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Linguagens- Língua Portuguesa
          Ensino Médio – 1º Ano

Variação Linguística e Preconceito
            linguístico
O texto que segue é de autoria de
 um cantor conhecido, leiam-no e
tentem lembrar de quem se trata.
ASA BRANCA
Quando "oiei" a terra ardendo       "Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Qual a fogueira de São João         Guarda contigo meu coração
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação            Hoje longe, muitas légua
                                    Numa triste solidão
Eu perguntei a Deus do céu, ai      Espero a chuva cair de novo
Por que tamanha judiação            Pra mim vortar pro meu sertão

Que braseiro, que fornaia           Espero a chuva cair de novo
Nem um pé de "prantação“            Pra mim vortar pro meu sertão
Por farta d'água, perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão           Quando o verde dos teus "óio“
                                    Se "espaiar" na prantação
Por farta d'água, perdi meu gado    Eu te asseguro não chore não, viu
Morreu de sede meu alazão           Que eu vortarei, viu
                                    Meu coração
Inté mesmo a asa branca
                                    Eu te asseguro não chore não, viu
Bateu asas do sertão
                                    Que eu vortarei, viu
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração          Meu coração
Acredito que vocês lembraram ser Luís
 Gonzaga, pernambucano de Exu, o autor
dessa música, em parceria com o cearense
     Humberto Teixeira, e nós, como
pernambucanos, que na maioria também o
   somos, poderíamos cantá-la juntos e
 observarmos como o uso especial que ele
    fez da língua portuguesa o tornou
 conhecido em todo o Brasil como o rei do
         baião. Vamos cantá-la?!
       http://www.youtube.com/watch?v=cWiJL0_yj9c
Com base na música respondam:
1-Como o cenário do sertão é descrito na música?

2-Qual o tema tratado na música?

3- Poderíamos afirmar que o conteúdo expresso pelo
   compositor em décadas passadas se faz “novo” nos dias
   atuais? Justifique.

4-Na sua opinião, qual o grau de escolaridade do eu-lírico?
  Explique.

5-Qual sua possível profissão?
6-Retire da canção expressões típicas da linguagem
                      popular.

7-Você compreendeu o que quis dizer a canção, isto é,
houve comunicação, ou nela há expressões “erradas”
          que dificultam o entendimento?

     8-Suponha que você seja oftalmologista e no
  consultório lhe chegasse um paciente cujas palavras
fossem: “Dotô, meus óio tão ardeno”, como você agiria
   diante de tal afirmação? Corrigia-o ou procedia o
             exame dos olhos do paciente?
AS VARIANTES LINGUÍSTICAS
O que devemos levar em conta no
         nosso estudo?
 Cada um de nós, quando nasce, começa a aprender a
  língua em casa, com os familiares. Ao ouvir as
  pessoas falando, nós também vamos, aos poucos,
  apropriando-nos do vocabulário e das leis
  combinatórias da língua.

 Também treinamos nossa boca e nossas cordas
  vocais para produzirem sons, que se transformam
  em palavras, em frases e em textos inteiros.
Quando passamos a ter contato com outras
  pessoas na rua, na escola, na cidade e nos sítios,
   percebemos que nem todos falam como nós e
  nossos parentes mais diretos, mas nem por isso
           deixamos de compreendê-las.

 Existem pessoas que falam diferente por serem de
   outras famílias, de outras cidades ou de outras
regiões do país, ou até mesmo por serem mais idosas
                   / jovens que nós.
Assim, a língua sofre variações
      conforme os aspectos:

