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A CASA NA
ROCHA
PREGAÇÕES A TEMPO E
FORA DE TEMPO
Juarez Fragata
Edição 22/07/2015
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ÍNDICE
1-Introdução...........................................................7
2-A Mente ou a Graça.............................................9
3-O Jugo de Cristo.................................................25
4-Reis, Senhores e Sacerdotes.............................39
5-Aprendendo a Andar com Deus..........................51
6-Na Quietude está a Nossa Força.......................77
7-O Manancial de Águas Vivas..............................81
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INTRODUÇÃO
Mateus 7/ 24-27: Todo aquele, pois, que escuta estas minhas
palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que
edificou a sua casa sobre a rocha; e desceu a chuva, e correram os
rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu,
porque estava edificada sobre a rocha.
E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as pratica,
compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a
areia; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e
combateram aquelas casa, e caiu, e foi grande a sua queda.
De antemão Cristo alertou-nos de que desceria chuva, e correriam os
rios, no plural, portanto mais de um, assoprariam ventos, também no
plural, e combateriam tanto o ouvinte praticante da Palavra, como o
ouvinte não praticante. Por isso o aumento das tribulações é algo
normal. A grande questão é saber se esse alguém vai escolher ser um
praticante da Palavra ou não. O preço que o praticante da Palavra e o
não praticante pagam é o mesmo.
Se esse alguém escolher ser um ouvinte praticante da Palavra, as
tribulações vão combatê-lo, mas o mesmo não cairá, visto que se
edificou sobre a Rocha, isto é, sobre Cristo, a Palavra Viva.
Agora, se ele recuar, não segurar o entendimento que recebeu de
Deus por meio da Bíblia, ou de estudos bíblicos, ou seja, se o mesmo
não por em prática este entendimento, as tribulações viram, combateram
esse alguém, o levaram ao chão, e será grande a sua queda. Por isso o
meu desejo é que os caros leitores entrem em contato com os
ensinamentos a seguir e o coloquem em prática.
- Juarez Fragata
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A MENTE OU A GRAÇA
“Eu Sou” é um dos nomes de Deus. Não é eu era ou eu serei. É “Eu
Sou” no presente. Na realidade o passado é uma verdade que se
transformara em mentira. O futuro sem o que há ou ocorre na atualidade
não existe. Já o presente tem contido em si a graça de Deus. A força
consciente, inteligente, criadora e regeneradora, coordenando toda a
cadeia alimentar animal, fazendo a terra germinar e girar em torno de si
mesma ocasionando o chamado movimento de rotação. O ser humano é
um microcosmo, derivado do mesmo material utilizado pelo Criador
para construir o grande cosmos. Dentro do mesmo existe a mesma graça
ou força divina. No entanto, a mente humana tem a capacidade de tornar
essa graça inativa.
Efésios 2/ 1-3: Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos
delitos e pecados, nos quais andaste outrora, segundo o príncipe da
potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da
desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora,
segundo as inclinações da nossa carne e dos pensamentos; e éramos
por natureza, filhos da ira, como também os demais.
A carne assim como os pensamentos tem vontade própria. Quando o
homem atende essa vontade automaticamente ele sai da graça de Deus.
2 Coríntios 1/ 12: Porque a nossa glória é esta: o testemunho da
nossa consciência, de que, com santidade e sinceridade de Deus, não
com sabedoria humana, mas, na graça divina, temos vivido no mundo
e mais especialmente para convosco.
A suficiência do apóstolo Paulo não vinha do seu intelecto, mas sim
da graça divina. Isso significa que a sua mente estava de contínuo
focada no presente.
Efésios 4/ 17-18: Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não
mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus
pensamentos, obscurecido de entendimento, alheios à vida de Deus
por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração...
A mente tem a capacidade de viajar ao passado, e lá permanecer
horas e mais horas, assim como ao futuro. No entanto a mesma é
rebelde quanto ao presente. Por isso a grande maioria das pessoas vive
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alheia à vida de Deus, uma vez que ela se manifesta no presente.
Romanos 8/ 19: A ardente expectativa da criação aguarda a
revelação dos filhos de Deus.
Ou seja, o universo todo aguarda com ardente expectativa a
manifestação do ser humano.
E quando ocorre essa manifestação? Quando o mesmo volta à mente
para o presente, e não para o ontem ou para o amanhã.
Romanos 1/ 20: Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação
do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se
entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para
que eles fiquem inescusáveis.
Quando o homem coloca a mente no presente, a inteligência de todas
as coisas revela-se ao mesmo.
Romanos 8/ 28: Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem
daqueles que amam a Deus...
Todas as coisas começam a cooperar com o homem.
Mateus 6/ 25: Por isso eu digo a vocês: não se preocupem com a
comida e com a bebida que precisam para viver nem com a roupa que
precisam para se vestir. Afinal, será que a vida não é mais importante
do que a comida? E será que o corpo não é mais importante do que as
vestes?
A recomendação de Jesus é para colocarmos a mente no presente, e
só nos preocuparmos com a nossa vida, e a saúde de nosso corpo.
Mateus 6/ 26: Vejam os passarinhos que voam pelos céus: eles não
semeiam, não colhem, nem guardam comida em depósitos. No
entanto, o Pai de vocês, que está no céu, dá de comer a eles. Será que
vocês não valem muito mais do que os passarinhos?
Os passarinhos não têm capacidade de pensar no amanhã, ou seja,
eles vivem o aqui, agora. Por isso o Deus “Eu Sou”, isto é, o “Jeová
já”, o Deus do presente sustenta-os, assim como sustentará o ser
humano, se o mesmo agir do mesmo modo.
Mateus 6/ 27: E nenhum de vocês pode encompridar a sua vida,
por mais que se preocupe com isso.
Que coisa chocante. No verso 25 Cristo manda nos preocuparmos
11
com a nossa vida, e agora deixa bem claro que mesmo seguindo a risca
essa recomendação, nós não podemos encompridar nossa estadia aqui
nesse planeta, por mais que venhamos a nos precaver. Ou seja, a razão
dessa recomendação é para não corrermos o risco de deixarmos esse
universo antes do tempo previsto pelo Senhor.
Mateus 6/ 28-29: E por que vocês se preocupam com roupas?
Vejam como crescem as flores do campo: elas não trabalham, nem
fazem roupas para si mesmas. Mas eu afirmo a vocês que nem mesmo
Salomão, sendo tão rico, usava roupas tão bonitas como essas flores.
Em primeiro lugar Cristo afirma de que as flores não se esforçam
para crescer, ou seja, elas simplesmente crescem, e florescem sem se
esforçar para isso, uma vez que são alvos da graça de Deus, isto é, da
força consciente, inteligente, criadora e regeneradora de Deus, que age
no presente. Em segundo lugar, Jesus afirma que as riquezas materiais
não podem trazer um gosto apurado no vestir-se ou postar-se do
abonado. Ou seja, o gosto apurado no vestir-se e postar-se vem dá graça
de Deus. Portanto, quando focamos a mente na esfera em que a graça de
Deus age, essas virtudes surgem naturalmente em nós, e isso fica bem
claro no versículo 30.
Mateus 6/ 30: É Deus quem veste a erva do campo, que hoje dá flor
e amanhã desaparece queimada no forno. Então é claro que ele
vestirá também vocês, que têm uma fé tão pequena!
Viram que coisa reveladora? Jesus reitera que é Deus quem nos dá o
gosto apurado no vestir-se, e vai além: afirma que as ervas do campo
têm mais fé do que o ser humano.
Vamos fazer uma breve pausa no assunto que estamos estudando, e
conferir o que é fé. Eu não gostei do jeito que ficara Hebreus 11/ 1, na
Nova Tradução da Linguagem de Hoje. Por isso vamos conferir esse
versículo que esclarece o que é fé na Almeida, Revista e Atualizada.
Hebreus 11/ 1: Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam a
convicção de fatos que se não veem.
Ora, isso é a real definição das coisas que ocorrem com quem vive
com a mente focada no presente. Como já enfatizei antes a erva do
campo não se esforça para crescer e florescer. Ela simplesmente espera
no presente, e tem convicção que a sua essência virá à existência. Já
12
para o ser humano essa tarefa é muito difícil, uma vez que o mesmo tem
extrema dificuldade em manter-se no aqui, agora. Em decorrência disso,
Jesus afirmara que nós temos uma fé pequena comparada a erva do
campo.
Mateus 6/ 31-33: Portanto, não fiquem preocupados, perguntando:
Onde é que vamos arranjar comida? Ou onde é que vamos arranjar
bebida? Ou onde é que vamos arranjar roupas? Pois os pagãos é que
estão sempre procurando essas coisas. O Pai de vocês, que está no
céu, sabe que vocês precisam de tudo isso. Portanto, ponham em
primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e
ele lhes dará todas essas coisas.
Isso é uma grande verdade. As pessoas que estão alheias à vida de
Deus, vivem correndo em busca de comida, bebida, roupas, e de bens
materiais, e para conseguir essas coisas não importa enganar, roubar, e
até mesmo assassinar... Contudo Deus diz ao ser humano: Viva o
presente e todas essas coisas Eu lhes darei...
Mateus 6/ 34: Por isso, não fiquem preocupados com o dia de
amanhã, pois o dia de amanhã trará as suas próprias preocupações.
Para cada dia bastam as suas próprias dificuldades.
Que dica maravilhosa Jesus nos dá. Por mais que venhamos nos
precaver para o dia de amanhã, isso de nada servirá, visto que em todo o
novo dia surgirá dificuldades, decorrentes do próprio dia. Sendo assim,
vamos viver um dia de cada vez, regrado com a maravilhosa graça de
Deus manifesta no presente.
O livro de Sabedoria, livro esse existente somente na Bíblia
Católica, tem dois versículos que mudaram a minha forma de ver as
coisas.
Sabedoria 1/ 4-5: E assim na alma maligna não entrará a
sabedoria, nem habitará no corpo sujeito ao pecado, porque o Espírito
Santo, que a ensina, foge das ficções, e afasta-se dos pensamentos
desatinados, e é expulso pela iniquidade superveniente.
Ou seja, a pessoa que deixa a sua mente ficar fantasiando as coisas,
essa mente faz com que a sua alma torne-se maligna, uma vez que a
qualquer momento a mesma incorrerá em pecado, visto que a ficção não
13
deixa de ser uma mentira. E quem é o pai da mentira?
João 8/ 44: Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-
lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou
na verdade, porque nele não há verdade.
Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é
mentiroso e pai da mentira.
Ou seja, o pai da ficção é o diabo, e a pessoa que não consegue
manter a sua mente focada no aqui e agora, isto é, no presente, torna-se
filha do diabo, momentaneamente ou definitivamente, afastando assim o
grande professor Espírito Santo, que nos ensina no presente, esfera em
que Ele atua.
Romanos 8/ 5-6: Porque as pessoas que vivem de acordo com a
natureza humana têm a sua mente controlada por essa mesma
natureza. Mas as que vivem de acordo com o Espírito de Deus têm a
sua mente controlada pelo Espírito. As pessoas que têm a mente
controlada pela natureza humana acabarão morrendo
espiritualmente; mas as que têm a mente controlada pelo Espírito de
Deus terão a vida eterna e a paz.
Nós já conferimos anteriormente que a vida de Deus, ou seja, a vida
eterna se manifesta no presente. Por isso aqueles que deixam o Espírito
Santo controlar suas mentes têm essa vida, e automaticamente a paz.
Agora, por que aqueles que têm a mente controlada pela natureza
humana acabarão morrendo espiritualmente?
Gálatas 5/ 19-21: As coisas que a natureza humana produz são
bem conhecidas. Elas são: a imoralidade sexual, a impureza, as ações
indecentes, a adoração de ídolos, as feitiçarias, as inimizades, as
brigas, as ciumeiras, os acessos de raiva, a ambição egoísta, a
desunião, as divisões, as invejas, as bebedeiras, as farras e outras
coisas parecidas com essas. Repito o que disse: os que fazem essas
coisas não receberão o Reino de Deus.
A mente de uma pessoa que não está focada no presente é dominada
por todas essas coisas descritas nos versículos à cima, e essas ações
mencionadas pelo apóstolo Paulo, impossibilitam as pessoas de
receberem o Reino de Deus. E em que lugar está o reino de Deus?
Lucas 17/ 20-21: Alguns fariseus perguntaram a Jesus quando ia
14
chegar o Reino de Deus.
Ele respondeu: Quando o Reino de Deus chegar, não será uma
coisa que se possa ver. Ninguém vai dizer: Vejam! Está aqui ou está
ali. Porque o Reino de Deus está dentro de vocês.
Ou seja, o Reino de Deus é interno, e está dentro de nós!
E em que consiste este reino?
Romanos 14/ 17: Porque o Reino de Deus não é comida nem
bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
1 Coríntios 4/ 20: Porque o Reino de Deus consiste não em
palavras, mas em poder.
Romanos 14/ 17, na Nova Tradução da Linguagem de Hoje, assim
está escrito:..., mas de viver corretamente, em paz e com a alegria que
o Espírito Santo dá.
Ou seja, essa alegria é o Espírito Santo que produz, quando vivemos
o aqui, agora, evidentemente. E o Espírito ainda produz outras virtudes,
quando deixamos o Mesmo tornar-se manifesto em nós.
Gálatas 5/ 22-23: Mas o Espírito de Deus produz o amor, a alegria,
a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade, a humildade
e o domínio próprio.
Nós somente experimentamos essas virtudes quando não tentamos
fazer a coisa acontecer, isto é, quando não deixamos a nossa mente
tomar posse das coisas que a natureza humana produz, e deixamos a
coisa acontecer, isto é, deixamos o Espírito agir. E isso ocorre quando
conseguimos manter a nossa mente submissa.
Gálatas 5/ 16-17: Quero dizer a vocês o seguinte: deixem que o
Espírito de Deus dirija a vida de vocês e não obedeçam aos desejos da
natureza humana. Porque o que a nossa natureza humana quer é
contra o que o Espírito quer, e o que o Espírito quer é contra o que a
natureza humana quer. Os dois são inimigos, e por isso vocês não
podem fazer o que vocês querem.
Esses versículos deixam bem claro que não existe meio termo. Nós
optamos por deixar a nossa mente solta para por em prática as coisas
produzidas pela natureza humana e morremos espiritualmente, ou então
deixamos o Espírito dirigir a nossa vida e desfrutamos das coisas
produzidas pelo Espírito. A escolha está em nossas mãos.
15
Lucas 12/ 11-12: Quando levarem vocês para serem julgados nas
sinagogas ou diante dos governadores e autoridades, não fiquem
preocupados, pensando como vão se defender ou com que dizer. Pois
naquela hora o Espírito Santo lhes ensinará o que devem dizer.
Ou seja, se por ventura um cristão, for perseguido pela ala religiosa
intelectual, por causa da palavra de Deus, e por esse motivo um ou outro
for levado para julgamento pelos letristas, ou por outras autoridades, a
ordem é não elaborar defesa antecipada. Ou seja, o mesmo deve manter
a mente focada no presente. Pois assim o Espírito terá condições de no
momento exato ensina-lo o que deve dizer. Agora, como Ele poderá
ensina-lo se esse cristão já tem uma defesa elaborada antecipadamente?
O Espírito não poderá lhe transmitir ensinamento. E a coisa vai muito,
além disso.
Isaías 42/ 16: Guiarei os cegos por um caminho que não
conhecem, por uma estrada que eles nunca pisaram antes. A
escuridão que os cerca eu farei virar luz e aplanarei os caminhos
ásperos. São estas as minhas promessas, e eu a cumprirei sem falta.
Quando passamos a ser guiados pelo Espírito, a princípio a
impressão que temos é que estamos cegos, uma vez que não sabemos
que direção tomar. No entanto, o Espírito começa nos guiar por
caminhos que não conhecemos, isto é, nós começamos a praticar coisas
que nunca havíamos praticados antes, e a nossa falta de conhecimento a
respeito dessas práticas de repente somem, e com maestria nós
começamos a por em prática essas coisas. Por isso não se surpreendam
se de um momento para o outro, vocês saberem tudo de política, por
exemplo, sem nunca terem um envolvimento real com a política, e isso
vale para as demais coisas. Com a mente voltada para o aqui, agora, o
Espírito torna-se manifesto em nossas vidas, e nós passamos a viver o
extraordinário de Deus.
Filipenses 4/ 6-7: Não se preocupem com nada, mas em todas as
orações peçam a Deus o que vocês precisam e orem sempre com o
coração agradecido. E a paz de Deus, que ninguém consegue
entender, guardará o coração e a mente de vocês, pois vocês estão
unidos com Cristo Jesus.
16
Quando estamos necessitados de alguma coisa à recomendação do
apóstolo Paulo, é continuarmos com a nossa mente focada no presente.
Sim. Nós devemos orar e pedir aquilo que necessitamos a Deus.
Contudo, não devemos ficar com a mente focada nessa necessidade.
Nós devemos orar, e esquecer-se das nossas necessidades, e o “Eu
Sou”, ou seja, “Jeová Já”, o Deus do presente suprirá essas nossas
necessidades. Agindo desse modo a paz de Deus guardará o nosso
coração e a nossa mente em Cristo, ou seja, a paz de Deus não deixará o
nosso coração, e a nossa mente procurar escape no passado ou no
futuro.
“E a paz de Deus que ninguém consegue entender”!
Quando a nossa mente está no presente, podemos estar passando por
uma grande dificuldade. No entanto, a paz de Deus continua nos
envolvendo, e as demais pessoas que sabem da nossa dificuldade,
olham-nos, e não conseguem entender como diante de uma situação
desconfortável, nós conseguimos continuar calmos, e envolvendo a
todos a nossa volta com a boa essência da paz.
Isaías 40/ 28: O Senhor é o Deus Eterno, ele criou o mundo inteiro.
Ele não se cansa, não fica fatigado; ninguém pode medir a sua
sabedoria.
Deus segue sempre no mesmo ritmo, isto é, no presente. O Mesmo
não espera o atrasado, nem se apressa para alcançar as mentes
apressadinhas, ou seja, Ele continua agindo no aqui, agora, e, é evidente
que aquele que não está com a sua mente focada no presente fica alheio
ao mover de Deus.
“Ninguém pode medir sua sabedoria!”
Ou seja, o mover de Deus é a sua sabedoria!
E o que é a sabedoria de Deus?
1 Coríntios 1/ 24: Mas para aqueles que Deus tem chamado, tanto
judeus como não judeus, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de
Deus.
Portanto Jesus é a sabedoria de Deus. O mover de Deus é a sua
sabedoria, e a sabedoria de Deus é Jesus Cristo. Sendo assim Jesus
nunca se cansa, ou seja, Jesus continua sempre andando no presente.
17
E quem é Jesus Cristo?
João 1/ 1: Antes de ser criado o mundo, aquele que é a Palavra já
existia. Ele estava com Deus e era Deus.
João 1/ 14: A Palavra se tornou um ser humano e morou entre
nós...
Apocalipse 19/ 13: A sua capa estava encharcada de sangue. Ele se
chama A Palavra de Deus.
Ou seja, Jesus Cristo é A Palavra de Deus.
O mover de Deus é a sua sabedoria. A sabedoria de Deus é Jesus
Cristo, e Jesus Cristo é A Palavra de Deus. Sendo assim o mover de
Deus é a sua Palavra, e a sua Palavra age no presente, ou seja, Ela não
se atrasa nem se adianta. Por isso sempre está no tempo certo, no local
certo para executar o mover certo.
Isaías 40/ 29: Aos cansados ele dá novas forças e enche de energia
os fracos.
Viver isso na prática é algo extraordinário. Tem momentos em que a
nossa mente se rebela de vez, e passa a viajar ao passado e ao futuro de
contínuo, e essa rebelião nos esgota. Contudo, quando conseguimos
assumir novamente o controle, e coloca-la outra vez no presente, nós
recebemos novas forças, e nós antes debilitados pela rebelião de nossa
mente, novamente ficamos cheios de energia.
Isaías 40/ 30-31: Até os jovens se cansam, e os moços tropeçam e
caem; mas os que confiam no Senhor recebem sempre novas forças.
Voam nas alturas como águias, correm e não perdem as forças,
andam e não se cansam.
Quando estamos com a nossa mente no presente, estamos confiando
em Deus, e o tempo todo nós recebemos novas forças, e passamos a ver
as circunstâncias a nossa volta lá do alto. Ou seja, elas não mais podem
nos enredar, e exercemos todas as nossas funções diárias, sem
perdermos as forças.
18
O ser humano tem a mania de querer fazer a coisa acontecer, quando
na verdade deveria deixar a coisa acontecer.
E de que modo nós deixamos a coisa acontecer?
Ora, focando a mente no presente!
Quando nossa mente está focada no aqui, agora, nós sempre estamos
no local certo, na hora certa para exercer a função certa.
Salmo 127/ 1: Se o Senhor Deus não edificar a casa, não adianta
nada trabalhar para construí-la...
Salomão afirma que uma ação apressada, isto é, fora do tempo de
Deus, faz com que não venhamos a obter êxito na ação empreendida.
Segunda parte do verso 1 do Salmo 127: Se o Senhor não proteger a
cidade, não adianta nada os guardas ficarem vigiando.
Trazendo isso para o presente. Se o Senhor não proteger o
condomínio, não adianta nada a cerca elétrica e os porteiros.
Deus só tem condições de nos proteger quando estamos com a nossa
mente no presente. Caso contrário às situações indesejáveis vão
continuar a nos atingir mesmo que de todas as maneiras venhamos a nos
proteger delas.
Salmo 127/ 2: Não adianta trabalhar demais para ganhar o pão,
levantando cedo e deitando tarde, pois é Deus quem dá o sustento aos
que ele ama, mesmo quando estão dormindo.
Esses dois versículos mostram o ser humano tentando fazer a coisa
acontecer. Contudo, o mesmo não chega a lugar nenhum, e a lição que
fica para nós é: deixar a coisa acontecer.
Eclesiastes 3/ 1: Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa
tem sua ocasião.
Quando a nossa mente está focada no presente, ou seja, quando
deixamos a coisa acontecer, nós nos tornamos conhecedores do tempo.
Sabedores da melhor ocasião para efetuar as coisas. Já com aqueles que
tentam fazer as coisas acontecerem, as situações são bem diferentes.
Salmo 37/ 1-2: Não se aborreça por causa dos maus, nem tenha
inveja dos que praticam o mal. Pois eles vão desaparecer logo como
erva que seca; eles morrerão como as plantas, que murcham.
A pessoa que tenta fazer a coisa acontecer torna-se um praticante do
19
mal, uma vez que nesse tipo de ação sempre se invade o espaço de
outros, isto é, a área de ação de outros.
É bem verdade que na maioria das vezes, com esse tipo de ação se
consegue bom êxito. No entanto o verso 2 deixa bem claro que é um
êxito temporário. Duma hora para a outra o bom êxito desaparecerá
como erva que seca. Morrerá como as plantas que murcham, ou seja, o
mesmo irá à bancarrota aos poucos, isto é, como erva que seca.
Quando se arranca a erva de um campo, ela não seca-se de imediato.
Ela vai secando lentamente, e, é isso o que ocorre com aqueles que
tentam fazer com que a coisa aconteça.
A s ações dessas pessoas sempre nos aborrecem. No entanto, a
sugestão é não nos aborrecermos com esses maus, nem ter inveja por
eles conseguirem muitas coisas antes mesmo de sonharmos em tê-las.
Porém está escrito que eles perderão tudo aos poucos.
Salmo 37/ 3: Confie em Deus, o Senhor, faça o bem e assim more
com toda a segurança na Terra Prometida.
Quando estamos com a mente focada no aqui, agora, estamos
confiando em Deus. E quando fazemos o bem, isso quando surge
oportunidade, nós passamos a morar com toda a segurança no descanso
do Senhor.
Salmo 37/ 4: Que a sua felicidade esteja no Senhor! Ele lhe dará o
que o seu coração deseja.
O presente trás essa felicidade, uma vez que Deus atua no presente, e
com a nossa mente focada no aqui, agora, nós damos condições para o
Senhor dar aquilo que o nosso coração deseja.
Salmos 37/ 5-6: Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e
ele o fará. E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo
como o meio-dia.
Com a nossa mente focada nas coisas que existe ou ocorre na
atualidade, como já disse antes, nós estamos confiando em Deus, e essa
confiança fará com que Ele nos ajude, fazendo com que aquelas nossas
necessidades brilhem como o sol do meio-dia. Ou seja, Deus fará com
que compreendamos o porquê dessas necessidades, e também nos dará o
conhecimento, a sabedoria e a habilidade para saná-las.
20
1 Samuel 22/ 3: Dali passou Davi a Mispa de Moabe e disse ao seu
rei: Deixa estar meu pai e minha mãe convosco, até que eu saiba o
que Deus há de fazer de mim.
