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Capitalismo plutocrático



MELLO, J.M.C., NOVAIS, Fernando. Capitalismo tardio e sociabilidade moderna. 2ª
edição. São Paulo: Editora UNESP; Campinas, SP. FACAMP: 2009.



Este livro de João de Mello e Fernando Novais, faz em seus sete capítulos uma análise
crítica da estrutura sócio-econômica do Brasil entre 1930 e 1980, o tema central de
sua crítica é o atraso em que o Brasil entra no sistema capitalista (produção e
consumo), carregando ainda o paternalismo e o Estado anti-popular da primeira
República. Em seu primeiro capítulo os autores descrevem os novos padrões de
consumo. O país passa a fabricar quase tudo. Em um período de 30 anos de 1950 a
1980 foi capaz de construir uma economia moderna com padrões de produção e
consumo como os países de primeiro mundo. Neste período produzia-se quase todos
os bens materiais para consumo da população. Com isso, os autores descrevem a
mudança nos “usos e costumes” do povo (politicamente, economicamente e
culturalmente). Mais acesso a saúde, hospitais (mesmo de má qualidade), roupas,
carros, tv, rádio, produtos alimentícios em geral entre outros. A obra aponta que estes
fatores trouxeram o país com atraso para o mundo moderno, e criou um abismo
enorme entre as classes sociais economicamente. No segundo capítulo a migração e a
imigração são temas que reforçam os efeitos do capitalismo tardio, a chegada de
milhões de nordestinos entre as décadas de 1950 e 1980, somados aos imigrantes
vindos para trabalhar na indústria em São Paulo e na região sudeste. Esses fatores
fazem a economia aumentar e elevar a produção. Com o capitalismo selvagem as
elites industriais e a burguesia ganham cada vez mais e fazem a desigualdade social
crescer   extraordinariamente.   Os   autores   fazem   uma   análise   demográfica   do
crescimento da população das cidades em relação a população do campo. Em 1980, a
população da cidade estava dividida com a do campo. No terceiro capítulo é apontada
a estrutura, a hierarquia das diversas profissões em todos os setores produtivos,
(industria, comércio e serviços) que são criadas neste período. Faz uma relação das
diversas profissões com a educação no país. Apontam que o trabalhador com
profissões consideradas sem especialização tendem a deixar seus filhos na escola só
até o segundo grau (precisam trabalhar desde cedo para ajudar nas despesas),
enquanto os trabalhadores com profissões com algum conhecimento específico fazem
um esforço para que seus filhos estudem em nível superior. Fazem uma crítica ao
consumismo que força o povo ao individualismo, levando os miseráveis, pobres,
remediados e ricos pela constante atualização dos padrões de consumo em
permanente transformação. No quarto capítulo os autores voltam a relatar o
privatismo patriarcalista, o paternalismo, ou seja, a “casa” continua a ser o centro da
existência social. Se aprofundam na crítica dizendo que neste período a política é
levada ainda como no Brasil escravagista (senhorio) que seleciona “superiores e
“inferiores” de acordo com seus méritos e dons. A igreja na década de 1950 era uma
agência poderosa de moralização da sociedade, ainda que já penetrada pelo
individualismo. Os autores apontam neste capítulo para um imaginário da sociedade,
sua sensação de pertencimento. Por exemplo, lixeiro é lixeiro e o estivador é estivador
porque não tem inteligência, estudo; o advogado é advogado e o médico é médico
porque têm cultura, capacidade. O pequeno empresário é pequeno empresário porque
sabe ganhar dinheiro, ou então é esperto, desonesto. Apontam ainda, a luta entre
dois estilos de desenvolvimento econômicos na época; um capitalismo selvagem e
plutocrático e um capitalismo com valores modernos e igualdade social, democrático,
com cidadãos conscientes e politicamente ativos. No quinto capítulo os autores já
deixam claro que o capitalismo plutocrático foi o vencedor na luta relatada no final do
capítulo anterior. Relatam que após o golpe de 64, ao banir, pela violência, as forças
do igualitarismo e da democracia, produziu ao longo dos 21 anos de vigência, uma
sociedade deformada e plutocrática, isto é, regida pelos detentores da riqueza. Os
autores reforçam que esta fase no Brasil fez crescer os latifúndios, a pobreza no
campo (modernização). Com esse quadro a população rural se intensifica nas cidades
como já foi salientado, aumentando a mão de obra barata nas cidades e alimentando
o capitalismo plutocrático. Aumenta o desemprego, a inflação, enquanto caem os
salários, os sindicatos são calados pela ditadura. Porém, afirmam que houve uma
extraordinária massificação de profissões que eram qualificadas como médias, como
pedreiro, pintores, encanadores. Em média foram criados pela industrialização
acelerada milhões de empregos com “carteira assinada” neste período. Novais e Mello
fecham esse capítulo dizendo que o Estado distribuiu créditos, incentivos e subsídios,
fazendo investimentos maciços em obras públicas urbanas, como estradas e pontes a
serviço do automóvel, aço, petroquímica, energia elétrica entre outros. Mas, para os
pobres e miseráveis reservou a expulsão do campo, a redução dos salários, facilitou a
dispensa, calou os sindicatos, ou seja, bastavam os empregos dados pela burguesia
industrial e a burguesia capitalista. O sistema tributário injusto (impostos indiretos),
faziam que os trabalhadores pagassem tudo que recebiam com os serviços sociais.
