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Geólogo e Técnico em Agropecuária:
Jeovaci Rocha M. JÚNIOR
Definição piscicultura?
ALGOCULTURA: CULTIVO DE ALGAS
CARCINICULTURA: CRIAÇÃO DE CAMARÕES E LAGOSTAS.
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 PISCICULTURA: CRIAÇÃO DE PEIXES, EM ÁGUA DOCE, SALOBRA
OU MARINHA.
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OSTREICULTURA: CRIAÇÃO DE OSTRAS.
Aquacultura ou aquicultura , é a produção de organismos
aquáticos, criação ou cultivo:
Do latim pisci (peixe) + cultura (cultivo)
Quando surgi-o piscicultura?
Atividade é praticada há muito tempo, existindo registros de que os
chineses já a cultivavam vários séculos antes de nossa era e de que
os egípcios já criavam a tilápia do nilo (Sarotherodon niloticus) há
4000 anos. Nos idos de 1930 tornou-se célebre a frase “haveremos
de criar peixes como se criam galinhas”, proferida pelo cientista
Rodolpho Von Ihering. Desde então, os conhecimentos vêm se
multiplicando sobre essa atividade zootécnica com fins comerciais
pelo interesse particular da comunidade científica, tudo isso aliado às
excepcionais condições existentes neste país, como a riqueza de
recursos hídricos, diversidade de espécies aptas à piscicultura,
clima favorável, moderna indústria nacional, institutos/universidades
formadores de profissionais na área da aquicultura, entre outras.
1 - Questões econômicas
Aquicultura brasileira cresce 30% ao ano, a explicação para o
resultado está na mesa do brasileiro, de acordo com estatísticas da
organização das nações unidas para alimentação e agricultura (FAO),
em 2011, o consumo de peixe per capita no Brasil foi de (11
kg/hab/ano), ao passo que o da carne bovina subiu 10%.
A aquicultura cresceu forte em todas as regiões brasileiras, conforme
o boletim estatístico. O maior percentual apresentado foi o da região
Norte, onde a aquicultura cresceu em média 126% em relação ao ano
anterior, ao passar a produção de 41.839 toneladas para 94.718
toneladas. A produção no país esbarra em 1 milhão de toneladas. o
produto interno bruto (PIB) pesqueiro nacional alcança r$ 5 bilhões,
dando emprego a 3,5 milhões de pessoas.
fonte: http://www.pesca.sp.gov.br/noticia.php?id_not=12963
EVOLUÇÃO DA CAPTURA E PRODUÇÃO PESQUEIRA BRASILEIRA - 1984-
2004 FONTE: IBAMA (2006), dados trabalhados
O crescimento da demanda nacional e também mundial por peixes e
pescados, associado ao limite esgotado de produção em áreas
na europa e nos estados unidos, faz a procura pelo alimento ser
maior que a oferta.
No brasil, apesar da grande capacidade produtiva, 30% dos
pescados consumidos vêm de fora, especialmente da china e do
vietnã. “está faltando peixe no mundo”. a piscicultura está vivendo
seu melhor momento quanto à demanda.
FONTE:
HTTP://WWW.EM.COM.BR/APP/NOTICIA/ECONOMIA/2014/01/20/INTERNAS_ECONOMIA,489619/AQUICULT
URA-BRASILEIRA-CRESCE-30-AO-ANO-TURBINADA-PELO-CONSUMO-DE-PEIXE.SHTML
Piscicultura no Brasil
A piscicultura no Brasil sempre foi analisada como um bom
negócio, principalmente por causa das condições climáticas
favoráveis e da boa oferta de grãos para produção de ração, tais
fatores, porém, não foram devidamente aproveitados e
potencializados durante muitos anos simplesmente por não existir
uma legislação que regulamentasse o setor.
Para complicar ainda mais o ambiente de negócios para a
piscicultura, esteve sempre a cargo de órgão ambiental a
responsabilidade de controle e fiscalização de uma atividade
meramente zootécnica, como é também a produção de frangos,
suínos, bovinos e outros animais.