Davi vivia um dia de cada vez, ou seja, vivia com a mente focada no
presente.
Salmo 23/ 1: O senhor é o meu pastor; nada me faltará.
Somente quem vive o presente pode afirmar que Deus é o seu pastor.
“Nada me faltará”.
Isto é, habilidade alguma lhe faltaria para vencer as dificuldades de
cada dia.
Salmo 23/ 2: Ele me faz repousas em pastos verdejantes. Leva-me
para junto das águas de descanso.
Esvaziar a mente, e foca-la no presente nos trás uma grande sensação
de paz. Por isso o salmista afirma que o Senhor lhe fazia repousar em
pastos verdejantes.
“Leva-me para junto das águas de descanso”.
Não somos nós que vamos, mas sim Deus que nos conduz para junto
das águas de descanso, e isso só é possível quando vivemos o presente.
Salmo 23/ 3: Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu
nome.
Quando Davi diz “guia-me”, ele deixa bem claro que vivia o aqui,
agora.
Isaías 43/ 18: Não vos lembreis das coisas passadas, nem
considereis as antigas.
Quem gosta de passado é museu! Não é esse o adágio?
Ao trazermos à memória coisas do passado, nós saímos da realidade,
que é o presente, e mergulhamos num oceano fictício, uma vez que o
passado é apenas uma imagem gravada na mente.
“Nem considereis as antigas”.
Nós não devemos mais dar importância às coisas que aconteceram
em nossas vidas no passado.
Isaías 43/ 19: Eis que faço coisa nova, que está saindo à luz;
porventura não o percebes?
Você não está vendo a luz? Você não está percebendo coisa nova em
sua vida?
21
Coloque a mente no presente que certamente você verá coisas
extraordinárias.
Eu costumo dizer que o passado é uma verdade que se transformara
em mentira. O futuro sem o que há ou ocorre na atualidade não existe.
Já o presente tem contido em si a graça de Deus. É no presente que as
coisas acontecem!
Lucas 23/ 43: Jesus lhe respondeu: Eu garanto: Hoje você estará
comigo no paraíso.
Existe uma seita que afirma que este versículo está errado. Que o
certo seria: Eu garanto hoje, que estará comigo no paraíso! Eu não
concordo. Acredito que o verso correto é exatamente como está escrito,
com o Senhor Jesus falando no presente!
Hebreus 3/ 7: Assim, como diz o Espírito Santo: Hoje, se vocês
ouvirem a sua voz.
Não amanhã nem depois, mas sim hoje!
Hebreus 3/ 13: Ao contrário, encorajem-se uns aos outros todos os
dias, durante o tempo que se chama "hoje", de modo que nenhum de
vocês seja endurecido pelo engano do pecado.
Se o cristão deixar a mente absolta o mesmo corre o risco de ser
endurecido pelo engano do pecado. Por isso a recomendação é mantê-la
focada no hoje, ou seja, no presente!
Hebreus 4/ 7: Por isso Deus estabelece outra vez um determinado
dia, chamando-o "hoje", ao declarar muito tempo depois, por meio de
Davi, de acordo com o que fora dito antes: "Se hoje vocês ouvirem a
sua voz, não endureçam o coração".
Ou seja, o dia escolhido pelo Senhor é “hoje”, isto é, o presente.
Deus age no hoje, no presente!
Romanos 11/ 5: Assim, hoje também há um remanescente
escolhido pela graça.
Este remanescente existe no presente, e não no passado ou no futuro!
2 Coríntios 6/ 2: Pois ele diz: "Eu o ouvi no tempo favorável e o
socorri no dia da salvação”.
Digo que agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação!
A nossa salvação está assegurada no hoje, ou seja, no presente!
22
Mateus 6/ 34: Por isso, não fiquem preocupados com o dia de
amanhã, pois o dia de amanhã trará as suas próprias preocupações.
Para cada dia bastam as suas próprias dificuldades.
O ser humano fora criado para pensar e viver o presente, e não o
futuro, uma vez que o futuro a Deus pertence, ou seja, o hoje pertence
ao homem, o amanhã a Deus. No entanto, a humanidade como um todo
vive com a mente focada no porvir. Na realidade, o sistema capitalista
que hoje impera fora criado, e, é regido por mentes futuristas que lutam
o tempo todo para fazer a coisa acontecer, quando na verdade deveriam
deixa-la acontecer!
Tiago 4/ 13-14: Agora escutem vocês que dizem: Hoje ou amanhã
iremos a tal cidade e ali ficaremos um ano fazendo negócios e
ganhando muito dinheiro! Vocês não sabem como será a sua vida
amanhã, pois vocês são como uma neblina passageira, que aparece
por algum tempo e logo depois desaparece.
A Parábola do Rico Insensato corrobora com isso que Tiago fala.
Lucas 12/ 16-21: E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A herdade
de um homem rico tinha produzido com abundância; e arrazoava ele
entre si, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos.
E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros
maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; e
direi a minha alma: Alma tem em depósito muitos bens para muitos
anos; descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco! Esta
noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será?
Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com
Deus.
É claro que não é errado fazer planos para o futuro. O que é errôneo é
ignorar a interferência de Deus no porvir!
Lucas 12/ 6-7: Não se vendem cinco passarinhos por dois ceitis? E
nenhum deles está esquecido diante de Deus. E até os cabelos da
vossa cabeça estão todos contados.
Deus exerce controle até mesmo nas mínimas coisas!
Tiago 4/ 15: Em lugar disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser,
viveremos e faremos isto ou aquilo.
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É claro que devemos fazer planos para nosso futuro, mas com
consciência plena de que o Senhor está no leme da nau do tempo
vindouro!
Tiago 4/ 16: Mas agora vos jactais das vossas presunções; toda
jactância tal como esta é maligna.
Quando deixamos de lado esta verdade, e nos vangloriamos de
nossas ambições, ignorando a interferência de Deus no porvir, nossa
vanglória vem do maligno e não do Senhor!
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25
O JUGO DE CRISTO
Em Mateus 11/ 29-30, Jesus assim diz: Tomai sobre vós o meu jugo,
e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e
encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.
Mas qual é o jugo de Cristo? Antes de responder esta pergunta é
preciso esclarecer o seguinte: Apocalipse 19/13 nos informa de que
Jesus é a palavra de Deus, e o evangelho segundo João 1/1 nos declara
que no princípio era o Verbo, isto é, a palavra, e o Verbo estavam com
Deus, e o Verbo era Deus, ou seja, Jesus é Deus.
Elucidado este ponto, vamos ver qual é o jugo de Cristo!
Lamentações 3/ 27-28: Bom é para o homem suportar o jugo na
sua mocidade. Assentar-se solitário e ficar em silêncio; porquanto
esse jugo Deus pôs sobre ele.
Este é o jugo que devemos tomar agarrar, pôr sob nosso domínio.
No tocante ao assentar-se, Efésios 2/6 nos declara que, nós estamos
assentados nos lugares celestiais em Cristo Jesus. Já com alusão ao
termo solitário, podemos inseri-lo no contexto de abnegação, desapego
aos pensamentos e aos sentimentos relacionados às coisas ao nosso
redor e a nós mesmos.
Para fundamentar isto, vamos nos reportar a Lucas (9/23): Se
alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua
cruz e siga-me.
Ainda em Lucas (14/33): Assim, pois, todo aquele que dentre vós
não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.
Para completar, vamos conferir o que nos diz Cristo em Mateus
(10/37): Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é
digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim
não é digno de mim.
Já com referência ao ficar em silêncio, é bom salientar de que ficar
em silêncio não é somente permanecer de boca fechada. Isso também
implica em colocar-se em estado de quem se cala mentalmente. Muitas
vezes a boca de muitas pessoas não profere palavra alguma, no entanto,
as suas mentes é um turbilhão, é vórtice. Uma grande leva de
26
pensamentos perturba profundamente, consomem ou subvertem a paz
interior das mesmas. Porém, quando elas deixam o Espírito Santo
manifestar-se com o domínio próprio, todos esses pensamentos são
deletados e o silêncio mental passa a imperar. Incutindo o silêncio à
mente, cada uma das faculdades de receber impressões exteriores (visão,
audição, olfato, paladar, e tato), torna-se mais aguçadas. A pessoa
detentora do silêncio mental vê beleza em coisas simples, que outrora
passavam completamente despercebidas aos seus olhos. O sentido do
cheiro, assim como o gosto, o sabor, e o sentido pelo qual percebemos
as sensações de extensão, consistência e temperatura, têm uma melhora
considerável... Quando nos assentamos solitário e em silêncio, então
temos a capacidade de aprender de Cristo.
O interessante é que, quanto mais nos desapegamos dos pensamentos
e dos sentimentos relacionados às coisas ao nosso redor e a nós mesmos,
mais Deus fala e efetua em nós o querer e o realizar Filipenses 2/13.
Com o objetivo de elucidar um pouco mais este assunto, vamos
percorrer há história do patriarca Abraão.
Em Gênesis 12/1 o Senhor diz ao então Abrão: Sai da tua terra, da
tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei.
A recomendação era deixar toda a sua parentela, no entanto, Abraão
saíra com o seu sobrinho Ló a tiracolo.
É evidente que isto visto a luz dos sentimentos, continua sendo
compreensível. Seguramente Ló, via em seu tio, o pai que havia
perdido, e, Abraão, para não magoá-lo, não ferir seus sentimentos,
movido pelo sentimento de compaixão, desobedecera em parte à ordem
de Deus, permitindo que seu sobrinho o acompanhasse.
Gênesis 12/4: Partiu, pois, Abrão, como lhe ordenara o Senhor, e
Ló foi com ele.
O verso dá a entender de que foi Ló, que se dispôs antecipadamente a
segui-lo, e Abraão, dando vazão aos sentimentos, consentira,
desobedecendo em parte à ordem de Deus, e o resultado disso, nós
encontramos em Gênesis (12/7): Darei à tua descendência esta terra.
Agora vamos ver o que está escrito em Gênesis (13 /14,15): Disse o
Senhor a Abrão, depois que Ló se separou dele: Ergue os olhos e olha
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desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o
ocidente; porque toda essa terra que vês, eu te darei, a ti e à tua
descendência, para sempre.
Só uma curta regressão, antes de continuarmos. No versículo (1) de
Gênesis (13), assim está escrito: Saiu, pois, Abrão do Egito para o
Neguebe, ele e sua mulher e tudo o que tinha, e Ló com ele.
Ló sentia-se seguro na companhia de seu tio, e esse sentimento de
segurança é que o levava a persistir em acompanhá-lo, e por sua vez,
Abraão não fazia o que era certo, isto é, não pedia para seu sobrinho
afastar-se dele, visto que estava prejudicando-o.
As Escrituras nos afirmam: tudo é possível ao que crê não ao que
sente, e aqueles que se deixam guiar pelos sentimentos, visam sempre os
seus próprios interesses, que era o caso de Ló.
Talvez o seu seja o sentimento de dependência, ou então de detenção
de alguém com o intento de tê-lo somente para si, e isso está sufocando
esse alguém, prejudicando o seu dia a dia. Se esse for o seu caso, meu
amigo, minha amiga, deixe o Espírito Santo deletar, apagar, jogar fora
esses sentimentos prejudiciais ao próximo, assim como a si mesmo.
Já com alusão ao patriarca dos judeus, seguramente o mesmo tinha
consciência de que precisava se separar de seu sobrinho. Mas como
dizer isso a ele sem ferir seus sentimentos?
Quantas e quantas vezes isso ocorre conosco. O Espírito nos
impulsiona a deixar determinado trabalho, que é lícito, contudo, não é
do agrado de Deus. Impulsiona-nos a sair de certo círculo de amizade,
que está nos contaminando, nos corrompendo, ou até mesmo sair de um
namoro que está tomando um rumo que não é compatível com os
padrões bíblicos. No entanto, o sentimentalismo nos leva a dizer para
nós mesmos: Se eu sair desse emprego, aonde encontrarei outro? Se
eu cortar as relações com ela ou com ele, sem sombra de dúvida, os
mesmos ficaram contristados, magoados comigo!
E assim aquele emprego, aquele círculo de amizade, e o namoro que
está tomando um rumo incompatível com os padrões bíblicos,
continuam nos prejudicando, nos impedindo de progredir
espiritualmente. A mesma coisa estava ocorrendo com Abraão, e fora
preciso uma altercação, entre os pastores do rebanho de seu sobrinho e
28
os seus, para que o mesmo tomasse a atitude correta.
Gênesis 13/ 7-8: Houve contenda entre os pastores do gado de
Abrão e os pastores do gado de Ló. Nesse tempo os cananeus e os
ferezeus habitavam essa terra.
Disse Abrão a Ló: Não haja contenda entre mim e ti e entre os
meus pastores e os teus pastores, porque irmãos somos.
Antes de seguirmos em frente, é bom fazer uma observação de curta
duração. Assim como houvera contenda entre os pastores do gado de
Abraão e os pastores do gado de Ló, no tempo em que os cananeus e
outros povos habitavam aquela terra, é comum ver no nosso tempo:
pastores dessa e daquela igreja, altercando entre si, enquanto os
cananeus e os ferezeus continuam habitando a terra. E a religiosidade
que os envolve, aprisionando mais e mais pessoas no embuste do
esoterismo, budismo, monoteísmo, ateísmo, e em tantos outros ismos, e
os irmãos em Cristo, ao invés de tentar tirá-los do engodo, ficam
altercando entre si, dizendo que a sua igreja é a melhor.
Dito isso retornaremos ao verso (8) de Gênesis (13), acrescentando
ao mesmo o versículo (9): Disse Abrão a Ló: Não haja contenda entre
mim e ti e entre os meus pastores e os teus pastores, porque irmãos
somos. Acaso, não está diante de ti toda a terra? Peço-te que te
apartes de mim; se fores para a esquerda, irei para a direita; se fores
para a direita, irei para a esquerda.
Como podemos conferir nos versos seguintes, Ló escolhera para si
toda a campina do Jordão e partiu para o Oriente; separaram-se um do
outro.
Recapitulando o que já vimos no capítulo 13/ 14-15 de Gênesis.
O que dissera o Senhor a Abraão, depois que Ló se separara dele?
Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul,
para o oriente e para o ocidente; porque toda essa terra que vês, eu te
darei, a ti e à tua descendência, para sempre.
O sentimento de apego de Ló constituía-se num atrapalho ao seu tio.
Tanto é verdade que depois que houvera a separação a promessa que
somente era para a posteridade de Abraão, passara a ter validade
também para os seus dias, visto que diz: Porque toda essa terra que vês,
29
eu te darei.
Meu irmão, minha irmã, mire-se no exemplo negativo do sobrinho de
Abraão, e não seja um Ló na vida de sua esposa. Não seja um Ló na
vida de seu marido. Não seja um Ló na vida de seus filhos, netos, pais,
avós, tios... O que estou falando, não se deve tomar como pretexto para
o homem chegar a casa e espezinhar, maltratar a esposa e os filhos, nem
abdicar dos mesmos. E o que é válido para o homem, também é válido
para a mulher e os filhos... A grande verdade é que, quando nos
desapegamos das coisas materiais, e renunciamos os sentimentos
relacionados às coisas a nossa volta e a nós mesmos, nós ouvimos a voz
de Deus, e além de aprendermos de Cristo, nós damos condições para o
Espírito Santo manifestar-se com o amor.
E o que o apóstolo Paulo nos diz a respeito do amor, em 1 Coríntios
13/4-7: O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes,
não se ufana. Não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente,
não procura os seus interesses, não se exaspera. Não se ressente do
mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;
tudo sofre tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
Aqueles que têm o amor latejando, em contínua pulsação em seu
coração, são resignados, conformado com os sofrimentos ou as
provações que vez por outra surgem na vida. Compraz-se em fazer o
bem, é benévolo, agradável, não alimenta o sentimento e a manifestação
da apreensão provocada pelo receio de perder o objeto amado. Não se
envaidece, não é arrogante, altivo, nem demonstra orgulho, quando
Deus o tira dos sofrimentos e das provações, e o engrandece com uma
grande benção. Sempre é conveniente, respeita o decoro. Não se
aproxima das pessoas com segundas intenções, ou seja, com o intento de
corresponder às exigências do seu próprio interesse. Não costuma
irritar-se, enfurecer-se, exacerbar-se. Não é de o seu feitio magoar-se
profundamente, lembrar-se de ofensa, nem tão pouco alegrar-se com as
desgraças alheias. O mesmo tem grande alegria ao servir a Deus.
Quando é ofendido não revida, sempre vê e procura passar adiante a
virtude, isto é, a boa qualidade moral das pessoas, e não os seus
defeitos. No momento em que experimentamos o amor produzido pelo
Espírito, nós compreendemos perfeitamente o que Jesus diz em Marcos
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10/ 29-30: Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado
casa, irmãos, irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos por amor de
mim e por amor do evangelho, que não receba, já no presente, o
cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com
perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna.
No amor nós ignoramos a imperfeição dos nossos semelhantes, e nos
fixamos em suas qualidades. Por isso o esposo tem muito mais esposa, e
a esposa muito mais esposo, e muito mais filhos, irmãos, irmãs, pai e
mãe, uma vez que procura ver, somente as suas qualidades, e não seus
defeitos... No amor, além de também darmos valor às pequenas coisas,
nós não mais agimos de acordo com os nossos sentimentos e
pensamentos, mas sim de acordo com o que é certo. Um exemplo disso
está em Lucas (5/ 4,5) onde Cristo ordena a Simão Pedro: Faze ao
largo, e lançai as vossas redes para pescar. Respondeu-lhe Simão:
Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a
tua palavra lançarei as redes. Isto fazendo, apanharam grande
quantidade de peixes; e rompiam sê-lhes as redes.
Sem sombra de dúvida, Simão Pedro, sentia necessidade de dormir,
sentia-se extenuado, extremamente cansado, esgotado completamente,
visto que tinha trabalhado a noite toda, e seguramente tudo o que queria
era ir para casa, tomar um banho e cair no sono. Contudo, ele ignorara o
que sentia e agira de acordo com a palavra de Jesus, e fora
abundantemente recompensado por isso.
Só uma curta ressalva: guerras, intrigas, perseguições, preconceito
racial, por exemplo, e tantas outras coisas semelhantes a estas,
procederam e procedem dos sentimentos.
Ainda com referência ao amor, no verso (8) de Gênesis (13), ao qual
já conferimos anteriormente, Abraão, assim dissera a Ló: Não haja
contenda entre mim e ti e entre os meus pastores e os teus pastores,
porque irmãos somos.
Na tradução Almeida, Revista e Atualizada, no final deste verso, está
escrito o seguinte: Porque somos parentes chegados.
No entanto, como o patriarca dos judeus procurava andar o tempo
todo em amor e pela fé, e não pelo que sentia, pensava e via, ficaremos
com o que diz a Almeida, Versão Revista e Corrigida: Porque irmãos
31
somos. Ou seja, o pai de todos os que creem Romanos 4/11, isto é,
Abraão, pelos olhos da fé, via em Ló um irmão. E quando ouvira que o
mesmo estava preso, em amor fizera o que era certo. Não temera a
superioridade numérica dos raptores de Ló, visto que no amor não existe
medo. Antes, o perfeito amor lança fora o medo 1 João 4/18, armara os
seus criados nascidos em sua casa, trezentos e dezoito, e perseguira-os,
e dividira-se contra eles de noite, ele e os seus criados, e os ferira, e os
perseguira até Obá, que fica à esquerda de Damasco. E tornara a trazer
toda a fazenda e tornara a trazer também a Ló, seu irmão, e a sua
fazenda, e também as mulheres, e o povo Gênesis 14/ 14-15.
Vamos dar uma paradinha no versículo (14), que nos atrai a atenção
pelo seguinte fato: Abraão armou os seus criados, nascidos em sua
casa, trezentos e dezoito.
Numa significação um tanto mais profunda, compreendemos que a
casa de Abraão, era a promessa que o mesmo havia recebido de Deus. Já
no tocante aos trezentos e dezoitos, eram, eles, as habilidades nascidas
desta promessa.
Êxodo 35/30-35: Disse Moisés aos filhos de Israel: Eis que o
Senhor chamou pelo nome a Bezalel..., e o Espírito de Deus o encheu
de habilidade, inteligência e conhecimento em todo artifício, e para
elaborar desenhos e trabalhar em ouro, em prata, em bronze, e para
lapidação de pedras de engaste, e para entalho de madeira, e para
toda sorte de lavores. Também lhe dispôs o coração para ensinar a
outrem, a ele e a Aoliabe... Encheu-os de habilidade para fazer toda
obra de mestre, até a mais engenhosa.
Quando Deus chama alguém para determinada obra, isto é, para fazer
parte de determinado projeto, que no caso de Abraão, era fazê-lo uma
grande nação, o Espírito Santo enche-o de habilidade, inteligência e
conhecimento para pôr em prática, executar esta obra, este projeto. Fora
este fator preponderante que fizera Abraão praticar a ação de investir
contra a Quedorlaomer e os reis que estavam com ele Gênesis 14/17, e
saísse vitorioso.
Resumindo - Abraão usara as habilidades, a inteligência e o
conhecimento que havia nascidos da promessa que tinha recebido de
Deus, para resgatar a seu irmão, o também justo Ló 2 Pedro 2/7. Já,
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dentro de uma visão religiosa, compreendemos que os trezentos e
dezoito criados de Abraão, nascidos em sua casa, eram aqueles que
haviam nascidos debaixo de sua unção.
Vamos fazer uma suposição a respeito disso: determinada
denominação tem quinhentos pregadores. Trezentos deles foram
instituídos pregadores dentro dessa denominação, e duzentos, foram
contratados de outras denominações. Os trezentos jamais retrocedem,
seguem firme em suas posições, servindo a sua igreja de acordo com o
entendimento de seu líder, nunca se rebelando contra a autoridade
instituída por Deus. Já os duzentos contratados, embora tementes a
Deus, e respeitando a autoridade instituída por Ele, não podem servi-la
de coração, porque lá na essência ou ponto essencial, lá no íntimo
desses duzentos, há outro fundamento, vinculado as suas respectivas
denominações de origem, e surgindo o revés, a adversidade e a
contrariedade, dentro da denominação, a tendência é abandoná-la.
Consciente disso Abraão armou somente os seus criados nascidos em
sua casa. Pois sabia que esses não retrocederiam, não voltariam para
trás, coisa que poderia ocorrer com os seus servos originários de outras
casas; sim, porque é evidente que o mesmo tinha muito mais servos.
Não tirem conclusões precipitadas, impensadamente ao meu respeito.
Pois não tenho nada contra um pastor formado em uma denominação, ir
trabalhar em outras. Ao contrário. Tenho por feliz, o pregador que Deus
concede o privilégio de transitar em várias denominações, lhe concede o
privilégio de viver no Evangelho e do Evangelho, e isso é bíblico.
1 Coríntios 9/ 14: Assim ordenou também o Senhor aos que
pregam o evangelho que vivam do evangelho.
Na verdade eu estou falando neste momento, aos pregadores que têm
a vantagem ou exceção concedida por Deus, para pregar a palavra em
outras denominações. Esses sabem do que estou falando.
Vamos retornar ao livro de Gênesis 14, e seguir do verso 17 ao 23:
Após voltar Abrão de ferir a quedorlaomer e aos reis que estavam com
ele, saiu-lhe ao encontro o rei de Sodoma no vale de Savé, que é o vale
do Rei. Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era
sacerdote do Deus Altíssimo... E de tudo lhe deu Abrão o dízimo.
Então, disse o rei de Sodoma a Abrão: Dá-me as pessoas, e os bens
33
ficarão contigo. Mas Abrão lhe respondeu: Levanto a mão ao Senhor,
o Deus Altíssimo, o que possui os céus e a terra, e juro que nada
tomarei de tudo o que te pertence, nem um fio, nem uma correia de
sandália, para que não digas: Eu enriqueci a Abrão.
Nesta terra andara somente um ser humano perfeito, ao qual fora
Jesus Cristo. Os que vieram antes de nós, assim como nós, vez por outra
escorregaram e pecaram algumas vezes consciente, outras não, e com
Abraão não fora diferente. Para exemplificar podemos citar Gênesis
12/10. Abraão abandonara a promessa de Deus, e descera ao Egito, que
simboliza o mundo. Contudo, no caso do dízimo dado a Melquisedeque,
rei de Salém, que mais tarde recebera outras duas sílabas na frente,
tornando-se Jerusalém, Abraão mostrara já ter domínio próprio,
discernimento, e desprendimento as coisas materiais.
Logo após este feito, dissera-lhe o rei de Sodoma: Dá-me as pessoas,
e os bens ficarão contigo.
