? O IDEIAS - Qual será a posição e o modo de actuar da AE no processo de elaboração de estatutos e regulamentos afins? MM - Visto que já existe um elemento da antiga AE a trabalhar na elaboração de uma base de trabalho de estatutos, pretendemos “apenas” apresentá-la em RGA aos alunos explanando quais são as hipóteses de escolha e suas consequências. Acompanhando todo este processo estará uma pessoa com experiência em estatutos capaz de avaliar a legalidade das propostas. Tudo isto será feito com o intuito de reforçar a opinião dos representantes dos alunos na Assembleia Geral de criação de estatutos. ? O IDEIAS - Que outras iniciativas irão ser levadas a cabo? MM - Serão desenvolvidas acções em várias áreas, tais como o desporto, reprografia, cultura e área científica. Dentro do Desporto, haverá duas vertentes: a da saúde e a do intercâmbio estudantil. Dentro da Reprografia, pretendemos torna-la mais eficiente e mais organizada, continuando a preferir que sejam estudantes necessitados a trabalhar nela. Dentro da Cultura, teremos várias “secções” com o jornal, que será apoiado mantendo-se no entanto autónomo; a rádio, onde será estendida a ligação a todo o Complexo Andaluz (tentando-se talvez expandi-la às outras escolas) e onde tentar-se-á melhorar a qualidade dos programas; e a tuna, onde existirá um apoio organizativo forte por parte de AE (para que esta secção não pare), com regras definidas e um pouco mais de disciplina e organização. Tencionamos igualmente promover visitas de lazer (dar a conhecer Portugal), pôr à disposição uma banca de jornais e revistas técnicas e lançar seminários sobre temas gerais /////////////_______________________________________________________________________________________________
  • 7. O IDEIAS Pág. 7 ______________________________________________________________________________________////////////// relacionados com a juventude (racismo SIDA,. etc..). Relativamente à área científica pretendemos fomentar o UNIVA (principalmente a vertente de estágios), realizar visitas de estudo e exposições técnicas. Pretendemos ainda lançar um projecto de assistência técnica de software e hardware informático, destinado principalmente aos alunos que tenham poucas bases em informática e criação de um posto ligado à Internet. ? O IDEIAS - Haverá distinção entre alunos e sócios? MM - Todas as iniciativas são voltadas para os sócios, que serão beneficiados monetariamente. Contudo, todos os alunos serão defendidos e poderão usufruir dos serviços prestados pela AE. ? O IDEIAS - Qual será a posição da AE face a movimentos autónomos dos alunos? A AE irá tutelá-los ou supervisiona-los? MM - Não deverá fazer nem uma coisa nem outra, deverá orientá-los. Se essas estruturas não existem, a AE deve tentar criá-las; se já existem mas não conseguem subsistir sozinhas, a AE irá apoiá-las fortemente e deverá tutelá-las, qualquer que seja essa estrutura; se essas estruturas tiverem “pernas para andar”, ser-lhe-á dado o apoio que necessitarem. ? O IDEIAS - Quais deverão ser os objectivos da FAS? MM - A FAS deverá defender os alunos de Santarém quer a nível regional quer a nível nacional. Deverá (e isso não está a ser feito), pensar em dar mais voz aos estudantes desta cidade do que propriamente recriá-los. ? O IDEIAS - O que poderá ser feito em matéria de Acção Social Escolar? MM - Deverá haver uma participação mais activa dos alunos, quer através das AE, quer (e principalmente) através da FAS na recém criada Comissão para a Acção Social Escolar, em matérias tão diversas como a questão dos montantes das bolsas, das residências e da problemática do financiamento da própria Acção Social Escolar, por exemplo. ? O IDEIAS - Diga-nos uma frase que defina o espírito desta nova AE. MM - “ Vem e participa, pois não estás só na escola.” ? O IDEIAS - Se quiseres transmitir alguma mensagem, força. MM - O que eu tenho a dizer é que estamos cá e existimos. Queremos falar com toda a gente no sentido de se conseguir criar um ambiente muito mais familiar e agradável dentro desta escola. É esse o nosso propósito. Armando Rodrigues __________________________________________________________________________________________________////////////
