SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
         CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO DE GEOGRAFIA
   DISCIPLINA: ESPAÇO E CULTURA – PROFº OTÁVIO J. LEMOS COSTA.
                  ALUNO: HENRIQUE GOMES DE LIMA

                                               Resumo do texto “As abordagens”.
                                            da Geografia Cultural “de Paul Claval.

         A geografia cultural associa as experiências humanas e seus reflexos na
modelagem da paisagem e busca o entendimento de sua identidade com o lugar.
Em virtude de Geografia estar vinculada a caracterização natural das paisagens é
que essa nova visão de análise custou a ser desenvolvida.
         Foi Eric Dardel o primeiro a lutar por uma concepção verdadeiramente
humana para a Geografia. Tal concepção não esteve sempre adormecida; mesmo
quando a situação ainda não era favorável, no começo do século XX na França
ocorre produção de trabalhos isolados onde aparece a noção de gênero de vida
tem uma dimensão e ecológica, naturalista e também uma dimensão social e
cultural na visão de Vidal de La blache. E ele faz do gênero de vida um dos eixos
da geografia humana.
         Geógrafos como Jean Brunhes e Pierre Deffontaines também
desenvolveram atividades nesse sentido, só que estudando os traços culturais,
sua distribuição e a marca que eles imprimem na paisagem. A cultura é vista é
abordada pelo o exterior; identificação de valores e questionamentos não são
levados em conta.
         Já nos Estados Unidos Carl Sauer se interessa pelas as transformações
que a cultura impõe aos ambientes naturais, mas a abordagem ainda coloca a
cultura como algo exterior.
         Quando o homem é colocado como o centro de sua análise a geografia
cultural moderna teve que desenvolver novas abordagens, culminando então com
três eixos igualmente necessários e complementares:
                            • Sensações e percepções
                                 • Comunicação
                           • Construção de identidades
         Hoje em dia por se interessar primeiramente pelos os homens, pelo o que
se passa no espírito das pessoas os estudos da geografia cultural podem ir muito
mais longe do que no passado.
         Ao partir das sensações e das representações a geografia cultural quando
estuda grupos humanos se detém nos discursos e nas representações que os
codificam e produzem maneiras de ver padronizadas. Detém-se também nas
sensações, pois são uma apreensão do real. As representações fornecem malhas
para apreender o real. Permitem superpor ao aqui e ao agora os lugares, que são
sociais, geográficos ou metafísicos.
         Aproximar-se da geografia cultural é, antes de mais nada, captar a idéia
que temos do ambiente próximo, do país e do mundo.
         A comunicação quando vista do ponto de vista geográfico para analisar as
manifestações da cultura no espaço são transmitidas pela a observação e
imitação, pela a palavra e pela a escrita. As informações que constituem a cultura
concernem o ambiente natural no qual vivem os homens, a maneira de produzir
alimentos, energias e matérias-primas e instrumentos usados para criar ambientes
artificiais. Com essas informações os indivíduos desenvolvem suas metodologias
que passam a caracterizar o grupo.
           O conteúdo traçado das mensagens não pode geralmente ser
compreendido fora do contexto onde se encontram os parceiros.
           Além da dimensão coletiva, a cultura também assume suas
individualidades e forja identidades. Constitui-se de um processo de construção
sem fim, levado a cabo pelos indivíduos. Além de ter o caráter de coletividade ela
assume também a responsabilidade de dar um sentido à existência dos indivíduos
e dos grupos sociais nos quais estão inseridos. A abordagem cultural torna-se
indispensável para compreender a arquitetura das relações que dominam a vida
dos grupos. Ela renova a geografia social.
           Nesse contexto da abordagem cultural, percebe-se que a apreensão do
mundo se dá através dos sentidos, a partir daquilo que eles revelam. O olhar, a
audição, o gosto sempre levam os indivíduos a lembranças de lugares reais já
vivenciados.
           A partir desses referenciais de cultura o espaço se estrutura. Ele é
ordenado em relação a um ponto de origem e às direções, o que permite situar os
lugares uns em relação aos outros. E esses referenciais como um rio, uma
montanha, os pontos cardeais são muitas vezes conotados de valores.
           Mas além do espaço a cultura também se reflete na natureza, quando os
homens tiram de seu ambiente aquilo que eles tem necessidade e a partir disso,
ao realizarem a coleta, pesca ou caça, a pastoreio ou ainda a agricultura, cada
uma dessas operações implica o uso de instrumentos variáveis que ao dominar o
meio cria ambientes artificiais.
           Todas esses intervenções são retidas na paisagem, uma vez que ela é o
suporte das representações. Segundo Algustin Berque ela é simultaneamente
matriz e marca da cultura, o que segundo James Duncan faz a paisagem ser lida
como um texto. Entre as criações da cultura, a paisagem é a que retém maior
atenção, pois lança-se sobre ela um novo olhar. Berque procura compreender os
sentidos que os grupos dão ao ambiente, forja novos conceitos para melhor
compreender esse domínio, como por exemplo, a mesologia. Sua idéia mestre é
que a natureza é sempre compreendida em uma perspectiva cultural.
           A cultura possibilita então a construção do eu e da sociedade. Enriquece
o ser. Os indivíduos não permanecem passivos diante da cultura eles retiram
disso também satisfações pessoais, ela lhes assegura prestígio.
           Não se pode então compreender as geografias que se constroem sob
nossos olhos se negligenciarmos a qualidade estética dos ambientes e as
possibilidades de realização que eles oferecem àqueles que os habitam ou que os
freqüentam.Como fundamento das identidades a cultura reúne os homens ou os
separa. Ao se congregar em torno de preceitos comuns, os grupos abolem as
distancias psicológicas que existem entre seus membros, o que lhes permite
triunfar sobre a dispersão associada freqüentemente às necessidades de vida.
Surge em Jean Gottmann a idéia de iconografia.
           A cultura recorta categorias no real e lhes dá vida. Ao supor formas
universais na maneira de conceber o real sobre o qual se debruça, o observador
tem a tendência de naturalizar a realidade, o que torna a geografia cultural
incompatível com uma tal maneira de ver. O problema não é aplicar ao real uma
malha válida em todos os contextos e para todas as culturas, mas compreender
como cada grupo reinventa permanentemente o mundo, introduzindo novos
recortes. A escala das análises muda: para apreender os processos culturais
verdadeiramente significativos, os geógrafos se debruçam sobre as experiências
das pessoas, sobre seus contatos, sobre suas maneira de falar.
         A orientação cultural visa compreender como os grupos constroem o
mundo, a sociedade e a natureza. Ela se interessa pela a maneira como são
estabelecidos os critérios que separam o grupo do qual fazemos parte daqueles
que nos são estrangeiros.
         Tais fatos fazem a ordem social ser culturalmente instituída. Atrás dos
processos de institucionalização, podem ser lidos os jogos que dividem o mundo
as esferas do sagrado e do profano. A geografia cultural privilegia assim as
religiões e mostra como as ideologias laicas funcionam de fato como substitutas
das crenças tradicionais.
         As culturas são diversas. Elas não dispõem das mesmas técnicas e não
asseguram o mesmo grau de domínio dos ambientes. Poder-se-ia imaginar uma
comparação, mas a única perspectiva evolucionista que pode existir na geografia
cultural seria aquela de classificar as sociedades em função dos modelos de
comunicação que as caracteriza.
         A perspectiva evolucionista só é capaz de se dar conta de uma parcela da
diversidade das culturas. Para ir adiante na compreensão, é preciso prestar
atenção e entrarem sua lógica. É isto que permite a perspectiva etnogeográfica.
         A etnogeografia convida a refletir sobre a diversidade dos sistemas da
representação e de técnicas pelas as quais os homens agem sobre o mundo,
tiram partido da natureza para se alimentar, se proteger contra as intempéries, se
vestir, habitar etc, e modelam o espaço á sua imagem em função de seus valores
e de suas aspirações.