Provérbios 19/2 nos diz que não é bom proceder sem refletir, e peca
quem é precipitado. Seguramente se fosse um cristão que até então se
alimentasse de leite, ou seja, que fosse inexperiente na palavra da
justiça, Hebreus 5/13 sem refletir maduramente sobre a proposta, sem
pesar os prós e os contras, tomaria posse dos bens do rei de Sodoma, e
acreditando ter recebido uma grande benção diria: Acabei de dar o
dízimo, e Deus, de imediato me retribuiu abundantemente mais, e teria
pecado. Porém, Abraão, ponderara, e dando prova de que não tinha mais
apego as coisas materiais, não aceitara os bens daquele monarca,
chegando à conclusão de que o mesmo sairia dizendo: Eu enriqueci o
então Abrão.
E a demonstração de desapego às coisas materiais, trouxera algum
benefício a Abraão? Sim! Lembra-se que anteriormente nós conferimos
que, quando nos desapegamos das coisas materiais, e renunciamos os
sentimentos relacionados às coisas a nossa volta e a nós mesmos, entre
outras coisas, nós ouvimos a voz de Deus!? Fora isso o que ocorrera
com Abraão.
Gênesis 15/1: Depois destes acontecimentos, veio à palavra do
Senhor a Abrão, numa visão, e disse: Não temas, Abrão, eu sou o teu
escudo, e teu galardão será sobremodo grande.
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E o que acontece nos versículos seguintes, é uma interação entre
Abraão e Deus, que lhe promete um filho.
Como mencionei antes, somente houvera um homem perfeito aqui
nesta terra, o qual fora o Senhor Jesus Cristo. Os demais, incluindo,
obviamente, nós, filhos da promessa, como Isaque Gálatas 4/28, vez
por outra erramos, e com Abraão não fora diferente.
No capítulo 16 de Gênesis, o mesmo acolhe uma sugestão da então
Sarai, e sem consultar a Deus põe em prática a insinuação da esposa, e
tem relação com a sua serva Agar, gerando Ismael, que nascera segundo
a carne, Gálatas 4/23, isto é, nascera do desejo da carne. Porém, como
este assunto não nos interessa no momento, vamos deixá-lo de lado e
seguir em frente.
No capítulo 17 de Gênesis, Deus muda o nome de Abrão, para
Abraão, e o de Sarai, para Sara, e lhe promete Isaque.
Abraão já era idoso, quando lhe nascera Ismael. Portanto não é difícil
deduzir de que, ele o amava muito, e era extremamente apegado ao
mesmo, e isso fica claro em Gênesis 17/18: Disse Abraão a Deus:
Tomara que viva Ismael diante de ti.
O que veio a ser o pai de todos os que creem Romanos 4/11, tinha
plena convicção de que precisaria desapegar-se dos sentimentos
relacionados ao seu filho Ismael. O qual havia nascido segundo a carne,
para acolher a Isaque, que haveria de nascer mediante a promessa,
Gálatas 4/ 23, e isso não lhe causara agrado. Por isso tentara barganhar
com Deus: Tomara que viva Ismael diante de ti. Mas como não há
barganha com Deus, Deus lhe respondeu: De fato, Sara, tua mulher, te
dará um filho, e lhe chamarás Isaque, Gênesis 17/19.
Gênesis 21/ 8-12: Isaque cresceu e foi desmamado. Nesse dia em
que o menino foi desmamado, deu Abraão um grande banquete.
Vendo Sara que o filho de Agar, a egípcia, o qual ela dera à luz a
Abraão, caçoava de Isaque, disse a Abraão: Rejeite essa escrava e seu
filho; porque o filho dessa escrava não será herdeiro com Isaque, meu
filho. Pareceu isso mui penoso aos olhos de Abraão, por causa de seu
filho. Disse, porém, Deus a Abraão: Não te pareça isso mal por causa
do moço e por causa da tua serva; atenda a Sara em tudo o que ela te
35
disse; porque por Isaque será chamada a tua descendência.
Para complementar, vamos conferir o verso 14: Levantou-se, pois,
Abraão de madrugada, tomou pão e um odre de água, pô-los às costas
de Agar, deu-lhe o menino e a despediu.
Imaginem o quão difícil fora para Abraão, ter que ignorar os
sentimentos relacionados a Ismael, e se ver obrigado a mandá-lo
embora? No entanto, isso não é tudo. Talvez Abraão tenha dito para
consigo mesmo: Tudo, bem! Ismael nasceu do desejo da minha carne.
Por isso, mesmo a contragosto, ignorarei o que sinto por ele. Já Isaque é
o filho da promessa. A este eu posso me apegar sentimentalmente com
toda a força que ainda me resta!
Se fora essa a conclusão que chegara o mesmo, enganara-se
redondamente.
Gênesis 22/ 1-2: Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e
lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui!
Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem
amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um
dos montes, que eu te mostrarei.
Quando Deus disse teu único filho, Isaque deixara bem claro que
Ismael, que havia nascido segundo a carne, para Ele, era como se não
existisse. Por isso é bom tomar muito cuidado, meus irmãos. Para Deus,
tudo o que se produz segundo a carne, é como se não existisse. Portanto
façam uma breve reflexão, e vejam se suas obras são ações da carne, ou,
deveras, é Deus que efetua em vós tanto o querer como o realizar,
Filipenses 2/13. Porque se não é Deus, o seu querer e o seu realizar,
estão fadados ao fracasso, e não adianta clamar ao Senhor. Pois como
acabamos de ver, para Deus, o querer e o realizar segundo a carne, são
como não ter existência real.
Bem! Abraão, esperando contra a esperança, ousara crer, e sem
enfraquecer na fé, embora levasse em conta o seu próprio corpo
amortecido, sendo já de cem anos, e a idade avançada de Sara, não
duvidara, por incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se
fortalecera dando glória a Deus, estando plenamente convicto de que
Ele era poderoso para cumprir o que prometera Romanos 4/18-21, e
deveras Deus cumpriu. Isaque era uma realidade física.
36
No entanto, de repente, Deus mandara Abraão oferecê-lo em
holocausto, ou seja, de uma hora para outra, Deus mandara-o,
desapegar-se por completo dos sentimentos relacionados ao filho da
promessa, e por meio do fogo deletar, apagar, reduzir a cinzas o seu
corpo físico, o qual alimentava esses sentimentos.
Como era temente a Deus, Abraão obedeceu-O, e se desapegara
sentimentalmente, também do seu filho Isaque, e o desapego fora tanto
que o mesmo só não o oferecera em holocausto, porque lhe bradara o
Anjo do Senhor, Gênesis 22/ 10-11.
Como vimos anteriormente, quando nos desapegamos aos
sentimentos relacionados às coisas a nossa volta, além do Espírito Santo
manifestar-se com o amor, e ouvirmos a voz de Deus, e aprendermos de
Cristo, as nossas orações são ouvidas.
Gênesis 22/ 20-23: Passadas essas coisas, foi dada notícia a
Abraão, nestes termos: Milca também tem dado à luz filhos a Naor,
teu irmão. Uz, o primogênito, Buz, seu irmão, Quemuel, pai de Arã,
Quésede, Hazo, Pildar, Jidlafe e Betuel gerou a Rebeca; estes oito deu
à luz Milca a Naor, irmão de Abraão.
Primeiramente, Abraão, em oração, pedira a Deus, uma mulher,
dentre os seus familiares, para ser esposa do seu filho Isaque. Em
seguida pedira ao Senhor, que lhe trouxesse notícia dos mesmos, só que
ela não chegava.
E por que não chegava? Porque o mesmo estava completamente
apegado aos sentimentos, especificamente relacionados à Isaque.
Porém, quando os deletara, ou seja, se desapegara desses sentimentos, a
notícia fora dada. E quem é a última pessoa mencionada no relato
trazido a Abraão? Isso, mesmo: Rebeca. E Deus lhe dera a palavra,
declarando que a mesma era a moça predestinada a ser esposa de seu
filho. Nós podemos claramente evidenciar isso, em Gênesis 24/ 50-51:
Isto procede do Senhor, nada temos a dizer fora da sua verdade. Eis
Rebeca na tua presença; toma-a e vai-te; seja ela a mulher do filho do
teu senhor, segundo a palavra do Senhor.
O Senhor Jesus Cristo nos declara em João 17/17, de que a palavra
de Deus é a verdade. E, em 2 Coríntios 13/8, o apóstolo Paulo nos diz
37
que, nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria
verdade. Ou seja, nada podemos contra a palavra, senão em favor da
própria palavra.
Vamos novamente ao livro de Gênesis 24/50, onde assim
responderam Labão e Betuel ao servo de Abraão: Isto procede do
Senhor, nada temos a dizer fora da sua verdade.
Ou seja, nada temos a dizer fora da sua palavra. Os mesmos não
tinham argumento para segurar Rebeca, e não deixá-la ir ter com Isaque,
e tornar-se sua esposa. Por isso foram obrigados, assim, responder no
verso 51: Eis Rebeca na tua presença; toma-a e vai-te; seja ela a
mulher do filho do teu senhor, segundo a palavra do Senhor.
Voltando ao tema principal. Abraão fora obrigado a desapegar-se
sentimentalmente, até mesmo de Isaque, o filho da promessa, para
poder, assim, andar livre, leve e solto, completamente entregue nas
mãos do Senhor, dando totais condições a Deus de dirigi-lo.
Em Hebreus 6/1, a recomendação é pormos de parte os princípios
elementares da doutrina de Cristo, e deixarmos nos levar para o que é
perfeito. O patriarca dos judeus deixara-se levar para o que é perfeito. A
base para crer nisso, é encontrada em 2 Coríntios 7/29-31: Isto, porém,
vos digo, irmãos: o tempo se abrevia; o que resta é que não só os
casados sejam como se não fossem; mas também os que choram,
como se não chorassem; e os que se alegram, como se não se
alegrassem; e os que compram, como se nada possuíssem; e os que se
utilizam do mundo, como se dele não usassem.
Abraão tinha irmão e sobrinhos, mas era como se não os tivessem.
Tinha esposa, mas era como se não a tivesse. Tinha filhos, contudo era
como se não os tivessem.
Segundo o apóstolo Paulo, o tempo se abrevia. Por isso, meus
irmãos, a partir desse momento passem a agir segundo Abraão agia, e
comece mais e mais a ignorar os sentimentos relacionados às coisas ao
seu redor. Pois, agindo deste modo, além do Espírito Santo manifestar-
se com os seus frutos, mais e mais Deus efetua em vós o quere e o
realizar. Esta é uma das condições para que Deus possa operar
poderosamente em nosso favor.
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REIS, SENHORES E SACERDOTES
Na primeira carta a Timóteo 6/ 15, Paulo, o apóstolo dos gentios
afirma que Jesus Cristo é o único Soberano, o Rei dos reis, e Senhor dos
senhores! Mas, quem são estes reis e senhores? Será que são os líderes
das grandes potências econômicas, e das grandes denominações
religiosas, ou então os astros dos esportes ou da sétima arte?
Apocalipse 1/ 5-6: E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel
testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da
terra. Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos
pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e
poder para todo o sempre. Amém.
Ou seja, estes reis, senhores e sacerdotes são aqueles que aceitaram
Jesus Cristo como Senhor e Salvador!
E como é este Reino do qual estou falando?
É um Reino que não pode ser abalado, ou seja, é firme, constante,
inquebrantável. É isso que nos garante Hebreus 12/ 28.
Este Reino é tangível, se pode tocar ou apalpar?
Lucas 17/ 20-21: Alguns fariseus perguntaram a Jesus quando ia
chegar o Reino de Deus. Ele respondeu: — Quando o Reino de Deus
chegar, não será uma coisa que se possa ver.
Ninguém vai dizer: “Vejam! Está aqui” ou “Está ali”. Porque o
Reino de Deus está dentro de vocês.
Ou seja, no Reino de Deus todo o cristão é um rei, senhor e
sacerdote. Este Reino é interno, em razão disso não é tangível.
E em que consiste este Reino?
1 Coríntios 4/ 20: Pois o Reino de Deus não é coisa de palavras,
mas de poder.
Romanos 14/ 17: Porque o reino de Deus não é comida nem
bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
É claro que nós, não só podemos como devemos alargar os limites
deste Reino nos arraigando nos frutos do Espírito Santo.
Gálatas 5/ 22: Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Para compreendermos um pouco mais a nossa condição de rei,
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senhor e sacerdote, e em que situação poderemos os exercer nossa
autoridade, vamos nos dirigir ao livro de Josué.
Josué 1/ 1-5: Depois que Moisés, servo do Senhor, morreu, Deus
disse ao ajudante de Moisés, chamado Josué, filho de Num:
— O meu servo Moisés está morto. Agora você e todo o povo de
Israel se preparem para atravessar o rio Jordão e entrar na terra que
vou dar a vocês. Como disse a Moisés, eu lhes darei toda a terra que
pisarem. Os limites dessa terra serão os seguintes: ao sul, o deserto; e,
ao norte, os montes Líbanos; a leste, o grande rio Eufrates e toda a
terra dos heteus; e, a oeste, o mar Mediterrâneo. Você nunca será
derrotado. Eu estarei com você como estive com Moisés. Nunca o
abandonarei.
É bom enfatizar de que, em todo o lugar aonde o peixe ir, este lugar
Deus tem dado ao peixe. Todavia, isso é concernente ao leito do rio.
Fora disso o Senhor não tem responsabilidades para com o peixe. O
mesmo fora válido para Josué e o povo de Israel. Em todo o lugar onde
os mesmos colocassem as solas dos pés, o Senhor havia lhes dado.
Porém, isso somente era válido até o grande rio, o rio Eufrates, toda a
terra dos heteus, até o mar Mediterrâneo... Fora destes limites Deus não
tinha compromisso algum com Josué e o povo israelita.
A mesma coisa ocorre conosco hoje. Desde o amor até a temperança,
em qualquer dos frutos em que nos alicerçarmos Deus tem nos dado. O
Senhor nos dera amor, alegria, paz e também longanimidade, meus
amigos. Deus também nos dera benignidade, fé, mansidão e domínio
próprio. Dentro dos limites do Reino de Deus ninguém poderá, melhor
dizendo, nada poderá nos resistir todos os dias de nossas vidas, e o
Senhor jamais nos deixará, nem nos desamparará. Agora, se sairmos
desta esfera Deus não se responsabilizará por nada daquilo que por
ventura vier acontecer conosco, mesmo que venhamos a proferir sem
cessar: “Em todo o lugar em que eu pisar a planta do pé, Deus tem me
dado”, uma vez que adentramos nas obras da carne ou natureza humana.
Gálatas 5/ 19-21: As coisas que a natureza humana produz são
bem conhecidas. Elas são: a imoralidade sexual, a impureza, as ações
indecentes, a adoração de ídolos, as feitiçarias, as inimizades, as
brigas, as ciumeiras, os acessos de raiva, a ambição egoísta, a
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desunião, as divisões, as invejas, as bebedeiras, as farras e outras
coisas parecidas com essas. Repito o que já disse: os que fazem essas
coisas não receberão o Reino de Deus.
É bom salientar de que, cada um dos feitos da natureza humana
constitui-se num laço do diabo.
2 Timóteo 2/ 25-26: Instruindo com mansidão os que resistem, a
ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a
verdade, e tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo,
em que à vontade dele estão presos.
Ou seja, quem pratica uma das coisas da natureza humana,
automaticamente tem sido feito cativo pelo diabo para cumprir sua
vontade. Agora, o que nos faz sair dos frutos do Espírito Santo, e entrar
nas coisas que a natureza humana produz?
A ansiedade é o principal veículo!
Filipenses 4/ 6-7: Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em
tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus
pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento,
guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus.
O apóstolo dos gentios manda-nos, não andar ansiosos por coisa
alguma. Mas que as nossas ações ou efeito de pedir sejam conhecidos
diante de Deus, por meio de orações e súplicas com ações de graça.
Agindo deste modo a paz de Deus manifesta-se em nós, e transborda,
fazendo com que as pessoas nos olhem, e não consigam entender como
nas situações mais adversas, nós tenhamos poder para nos manter
sossegados, demonstrando completa ausência de conflito, de
perturbação interior. Ademais ela guarda o nosso coração, e a nossa
mente no “Verbo da Vida”, ou seja, na palavra de Deus, e todos nós
temos conhecimento prático do quão difícil é controlar os desejos do
coração e da mente. Quando menos esperamos surge um desejo maligno
em nosso coração, assim como num curto espaço de tempo vem à tona
um número considerável de pensamentos negativos seguidos de tantos
outros do mesmo gênero. Contudo, a paz de Deus vigia para defender,
protege, toma conta em Cristo Jesus de nosso coração, e da nossa mente
limpando-nos por completo.
Depois deste processo, onde os desejos malignos, as atitudes
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negativas ou de oposição sistemática, e aqueles pensamentos nulos,
contraproducentes, que exprimem negação perdem as forças, o apóstolo
Paulo continua.
Filipenses 4/ 8: Por último, meus irmãos, encham a mente de
vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é
verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente.
O versículo (8) funciona como um manual de instruções. Seguindo a
risca as recomendações contidas nele nós somos dotados de uma nova
consciência, ou seja, somos reprogramados com um novo conjunto dos
processos e fatos psíquicos de que temos consciência, de acordo com a
vontade de Deus.
Ainda com referência a ansiedade, Pedro, na sua primeira epístola
também aborda este assunto.
1 Pedro 5/ 6-7: Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de
Deus, para que há seu tempo vos exalte; lançando sobre ele toda a
vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.
Ou seja, nós devemos nos humilhar a Deus para que no momento
propício sejamos engrandecidos.
E como nos humilhamos ao Senhor? O apóstolo Pedro deixa bem
claro que não é com cara e joelhos no chão, nem com jejum, isto é, não
é com a abstenção ou redução de alimentos em dias determinados por
preceito religioso que nos humilhamos a Deus, mas sim quando
lançamos sobre Ele toda a nossa ansiedade e inquietação.
E o que acontece quando agimos segundo a recomendação de Pedro?
Salmos 46/ 10: Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; serei
exaltado entre os gentios; serei exaltado sobre a terra.
Que coisa maravilhosa. Você quer saber quem é Deus? Aquiete-se.
Com este procedimento o Senhor, por meio de você é engrandecido
entre os seus colegas de trabalho ou de aula, em qualquer situação
contrária, desfavorável a vossa pessoa, e exaltado sobre a terra, ou seja,
em qualquer ponto do planeta Terra em que você esteja Deus, por meio
de ti é engrandecido.
Resumindo - O Senhor passa agir poderosamente em nosso favor
quando nos aquietamos, lançando sobre Ele toda a nossa ansiedade,
permanecendo, assim, nos frutos do Espírito Santo.
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Números 12/ 1-3: Moisés havia casado com uma mulher da
Etiópia, e Miriam e Arão começaram a criticá-lo por causa disso. Eles
disseram: — Será que o Senhor tem falado somente por meio de
Moisés? Será que não tem falado também por meio de nós? E o
Senhor ouviu o que eles disseram. Ora, Moisés era homem mui
manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.
Moisés, o tirado das águas, era alicerçado na mansidão. Era esta
virtude que lhe dava condições de ser usado por Deus. É bem verdade
que em Êxodo 2/ 11-12, ao ver certo egípcio espancando um hebreu, um
do seu povo, o seu espírito se impacientara, isto é, o mesmo saíra do
fruto do Espírito.
Provérbios 14/ 29: Quem é tardio em irar-se é grande em
entendimento; mas o que é de ânimo precipitado exalta a loucura.
No caso do egípcio que estava espancando o hebreu, Moisés exaltara
a loucura, e o assassinara, e depois escondera o seu corpo na areia.
Tiago 1/ 20: Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus.
Como ser humano, Moisés também estava suscetível a erros, e erros
significativos, como no caso da morte do egípcio, por exemplo, uma vez
que a ira do homem não opera a justiça de Deus. Mas em seguida ele
tornou a compor-se, e segundo Hebreus 11/ 27, pela fé o mesmo
abandonara o Egito, não temendo a ira do rei, porque ficara firme como
vendo o invisível. Moisés tinha conhecimento prático do quanto Deus
agia em seu favor quando estava em estado de sereno, calmo, brando de
gênio, e no momento em que o Senhor criara uma situação incômoda,
extremamente desconfortável, para ensinar os israelitas a lançar sobre
Ele a ansiedade, o mesmo tentara dar-lhes a receita da vitória, sem obter
êxito. Moisés tentara mostrar-lhes o modo que deveriam comportar-se
para que Deus pudesse agir em prol deles.
Êxodo 14/ 13-14: Moisés, porém, disse ao povo: Não temais; estai
quietos, e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos
egípcios, que hoje vistes nunca mais os tornareis a ver. O Senhor
pelejará por vós, e vós vos calareis.
O homem que era em muito o mais manso de todos os homens na
superfície do solo, sabia que era a sua mansidão que dava condição para
Deus manifestar-se com todo o poder batalhando em seu favor, fazendo-
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o, escapulir-se de perigos ou situações difíceis. Por isso falando do que
vivia na prática, pedira para o povo israelita aquietar-se, acalmar-se.
Fazer sossegar a alma. Não mover-se ou agitar-se. Mostrar serenidade e
calma, pois, com este procedimento o povo veria o livramento do
Senhor, visto que Ele lutaria pelos israelitas, assim como lutara tempo
depois em favor, e em defesa de Gideão e o povo de sua época, como
em prol de Josafá e o povo de seu tempo.
Juízes 7/ 19-22: Chegou, pois, Gideão, e os cem homens que com
ele iam, ao extremo do arraial, ao princípio da vigília da meia-noite,
havendo sido de pouco trocadas às guardas; então tocaram as
buzinas, e quebraram os cântaros, que tinham nas mãos. Assim
tocaram as três companhias as buzinas, e quebraram os cântaros; e
tinham nas suas mãos esquerdas as tochas acesas, e nas suas mãos
direitas as buzinas, para tocarem, e clamaram: Espada do Senhor, e
de Gideão. E conservou-se cada um no seu lugar ao redor do arraial;
então todo o exército pôs-se a correr e, gritando, fugiu. Tocando, pois,
os trezentos as buzinas, o Senhor tornou a espada de um contra o
outro, e isto em todo o arraial, que fugiu para Zererá, até Bete-Sita,
até aos limites de Abel-Meolá, acima de Tabate.
O interessante é que os homens clamaram, e permanecera cada um
em seu lugar ao redor do acampamento, ou seja, imóveis, em estado de
imóvel.
Salmos 37/ 7: Descansa no Senhor, e espera nele.
O nosso Deus faz coisas tremendas quando descansamos Nele, e
sobre Ele lançamos toda a nossa ansiedade, e nos mantemos alicerçados
nos frutos do Espírito Santo.
Neste testemunho, logo após a fuga dos inimigos de Israel, Gideão
fora no encalço dos mesmos e os exterminara.
Já no caso do rei Josafá isto não fora necessário.
2 Crônicas 20/ 1-17: Algum tempo depois, os exércitos dos
moabitas e dos amonitas, junto com os meunitas, invadiram o país de
Judá. Alguns homens vieram e disseram a Josafá: — Um exército
enorme do país de Edom veio do outro lado do mar Morto para atacar
o senhor. Eles já conquistaram a cidade de Hazazão-Tamar.
(Hazazão-Tamar e Fonte de Gedi são o mesmo lugar).
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Josafá ficou com medo e orou a Deus, o Senhor, pedindo socorro.
Depois deu ordem para que todo o povo de Judá jejuasse.
Todos se reuniram para pedir socorro ao Senhor; de todas as
cidades do país o povo veio a Jerusalém.
A gente de Judá e de Jerusalém se reuniu no pátio novo do Templo,
e Josafá se pôs de pé no meio deles e orou assim: — Ó Senhor, Deus
dos nossos antepassados! Tu és o Deus do céu e governas todas as
nações do mundo. Tu és forte e poderoso, e ninguém pode resistir ao
teu poder. Tu és o nosso Deus; expulsaste os moradores desta terra de
diante do teu povo de Israel e deste a terra deles para sempre a nós, os
descendentes de Abraão, teu amigo. O teu povo tem morado nesta
terra, e aqui construímos um Templo em tua honra. Nós dissemos
assim:
“Se alguma desgraça cair sobre nós como castigo, seja guerra, ou
doenças, ou falta de alimentos, então nos ajuntaremos em frente deste
Templo, onde tu moras, e no nosso sofrimento clamaremos a ti
pedindo socorro, e tu atenderás o nosso pedido.”
— Agora os amonitas e os moabitas, junto com os edomitas,
invadiram o nosso país. Quando os nossos antepassados estavam
vindo do Egito, tu não os deixaste invadir as terras daqueles povos.