Regional                           Exemplo: Um falante
Conforme a                            nordestino, ao chegar numa
                                      feira livre no Rio de Janeiro,
região do falante, o uso da
                                      diz ao vendedor:
língua varia, pois este tem
                                   -Quero um quilo de macaxeira.
vocabulário e pronúncia
                                   E o vendedor responde:
próprios de sua região. O que
                                   -Caramba, não tenho. Tenho
não significa dizer que região X      mandioca, serve?
fala “melhor” ou mais “bonito”     O falante nordestino examina o
do que região Y. Quem assim           produto e diz: - Vou levar, é a
   pensa comete preconceito           mesma coisa!
   linguístico.
Época
                             Exemplo:
É comum as pessoas de        Num consultório entram o avô (65
diferentes épocas              anos) e o neto (10 anos). O avô olha
utilizarem um vocabulário      para o médico e fala:
diferente, e, na maioria     -Doutor, quero que o senhor me
das vezes, também              receite um remédio para meu neto
escreverem de modo             que está com difruço.
diferenciado devido às
variações da língua no       O médico, meio que aturdido, porém
tempo, as quais atingem a      compreende a fala do senhor e
faixa etária dos falantes.     começa a prescrever a medicação.
Um exemplo vivo para nós       Eis que o neto interrompe:
é a reforma ortográfica, a   -Vovô, eu não tenho essa doença aí
qual muda o jeito de           não, tenho apenas um leve
escrever algumas               resfriado.
Classe social
                               Exemplo: Conversa entre três jovens de
Pessoas que têm maior         diferentes classes sociais
acesso a leituras
                           Jovem da classe alta: - Li ontem vários artigos
variadas, escolas, filmes,    sobre variação linguística na biblioteca virtual e
internet etc apresentam       tive aulas com meu pai.
uma variedade da língua, Jovem da classe média: -Foi mesmo, cara? Eu
digamos, mais próxima         tenho internet, livros, Tv a cabo, mas não li
do falar exigido pela         nada. Convidei um antigo colega para ir lá em
                              casa, ele também utilizou minhas mídias e fez
sociedade letrada. Não
                              essa leitura que você aí fala.
se trata de mais pobres
                           Jovem da classe baixa: - O convidado fui eu! Não
ou menos pobres, trata-       tenho esses recursos, apenas as xérox das
se apenas das                 aulas, por isso aproveitei a oportunidade dada
oportunidades de leitura      pelo colega, a fim de também me sentir
desses falantes.              incluído e li tudo que pude. Resultado: Hoje
                                  entendo as variações e sei me defender diante
                                  do preconceito linguístico!
Nível de instrução
                             Exemplo: Conversa entre um agricultor
                                (analfabeto) e um metereologista:
O nível de instrução do
                             Agricultor:- Sinhô, hoje chove de todo jeito!
falante também faz com
que a língua sofra           Metereologista: -Não, as previsões só
variações. Isso quer dizer      anunciam chuvas para o final do mês.
que falantes com maior       Agricultor: -Num concordo, não sinhô e até
escolarização tendem a          pruque o mei miô, o mei findô e hoje já é
usar a língua de modo           15. Assim, tá no miado e vai chuver.
mais formal que os           Metereologista: - Mas e as previsões? O
falantes de menor               senhor não entende de nada, nem falar
escolaridade. Fato que, em      sabe...
muitos casos, provoca o      Agricultor: - Me disculpe, falá bunito como o
surgimento do preconceito       sinhô eu possa num sabê, mas se o sinhô
linguístico.                    tem istudo num parece pruque num sabe
                                nem arrespeitar or mai véi. E se eu num sei
                                falá como dixe, como é que eu tenho 65
                                ano e nunca deixei de falá com o povo
Situação de Comunicação
       (registros)