                    Fortaleza, 07 de fevereiro de 2004 d.C.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
         CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO DE GEOGRAFIA
   DISCIPLINA: ESPAÇO E CULTURA – PROFº OTÁVIO J. LEMOS COSTA.
                  ALUNO: HENRIQUE GOMES DE LIMA

                                          Resumo do texto “O olho que observa:
                                                  dez visões da mesma cena.
                                                         De Donald W. Meinig.

“A superfície terrestre (ou qualquer uma outra que a ser pela humanidade
ocupada) constituí-se de um grande manuscrito onde os grupos humanos
realizam seus feitos e depositam seus sonhos” (Henrique Gomes)


        Os vários elementos constitutivos do espaço humano apresentam-se
como um complexo de visões e idéias que variam de acordo com o tempo
histórico, o interesse e a formação intelectual de quem observa esse espaço,
resultando portando, em visões diferenciadas para uma mesma paisagem.
        É nesse sentido que há aqueles que têm a paisagem como Natureza,
grandiosa, absoluta, dominante e duradoura. O homem é minúsculo superficial,
efêmero e subordinado. Nessa visão o homem é removido da cena há uma
tendência em separar o mundo do homem do mundo da natureza. Essa visão é
muito difundida no século XVIII, através do Romantismo que sempre faz alusão ao
selvagem e coloca a paisagem como uma natureza pura, formosa, boa e bela.
        Mesmo sendo vista por esse ângulo é perfeitamente possível considerar a
paisagem como Habitat, o lar do homem. Onde este trabalha continuamente
criando uma relação viável com a natureza. Cada paisagem é uma mistura do
homem com a natureza. É sobre tal ideologia que surge os estudos da ecologia
humana e do ambientalismo.
        Sendo, portanto, a terra o jardim da humanidade e o homem seu
cultivador, uma visão toma forma e considera a paisagem como um artefato, a
marca do homem está presente em tudo. O homem é um criador o conquistador
da natureza.
Mas a expressão da ciência é mais profunda que este utilitarismo na sua
expressão manipulatória. Para o cientista engajado numa exploração sem fim do
mundo em que vive a paisagem apresenta-se como um Sistema. Tudo que se
apresenta constitui um conjunto de elementos variados ou classes de fenômenos.
E o homem é sem dúvida, uma parte inexorável desses sistemas. Tal visão é um
produto da ciência. A paisagem pode ser uma fachada na qual a visão penetra
para revelar a anatomia das intrincadas redes, fluxos e interações. É vista,
portanto, como um laboratório, uma estação experimental.
        E que de acordo com outras visões, mas ainda pelo o lado da
investigação, vê-se a paisagem como Problema. Não como um problema
científico, mas como uma condição que necessita de correção. Para esse modo
de olhar, encarar a cena que está a sua frente somente como laboratório é ser
indiferente às necessidades humanas, pois cada paisagem invoca indignação
alarme, é um espelho dos malefícios de nossa sociedade e clama por mudanças
drásticas. Insere-se também uma visão humanística aliada à política que objetiva
gerar movimentos populares contra as instituições que são vistas como
indiferentes, egoístas ou simplesmente inertes.
        Enquanto a ferramenta do ativista social é o folheto de propaganda
retratando o pior que pode se visto na paisagem real, a do designer é de
apresentar um plano, um esquema, que usa a arte e tecnologia para imaginar
paisagens melhoradas e que os fazem ver a paisagem como riqueza. Onde o
olhar de avaliador profissional atribui valor monetário a tudo que vê. Constitui-se
de uma visão lógica e sistemática. Esta visão da paisagem como riqueza está,
sem dúvida, profundamente enraizada na ideologia americana e reflete seus
valores culturais. A marca de uma sociedade que é caracterizada por ser
comercial, pragmática e quantitativa.
        Senda a paisagem percebida dessa forma, quem observa de fora essa
dinâmica, vê essa mesma paisagem como Ideologia. Onde os valores, símbolos
de valores, idéias mestras, fundamentos filosóficos direcionam as ações. É uma
visão que insiste que se nós queremos mudar a paisagem substancialmente, nós
precisamos modificaras idéias que criaram e sustentam o que nós vemos. Tais
mudanças requerem alterações profundas no sistema social.
Mas há também uma outra maneira até mesmo mais reflexiva e filosófica
de analisar a mesma paisagem. Detalhada e concreta tal perspectiva tem a
paisagem como História, onde tudo que se apresenta é um complexo registro
cumulativo do trabalho da natureza e do homem em um dado lugar. Essa ótica
procura os registros escritos, aprofunda-se na história natural e na geologia e até
mesmo aos homens primitivos. O principal sistema organizador desse processo é
a cronologia que funciona como um sustentáculo sobre o qual a história é
construída. Assim à primeira vista, a paisagem não é um completo registro da
história, faz-se necessário um trabalho de detetive para reconstruir com todos os
fragmentos e peças os padrões do passado. Cada paisagem constitui uma
acumulação de processos.
        Complementando essa visão da paisagem como história há uma outra
distinta em perspectiva e propósito e vê a paisagem como lugar, uma peça
individual no mosaico heterogêneo da superfície terrestre. É uma paisagem como
ambiente, que abrange tudo o que vivenciamos e que, como conseqüência, faz
com que o observador cultive a sensibilidade para o detalhe, para a textura, a cor,
toda as nuanças das relações visuais, e mais, porque o ambiente ocupa todos os
sentidos, também os sons e odores de um inefável sentido de lugar como algo
proveitoso. É uma visão antiga e fundamental para o geógrafo. Ele verá nas
paisagens a variedade dos padrões dispostos em área e das relações: grupos,
nós, dispersões, gradações, misturais.
        Essa abertura dos sentidos para sentir o lugar, faz emergir a idéia de ver
a paisagem como Estética. Onde apesar de existir muitas variantes para essa
visão, todas tem em comum uma subordinação a algum interesse à identidade e à
função das feições específicas com uma preocupação com suas qualidades
artísticas. E essa qualidade artística é sem dúvida uma matéria muito controversa.
A paisagem como estética é uma abstração, segundo a qual todas as formas
específicas são dissolvidas na linguagem básica da arte. As versões e variações
são infinitas nesta visão mais individualizada da paisagem.




