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INTRODUÇÃO
O presente plano assistencial tem por finalidade expandir nossos
conhecimentos, traçando um plano de cuidado para pacientes em domicilio. A
doença hipertensiva específica da gestação (DHEG) é uma das complicações mais
comuns e de maior morbimortalidade materna e perinatal ocupando o primeiro lugar
dentre as afecções próprias do ciclo grávido-puerperal.
A DHEG, também denominada pré-eclâmpsia, é caracterizada pela tríade:
edema, proteinúria e hipertensão arterial. É uma síndrome que acontece no final do
2º trimestre da gestação e persiste durante todo o período gestacional, impondo,
desta forma, assistência pré-natal de qualidade, já que este quadro clínico apresenta
gravidade de intensidade variável.
A hipertensão arterial, em gestantes, é definida pela presença de pressão
arterial maior ou igual a 140/90 mmHg e para ser constatada devem ser realizadas
duas aferições com o intervalo de 4 horas, a paciente deve estar sentada, evitando
assim a compressão da veia cava pelo útero grávido.
A presença de pressão diastólica de 90mmHg ou mais, em duas aferições
com intervalos de quatro horas, ou a presença de pressão arterial diastólica de
110mmHg em uma única medida caracteriza a hipertensão arterial.
5
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECIFICA DA GESTAÇÃO (DHEG)
2.2 CONCEITO
Segundo Resende 2008, Na gestação a hipertensão é definida como o
aumento da pressão sistólica (OS) > 140 mnHg e da pressão diastólica (PD) >90
mnHg.
2.3 DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Segundo Resende 2008, A DHEG é a doença mais importante em
Obstetrícia, incidindo em cerca de 10% das primíparas. É a maior causa de
mortalidade materna e perinatal. A mortalidade materna no Brasil é problema de
saúde pública. Segundo o Fundo de População da ONU (2010) atinge 74,5 por
100.000 nascidos vivos. É a 4ª pior da América Latina, inferior apenas ao Haiti,
Bolívia e Peru.
2.4 CLASSIFICAÇÕES DAS SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA GRAVIDEZ
 Pré-Eclampsia Leve, Grave e Eclampsia.
 Hipertensão Arterial Crônica de Qualquer Etiologia.
 Pré-Eclampsia/Eclampsia Superposta a Hipertensão Crônica.
 Hipertensão Gestacional:
 Hipertensão Transitória: (Desaparece até 12 semanas pós-parto);
 Hipertensão Arterial Crônica: (Persiste após 12 semanas de pós-parto).
2.5 PRÉ-ECLAMPSIA LEVE
Segundo Resende 2008, Hipertensão abaixo de 160/110mmHg, em pelo
menos duas aferições, que acontecem após a 20ª semana de gestação em paciente
que nunca apresentou manifestação hipertensiva (exceção para a mola hidatiforme
que pode cursar com pré-eclampsia antes das 20 semanas). Acompanha- se de
proteinúria entre 300mg e 2g em 24 horas.
3. PRÉ-ECLAMPSIA GRAVE
6
Segundo Resende 2008, Para que caracterizemos o quadro grave, devemos
observar, além da definição anterior, alguns dos sinais, sintomas. Pressão arterial
igual ou maior a 160/110 mmHg; Proteinúria igual ou maior a 2 gramas / 24horas;
Creatina sérica acima de 1,2mg/dL;
• Cefaléia persistente e/ou dor epigástrica e/ ou distúrbios visuais;
• Alterações do comportamento habitual (mudança de humor);
• Anasarca;
• Sinais de anemia microangiopática e/ou elevação das enzimas hepáticas;
• Plaquetopenia (< 100.000mm3);
• Eclampsia.
3.1 CRISES HIPERTENSIVAS
Segundo Resende 2008, Episódio agudo e rápido de elevação da pressão
arterial acompanhada de sinais (rubor, alteração do comportamento) e sintomas
(cefaléia, dispnéia, torpor, alterações visuais), que podem evoluir para o acidente
coronariano ou encefálico. Geralmente, a pressão diastólica ultrapassa valores de
110mmHg.