Conforme a situação        Exemplo: A mãe com o filho, em casa, e na
                              escola, na qualidade de sua educadora.
comunicativa em que
                           Maria (mãe): -Filho, vá estudar variação
se encontra o falante,        linguística. A avaliação é hoje, te dou uma
ele faz a língua variar.      bola se tirar 80. Não vai me envergonhar,
Isso quer dizer que, em       hein?
ambientes mais             José (filho): - Mamãe, eu já sei que a língua
formais, a opção pelo         varia conforme a região, o tempo, o grau de
uso formal da língua é        instrução e um bocado de coisas mais. Me
                              dê, mamãe, a bola.
mais conveniente. Já
                           Maria (na escola): - José, estude variação
com os familiares e           linguística que a avaliação será hoje e eu
colegas, o uso da             darei à turma um livro a quem tirar 80.
informalidade é mais       José (na escola)- Professora, sei de todas as
usual. O interessante é       variações, inclusive como banir o
saber fazer essas             preconceito linguístico existente na nossa
trocas.                       sociedade. E agora, mereço o 80 e o livro?!
Linguagens
Língua oral e língua escrita   expressões de apoio, como né?, tá?,
A língua oral,                    entendem?, etc.
(falada) também é              Em outras palavras, poderíamos resumir que a
diferente da língua escrita.   escrita é planejada, enquanto a fala não, é
Assim, quando                     espontânea. Aquilo que
escrevemos, temos              escrevemos podemos rever, revisar, ao passo
condições de escrever bem      que aquilo que falamos, não temos mais como
as palavras, de corrigir o
                               voltar atrás. Nesse caso, sendo uma ofensa ao
texto e melhorá-lo até
transmitir exatamente o        outro, somente um pedido de desculpa poderá
que desejamos. Na fala         “sanar”o dito. Aproveitem essa aula e, a partir
isso não é possível, ela          de agora, não menosprezem seus colegas se
normalmente apresenta             estes falarem arrastado, com gírias, ou
repetições, quebras de            mesmo se usarem palavras desconhecidas
sequência lógica,                 para vocês. Saibam que todo falante nativo
problemas de                      conhece muito bem a sua língua materna.
concordância e várias
Língua
Formal: também                A língua culta ou padrão é veiculada nos
chamada de culta ou          dicionários, nas gramáticas, nos textos
padrão. Ao falarmos em       literários, técnico-científicos e jornalísticos e
público ou ao                nas redações oficiais do país.
conversarmos com
pessoas mais instruídas do
que nós, ou ainda com
pessoas que ocupam cargo
                             Informal: ao contrário, se a conversa
ou posição elevada,          for com pessoas conhecidas, com as quais
passamos a empregar a        temos intimidade ou mesmo familiaridade,
língua formal, isto é,       podemos falar de modo informal, mais
falamos de modo mais         popular e menos policiado, pois nosso
cuidadoso. Evitamos tanto    interlocutor não se chocará com a nossa
as gírias e expressões       linguagem.
grosseiras quanto aquelas
que demonstrem muita
intimidade (caramba,
fofinha, bicho etc). (1)
Gírias, jargões e calão

Gíria e jargão: são os       Calão (ou baixo calão): é uma
códigos linguísticos         realização linguística caracterizada pelo uso
próprios de um grupo         de termos baixos, grosseiros ou obscenos,
sociocultural com            que, dependendo do contexto, muitas
vocabulário especial,        vezes chocam pela falta de decoro e
incompreensível para         desvalorizam socialmente aqueles que os
quem dele não fizer parte.   empregam.
Os médicos usam uma
linguagem típica da
medicina, por exemplo,       Vale ressaltar que, no ato comunicativo, o
para explicar um             falante deverá primar por ser bem
procedimento cirúrgico       compreendido linguisticamente, suas
(jargão); já os surfistas    escolhas deverão estar adequadas à
empregam gírias entre        situação comunicativa vivenciada por ele,
eles.                        bem como a seu interlocutor imediato.
A gíria, como a moda, passa.

Vocês lembram de gírias antigas?

 Deem alguns exemplos de gírias
    usadas na nossa região.
A língua portuguesa tem muitas expressões
interessantes. Muitas delas se constituem como gírias,
  as quais são usadas pelos falantes de várias idades,
inclusive por vocês. Expliquem, pois, o que significam e
em que situações cotidianas são usadas as expressões
                      seguintes:
a)Está com a pulga atrás da orelha.

   b)Comer o pão que o diabo amassou.

     c)Procurar sarna para se coçar.

     d)Prometer mundos e fundos.

      e)Lutar com unhas e dentes.

           f)Ser mão de vaca.

            g)Pisar em ovos.

i)Aquele homem é pirangueiro pra chuchu.
Ninguém deve menosprezar os usos da língua
escolhidos pelo falante. Este, por sua vez, deve
fazer uso adequado dela, para evitar situações de
incompreensões e para participar ativamente da
sociedade da qual faz parte, por exemplo:

É ADEQUADO: usar a linguagem formal em ambientes
e eventos públicos como numa formatura, numa palestra, na
igreja etc.