                                Fortaleza, março de 2004.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Origem geografia
Origem geografiaOrigem geografia
Origem geografiaedsonluz
 
9º Ano - Módulo 01 - Aula 01 - Introdução a globalização.
9º Ano - Módulo 01 - Aula 01 - Introdução a globalização.9º Ano - Módulo 01 - Aula 01 - Introdução a globalização.
9º Ano - Módulo 01 - Aula 01 - Introdução a globalização.Cléber Figueiredo Beda de Ávila
 
Composição étnica brasileira
Composição étnica  brasileiraComposição étnica  brasileira
Composição étnica brasileiraSalageo Cristina
 
Aula 1 - geografia 1
Aula 1 - geografia 1Aula 1 - geografia 1
Aula 1 - geografia 1Palloma Luana
 
Capitalismo e sociedade (8º ano CPII)
Capitalismo e sociedade (8º ano CPII)Capitalismo e sociedade (8º ano CPII)
Capitalismo e sociedade (8º ano CPII)roberto mosca junior
 
O ser humano chega a america
O ser humano chega a america O ser humano chega a america
O ser humano chega a america edna2
 
Formação do território brasileiro!
Formação do território brasileiro!Formação do território brasileiro!
Formação do território brasileiro!Marcelo Caetano
 
Povos nativos da América.
Povos nativos da América.Povos nativos da América.
Povos nativos da América.Camila Brito
 
Formação Territorial Do Brasil
Formação Territorial Do BrasilFormação Territorial Do Brasil
Formação Territorial Do BrasilLuciano Pessanha
 
O desenvolvimento tecnológico e o processo de globalização
O desenvolvimento tecnológico e o processo de globalizaçãoO desenvolvimento tecnológico e o processo de globalização
O desenvolvimento tecnológico e o processo de globalizaçãoRenata Magalhães
 
Industrialização brasileira alterações no espaço
Industrialização brasileira   alterações no espaçoIndustrialização brasileira   alterações no espaço
Industrialização brasileira alterações no espaçoLuciano Pessanha
 

Mais procurados (20)

Geografia 6º ano
Geografia 6º anoGeografia 6º ano
Geografia 6º ano
 
Introdução A Geografia
Introdução A GeografiaIntrodução A Geografia
Introdução A Geografia
 
O que é historia
O que é historiaO que é historia
O que é historia
 
Espaço geográfico
Espaço geográficoEspaço geográfico
Espaço geográfico
 
Origem geografia
Origem geografiaOrigem geografia
Origem geografia
 
Aspectos naturais da América
Aspectos naturais da AméricaAspectos naturais da América
Aspectos naturais da América
 
Populaçao mundial
Populaçao mundialPopulaçao mundial
Populaçao mundial
 
9º Ano - Módulo 01 - Aula 01 - Introdução a globalização.
9º Ano - Módulo 01 - Aula 01 - Introdução a globalização.9º Ano - Módulo 01 - Aula 01 - Introdução a globalização.
9º Ano - Módulo 01 - Aula 01 - Introdução a globalização.
 
Composição étnica brasileira
Composição étnica  brasileiraComposição étnica  brasileira
Composição étnica brasileira
 
Unidade 1 6º ano
Unidade 1 6º anoUnidade 1 6º ano
Unidade 1 6º ano
 
Aula 1 - geografia 1
Aula 1 - geografia 1Aula 1 - geografia 1
Aula 1 - geografia 1
 
Capitalismo e sociedade (8º ano CPII)
Capitalismo e sociedade (8º ano CPII)Capitalismo e sociedade (8º ano CPII)
Capitalismo e sociedade (8º ano CPII)
 
Introdução ao estudo de História
Introdução ao estudo de HistóriaIntrodução ao estudo de História
Introdução ao estudo de História
 
O ser humano chega a america
O ser humano chega a america O ser humano chega a america
O ser humano chega a america
 
Formação do território brasileiro!
Formação do território brasileiro!Formação do território brasileiro!
Formação do território brasileiro!
 