3.2 FISIOPATOLOGIA
Segundo Brunner e Suddarth 2012, pressão arterial é o produto do débito
pela resistência periférica. O debito cardíaco é o produto da freqüência cardíaca pelo
volume sistólico. Na circulação normal, a pressão é transferida do músculo cardíaco
para o sangue toda vez que o coração se contrai e, em seguida, a pressão é
exercida pelo sangue à medida que flui através dos vasos sanguíneos. A
hipertensão pode resultar de um aumento no debito cardíaco, aumento da
resistência periférica (constrição dos vasos sanguíneos) em ambos. Embora não se
possa identificar nenhuma etiologia precisa para a maioria dos casos de
hipertensão, ela é considerada uma condição multifatorial. Como a hipertensão é um
sinal, é mais provável que ela tenha muitas causas, assim como a febre tem muitas
causas. Para que ocorra hipertensão deve haver uma alteração em um ou mais dos
fatores que afetam a resistência periférica ou o debito cardíaco. Alem disso, deve
existir também um problema com que o sistema de controle do organismo que
monitoram ou regulam a pressão.
7
3.3 PLANO ASSISTENCIAL DOMICILIAR VOLTADO A PACIENTE COM DHEG
PLANO ASSISTENCIAL DOMICILIAR
INTERVENÇÃO PARA DOENÇAS HIPERTENSIVAS ESPECIFICA DA GRAVIDEZ
1. Avaliar, a região abdominal a incisão cirúrgica, observando se há sinais de
infecção. Se houver encaminhar a paciente para maternidade onde foi realizado a
Cesárea.
2. Enfatizar a importância de manter a região da incisão limpa e seca, para reduzir
os riscos de infecção.
3. Estimular e ofertar a ingestão fibras e frutas.
4. Estimular e ofertar a ingestão de líquido
5. Proporcionar ambiente tranqüilo;
6. Proporcionar repouso relativo;
7. Fornecer esclarecimento e informações
8. Orientar quanto à necessidade de recuperação.
9. Fornecer informações necessárias sobre o tempo que possa realizar atividade
sexual.
10. Estimular atividades distrativas (p. ex., tevê ou radio, socialização como outras
pessoas)
11. Verificar a Pressão arterial da paciente, todos os dias, monitorando e
registrando. Se houver algum pico hipertensivo comunicar o médico.
12. Ajudar a cliente a aprender a transformar os comportamentos gerados pela dor
em comportamentos saudáveis de bem estar.
13. Realizar técnicas de massagem de relaxamento nos membros superiores e
inferiores.
14. Favorecer um ambiente no qual a paciente possa amamentar seu RN
15. Enfatizar para a paciente sobre a importância do leite materno exclusivo até os
seis meses de vida do RN.
8
16. Proporcionar atividades físicas e exercícios apropriados ao nível funcional (p.
ex. caminhadas)
17. Promover uma atitude sincera quanto “ser capaz de fazer” para proporcionar
uma atmosfera positiva de estimulo ao aumento da atividade; transmitir à cliente a
crença de que ela pode melhorar.
18. Identificar e ensinar formas de atender as necessidades nutricionais da cliente.
20. Realizar, medir e registrar a ingestão e as perdas tanto do RN quanto da mãe
para monitorar o balanço hídrico.
21. Reavaliar a ingestão do leite e o processo de amamentação.
22. Recomendar e monitorar do número de fraldas molhadas pelo bebê.
23. Inicialmente, pesar o bebê no mínimo a cada 3 dias e anotar o peso, para
confirmar a adequação da ingestão nutricional.
24. Reavaliar a necessidade de repouso, relaxamento e tempo para estar com os
outros filhos.
25. Informar à mãe que o reinicio da menstruação nos primeiros três meses
subseqüente ao nascimento do bebê pode indicar níveis insuficientes de prolactina.
26. Proporcionar grupos de apoio (p. ex. amigas do peito, grupos de apoio a pais,
redução de estresse ou outros recursos disponíveis na comunidade, conforme
necessidade).