  • 8. Pág. 8 O IDEIAS /////////////______________________________________________________________________________________ ENTREVISTA À DR.ª TERESA CAMPOS Sendo do conhecimento geral que a residência do Complexo Andaluz já deveria estar a servir os alunos, o que não se verifica ainda, a direcção do jornal resolveu entrevistar a Dr.ª Teresa Campos, administradora da acção social escolar desde o passado dia 2 de Novembro. A entrevista decorreu no seu gabinete na passada quarta-feira dia 6 de Dezembro pelas 14h30m. Aqui fica o essencial dessa entrevista que se prolongou um pouco mais do que estava previsto e que assumiu mais a forma de conversa, dada a extraordinária capacidade de comunicação da Dr.ª Teresa Campos. ? O IDEIAS - Em termos de estruturas físicas a residência do Complexo Andaluz está pronta para ser ocupada. Confirma? Dr.ª Teresa Campos - Sim, de facto a residência do Complexo Andaluz está pronta a servir os estudantes, falta apenas fazer a ligação do gás ao equipamento, mas isso é rápido, faz-se praticamente de um dia para o outro. Aliás só ainda não foi feito porque será melhor, do ponto de vista técnico proceder-se a essa ligação pouco antes da ocupação das residências... ? O IDEIAS - Então porque é que os alunos ainda não podem beneficiar desta nova estrutura? TC - O que se passa é que falta o equipamento necessário para que o interior das residências possa satisfazer as necessidades dos alunos. E porque é que falta esse equipamento? Simplesmente porque ainda não recebemos o visto do Tribunal de Contas, pois é com dinheiros públicos que esse equipamento é adquirido. De qualquer das formas este processo deve ser resolvido até Janeiro de 1996. ? O IDEIAS - Uma das críticas mais comuns dos estudantes tem sido a falta de homogeneidade de critérios entre as escolas no âmbito da acção social; pode garantir-nos que haverá homogeneidade de critérios aquando da apreciação das candidaturas? TC - A ocupação das residências (tal como para as bolsas de estudo) não é um processo linear; não é fácil determinar o montante a receber pelos bolseiros, isto não é uma questão objectiva, mas tentarei sempre, no que me diz respeito, fazer com que haja uma convergência e uma homogeneidade na aplicação dos critérios estabelecidos tanto quanto fôr possível. Mas creio que esse problema está a ser progressivamente ultrapassado, pelo menos é o que posso constatar pelo nº de reclamações que tenho recebido. ? O IDEIAS - Quais os critérios que serão tidos em conta para a ocupação das residências? TC - Bem, neste preciso momento não posso dizer quais são os critérios que vão ser aplicados porque esses critérios têm que ser definidos pelo Conselho de Acção Social que, tal como prevê o nº2 do artigo 10º do decreto-lei nº129/93 de 22 de Abril, será constituído pelo reitor ou presidente da instituição de ensino superior, pelo administrador para a acção social e por dois representantes da associação de estudantes, um dos quais bolseiro. No passado dia 23 de Novembro houve uma reunião com as associações de estudantes, mas só estiveram presentes a E.S.G.S. e a E.S.E.S. Por outro lado estou também à espera que a lista candidata à A.E. da E.S.G.S. seja eleita para que possamos avançar com uma nova reunião com vista a discutir as propostas que forem apresentadas, portanto assim que os estudantes estiverem disponíveis o processo pode avançar, até porque eu já tenho uma proposta. ? O IDEIAS - De facto os estudantes às vezes querem ter acesso a determinadas coisas, mas quando são solicitados a participar, simplesmente cruzam os braços. Teme que isso aconteça neste caso concreto? TC - É óbvio que temo que isso aconteça, mas creio que isso não vai acontecer. Note-se que são os estudantes os principais beneficiários das residências. ? O IDEIAS - Pode adiantar-me quais é que serão as pessoas responsáveis pela apreciação das candidaturas? TC - Uma vez que o Conselho de Acção Social ainda não foi criado também ainda não posso dizer quem é que vai ser responsável por esse processo. ? O IDEIAS - E relativamente a projectos para construir novas residências? TC - Bem, já construímos a residência de Tomar, esta começará a funcionar em breve, mas temos ainda um projecto para construir uma residência em S. Pedro, depois avançamos com uma 2ª residência aqui no Andaluz, que na realidade não será uma 2ª residência será um prolongamento desta, pois é mais barato. Além disso pretendemos depois avançar também com uma 2ª fase em Tomar e estes são os principais. Cada residência construída ou a construir terá capacidade para acolher 100 alunos. ? O IDEIAS - Já foi contratado o pessoal que vai trabalhar na residência? /////////////_______________________________________________________________________________________________