Fuso Horário
Fuso HorárioFuso Horário
Fuso Horário
 
Povos nativos da América.
Povos nativos da América.Povos nativos da América.
Povos nativos da América.
 
Formação Territorial Do Brasil
Formação Territorial Do BrasilFormação Territorial Do Brasil
Formação Territorial Do Brasil
 
O desenvolvimento tecnológico e o processo de globalização
O desenvolvimento tecnológico e o processo de globalizaçãoO desenvolvimento tecnológico e o processo de globalização
O desenvolvimento tecnológico e o processo de globalização
 
Industrialização brasileira alterações no espaço
Industrialização brasileira   alterações no espaçoIndustrialização brasileira   alterações no espaço
Industrialização brasileira alterações no espaço
 

Destaque

Geografia cultural
Geografia culturalGeografia cultural
Geografia culturalsilviampollo
 
Claval a geografia cultural
Claval  a geografia culturalClaval  a geografia cultural
Claval a geografia culturalpedro vergasta
 
Cultura e espaço humanizado, geografia cultural
Cultura e espaço humanizado, geografia cultural Cultura e espaço humanizado, geografia cultural
Cultura e espaço humanizado, geografia cultural Gisele Da Fonseca
 
História, Memória e as Paisagens Culturais da Cidade Histórica de São Borja-RS
História, Memória e as Paisagens Culturais da Cidade Histórica de São Borja-RSHistória, Memória e as Paisagens Culturais da Cidade Histórica de São Borja-RS
História, Memória e as Paisagens Culturais da Cidade Histórica de São Borja-RSMuriel Pinto
 
Introdução ao módulo 5
Introdução ao módulo 5Introdução ao módulo 5
Introdução ao módulo 5cattonia
 
Como colocar as referências segundo a abnt
Como colocar as referências segundo a abntComo colocar as referências segundo a abnt
Como colocar as referências segundo a abntitqturma201
 
La problemática ambiental
La problemática ambientalLa problemática ambiental
La problemática ambientalCARLA081997
 
Geo Urb 1.pptx
Geo Urb 1.pptxGeo Urb 1.pptx
Geo Urb 1.pptxvpcsilva
 
Geopolitica x geog._politica
Geopolitica x geog._politicaGeopolitica x geog._politica
Geopolitica x geog._politicaVanChamma
 
3 ProblemáTica Ambiental Ea.09
3 ProblemáTica Ambiental Ea.093 ProblemáTica Ambiental Ea.09
3 ProblemáTica Ambiental Ea.09albonubes
 
Problemática ambiental
Problemática ambientalProblemática ambiental
Problemática ambientalhistogeo14
 
Natura epa4 2010 02 problemática ambiental global y cambio climático. soc. m...
Natura epa4 2010  02 problemática ambiental global y cambio climático. soc. m...Natura epa4 2010  02 problemática ambiental global y cambio climático. soc. m...
Natura epa4 2010 02 problemática ambiental global y cambio climático. soc. m...Natura Instituto
 
La economía social: conceptos teóricos y economía real. Una perspectiva antro...
La economía social: conceptos teóricos y economía real. Una perspectiva antro...La economía social: conceptos teóricos y economía real. Una perspectiva antro...
La economía social: conceptos teóricos y economía real. Una perspectiva antro...EOI Escuela de Organización Industrial
 
pensamiento geográfico
pensamiento geográfico pensamiento geográfico
pensamiento geográfico esab2102
 

Destaque (20)

Geografia cultural
Geografia culturalGeografia cultural
Geografia cultural
 
Geografia cultural
Geografia culturalGeografia cultural
Geografia cultural
 
Claval a geografia cultural
Claval  a geografia culturalClaval  a geografia cultural
Claval a geografia cultural
 
Tipos de geografia
Tipos de geografiaTipos de geografia
Tipos de geografia
 
Cultura e espaço humanizado, geografia cultural
Cultura e espaço humanizado, geografia cultural Cultura e espaço humanizado, geografia cultural
Cultura e espaço humanizado, geografia cultural
 
Conceitos Da Geografia
Conceitos Da GeografiaConceitos Da Geografia
Conceitos Da Geografia
 
História, Memória e as Paisagens Culturais da Cidade Histórica de São Borja-RS
História, Memória e as Paisagens Culturais da Cidade Histórica de São Borja-RSHistória, Memória e as Paisagens Culturais da Cidade Histórica de São Borja-RS
História, Memória e as Paisagens Culturais da Cidade Histórica de São Borja-RS
 
Slide De Geografia
Slide De GeografiaSlide De Geografia
Slide De Geografia
 
Introdução ao módulo 5
Introdução ao módulo 5Introdução ao módulo 5
Introdução ao módulo 5
 
Como colocar as referências segundo a abnt
Como colocar as referências segundo a abntComo colocar as referências segundo a abnt
Como colocar as referências segundo a abnt
 
Ribeirão Preto
Ribeirão PretoRibeirão Preto
Ribeirão Preto
 
La problemática ambiental
La problemática ambientalLa problemática ambiental
La problemática ambiental
 
Geo Urb 1.pptx
Geo Urb 1.pptxGeo Urb 1.pptx
Geo Urb 1.pptx
 
Geopolitica x geog._politica
Geopolitica x geog._politicaGeopolitica x geog._politica
Geopolitica x geog._politica
 
3 ProblemáTica Ambiental Ea.09
3 ProblemáTica Ambiental Ea.093 ProblemáTica Ambiental Ea.09
3 ProblemáTica Ambiental Ea.09
 
Clase de geografia
Clase de geografiaClase de geografia
Clase de geografia
 
Problemática ambiental
Problemática ambientalProblemática ambiental
Problemática ambiental
 
Natura epa4 2010 02 problemática ambiental global y cambio climático. soc. m...
Natura epa4 2010  02 problemática ambiental global y cambio climático. soc. m...Natura epa4 2010  02 problemática ambiental global y cambio climático. soc. m...
Natura epa4 2010 02 problemática ambiental global y cambio climático. soc. m...
 