27. Estimular a mãe e familiares a expressarem seus sentimentos e preocupações e
ouvi-los atentamente para determinar que tipo de necessidades esteja presentes.
28. Instruir o pai e familiares quanto aos benefícios da amamentação e como
enfrentar os desafios, mais comuns da lactação. A inclusão do apoio do pai esta
associada ao índice mais alto de amamentação bem- sucedida aos seis meses.
29. Apoiar o planejamento das medidas para lidar com a realidade, isto ajuda a
cliente a enfrentar as situações ou os sentimentos de medo e preocupações.
9
30. Explicar os procedimentos de acordo com o nível de compreensão e levando
em consideração a capacidade de entendimento da cliente.
10
CONCLUSÃO
Acredito que a organização da assistência materno-infantil deva contemplar a
participação do enfermeiro na prestação de cuidados domiciliar e diretos à gestante,
seja no nível primário seja em qualquer nível de complexidade. No nível primário,
enfatiza-se a realização do pré-natal de baixo risco e a identificação de situações de
agravos à saúde que pode e deve ser realizada por enfermeiros.
No nível secundário salienta-se o papel deste profissional, na realização de
planos de cuidados visando o controle da evolução do quadro clinico das diversas
patologias obstétricas, dentre as quais se inclui a doença hipertensiva especifica da
gestação.
Esse plano assistencial enfatiza e contempla cuidados que podem ser
realizados no domicilio. Após a alta da paciente no pós- operatório. É muito
importante ficar atento em qualquer sinal de alerta, nesse caso de DHEG, onde há
uma crise hipertensiva, pois nos como enfermeiros domiciliar atuando no home care,
temos a maior responsabilidade sob a paciente que esteja em recuperação.
Devemos nos especializar e nos profissionalizar criando objetivos e metas a serem
alcançadas.
11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brunner e Suddarth Tratado de enfermagem Médico - cirúrgica 12º edição 2012
Montenegro, Carlos, Antonio Barbosa Rezende, obstetrícia fundamental/ Carlos
Antonio Barbosa Montenegro, Jorge de Rezende Filho – 11ed. – Rio de Janeiro:
Koogan, 2008

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  • 1. 4 INTRODUÇÃO O presente plano assistencial tem por finalidade expandir nossos conhecimentos, traçando um plano de cuidado para pacientes em domicilio. A doença hipertensiva específica da gestação (DHEG) é uma das complicações mais comuns e de maior morbimortalidade materna e perinatal ocupando o primeiro lugar dentre as afecções próprias do ciclo grávido-puerperal. A DHEG, também denominada pré-eclâmpsia, é caracterizada pela tríade: edema, proteinúria e hipertensão arterial. É uma síndrome que acontece no final do 2º trimestre da gestação e persiste durante todo o período gestacional, impondo, desta forma, assistência pré-natal de qualidade, já que este quadro clínico apresenta gravidade de intensidade variável. A hipertensão arterial, em gestantes, é definida pela presença de pressão arterial maior ou igual a 140/90 mmHg e para ser constatada devem ser realizadas duas aferições com o intervalo de 4 horas, a paciente deve estar sentada, evitando assim a compressão da veia cava pelo útero grávido. A presença de pressão diastólica de 90mmHg ou mais, em duas aferições com intervalos de quatro horas, ou a presença de pressão arterial diastólica de 110mmHg em uma única medida caracteriza a hipertensão arterial.