Por isso, os nossos antepassados se desviaram delas e não destruíram
aqueles povos. Mas agora eles nos pagam assim: estão nos atacando
para nos expulsar da terra que nos deste para sempre.
Ó nosso Deus, castiga essa gente, pois não somos bastante fortes
para resistir a esse enorme exército que está avançando contra nós.
Não sabemos o que fazer e olhamos para ti, pedindo socorro!
Todos os homens de Judá estavam ali de pé em frente do Templo,
junto com as suas mulheres e os seus filhos e até as crianças de colo.
De repente, o Espírito de Deus desceu sobre um levita que estava
ali no meio do povo. Chamava-se Jaaziel e era descendente de Asafe.
Jaaziel era filho de Zacarias, neto de Benaías, bisneto de Jeiel e
trineto de Matanias.
Jaaziel disse: — Povo de Judá, moradores de Jerusalém e rei
Josafá, prestem atenção! Escutem isto que o Senhor Deus diz: Não se
assustem, não fiquem com medo deste enorme exército, pois a batalha
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não é contra vocês, mas contra mim. Amanhã vocês os atacarão
quando eles vierem pela subida de Zis. Vocês se encontrarão com eles
no fim do vale que dá para o deserto de Jeruel. Quando os
encontrarem, vocês não precisarão lutar. Fiquem parados ali e verão
como o Senhor Deus salvará vocês. Povo de Judá e moradores de
Jerusalém, não se assustem, nem fiquem com medo; marchem contra
os inimigos amanhã, pois eu, o Senhor, estarei com vocês.
É bom enfatizar que se firmarmos o pé no “amor” fruto do Espírito,
o medo perderá sua força.
1 João 4/ 18: No amor não há temor, antes o perfeito amor lança
fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é
perfeito em amor.
Vamos retornar a 2 Crônicas.
2 Crônicas 20/ 18-25: Então o rei Josafá se ajoelhou e encostou o
rosto no chão; e todo o povo de Judá e os moradores de Jerusalém
também se ajoelharam na presença de Deus, o Senhor, e o adoraram.
Aí os levitas que eram descendentes de Coate e de Corá começaram a
louvar o Senhor, o Deus de Israel, em voz bem alta.
Na manhã seguinte, todos se levantaram cedo e foram para o
deserto de Tecoa. Ao saírem, Josafá ficou de pé e disse: — Povo de
Judá e moradores de Jerusalém, escutem! Confiem no Senhor, seu
Deus, e estarão seguros; confiem nos profetas dele, e tudo o que vocês
fizerem dará certo. Depois de consultar o povo, Josafá ordenou que
alguns cantores vestissem roupas sagradas e marchassem à frente do
exército, louvando a Deus e cantando assim: “Louvem a Deus, o
Senhor, porque o seu amor dura para sempre.”
Logo que começaram a cantar, o Senhor Deus causou confusão
entre os moabitas, os amonitas e os edomitas, e eles foram derrotados.
Os amonitas e os moabitas atacaram os edomitas e os destruíram
completamente; depois os amonitas lutaram contra os moabitas, e os
dois lados também acabaram se destruindo.
Quando o exército de Judá chegou a um lugar alto no deserto, eles
viram o chão coberto de mortos; ninguém tinha escapado com vida.
Aí Josafá e os seus soldados avançaram e começaram a pegar tudo
o que havia no acampamento inimigo. Encontraram muitos animais
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de carga, armas, roupas e objetos de valor. Levaram três dias pegando
as coisas, mas havia tanto, que não puderam levar tudo.
As palavras de Josafá no verso (18) nos dão ideia clara de que seus
subordinados estavam aterrados, cheios de pavor, visto que não estavam
conseguindo se manter quietos. O sentimento de iminente derrota
dominava seus corações, e uma grande leva de pensamentos negativos
povoavam suas mentes. Por esta razão é que o mesmo pedira para o
povo crer no Senhor, pois crendo em Deus estariam seguros, assim
como prosperariam no intento designado pelo Senhor, se crescem nos
profetas. Mas como suas palavras não surtiram efeito resolvera em seu
coração tomar conselho com o povo, e o povo chegara ao consenso de
que os pensamentos negativos não iriam imperar em suas mentes, nem o
medo os faria entrar em inquietação, se todos cantassem e dessem
louvor a Deus. E tendo eles começado a cantar e a dar louvores, o
Senhor despertara em seus inimigos a ação de se esconder para atacar à
traição uns aos outros, e assim foram vencidos, destroçados, sem ser
preciso Josafá e os seus, ferir um só inimigo.
Como acabamos de ver pelos olhos do entendimento, o “louvor”
exerce o papel de uma espécie de anticorpo para os filhos de Deus,
protegendo-os de substâncias malignas, deletérias que destroem,
corrompem, e dá totais condições para que o Senhor possa agir
poderosamente ao nosso favor. O louvor assegura a nossa permanência
nos frutos do Espírito Santo, nos livrando do risco de entrarmos nas
obras da carne, isto é, nos livrando do risco de entrarmos na esfera de
ação do diabo. Paulo e Silas tinham pleno conhecimento disso. Depois
de fustigados com muitos açoites, os mesmos foram lançados na prisão.
O sofrimento físico proveniente dos açoites, seguramente era intenso,
porém, eles, com o propósito de não deixar suas mentes assimilar este
sofrimento, que consequentemente levá-los-ia, a murmurar contra Deus,
e deixá-los-ia, em estado de ansiosos, impossibilitando-os, assim, de
receber socorro divino, oravam e cantavam a Deus. De repente, por
volta da meia-noite, sobreviera um terremoto, que sacudira os alicerces
da prisão, e abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de
todos, Atos 16/ 19-26.
Aleluia. Quando usamos o nosso título de rei, senhor e sacerdote, e
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permanecemos no Reino de Deus, isto é, nos frutos do Espírito, o
extraordinário acontece.
Efésios 5/ 18-19: E não vos embriagueis com vinho, no qual há
dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos,
entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos
espirituais.
Ou seja, o louvor a Deus, além de servir de anticorpos, constitui-se
numa das formas pela qual se torna possível nos encher do Espírito
Santo, isto é, uma das formas pela qual o Espírito Santo se torna Senhor
absoluto em nossa vida.
Bem, agora que já temos uma noção básica do quão importante é o
“louvor”, vamos retornar ao nosso assunto principal, que é o manter-se
quieto, sossegado, arraigado nos frutos do Espírito.
Em Êxodo 3/ 14, Deus afirma que um de seus nomes é “Eu Sou”, e
nós na condição de filhos, no Reino de Deus, ou seja, nos frutos do
Espírito, também temos a condição de simplesmente “ser”, visto que os
filhos têm as características do pai.
Salmo 131/ 1-2: Senhor, o meu coração não se elevou nem os meus
olhos se levantaram; não me exercito em grandes matérias, nem em
coisas muito elevadas para mim. Certamente que me tenho portado e
sossegado como uma criança desmamada de sua mãe; a minha alma
está como uma criança desmamada.
O salmista deixa bem claro que o seu coração tinha lapsos de
orgulho, soberba, e vez por outra um olhar altivo, porém, o mesmo não
se deixara levar por estes impulsos carnais. Por isso, ele declara: “Pelo
contrário, fiz calar e sossegar a minha alma!”
O homem segundo o coração de Deus fez com que a sua alma se
tornasse quieta para consigo, assim como a criança desmamada se
aquieta nos braços de sua mãe. Isto é, Davi atingira a condição de
simplesmente “ser”, cumprindo a exigência requerida para que Deus
cumprisse sua vontade em sua vida, tirando-o, de detrás das ovelhas, e
elevando-o, a condição de rei de Israel.
Como conferimos anteriormente, o manter-se quieto, sossegado,
implica totalmente no quesito salvação de algum perigo, e para
fundamentar esta verdade, entre outros trechos bíblicos usamos 2
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Crônicas 20. Continuando este estudo vamos nos reportar ao livro do
profeta Isaías.
Isaías 7/ 1-4: Sucedeu, pois, nos dias de Acaz, filho de Jotão, filho
de Uzias, rei de Judá, que Rezim, rei da Síria, e Peca, filho de
Remalias, rei de Israel, subiram a Jerusalém, para pelejarem contra
ela, mas nada puderam contra ela. E deram aviso à casa de Davi,
dizendo: A Síria fez aliança com Efraim. Então se moveu o seu
coração, e o coração do seu povo, como se movem as árvores do
bosque com o vento. Então disse o Senhor a Isaías: Agora, tu e teu
filho Sear-Jasube, saí ao encontro de Acaz, ao fim do canal do tanque
superior, no caminho do campo do lavandeiro. E dize-lhe: Acautela-te,
e aquieta-te; não temas, nem se desanime o teu coração por causa
destes dois pedaços de tições fumegantes; por causa do ardor da ira de
Rezim, e da Síria, e do filho de Remalias.
Como acabamos de conferir, uma vez mais, Deus, ao ver um servo
seu em apuros, pede para ele manter-se quieto, sossegado.
Isaías 30/ 15: Porque assim diz o Senhor Deus, o Santo de Israel:
Voltando e descansando sereis salvos; no sossego e na confiança
estaria a vossa força, mas não quisestes.
O profeta não está falando aqui de salvação eterna, mas de salvação
de algum perigo.
Isaías 30/ 16-17: Mas dizeis: Não; antes sobre cavalos fugiremos;
portanto fugireis; e, sobre cavalos ligeiros cavalgaremos; por isso os
vossos perseguidores também serão ligeiros. Mil homens fugirão ao
grito de um, e ao grito de cinco todos vós fugireis, até que sejais
deixados como o mastro no cume do monte, e como a bandeira no
outeiro.
E por que os israelitas fugiriam?
Ora, porque tinham se recusado a se manter quietos, sossegados, na
tranquilidade, e na confiança. Por isso não havia confiança alguma neles
para bater de frente com os inimigos e derrotá-los. Era inevitável: eles
fugiriam assombrados diante da menor ameaça.
Isaías 30/ 15: Porque assim diz o Senhor Deus, o Santo de Israel:
Voltando e descansando sereis salvos; no sossego e na confiança
estaria a vossa força, mas não quisestes.
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Que coisa maravilhosa. A nossa potência se mostra no simples ato de
ficarmos sossegados, calcados no sentimento de quem confia, na
segurança de ânimo.
Ligando o Salmo 131 com este verso de Isaías 30 nós chegaremos à
conclusão de que Golias era o pequeno, e Davi o gigante. O filisteu
Golias somente era gigante diante do rei Saul e do seu exército,
porquanto o mesmo não mais tinha a “unção”. O Espírito do Senhor
havia se retirado dele, e como as tropas israelitas estavam ao seu
comando, também não tinham respaldo divino. Por isso, viam-no como
um gigante.
1 Samuel 17/ 8-9: E parou, e clamou às companhias de Israel, e
disse-lhes: Para que saireis a ordenar a batalha? Não sou eu filisteu e
vós servos de Saul? Escolhei dentre vós um homem que desça a mim.
Se ele puder pelejar comigo, e me ferir, a vós seremos por servos;
porém, se eu o vencer, e o ferir, então a nós sereis por servos, e nos
servireis.
Fica bem claro que o titânico, o indivíduo de estatura extraordinária
aos olhos naturais também via os soldados israelitas como meros servos
do rei Saul. No entanto, para o jovem Davi, que estava enraizado nas
virtudes do Espírito, e como consequência disso, encontrava-se, em total
estado de quietude, tranquilo, sossegado, ou seja, estava cheio de poder,
e via os eventos com olhos da fé, Golias não passava de um
incircunciso. Não páreo aos israelitas, como de fato não o era, uma vez
que uma simples pedra lhe extinguira a vida.
Resumindo - é de vital importância para nós cristãos o estar no Reino
de Deus, arraigado nos frutos do Espírito, alicerçado na condição de
simplesmente “ser”, quieto, tranquilo, sossegado. Pois é nessas
condições que Deus luta por nós. Ciente disso, Davi, prestes a enfrentar
Golias fala o seguinte: - E saberá toda esta congregação que o Senhor
salva, não com espada, nem com lança; porque do Senhor é a guerra, e
ele vos entregará na nossa mão, 1 Samuel 17/ 47!
Nessas condições o que está fora ou acima do natural, das leis
naturais, ou seja, aquilo que pertence ao campo da fé nos envolve, e
Deus nos livra do poder de nossos adversários.
51
APRENDENDO A ANDAR COM DEUS
ANJOS: QUEM SÃO ELES?
Hebreus 1/ 14: Então, o que são os anjos? Todos eles são espíritos
que servem a Deus, os quais ele envia para ajudar os que vão receber
a salvação.
Ou seja, são todos eles espíritos para serviço público, enviados para
ministrar aos que hão de herdar a salvação.
O salmista Davi, o homem segundo o coração de Deus, fala o
seguinte no Salmo 103.
Salmo 103/ 20: Louvem o Senhor, fortes e poderosos anjos, que
ouvem o que ele diz que obedecem aos seus mandamentos!
O verso nos deixa claro que o primeiro ofício dos anjos é servir de
alicerce, uma base de muro para a palavra. Também fica evidenciado
que as suas funções são externas. Ao menor sinal de perigo enviado pela
palavra, os mesmos estão prontos para defendê-la.
Salmo 34/ 7: O Anjo do Senhor fica em volta daqueles que o temem
e os protege do perigo.
É proveitoso, lucrativo enfatizar de que o temor bíblico é sinônimo
de respeito, reverência, e não de medo ou coisa parecida. E respeito a
Deus significa respeito à palavra, a qual, com efeito opera eficazmente
nos que creem 1 Tessalonicenses 2/ 13, e entre outros espíritos
ministradores, ao redor daqueles que, com mansidão acolhem a palavra
neles implantadas, a qual é poderosa para salvar suas almas, figura um
espírito ministrador Tiago 1/ 21.
O que acabamos de ver pelos olhos do entendimento já nos deixa
bem perceptível a respeito do conhecimento do rei Davi no que diz
respeito ao ministério dos anjos. Sabia ele que, quando recebia uma
palavra do Senhor, e andava nela, radicado, e edificado, e confirmado na
fé Colossenses 2/ 6-7, de contínuo havia um anjo da guarda ao seu
redor, e a prova disso encontramos no Salmo 35.
Salmo 35/ 4-6: Que sejam derrotados e humilhados aqueles que me
querem matar! Que fujam envergonhados os que fazem planos contra
mim!
52
Que sejam como a palha soprada pelo vento, quando o Anjo do
Senhor os atacar! Que o caminho deles fique escuro e escorregadio
quando o Anjo do Senhor os perseguir!
Para termos uma ideia da potencialidade deste anjo, vamos nos
reportar aos tempos do profeta Isaías e do rei Ezequias. Dias em que
subiu Senaqueribe, rei da Assíria, contra todas as cidades fortificadas de
Judá, e as tomou Isaías 36/ 1. Porém, após Ezequias orar ao Senhor,
saiu o anjo do Senhor e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e
cinco mil, e, quando se levantaram de manhã, eis que todos estes eram
cadáveres Isaías 37/ 36. É evidente que todos têm consciência de que
hoje estamos debaixo da graça, e a nossa luta não é contra o sangue e a
carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores
deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões
celestes Efésios 6/ 12. Por isso a chance de vermos com os olhos
naturais um anjo partindo pra cima das pessoas que nos perseguem com
persistência é zero. Quando surge algo um tanto complicado, um sujeito
aqui outro lá, com olhares de desdém, procurando nos espezinhar,
enxovalhar a nossa imagem. Segregar-nos, tratando de conseguir inibir
nossos intentos segundo a palavra de Deus, este anjo entra em ação,
assim como entrara no arraial dos assírios, e empurra para longe as
castas de demônios que através dessas pessoas estavam produzindo
ações contrárias a nós, mudando completamente a atitude das mesmas
para conosco.
Outro feito extraordinário creditado ao ministério dos espíritos
ministradores, nós encontramos em Daniel 6, onde o mesmo é lançado
na cova dos leões, com uma pedra sobre a boca da cova. Mas um anjo
fechou a boca dos leões para que não lhe fizessem dano algum Daniel 6/
22, e o mesmo saiu daquela situação ileso.
Seguramente nos nossos dias dificilmente os veremos fechando a
boca de leões ou de outro animal feroz qualquer. Contudo, pelos olhos
do entendimento podemos ver seus feitos, por exemplo, em inúmeros
acidentes, dos quais aos olhos naturais é impossível alguém sair com
vida. No entanto, muitos saem incólume ou somente com leves
escoriações.
Também é incumbência do ministério dos anjos o prover alimentos
53
quando necessário aos praticantes da palavra. Isso é possível comprovar
em 1 Reis 19, quando o profeta Elias, temendo a ameaça de Jezabel,
levantou-se, e para salvar sua vida, se foi, e chagando a Berseba, que
pertencia a Judá, e ali deixou o seu ajudante. Ele mesmo, porém, se foi
ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um
zimbro, e depois de pedir para si a morte, ali dormiu. Contudo, um anjo
o tocou e lhe disse:
-Levanta-te e come!
Olhou ele e viu junto à cabeceira, um pão cozido sobre pedras em
brasas e uma botija de água.
Comeu, bebeu e tronou a dormir.
Voltou segunda vez o anjo do Senhor, tocou-o, e lhe disse:
-Levanta-te e come, porque o caminho te será sobremodo longo 1
Reis 19/ 3-7!
Como enfatizei anteriormente, é pouco provável que nos nossos dias
os veremos fechando a boca de grandes felídeos, notáveis habitantes das
estepes e savanas da África e do sul da Ásia, assim como
providenciando pão, tocando o ombro de alguém e mandando comer.
Mas é certo de que os mesmos tocam o coração de um ou de outro para
que eles socorram aos necessitados de Deus.
O patriarca Abraão também conhecia as funções dos espíritos
ministradores.
Gênesis 24/ 7: O Senhor, o Deus do céu, me tirou da casa do meu
pai e da terra dos meus parentes e jurou que daria esta terra aos meus
descendentes. Ele vai enviar o seu Anjo para guiá-lo, e assim você
conseguirá arranjar uma mulher para o meu filho.
O anjo do Senhor envergonhou a segurança de ânimo com que
Abraão falou ao seu servo? É evidente que não! Um dos tantos espíritos
ministradores enviados para serviço público tomou a Rebeca para ser
esposa, ajudadora e complemento de Isaque Gênesis 2/ 18.
Além de se encarregar de tomar esposas ou vice-versa, os anjos
também servem de guias.
Êxodo 23/ 20: Eu enviarei um anjo adiante de vocês para protegê-
los na viagem e para levá-los ao lugar que lhes preparei.
54
O QUE ACONTECE COM QUEM ROMPE A BASE DE MUROS?
Bem! Em páginas anteriores conferimos que os anjos servem de
alicerce, uma base de muros à palavra.
Portanto, aqueles que estão estabelecidos no “Verbo da Vida”, têm
este sustentáculo, esta base de muros ao seu redor.
Salmo 91/ 11-16: Deus mandará que os anjos dele cuidem de você
para protegê-lo aonde quer que você vá. Eles vão segurá-lo com as
suas mãos, para que nem mesmo os seus pés sejam feridos nas pedras.
Com os pés você esmagará leões e cobras, leões ferozes e serpentes
venenosas. Deus diz: Eu salvarei aqueles que me amam e protegerei
os que reconhecem que eu sou Deus, o Senhor. Quando eles me
chamarem, eu responderei e estarei com eles nas horas de aflição. Eu
os livrarei e farei com que sejam respeitados. Como recompensa, eu
lhes darei vida longa e mostrarei que sou o seu Salvador.
Agora, o que ocorre com quem irrompe a base de muros?
Eclesiastes 10/ 8: Quem abre uma cova nela cairá, e quem rompe
um muro, mordê-lo-á uma serpente.
Qualquer pessoa, versada ou não, que maneja bem ou não a palavra
da verdade 2 Timóteo 2/ 15, tem conhecimento de que “serpente” na
linguagem bíblica significa demônio, por isso, quando alguém sai da
palavra, automaticamente este alguém abre um caminho, rompe o muro
feito pelos anjos, saindo, assim da esfera divina, e o versículo que
acabamos de conferir da a entender que um demônio abocanha de
imediato o insurreto. Este abocanhamento pode vir em forma de
problemas sentimentais, amoroso, desfalque financeiro, e tantas outras
situações embaraçosas.
Para fundamentar o que já vimos pelos olhos do entendimento,
vamos conferir mais um verso bíblico.
Provérbios 17/ 11: O rebelde não busca senão o mal; por isso,
mensageiro cruel se enviará contra ele.
“Mensageiro” significa anjo. Quando alguém se desliga da palavra,
não se arrepende, pede perdão, e procura se religar novamente a ela, o
mesmo constitui-se num rebelado contra a autoridade constituída por
Deus. Por isso um anjo que gosta de causar tormento será enviado
contra o revoltoso, colocando-o em sérios apuros, em situações críticas,
55
difíceis, não fáceis.
O QUE ACONTECE COM QUEM DECIDE TIRAR FÉRIAS DE DEUS?
João 16/ 13: Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos
guiará em toda a verdade.
João 16/ 17: Santificai-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
Os espíritos ministradores servem como sustentáculo, fundamento,
apoio à palavra, e o verso 13 de João 16, nos informa de que o Espírito
Santo nos guia em toda a verdade, e agora sabemos que a palavra de
Deus é a verdade. Portanto, quando nos estabelecemos na palavra, o
Espírito Santo nos guia dentro desta palavra. Porém, o que acontece
com quem decide tirar férias de Deus, ou seja, decide não mais seguir o
Espírito por um tempo?
Isaías 40/ 28: Será que vocês não sabem? Será que nunca ouviram
falar disso? O Senhor é o Deus Eterno, ele criou o mundo inteiro. Ele
não se cansa, não fica fatigado.
Se Deus não se cansa, não fica fatigado, Ele está sempre em
atividade. Sempre seguindo em frente, e, é evidente que quem tira férias
do Senhor rompe a base de muro feita pelos anjos, fica para trás, e
obviamente o diabo o alcança.
Para compreendermos um pouco mais este assunto vamos nos
reportar ao início da Bíblia.
Gênesis 3/ 14-15: Então o Senhor Deus disse à cobra: – Por causa
do que você fez você será castigada. Entre todos os animais só você
receberá esta maldição: de hoje em diante você vai andar se
arrastando pelo chão e vai comer o pó da terra. Eu farei com que você
e a mulher sejam inimigas uma da outra, e assim também serão
inimigas a sua descendência e a descendência dela. Esta esmagará a
sua cabeça, e você picará o calcanhar da descendência dela.
Que coisa tremenda e ao mesmo tempo apavorante!
Quando obedecemos a Deus e permitimos que o Espírito Santo nos
guie, automaticamente nós pisamos na cabeça do diabo. Porém, se
tirarmos férias do Altíssimo, o diabo causa ferimentos em nosso
calcanhar. O homem segundo o coração de Deus, ou seja, o salmista
Davi, certa feita resolveu pagar pra ver. Ignorou, não deu crédito ao que
56
estava escrito, e tirou férias do Senhor.
2 Samuel 11/ 1: Na primavera seguinte, época do ano em que os
reis costumam sair para a guerra, Davi mandou que Joabe, os seus
oficiais e o exército israelita fossem atacar os inimigos. Eles venceram
os amonitas e cercaram a cidade de Rabá. Mas Davi ficou em
Jerusalém.
O filho de Jessé ficou ocioso em Jerusalém, crendo estar
aproveitando as suas férias de Deus, mas a serpente o alcançou, e com
toda sua astúcia e malícia feriu seu calcanhar por meio de uma mulher.
2 Samuel 11/ 2-4: Uma tarde Davi se levantou, depois de ter
dormido um pouco, e foi passear no terraço do palácio. Dali viu uma
mulher muito bonita tomando banho. Aí ele mandou que
descobrissem quem era aquela mulher e soube que era Bate-Seba,
filha de Eliã e esposa de Urias, o heteu. Então Davi mandou que
alguns mensageiros fossem buscá-la. Eles a trouxeram, e Davi teve
relações com ela. Bate-Seba tinha justamente terminado o seu ritual
mensal de purificação.
Por meio deste ato de adultério o diabo causara danos irreparáveis ao
rei e a outros que estavam próximos dele.
Salmo 42/ 7: Um abismo chama outro abismo...
O salmista afirmou isso com total conhecimento de causa. Primeiro o
homem segundo o coração de Deus tentou iludir, enganar Urias, criando
uma situação para que ele tomasse sobre si a condição de pai do filho
que Bate-Seba estava esperando. Porém, a lealdade do heteu para com o
mesmo, fez malograr o seu intento, obrigando-o a agir como o maior
dos facínoras.