La economía social: conceptos teóricos y economía real. Una perspectiva antro...
La economía social: conceptos teóricos y economía real. Una perspectiva antro...La economía social: conceptos teóricos y economía real. Una perspectiva antro...
La economía social: conceptos teóricos y economía real. Una perspectiva antro...
 
pensamiento geográfico
pensamiento geográfico pensamiento geográfico
pensamiento geográfico
 

Semelhante a Dez visões da mesma paisagem

Sentido formativo da Geografia
Sentido formativo da Geografia Sentido formativo da Geografia
Sentido formativo da Geografia Priscilla Abrantes
 
Cultura negra e educação
Cultura negra e educaçãoCultura negra e educação
Cultura negra e educaçãoAline Vaz
 
Humanas Pcop Daniela
Humanas Pcop DanielaHumanas Pcop Daniela
Humanas Pcop Danielaguest4f15c6
 
Fund. antropológicos da arte nota 9,5
Fund. antropológicos da arte   nota 9,5Fund. antropológicos da arte   nota 9,5
Fund. antropológicos da arte nota 9,5HENRIQUE GOMES DE LIMA
 
PCN's Geografia e Socilogia
PCN's Geografia e SocilogiaPCN's Geografia e Socilogia
PCN's Geografia e Socilogiapibidsociais
 
PATRIMONIO CINEMATOGRÁFICO EM CAMPO GRANDE: PERSPECTIVAS DE SUSTENTABILIDADE ...
PATRIMONIO CINEMATOGRÁFICO EM CAMPO GRANDE: PERSPECTIVAS DE SUSTENTABILIDADE ...PATRIMONIO CINEMATOGRÁFICO EM CAMPO GRANDE: PERSPECTIVAS DE SUSTENTABILIDADE ...
PATRIMONIO CINEMATOGRÁFICO EM CAMPO GRANDE: PERSPECTIVAS DE SUSTENTABILIDADE ...1sested
 
O paradigma da educação multicultural amazônica
O paradigma da educação multicultural amazônicaO paradigma da educação multicultural amazônica
O paradigma da educação multicultural amazônicaHebert Balieiro
 
bioquimica e arte
bioquimica e artebioquimica e arte
bioquimica e arteEdu Rocha
 
Geografia - noções conceituais para a contemporaneidade
Geografia - noções conceituais para a contemporaneidadeGeografia - noções conceituais para a contemporaneidade
Geografia - noções conceituais para a contemporaneidadePatrícia Éderson Dias
 
CULTURA E IDEOLOGIA [Salvo automaticamente].ppt
CULTURA E IDEOLOGIA   [Salvo automaticamente].pptCULTURA E IDEOLOGIA   [Salvo automaticamente].ppt
CULTURA E IDEOLOGIA [Salvo automaticamente].pptAdelmaFerreiradeSouz
 
O uso do conceito de cultura como exercício de poder - Bruno Carrasco
O uso do conceito de cultura como exercício de poder - Bruno CarrascoO uso do conceito de cultura como exercício de poder - Bruno Carrasco
O uso do conceito de cultura como exercício de poder - Bruno CarrascoBruno Carrasco
 
V Colóquio Nacional do NEER
V Colóquio Nacional do NEERV Colóquio Nacional do NEER
V Colóquio Nacional do NEERImprensa-semec
 
Apostila de sociologia 3° ano
Apostila de sociologia 3° anoApostila de sociologia 3° ano
Apostila de sociologia 3° anoAlexandre Quadrado
 

Semelhante a Dez visões da mesma paisagem (20)

Sentido formativo da Geografia
Sentido formativo da Geografia Sentido formativo da Geografia
Sentido formativo da Geografia
 
Cultura negra e educação
Cultura negra e educaçãoCultura negra e educação
Cultura negra e educação
 
Humanas Pcop Daniela
Humanas Pcop DanielaHumanas Pcop Daniela
Humanas Pcop Daniela
 
Humanas Pcop Daniela
Humanas Pcop DanielaHumanas Pcop Daniela
Humanas Pcop Daniela
 
T Geografia
T GeografiaT Geografia
T Geografia
 
Fund. antropológicos da arte nota 9,5
Fund. antropológicos da arte   nota 9,5Fund. antropológicos da arte   nota 9,5
Fund. antropológicos da arte nota 9,5
 
PCN's Geografia e Socilogia
PCN's Geografia e SocilogiaPCN's Geografia e Socilogia
PCN's Geografia e Socilogia
 
PATRIMONIO CINEMATOGRÁFICO EM CAMPO GRANDE: PERSPECTIVAS DE SUSTENTABILIDADE ...
PATRIMONIO CINEMATOGRÁFICO EM CAMPO GRANDE: PERSPECTIVAS DE SUSTENTABILIDADE ...PATRIMONIO CINEMATOGRÁFICO EM CAMPO GRANDE: PERSPECTIVAS DE SUSTENTABILIDADE ...
PATRIMONIO CINEMATOGRÁFICO EM CAMPO GRANDE: PERSPECTIVAS DE SUSTENTABILIDADE ...
 