É INADEQUADO: usar uma linguagem extremamente
formal, muito trabalhada, pomposa em casa com os
familiares ou com pessoas da intimidade.
Nossa próxima atividade será uma produção escrita, na qual
vocês me ditarão o texto. O enfoque será dado às variações da
   língua e ao preconceito existente na sociedade quanto às
diferenças no seu uso . Vocês, a partir dessa criação, serão os
multiplicadores dos conhecimentos aqui construídos. Para isso,
observem uma simples definição do que seja essa barreira que
 tanto afastou e ainda afasta os falantes da língua devido aos
      mitos que lhes foram impostos ao longo dos tempos.
Preconceito linguístico

Quando se afirma que alguém não sabe falar
corretamente porque não utiliza a variedade de
maior prestígio social, ou seja, a culta, ou mesmo
quando não se aceita uma diferença na pronúncia e
no léxico de uma pessoa, comete-se o preconceito
linguístico. Ele também se mascara em afirmações
como: “o certo é falar assim, porque se escreve
assim”; “brasileiro não sabe português”; “nordestino
fala tudo errado“ ;“pessoas sem instrução falam
tudo errado” etc.
Sejamos criativos em ambas as produções, não nos
esqueçamos de sempre atribuirmos valores aos diversos
 usos da língua, desmistificando assim esse preconceito
 que tanto tem afastado os falantes do convívio social.
                  Podemos começar?!
1º comando

Suponha que você, sendo nordestino, 18 anos,
com Ensino Médio incompleto, morador da zona
rural, pleiteia uma vaga numa empresa de
cosméticos em São Paulo. Como se expressaria
diante do entrevistador, por sinal, muito
exigente com o uso formal da língua. Elabore
um diálogo entre ambos. Aproveite para deixar
claras as noções de variação e do preconceito
linguístico.
Espaço para a 1ª produção
2º comando

Como se expressaria um paciente idoso,
analfabeto com dores nas costas diante de um
médico ortopedista? Elabore a consulta num
grau de aceitação por parte do médico tendo
em vista as expressões usadas pelo seu
paciente.
Espaço para a 2ª produção
Vocês, em grupos, farão duas atividades avaliativas. Na
primeira, com base no sorteio dos tipos de variações da
 língua, façam um resumo através de diálogos daquilo
   que aprenderam sobre a variação sorteada para o
     grupo. Para isso, usem a cartolina e os pincéis.
Na segunda, os mesmos grupos irão produzir um texto
   teatral com a mesma temática e, em seguida, irão
encená-lo para os outros colegas usando os fantoches e
   o lençol. Para organizarem essa atividade, usem o
          papel ofício. Boa sorte e mãos à obra!

