1. Mas o que quer dizer o termo bullying?
Para quem ainda não sabe, o Bullying é uma palavra inglesa que se refere aos abusos psicológicos,
sociais ou físicos. Essas agressões intencionais e repetidos são praticadas por um indivíduo ou por um
grupo de indivíduos com a finalidade de intimidar ou agredir outro indivíduo ou grupo que são
incapazes de se defender de tal agressão, são realizadas pelos denominado ‘violentões’. Existem
agressores e vítimas. Em muitos casos, o agressor, ou bullie, como é chamado, é ou foi vítima de
Bullying provocado por outra pessoa ou grupo. Eles geralmente possuem a personalidade autoritária
combinada com forte necessidade de controlar ou dominar.
Além de ser um problema psicológico, social e físico, este problema presente nas escolas é unido a
humilhações e intimidação das pessoas que são mais acomodadas e/ou passivas, pessoas estas que não
possuem nenhuma condição de exercer poder sobre um grupo ou determinada pessoa.
O assédio escolar pode ocorrer em situações envolvendo a escola ou faculdade/universidade, o local de
trabalho, os vizinhos e até mesmo países. Qualquer que seja a situação, a estrutura de poder é
tipicamente evidente entre o agressor (bullie ou bully) e a vítima. Para aqueles fora do relacionamento,
parece que o poder do agressor depende somente da percepção da vítima, que parece estar mais
intimidada para oferecer alguma resistência. Todavia, a vítima geralmente tem motivos para temer o
agressor, devido às ameaças ou concretizações de violência física/sexual, ou perda dos meios de
subsistência.
Para que o Bullying se faça presente em qualquer situação, basta existir um desequilíbrio de poder
entre as partes envolvidas. Em relação aos ambientes escolares, a grande parte das agressões é
geralmente psicológica, a qual é resultante através da utilização negativa de apelidos e até mesmo de
expressões desagradáveis direcionadas à vítima.
Dentre as consequências desta violência, pode-se destacar a depressão, o estresse, a ansiedade, dores
em diversas partes do corpo, aumento do consumo de álcool, abuso de drogas, perda de autoestima e
problemas de relacionamento.
Para muitos, o que pode parecer uma brincadeira inocente, pode deixar sequelas por toda vida, desta
forma se faz importante comunicar aos pais de um amigo ou ao responsável pela escola o que está
acontecendo, isto é, que a escola conta com o famoso Bullying.
Como evitar bullying nas escolas?
Atualmente, uma das perguntas que mais vem sendo realizadas, principalmente por profissionais da
educação é: como evitar o Bullying dentro das escolas?
É importante também que os pais analisem o comportamento de seus filhos antes e depois da escola,
sendo que se possível, procure conversar com os mesmos, perguntando se existe algo de errado ou até
mesmo, procure conversar com amigos próximos ao seu filho para descobrir se eles não sabem de
algo.
Se seu filho possui tais características, fique atento.
Para evitar problemas, os pais desempenham um papel muito importante. Devem estar atentos a
quaisquer sinais que possam denunciar o Bullying, já que seu filho pode estar sendo a vítima ou até
mesmo vitimando alguém. Desta forma, os pais devem estar atentos a alguns fatores:
-Aumento de agressividade do filho, o que pode revelar que ele é o agressor, e assim não ter a
consciência do sofrimento que causa em outra criança.
-Não se torne um hiper-protetor, mas vigie-o com maior atenção.
-Brincadeiras feita com outros amigos, e se possível, solicite aos professores o parecer deles.
Infelizmente os casos de Bullying, geralmente não são acabam bem, sendo que é possível acompanhar
pela mídia diferentes ocorrências causadas pela violência físico-psicológica, como por exemplo,
suicídio de adolescentes. É por estes e outros motivos que os pais devem estar sempre atentos à
mudança de comportamento do filho. Procure conversar com seu filho transmitindo confiança e o
máximo de segurança possível. Caso ele não lhe informe nada, procure levá-lo um médico específico,
como um psicólogo, por exemplo, pois seu filho pode não ter se sentido à vontade em lhe contar o
problema que ocorre na escola.
2. Diariamente, pergunte ao seu filho como foi o dia na escola e analise a expressão e o olhar dele, pois,
muitas vezes os pais sabem quando os filhos estão felizes ou não, se estão ou não mentindo, e estreite
a relação de amizade com seu filho. Os sintomas que podem evidenciar que seu filho está sofrendo
Bullying na escola envolvem reações como dor de estômago e cabeça, vômitos e insônias frequentes.
O isolamento, baixo rendimento escolar, conflitos entre irmãos e autoagressão também são provocados
pelo Bullying, assim tal problema podem ser percebidos quando há a atenção adequada voltada para
seu filho.
O assédio escolar divide-se em duas categorias:
1. assédio escolar direto;
2. assédio escolar indireto, também conhecido como agressão social
O Bullying direto é a forma mais comum entre os agressores (bullies) masculinos.
A agressão social ou Bullying indireto é a forma mais comum em bullies do sexo feminino e crianças
pequenas, e é caracterizada por forçar a vítima ao isolamento social. Este isolamento é obtido por meio
de uma vasta variedade de técnicas, que incluem:
• espalhar comentários;
• recusa em se socializar com a vítima;
• intimidar outras pessoas que desejam se socializar com a vítima;
• ridicularizar o modo de vestir ou outros aspectos socialmente significativos (incluindo a etnia
da vítima, religião, incapacidades etc).