O paradigma da educação multicultural amazônica
O paradigma da educação multicultural amazônicaO paradigma da educação multicultural amazônica
O paradigma da educação multicultural amazônica
 
bioquimica e arte
bioquimica e artebioquimica e arte
bioquimica e arte
 
Geografia - noções conceituais para a contemporaneidade
Geografia - noções conceituais para a contemporaneidadeGeografia - noções conceituais para a contemporaneidade
Geografia - noções conceituais para a contemporaneidade
 
Antropologia da religião 2
Antropologia da religião 2Antropologia da religião 2
Antropologia da religião 2
 
CULTURA E IDEOLOGIA [Salvo automaticamente].ppt
CULTURA E IDEOLOGIA   [Salvo automaticamente].pptCULTURA E IDEOLOGIA   [Salvo automaticamente].ppt
CULTURA E IDEOLOGIA [Salvo automaticamente].ppt
 
Pcn história
Pcn históriaPcn história
Pcn história
 
O uso do conceito de cultura como exercício de poder - Bruno Carrasco
O uso do conceito de cultura como exercício de poder - Bruno CarrascoO uso do conceito de cultura como exercício de poder - Bruno Carrasco
O uso do conceito de cultura como exercício de poder - Bruno Carrasco
 
História local
História localHistória local
História local
 
V Colóquio Nacional do NEER
V Colóquio Nacional do NEERV Colóquio Nacional do NEER
V Colóquio Nacional do NEER
 
Apostila de sociologia 3° ano
Apostila de sociologia 3° anoApostila de sociologia 3° ano
Apostila de sociologia 3° ano
 
Cartilha de Causos
Cartilha de CausosCartilha de Causos
Cartilha de Causos
 
Antropologia
AntropologiaAntropologia
Antropologia
 

Mais de HENRIQUE GOMES DE LIMA

Mais de HENRIQUE GOMES DE LIMA (12)

Desafio National Geographic 2009 1ª fase
Desafio National Geographic  2009   1ª faseDesafio National Geographic  2009   1ª fase
Desafio National Geographic 2009 1ª fase
 
Desafio national geographic 2010 prova 1ª fase
Desafio national geographic 2010 prova 1ª faseDesafio national geographic 2010 prova 1ª fase
Desafio national geographic 2010 prova 1ª fase
 
Projeto gema
Projeto gema Projeto gema
Projeto gema
 
Resumos sobre urbanização
Resumos sobre urbanizaçãoResumos sobre urbanização
Resumos sobre urbanização
 
Metodologia de aula de campo
Metodologia de aula de campoMetodologia de aula de campo
Metodologia de aula de campo
 
Análise ambiental
Análise ambientalAnálise ambiental
Análise ambiental
 
Seminários história da arte nota 10,0
Seminários história da arte   nota 10,0Seminários história da arte   nota 10,0
Seminários história da arte nota 10,0
 
Metodologia do ensino das artes visuais
Metodologia do ensino das artes visuais   Metodologia do ensino das artes visuais
Metodologia do ensino das artes visuais
 
Cultura popular uma reflexão necessária
Cultura popular uma reflexão necessáriaCultura popular uma reflexão necessária
Cultura popular uma reflexão necessária
 
Teorias da criatividade
Teorias da criatividade Teorias da criatividade
Teorias da criatividade
 
Fund. filosóficos e sociológicos da arte nota 10,0
Fund. filosóficos e sociológicos da arte   nota 10,0Fund. filosóficos e sociológicos da arte   nota 10,0
Fund. filosóficos e sociológicos da arte nota 10,0
 
Curriculo Breve HistóRico Na Prefeitura De Fortaleza
Curriculo  Breve HistóRico Na Prefeitura De FortalezaCurriculo  Breve HistóRico Na Prefeitura De Fortaleza
Curriculo Breve HistóRico Na Prefeitura De Fortaleza
 

Último

Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOMarcosViniciusLemesL
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASEdinardo Aguiar
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxDeyvidBriel
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasRicardo Diniz campos
 
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?MrciaRocha48
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfErasmo Portavoz
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaA Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaFernanda Ledesma
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfAnaGonalves804156
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxBiancaNogueira42
 
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSOVALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSOBiatrizGomes1
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdfProfGleide
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxacaciocarmo1
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfpaulafernandes540558
 
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdfHABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdfdio7ff
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 

Último (20)

Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
 
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaA Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
 
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSOVALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
 
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdfHABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 