  • 2. 5 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECIFICA DA GESTAÇÃO (DHEG) 2.2 CONCEITO Segundo Resende 2008, Na gestação a hipertensão é definida como o aumento da pressão sistólica (OS) > 140 mnHg e da pressão diastólica (PD) >90 mnHg. 2.3 DADOS EPIDEMIOLÓGICOS Segundo Resende 2008, A DHEG é a doença mais importante em Obstetrícia, incidindo em cerca de 10% das primíparas. É a maior causa de mortalidade materna e perinatal. A mortalidade materna no Brasil é problema de saúde pública. Segundo o Fundo de População da ONU (2010) atinge 74,5 por 100.000 nascidos vivos. É a 4ª pior da América Latina, inferior apenas ao Haiti, Bolívia e Peru. 2.4 CLASSIFICAÇÕES DAS SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA GRAVIDEZ  Pré-Eclampsia Leve, Grave e Eclampsia.  Hipertensão Arterial Crônica de Qualquer Etiologia.  Pré-Eclampsia/Eclampsia Superposta a Hipertensão Crônica.  Hipertensão Gestacional:  Hipertensão Transitória: (Desaparece até 12 semanas pós-parto);  Hipertensão Arterial Crônica: (Persiste após 12 semanas de pós-parto). 2.5 PRÉ-ECLAMPSIA LEVE Segundo Resende 2008, Hipertensão abaixo de 160/110mmHg, em pelo menos duas aferições, que acontecem após a 20ª semana de gestação em paciente que nunca apresentou manifestação hipertensiva (exceção para a mola hidatiforme que pode cursar com pré-eclampsia antes das 20 semanas). Acompanha- se de proteinúria entre 300mg e 2g em 24 horas. 3. PRÉ-ECLAMPSIA GRAVE
  • 3. 6 Segundo Resende 2008, Para que caracterizemos o quadro grave, devemos observar, além da definição anterior, alguns dos sinais, sintomas. Pressão arterial igual ou maior a 160/110 mmHg; Proteinúria igual ou maior a 2 gramas / 24horas; Creatina sérica acima de 1,2mg/dL; • Cefaléia persistente e/ou dor epigástrica e/ ou distúrbios visuais; • Alterações do comportamento habitual (mudança de humor); • Anasarca; • Sinais de anemia microangiopática e/ou elevação das enzimas hepáticas; • Plaquetopenia (< 100.000mm3); • Eclampsia. 3.1 CRISES HIPERTENSIVAS Segundo Resende 2008, Episódio agudo e rápido de elevação da pressão arterial acompanhada de sinais (rubor, alteração do comportamento) e sintomas (cefaléia, dispnéia, torpor, alterações visuais), que podem evoluir para o acidente coronariano ou encefálico. Geralmente, a pressão diastólica ultrapassa valores de 110mmHg. 3.2 FISIOPATOLOGIA Segundo Brunner e Suddarth 2012, pressão arterial é o produto do débito pela resistência periférica. O debito cardíaco é o produto da freqüência cardíaca pelo volume sistólico. Na circulação normal, a pressão é transferida do músculo cardíaco para o sangue toda vez que o coração se contrai e, em seguida, a pressão é exercida pelo sangue à medida que flui através dos vasos sanguíneos. A hipertensão pode resultar de um aumento no debito cardíaco, aumento da resistência periférica (constrição dos vasos sanguíneos) em ambos. Embora não se possa identificar nenhuma etiologia precisa para a maioria dos casos de hipertensão, ela é considerada uma condição multifatorial. Como a hipertensão é um sinal, é mais provável que ela tenha muitas causas, assim como a febre tem muitas causas. Para que ocorra hipertensão deve haver uma alteração em um ou mais dos fatores que afetam a resistência periférica ou o debito cardíaco. Alem disso, deve existir também um problema com que o sistema de controle do organismo que monitoram ou regulam a pressão.
  • 4. 7 3.3 PLANO ASSISTENCIAL DOMICILIAR VOLTADO A PACIENTE COM DHEG PLANO ASSISTENCIAL DOMICILIAR INTERVENÇÃO PARA DOENÇAS HIPERTENSIVAS ESPECIFICA DA GRAVIDEZ 1. Avaliar, a região abdominal a incisão cirúrgica, observando se há sinais de infecção. Se houver encaminhar a paciente para maternidade onde foi realizado a Cesárea. 2. Enfatizar a importância de manter a região da incisão limpa e seca, para reduzir os riscos de infecção. 3. Estimular e ofertar a ingestão fibras e frutas. 4. Estimular e ofertar a ingestão de líquido 5. Proporcionar ambiente tranqüilo; 6. Proporcionar repouso relativo; 7. Fornecer esclarecimento e informações 8. Orientar quanto à necessidade de recuperação. 9. Fornecer informações necessárias sobre o tempo que possa realizar atividade sexual. 10. Estimular atividades distrativas (p. ex., tevê ou radio, socialização como outras pessoas) 11. Verificar a Pressão arterial da paciente, todos os dias, monitorando e registrando. Se houver algum pico hipertensivo comunicar o médico. 12. Ajudar a cliente a aprender a transformar os comportamentos gerados pela dor em comportamentos saudáveis de bem estar. 13. Realizar técnicas de massagem de relaxamento nos membros superiores e inferiores. 14. Favorecer um ambiente no qual a paciente possa amamentar seu RN 15. Enfatizar para a paciente sobre a importância do leite materno exclusivo até os seis meses de vida do RN.