FONTE: http://www.pesca.sp.gov.br/noticia.php?id_not=12963
No Brasil, a partir da lei federal n° 11.959, de 29 de
junho de 2009, da resolução 413/2009 do conselho
nacional do meio ambiente (CONAMA) e do novo código
florestal brasileiro, inicia-se a regulamentação ambiental do
setor, apesar da resistência dos órgãos ambientais dos
estados.
Os atuais marcos legais permitem que o empreendedor
rural possa fazer seus investimentos com segurança
jurídica. Forma-se, assim, um novo ambiente no chamado
“aquabusiness”, que caminha a passos largos. Importante
destacar que a implantação de uma piscicultura para fins
comerciais exige os mesmos cuidados que qualquer outro
negócio mercantil.
Plano de Negócios
É uma terminologia muito utilizada atualmente nas empresas, tanto
na área de serviços quanto na indústria e no comércio e agora, mais
do que nunca, é imprescindível empregar essa ferramenta no meio
rural, haja vista que um dos principais setores da economia brasileira
é o agronegócio.
Como já foi assinalado, por muito tempo e em algumas situações
até os dias de hoje, era comum a piscicultura ser iniciada na
propriedade rural como “hobby” para a família pescar nos finais de
semana e como fonte de alimento para a fazenda. A partir dessas
experiências, muitos produtores foram aumentando seus negócios,
somando o conhecimento ali adquirido com palpites diversos dos
ditos “conhecedores”. Tal maneira informal e improvisada de se
iniciar um negócio, porém, costuma ter uma incidência muita alta
de desistências e insucesso, principalmente por falta de
planejamento e conhecimento.
Ambiente
Sem dúvida, a água é atualmente um dos bens mais valiosos da
humanidade. As população sofrem com sua escassez.
É dever dos cidadãos zelar pelas riquezas naturais, para que as
futuras gerações possam usufruir um legado de fartura e qualidade do
bem mais precioso que há. Por isso, uma advertência se faz
necessária: A prática da piscicultura, quando não bem cuidada, pode
ser um grande poluidor das águas, assim como a correta criação de
peixes é um certificado de boa qualidade do líquido.
A análise ambiental constitui o primeiro passo desse processo. É
fundamental avaliar antes de qualquer investimento e tomada de
decisão o que pode ser feito no ambiente onde se deseja implantar a
piscicultura.
Em primeiro lugar, devem ser verificadas, principalmente, as
condições técnicas para o negócio, bem como bons procedimentos
de manejo ambiental, de acordo com a legislação em vigor.
Alguns ambientes são inadequados para a piscicultura justamente
por apresentarem problemas como solos de alta taxa de infiltração,
difícil acesso, riscos de enchentes, alto impacto ambiental, pouca
água, vias de acesso, dificuldade de despesca, alta taxa de
toxicidade por alguns minerais, como ferro e outros.
Cada estado dispõe de uma legislação específica que regulamenta a
atividade.
A lei federal 11.959, de 29 de junho de 2009, estabeleceu a política
nacional de desenvolvimento sustentável da aquicultura e da pesca
no brasil, fixando as normas para a atividade.
Outra influência importante do ambiente é quanto às
espécies de peixes a serem criada:
No sul e sudeste do brasil, os peixes exóticos como tilápia e carpa,
além das nativas como jundiá e pacu, apresentam melhor adaptação.
Nas regiões Centro-oeste, Norte e Nordeste, em altitudes inferiores a
500 metros, as espécies nativas, como pintado (pseudoplatystoma
corruscans), matrinxã ou jatuarana (brycon cephalus), piavuçu
(leporinus macrocephalus) , piraputanga (brycon orbignyanus),
piabanha (brycon insignis), tambaqui (colossoma macropomum), pacu
(piaractus mesopotamicus) e os híbridos tambacu (pacu x tambaqui),
tambatinga (tambaqui x pirapitinga) e o pintado da amazônia (cachara
x jundiá da amazônia), mostram-se com o melhor desempenho
zootécnico.
Quem regula e movimenta todo o comércio mundial de peixes
e outros produtos é o mercado, o senhor dos negócios, já que
o objetivo é o lucro, juntamente com o desenvolvimento
sustentável da atividade.