  • 9. O IDEIAS Pág. 9 ______________________________________________________________________________________////////////// TC - Não, mas isso não vai atrasar em nada o processo porque como esse pessoal é auxiliar não pertence ao quadro é mais rápida a sua contratação. Além disso há ainda a questão da vigilância sobre a qual também ainda não posso adiantar quase nada porque não depende só de mim. De qualquer das formas a minha proposta é a contratação duma empresa especializada que desempenhará as funções durante 24 horas por dia. Isso pode ser muito vantajoso em termos económicos se a empresa fizesse também a vigilância em Tomar. Por outro lado se pudéssemos contar com os serviços dessa empresa 24 horas por dia os alunos escusavam de ter a chave, o que aumentava a segurança dos alunos, pois também não tinham possibilidade de a emprestar a pessoas estranhas à residência. ? O IDEIAS - Para terminar podia adiantar as verbas já gastas na residência? TC - Bem, já foi gasto à volta de 210 mil contos nesta residência e ainda falta gastar com o equipamento à volta de 19 mil contos José Luís Carvalho “ Mau feitio “ Mau feitio, é uma expressão por mim utilizada no rol dos meus amigos e conhecidos, que caracteriza a sua atitude em não adoptarem atitudes e pensamentos progressistas. Perante isto, e informaticamente falando, olhei para o meu computador e verifiquei que a minha drive sofre de mau feitio. Após 3 gerações de computadores de que fui proprietário, respectivamente 286, 386 e 486, foram e vieram as placas de vídeo, monitores, teclados, discos cuja memória aumentou e o preço diminuiu, uma peça continua de origem e cumprindo fielmente a sua missão. A minha drive...! No dia a dia, novos produtos se inventam e outros se melhoram; o Pentium subiu patamares em relação ao 486 e o P6 já mora andares acima. O Windows 95 melhorou substancialmente o visual e o funcionamento do Windows 3.1. As placas de vídeo mostram-nos agora imagens a cores reais (“true color”) e o bus PCI rebentou com as portas do velhinho bus ISA. No entanto, a minha floppy disk drive é um componente que não viu melhoramentos no tempo. Encaremos a realidade. A disquete está obsoleta e a minha drive sofre de mau feitio. Carlos A. Pombo Diz-se que... - Há mais festas que alunos em Santarém. - A tuna da ESGS está a arrancar. - A nova associação de estudantes antes de estar eleita, já “geria” a mesma. - Houve um elemento da actual associação que disse para um colega nosso que este não contava para nada. - A rádio pode ter o dias contados. - A Federação Académica não tem tido apoio da ESGS ultimamente. - Nas festas há pouca gente a colaborar na sua organização. - Os Ena Pá 2000 estarão em Santarém na semana académica. - Vai-se acabar com os jogos de cartas nas universidades. Tanta coisa se diz que alguma será verdade. __________________________________________________________________________________________________////////////
  • 10. Pág. 10 O IDEIAS /////////////______________________________________________________________________________________ Falando de Rádio Quando em 94 surgiu a “Rádio Gest” fiquei Mas, contrariamente ao que se passou no ano estupidamente feliz. Juro que fiquei ! transacto, não se trata simplesmente de ter um programa Uma rádio pode servir de base ao para cada tipo de música, mas sim de tentar quebrar essa desenvolvimento da A.E. e no mesmo contexto ajudar a rigidez e intercalar subtilmente estilos diferentes em cada desenvolver a Escola. programa. O projecto original apontava para uma progressão Não é comercialmente correcto ocupar horários de qualitativa que, pouco a pouco, daria lugar a uma rádio grande audiência com programas para minorias. amadora mas com qualidade semi-profissional. Quantas boas rádios se poderão dar ao “luxo” de Prevendo dificuldades na gestão dos recursos suportar programas “heavy”, de música clássica ou mesmo materiais e humanos