O livro do Eclesiastes 3/ 1 nos afirma de que tudo tem o seu tempo
determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu, assim
como a tempo em que um homem tem domínio sobre outro homem para
arruiná-lo Eclesiastes 8/ 9, e Davi estava inserido neste tempo, e
almejava ardentemente ver manifesto os frutos da infidelidade através
de Urias. Mas este se mostrou fidedigno e se deitou à porta da casa real
com todos os servos do seu senhor, e não desceu para sua casa 2
Samuel 11/ 9, e quando o rei lhe perguntou por que não descera a sua
casa respondeu:
57
-A arca, Israel e Judá ficam em tendas; Joabe, meu senhor, e os
servos de meu senhor estão acampados ao ar livre; e hei de eu entrar na
minha casa para comer e beber, e para me deitar com minha mulher?
Tão certo como tu vive e como vive a tua alma, não farei tal coisa 2
Samuel 11/ 11!
O heteu Urias provara ser um homem de grande fidelidade, digno de
confiabilidade. Entretanto, sua disposição firme para o bem e sua boa
qualidade moral teve a gravidade de uma sentença de morte, uma vez
que as demonstrara no tempo errado, tempo em que o rei Davi queria
que o mesmo tomasse uma medida egoísta, isto é, pensasse somente em
si mesmo.
2 Samuel 11/ 12-17: Então Davi disse: – Fique aqui o resto do dia.
Amanhã eu o mandarei de volta. E Urias ficou em Jerusalém naquele
dia e no dia seguinte. Davi convidou-o para jantar e fez com que ele
ficasse bêbado. Mesmo assim, Urias não foi para casa naquela noite.
Em vez disso, dormiu no seu cobertor, no quarto da guarda do
palácio. Na manhã seguinte, Davi escreveu uma carta a Joabe e a
mandou por Urias. Davi escreveu o seguinte: Ponha Urias na linha de
frente, onde a luta é mais pesada. Depois se retire e deixe que ele seja
morto. Por isso, enquanto estava cercando a cidade, Joabe mandou
Urias para um lugar onde sabia que o inimigo estava mais forte. As
tropas inimigas saíram da cidade, lutaram contra as forças de Joabe e
mataram alguns oficiais de Davi. E Urias também foi morto.
A morte de Urias não fora a única coisa que viera como consequência
do adultério de Davi. A serpente lhe causara outros ferimentos. E de
grande amplitude.
2 Samuel 13/ 1: Absalão, filho de Davi, tinha uma irmã muito
bonita, que se chamava Tamar. Outro filho de Davi, chamado
Amnom, apaixonou-se por ela.
O que vemos a seguir é Amnom a possuindo a força, sendo mais
tarde assassinado por Absalão, que por sua vez, tempo depois tentara
usurpar o reino de seu pai, fazendo-o, fugir apressadamente para escapar
da morte 2 Samuel 15/ 14.
A conclusão que se tira deste fato é o seguinte: Davi tirara férias de
Deus, mas pagara um alto-preço por elas.
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Pregações a tempo e fora de tempo

  • 1.
  • 2. 1
  • 3. 2
  • 4. 3 A CASA NA ROCHA PREGAÇÕES A TEMPO E FORA DE TEMPO Juarez Fragata Edição 22/07/2015
  • 5. 4
  • 6. 5 ÍNDICE 1-Introdução...........................................................7 2-A Mente ou a Graça.............................................9 3-O Jugo de Cristo.................................................25 4-Reis, Senhores e Sacerdotes.............................39 5-Aprendendo a Andar com Deus..........................51 6-Na Quietude está a Nossa Força.......................77 7-O Manancial de Águas Vivas..............................81
  • 7. 6
  • 8. 7 INTRODUÇÃO Mateus 7/ 24-27: Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; e desceu a chuva, e correram os rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as pratica, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquelas casa, e caiu, e foi grande a sua queda. De antemão Cristo alertou-nos de que desceria chuva, e correriam os rios, no plural, portanto mais de um, assoprariam ventos, também no plural, e combateriam tanto o ouvinte praticante da Palavra, como o ouvinte não praticante. Por isso o aumento das tribulações é algo normal. A grande questão é saber se esse alguém vai escolher ser um praticante da Palavra ou não. O preço que o praticante da Palavra e o não praticante pagam é o mesmo. Se esse alguém escolher ser um ouvinte praticante da Palavra, as tribulações vão combatê-lo, mas o mesmo não cairá, visto que se edificou sobre a Rocha, isto é, sobre Cristo, a Palavra Viva. Agora, se ele recuar, não segurar o entendimento que recebeu de Deus por meio da Bíblia, ou de estudos bíblicos, ou seja, se o mesmo não por em prática este entendimento, as tribulações viram, combateram esse alguém, o levaram ao chão, e será grande a sua queda. Por isso o meu desejo é que os caros leitores entrem em contato com os ensinamentos a seguir e o coloquem em prática. - Juarez Fragata
  • 9. 8
  • 10. 9 A MENTE OU A GRAÇA “Eu Sou” é um dos nomes de Deus. Não é eu era ou eu serei. É “Eu Sou” no presente. Na realidade o passado é uma verdade que se transformara em mentira. O futuro sem o que há ou ocorre na atualidade não existe. Já o presente tem contido em si a graça de Deus. A força consciente, inteligente, criadora e regeneradora, coordenando toda a cadeia alimentar animal, fazendo a terra germinar e girar em torno de si mesma ocasionando o chamado movimento de rotação. O ser humano é um microcosmo, derivado do mesmo material utilizado pelo Criador para construir o grande cosmos. Dentro do mesmo existe a mesma graça ou força divina. No entanto, a mente humana tem a capacidade de tornar essa graça inativa. Efésios 2/ 1-3: Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andaste outrora, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne e dos pensamentos; e éramos por natureza, filhos da ira, como também os demais. A carne assim como os pensamentos tem vontade própria. Quando o homem atende essa vontade automaticamente ele sai da graça de Deus. 2 Coríntios 1/ 12: Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que, com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas, na graça divina, temos vivido no mundo e mais especialmente para convosco. A suficiência do apóstolo Paulo não vinha do seu intelecto, mas sim da graça divina. Isso significa que a sua mente estava de contínuo focada no presente. Efésios 4/ 17-18: Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus pensamentos, obscurecido de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração... A mente tem a capacidade de viajar ao passado, e lá permanecer horas e mais horas, assim como ao futuro. No entanto a mesma é rebelde quanto ao presente. Por isso a grande maioria das pessoas vive
  • 11. 10 alheia à vida de Deus, uma vez que ela se manifesta no presente. Romanos 8/ 19: A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Ou seja, o universo todo aguarda com ardente expectativa a manifestação do ser humano. E quando ocorre essa manifestação? Quando o mesmo volta à mente para o presente, e não para o ontem ou para o amanhã. Romanos 1/ 20: Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis. Quando o homem coloca a mente no presente, a inteligência de todas as coisas revela-se ao mesmo. Romanos 8/ 28: Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus... Todas as coisas começam a cooperar com o homem. Mateus 6/ 25: Por isso eu digo a vocês: não se preocupem com a comida e com a bebida que precisam para viver nem com a roupa que precisam para se vestir. Afinal, será que a vida não é mais importante do que a comida? E será que o corpo não é mais importante do que as vestes? A recomendação de Jesus é para colocarmos a mente no presente, e só nos preocuparmos com a nossa vida, e a saúde de nosso corpo. Mateus 6/ 26: Vejam os passarinhos que voam pelos céus: eles não semeiam, não colhem, nem guardam comida em depósitos. No entanto, o Pai de vocês, que está no céu, dá de comer a eles. Será que vocês não valem muito mais do que os passarinhos? Os passarinhos não têm capacidade de pensar no amanhã, ou seja, eles vivem o aqui, agora. Por isso o Deus “Eu Sou”, isto é, o “Jeová já”, o Deus do presente sustenta-os, assim como sustentará o ser humano, se o mesmo agir do mesmo modo. Mateus 6/ 27: E nenhum de vocês pode encompridar a sua vida, por mais que se preocupe com isso. Que coisa chocante. No verso 25 Cristo manda nos preocuparmos
  • 12. 11 com a nossa vida, e agora deixa bem claro que mesmo seguindo a risca essa recomendação, nós não podemos encompridar nossa estadia aqui nesse planeta, por mais que venhamos a nos precaver. Ou seja, a razão dessa recomendação é para não corrermos o risco de deixarmos esse universo antes do tempo previsto pelo Senhor. Mateus 6/ 28-29: E por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem as flores do campo: elas não trabalham, nem fazem roupas para si mesmas. Mas eu afirmo a vocês que nem mesmo Salomão, sendo tão rico, usava roupas tão bonitas como essas flores. Em primeiro lugar Cristo afirma de que as flores não se esforçam para crescer, ou seja, elas simplesmente crescem, e florescem sem se esforçar para isso, uma vez que são alvos da graça de Deus, isto é, da força consciente, inteligente, criadora e regeneradora de Deus, que age no presente. Em segundo lugar, Jesus afirma que as riquezas materiais não podem trazer um gosto apurado no vestir-se ou postar-se do abonado. Ou seja, o gosto apurado no vestir-se e postar-se vem dá graça de Deus. Portanto, quando focamos a mente na esfera em que a graça de Deus age, essas virtudes surgem naturalmente em nós, e isso fica bem claro no versículo 30. Mateus 6/ 30: É Deus quem veste a erva do campo, que hoje dá flor e amanhã desaparece queimada no forno. Então é claro que ele vestirá também vocês, que têm uma fé tão pequena! Viram que coisa reveladora? Jesus reitera que é Deus quem nos dá o gosto apurado no vestir-se, e vai além: afirma que as ervas do campo têm mais fé do que o ser humano. Vamos fazer uma breve pausa no assunto que estamos estudando, e conferir o que é fé. Eu não gostei do jeito que ficara Hebreus 11/ 1, na Nova Tradução da Linguagem de Hoje. Por isso vamos conferir esse versículo que esclarece o que é fé na Almeida, Revista e Atualizada. Hebreus 11/ 1: Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam a convicção de fatos que se não veem. Ora, isso é a real definição das coisas que ocorrem com quem vive com a mente focada no presente. Como já enfatizei antes a erva do campo não se esforça para crescer e florescer. Ela simplesmente espera no presente, e tem convicção que a sua essência virá à existência. Já
  • 13. 12 para o ser humano essa tarefa é muito difícil, uma vez que o mesmo tem extrema dificuldade em manter-se no aqui, agora. Em decorrência disso, Jesus afirmara que nós temos uma fé pequena comparada a erva do campo. Mateus 6/ 31-33: Portanto, não fiquem preocupados, perguntando: Onde é que vamos arranjar comida? Ou onde é que vamos arranjar bebida? Ou onde é que vamos arranjar roupas? Pois os pagãos é que estão sempre procurando essas coisas. O Pai de vocês, que está no céu, sabe que vocês precisam de tudo isso. Portanto, ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e ele lhes dará todas essas coisas. Isso é uma grande verdade. As pessoas que estão alheias à vida de Deus, vivem correndo em busca de comida, bebida, roupas, e de bens materiais, e para conseguir essas coisas não importa enganar, roubar, e até mesmo assassinar... Contudo Deus diz ao ser humano: Viva o presente e todas essas coisas Eu lhes darei... Mateus 6/ 34: Por isso, não fiquem preocupados com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã trará as suas próprias preocupações. Para cada dia bastam as suas próprias dificuldades. Que dica maravilhosa Jesus nos dá. Por mais que venhamos nos precaver para o dia de amanhã, isso de nada servirá, visto que em todo o novo dia surgirá dificuldades, decorrentes do próprio dia. Sendo assim, vamos viver um dia de cada vez, regrado com a maravilhosa graça de Deus manifesta no presente. O livro de Sabedoria, livro esse existente somente na Bíblia Católica, tem dois versículos que mudaram a minha forma de ver as coisas. Sabedoria 1/ 4-5: E assim na alma maligna não entrará a sabedoria, nem habitará no corpo sujeito ao pecado, porque o Espírito Santo, que a ensina, foge das ficções, e afasta-se dos pensamentos desatinados, e é expulso pela iniquidade superveniente. Ou seja, a pessoa que deixa a sua mente ficar fantasiando as coisas, essa mente faz com que a sua alma torne-se maligna, uma vez que a qualquer momento a mesma incorrerá em pecado, visto que a ficção não
  • 14. 13 deixa de ser uma mentira. E quem é o pai da mentira? João 8/ 44: Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer- lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. Ou seja, o pai da ficção é o diabo, e a pessoa que não consegue manter a sua mente focada no aqui e agora, isto é, no presente, torna-se filha do diabo, momentaneamente ou definitivamente, afastando assim o grande professor Espírito Santo, que nos ensina no presente, esfera em que Ele atua. Romanos 8/ 5-6: Porque as pessoas que vivem de acordo com a natureza humana têm a sua mente controlada por essa mesma natureza. Mas as que vivem de acordo com o Espírito de Deus têm a sua mente controlada pelo Espírito. As pessoas que têm a mente controlada pela natureza humana acabarão morrendo espiritualmente; mas as que têm a mente controlada pelo Espírito de Deus terão a vida eterna e a paz. Nós já conferimos anteriormente que a vida de Deus, ou seja, a vida eterna se manifesta no presente. Por isso aqueles que deixam o Espírito Santo controlar suas mentes têm essa vida, e automaticamente a paz. Agora, por que aqueles que têm a mente controlada pela natureza humana acabarão morrendo espiritualmente? Gálatas 5/ 19-21: As coisas que a natureza humana produz são bem conhecidas. Elas são: a imoralidade sexual, a impureza, as ações indecentes, a adoração de ídolos, as feitiçarias, as inimizades, as brigas, as ciumeiras, os acessos de raiva, a ambição egoísta, a desunião, as divisões, as invejas, as bebedeiras, as farras e outras coisas parecidas com essas. Repito o que disse: os que fazem essas coisas não receberão o Reino de Deus. A mente de uma pessoa que não está focada no presente é dominada por todas essas coisas descritas nos versículos à cima, e essas ações mencionadas pelo apóstolo Paulo, impossibilitam as pessoas de receberem o Reino de Deus. E em que lugar está o reino de Deus? Lucas 17/ 20-21: Alguns fariseus perguntaram a Jesus quando ia
  • 15. 14 chegar o Reino de Deus. Ele respondeu: Quando o Reino de Deus chegar, não será uma coisa que se possa ver. Ninguém vai dizer: Vejam! Está aqui ou está ali. Porque o Reino de Deus está dentro de vocês. Ou seja, o Reino de Deus é interno, e está dentro de nós! E em que consiste este reino? Romanos 14/ 17: Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. 1 Coríntios 4/ 20: Porque o Reino de Deus consiste não em palavras, mas em poder. Romanos 14/ 17, na Nova Tradução da Linguagem de Hoje, assim está escrito:..., mas de viver corretamente, em paz e com a alegria que o Espírito Santo dá. Ou seja, essa alegria é o Espírito Santo que produz, quando vivemos o aqui, agora, evidentemente. E o Espírito ainda produz outras virtudes, quando deixamos o Mesmo tornar-se manifesto em nós. Gálatas 5/ 22-23: Mas o Espírito de Deus produz o amor, a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade, a humildade e o domínio próprio. Nós somente experimentamos essas virtudes quando não tentamos fazer a coisa acontecer, isto é, quando não deixamos a nossa mente tomar posse das coisas que a natureza humana produz, e deixamos a coisa acontecer, isto é, deixamos o Espírito agir. E isso ocorre quando conseguimos manter a nossa mente submissa. Gálatas 5/ 16-17: Quero dizer a vocês o seguinte: deixem que o Espírito de Deus dirija a vida de vocês e não obedeçam aos desejos da natureza humana. Porque o que a nossa natureza humana quer é contra o que o Espírito quer, e o que o Espírito quer é contra o que a natureza humana quer. Os dois são inimigos, e por isso vocês não podem fazer o que vocês querem. Esses versículos deixam bem claro que não existe meio termo. Nós optamos por deixar a nossa mente solta para por em prática as coisas produzidas pela natureza humana e morremos espiritualmente, ou então deixamos o Espírito dirigir a nossa vida e desfrutamos das coisas produzidas pelo Espírito. A escolha está em nossas mãos.
  • 16. 15 Lucas 12/ 11-12: Quando levarem vocês para serem julgados nas sinagogas ou diante dos governadores e autoridades, não fiquem preocupados, pensando como vão se defender ou com que dizer. Pois naquela hora o Espírito Santo lhes ensinará o que devem dizer. Ou seja, se por ventura um cristão, for perseguido pela ala religiosa intelectual, por causa da palavra de Deus, e por esse motivo um ou outro for levado para julgamento pelos letristas, ou por outras autoridades, a ordem é não elaborar defesa antecipada. Ou seja, o mesmo deve manter a mente focada no presente. Pois assim o Espírito terá condições de no momento exato ensina-lo o que deve dizer. Agora, como Ele poderá ensina-lo se esse cristão já tem uma defesa elaborada antecipadamente? O Espírito não poderá lhe transmitir ensinamento. E a coisa vai muito, além disso. Isaías 42/ 16: Guiarei os cegos por um caminho que não conhecem, por uma estrada que eles nunca pisaram antes. A escuridão que os cerca eu farei virar luz e aplanarei os caminhos ásperos. São estas as minhas promessas, e eu a cumprirei sem falta. Quando passamos a ser guiados pelo Espírito, a princípio a impressão que temos é que estamos cegos, uma vez que não sabemos que direção tomar. No entanto, o Espírito começa nos guiar por caminhos que não conhecemos, isto é, nós começamos a praticar coisas que nunca havíamos praticados antes, e a nossa falta de conhecimento a respeito dessas práticas de repente somem, e com maestria nós começamos a por em prática essas coisas. Por isso não se surpreendam se de um momento para o outro, vocês saberem tudo de política, por exemplo, sem nunca terem um envolvimento real com a política, e isso vale para as demais coisas. Com a mente voltada para o aqui, agora, o Espírito torna-se manifesto em nossas vidas, e nós passamos a viver o extraordinário de Deus. Filipenses 4/ 6-7: Não se preocupem com nada, mas em todas as orações peçam a Deus o que vocês precisam e orem sempre com o coração agradecido. E a paz de Deus, que ninguém consegue entender, guardará o coração e a mente de vocês, pois vocês estão unidos com Cristo Jesus.
  • 17. 16 Quando estamos necessitados de alguma coisa à recomendação do apóstolo Paulo, é continuarmos com a nossa mente focada no presente. Sim. Nós devemos orar e pedir aquilo que necessitamos a Deus. Contudo, não devemos ficar com a mente focada nessa necessidade. Nós devemos orar, e esquecer-se das nossas necessidades, e o “Eu Sou”, ou seja, “Jeová Já”, o Deus do presente suprirá essas nossas necessidades. Agindo desse modo a paz de Deus guardará o nosso coração e a nossa mente em Cristo, ou seja, a paz de Deus não deixará o nosso coração, e a nossa mente procurar escape no passado ou no futuro. “E a paz de Deus que ninguém consegue entender”! Quando a nossa mente está no presente, podemos estar passando por uma grande dificuldade. No entanto, a paz de Deus continua nos envolvendo, e as demais pessoas que sabem da nossa dificuldade, olham-nos, e não conseguem entender como diante de uma situação desconfortável, nós conseguimos continuar calmos, e envolvendo a todos a nossa volta com a boa essência da paz. Isaías 40/ 28: O Senhor é o Deus Eterno, ele criou o mundo inteiro. Ele não se cansa, não fica fatigado; ninguém pode medir a sua sabedoria. Deus segue sempre no mesmo ritmo, isto é, no presente. O Mesmo não espera o atrasado, nem se apressa para alcançar as mentes apressadinhas, ou seja, Ele continua agindo no aqui, agora, e, é evidente que aquele que não está com a sua mente focada no presente fica alheio ao mover de Deus. “Ninguém pode medir sua sabedoria!” Ou seja, o mover de Deus é a sua sabedoria! E o que é a sabedoria de Deus? 1 Coríntios 1/ 24: Mas para aqueles que Deus tem chamado, tanto judeus como não judeus, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus. Portanto Jesus é a sabedoria de Deus. O mover de Deus é a sua sabedoria, e a sabedoria de Deus é Jesus Cristo. Sendo assim Jesus nunca se cansa, ou seja, Jesus continua sempre andando no presente.
  • 18. 17 E quem é Jesus Cristo? João 1/ 1: Antes de ser criado o mundo, aquele que é a Palavra já existia. Ele estava com Deus e era Deus. João 1/ 14: A Palavra se tornou um ser humano e morou entre nós... Apocalipse 19/ 13: A sua capa estava encharcada de sangue. Ele se chama A Palavra de Deus. Ou seja, Jesus Cristo é A Palavra de Deus. O mover de Deus é a sua sabedoria. A sabedoria de Deus é Jesus Cristo, e Jesus Cristo é A Palavra de Deus. Sendo assim o mover de Deus é a sua Palavra, e a sua Palavra age no presente, ou seja, Ela não se atrasa nem se adianta. Por isso sempre está no tempo certo, no local certo para executar o mover certo. Isaías 40/ 29: Aos cansados ele dá novas forças e enche de energia os fracos. Viver isso na prática é algo extraordinário. Tem momentos em que a nossa mente se rebela de vez, e passa a viajar ao passado e ao futuro de contínuo, e essa rebelião nos esgota. Contudo, quando conseguimos assumir novamente o controle, e coloca-la outra vez no presente, nós recebemos novas forças, e nós antes debilitados pela rebelião de nossa mente, novamente ficamos cheios de energia. Isaías 40/ 30-31: Até os jovens se cansam, e os moços tropeçam e caem; mas os que confiam no Senhor recebem sempre novas forças. Voam nas alturas como águias, correm e não perdem as forças, andam e não se cansam. Quando estamos com a nossa mente no presente, estamos confiando em Deus, e o tempo todo nós recebemos novas forças, e passamos a ver as circunstâncias a nossa volta lá do alto. Ou seja, elas não mais podem nos enredar, e exercemos todas as nossas funções diárias, sem perdermos as forças.
  • 19. 18 O ser humano tem a mania de querer fazer a coisa acontecer, quando na verdade deveria deixar a coisa acontecer. E de que modo nós deixamos a coisa acontecer? Ora, focando a mente no presente! Quando nossa mente está focada no aqui, agora, nós sempre estamos no local certo, na hora certa para exercer a função certa. Salmo 127/ 1: Se o Senhor Deus não edificar a casa, não adianta nada trabalhar para construí-la... Salomão afirma que uma ação apressada, isto é, fora do tempo de Deus, faz com que não venhamos a obter êxito na ação empreendida. Segunda parte do verso 1 do Salmo 127: Se o Senhor não proteger a cidade, não adianta nada os guardas ficarem vigiando. Trazendo isso para o presente. Se o Senhor não proteger o condomínio, não adianta nada a cerca elétrica e os porteiros. Deus só tem condições de nos proteger quando estamos com a nossa mente no presente. Caso contrário às situações indesejáveis vão continuar a nos atingir mesmo que de todas as maneiras venhamos a nos proteger delas. Salmo 127/ 2: Não adianta trabalhar demais para ganhar o pão, levantando cedo e deitando tarde, pois é Deus quem dá o sustento aos que ele ama, mesmo quando estão dormindo. Esses dois versículos mostram o ser humano tentando fazer a coisa acontecer. Contudo, o mesmo não chega a lugar nenhum, e a lição que fica para nós é: deixar a coisa acontecer. Eclesiastes 3/ 1: Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem sua ocasião. Quando a nossa mente está focada no presente, ou seja, quando deixamos a coisa acontecer, nós nos tornamos conhecedores do tempo. Sabedores da melhor ocasião para efetuar as coisas. Já com aqueles que tentam fazer as coisas acontecerem, as situações são bem diferentes. Salmo 37/ 1-2: Não se aborreça por causa dos maus, nem tenha inveja dos que praticam o mal. Pois eles vão desaparecer logo como erva que seca; eles morrerão como as plantas, que murcham. A pessoa que tenta fazer a coisa acontecer torna-se um praticante do
  • 20. 19 mal, uma vez que nesse tipo de ação sempre se invade o espaço de outros, isto é, a área de ação de outros. É bem verdade que na maioria das vezes, com esse tipo de ação se consegue bom êxito. No entanto o verso 2 deixa bem claro que é um êxito temporário. Duma hora para a outra o bom êxito desaparecerá como erva que seca. Morrerá como as plantas que murcham, ou seja, o mesmo irá à bancarrota aos poucos, isto é, como erva que seca. Quando se arranca a erva de um campo, ela não seca-se de imediato. Ela vai secando lentamente, e, é isso o que ocorre com aqueles que tentam fazer com que a coisa aconteça. A s ações dessas pessoas sempre nos aborrecem. No entanto, a sugestão é não nos aborrecermos com esses maus, nem ter inveja por eles conseguirem muitas coisas antes mesmo de sonharmos em tê-las. Porém está escrito que eles perderão tudo aos poucos. Salmo 37/ 3: Confie em Deus, o Senhor, faça o bem e assim more com toda a segurança na Terra Prometida. Quando estamos com a mente focada no aqui, agora, estamos confiando em Deus. E quando fazemos o bem, isso quando surge oportunidade, nós passamos a morar com toda a segurança no descanso do Senhor. Salmo 37/ 4: Que a sua felicidade esteja no Senhor! Ele lhe dará o que o seu coração deseja. O presente trás essa felicidade, uma vez que Deus atua no presente, e com a nossa mente focada no aqui, agora, nós damos condições para o Senhor dar aquilo que o nosso coração deseja. Salmos 37/ 5-6: Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará. E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia. Com a nossa mente focada nas coisas que existe ou ocorre na atualidade, como já disse antes, nós estamos confiando em Deus, e essa confiança fará com que Ele nos ajude, fazendo com que aquelas nossas necessidades brilhem como o sol do meio-dia. Ou seja, Deus fará com que compreendamos o porquê dessas necessidades, e também nos dará o conhecimento, a sabedoria e a habilidade para saná-las.