O mercado do peixe tem características próprias regionais
que merecem ser observadas quando se vai implantar uma
piscicultura. Tal preocupação se explica pelo fato de que a
produção tem de ser voltada para o mercado, seja ele local,
regional, estadual, nacional ou mesmo internacional. Cada um
desses mercados tem suas exigências e particularidades.
MERCADO
O mercado regional compreende as cidades vizinhas com as quais
já ocorra comércio de outros produtos entre esses municípios.
Nessa situação, são feitas as mesmas avaliações desenvolvidas
no mercado local, acrescentando-se, principalmente, o fator
logístico, ou seja, como são as estradas, as distâncias, o custo de
frete e os riscos de acidentes. os mercados estaduais, nacional e
internacional basicamente seguem a mesma rotina, havendo
necessidade, porém, de um estudo mais criterioso por empresa
especializada para definir padrões seguros de análise de mercado
e de investimento. É muito importante identificar o cliente antes
do início da atividade, pois a densidade e o tipo de peixe e
tamanho dependem das demandas do próprio cliente.
MERCADO LOCAL E REGIONAL
1 º) venda no atacado e compras governamentais
 Deve-se verificar qual tipo de peixe comprado, tamanho
médio, época do ano, quantidade e valor que pagam por
quilo do produto.
 Vale também avaliar a existência de instituições de médio
e grande porte que podem apresentar expressiva
demanda, a exemplo de hospitais, empresas instalada
na região.
 Outro importante comprador são os governos, seja
municipal, estadual e federal, para atender às suas
demandas de merenda escolar e projetos sociais
relacionados à segurança alimentar.
2º) venda para restaurantes
 Outra ação a ser considerada é a comercialização para
estabelecimentos comerciais, a exemplo de peixarias, cozinhas
industriais e restaurantes.
 Nessa avaliação, é importante verificar o volume comercializado, o
período do ano de maior e menor comercialização, além dos
preços pagos pelos estabelecimentos.
 Também devem ser checados a origem dos peixes que compram
atualmente, o modo como compram os peixes, os tipos de cortes, o
potencial do mercado, quais as espécies de maior procura, bem
como os principais fornecedores e ainda o que pode ser melhorado
para se entrar nesse mercado com um diferencial que traga ganhos
tanto para o comprador quanto para o consumidor final.
3º ) venda para o consumidor final
 Outra possibilidade estratégica é a venda direta ao consumidor por
meio de feiras, pontos fixos de comercialização, convênios com
associações de funcionários e outras formas que mais bem atendam
esse mercado e os seus clientes.
 Se tal mercado ainda está pouco explorado em sua região, vale a
pena visitar outras localidades para ver de perto como estão
fazendo. Inove, seja criativo e ousado na apresentação de produtos
diferenciados, buscando novas formas de consumir e comercializar.
 Mostre as vantagens nutritivas do alimento. Identifique os motivos
que levam o consumidor a comprar o peixe. Afinal, o produtor não
deve esquecer que o foco é o cliente. Logo deixá-lo feliz e com
vontade de novamente adquirir o peixe é o grande objetivo.
4º ) Intens de avaliação para venda ao consumidor final.
PESO/TAMANHO DE VENDA
 O peso ou tamanho de venda do peixe muda conforme a espécie e
o mercado consumidor, variando de 700 gramas a 3 quilos. Devido
ao crescimento que vem ocorrendo nos últimos anos há demanda
por peixes menores (entre 250 e 500 gramas) para a produção de
polpa (carne mecanicamente separada de espinho, escamas e
pele) destinada à merenda escolar, hospitais, entre outros, dentro
do mercado institucional.