propus à direcção da A.E. a criação de outro tipo minoritário em horário nobre ? de uma Direcção de Programação que se revelou de Se pretendermos alcançar (porque não ?!) a enorme importância para a Gest, coordenando os difusão para o exterior em FM, devemos antes de mais programas em termos de horários e intervindo, nalguns nada incrementar a qualidade dos nossos programas. casos, no conteúdo dos mesmos de forma a atenuar Por outro lado, grande parte da rede de difusão da possíveis “atentados ao bom gosto”. Gest está implantada a nível de gabinetes de trabalho, e O que começou por ser um galope desenfreado, não me parece muito viável trabalhar horas a fio ao som depressa se tornou um trote ligeiro. ensurdecedor de “heavy“ e outras batidas do género forte, Programas houve que alcançaram grande embora esporadicamente se possa passar uma ou outra audiência não só entre a população estudantil, mas faixa desse género. também entre os corpos docente e discente da ESGS, mas Certo programa, cujo nome não quero recordar, a maioria acabou por se tornar intermitente e mais tarde alcançou fama entre os funcionários e acabou por ser “morrer”. apelidado de “A trovoada”, visto que quando começava No entanto, não pretendo falar-vos desses toda a gente corria a desligar o som até que o mesmo programas, mas sim alertar-vos noutro sentido. terminasse. A realização de um programa de rádio, ainda que Pelo contrário, faixas de programação do tipo dirigido a um número mais ou menos restrito de ouvintes, suave (“Janela indiscreta”, “Meia Hora”) e polémico deve ter em conta, acima de tudo, critérios de bom gosto (“Cantigas de escárnio e maldizer”) deixaram saudades. ao nível da apresentação vocal e musical. Em termos objectivos, houve grande força de Não basta querer fazer rádio, é preciso antes que vontade para levar avante um projecto de vulto, mas não tudo saber ouvir rádio. houve recepção ao “feedback “ da audiência, que servisse Será por mero acaso que a RFM ou a Antena 3 de “filtro” à programação. chegaram onde chegaram ? A necessidade de inquéritos periódicos à A aposta na diversidade é um trunfo audiência é mais que evidente. indispensável! Componente fulcral desta nova etapa da Gest é a Fazer rádio não se deve confundir com ouvirmos opinião pública e a sua repercussão em termos de música em casa ou nos “headphones”. alterações na programação. Mais que nunca temos o dever Gostarmos de um determinado tipo de música é não só de cumprir os horários que nos comprometemos natural, mas será que devemos bombardear os ouvintes fazer como de procurar estabelecer comunicação com o com horas seguidas de ritmos idênticos? maior número possível de ouvintes, moldando a Será preferível fidelizar uma percentagem ínfima estruturação dos programas de acordo com a sua vontade da audiência passando apenas um género de música ou explícita. pelo contrário alcançar uma audiência muito mais vasta dando a cada um, de vez em quando, aquilo que prefere? Joaquim Cardoso Ouvindo as rádios que são líderes de audiência, a resposta é óbvia: variedade é a palavra chave. /////////////_______________________________________________________________________________________________
  • 11. O IDEIAS Pág. 11 ______________________________________________________________________________________////////////// Comunicado A direcção da Comissão de Finalistas 92/95 de gestão à referida data nenhum avanço. Logo sem preocupação de de empresas e membros da Associação de Estudantes negociar o subsídio, a Associação estava sem fundos. cessante (Nuno Galego, Rui Pereira e Leonel Sérgio), vêm Desta forma os responsáveis da Comissão de Finalistas por este meio fazer algumas considerações relativas à referiram que poderiam, caso tivessem o dinheiro, contribuir entrevista publicada na secção “Associação em Actividade” para os custos dos ciclos de conferências. Uma vez que a na anterior edição de “O Ideias” na qual o entrevistado, referida verba só foi disponibilizada no início de Junho, a Frederico Reis, presidente cessante da A.E., decidiu atacar Comissão de Finalistas não iria patrocinar um evento já os elementos referidos. realizado e com os custos cobertos. Apelidamos de totalmente falsas algumas das - Definitivamente não compreendemos o facto de declarações proferidas