  • 21. 20 1 Samuel 22/ 3: Dali passou Davi a Mispa de Moabe e disse ao seu rei: Deixa estar meu pai e minha mãe convosco, até que eu saiba o que Deus há de fazer de mim. Davi vivia um dia de cada vez, ou seja, vivia com a mente focada no presente. Salmo 23/ 1: O senhor é o meu pastor; nada me faltará. Somente quem vive o presente pode afirmar que Deus é o seu pastor. “Nada me faltará”. Isto é, habilidade alguma lhe faltaria para vencer as dificuldades de cada dia. Salmo 23/ 2: Ele me faz repousas em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso. Esvaziar a mente, e foca-la no presente nos trás uma grande sensação de paz. Por isso o salmista afirma que o Senhor lhe fazia repousar em pastos verdejantes. “Leva-me para junto das águas de descanso”. Não somos nós que vamos, mas sim Deus que nos conduz para junto das águas de descanso, e isso só é possível quando vivemos o presente. Salmo 23/ 3: Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome. Quando Davi diz “guia-me”, ele deixa bem claro que vivia o aqui, agora. Isaías 43/ 18: Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas. Quem gosta de passado é museu! Não é esse o adágio? Ao trazermos à memória coisas do passado, nós saímos da realidade, que é o presente, e mergulhamos num oceano fictício, uma vez que o passado é apenas uma imagem gravada na mente. “Nem considereis as antigas”. Nós não devemos mais dar importância às coisas que aconteceram em nossas vidas no passado. Isaías 43/ 19: Eis que faço coisa nova, que está saindo à luz; porventura não o percebes? Você não está vendo a luz? Você não está percebendo coisa nova em sua vida?
  • 22. 21 Coloque a mente no presente que certamente você verá coisas extraordinárias. Eu costumo dizer que o passado é uma verdade que se transformara em mentira. O futuro sem o que há ou ocorre na atualidade não existe. Já o presente tem contido em si a graça de Deus. É no presente que as coisas acontecem! Lucas 23/ 43: Jesus lhe respondeu: Eu garanto: Hoje você estará comigo no paraíso. Existe uma seita que afirma que este versículo está errado. Que o certo seria: Eu garanto hoje, que estará comigo no paraíso! Eu não concordo. Acredito que o verso correto é exatamente como está escrito, com o Senhor Jesus falando no presente! Hebreus 3/ 7: Assim, como diz o Espírito Santo: Hoje, se vocês ouvirem a sua voz. Não amanhã nem depois, mas sim hoje! Hebreus 3/ 13: Ao contrário, encorajem-se uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama "hoje", de modo que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado. Se o cristão deixar a mente absolta o mesmo corre o risco de ser endurecido pelo engano do pecado. Por isso a recomendação é mantê-la focada no hoje, ou seja, no presente! Hebreus 4/ 7: Por isso Deus estabelece outra vez um determinado dia, chamando-o "hoje", ao declarar muito tempo depois, por meio de Davi, de acordo com o que fora dito antes: "Se hoje vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração". Ou seja, o dia escolhido pelo Senhor é “hoje”, isto é, o presente. Deus age no hoje, no presente! Romanos 11/ 5: Assim, hoje também há um remanescente escolhido pela graça. Este remanescente existe no presente, e não no passado ou no futuro! 2 Coríntios 6/ 2: Pois ele diz: "Eu o ouvi no tempo favorável e o socorri no dia da salvação”. Digo que agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação! A nossa salvação está assegurada no hoje, ou seja, no presente!
  • 23. 22 Mateus 6/ 34: Por isso, não fiquem preocupados com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã trará as suas próprias preocupações. Para cada dia bastam as suas próprias dificuldades. O ser humano fora criado para pensar e viver o presente, e não o futuro, uma vez que o futuro a Deus pertence, ou seja, o hoje pertence ao homem, o amanhã a Deus. No entanto, a humanidade como um todo vive com a mente focada no porvir. Na realidade, o sistema capitalista que hoje impera fora criado, e, é regido por mentes futuristas que lutam o tempo todo para fazer a coisa acontecer, quando na verdade deveriam deixa-la acontecer! Tiago 4/ 13-14: Agora escutem vocês que dizem: Hoje ou amanhã iremos a tal cidade e ali ficaremos um ano fazendo negócios e ganhando muito dinheiro! Vocês não sabem como será a sua vida amanhã, pois vocês são como uma neblina passageira, que aparece por algum tempo e logo depois desaparece. A Parábola do Rico Insensato corrobora com isso que Tiago fala. Lucas 12/ 16-21: E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância; e arrazoava ele entre si, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos. E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; e direi a minha alma: Alma tem em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco! Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus. É claro que não é errado fazer planos para o futuro. O que é errôneo é ignorar a interferência de Deus no porvir! Lucas 12/ 6-7: Não se vendem cinco passarinhos por dois ceitis? E nenhum deles está esquecido diante de Deus. E até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Deus exerce controle até mesmo nas mínimas coisas! Tiago 4/ 15: Em lugar disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo.
  • 24. 23 É claro que devemos fazer planos para nosso futuro, mas com consciência plena de que o Senhor está no leme da nau do tempo vindouro! Tiago 4/ 16: Mas agora vos jactais das vossas presunções; toda jactância tal como esta é maligna. Quando deixamos de lado esta verdade, e nos vangloriamos de nossas ambições, ignorando a interferência de Deus no porvir, nossa vanglória vem do maligno e não do Senhor!
  • 25. 24
  • 26. 25 O JUGO DE CRISTO Em Mateus 11/ 29-30, Jesus assim diz: Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. Mas qual é o jugo de Cristo? Antes de responder esta pergunta é preciso esclarecer o seguinte: Apocalipse 19/13 nos informa de que Jesus é a palavra de Deus, e o evangelho segundo João 1/1 nos declara que no princípio era o Verbo, isto é, a palavra, e o Verbo estavam com Deus, e o Verbo era Deus, ou seja, Jesus é Deus. Elucidado este ponto, vamos ver qual é o jugo de Cristo! Lamentações 3/ 27-28: Bom é para o homem suportar o jugo na sua mocidade. Assentar-se solitário e ficar em silêncio; porquanto esse jugo Deus pôs sobre ele. Este é o jugo que devemos tomar agarrar, pôr sob nosso domínio. No tocante ao assentar-se, Efésios 2/6 nos declara que, nós estamos assentados nos lugares celestiais em Cristo Jesus. Já com alusão ao termo solitário, podemos inseri-lo no contexto de abnegação, desapego aos pensamentos e aos sentimentos relacionados às coisas ao nosso redor e a nós mesmos. Para fundamentar isto, vamos nos reportar a Lucas (9/23): Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Ainda em Lucas (14/33): Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo. Para completar, vamos conferir o que nos diz Cristo em Mateus (10/37): Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim. Já com referência ao ficar em silêncio, é bom salientar de que ficar em silêncio não é somente permanecer de boca fechada. Isso também implica em colocar-se em estado de quem se cala mentalmente. Muitas vezes a boca de muitas pessoas não profere palavra alguma, no entanto, as suas mentes é um turbilhão, é vórtice. Uma grande leva de
  • 27. 26 pensamentos perturba profundamente, consomem ou subvertem a paz interior das mesmas. Porém, quando elas deixam o Espírito Santo manifestar-se com o domínio próprio, todos esses pensamentos são deletados e o silêncio mental passa a imperar. Incutindo o silêncio à mente, cada uma das faculdades de receber impressões exteriores (visão, audição, olfato, paladar, e tato), torna-se mais aguçadas. A pessoa detentora do silêncio mental vê beleza em coisas simples, que outrora passavam completamente despercebidas aos seus olhos. O sentido do cheiro, assim como o gosto, o sabor, e o sentido pelo qual percebemos as sensações de extensão, consistência e temperatura, têm uma melhora considerável... Quando nos assentamos solitário e em silêncio, então temos a capacidade de aprender de Cristo. O interessante é que, quanto mais nos desapegamos dos pensamentos e dos sentimentos relacionados às coisas ao nosso redor e a nós mesmos, mais Deus fala e efetua em nós o querer e o realizar Filipenses 2/13. Com o objetivo de elucidar um pouco mais este assunto, vamos percorrer há história do patriarca Abraão. Em Gênesis 12/1 o Senhor diz ao então Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei. A recomendação era deixar toda a sua parentela, no entanto, Abraão saíra com o seu sobrinho Ló a tiracolo. É evidente que isto visto a luz dos sentimentos, continua sendo compreensível. Seguramente Ló, via em seu tio, o pai que havia perdido, e, Abraão, para não magoá-lo, não ferir seus sentimentos, movido pelo sentimento de compaixão, desobedecera em parte à ordem de Deus, permitindo que seu sobrinho o acompanhasse. Gênesis 12/4: Partiu, pois, Abrão, como lhe ordenara o Senhor, e Ló foi com ele. O verso dá a entender de que foi Ló, que se dispôs antecipadamente a segui-lo, e Abraão, dando vazão aos sentimentos, consentira, desobedecendo em parte à ordem de Deus, e o resultado disso, nós encontramos em Gênesis (12/7): Darei à tua descendência esta terra. Agora vamos ver o que está escrito em Gênesis (13 /14,15): Disse o Senhor a Abrão, depois que Ló se separou dele: Ergue os olhos e olha
  • 28. 27 desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente; porque toda essa terra que vês, eu te darei, a ti e à tua descendência, para sempre. Só uma curta regressão, antes de continuarmos. No versículo (1) de Gênesis (13), assim está escrito: Saiu, pois, Abrão do Egito para o Neguebe, ele e sua mulher e tudo o que tinha, e Ló com ele. Ló sentia-se seguro na companhia de seu tio, e esse sentimento de segurança é que o levava a persistir em acompanhá-lo, e por sua vez, Abraão não fazia o que era certo, isto é, não pedia para seu sobrinho afastar-se dele, visto que estava prejudicando-o. As Escrituras nos afirmam: tudo é possível ao que crê não ao que sente, e aqueles que se deixam guiar pelos sentimentos, visam sempre os seus próprios interesses, que era o caso de Ló. Talvez o seu seja o sentimento de dependência, ou então de detenção de alguém com o intento de tê-lo somente para si, e isso está sufocando esse alguém, prejudicando o seu dia a dia. Se esse for o seu caso, meu amigo, minha amiga, deixe o Espírito Santo deletar, apagar, jogar fora esses sentimentos prejudiciais ao próximo, assim como a si mesmo. Já com alusão ao patriarca dos judeus, seguramente o mesmo tinha consciência de que precisava se separar de seu sobrinho. Mas como dizer isso a ele sem ferir seus sentimentos? Quantas e quantas vezes isso ocorre conosco. O Espírito nos impulsiona a deixar determinado trabalho, que é lícito, contudo, não é do agrado de Deus. Impulsiona-nos a sair de certo círculo de amizade, que está nos contaminando, nos corrompendo, ou até mesmo sair de um namoro que está tomando um rumo que não é compatível com os padrões bíblicos. No entanto, o sentimentalismo nos leva a dizer para nós mesmos: Se eu sair desse emprego, aonde encontrarei outro? Se eu cortar as relações com ela ou com ele, sem sombra de dúvida, os mesmos ficaram contristados, magoados comigo! E assim aquele emprego, aquele círculo de amizade, e o namoro que está tomando um rumo incompatível com os padrões bíblicos, continuam nos prejudicando, nos impedindo de progredir espiritualmente. A mesma coisa estava ocorrendo com Abraão, e fora preciso uma altercação, entre os pastores do rebanho de seu sobrinho e
  • 29. 28 os seus, para que o mesmo tomasse a atitude correta. Gênesis 13/ 7-8: Houve contenda entre os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Ló. Nesse tempo os cananeus e os ferezeus habitavam essa terra. Disse Abrão a Ló: Não haja contenda entre mim e ti e entre os meus pastores e os teus pastores, porque irmãos somos. Antes de seguirmos em frente, é bom fazer uma observação de curta duração. Assim como houvera contenda entre os pastores do gado de Abraão e os pastores do gado de Ló, no tempo em que os cananeus e outros povos habitavam aquela terra, é comum ver no nosso tempo: pastores dessa e daquela igreja, altercando entre si, enquanto os cananeus e os ferezeus continuam habitando a terra. E a religiosidade que os envolve, aprisionando mais e mais pessoas no embuste do esoterismo, budismo, monoteísmo, ateísmo, e em tantos outros ismos, e os irmãos em Cristo, ao invés de tentar tirá-los do engodo, ficam altercando entre si, dizendo que a sua igreja é a melhor. Dito isso retornaremos ao verso (8) de Gênesis (13), acrescentando ao mesmo o versículo (9): Disse Abrão a Ló: Não haja contenda entre mim e ti e entre os meus pastores e os teus pastores, porque irmãos somos. Acaso, não está diante de ti toda a terra? Peço-te que te apartes de mim; se fores para a esquerda, irei para a direita; se fores para a direita, irei para a esquerda. Como podemos conferir nos versos seguintes, Ló escolhera para si toda a campina do Jordão e partiu para o Oriente; separaram-se um do outro. Recapitulando o que já vimos no capítulo 13/ 14-15 de Gênesis. O que dissera o Senhor a Abraão, depois que Ló se separara dele? Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente; porque toda essa terra que vês, eu te darei, a ti e à tua descendência, para sempre. O sentimento de apego de Ló constituía-se num atrapalho ao seu tio. Tanto é verdade que depois que houvera a separação a promessa que somente era para a posteridade de Abraão, passara a ter validade também para os seus dias, visto que diz: Porque toda essa terra que vês,
  • 30. 29 eu te darei. Meu irmão, minha irmã, mire-se no exemplo negativo do sobrinho de Abraão, e não seja um Ló na vida de sua esposa. Não seja um Ló na vida de seu marido. Não seja um Ló na vida de seus filhos, netos, pais, avós, tios... O que estou falando, não se deve tomar como pretexto para o homem chegar a casa e espezinhar, maltratar a esposa e os filhos, nem abdicar dos mesmos. E o que é válido para o homem, também é válido para a mulher e os filhos... A grande verdade é que, quando nos desapegamos das coisas materiais, e renunciamos os sentimentos relacionados às coisas a nossa volta e a nós mesmos, nós ouvimos a voz de Deus, e além de aprendermos de Cristo, nós damos condições para o Espírito Santo manifestar-se com o amor. E o que o apóstolo Paulo nos diz a respeito do amor, em 1 Coríntios 13/4-7: O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana. Não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera. Não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Aqueles que têm o amor latejando, em contínua pulsação em seu coração, são resignados, conformado com os sofrimentos ou as provações que vez por outra surgem na vida. Compraz-se em fazer o bem, é benévolo, agradável, não alimenta o sentimento e a manifestação da apreensão provocada pelo receio de perder o objeto amado. Não se envaidece, não é arrogante, altivo, nem demonstra orgulho, quando Deus o tira dos sofrimentos e das provações, e o engrandece com uma grande benção. Sempre é conveniente, respeita o decoro. Não se aproxima das pessoas com segundas intenções, ou seja, com o intento de corresponder às exigências do seu próprio interesse. Não costuma irritar-se, enfurecer-se, exacerbar-se. Não é de o seu feitio magoar-se profundamente, lembrar-se de ofensa, nem tão pouco alegrar-se com as desgraças alheias. O mesmo tem grande alegria ao servir a Deus. Quando é ofendido não revida, sempre vê e procura passar adiante a virtude, isto é, a boa qualidade moral das pessoas, e não os seus defeitos. No momento em que experimentamos o amor produzido pelo Espírito, nós compreendemos perfeitamente o que Jesus diz em Marcos
  • 31. 30 10/ 29-30: Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, irmãos, irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos por amor de mim e por amor do evangelho, que não receba, já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna. No amor nós ignoramos a imperfeição dos nossos semelhantes, e nos fixamos em suas qualidades. Por isso o esposo tem muito mais esposa, e a esposa muito mais esposo, e muito mais filhos, irmãos, irmãs, pai e mãe, uma vez que procura ver, somente as suas qualidades, e não seus defeitos... No amor, além de também darmos valor às pequenas coisas, nós não mais agimos de acordo com os nossos sentimentos e pensamentos, mas sim de acordo com o que é certo. Um exemplo disso está em Lucas (5/ 4,5) onde Cristo ordena a Simão Pedro: Faze ao largo, e lançai as vossas redes para pescar. Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes. Isto fazendo, apanharam grande quantidade de peixes; e rompiam sê-lhes as redes. Sem sombra de dúvida, Simão Pedro, sentia necessidade de dormir, sentia-se extenuado, extremamente cansado, esgotado completamente, visto que tinha trabalhado a noite toda, e seguramente tudo o que queria era ir para casa, tomar um banho e cair no sono. Contudo, ele ignorara o que sentia e agira de acordo com a palavra de Jesus, e fora abundantemente recompensado por isso. Só uma curta ressalva: guerras, intrigas, perseguições, preconceito racial, por exemplo, e tantas outras coisas semelhantes a estas, procederam e procedem dos sentimentos. Ainda com referência ao amor, no verso (8) de Gênesis (13), ao qual já conferimos anteriormente, Abraão, assim dissera a Ló: Não haja contenda entre mim e ti e entre os meus pastores e os teus pastores, porque irmãos somos. Na tradução Almeida, Revista e Atualizada, no final deste verso, está escrito o seguinte: Porque somos parentes chegados. No entanto, como o patriarca dos judeus procurava andar o tempo todo em amor e pela fé, e não pelo que sentia, pensava e via, ficaremos com o que diz a Almeida, Versão Revista e Corrigida: Porque irmãos
  • 32. 31 somos. Ou seja, o pai de todos os que creem Romanos 4/11, isto é, Abraão, pelos olhos da fé, via em Ló um irmão. E quando ouvira que o mesmo estava preso, em amor fizera o que era certo. Não temera a superioridade numérica dos raptores de Ló, visto que no amor não existe medo. Antes, o perfeito amor lança fora o medo 1 João 4/18, armara os seus criados nascidos em sua casa, trezentos e dezoito, e perseguira-os, e dividira-se contra eles de noite, ele e os seus criados, e os ferira, e os perseguira até Obá, que fica à esquerda de Damasco. E tornara a trazer toda a fazenda e tornara a trazer também a Ló, seu irmão, e a sua fazenda, e também as mulheres, e o povo Gênesis 14/ 14-15. Vamos dar uma paradinha no versículo (14), que nos atrai a atenção pelo seguinte fato: Abraão armou os seus criados, nascidos em sua casa, trezentos e dezoito. Numa significação um tanto mais profunda, compreendemos que a casa de Abraão, era a promessa que o mesmo havia recebido de Deus. Já no tocante aos trezentos e dezoitos, eram, eles, as habilidades nascidas desta promessa. Êxodo 35/30-35: Disse Moisés aos filhos de Israel: Eis que o Senhor chamou pelo nome a Bezalel..., e o Espírito de Deus o encheu de habilidade, inteligência e conhecimento em todo artifício, e para elaborar desenhos e trabalhar em ouro, em prata, em bronze, e para lapidação de pedras de engaste, e para entalho de madeira, e para toda sorte de lavores. Também lhe dispôs o coração para ensinar a outrem, a ele e a Aoliabe... Encheu-os de habilidade para fazer toda obra de mestre, até a mais engenhosa. Quando Deus chama alguém para determinada obra, isto é, para fazer parte de determinado projeto, que no caso de Abraão, era fazê-lo uma grande nação, o Espírito Santo enche-o de habilidade, inteligência e conhecimento para pôr em prática, executar esta obra, este projeto. Fora este fator preponderante que fizera Abraão praticar a ação de investir contra a Quedorlaomer e os reis que estavam com ele Gênesis 14/17, e saísse vitorioso. Resumindo - Abraão usara as habilidades, a inteligência e o conhecimento que havia nascidos da promessa que tinha recebido de Deus, para resgatar a seu irmão, o também justo Ló 2 Pedro 2/7. Já,
  • 33. 32 dentro de uma visão religiosa, compreendemos que os trezentos e dezoito criados de Abraão, nascidos em sua casa, eram aqueles que haviam nascidos debaixo de sua unção. Vamos fazer uma suposição a respeito disso: determinada denominação tem quinhentos pregadores. Trezentos deles foram instituídos pregadores dentro dessa denominação, e duzentos, foram contratados de outras denominações. Os trezentos jamais retrocedem, seguem firme em suas posições, servindo a sua igreja de acordo com o entendimento de seu líder, nunca se rebelando contra a autoridade instituída por Deus. Já os duzentos contratados, embora tementes a Deus, e respeitando a autoridade instituída por Ele, não podem servi-la de coração, porque lá na essência ou ponto essencial, lá no íntimo desses duzentos, há outro fundamento, vinculado as suas respectivas denominações de origem, e surgindo o revés, a adversidade e a contrariedade, dentro da denominação, a tendência é abandoná-la. Consciente disso Abraão armou somente os seus criados nascidos em sua casa. Pois sabia que esses não retrocederiam, não voltariam para trás, coisa que poderia ocorrer com os seus servos originários de outras casas; sim, porque é evidente que o mesmo tinha muito mais servos. Não tirem conclusões precipitadas, impensadamente ao meu respeito. Pois não tenho nada contra um pastor formado em uma denominação, ir trabalhar em outras. Ao contrário. Tenho por feliz, o pregador que Deus concede o privilégio de transitar em várias denominações, lhe concede o privilégio de viver no Evangelho e do Evangelho, e isso é bíblico. 1 Coríntios 9/ 14: Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho. Na verdade eu estou falando neste momento, aos pregadores que têm a vantagem ou exceção concedida por Deus, para pregar a palavra em outras denominações. Esses sabem do que estou falando. Vamos retornar ao livro de Gênesis 14, e seguir do verso 17 ao 23: Após voltar Abrão de ferir a quedorlaomer e aos reis que estavam com ele, saiu-lhe ao encontro o rei de Sodoma no vale de Savé, que é o vale do Rei. Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo... E de tudo lhe deu Abrão o dízimo. Então, disse o rei de Sodoma a Abrão: Dá-me as pessoas, e os bens
  • 34. 33 ficarão contigo. Mas Abrão lhe respondeu: Levanto a mão ao Senhor, o Deus Altíssimo, o que possui os céus e a terra, e juro que nada tomarei de tudo o que te pertence, nem um fio, nem uma correia de sandália, para que não digas: Eu enriqueci a Abrão. Nesta terra andara somente um ser humano perfeito, ao qual fora Jesus Cristo. Os que vieram antes de nós, assim como nós, vez por outra escorregaram e pecaram algumas vezes consciente, outras não, e com Abraão não fora diferente. Para exemplificar podemos citar Gênesis 12/10. Abraão abandonara a promessa de Deus, e descera ao Egito, que simboliza o mundo. Contudo, no caso do dízimo dado a Melquisedeque, rei de Salém, que mais tarde recebera outras duas sílabas na frente, tornando-se Jerusalém, Abraão mostrara já ter domínio próprio, discernimento, e desprendimento as coisas materiais. Logo após este feito, dissera-lhe o rei de Sodoma: Dá-me as pessoas, e os bens ficarão contigo. Provérbios 19/2 nos diz que não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado. Seguramente se fosse um cristão que até então se alimentasse de leite, ou seja, que fosse inexperiente na palavra da justiça, Hebreus 5/13 sem refletir maduramente sobre a proposta, sem pesar os prós e os contras, tomaria posse dos bens do rei de Sodoma, e acreditando ter recebido uma grande benção diria: Acabei de dar o dízimo, e Deus, de imediato me retribuiu abundantemente mais, e teria pecado. Porém, Abraão, ponderara, e dando prova de que não tinha mais apego as coisas materiais, não aceitara os bens daquele monarca, chegando à conclusão de que o mesmo sairia dizendo: Eu enriqueci o então Abrão. E a demonstração de desapego às coisas materiais, trouxera algum benefício a Abraão? Sim! Lembra-se que anteriormente nós conferimos que, quando nos desapegamos das coisas materiais, e renunciamos os sentimentos relacionados às coisas a nossa volta e a nós mesmos, entre outras coisas, nós ouvimos a voz de Deus!? Fora isso o que ocorrera com Abraão. Gênesis 15/1: Depois destes acontecimentos, veio à palavra do Senhor a Abrão, numa visão, e disse: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande.