CONCORRENTES:
A competitividade é um fator importante na disputa pelo
mercado. É fundamental saber se sua estimativa de preço de
venda está compatível com os preços praticados por outros
vendedores, entretanto, é interessante efetuar parcerias com
os concorrentes no momento de aquisições de insumos e na
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500 perguntas e respostas pesca e pisicultura no pantanal - embrapa (2010)
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500 perguntas e respostas pesca e pisicultura no pantanal - embrapa (2010)
 

Aula 1 piscicultura - questões economicas e mercado consumidor

  • 1. Geólogo e Técnico em Agropecuária: Jeovaci Rocha M. JÚNIOR
  • 2. Definição piscicultura? ALGOCULTURA: CULTIVO DE ALGAS CARCINICULTURA: CRIAÇÃO DE CAMARÕES E LAGOSTAS. MALACOCULTURA: CRIAÇÃO DE MOLUSCOS (CARAMUJOS, CHOCOS, LULAS E POLVOS) MARICULTURA: AGRICULTURA MARINHA. MITILICULTURA: CRIAÇÃO DE MEXILHÃO.  PISCICULTURA: CRIAÇÃO DE PEIXES, EM ÁGUA DOCE, SALOBRA OU MARINHA. RANICULTURA: CRIAÇÃO DE RÃS. OSTREICULTURA: CRIAÇÃO DE OSTRAS. Aquacultura ou aquicultura , é a produção de organismos aquáticos, criação ou cultivo: Do latim pisci (peixe) + cultura (cultivo)
  • 3. Quando surgi-o piscicultura? Atividade é praticada há muito tempo, existindo registros de que os chineses já a cultivavam vários séculos antes de nossa era e de que os egípcios já criavam a tilápia do nilo (Sarotherodon niloticus) há 4000 anos. Nos idos de 1930 tornou-se célebre a frase “haveremos de criar peixes como se criam galinhas”, proferida pelo cientista Rodolpho Von Ihering. Desde então, os conhecimentos vêm se multiplicando sobre essa atividade zootécnica com fins comerciais pelo interesse particular da comunidade científica, tudo isso aliado às excepcionais condições existentes neste país, como a riqueza de recursos hídricos, diversidade de espécies aptas à piscicultura, clima favorável, moderna indústria nacional, institutos/universidades formadores de profissionais na área da aquicultura, entre outras.
  • 4. 1 - Questões econômicas Aquicultura brasileira cresce 30% ao ano, a explicação para o resultado está na mesa do brasileiro, de acordo com estatísticas da organização das nações unidas para alimentação e agricultura (FAO), em 2011, o consumo de peixe per capita no Brasil foi de (11 kg/hab/ano), ao passo que o da carne bovina subiu 10%. A aquicultura cresceu forte em todas as regiões brasileiras, conforme o boletim estatístico. O maior percentual apresentado foi o da região Norte, onde a aquicultura cresceu em média 126% em relação ao ano anterior, ao passar a produção de 41.839 toneladas para 94.718 toneladas. A produção no país esbarra em 1 milhão de toneladas. o produto interno bruto (PIB) pesqueiro nacional alcança r$ 5 bilhões, dando emprego a 3,5 milhões de pessoas. fonte: http://www.pesca.sp.gov.br/noticia.php?id_not=12963
  • 5. EVOLUÇÃO DA CAPTURA E PRODUÇÃO PESQUEIRA BRASILEIRA - 1984- 2004 FONTE: IBAMA (2006), dados trabalhados
  • 6. O crescimento da demanda nacional e também mundial por peixes e pescados, associado ao limite esgotado de produção em áreas na europa e nos estados unidos, faz a procura pelo alimento ser maior que a oferta. No brasil, apesar da grande capacidade produtiva, 30% dos pescados consumidos vêm de fora, especialmente da china e do vietnã. “está faltando peixe no mundo”. a piscicultura está vivendo seu melhor momento quanto à demanda. FONTE: HTTP://WWW.EM.COM.BR/APP/NOTICIA/ECONOMIA/2014/01/20/INTERNAS_ECONOMIA,489619/AQUICULT URA-BRASILEIRA-CRESCE-30-AO-ANO-TURBINADA-PELO-CONSUMO-DE-PEIXE.SHTML
  • 7. Piscicultura no Brasil A piscicultura no Brasil sempre foi analisada como um bom negócio, principalmente por causa das condições climáticas favoráveis e da boa oferta de grãos para produção de ração, tais fatores, porém, não foram devidamente aproveitados e potencializados durante muitos anos simplesmente por não existir uma legislação que regulamentasse o setor. Para complicar ainda mais o ambiente de negócios para a piscicultura, esteve sempre a cargo de órgão ambiental a responsabilidade de controle e fiscalização de uma atividade meramente zootécnica, como é também a produção de frangos, suínos, bovinos e outros animais. FONTE: http://www.pesca.sp.gov.br/noticia.php?id_not=12963
  • 8. No Brasil, a partir da lei federal n° 11.959, de 29 de junho de 2009, da resolução 413/2009 do conselho nacional do meio ambiente (CONAMA) e do novo código florestal brasileiro, inicia-se a regulamentação ambiental do setor, apesar da resistência dos órgãos ambientais dos estados. Os atuais marcos legais permitem que o empreendedor rural possa fazer seus investimentos com segurança jurídica. Forma-se, assim, um novo ambiente no chamado “aquabusiness”, que caminha a passos largos. Importante destacar que a implantação de uma piscicultura para fins comerciais exige os mesmos cuidados que qualquer outro negócio mercantil.