Pouco importava a qualidade dos serviços, pouco importava se o médico ou o
professor, ou qualquer trabalhador eram mal remunerados. Sob a aparência de
democratizar oportunidades, o que se fez, foi dar uma nova face aos monopólios de
sempre. No capítulo seis os autores demonstram que o estruturalismo, as formas
políticas patriarcalistas e paternalistas da monarquia e da primeira república, levaram
o Brasil ao autoritarismo plutocrático. Sua obra destrutiva não se resumiu à
deformação da sociedade brasileira pela extrema desigualdade. Legou-nos, também,
uma herança de miséria moral, de pobreza espiritual e de despolitização da vida
social. Apontam que o período autoritário da “Revolução de 64” moldou uma outra
forma extremamente eficaz de garantir duradouramente a dominação dos ricos e
privilegiados, com a introdução até muito prazerosa e disfarçada de entretenimento,
ou de forma séria com a informação objetiva; a industria cultural americanizada. Com
isto, a complexidade da vida social é reduzida a escolhas estruturadas. Valores são
inoculados pela televisão. Enfim, cria-se a ilusão de proximidade das classes sociais,
afirma-se no imaginário social a hierarquia das classes trabalhadoras, legitima-se a
classe dominante como “superior”, através das novelas, filmes e programas diversos.
Os autores reforçam a influência dos meios de comunicação na sociedade brasileira,
que vinculam produtos americanizados levando ao desejo de consumo econômico e
cultural pelo povo brasileiro. Enfim, no último capítulo intitulado “a que ponto
chegamos”, Novais revela que aquele otimismo da sociedade em um Brasil como país
do “futuro” idealizados nos anos 30 havia sucumbido em 1980. Faz uma análise
citando Sérgio Buarque de Holanda, em Visão do paraíso, onde este relata a história
do Brasil como uma verdadeira “procissão de milagres”. O milagre do ouro no século
XVIII, que veio salvar a economia açucareira, o milagre do café que veio salvar a
economia, quando do esgotamento das minas, e por fim o milagre da industrialização
que veio salvar o fim da produção cafeeira. Faz uma análise crítica relacionando o fim
tardio da escravidão, que prejudicou a incorporação dos resultados da primeira
revolução industrial (1760-1830), a da indústria têxtil, do ferro, da maquina a vapor.
Também não fomos capazes de avançar na segunda revolução industrial (1870-1900),
a do aço, da química, da eletricidade, do petróleo, da indústria de bens de capital, do
motor a combustão interna. Só passamos a produzir esses avanços a partir de 1930,
até então só havíamos copiado a produção dos países de primeiro mundo. Os autores
voltam ao tema do atraso, da mobilidade social, quando relatam que copiamos tudo,
menos formas de organização capitalista capazes de assegurar um mínimo de
capacidade autônoma de financiamento e inovação. Por fim, um Estado onde imperam
o “negócio familiar”, onde deveria imperar o público. Um Estado plutocrático e
engessado com elites que só visam o lucro a todo custo (individualismo), a um Estado
patriarcalista e paternalista. Nos anos 90 aumenta o desemprego, devido a
modernização da indústrias, cresce o trabalho autônomo e mal remunerado, cresce o
número de camelôs, de vendedores e pedintes. Aumenta a violência, devido as
dificuldades econômicas, porém os autores afirmam que numa sociedade que não dá
valor à vida, não pode pretender que os excluídos, do emprego, da escola, da vida
familiar, considerem a vida um valor. A violência é, também, um resultado da
progressão avassaladora do individualismo das massas. Enfim, o capitalismo fez o
brasileiro, a família, as relações, serem tratadas meramente como negócios, como
peças de uma engrenagem.