  • 35. 34 E o que acontece nos versículos seguintes, é uma interação entre Abraão e Deus, que lhe promete um filho. Como mencionei antes, somente houvera um homem perfeito aqui nesta terra, o qual fora o Senhor Jesus Cristo. Os demais, incluindo, obviamente, nós, filhos da promessa, como Isaque Gálatas 4/28, vez por outra erramos, e com Abraão não fora diferente. No capítulo 16 de Gênesis, o mesmo acolhe uma sugestão da então Sarai, e sem consultar a Deus põe em prática a insinuação da esposa, e tem relação com a sua serva Agar, gerando Ismael, que nascera segundo a carne, Gálatas 4/23, isto é, nascera do desejo da carne. Porém, como este assunto não nos interessa no momento, vamos deixá-lo de lado e seguir em frente. No capítulo 17 de Gênesis, Deus muda o nome de Abrão, para Abraão, e o de Sarai, para Sara, e lhe promete Isaque. Abraão já era idoso, quando lhe nascera Ismael. Portanto não é difícil deduzir de que, ele o amava muito, e era extremamente apegado ao mesmo, e isso fica claro em Gênesis 17/18: Disse Abraão a Deus: Tomara que viva Ismael diante de ti. O que veio a ser o pai de todos os que creem Romanos 4/11, tinha plena convicção de que precisaria desapegar-se dos sentimentos relacionados ao seu filho Ismael. O qual havia nascido segundo a carne, para acolher a Isaque, que haveria de nascer mediante a promessa, Gálatas 4/ 23, e isso não lhe causara agrado. Por isso tentara barganhar com Deus: Tomara que viva Ismael diante de ti. Mas como não há barganha com Deus, Deus lhe respondeu: De fato, Sara, tua mulher, te dará um filho, e lhe chamarás Isaque, Gênesis 17/19. Gênesis 21/ 8-12: Isaque cresceu e foi desmamado. Nesse dia em que o menino foi desmamado, deu Abraão um grande banquete. Vendo Sara que o filho de Agar, a egípcia, o qual ela dera à luz a Abraão, caçoava de Isaque, disse a Abraão: Rejeite essa escrava e seu filho; porque o filho dessa escrava não será herdeiro com Isaque, meu filho. Pareceu isso mui penoso aos olhos de Abraão, por causa de seu filho. Disse, porém, Deus a Abraão: Não te pareça isso mal por causa do moço e por causa da tua serva; atenda a Sara em tudo o que ela te
  • 36. 35 disse; porque por Isaque será chamada a tua descendência. Para complementar, vamos conferir o verso 14: Levantou-se, pois, Abraão de madrugada, tomou pão e um odre de água, pô-los às costas de Agar, deu-lhe o menino e a despediu. Imaginem o quão difícil fora para Abraão, ter que ignorar os sentimentos relacionados a Ismael, e se ver obrigado a mandá-lo embora? No entanto, isso não é tudo. Talvez Abraão tenha dito para consigo mesmo: Tudo, bem! Ismael nasceu do desejo da minha carne. Por isso, mesmo a contragosto, ignorarei o que sinto por ele. Já Isaque é o filho da promessa. A este eu posso me apegar sentimentalmente com toda a força que ainda me resta! Se fora essa a conclusão que chegara o mesmo, enganara-se redondamente. Gênesis 22/ 1-2: Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei. Quando Deus disse teu único filho, Isaque deixara bem claro que Ismael, que havia nascido segundo a carne, para Ele, era como se não existisse. Por isso é bom tomar muito cuidado, meus irmãos. Para Deus, tudo o que se produz segundo a carne, é como se não existisse. Portanto façam uma breve reflexão, e vejam se suas obras são ações da carne, ou, deveras, é Deus que efetua em vós tanto o querer como o realizar, Filipenses 2/13. Porque se não é Deus, o seu querer e o seu realizar, estão fadados ao fracasso, e não adianta clamar ao Senhor. Pois como acabamos de ver, para Deus, o querer e o realizar segundo a carne, são como não ter existência real. Bem! Abraão, esperando contra a esperança, ousara crer, e sem enfraquecer na fé, embora levasse em conta o seu próprio corpo amortecido, sendo já de cem anos, e a idade avançada de Sara, não duvidara, por incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortalecera dando glória a Deus, estando plenamente convicto de que Ele era poderoso para cumprir o que prometera Romanos 4/18-21, e deveras Deus cumpriu. Isaque era uma realidade física.
  • 37. 36 No entanto, de repente, Deus mandara Abraão oferecê-lo em holocausto, ou seja, de uma hora para outra, Deus mandara-o, desapegar-se por completo dos sentimentos relacionados ao filho da promessa, e por meio do fogo deletar, apagar, reduzir a cinzas o seu corpo físico, o qual alimentava esses sentimentos. Como era temente a Deus, Abraão obedeceu-O, e se desapegara sentimentalmente, também do seu filho Isaque, e o desapego fora tanto que o mesmo só não o oferecera em holocausto, porque lhe bradara o Anjo do Senhor, Gênesis 22/ 10-11. Como vimos anteriormente, quando nos desapegamos aos sentimentos relacionados às coisas a nossa volta, além do Espírito Santo manifestar-se com o amor, e ouvirmos a voz de Deus, e aprendermos de Cristo, as nossas orações são ouvidas. Gênesis 22/ 20-23: Passadas essas coisas, foi dada notícia a Abraão, nestes termos: Milca também tem dado à luz filhos a Naor, teu irmão. Uz, o primogênito, Buz, seu irmão, Quemuel, pai de Arã, Quésede, Hazo, Pildar, Jidlafe e Betuel gerou a Rebeca; estes oito deu à luz Milca a Naor, irmão de Abraão. Primeiramente, Abraão, em oração, pedira a Deus, uma mulher, dentre os seus familiares, para ser esposa do seu filho Isaque. Em seguida pedira ao Senhor, que lhe trouxesse notícia dos mesmos, só que ela não chegava. E por que não chegava? Porque o mesmo estava completamente apegado aos sentimentos, especificamente relacionados à Isaque. Porém, quando os deletara, ou seja, se desapegara desses sentimentos, a notícia fora dada. E quem é a última pessoa mencionada no relato trazido a Abraão? Isso, mesmo: Rebeca. E Deus lhe dera a palavra, declarando que a mesma era a moça predestinada a ser esposa de seu filho. Nós podemos claramente evidenciar isso, em Gênesis 24/ 50-51: Isto procede do Senhor, nada temos a dizer fora da sua verdade. Eis Rebeca na tua presença; toma-a e vai-te; seja ela a mulher do filho do teu senhor, segundo a palavra do Senhor. O Senhor Jesus Cristo nos declara em João 17/17, de que a palavra de Deus é a verdade. E, em 2 Coríntios 13/8, o apóstolo Paulo nos diz
  • 38. 37 que, nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade. Ou seja, nada podemos contra a palavra, senão em favor da própria palavra. Vamos novamente ao livro de Gênesis 24/50, onde assim responderam Labão e Betuel ao servo de Abraão: Isto procede do Senhor, nada temos a dizer fora da sua verdade. Ou seja, nada temos a dizer fora da sua palavra. Os mesmos não tinham argumento para segurar Rebeca, e não deixá-la ir ter com Isaque, e tornar-se sua esposa. Por isso foram obrigados, assim, responder no verso 51: Eis Rebeca na tua presença; toma-a e vai-te; seja ela a mulher do filho do teu senhor, segundo a palavra do Senhor. Voltando ao tema principal. Abraão fora obrigado a desapegar-se sentimentalmente, até mesmo de Isaque, o filho da promessa, para poder, assim, andar livre, leve e solto, completamente entregue nas mãos do Senhor, dando totais condições a Deus de dirigi-lo. Em Hebreus 6/1, a recomendação é pormos de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, e deixarmos nos levar para o que é perfeito. O patriarca dos judeus deixara-se levar para o que é perfeito. A base para crer nisso, é encontrada em 2 Coríntios 7/29-31: Isto, porém, vos digo, irmãos: o tempo se abrevia; o que resta é que não só os casados sejam como se não fossem; mas também os que choram, como se não chorassem; e os que se alegram, como se não se alegrassem; e os que compram, como se nada possuíssem; e os que se utilizam do mundo, como se dele não usassem. Abraão tinha irmão e sobrinhos, mas era como se não os tivessem. Tinha esposa, mas era como se não a tivesse. Tinha filhos, contudo era como se não os tivessem. Segundo o apóstolo Paulo, o tempo se abrevia. Por isso, meus irmãos, a partir desse momento passem a agir segundo Abraão agia, e comece mais e mais a ignorar os sentimentos relacionados às coisas ao seu redor. Pois, agindo deste modo, além do Espírito Santo manifestar- se com os seus frutos, mais e mais Deus efetua em vós o quere e o realizar. Esta é uma das condições para que Deus possa operar poderosamente em nosso favor.
  • 39. 38
  • 40. 39 REIS, SENHORES E SACERDOTES Na primeira carta a Timóteo 6/ 15, Paulo, o apóstolo dos gentios afirma que Jesus Cristo é o único Soberano, o Rei dos reis, e Senhor dos senhores! Mas, quem são estes reis e senhores? Será que são os líderes das grandes potências econômicas, e das grandes denominações religiosas, ou então os astros dos esportes ou da sétima arte? Apocalipse 1/ 5-6: E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém. Ou seja, estes reis, senhores e sacerdotes são aqueles que aceitaram Jesus Cristo como Senhor e Salvador! E como é este Reino do qual estou falando? É um Reino que não pode ser abalado, ou seja, é firme, constante, inquebrantável. É isso que nos garante Hebreus 12/ 28. Este Reino é tangível, se pode tocar ou apalpar? Lucas 17/ 20-21: Alguns fariseus perguntaram a Jesus quando ia chegar o Reino de Deus. Ele respondeu: — Quando o Reino de Deus chegar, não será uma coisa que se possa ver. Ninguém vai dizer: “Vejam! Está aqui” ou “Está ali”. Porque o Reino de Deus está dentro de vocês. Ou seja, no Reino de Deus todo o cristão é um rei, senhor e sacerdote. Este Reino é interno, em razão disso não é tangível. E em que consiste este Reino? 1 Coríntios 4/ 20: Pois o Reino de Deus não é coisa de palavras, mas de poder. Romanos 14/ 17: Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. É claro que nós, não só podemos como devemos alargar os limites deste Reino nos arraigando nos frutos do Espírito Santo. Gálatas 5/ 22: Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Para compreendermos um pouco mais a nossa condição de rei,
  • 41. 40 senhor e sacerdote, e em que situação poderemos os exercer nossa autoridade, vamos nos dirigir ao livro de Josué. Josué 1/ 1-5: Depois que Moisés, servo do Senhor, morreu, Deus disse ao ajudante de Moisés, chamado Josué, filho de Num: — O meu servo Moisés está morto. Agora você e todo o povo de Israel se preparem para atravessar o rio Jordão e entrar na terra que vou dar a vocês. Como disse a Moisés, eu lhes darei toda a terra que pisarem. Os limites dessa terra serão os seguintes: ao sul, o deserto; e, ao norte, os montes Líbanos; a leste, o grande rio Eufrates e toda a terra dos heteus; e, a oeste, o mar Mediterrâneo. Você nunca será derrotado. Eu estarei com você como estive com Moisés. Nunca o abandonarei. É bom enfatizar de que, em todo o lugar aonde o peixe ir, este lugar Deus tem dado ao peixe. Todavia, isso é concernente ao leito do rio. Fora disso o Senhor não tem responsabilidades para com o peixe. O mesmo fora válido para Josué e o povo de Israel. Em todo o lugar onde os mesmos colocassem as solas dos pés, o Senhor havia lhes dado. Porém, isso somente era válido até o grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus, até o mar Mediterrâneo... Fora destes limites Deus não tinha compromisso algum com Josué e o povo israelita. A mesma coisa ocorre conosco hoje. Desde o amor até a temperança, em qualquer dos frutos em que nos alicerçarmos Deus tem nos dado. O Senhor nos dera amor, alegria, paz e também longanimidade, meus amigos. Deus também nos dera benignidade, fé, mansidão e domínio próprio. Dentro dos limites do Reino de Deus ninguém poderá, melhor dizendo, nada poderá nos resistir todos os dias de nossas vidas, e o Senhor jamais nos deixará, nem nos desamparará. Agora, se sairmos desta esfera Deus não se responsabilizará por nada daquilo que por ventura vier acontecer conosco, mesmo que venhamos a proferir sem cessar: “Em todo o lugar em que eu pisar a planta do pé, Deus tem me dado”, uma vez que adentramos nas obras da carne ou natureza humana. Gálatas 5/ 19-21: As coisas que a natureza humana produz são bem conhecidas. Elas são: a imoralidade sexual, a impureza, as ações indecentes, a adoração de ídolos, as feitiçarias, as inimizades, as brigas, as ciumeiras, os acessos de raiva, a ambição egoísta, a
  • 42. 41 desunião, as divisões, as invejas, as bebedeiras, as farras e outras coisas parecidas com essas. Repito o que já disse: os que fazem essas coisas não receberão o Reino de Deus. É bom salientar de que, cada um dos feitos da natureza humana constitui-se num laço do diabo. 2 Timóteo 2/ 25-26: Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, e tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos. Ou seja, quem pratica uma das coisas da natureza humana, automaticamente tem sido feito cativo pelo diabo para cumprir sua vontade. Agora, o que nos faz sair dos frutos do Espírito Santo, e entrar nas coisas que a natureza humana produz? A ansiedade é o principal veículo! Filipenses 4/ 6-7: Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus. O apóstolo dos gentios manda-nos, não andar ansiosos por coisa alguma. Mas que as nossas ações ou efeito de pedir sejam conhecidos diante de Deus, por meio de orações e súplicas com ações de graça. Agindo deste modo a paz de Deus manifesta-se em nós, e transborda, fazendo com que as pessoas nos olhem, e não consigam entender como nas situações mais adversas, nós tenhamos poder para nos manter sossegados, demonstrando completa ausência de conflito, de perturbação interior. Ademais ela guarda o nosso coração, e a nossa mente no “Verbo da Vida”, ou seja, na palavra de Deus, e todos nós temos conhecimento prático do quão difícil é controlar os desejos do coração e da mente. Quando menos esperamos surge um desejo maligno em nosso coração, assim como num curto espaço de tempo vem à tona um número considerável de pensamentos negativos seguidos de tantos outros do mesmo gênero. Contudo, a paz de Deus vigia para defender, protege, toma conta em Cristo Jesus de nosso coração, e da nossa mente limpando-nos por completo. Depois deste processo, onde os desejos malignos, as atitudes
  • 43. 42 negativas ou de oposição sistemática, e aqueles pensamentos nulos, contraproducentes, que exprimem negação perdem as forças, o apóstolo Paulo continua. Filipenses 4/ 8: Por último, meus irmãos, encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente. O versículo (8) funciona como um manual de instruções. Seguindo a risca as recomendações contidas nele nós somos dotados de uma nova consciência, ou seja, somos reprogramados com um novo conjunto dos processos e fatos psíquicos de que temos consciência, de acordo com a vontade de Deus. Ainda com referência a ansiedade, Pedro, na sua primeira epístola também aborda este assunto. 1 Pedro 5/ 6-7: Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que há seu tempo vos exalte; lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. Ou seja, nós devemos nos humilhar a Deus para que no momento propício sejamos engrandecidos. E como nos humilhamos ao Senhor? O apóstolo Pedro deixa bem claro que não é com cara e joelhos no chão, nem com jejum, isto é, não é com a abstenção ou redução de alimentos em dias determinados por preceito religioso que nos humilhamos a Deus, mas sim quando lançamos sobre Ele toda a nossa ansiedade e inquietação. E o que acontece quando agimos segundo a recomendação de Pedro? Salmos 46/ 10: Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre os gentios; serei exaltado sobre a terra. Que coisa maravilhosa. Você quer saber quem é Deus? Aquiete-se. Com este procedimento o Senhor, por meio de você é engrandecido entre os seus colegas de trabalho ou de aula, em qualquer situação contrária, desfavorável a vossa pessoa, e exaltado sobre a terra, ou seja, em qualquer ponto do planeta Terra em que você esteja Deus, por meio de ti é engrandecido. Resumindo - O Senhor passa agir poderosamente em nosso favor quando nos aquietamos, lançando sobre Ele toda a nossa ansiedade, permanecendo, assim, nos frutos do Espírito Santo.
  • 44. 43 Números 12/ 1-3: Moisés havia casado com uma mulher da Etiópia, e Miriam e Arão começaram a criticá-lo por causa disso. Eles disseram: — Será que o Senhor tem falado somente por meio de Moisés? Será que não tem falado também por meio de nós? E o Senhor ouviu o que eles disseram. Ora, Moisés era homem mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra. Moisés, o tirado das águas, era alicerçado na mansidão. Era esta virtude que lhe dava condições de ser usado por Deus. É bem verdade que em Êxodo 2/ 11-12, ao ver certo egípcio espancando um hebreu, um do seu povo, o seu espírito se impacientara, isto é, o mesmo saíra do fruto do Espírito. Provérbios 14/ 29: Quem é tardio em irar-se é grande em entendimento; mas o que é de ânimo precipitado exalta a loucura. No caso do egípcio que estava espancando o hebreu, Moisés exaltara a loucura, e o assassinara, e depois escondera o seu corpo na areia. Tiago 1/ 20: Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus. Como ser humano, Moisés também estava suscetível a erros, e erros significativos, como no caso da morte do egípcio, por exemplo, uma vez que a ira do homem não opera a justiça de Deus. Mas em seguida ele tornou a compor-se, e segundo Hebreus 11/ 27, pela fé o mesmo abandonara o Egito, não temendo a ira do rei, porque ficara firme como vendo o invisível. Moisés tinha conhecimento prático do quanto Deus agia em seu favor quando estava em estado de sereno, calmo, brando de gênio, e no momento em que o Senhor criara uma situação incômoda, extremamente desconfortável, para ensinar os israelitas a lançar sobre Ele a ansiedade, o mesmo tentara dar-lhes a receita da vitória, sem obter êxito. Moisés tentara mostrar-lhes o modo que deveriam comportar-se para que Deus pudesse agir em prol deles. Êxodo 14/ 13-14: Moisés, porém, disse ao povo: Não temais; estai quietos, e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes nunca mais os tornareis a ver. O Senhor pelejará por vós, e vós vos calareis. O homem que era em muito o mais manso de todos os homens na superfície do solo, sabia que era a sua mansidão que dava condição para Deus manifestar-se com todo o poder batalhando em seu favor, fazendo-
  • 45. 44 o, escapulir-se de perigos ou situações difíceis. Por isso falando do que vivia na prática, pedira para o povo israelita aquietar-se, acalmar-se. Fazer sossegar a alma. Não mover-se ou agitar-se. Mostrar serenidade e calma, pois, com este procedimento o povo veria o livramento do Senhor, visto que Ele lutaria pelos israelitas, assim como lutara tempo depois em favor, e em defesa de Gideão e o povo de sua época, como em prol de Josafá e o povo de seu tempo. Juízes 7/ 19-22: Chegou, pois, Gideão, e os cem homens que com ele iam, ao extremo do arraial, ao princípio da vigília da meia-noite, havendo sido de pouco trocadas às guardas; então tocaram as buzinas, e quebraram os cântaros, que tinham nas mãos. Assim tocaram as três companhias as buzinas, e quebraram os cântaros; e tinham nas suas mãos esquerdas as tochas acesas, e nas suas mãos direitas as buzinas, para tocarem, e clamaram: Espada do Senhor, e de Gideão. E conservou-se cada um no seu lugar ao redor do arraial; então todo o exército pôs-se a correr e, gritando, fugiu. Tocando, pois, os trezentos as buzinas, o Senhor tornou a espada de um contra o outro, e isto em todo o arraial, que fugiu para Zererá, até Bete-Sita, até aos limites de Abel-Meolá, acima de Tabate. O interessante é que os homens clamaram, e permanecera cada um em seu lugar ao redor do acampamento, ou seja, imóveis, em estado de imóvel. Salmos 37/ 7: Descansa no Senhor, e espera nele. O nosso Deus faz coisas tremendas quando descansamos Nele, e sobre Ele lançamos toda a nossa ansiedade, e nos mantemos alicerçados nos frutos do Espírito Santo. Neste testemunho, logo após a fuga dos inimigos de Israel, Gideão fora no encalço dos mesmos e os exterminara. Já no caso do rei Josafá isto não fora necessário. 2 Crônicas 20/ 1-17: Algum tempo depois, os exércitos dos moabitas e dos amonitas, junto com os meunitas, invadiram o país de Judá. Alguns homens vieram e disseram a Josafá: — Um exército enorme do país de Edom veio do outro lado do mar Morto para atacar o senhor. Eles já conquistaram a cidade de Hazazão-Tamar. (Hazazão-Tamar e Fonte de Gedi são o mesmo lugar).