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Variacao

  • 1. Linguagens- Língua Portuguesa Ensino Médio – 1º Ano Variação Linguística e Preconceito linguístico
  • 2. O texto que segue é de autoria de um cantor conhecido, leiam-no e tentem lembrar de quem se trata.
  • 3. ASA BRANCA Quando "oiei" a terra ardendo "Intonce" eu disse, adeus Rosinha Qual a fogueira de São João Guarda contigo meu coração Eu perguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação Hoje longe, muitas légua Numa triste solidão Eu perguntei a Deus do céu, ai Espero a chuva cair de novo Por que tamanha judiação Pra mim vortar pro meu sertão Que braseiro, que fornaia Espero a chuva cair de novo Nem um pé de "prantação“ Pra mim vortar pro meu sertão Por farta d'água, perdi meu gado Morreu de sede meu alazão Quando o verde dos teus "óio“ Se "espaiar" na prantação Por farta d'água, perdi meu gado Eu te asseguro não chore não, viu Morreu de sede meu alazão Que eu vortarei, viu Meu coração Inté mesmo a asa branca Eu te asseguro não chore não, viu Bateu asas do sertão Que eu vortarei, viu "Intonce" eu disse, adeus Rosinha Guarda contigo meu coração Meu coração
  • 4. Acredito que vocês lembraram ser Luís Gonzaga, pernambucano de Exu, o autor dessa música, em parceria com o cearense Humberto Teixeira, e nós, como pernambucanos, que na maioria também o somos, poderíamos cantá-la juntos e observarmos como o uso especial que ele fez da língua portuguesa o tornou conhecido em todo o Brasil como o rei do baião. Vamos cantá-la?! http://www.youtube.com/watch?v=cWiJL0_yj9c
  • 5. Com base na música respondam: 1-Como o cenário do sertão é descrito na música? 2-Qual o tema tratado na música? 3- Poderíamos afirmar que o conteúdo expresso pelo compositor em décadas passadas se faz “novo” nos dias atuais? Justifique. 4-Na sua opinião, qual o grau de escolaridade do eu-lírico? Explique. 5-Qual sua possível profissão?
  • 6. 6-Retire da canção expressões típicas da linguagem popular. 7-Você compreendeu o que quis dizer a canção, isto é, houve comunicação, ou nela há expressões “erradas” que dificultam o entendimento? 8-Suponha que você seja oftalmologista e no consultório lhe chegasse um paciente cujas palavras fossem: “Dotô, meus óio tão ardeno”, como você agiria diante de tal afirmação? Corrigia-o ou procedia o exame dos olhos do paciente?
  • 8. O que devemos levar em conta no nosso estudo?  Cada um de nós, quando nasce, começa a aprender a língua em casa, com os familiares. Ao ouvir as pessoas falando, nós também vamos, aos poucos, apropriando-nos do vocabulário e das leis combinatórias da língua.  Também treinamos nossa boca e nossas cordas vocais para produzirem sons, que se transformam em palavras, em frases e em textos inteiros.
  • 9. Quando passamos a ter contato com outras pessoas na rua, na escola, na cidade e nos sítios, percebemos que nem todos falam como nós e nossos parentes mais diretos, mas nem por isso deixamos de compreendê-las. Existem pessoas que falam diferente por serem de outras famílias, de outras cidades ou de outras regiões do país, ou até mesmo por serem mais idosas / jovens que nós.
  • 10. Assim, a língua sofre variações conforme os aspectos: Regional Exemplo: Um falante Conforme a nordestino, ao chegar numa feira livre no Rio de Janeiro, região do falante, o uso da diz ao vendedor: língua varia, pois este tem -Quero um quilo de macaxeira. vocabulário e pronúncia E o vendedor responde: próprios de sua região. O que -Caramba, não tenho. Tenho não significa dizer que região X mandioca, serve? fala “melhor” ou mais “bonito” O falante nordestino examina o do que região Y. Quem assim produto e diz: - Vou levar, é a pensa comete preconceito mesma coisa! linguístico.
  • 11. Época Exemplo: É comum as pessoas de Num consultório entram o avô (65 diferentes épocas anos) e o neto (10 anos). O avô olha utilizarem um vocabulário para o médico e fala: diferente, e, na maioria -Doutor, quero que o senhor me das vezes, também receite um remédio para meu neto escreverem de modo que está com difruço. diferenciado devido às variações da língua no O médico, meio que aturdido, porém tempo, as quais atingem a compreende a fala do senhor e faixa etária dos falantes. começa a prescrever a medicação. Um exemplo vivo para nós Eis que o neto interrompe: é a reforma ortográfica, a -Vovô, eu não tenho essa doença aí qual muda o jeito de não, tenho apenas um leve escrever algumas resfriado.