                            Emerson Feliciano Mathias
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Análise crítica do capitalismo plutocrático no Brasil entre 1930-1980

  • 1. Capitalismo plutocrático MELLO, J.M.C., NOVAIS, Fernando. Capitalismo tardio e sociabilidade moderna. 2ª edição. São Paulo: Editora UNESP; Campinas, SP. FACAMP: 2009. Este livro de João de Mello e Fernando Novais, faz em seus sete capítulos uma análise crítica da estrutura sócio-econômica do Brasil entre 1930 e 1980, o tema central de sua crítica é o atraso em que o Brasil entra no sistema capitalista (produção e consumo), carregando ainda o paternalismo e o Estado anti-popular da primeira República. Em seu primeiro capítulo os autores descrevem os novos padrões de consumo. O país passa a fabricar quase tudo. Em um período de 30 anos de 1950 a 1980 foi capaz de construir uma economia moderna com padrões de produção e consumo como os países de primeiro mundo. Neste período produzia-se quase todos os bens materiais para consumo da população. Com isso, os autores descrevem a mudança nos “usos e costumes” do povo (politicamente, economicamente e culturalmente). Mais acesso a saúde, hospitais (mesmo de má qualidade), roupas, carros, tv, rádio, produtos alimentícios em geral entre outros. A obra aponta que estes fatores trouxeram o país com atraso para o mundo moderno, e criou um abismo enorme entre as classes sociais economicamente. No segundo capítulo a migração e a imigração são temas que reforçam os efeitos do capitalismo tardio, a chegada de milhões de nordestinos entre as décadas de 1950 e 1980, somados aos imigrantes vindos para trabalhar na indústria em São Paulo e na região sudeste. Esses fatores fazem a economia aumentar e elevar a produção. Com o capitalismo selvagem as elites industriais e a burguesia ganham cada vez mais e fazem a desigualdade social crescer extraordinariamente. Os autores fazem uma análise demográfica do crescimento da população das cidades em relação a população do campo. Em 1980, a população da cidade estava dividida com a do campo. No terceiro capítulo é apontada a estrutura, a hierarquia das diversas profissões em todos os setores produtivos, (industria, comércio e serviços) que são criadas neste período. Faz uma relação das diversas profissões com a educação no país. Apontam que o trabalhador com profissões consideradas sem especialização tendem a deixar seus filhos na escola só até o segundo grau (precisam trabalhar desde cedo para ajudar nas despesas), enquanto os trabalhadores com profissões com algum conhecimento específico fazem um esforço para que seus filhos estudem em nível superior. Fazem uma crítica ao consumismo que força o povo ao individualismo, levando os miseráveis, pobres,
  • 2. remediados e ricos pela constante atualização dos padrões de consumo em permanente transformação. No quarto capítulo os autores voltam a relatar o privatismo patriarcalista, o paternalismo, ou seja, a “casa” continua a ser o centro da existência social. Se aprofundam na crítica dizendo que neste período a política é levada ainda como no Brasil escravagista (senhorio) que seleciona “superiores e “inferiores” de acordo com seus méritos e dons. A igreja na década de 1950 era uma agência poderosa de moralização da sociedade, ainda que já penetrada pelo individualismo. Os autores apontam neste capítulo para um imaginário da sociedade, sua sensação de pertencimento. Por exemplo, lixeiro é lixeiro e o estivador é estivador porque não tem inteligência, estudo; o advogado é advogado e o médico é médico porque têm cultura, capacidade. O pequeno empresário é pequeno empresário porque sabe ganhar dinheiro, ou então é esperto, desonesto. Apontam ainda, a luta entre dois estilos de desenvolvimento econômicos na época; um capitalismo selvagem e plutocrático e um capitalismo com valores modernos e igualdade social, democrático, com cidadãos conscientes e politicamente ativos. No quinto capítulo os autores já deixam claro que o capitalismo plutocrático foi o vencedor na luta relatada no final do capítulo anterior. Relatam que após o golpe de 64, ao banir, pela violência, as forças do igualitarismo e da democracia, produziu ao longo dos 21 anos de vigência, uma sociedade deformada e plutocrática, isto é, regida pelos detentores da riqueza. Os autores reforçam que esta fase no Brasil fez crescer os latifúndios, a pobreza no campo (modernização). Com esse quadro a população rural se intensifica nas cidades como já foi salientado, aumentando a mão de obra barata nas cidades e alimentando o capitalismo plutocrático. Aumenta o desemprego, a inflação, enquanto caem os salários, os