  • 46. 45 Josafá ficou com medo e orou a Deus, o Senhor, pedindo socorro. Depois deu ordem para que todo o povo de Judá jejuasse. Todos se reuniram para pedir socorro ao Senhor; de todas as cidades do país o povo veio a Jerusalém. A gente de Judá e de Jerusalém se reuniu no pátio novo do Templo, e Josafá se pôs de pé no meio deles e orou assim: — Ó Senhor, Deus dos nossos antepassados! Tu és o Deus do céu e governas todas as nações do mundo. Tu és forte e poderoso, e ninguém pode resistir ao teu poder. Tu és o nosso Deus; expulsaste os moradores desta terra de diante do teu povo de Israel e deste a terra deles para sempre a nós, os descendentes de Abraão, teu amigo. O teu povo tem morado nesta terra, e aqui construímos um Templo em tua honra. Nós dissemos assim: “Se alguma desgraça cair sobre nós como castigo, seja guerra, ou doenças, ou falta de alimentos, então nos ajuntaremos em frente deste Templo, onde tu moras, e no nosso sofrimento clamaremos a ti pedindo socorro, e tu atenderás o nosso pedido.” — Agora os amonitas e os moabitas, junto com os edomitas, invadiram o nosso país. Quando os nossos antepassados estavam vindo do Egito, tu não os deixaste invadir as terras daqueles povos. Por isso, os nossos antepassados se desviaram delas e não destruíram aqueles povos. Mas agora eles nos pagam assim: estão nos atacando para nos expulsar da terra que nos deste para sempre. Ó nosso Deus, castiga essa gente, pois não somos bastante fortes para resistir a esse enorme exército que está avançando contra nós. Não sabemos o que fazer e olhamos para ti, pedindo socorro! Todos os homens de Judá estavam ali de pé em frente do Templo, junto com as suas mulheres e os seus filhos e até as crianças de colo. De repente, o Espírito de Deus desceu sobre um levita que estava ali no meio do povo. Chamava-se Jaaziel e era descendente de Asafe. Jaaziel era filho de Zacarias, neto de Benaías, bisneto de Jeiel e trineto de Matanias. Jaaziel disse: — Povo de Judá, moradores de Jerusalém e rei Josafá, prestem atenção! Escutem isto que o Senhor Deus diz: Não se assustem, não fiquem com medo deste enorme exército, pois a batalha
  • 47. 46 não é contra vocês, mas contra mim. Amanhã vocês os atacarão quando eles vierem pela subida de Zis. Vocês se encontrarão com eles no fim do vale que dá para o deserto de Jeruel. Quando os encontrarem, vocês não precisarão lutar. Fiquem parados ali e verão como o Senhor Deus salvará vocês. Povo de Judá e moradores de Jerusalém, não se assustem, nem fiquem com medo; marchem contra os inimigos amanhã, pois eu, o Senhor, estarei com vocês. É bom enfatizar que se firmarmos o pé no “amor” fruto do Espírito, o medo perderá sua força. 1 João 4/ 18: No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor. Vamos retornar a 2 Crônicas. 2 Crônicas 20/ 18-25: Então o rei Josafá se ajoelhou e encostou o rosto no chão; e todo o povo de Judá e os moradores de Jerusalém também se ajoelharam na presença de Deus, o Senhor, e o adoraram. Aí os levitas que eram descendentes de Coate e de Corá começaram a louvar o Senhor, o Deus de Israel, em voz bem alta. Na manhã seguinte, todos se levantaram cedo e foram para o deserto de Tecoa. Ao saírem, Josafá ficou de pé e disse: — Povo de Judá e moradores de Jerusalém, escutem! Confiem no Senhor, seu Deus, e estarão seguros; confiem nos profetas dele, e tudo o que vocês fizerem dará certo. Depois de consultar o povo, Josafá ordenou que alguns cantores vestissem roupas sagradas e marchassem à frente do exército, louvando a Deus e cantando assim: “Louvem a Deus, o Senhor, porque o seu amor dura para sempre.” Logo que começaram a cantar, o Senhor Deus causou confusão entre os moabitas, os amonitas e os edomitas, e eles foram derrotados. Os amonitas e os moabitas atacaram os edomitas e os destruíram completamente; depois os amonitas lutaram contra os moabitas, e os dois lados também acabaram se destruindo. Quando o exército de Judá chegou a um lugar alto no deserto, eles viram o chão coberto de mortos; ninguém tinha escapado com vida. Aí Josafá e os seus soldados avançaram e começaram a pegar tudo o que havia no acampamento inimigo. Encontraram muitos animais
  • 48. 47 de carga, armas, roupas e objetos de valor. Levaram três dias pegando as coisas, mas havia tanto, que não puderam levar tudo. As palavras de Josafá no verso (18) nos dão ideia clara de que seus subordinados estavam aterrados, cheios de pavor, visto que não estavam conseguindo se manter quietos. O sentimento de iminente derrota dominava seus corações, e uma grande leva de pensamentos negativos povoavam suas mentes. Por esta razão é que o mesmo pedira para o povo crer no Senhor, pois crendo em Deus estariam seguros, assim como prosperariam no intento designado pelo Senhor, se crescem nos profetas. Mas como suas palavras não surtiram efeito resolvera em seu coração tomar conselho com o povo, e o povo chegara ao consenso de que os pensamentos negativos não iriam imperar em suas mentes, nem o medo os faria entrar em inquietação, se todos cantassem e dessem louvor a Deus. E tendo eles começado a cantar e a dar louvores, o Senhor despertara em seus inimigos a ação de se esconder para atacar à traição uns aos outros, e assim foram vencidos, destroçados, sem ser preciso Josafá e os seus, ferir um só inimigo. Como acabamos de ver pelos olhos do entendimento, o “louvor” exerce o papel de uma espécie de anticorpo para os filhos de Deus, protegendo-os de substâncias malignas, deletérias que destroem, corrompem, e dá totais condições para que o Senhor possa agir poderosamente ao nosso favor. O louvor assegura a nossa permanência nos frutos do Espírito Santo, nos livrando do risco de entrarmos nas obras da carne, isto é, nos livrando do risco de entrarmos na esfera de ação do diabo. Paulo e Silas tinham pleno conhecimento disso. Depois de fustigados com muitos açoites, os mesmos foram lançados na prisão. O sofrimento físico proveniente dos açoites, seguramente era intenso, porém, eles, com o propósito de não deixar suas mentes assimilar este sofrimento, que consequentemente levá-los-ia, a murmurar contra Deus, e deixá-los-ia, em estado de ansiosos, impossibilitando-os, assim, de receber socorro divino, oravam e cantavam a Deus. De repente, por volta da meia-noite, sobreviera um terremoto, que sacudira os alicerces da prisão, e abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos, Atos 16/ 19-26. Aleluia. Quando usamos o nosso título de rei, senhor e sacerdote, e
  • 49. 48 permanecemos no Reino de Deus, isto é, nos frutos do Espírito, o extraordinário acontece. Efésios 5/ 18-19: E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais. Ou seja, o louvor a Deus, além de servir de anticorpos, constitui-se numa das formas pela qual se torna possível nos encher do Espírito Santo, isto é, uma das formas pela qual o Espírito Santo se torna Senhor absoluto em nossa vida. Bem, agora que já temos uma noção básica do quão importante é o “louvor”, vamos retornar ao nosso assunto principal, que é o manter-se quieto, sossegado, arraigado nos frutos do Espírito. Em Êxodo 3/ 14, Deus afirma que um de seus nomes é “Eu Sou”, e nós na condição de filhos, no Reino de Deus, ou seja, nos frutos do Espírito, também temos a condição de simplesmente “ser”, visto que os filhos têm as características do pai. Salmo 131/ 1-2: Senhor, o meu coração não se elevou nem os meus olhos se levantaram; não me exercito em grandes matérias, nem em coisas muito elevadas para mim. Certamente que me tenho portado e sossegado como uma criança desmamada de sua mãe; a minha alma está como uma criança desmamada. O salmista deixa bem claro que o seu coração tinha lapsos de orgulho, soberba, e vez por outra um olhar altivo, porém, o mesmo não se deixara levar por estes impulsos carnais. Por isso, ele declara: “Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma!” O homem segundo o coração de Deus fez com que a sua alma se tornasse quieta para consigo, assim como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe. Isto é, Davi atingira a condição de simplesmente “ser”, cumprindo a exigência requerida para que Deus cumprisse sua vontade em sua vida, tirando-o, de detrás das ovelhas, e elevando-o, a condição de rei de Israel. Como conferimos anteriormente, o manter-se quieto, sossegado, implica totalmente no quesito salvação de algum perigo, e para fundamentar esta verdade, entre outros trechos bíblicos usamos 2
  • 50. 49 Crônicas 20. Continuando este estudo vamos nos reportar ao livro do profeta Isaías. Isaías 7/ 1-4: Sucedeu, pois, nos dias de Acaz, filho de Jotão, filho de Uzias, rei de Judá, que Rezim, rei da Síria, e Peca, filho de Remalias, rei de Israel, subiram a Jerusalém, para pelejarem contra ela, mas nada puderam contra ela. E deram aviso à casa de Davi, dizendo: A Síria fez aliança com Efraim. Então se moveu o seu coração, e o coração do seu povo, como se movem as árvores do bosque com o vento. Então disse o Senhor a Isaías: Agora, tu e teu filho Sear-Jasube, saí ao encontro de Acaz, ao fim do canal do tanque superior, no caminho do campo do lavandeiro. E dize-lhe: Acautela-te, e aquieta-te; não temas, nem se desanime o teu coração por causa destes dois pedaços de tições fumegantes; por causa do ardor da ira de Rezim, e da Síria, e do filho de Remalias. Como acabamos de conferir, uma vez mais, Deus, ao ver um servo seu em apuros, pede para ele manter-se quieto, sossegado. Isaías 30/ 15: Porque assim diz o Senhor Deus, o Santo de Israel: Voltando e descansando sereis salvos; no sossego e na confiança estaria a vossa força, mas não quisestes. O profeta não está falando aqui de salvação eterna, mas de salvação de algum perigo. Isaías 30/ 16-17: Mas dizeis: Não; antes sobre cavalos fugiremos; portanto fugireis; e, sobre cavalos ligeiros cavalgaremos; por isso os vossos perseguidores também serão ligeiros. Mil homens fugirão ao grito de um, e ao grito de cinco todos vós fugireis, até que sejais deixados como o mastro no cume do monte, e como a bandeira no outeiro. E por que os israelitas fugiriam? Ora, porque tinham se recusado a se manter quietos, sossegados, na tranquilidade, e na confiança. Por isso não havia confiança alguma neles para bater de frente com os inimigos e derrotá-los. Era inevitável: eles fugiriam assombrados diante da menor ameaça. Isaías 30/ 15: Porque assim diz o Senhor Deus, o Santo de Israel: Voltando e descansando sereis salvos; no sossego e na confiança estaria a vossa força, mas não quisestes.
  • 51. 50 Que coisa maravilhosa. A nossa potência se mostra no simples ato de ficarmos sossegados, calcados no sentimento de quem confia, na segurança de ânimo. Ligando o Salmo 131 com este verso de Isaías 30 nós chegaremos à conclusão de que Golias era o pequeno, e Davi o gigante. O filisteu Golias somente era gigante diante do rei Saul e do seu exército, porquanto o mesmo não mais tinha a “unção”. O Espírito do Senhor havia se retirado dele, e como as tropas israelitas estavam ao seu comando, também não tinham respaldo divino. Por isso, viam-no como um gigante. 1 Samuel 17/ 8-9: E parou, e clamou às companhias de Israel, e disse-lhes: Para que saireis a ordenar a batalha? Não sou eu filisteu e vós servos de Saul? Escolhei dentre vós um homem que desça a mim. Se ele puder pelejar comigo, e me ferir, a vós seremos por servos; porém, se eu o vencer, e o ferir, então a nós sereis por servos, e nos servireis. Fica bem claro que o titânico, o indivíduo de estatura extraordinária aos olhos naturais também via os soldados israelitas como meros servos do rei Saul. No entanto, para o jovem Davi, que estava enraizado nas virtudes do Espírito, e como consequência disso, encontrava-se, em total estado de quietude, tranquilo, sossegado, ou seja, estava cheio de poder, e via os eventos com olhos da fé, Golias não passava de um incircunciso. Não páreo aos israelitas, como de fato não o era, uma vez que uma simples pedra lhe extinguira a vida. Resumindo - é de vital importância para nós cristãos o estar no Reino de Deus, arraigado nos frutos do Espírito, alicerçado na condição de simplesmente “ser”, quieto, tranquilo, sossegado. Pois é nessas condições que Deus luta por nós. Ciente disso, Davi, prestes a enfrentar Golias fala o seguinte: - E saberá toda esta congregação que o Senhor salva, não com espada, nem com lança; porque do Senhor é a guerra, e ele vos entregará na nossa mão, 1 Samuel 17/ 47! Nessas condições o que está fora ou acima do natural, das leis naturais, ou seja, aquilo que pertence ao campo da fé nos envolve, e Deus nos livra do poder de nossos adversários.
  • 52. 51 APRENDENDO A ANDAR COM DEUS ANJOS: QUEM SÃO ELES? Hebreus 1/ 14: Então, o que são os anjos? Todos eles são espíritos que servem a Deus, os quais ele envia para ajudar os que vão receber a salvação. Ou seja, são todos eles espíritos para serviço público, enviados para ministrar aos que hão de herdar a salvação. O salmista Davi, o homem segundo o coração de Deus, fala o seguinte no Salmo 103. Salmo 103/ 20: Louvem o Senhor, fortes e poderosos anjos, que ouvem o que ele diz que obedecem aos seus mandamentos! O verso nos deixa claro que o primeiro ofício dos anjos é servir de alicerce, uma base de muro para a palavra. Também fica evidenciado que as suas funções são externas. Ao menor sinal de perigo enviado pela palavra, os mesmos estão prontos para defendê-la. Salmo 34/ 7: O Anjo do Senhor fica em volta daqueles que o temem e os protege do perigo. É proveitoso, lucrativo enfatizar de que o temor bíblico é sinônimo de respeito, reverência, e não de medo ou coisa parecida. E respeito a Deus significa respeito à palavra, a qual, com efeito opera eficazmente nos que creem 1 Tessalonicenses 2/ 13, e entre outros espíritos ministradores, ao redor daqueles que, com mansidão acolhem a palavra neles implantadas, a qual é poderosa para salvar suas almas, figura um espírito ministrador Tiago 1/ 21. O que acabamos de ver pelos olhos do entendimento já nos deixa bem perceptível a respeito do conhecimento do rei Davi no que diz respeito ao ministério dos anjos. Sabia ele que, quando recebia uma palavra do Senhor, e andava nela, radicado, e edificado, e confirmado na fé Colossenses 2/ 6-7, de contínuo havia um anjo da guarda ao seu redor, e a prova disso encontramos no Salmo 35. Salmo 35/ 4-6: Que sejam derrotados e humilhados aqueles que me querem matar! Que fujam envergonhados os que fazem planos contra mim!
  • 53. 52 Que sejam como a palha soprada pelo vento, quando o Anjo do Senhor os atacar! Que o caminho deles fique escuro e escorregadio quando o Anjo do Senhor os perseguir! Para termos uma ideia da potencialidade deste anjo, vamos nos reportar aos tempos do profeta Isaías e do rei Ezequias. Dias em que subiu Senaqueribe, rei da Assíria, contra todas as cidades fortificadas de Judá, e as tomou Isaías 36/ 1. Porém, após Ezequias orar ao Senhor, saiu o anjo do Senhor e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil, e, quando se levantaram de manhã, eis que todos estes eram cadáveres Isaías 37/ 36. É evidente que todos têm consciência de que hoje estamos debaixo da graça, e a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes Efésios 6/ 12. Por isso a chance de vermos com os olhos naturais um anjo partindo pra cima das pessoas que nos perseguem com persistência é zero. Quando surge algo um tanto complicado, um sujeito aqui outro lá, com olhares de desdém, procurando nos espezinhar, enxovalhar a nossa imagem. Segregar-nos, tratando de conseguir inibir nossos intentos segundo a palavra de Deus, este anjo entra em ação, assim como entrara no arraial dos assírios, e empurra para longe as castas de demônios que através dessas pessoas estavam produzindo ações contrárias a nós, mudando completamente a atitude das mesmas para conosco. Outro feito extraordinário creditado ao ministério dos espíritos ministradores, nós encontramos em Daniel 6, onde o mesmo é lançado na cova dos leões, com uma pedra sobre a boca da cova. Mas um anjo fechou a boca dos leões para que não lhe fizessem dano algum Daniel 6/ 22, e o mesmo saiu daquela situação ileso. Seguramente nos nossos dias dificilmente os veremos fechando a boca de leões ou de outro animal feroz qualquer. Contudo, pelos olhos do entendimento podemos ver seus feitos, por exemplo, em inúmeros acidentes, dos quais aos olhos naturais é impossível alguém sair com vida. No entanto, muitos saem incólume ou somente com leves escoriações. Também é incumbência do ministério dos anjos o prover alimentos
  • 54. 53 quando necessário aos praticantes da palavra. Isso é possível comprovar em 1 Reis 19, quando o profeta Elias, temendo a ameaça de Jezabel, levantou-se, e para salvar sua vida, se foi, e chagando a Berseba, que pertencia a Judá, e ali deixou o seu ajudante. Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro, e depois de pedir para si a morte, ali dormiu. Contudo, um anjo o tocou e lhe disse: -Levanta-te e come! Olhou ele e viu junto à cabeceira, um pão cozido sobre pedras em brasas e uma botija de água. Comeu, bebeu e tronou a dormir. Voltou segunda vez o anjo do Senhor, tocou-o, e lhe disse: -Levanta-te e come, porque o caminho te será sobremodo longo 1 Reis 19/ 3-7! Como enfatizei anteriormente, é pouco provável que nos nossos dias os veremos fechando a boca de grandes felídeos, notáveis habitantes das estepes e savanas da África e do sul da Ásia, assim como providenciando pão, tocando o ombro de alguém e mandando comer. Mas é certo de que os mesmos tocam o coração de um ou de outro para que eles socorram aos necessitados de Deus. O patriarca Abraão também conhecia as funções dos espíritos ministradores. Gênesis 24/ 7: O Senhor, o Deus do céu, me tirou da casa do meu pai e da terra dos meus parentes e jurou que daria esta terra aos meus descendentes. Ele vai enviar o seu Anjo para guiá-lo, e assim você conseguirá arranjar uma mulher para o meu filho. O anjo do Senhor envergonhou a segurança de ânimo com que Abraão falou ao seu servo? É evidente que não! Um dos tantos espíritos ministradores enviados para serviço público tomou a Rebeca para ser esposa, ajudadora e complemento de Isaque Gênesis 2/ 18. Além de se encarregar de tomar esposas ou vice-versa, os anjos também servem de guias. Êxodo 23/ 20: Eu enviarei um anjo adiante de vocês para protegê- los na viagem e para levá-los ao lugar que lhes preparei.
  • 55. 54 O QUE ACONTECE COM QUEM ROMPE A BASE DE MUROS? Bem! Em páginas anteriores conferimos que os anjos servem de alicerce, uma base de muros à palavra. Portanto, aqueles que estão estabelecidos no “Verbo da Vida”, têm este sustentáculo, esta base de muros ao seu redor. Salmo 91/ 11-16: Deus mandará que os anjos dele cuidem de você para protegê-lo aonde quer que você vá. Eles vão segurá-lo com as suas mãos, para que nem mesmo os seus pés sejam feridos nas pedras. Com os pés você esmagará leões e cobras, leões ferozes e serpentes venenosas. Deus diz: Eu salvarei aqueles que me amam e protegerei os que reconhecem que eu sou Deus, o Senhor. Quando eles me chamarem, eu responderei e estarei com eles nas horas de aflição. Eu os livrarei e farei com que sejam respeitados. Como recompensa, eu lhes darei vida longa e mostrarei que sou o seu Salvador. Agora, o que ocorre com quem irrompe a base de muros? Eclesiastes 10/ 8: Quem abre uma cova nela cairá, e quem rompe um muro, mordê-lo-á uma serpente. Qualquer pessoa, versada ou não, que maneja bem ou não a palavra da verdade 2 Timóteo 2/ 15, tem conhecimento de que “serpente” na linguagem bíblica significa demônio, por isso, quando alguém sai da palavra, automaticamente este alguém abre um caminho, rompe o muro feito pelos anjos, saindo, assim da esfera divina, e o versículo que acabamos de conferir da a entender que um demônio abocanha de imediato o insurreto. Este abocanhamento pode vir em forma de problemas sentimentais, amoroso, desfalque financeiro, e tantas outras situações embaraçosas. Para fundamentar o que já vimos pelos olhos do entendimento, vamos conferir mais um verso bíblico. Provérbios 17/ 11: O rebelde não busca senão o mal; por isso, mensageiro cruel se enviará contra ele. “Mensageiro” significa anjo. Quando alguém se desliga da palavra, não se arrepende, pede perdão, e procura se religar novamente a ela, o mesmo constitui-se num rebelado contra a autoridade constituída por Deus. Por isso um anjo que gosta de causar tormento será enviado contra o revoltoso, colocando-o em sérios apuros, em situações críticas,
  • 56. 55 difíceis, não fáceis. O QUE ACONTECE COM QUEM DECIDE TIRAR FÉRIAS DE DEUS? João 16/ 13: Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade. João 16/ 17: Santificai-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Os espíritos ministradores servem como sustentáculo, fundamento, apoio à palavra, e o verso 13 de João 16, nos informa de que o Espírito Santo nos guia em toda a verdade, e agora sabemos que a palavra de Deus é a verdade. Portanto, quando nos estabelecemos na palavra, o Espírito Santo nos guia dentro desta palavra. Porém, o que acontece com quem decide tirar férias de Deus, ou seja, decide não mais seguir o Espírito por um tempo? Isaías 40/ 28: Será que vocês não sabem? Será que nunca ouviram falar disso? O Senhor é o Deus Eterno, ele criou o mundo inteiro. Ele não se cansa, não fica fatigado. Se Deus não se cansa, não fica fatigado, Ele está sempre em atividade. Sempre seguindo em frente, e, é evidente que quem tira férias do Senhor rompe a base de muro feita pelos anjos, fica para trás, e obviamente o diabo o alcança. Para compreendermos um pouco mais este assunto vamos nos reportar ao início da Bíblia. Gênesis 3/ 14-15: Então o Senhor Deus disse à cobra: – Por causa do que você fez você será castigada. Entre todos os animais só você receberá esta maldição: de hoje em diante você vai andar se arrastando pelo chão e vai comer o pó da terra. Eu farei com que você e a mulher sejam inimigas uma da outra, e assim também serão inimigas a sua descendência e a descendência dela. Esta esmagará a sua cabeça, e você picará o calcanhar da descendência dela. Que coisa tremenda e ao mesmo tempo apavorante! Quando obedecemos a Deus e permitimos que o Espírito Santo nos guie, automaticamente nós pisamos na cabeça do diabo. Porém, se tirarmos férias do Altíssimo, o diabo causa ferimentos em nosso calcanhar. O homem segundo o coração de Deus, ou seja, o salmista Davi, certa feita resolveu pagar pra ver. Ignorou, não deu crédito ao que
  • 57. 56 estava escrito, e tirou férias do Senhor. 2 Samuel 11/ 1: Na primavera seguinte, época do ano em que os reis costumam sair para a guerra, Davi mandou que Joabe, os seus oficiais e o exército israelita fossem atacar os inimigos. Eles venceram os amonitas e cercaram a cidade de Rabá. Mas Davi ficou em Jerusalém. O filho de Jessé ficou ocioso em Jerusalém, crendo estar aproveitando as suas férias de Deus, mas a serpente o alcançou, e com toda sua astúcia e malícia feriu seu calcanhar por meio de uma mulher. 2 Samuel 11/ 2-4: Uma tarde Davi se levantou, depois de ter dormido um pouco, e foi passear no terraço do palácio. Dali viu uma mulher muito bonita tomando banho. Aí ele mandou que descobrissem quem era aquela mulher e soube que era Bate-Seba, filha de Eliã e esposa de Urias, o heteu. Então Davi mandou que alguns mensageiros fossem buscá-la. Eles a trouxeram, e Davi teve relações com ela. Bate-Seba tinha justamente terminado o seu ritual mensal de purificação. Por meio deste ato de adultério o diabo causara danos irreparáveis ao rei e a outros que estavam próximos dele. Salmo 42/ 7: Um abismo chama outro abismo... O salmista afirmou isso com total conhecimento de causa. Primeiro o homem segundo o coração de Deus tentou iludir, enganar Urias, criando uma situação para que ele tomasse sobre si a condição de pai do filho que Bate-Seba estava esperando. Porém, a lealdade do heteu para com o mesmo, fez malograr o seu intento, obrigando-o a agir como o maior dos facínoras. O livro do Eclesiastes 3/ 1 nos afirma de que tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu, assim como a tempo em que um homem tem domínio sobre outro homem para arruiná-lo Eclesiastes 8/ 9, e Davi estava inserido neste tempo, e almejava ardentemente ver manifesto os frutos da infidelidade através de Urias. Mas este se mostrou fidedigno e se deitou à porta da casa real com todos os servos do seu senhor, e não desceu para sua casa 2 Samuel 11/ 9, e quando o rei lhe perguntou por que não descera a sua casa respondeu:
  • 58. 57 -A arca, Israel e Judá ficam em tendas; Joabe, meu senhor, e os servos de meu senhor estão acampados ao ar livre; e hei de eu entrar na minha casa para comer e beber, e para me deitar com minha mulher? Tão certo como tu vive e como vive a tua alma, não farei tal coisa 2 Samuel 11/ 11! O heteu Urias provara ser um homem de grande fidelidade, digno de confiabilidade. Entretanto, sua disposição firme para o bem e sua boa qualidade moral teve a gravidade de uma sentença de morte, uma vez que as demonstrara no tempo errado, tempo em que o rei Davi queria que o mesmo tomasse uma medida egoísta, isto é, pensasse somente em si mesmo. 2 Samuel 11/ 12-17: Então Davi disse: – Fique aqui o resto do dia. Amanhã eu o mandarei de volta. E Urias ficou em Jerusalém naquele dia e no dia seguinte. Davi convidou-o para jantar e fez com que ele ficasse bêbado. Mesmo assim, Urias não foi para casa naquela noite. Em vez disso, dormiu no seu cobertor, no quarto da guarda do palácio. Na manhã seguinte, Davi escreveu uma carta a Joabe e a mandou por Urias. Davi escreveu o seguinte: Ponha Urias na linha de frente, onde a luta é mais pesada. Depois se retire e deixe que ele seja morto. Por isso, enquanto estava cercando a cidade, Joabe mandou Urias para um lugar onde sabia que o inimigo estava mais forte. As tropas inimigas saíram da cidade, lutaram contra as forças de Joabe e mataram alguns oficiais de Davi. E Urias também foi morto. A morte de Urias não fora a única coisa que viera como consequência do adultério de Davi. A serpente lhe causara outros ferimentos. E de grande amplitude. 2 Samuel 13/ 1: Absalão, filho de Davi, tinha uma irmã muito bonita, que se chamava Tamar. Outro filho de Davi, chamado Amnom, apaixonou-se por ela. O que vemos a seguir é Amnom a possuindo a força, sendo mais tarde assassinado por Absalão, que por sua vez, tempo depois tentara usurpar o reino de seu pai, fazendo-o, fugir apressadamente para escapar da morte 2 Samuel 15/ 14. A conclusão que se tira deste fato é o seguinte: Davi tirara férias de Deus, mas pagara um alto-preço por elas.