•
Características dos bullies
Pesquisas indicam que adolescentes agressores têm personalidades autoritárias, combinadas com uma
forte necessidade de controlar ou dominar. Também tem sido sugerido que uma deficiência em
habilidades sociais e um ponto de vista preconceituoso sobre subordinados podem ser particulares
fatores de risco. Estudos adicionais têm mostrado que enquanto inveja e ressentimento podem ser
motivos para a prática do assédio escolar, ao contrário da crença popular, há pouca evidência que
sugira que os bullies (ou bulidores)[ sofram de qualquer déficit de autoestima. Outros pesquisadores
também identificaram a rapidez em se enraivecer e usar a força, em acréscimo a comportamentos
agressivos, o ato de encarar as ações de outros como hostis, a preocupação com a autoimagem e o
empenho em ações obsessivas ou rígidas. É frequentemente sugerido que os comportamentos
agressivos têm sua origem na infância:
"Se o comportamento agressivo não é desafiado na infância, há o risco de que ele se torne
habitual. Realmente, há evidência documental que indica que a prática do assédio escolar
durante a infância põe a criança em risco de comportamento criminoso e violência doméstica
na idade adulta".
O assédio escolar não envolve necessariamente criminalidade ou violência. Por exemplo, o assédio
escolar frequentemente funciona por meio de abuso psicológico ou verbal. Os bullies sempre existiram
mas eram (e ainda são) chamados em português de rufias, esfola-caras, brigões, acossadores, cabriões,
avassaladores, valentões e verdugos.
Os valentões costumam ser hostis, intolerantes e usar a força para resolver seus problemas.
Tipos de assédio escolar
Os bullies usam principalmente uma combinação de intimidação e humilhação para atormentar os
outros. Alguns exemplos das técnicas de assédio escolar:
• Insultar a vítima;
• Acusar sistematicamente a vítima de não servir para nada;
3. • Ataques físicos repetidos contra uma pessoa, seja contra o corpo dela ou propriedade.
• Interferir com a propriedade pessoal de uma pessoa, livros ou material escolar, roupas, etc,
danificando-os.
• Espalhar rumores negativos sobre a vítima;
• Depreciar a vítima sem qualquer motivo;
• Fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando-a para seguir as ordens;
• Colocar a vítima em situação problemática com alguém (geralmente, uma autoridade), ou
conseguir uma ação disciplinar contra a vítima, por algo que ela não cometeu ou que foi
exagerado pelo bullie;
• Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa (particularmente a mãe), sobre
o local de moradia de alguém, aparência pessoal, orientação sexual, religião, etnia, nível de
renda, nacionalidade ou qualquer outra inferioridade depreendida da qual o bullie tenha
tomado ciência;
• Isolamento social da vítima;
• Usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying (criar páginas falsas,
comunidades ou perfis sobre a vítima em sites de relacionamento com publicação de fotos etc);
• Chantagem.
• Expressões ameaçadoras;
• Grafitagem depreciativa;
• Usar de sarcasmo evidente para se passar por amigo (para alguém de fora) enquanto assegura o
controle e a posição em relação à vítima (isto ocorre com frequência logo após o bullie avaliar
que a pessoa é uma "vítima perfeita").
• Fazer que a vítima passe vergonha na frente de várias pessoas.
Locais de assédio nas escolas
Em escolas, o assédio escolar geralmente ocorre em áreas com supervisão adulta mínima ou
inexistente. Ele pode acontecer em praticamente qualquer parte, dentro ou fora do prédio da escola.
Alguns sinais são comuns como a recusa da criança de ir à escola ao alegar sintomas como dor de
barriga ou apresentar irritação, nervosismo ou tristeza anormais.
Um caso extremo de assédio escolar no pátio da escola foi o de um aluno do oitavo ano chamado
Curtis Taylor, numa escola secundária em Iowa, Estados Unidos, que foi vítima de assédio escolar
contínuo por três anos, o que incluía alcunhas jocosas, ser espancado num vestiário, ter a camisa suja
com leite achocolatado e os pertences vandalizados. Tudo isso acabou por o levar ao suicídio em 21 de
Março de 1993. Alguns especialistas em "bullies" denominaram essa reação extrema de "bullycídio".
Os que sofrem o bullying acabam desenvolvendo problemas psíquicos muitas vezes irreversíveis, que
podem até levar a atitudes extremas como a que ocorreu com Jeremy Wade Delle. Jeremy se matou
em 8 de janeiro de 1991, aos 15 anos de idade, numa escola na cidade de Dallas, Texas, EUA, dentro
da sala de aula e em frente de 30 colegas e da professora de inglês, como forma de protesto pelos atos
de perseguição que sofria constantemente.
Legislação
No Brasil, a gravidade do ato pode levar os jovens infratores à aplicação de medidas sócio-educativas.
De acordo com o código penal brasileiro, a negligência com um crime pode ser tida como uma
coautoria. Na área cível, e os pais dos bullies podem, pois, ser obrigados a pagar indenizações e podem
haver processos por danos morais.
Os atos de assédio escolar configuram atos ilícitos, não porque não estão autorizados pelo nosso
ordenamento jurídico, mas por desrespeitarem princípios constitucionais (ex: dignidade da pessoa
humana) e o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de
indenizar. A responsabilidade pela prática de atos de assédio escolar pode se enquadrar também no
4. Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e
são responsáveis por atos de assédio escolar que ocorram nesse contexto.
Condenações legais
Dado que a cobertura da mídia tem exposto o quão disseminada é a prática do assédio escolar, os júris
estão agora mais inclinados do que nunca a se simpatizarem com as vítimas. Em anos recentes, muitas
vítimas têm movido ações judiciais diretamente contra os agressores por "imposição intencional de
sofrimento emocional".
http://www.guiadicas.com/bullings-nas-escolas-o-que-fazer/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bullying
www.blogdicas.com.br/como-evitar-bullings-nas-escolas