sindicatos são calados pela ditadura. Porém, afirmam que houve uma extraordinária massificação de profissões que eram qualificadas como médias, como pedreiro, pintores, encanadores. Em média foram criados pela industrialização acelerada milhões de empregos com “carteira assinada” neste período. Novais e Mello fecham esse capítulo dizendo que o Estado distribuiu créditos, incentivos e subsídios, fazendo investimentos maciços em obras públicas urbanas, como estradas e pontes a serviço do automóvel, aço, petroquímica, energia elétrica entre outros. Mas, para os pobres e miseráveis reservou a expulsão do campo, a redução dos salários, facilitou a dispensa, calou os sindicatos, ou seja, bastavam os empregos dados pela burguesia industrial e a burguesia capitalista. O sistema tributário injusto (impostos indiretos), faziam que os trabalhadores pagassem tudo que recebiam com os serviços sociais. Pouco importava a qualidade dos serviços, pouco importava se o médico ou o professor, ou qualquer trabalhador eram mal remunerados. Sob a aparência de
  • 3. democratizar oportunidades, o que se fez, foi dar uma nova face aos monopólios de sempre. No capítulo seis os autores demonstram que o estruturalismo, as formas políticas patriarcalistas e paternalistas da monarquia e da primeira república, levaram o Brasil ao autoritarismo plutocrático. Sua obra destrutiva não se resumiu à deformação da sociedade brasileira pela extrema desigualdade. Legou-nos, também, uma herança de miséria moral, de pobreza espiritual e de despolitização da vida social. Apontam que o período autoritário da “Revolução de 64” moldou uma outra forma extremamente eficaz de garantir duradouramente a dominação dos ricos e privilegiados, com a introdução até muito prazerosa e disfarçada de entretenimento, ou de forma séria com a informação objetiva; a industria cultural americanizada. Com isto, a complexidade da vida social é reduzida a escolhas estruturadas. Valores são inoculados pela televisão. Enfim, cria-se a ilusão de proximidade das classes sociais, afirma-se no imaginário social a hierarquia das classes trabalhadoras, legitima-se a classe dominante como “superior”, através das novelas, filmes e programas diversos. Os autores reforçam a influência dos meios de comunicação na sociedade brasileira, que vinculam produtos americanizados levando ao desejo de consumo econômico e cultural pelo povo brasileiro. Enfim, no último capítulo intitulado “a que ponto chegamos”, Novais revela que aquele otimismo da sociedade em um Brasil como país do “futuro” idealizados nos anos 30 havia sucumbido em 1980. Faz uma análise citando Sérgio Buarque de Holanda, em Visão do paraíso, onde este relata a história do Brasil como uma verdadeira “procissão de milagres”. O milagre do ouro no século XVIII, que veio salvar a economia açucareira, o milagre do café que veio salvar a economia, quando do esgotamento das minas, e por fim o milagre da industrialização que veio salvar o fim da produção cafeeira. Faz uma análise crítica relacionando o fim tardio da escravidão, que prejudicou a incorporação dos resultados da primeira revolução industrial (1760-1830), a da indústria têxtil, do ferro, da maquina a vapor. Também não fomos capazes de avançar na segunda revolução industrial (1870-1900), a do aço, da química, da eletricidade, do petróleo, da indústria de bens de capital, do motor a combustão interna. Só passamos a produzir esses avanços a partir de 1930, até então só havíamos copiado a produção dos países de primeiro mundo. Os autores voltam ao tema do atraso, da mobilidade social, quando relatam que copiamos tudo, menos formas de organização capitalista capazes de assegurar um mínimo de capacidade autônoma de financiamento e inovação. Por fim, um Estado onde imperam o “negócio familiar”, onde deveria imperar o público. Um Estado plutocrático e engessado com elites que só visam o lucro a todo custo (individualismo), a um Estado patriarcalista e paternalista. Nos anos 90 aumenta o desemprego, devido a
  • 4. modernização da indústrias, cresce o trabalho autônomo e mal remunerado, cresce o número de camelôs, de vendedores e pedintes. Aumenta a violência, devido as dificuldades econômicas, porém os autores afirmam que numa sociedade que não dá valor à vida, não pode pretender que os excluídos, do emprego, da escola, da vida familiar, considerem a vida um valor. A violência é, também, um resultado da progressão avassaladora do individualismo das massas. Enfim, o capitalismo fez o brasileiro, a família, as relações, serem tratadas meramente como negócios, como peças de uma engrenagem. Emerson Feliciano Mathias Priscila Cassanti