  • 5. 8 16. Proporcionar atividades físicas e exercícios apropriados ao nível funcional (p. ex. caminhadas) 17. Promover uma atitude sincera quanto “ser capaz de fazer” para proporcionar uma atmosfera positiva de estimulo ao aumento da atividade; transmitir à cliente a crença de que ela pode melhorar. 18. Identificar e ensinar formas de atender as necessidades nutricionais da cliente. 20. Realizar, medir e registrar a ingestão e as perdas tanto do RN quanto da mãe para monitorar o balanço hídrico. 21. Reavaliar a ingestão do leite e o processo de amamentação. 22. Recomendar e monitorar do número de fraldas molhadas pelo bebê. 23. Inicialmente, pesar o bebê no mínimo a cada 3 dias e anotar o peso, para confirmar a adequação da ingestão nutricional. 24. Reavaliar a necessidade de repouso, relaxamento e tempo para estar com os outros filhos. 25. Informar à mãe que o reinicio da menstruação nos primeiros três meses subseqüente ao nascimento do bebê pode indicar níveis insuficientes de prolactina. 26. Proporcionar grupos de apoio (p. ex. amigas do peito, grupos de apoio a pais, redução de estresse ou outros recursos disponíveis na comunidade, conforme necessidade). 27. Estimular a mãe e familiares a expressarem seus sentimentos e preocupações e ouvi-los atentamente para determinar que tipo de necessidades esteja presentes. 28. Instruir o pai e familiares quanto aos benefícios da amamentação e como enfrentar os desafios, mais comuns da lactação. A inclusão do apoio do pai esta associada ao índice mais alto de amamentação bem- sucedida aos seis meses. 29. Apoiar o planejamento das medidas para lidar com a realidade, isto ajuda a cliente a enfrentar as situações ou os sentimentos de medo e preocupações.
  • 6. 9 30. Explicar os procedimentos de acordo com o nível de compreensão e levando em consideração a capacidade de entendimento da cliente.
  • 7. 10 CONCLUSÃO Acredito que a organização da assistência materno-infantil deva contemplar a participação do enfermeiro na prestação de cuidados domiciliar e diretos à gestante, seja no nível primário seja em qualquer nível de complexidade. No nível primário, enfatiza-se a realização do pré-natal de baixo risco e a identificação de situações de agravos à saúde que pode e deve ser realizada por enfermeiros. No nível secundário salienta-se o papel deste profissional, na realização de planos de cuidados visando o controle da evolução do quadro clinico das diversas patologias obstétricas, dentre as quais se inclui a doença hipertensiva especifica da gestação. Esse plano assistencial enfatiza e contempla cuidados que podem ser realizados no domicilio. Após a alta da paciente no pós- operatório. É muito importante ficar atento em qualquer sinal de alerta, nesse caso de DHEG, onde há uma crise hipertensiva, pois nos como enfermeiros domiciliar atuando no home care, temos a maior responsabilidade sob a paciente que esteja em recuperação. Devemos nos especializar e nos profissionalizar criando objetivos e metas a serem alcançadas.
  • 8. 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Brunner e Suddarth Tratado de enfermagem Médico - cirúrgica 12º edição 2012 Montenegro, Carlos, Antonio Barbosa Rezende, obstetrícia fundamental/ Carlos Antonio Barbosa Montenegro, Jorge de Rezende Filho – 11ed. – Rio de Janeiro: Koogan, 2008