nomeadamente as que visam estes sermos criticados pelo dinheiro recebido, afinal se o elementos, como o facto do aproveitamento financeiro da gastámos no Gerês, foi por comum acordo dos elementos A.E. para obter patrocínios de entidades oficiais. que foram à viagem. Apesar de não ter sido empregue na - A Comissão de Finalistas 92/95, solicitou no passado viagem à Tunísia, serviu para reembolsar algum dinheiro mês de Fevereiro um apoio financeiro ao Governo Civil de dado pelos finalistas para o pagamento integral da viagem. Santarém para a viagem de finalistas a realizar em Abril, O facto de a viatura da A.E. ter ido ao Gerês não tem nada cujo destino foi a Tunísia. À referida data o déficite a haver à Comissão de Finalistas, mas sim com os 5 financeiro orçava em 150000$00, verba essa pedida à membros da Associação que se responsabilizaram pela sua respectiva entidade. utilização. Embora refira que não, o presidente (em título) - O pedido foi feito em nome da Comissão de sabia, tendo inclusivé ameaçado um dos membros, caso Finalistas 92/95 de Gestão de empresas e assinado pela realizassem a viagem, uma atitude um tanto hipócrita, para direcção da Comissão de Finalistas, não havendo qualquer quem a utilizava com os mesmos fins. menção à A.E. Foi pedido ao secretário da E.S.G.S., Dr. - Relativamente à Associação de Estudantes não Beirante, autorização para usarmos neste pedido envelopes gostaríamos de deixar de referir a falta de legitimidade com timbrados da E.S.G.S., para confirmar a origem e que o presidente da Associação de Estudantes se refere ao credibilidade do pedido, tendo-nos sido aconselhado enviar trabalho neste ano na A.E. por meio da A.E., uma vez, que um Instituto Público não - O presidente não foi “queimado” pelos outros poderia representar o nosso pedido. Dessa forma o pedido membros, nomeadamente os visados neste artigo, estes foi feito em papel timbrado e envelope da A.E., com o intuito elementos procuraram recuperar um cargo que desde de endereçar e credibilizar o pedido, não havendo qualquer Fevereiro não funcionava na A.E., o de presidente. Se foi menção no pedido à A.E. feito muito trabalho na A.E., foi devido aos projectos que os - Por outro lado, a Associação de Estudantes é no tais elementos em que o presidente apostou e que agora fundo uma representação dos alunos de uma entidade, logo critica levaram a cabo, sendo que a única incompatibilidade deverá ser a primeira a expressar apoio aos núcleos de era a atitude com que elas estavam na Associação de estudantes formados, apoio esse que enquadro no âmbito Estudantes. referido. Quanto ao desconhecimento do pedido prendeu-se - Promoção pessoal, contra os que procuravam com o afastamento de alguns membros da A.E., logo não dinamizar a A.E. através de trabalho e projectos pessoais. havia muita comunicação com quem não estava. Não - É pena que para recuperar um protagonismo perdido, compreendemos de que modo o presidente da A.E. vem o nosso presidente venha agora questionar a actuação dos criticar o referido pedido, uma vez que o patrocínio foi seus colegas na Associação, o facto é que com ou sem concedido na sua totalidade à Comissão de Finalistas, presidente, o trabalho da Associação foi deveras positivo. sendo o recibo assinado pelo seu responsável e autenticado com um carimbo da Comissão de Finalistas, desta forma está totalmente posta fora de causa a hipótese do pedido A melhor das felicidades para os elementos da Associação ter sido deferido para a Associação de Estudantes, com o seguinte. objectivo de ser gasto nessa viagem. - A Comissão de Finalistas não é uma subsidiária da O Presidente do Conselho Fiscal Santa Casa da Misericórdia, não tendo que repartir a verba Nuno Galego do patrocínio com a A.E., pelo contrário a verba referiu-se a O Vice-Presidente um défice real, colmatado pela entrada de dinheiro dos seus membros. A questão do comprometimento desta direcção Rui Pereira com a A.E. prendeu-se com o facto da A.E. estar a entrar em colapso financeiro, devido aos gastos com o ciclo de conferências e devido ao facto do processo de pedido de subsídio, ao encargo do presidente da A.E. não ter tido até _______________________________________________________________________________________________//////////////