Dez visões da mesma paisagem

  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO DE GEOGRAFIA DISCIPLINA: ESPAÇO E CULTURA – PROFº OTÁVIO J. LEMOS COSTA. ALUNO: HENRIQUE GOMES DE LIMA Resumo do texto “As abordagens”. da Geografia Cultural “de Paul Claval. A geografia cultural associa as experiências humanas e seus reflexos na modelagem da paisagem e busca o entendimento de sua identidade com o lugar. Em virtude de Geografia estar vinculada a caracterização natural das paisagens é que essa nova visão de análise custou a ser desenvolvida. Foi Eric Dardel o primeiro a lutar por uma concepção verdadeiramente humana para a Geografia. Tal concepção não esteve sempre adormecida; mesmo quando a situação ainda não era favorável, no começo do século XX na França ocorre produção de trabalhos isolados onde aparece a noção de gênero de vida tem uma dimensão e ecológica, naturalista e também uma dimensão social e cultural na visão de Vidal de La blache. E ele faz do gênero de vida um dos eixos da geografia humana. Geógrafos como Jean Brunhes e Pierre Deffontaines também desenvolveram atividades nesse sentido, só que estudando os traços culturais, sua distribuição e a marca que eles imprimem na paisagem. A cultura é vista é abordada pelo o exterior; identificação de valores e questionamentos não são levados em conta. Já nos Estados Unidos Carl Sauer se interessa pelas as transformações que a cultura impõe aos ambientes naturais, mas a abordagem ainda coloca a cultura como algo exterior. Quando o homem é colocado como o centro de sua análise a geografia cultural moderna teve que desenvolver novas abordagens, culminando então com três eixos igualmente necessários e complementares: • Sensações e percepções • Comunicação • Construção de identidades Hoje em dia por se interessar primeiramente pelos os homens, pelo o que se passa no espírito das pessoas os estudos da geografia cultural podem ir muito mais longe do que no passado. Ao partir das sensações e das representações a geografia cultural quando estuda grupos humanos se detém nos discursos e nas representações que os codificam e produzem maneiras de ver padronizadas. Detém-se também nas sensações, pois são uma apreensão do real. As representações fornecem malhas para apreender o real. Permitem superpor ao aqui e ao agora os lugares, que são sociais, geográficos ou metafísicos. Aproximar-se da geografia cultural é, antes de mais nada, captar a idéia que temos do ambiente próximo, do país e do mundo. A comunicação quando vista do ponto de vista geográfico para analisar as manifestações da cultura no espaço são transmitidas pela a observação e imitação, pela a palavra e pela a escrita. As informações que constituem a cultura concernem o ambiente natural no qual vivem os homens, a maneira de produzir
  • 2. alimentos, energias e matérias-primas e instrumentos usados para criar ambientes artificiais. Com essas informações os indivíduos desenvolvem suas metodologias que passam a caracterizar o grupo. O conteúdo traçado das mensagens não pode geralmente ser compreendido fora do contexto onde se encontram os parceiros. Além da dimensão coletiva, a cultura também assume suas individualidades e forja identidades. Constitui-se de um processo de construção sem fim, levado a cabo pelos indivíduos. Além de ter o caráter de coletividade ela assume também a responsabilidade de dar um sentido à existência dos indivíduos e dos grupos sociais nos quais estão inseridos. A abordagem cultural torna-se indispensável para compreender a arquitetura das relações que dominam a vida dos grupos. Ela renova a geografia social. Nesse contexto da abordagem cultural, percebe-se que a apreensão do mundo se dá através dos sentidos, a partir daquilo que eles revelam. O olhar, a audição, o gosto sempre levam os indivíduos a lembranças de lugares reais já vivenciados. A partir desses referenciais de cultura o espaço se estrutura. Ele é ordenado em relação a um ponto de origem e às direções, o que permite situar os lugares uns em relação aos outros. E esses referenciais como um rio, uma montanha, os pontos cardeais são muitas vezes conotados de valores. Mas além do espaço a cultura também se reflete na natureza, quando os homens tiram de seu ambiente aquilo que eles tem necessidade e a partir disso, ao realizarem a coleta, pesca ou caça, a pastoreio ou ainda a agricultura, cada uma dessas operações implica o uso de instrumentos variáveis que ao dominar o meio cria ambientes artificiais. Todas esses intervenções são retidas na paisagem, uma vez que ela é o suporte das representações. Segundo Algustin Berque ela é simultaneamente matriz e marca da cultura, o que segundo James Duncan faz a paisagem ser lida como um texto. Entre as criações da cultura, a paisagem é a que retém maior atenção, pois lança-se sobre ela um novo olhar. Berque procura compreender os sentidos que os grupos dão ao ambiente, forja novos conceitos para melhor compreender esse domínio, como por exemplo, a mesologia. Sua idéia mestre é que a natureza é sempre compreendida em uma perspectiva cultural. A cultura possibilita então a construção do eu e da sociedade. Enriquece o ser. Os indivíduos não permanecem passivos diante da cultura eles retiram disso também satisfações pessoais, ela lhes assegura prestígio. Não se pode então compreender as geografias que se constroem sob nossos olhos se negligenciarmos a qualidade estética dos ambientes e as possibilidades de realização que eles oferecem àqueles que os habitam ou que os freqüentam.Como fundamento das identidades a cultura reúne os homens ou os separa. Ao se congregar em torno de preceitos comuns, os grupos abolem as distancias psicológicas que existem entre seus membros, o que lhes permite triunfar sobre a dispersão associada freqüentemente às necessidades de vida. Surge em Jean Gottmann a idéia de iconografia. A cultura recorta categorias no real e lhes dá vida. Ao supor formas universais na maneira de conceber o real sobre o qual se debruça, o observador tem a tendência de naturalizar a realidade, o que torna a geografia cultural incompatível com uma tal maneira de ver. O problema não é aplicar ao real uma malha válida em todos os contextos e para todas as culturas, mas compreender