  • 12. Classe social Exemplo: Conversa entre três jovens de Pessoas que têm maior diferentes classes sociais acesso a leituras Jovem da classe alta: - Li ontem vários artigos variadas, escolas, filmes, sobre variação linguística na biblioteca virtual e internet etc apresentam tive aulas com meu pai. uma variedade da língua, Jovem da classe média: -Foi mesmo, cara? Eu digamos, mais próxima tenho internet, livros, Tv a cabo, mas não li do falar exigido pela nada. Convidei um antigo colega para ir lá em casa, ele também utilizou minhas mídias e fez sociedade letrada. Não essa leitura que você aí fala. se trata de mais pobres Jovem da classe baixa: - O convidado fui eu! Não ou menos pobres, trata- tenho esses recursos, apenas as xérox das se apenas das aulas, por isso aproveitei a oportunidade dada oportunidades de leitura pelo colega, a fim de também me sentir desses falantes. incluído e li tudo que pude. Resultado: Hoje entendo as variações e sei me defender diante do preconceito linguístico!
  • 13. Nível de instrução Exemplo: Conversa entre um agricultor (analfabeto) e um metereologista: O nível de instrução do Agricultor:- Sinhô, hoje chove de todo jeito! falante também faz com que a língua sofra Metereologista: -Não, as previsões só variações. Isso quer dizer anunciam chuvas para o final do mês. que falantes com maior Agricultor: -Num concordo, não sinhô e até escolarização tendem a pruque o mei miô, o mei findô e hoje já é usar a língua de modo 15. Assim, tá no miado e vai chuver. mais formal que os Metereologista: - Mas e as previsões? O falantes de menor senhor não entende de nada, nem falar escolaridade. Fato que, em sabe... muitos casos, provoca o Agricultor: - Me disculpe, falá bunito como o surgimento do preconceito sinhô eu possa num sabê, mas se o sinhô linguístico. tem istudo num parece pruque num sabe nem arrespeitar or mai véi. E se eu num sei falá como dixe, como é que eu tenho 65 ano e nunca deixei de falá com o povo
  • 14. Situação de Comunicação (registros) Conforme a situação Exemplo: A mãe com o filho, em casa, e na escola, na qualidade de sua educadora. comunicativa em que Maria (mãe): -Filho, vá estudar variação se encontra o falante, linguística. A avaliação é hoje, te dou uma ele faz a língua variar. bola se tirar 80. Não vai me envergonhar, Isso quer dizer que, em hein? ambientes mais José (filho): - Mamãe, eu já sei que a língua formais, a opção pelo varia conforme a região, o tempo, o grau de uso formal da língua é instrução e um bocado de coisas mais. Me dê, mamãe, a bola. mais conveniente. Já Maria (na escola): - José, estude variação com os familiares e linguística que a avaliação será hoje e eu colegas, o uso da darei à turma um livro a quem tirar 80. informalidade é mais José (na escola)- Professora, sei de todas as usual. O interessante é variações, inclusive como banir o saber fazer essas preconceito linguístico existente na nossa trocas. sociedade. E agora, mereço o 80 e o livro?!
  • 15. Linguagens Língua oral e língua escrita expressões de apoio, como né?, tá?, A língua oral, entendem?, etc. (falada) também é Em outras palavras, poderíamos resumir que a diferente da língua escrita. escrita é planejada, enquanto a fala não, é Assim, quando espontânea. Aquilo que escrevemos, temos escrevemos podemos rever, revisar, ao passo condições de escrever bem que aquilo que falamos, não temos mais como as palavras, de corrigir o voltar atrás. Nesse caso, sendo uma ofensa ao texto e melhorá-lo até transmitir exatamente o outro, somente um pedido de desculpa poderá que desejamos. Na fala “sanar”o dito. Aproveitem essa aula e, a partir isso não é possível, ela de agora, não menosprezem seus colegas se normalmente apresenta estes falarem arrastado, com gírias, ou repetições, quebras de mesmo se usarem palavras desconhecidas sequência lógica, para vocês. Saibam que todo falante nativo problemas de conhece muito bem a sua língua materna. concordância e várias
  • 16. Língua Formal: também A língua culta ou padrão é veiculada nos chamada de culta ou dicionários, nas gramáticas, nos textos padrão. Ao falarmos em literários, técnico-científicos e jornalísticos e público ou ao nas redações oficiais do país. conversarmos com pessoas mais instruídas do que nós, ou ainda com pessoas que ocupam cargo Informal: ao contrário, se a conversa ou posição elevada, for com pessoas conhecidas, com as quais passamos a empregar a temos intimidade ou mesmo familiaridade, língua formal, isto é, podemos falar de modo informal, mais falamos de modo mais popular e menos policiado, pois nosso cuidadoso. Evitamos tanto interlocutor não se chocará com a nossa as gírias e expressões linguagem. grosseiras quanto aquelas que demonstrem muita intimidade (caramba, fofinha, bicho etc). (1)