  • 12. O IDEIAS /////////////______________________________________________________________________________________ BUROCRACIAS Talvez a maior parte dos estudantes ainda não saiba, mas a as fotocópias dos cartões de estudante porque acham que não verdade é que, em termos legais, para provar que um aluno está provam nada. Assim nós não temos outro remédio a não ser a estudar num determinado estabelecimento de ensino basta pedir sucessivamente no início de cada ano lectivo certificados de entregar uma fotocópia do seu cartão de estudante ou do boletim matrícula para tudo e mais alguma coisa, desembolsando mais de matrícula. Neste sentido basta que o cartão de estudante ou o uns trocos sem necessidade. E o que é mais absurdo é que a boletim de matrícula contenham o nome completo do aluno, o esmagadora maior parte das vezes são as próprias instituições grau de ensino e o ano lectivo da matrícula. É precisamente disto da Administração Pública que recusam a apresentação do cartão que trata o decreto-lei nº 416/93 de 24 de Dezembro. de estudante, enquanto que pelo contrário há entidades privadas Os certificados de matrícula dos cerca de 500 mil alunos para as quais basta uma simples fotocópia do cartão de dos ensinos secundário, profissional, artístico e superior são estudante para os alunos obterem as regalias a que têm direito. exigidos para uma quantidade enorme de processos, tais como o Mas o absurdo transforma-se em ridículo quando temos em abono de família, adiamento ao serviço militar obrigatório, bolsas linha de conta os custos inerentes aos certificados de matrícula. de estudo, etc. Daí que a aplicação deste decreto traga muitas Se o decreto-lei nº 416/93 fosse de facto aplicado a comunidade vantagens, nomeadamente, o desaparecimento de milhares de chegaria a poupar mais de um milhão e trezentos mil contos por papéis que se preenchem aquando do acto de matrícula, a ano. diminuição dos custos administrativos do Estado, menores custos É por isso que, ao contrário de alguns colegas meus, eu financeiros para os alunos e ainda ganhos em termos de tempo, não fico nada admirado pelo facto de haver alunos nesta escola na medida em que se pode obter uma fotocópia do cartão de que nem sequer requereram o seu cartão de estudante junto do estudante dum momento para o outro, enquanto que um representante da C.G.D. que se deslocou propositadamente aqui certificado de matrícula não se obtém muitas vezes nem dum dia para esse efeito. De facto, para quê perder tempo a requerer um para o outro. cartão que na prática não serve para nada ? Mas o problema é que as instituições que costumam pedir os certificados de matrícula desconhecem este decreto . E as José Luís Carvalho instituições que conhecem o decreto simplesmente não aceitam As palavras do Zé... Aproveito este espaço para convidar, e desculpem-me todos os alunos, todos os membros do Instituto Politécnico, Comissões Instaladoras das diversas escolas, professores e auxiliares de acção educativa, a almoçar e jantar, não esporadicamente, mas diariamente, no refeitório, digo, cantina do IPS. Lamentável é ser eu, Zé do Telhado, o portador deste convite e não serem vocês, caros docentes a tomarem a iniciativa. Estou, penso eu, nos tempos que correm, a ser vosso amigo. Isto porque tenho dúvidas que encontrem um local na cidade onde possam, pelos preços praticados, tomar uma refeição. No fundo, é tudo uma questão de poupança. Mas se esta questão de poupança fôr uma falsa questão, então porque não almoçam lá? Será devido à qualidade, quantidade ou higiene dos bens confeccionados? Na minha modesta opinião, isso é uma questão absurda; as empregadas raramente usam touca no cabelo, várias vezes as ementas não são cumpridas , as batatas, ou estão mal cozidas, ou quando fritas estão frias, a carne de vaca parece “sola de sapato”, a sopa é confeccionada à base de água e massa, o arroz (branco ou de legumes) sabe mal, os hambúrgueres não têm qualidade, nas saladas é normal aparecerem pequenos caracóis (que luxo!), espera-se meia hora na fila, mas isso não tem a mínima importância. É tudo tão natural para nós, alunos, e o que é natural é benéfico para a saúde e até terá qualidades medicinais.... Zé do Telhado /////////////_______________________________________________________________________________________________