  • 9. Plano de Negócios É uma terminologia muito utilizada atualmente nas empresas, tanto na área de serviços quanto na indústria e no comércio e agora, mais do que nunca, é imprescindível empregar essa ferramenta no meio rural, haja vista que um dos principais setores da economia brasileira é o agronegócio. Como já foi assinalado, por muito tempo e em algumas situações até os dias de hoje, era comum a piscicultura ser iniciada na propriedade rural como “hobby” para a família pescar nos finais de semana e como fonte de alimento para a fazenda. A partir dessas experiências, muitos produtores foram aumentando seus negócios, somando o conhecimento ali adquirido com palpites diversos dos ditos “conhecedores”. Tal maneira informal e improvisada de se iniciar um negócio, porém, costuma ter uma incidência muita alta de desistências e insucesso, principalmente por falta de planejamento e conhecimento.
  • 10. Ambiente Sem dúvida, a água é atualmente um dos bens mais valiosos da humanidade. As população sofrem com sua escassez. É dever dos cidadãos zelar pelas riquezas naturais, para que as futuras gerações possam usufruir um legado de fartura e qualidade do bem mais precioso que há. Por isso, uma advertência se faz necessária: A prática da piscicultura, quando não bem cuidada, pode ser um grande poluidor das águas, assim como a correta criação de peixes é um certificado de boa qualidade do líquido. A análise ambiental constitui o primeiro passo desse processo. É fundamental avaliar antes de qualquer investimento e tomada de decisão o que pode ser feito no ambiente onde se deseja implantar a piscicultura.
  • 11. Em primeiro lugar, devem ser verificadas, principalmente, as condições técnicas para o negócio, bem como bons procedimentos de manejo ambiental, de acordo com a legislação em vigor. Alguns ambientes são inadequados para a piscicultura justamente por apresentarem problemas como solos de alta taxa de infiltração, difícil acesso, riscos de enchentes, alto impacto ambiental, pouca água, vias de acesso, dificuldade de despesca, alta taxa de toxicidade por alguns minerais, como ferro e outros. Cada estado dispõe de uma legislação específica que regulamenta a atividade. A lei federal 11.959, de 29 de junho de 2009, estabeleceu a política nacional de desenvolvimento sustentável da aquicultura e da pesca no brasil, fixando as normas para a atividade.
  • 12. Outra influência importante do ambiente é quanto às espécies de peixes a serem criada: No sul e sudeste do brasil, os peixes exóticos como tilápia e carpa, além das nativas como jundiá e pacu, apresentam melhor adaptação. Nas regiões Centro-oeste, Norte e Nordeste, em altitudes inferiores a 500 metros, as espécies nativas, como pintado (pseudoplatystoma corruscans), matrinxã ou jatuarana (brycon cephalus), piavuçu (leporinus macrocephalus) , piraputanga (brycon orbignyanus), piabanha (brycon insignis), tambaqui (colossoma macropomum), pacu (piaractus mesopotamicus) e os híbridos tambacu (pacu x tambaqui), tambatinga (tambaqui x pirapitinga) e o pintado da amazônia (cachara x jundiá da amazônia), mostram-se com o melhor desempenho zootécnico.