  • 17. Gírias, jargões e calão Gíria e jargão: são os Calão (ou baixo calão): é uma códigos linguísticos realização linguística caracterizada pelo uso próprios de um grupo de termos baixos, grosseiros ou obscenos, sociocultural com que, dependendo do contexto, muitas vocabulário especial, vezes chocam pela falta de decoro e incompreensível para desvalorizam socialmente aqueles que os quem dele não fizer parte. empregam. Os médicos usam uma linguagem típica da medicina, por exemplo, Vale ressaltar que, no ato comunicativo, o para explicar um falante deverá primar por ser bem procedimento cirúrgico compreendido linguisticamente, suas (jargão); já os surfistas escolhas deverão estar adequadas à empregam gírias entre situação comunicativa vivenciada por ele, eles. bem como a seu interlocutor imediato.
  • 18. A gíria, como a moda, passa. Vocês lembram de gírias antigas? Deem alguns exemplos de gírias usadas na nossa região.
  • 19. A língua portuguesa tem muitas expressões interessantes. Muitas delas se constituem como gírias, as quais são usadas pelos falantes de várias idades, inclusive por vocês. Expliquem, pois, o que significam e em que situações cotidianas são usadas as expressões seguintes:
  • 20. a)Está com a pulga atrás da orelha. b)Comer o pão que o diabo amassou. c)Procurar sarna para se coçar. d)Prometer mundos e fundos. e)Lutar com unhas e dentes. f)Ser mão de vaca. g)Pisar em ovos. i)Aquele homem é pirangueiro pra chuchu.
  • 21. Ninguém deve menosprezar os usos da língua escolhidos pelo falante. Este, por sua vez, deve fazer uso adequado dela, para evitar situações de incompreensões e para participar ativamente da sociedade da qual faz parte, por exemplo: É ADEQUADO: usar a linguagem formal em ambientes e eventos públicos como numa formatura, numa palestra, na igreja etc. É INADEQUADO: usar uma linguagem extremamente formal, muito trabalhada, pomposa em casa com os familiares ou com pessoas da intimidade.
  • 22. Nossa próxima atividade será uma produção escrita, na qual vocês me ditarão o texto. O enfoque será dado às variações da língua e ao preconceito existente na sociedade quanto às diferenças no seu uso . Vocês, a partir dessa criação, serão os multiplicadores dos conhecimentos aqui construídos. Para isso, observem uma simples definição do que seja essa barreira que tanto afastou e ainda afasta os falantes da língua devido aos mitos que lhes foram impostos ao longo dos tempos.
  • 23. Preconceito linguístico Quando se afirma que alguém não sabe falar corretamente porque não utiliza a variedade de maior prestígio social, ou seja, a culta, ou mesmo quando não se aceita uma diferença na pronúncia e no léxico de uma pessoa, comete-se o preconceito linguístico. Ele também se mascara em afirmações como: “o certo é falar assim, porque se escreve assim”; “brasileiro não sabe português”; “nordestino fala tudo errado“ ;“pessoas sem instrução falam tudo errado” etc.
  • 24. Sejamos criativos em ambas as produções, não nos esqueçamos de sempre atribuirmos valores aos diversos usos da língua, desmistificando assim esse preconceito que tanto tem afastado os falantes do convívio social. Podemos começar?!
  • 25. 1º comando Suponha que você, sendo nordestino, 18 anos, com Ensino Médio incompleto, morador da zona rural, pleiteia uma vaga numa empresa de cosméticos em São Paulo. Como se expressaria diante do entrevistador, por sinal, muito exigente com o uso formal da língua. Elabore um diálogo entre ambos. Aproveite para deixar claras as noções de variação e do preconceito linguístico.
  • 26. Espaço para a 1ª produção
  • 27. 2º comando Como se expressaria um paciente idoso, analfabeto com dores nas costas diante de um médico ortopedista? Elabore a consulta num grau de aceitação por parte do médico tendo em vista as expressões usadas pelo seu paciente.
  • 28. Espaço para a 2ª produção
  • 29. Vocês, em grupos, farão duas atividades avaliativas. Na primeira, com base no sorteio dos tipos de variações da língua, façam um resumo através de diálogos daquilo que aprenderam sobre a variação sorteada para o grupo. Para isso, usem a cartolina e os pincéis. Na segunda, os mesmos grupos irão produzir um texto teatral com a mesma temática e, em seguida, irão encená-lo para os outros colegas usando os fantoches e o lençol. Para organizarem essa atividade, usem o papel ofício. Boa sorte e mãos à obra!