  • 3. como cada grupo reinventa permanentemente o mundo, introduzindo novos recortes. A escala das análises muda: para apreender os processos culturais verdadeiramente significativos, os geógrafos se debruçam sobre as experiências das pessoas, sobre seus contatos, sobre suas maneira de falar. A orientação cultural visa compreender como os grupos constroem o mundo, a sociedade e a natureza. Ela se interessa pela a maneira como são estabelecidos os critérios que separam o grupo do qual fazemos parte daqueles que nos são estrangeiros. Tais fatos fazem a ordem social ser culturalmente instituída. Atrás dos processos de institucionalização, podem ser lidos os jogos que dividem o mundo as esferas do sagrado e do profano. A geografia cultural privilegia assim as religiões e mostra como as ideologias laicas funcionam de fato como substitutas das crenças tradicionais. As culturas são diversas. Elas não dispõem das mesmas técnicas e não asseguram o mesmo grau de domínio dos ambientes. Poder-se-ia imaginar uma comparação, mas a única perspectiva evolucionista que pode existir na geografia cultural seria aquela de classificar as sociedades em função dos modelos de comunicação que as caracteriza. A perspectiva evolucionista só é capaz de se dar conta de uma parcela da diversidade das culturas. Para ir adiante na compreensão, é preciso prestar atenção e entrarem sua lógica. É isto que permite a perspectiva etnogeográfica. A etnogeografia convida a refletir sobre a diversidade dos sistemas da representação e de técnicas pelas as quais os homens agem sobre o mundo, tiram partido da natureza para se alimentar, se proteger contra as intempéries, se vestir, habitar etc, e modelam o espaço á sua imagem em função de seus valores e de suas aspirações. Fortaleza, 07 de fevereiro de 2004 d.C.
  • 4. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO DE GEOGRAFIA DISCIPLINA: ESPAÇO E CULTURA – PROFº OTÁVIO J. LEMOS COSTA. ALUNO: HENRIQUE GOMES DE LIMA Resumo do texto “O olho que observa: dez visões da mesma cena. De Donald W. Meinig. “A superfície terrestre (ou qualquer uma outra que a ser pela humanidade ocupada) constituí-se de um grande manuscrito onde os grupos humanos realizam seus feitos e depositam seus sonhos” (Henrique Gomes) Os vários elementos constitutivos do espaço humano apresentam-se como um complexo de visões e idéias que variam de acordo com o tempo histórico, o interesse e a formação intelectual de quem observa esse espaço, resultando portando, em visões diferenciadas para uma mesma paisagem. É nesse sentido que há aqueles que têm a paisagem como Natureza, grandiosa, absoluta, dominante e duradoura. O homem é minúsculo superficial, efêmero e subordinado. Nessa visão o homem é removido da cena há uma tendência em separar o mundo do homem do mundo da natureza. Essa visão é muito difundida no século XVIII, através do Romantismo que sempre faz alusão ao selvagem e coloca a paisagem como uma natureza pura, formosa, boa e bela. Mesmo sendo vista por esse ângulo é perfeitamente possível considerar a paisagem como Habitat, o lar do homem. Onde este trabalha continuamente criando uma relação viável com a natureza. Cada paisagem é uma mistura do homem com a natureza. É sobre tal ideologia que surge os estudos da ecologia humana e do ambientalismo. Sendo, portanto, a terra o jardim da humanidade e o homem seu cultivador, uma visão toma forma e considera a paisagem como um artefato, a marca do homem está presente em tudo. O homem é um criador o conquistador da natureza.
  • 5. Mas a expressão da ciência é mais profunda que este utilitarismo na sua expressão manipulatória. Para o cientista engajado numa exploração sem fim do mundo em que vive a paisagem apresenta-se como um Sistema. Tudo que se apresenta constitui um conjunto de elementos variados ou classes de fenômenos. E o homem é sem dúvida, uma parte inexorável desses sistemas. Tal visão é um produto da ciência. A paisagem pode ser uma fachada na qual a visão penetra para revelar a anatomia das intrincadas redes, fluxos e interações. É vista, portanto, como um laboratório, uma estação experimental. E que de acordo com outras visões, mas ainda pelo o lado da investigação, vê-se a paisagem como Problema. Não como um problema científico, mas como uma condição que necessita de correção. Para esse modo de olhar, encarar a cena que está a sua frente somente como laboratório é ser indiferente às necessidades humanas, pois cada paisagem invoca indignação alarme, é um espelho dos malefícios de nossa sociedade e clama por mudanças drásticas. Insere-se também uma visão humanística aliada à política que objetiva gerar movimentos populares contra as instituições que são vistas como indiferentes, egoístas ou simplesmente inertes. Enquanto a ferramenta do ativista social é o folheto de propaganda retratando o pior que pode se visto na paisagem real, a do designer é de apresentar um plano, um esquema, que usa a arte e tecnologia para imaginar paisagens melhoradas e que os fazem ver a paisagem como riqueza. Onde o olhar de avaliador profissional atribui valor monetário a tudo que vê. Constitui-se de uma visão lógica e sistemática. Esta visão da paisagem como riqueza está, sem dúvida, profundamente enraizada na ideologia americana e reflete seus valores culturais. A marca de uma sociedade que é caracterizada por ser comercial, pragmática e quantitativa. Senda a paisagem percebida dessa forma, quem observa de fora essa dinâmica, vê essa mesma paisagem como Ideologia. Onde os valores, símbolos de valores, idéias mestras, fundamentos filosóficos direcionam as ações. É uma visão que insiste que se nós queremos mudar a paisagem substancialmente, nós precisamos modificaras idéias que criaram e sustentam o que nós vemos. Tais mudanças requerem alterações profundas no sistema social.
  • 6. Mas há também uma outra maneira até mesmo mais reflexiva e filosófica de analisar a mesma paisagem. Detalhada e concreta tal perspectiva tem a paisagem como História, onde tudo que se apresenta é um complexo registro cumulativo do trabalho da natureza e do homem em um dado lugar. Essa ótica procura os registros escritos, aprofunda-se na história natural e na geologia e até mesmo aos homens primitivos. O principal sistema organizador desse processo é a cronologia que funciona como um sustentáculo sobre o qual a história é construída. Assim à primeira vista, a paisagem não é um completo registro da história, faz-se necessário um trabalho de detetive para reconstruir com todos os fragmentos e peças os padrões do passado. Cada paisagem constitui uma acumulação de processos. Complementando essa visão da paisagem como história há uma outra distinta em perspectiva e propósito e vê a paisagem como lugar, uma peça individual no mosaico heterogêneo da superfície terrestre. É uma paisagem como ambiente, que abrange tudo o que vivenciamos e que, como conseqüência, faz com que o observador cultive a sensibilidade para o detalhe, para a textura, a cor, toda as nuanças das relações visuais, e mais, porque o ambiente ocupa todos os sentidos, também os sons e odores de um inefável sentido de lugar como algo proveitoso. É uma visão antiga e fundamental para o geógrafo. Ele verá nas paisagens a variedade dos padrões dispostos em área e das relações: grupos, nós, dispersões, gradações, misturais. Essa abertura dos sentidos para sentir o lugar, faz emergir a idéia de ver a paisagem como Estética. Onde apesar de existir muitas variantes para essa visão, todas tem em comum uma subordinação a algum interesse à identidade e à função das feições específicas com uma preocupação com suas qualidades artísticas. E essa qualidade artística é sem dúvida uma matéria muito controversa. A paisagem como estética é uma abstração, segundo a qual todas as formas específicas são dissolvidas na linguagem básica da arte. As versões e variações são infinitas nesta visão mais individualizada da paisagem. Fortaleza, março de 2004.