  • 13. Quem regula e movimenta todo o comércio mundial de peixes e outros produtos é o mercado, o senhor dos negócios, já que o objetivo é o lucro, juntamente com o desenvolvimento sustentável da atividade. O mercado do peixe tem características próprias regionais que merecem ser observadas quando se vai implantar uma piscicultura. Tal preocupação se explica pelo fato de que a produção tem de ser voltada para o mercado, seja ele local, regional, estadual, nacional ou mesmo internacional. Cada um desses mercados tem suas exigências e particularidades. MERCADO
  • 14. O mercado regional compreende as cidades vizinhas com as quais já ocorra comércio de outros produtos entre esses municípios. Nessa situação, são feitas as mesmas avaliações desenvolvidas no mercado local, acrescentando-se, principalmente, o fator logístico, ou seja, como são as estradas, as distâncias, o custo de frete e os riscos de acidentes. os mercados estaduais, nacional e internacional basicamente seguem a mesma rotina, havendo necessidade, porém, de um estudo mais criterioso por empresa especializada para definir padrões seguros de análise de mercado e de investimento. É muito importante identificar o cliente antes do início da atividade, pois a densidade e o tipo de peixe e tamanho dependem das demandas do próprio cliente. MERCADO LOCAL E REGIONAL
  • 15. 1 º) venda no atacado e compras governamentais  Deve-se verificar qual tipo de peixe comprado, tamanho médio, época do ano, quantidade e valor que pagam por quilo do produto.  Vale também avaliar a existência de instituições de médio e grande porte que podem apresentar expressiva demanda, a exemplo de hospitais, empresas instalada na região.  Outro importante comprador são os governos, seja municipal, estadual e federal, para atender às suas demandas de merenda escolar e projetos sociais relacionados à segurança alimentar.
  • 16. 2º) venda para restaurantes  Outra ação a ser considerada é a comercialização para estabelecimentos comerciais, a exemplo de peixarias, cozinhas industriais e restaurantes.  Nessa avaliação, é importante verificar o volume comercializado, o período do ano de maior e menor comercialização, além dos preços pagos pelos estabelecimentos.  Também devem ser checados a origem dos peixes que compram atualmente, o modo como compram os peixes, os tipos de cortes, o potencial do mercado, quais as espécies de maior procura, bem como os principais fornecedores e ainda o que pode ser melhorado para se entrar nesse mercado com um diferencial que traga ganhos tanto para o comprador quanto para o consumidor final.
  • 17. 3º ) venda para o consumidor final  Outra possibilidade estratégica é a venda direta ao consumidor por meio de feiras, pontos fixos de comercialização, convênios com associações de funcionários e outras formas que mais bem atendam esse mercado e os seus clientes.  Se tal mercado ainda está pouco explorado em sua região, vale a pena visitar outras localidades para ver de perto como estão fazendo. Inove, seja criativo e ousado na apresentação de produtos diferenciados, buscando novas formas de consumir e comercializar.  Mostre as vantagens nutritivas do alimento. Identifique os motivos que levam o consumidor a comprar o peixe. Afinal, o produtor não deve esquecer que o foco é o cliente. Logo deixá-lo feliz e com vontade de novamente adquirir o peixe é o grande objetivo.
  • 18. 4º ) Intens de avaliação para venda ao consumidor final.
  • 19. PESO/TAMANHO DE VENDA  O peso ou tamanho de venda do peixe muda conforme a espécie e o mercado consumidor, variando de 700 gramas a 3 quilos. Devido ao crescimento que vem ocorrendo nos últimos anos há demanda por peixes menores (entre 250 e 500 gramas) para a produção de polpa (carne mecanicamente separada de espinho, escamas e pele) destinada à merenda escolar, hospitais, entre outros, dentro do mercado institucional.
  • 20. CONCORRENTES: A competitividade é um fator importante na disputa pelo mercado. É fundamental saber se sua estimativa de preço de venda está compatível com os preços praticados por outros vendedores, entretanto, é interessante efetuar parcerias com os concorrentes no momento de aquisições de insumos e na comercialização, para oferta de maior volume de pescado.
  • 21. PROXIMA APRESENTAÇÃO - LEGALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO NOS ORGÃOS AMBIENTAIS